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2ª PROVA – PROCESSO PENAL II

1ª questão: Quando a denúncia ou a queixa vai ser


rejeitada? Art 395
Art. 395. A denúncia ou queixa será rejeitada quando: (Redação
dada pela Lei nº 11.719, de 2008).

I - for manifestamente inepta; (Incluído pela Lei nº 11.719, de


2008).

II - faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da


ação penal; ou (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).

III - faltar justa causa para o exercício da ação penal. (Incluído


pela Lei nº 11.719, de 2008).

2ª questão: Tribunal do Júri: nº de testemunhas na 1ª


fase e 2ª fase? Arts 412 e 422
1ª FASE: 8 testemunhas

§ 2o A acusação deverá arrolar testemunhas, até o máximo de 8 (oito),


na denúncia ou na queixa.

§ 3o Na resposta, o acusado poderá argüir preliminares e alegar


tudo que interesse a sua defesa, oferecer documentos e justificações,
especificar as provas pretendidas e arrolar testemunhas, até o máximo
de 8 (oito), qualificando-as e requerendo sua intimação, quando
necessário.

2ª FASE: 5 testemunhas

Art. 422. Ao receber os autos, o presidente do Tribunal do Júri


determinará a intimação do órgão do Ministério Público ou do querelante,
no caso de queixa, e do defensor, para, no prazo de 5 (cinco) dias,
apresentarem rol de testemunhas que irão depor em plenário, até o
máximo de 5 (cinco), oportunidade em que poderão juntar documentos e
requerer diligência.
3ª questão: Nulidades: memorizar princípios da
transparência.

Princípio do Prejuízo
Art. 563. Nenhum ato será declarado nulo, se da nulidade não
resultar prejuízo para a acusação ou para a defesa.

Princípio da instrumentalidade ou economia processual

Art. 566. Não será declarada a nulidade de ato processual que


não houver influído na apuração da verdade substancial ou na
decisão da causa.

Este princípio possibilita a escolha da opção menos onerosa às


partes e ao próprio Estado no desenvolvimento do processo,
desde que não represente risco para direitos individuais do
acusado. Se isso puder ocorrer, a economia formal deve ser
evitada.

São exemplos de aplicação do princípio a rejeição da denúncia em


vista da defesa preliminar do funcionário público (art. 514 do
Código de Processo Penal) e a conservação de atos processuais
não decisórios em face de eventuais nulidades (art. 567).

Princípio da causalidade ou sequencialidade

Art. 573. Os atos, cuja nulidade não tiver sido sanada, na forma
dos artigos anteriores, serão renovados ou retificados.

§ 1o A nulidade de um ato, uma vez declarada, causará a


dos atos que dele diretamente dependam ou sejam conseqüência.

Princípio do interesse

Art. 565. Nenhuma das partes poderá argüir nulidade a que haja
dado causa, ou para que tenha concorrido, ou referente a
formalidade cuja observância só à parte contrária interesse.

Princípio da convalidação
Preclusão é essência da atividade processual

Art. 572. As nulidades previstas no art. 564, Ill, d e e, segunda parte, g e h, e IV,
considerar-se-ão sanadas:

I - se não forem argüidas, em tempo oportuno, de acordo com o disposto no artigo


anterior;

Art. 571. As nulidades deverão ser argüidas:

I - as da instrução criminal dos processos da competência do júri, nos prazos a


que se refere o art. 406;

II - as da instrução criminal dos processos de competência do juiz singular e dos


processos especiais, salvo os dos Capítulos V e Vll do Título II do Livro II, nos prazos a
que se refere o art. 500;

III - as do processo sumário, no prazo a que se refere o art. 537, ou, se verificadas
depois desse prazo, logo depois de aberta a audiência e apregoadas as partes;

IV - as do processo regulado no Capítulo VII do Título II do Livro II, logo depois de


aberta a audiência;

V - as ocorridas posteriormente à pronúncia, logo depois de anunciado o


julgamento e apregoadas as partes (art. 447);

VI - as de instrução criminal dos processos de competência do Supremo Tribunal


Federal e dos Tribunais de Apelação, nos prazos a que se refere o art. 500;

VII - se verificadas após a decisão da primeira instância, nas razões de recurso ou


logo depois de anunciado o julgamento do recurso e apregoadas as partes;

VIII - as do julgamento em plenário, em audiência ou em sessão do tribunal, logo


depois de ocorrerem.

Art. 569. As omissões da denúncia ou da queixa, da representação, ou, nos processos


das contravenções penais, da portaria ou do auto de prisão em flagrante, poderão ser
supridas a todo o tempo, antes da sentença final

Art. 570. A falta ou a nulidade da citação, da intimação ou notificação estará sanada,


desde que o interessado compareça, antes de o ato consumar-se, embora declare que
o faz para o único fim de argüi-la. O juiz ordenará, todavia, a suspensão ou o
adiamento do ato, quando reconhecer que a irregularidade poderá prejudicar direito da
parte.

Princípio da não preclusão ou do pronunciamento ex ofificio


Só se aplica às nulidades absolutas com exceção da súmula 160
do STF.

SÚMULA STF Nº 160

“É nula a decisão do tribunal que acolhe, contra o réu, nulidade


não argüida no recurso da acusação, ressalvados os casos de
recurso de ofício.”

4ª questão: Súmula 160 STF e 423 (questão troca as


palavras):
SÚMULA STF Nº 160

“É nula a decisão do tribunal que acolhe, contra o réu, nulidade não


argüida no recurso da acusação, ressalvados os casos de recurso de
ofício.”

SÚMULA STF Nº 423

Não transita em julgado a sentença por haver omitido o recurso "ex-


oficio", que se considera interposto "ex-lege".

5ª questão: Arts 641 e 581, XV CPP: RESE com prazo


para interposição e as razões; Carta Testemunhal –
decisão que denega seguimento ao recurso cabe rese?
RESE Prazo:

Recurso: 5 (cinco) dias em regra, a contar da intimação (artigo 586 do


CPP).

EXCEÇÕES

20 (vinte) dias segundo o artigo 586, § único, na hipótese do inciso XIV


do 581 do CPP (inclusão ou exclusão de jurado da lista geral).

15 (quinze) dias segundo Ada Pellegrini Grinover em caso de ofendido,


após terminado o prazo do Ministério Público, por analogia à apelação.
Razões: 2 (dois) dias, conforme previsão no artigo 588 do CPP, e em
igual prazo as contrarazões.

Art. 581. Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou


sentença:

XV - que denegar a apelação ou a julgar deserta;

juízo de admissibilidade deve ser feito tanto

na primeira quanto na segunda instância, verificando os pressupostos


objetivos e subjetivos. O recurso não se volta contra a apelação, mas
contra o despacho que negou seguimento a ela.

CARTA TESTEMUNHÁVEL:

Art. 639 - Dar-se-á carta testemunhável:

I - da decisão que denegar o recurso;

II - da que, admitindo embora o recurso, obstar à sua expedição e


seguimento para o juízo ad quem.

Obs: Lei 8.039/90, art. 28: contra a decisão que denega recurso especial
e recurso extraordinário, não cabe carta testemunhável.

Art. 641. O escrivão, ou o secretário do tribunal, dará recibo da petição


à parte e, no prazo máximo de cinco dias, no caso de recurso no sentido
estrito, ou de sessenta dias, no caso de recurso extraordinário, fará
entrega da carta, devidamente conferida e concertada.

A Carta testemunhável possui caráter subsidiário, pois só é


cabível quando não incabível qualquer outro recurso.

6ª questão: Efeito extensivo dos recursos (art 580,


CPP)
Art. 580. No caso de concurso de agentes (Código Penal, art. 25), a
decisão do recurso interposto por um dos réus, se fundado em motivos
que não sejam de caráter exclusivamente pessoal, aproveitará aos
outros.
O efeito extensivo dos recursos em direito processual penal está previsto
no art. 580 do CPP, no caso de concurso de agentes, a decisão do
recurso interposto por um dos réus, se fundado em motivos de caráter
não pessoal exclusivamente, aproveitará aos demais. É possível a
existência de situações processuais similares ou até idênticas ex vi RT
67/685.

A extensão do recurso poderá abranger ao eventual co-réu nos seguintes


casos: inexistência material do fato delitivo, atipicidade do fato ou que
este não mais constituir crime, e causa de extinção de punibilidade que
não seja de caráter estritamente pessoal (RT 518/346, RTJ 114/119).

O efeito extensivo do recurso é aplicável à apelação, revisão criminal,


habeas corpus, recurso em sentido estrito e aos recursos em geral.

7ª questão: Apelação: questão do assistente poder


apelar (art 598)
Pode, sim, apelar. Não assistente: 15 dias, qndo o promotor não interpor
recurso.

Assistentes: 5 dias, se o promotor não interpor. Se ele interpor, o


assistente arrazoa no prazo de 3 dias, findo o prazo das razões do
Promotor.

Art. 598. Nos crimes de competência do Tribunal do Júri, ou do juiz


singular, se da sentença não for interposta apelação pelo Ministério
Público no prazo legal, o ofendido ou qualquer das pessoas enumeradas
no art. 31, ainda que não se tenha habilitado como assistente, poderá
interpor apelação, que não terá, porém, efeito suspensivo.

Parágrafo único. O prazo para interposição desse recurso será de


quinze dias e correrá do dia em que terminar o do Ministério Público.

Art. 600. Assinado o termo de apelação, o apelante e, depois dele, o


apelado terão o prazo de oito dias cada um para oferecer razões, salvo
nos processos de contravenção, em que o prazo será de três dias.
§ 1o Se houver assistente, este arrazoará, no prazo de três dias, após o
Ministério Público.
Art. 593. Caberá apelação no prazo de 5 (cinco) dias:
(inclusive o réu)

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