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Racionalismo e iluminismo: raízes filosóficas

“A Riqueza das Naç5es resultou de um aprofundamenta de quest5es tratadas (sob o título de


Jurisprud&ncia) em cLo-sos de Filosofia Moral.” P.15

“Fugindo aos contornos das prescriç6es escol~sticas, os pensadores passam a conceber a


sociedade humana como um sistema, regido por leis.” P.16

“De fato,. a subordinação da ação humana às id~ias de regularidade e causalidade, permite


subme-ter as relaç:Ões econômicas ao caudal reflexivo do racionalismo. O "home-m
econ8mico''• assim como a natureza humana, seria um dado da razio. Mais precisamente, um
dado da razão jusnaturalista.” P.17

“A economia política, sem se dedicar expressamente à questão da legitimidade política,


propori, a seu modo, um encaminhamento positivo ao problema: a sociedade humana
complexa e coope1·ativa, que pressupÕe a coerção estatal, será não só uma sociedade de
progresso e fartura para todos (Smith), como tamb~m uma sociedade cuja relaçio econ8mica
bcisica pressup5e o exercício da liberdade. Na sociedade econ8mica, o homem busca o
benefício privado, favorecendo a si prÓprio e ~ coletividade, como quer Smith. Ao obedecer
aos instintos aquisitivos, prÓprios de sua natureza humana, o homem promover• o beneficio
social. Esta nio deixa de ser uma resposta específica (econômica) ao dilema filosófico
jusn:aturalista.da liberdade e da vida social.” P. 19

“Duas das noçÕes essencialmente vinculadas ao mercantilismo sio a de naçio (unidade


política) e a de riqueza (grandeza econ8- mica). A famosa doutrina do super~vit comercial nas
transaç5es internacionais uma espécie de ponto de referência obrigatcirio dos autores
mercantilistas - serve a um particular conceito de riqueza nacional, que associa Poder a
tesouro” p.21

“Não existe, a rigor, pensamento econômico uniforme$ sob o mercantilismo, e muito menos
uma "escola. de pensamento". Os autores tipicamente mercantilistas divergem em numerosas
questões; de resto, as idéias econômicas não se enfeixam ainda em um conjunto de
procedimentos minimamente coerente, até o nascimento da economia política cl~ssica. Para
nós, o mercantilismo representa principalmente a emergincia de quest5es econômicas no
debate corrente, pano de fundo para o posterior desenvolvimento da reflexio sistem~\t ica em
e-conomia.” P.22

“Ot1ais as questões em debate? Em primeiro lugar, aquelas suscitadas pela existência de


estados nacionais constituídos. A discussão a respeito da riqueza da naç::ão sobrepÕe-se (e
muitas ve-zes se confunde com) a pt~oblemática das financ:as do soberano. Os textos
mercantilistas são também liç::Ões de finanç:as pÚblicas.” P22
“O mercantilismo, deste modo, pela gama de quest5es que suscita, representa a passagem de
questões econômicas ao primeiYo plano do debate corrente.” P23

“A ccn~tituiçio da economia em ci~ncia nio representa somente resposta às novas questões


postas pelo desenvolvimento econômico, senão respostas dadas no interior deste amplo
movimento intelectual que varreu a Europa no s~culo XVIII, e cuja consigna poderia ser
resumida a “conhecer para transformar”.” P.25 – falando sobre iluminismo “é. impJ·escindível
n::meter a ciência nascente ao • ambiente Político e filosófico que a envolveu: o do
iluminismo.”

“A idéia de: transforma~;ão depende: de que se situE o homem em uma nova relação com a
natureza. Para o iluminismo, o homem é senhor da natureza. e o pn}gresso e-conômico uma
resposta voluntária do homem à natureza. Esta concepção dá à aç;ão humana uma dimensão
muíto ampla, libertando-a seja de forç:as naturais anteriormente tidas como imut~veis, seja
dos princípios sobrenaturais que sub metiam o fazer humano a uma tábua de mandamentos
religiosos.” P.27

“O paradoxo existente entre a consigna iluminista - conhecer para transformar - e o


liben.'llísmo, é apenas <'\parente. A economia, este campo específico da sociabilidade
humana, admite o casarnento enb·e a transforma,ão (o progresso) E' a ordem. Não é surpresa,
deste modo, que pensar economicamente, no século XVIII, signifique aproximar-se do
liberalismo” p.28

ADAH SHITH E O NASCIMENTO DA ECONOMIA POliTICA CLÁSSICA

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