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UM ESBOÇO DE DIÁLOGO 1
A psicanálise, diz ele, talvez não seja concebível como nascida fora dessa tradição [hebraica]. Freud
nasceu nela e, como sublinhei, insiste em que só tem propriamente confiança, para fazer avançar as
coisas no campo que descobriu, nesses judeus que sabem ler há muitíssimo tempo, e que vive, – é o
Talmude – da referência a um texto.
Jacques Lacan5
1
Texto primeiramente elaborado para a abertura do Grupo de Estudos Psicanálise-Biblia, em
2005, no Círculo Psicanalítico de Porto Alegre, sob coordenação de Natal Fachini e nossa; mais
tarde complementado com a pesquisa de doutorado.
2
Psicóloga e psicanalista, membro pleno da Sigmund Freud Associação Psicanalítica e do Corpo
de Psicólogos e Psiquiatras Cristãos. Contatos: karinkw@gmail.com
3
Especialmente em O futuro e a ilusão: um embate com Freud sobre a religião. Petrópolis:
Vozes, 2003, organizado pela autora. Cf também O amor e seus destinos: a contribuição de
Oskar Pfister para o diálogo entre teologia e psicanálise (Sinodal, 2005), dissertação de
mestrado da autora.
4
FUKS, Betty B. Freud e a judeidade: a vocação do exílio. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2000, p.
58. Os próximos parágrafos são retirados da tese de doutorado Ser nascido na Vida: a
fenomenologia da Vida de Michel Henry e sua contribuição para a clínica. São Leopoldo: PPG
EST, 2010.
5
LACAN apud FUKS, 2000, p. 139.
6
FREUD, Moisés e o monoteísmo (1939). OC v. XXIII, 1977, p. 19-167.
2
uma ausência de representação ao espírito humano que lhe traz conflitos, pois esse “não se cansa
de procurar organizar-se no sentido das imagens e da presença figurada”7.
Fuks ressalta como essa concepção traz o escândalo da alteridade radical: um Deus feito de
nada, sem conteúdo, sem nomeação e sem essência. Essa seria uma das razões do ódio dos demais
povos aos representantes de tal ausência radical. Freud interpreta o efeito dessa interdição de
representabilidade no seu povo:
Uma vez aceita, porém, esta proibição teve um efeito profundo sobre os hebreus: significava um
retrocesso da percepção sensorial diante do que se poderia ser chamado de idéia abstrata – um
triunfo do espírito sobre a sensualidade, ou, a rigor, uma renúncia ao pulsional, com todas as suas
consequências psicológicas necessárias8.
3. As letras do hebraico comportam uma polissemia de interpretações, sem que uma negue
a veracidade da outra. O texto é aproximado da obra de arte, com sentido inesgotável, “está
ancorado no mais além do simbólico: tecido de diferenças é criação ex-nihilo”10. As consoantes
indicativas que fornecem indícios à pronúncia são significativamente chamadas de “mães de
leitura”; e as interpontuações vocálicas juntadas para poder pronunciar e interpretar são a “alma
das letras”11. Mães e alma... dão corpo e sopro de vida à letra. As palavras são lidas e interpretadas
levando em conta o branco do papel que as circunda – sempre outro, sempre diferente do já
sabido, tal como seu Deus. “Quando se imprime alma às letras, como diziam os antigos escribas, o
sentido de uma palavra pode revelar significações inteiramente insólitas.”
Os exegetas hebreus acreditavam que cada versículo da Biblia comportava 60 possibilidades
diferentes de interpretação, complementares e não excludentes, por isso inesgotáveis.12 Por isso a
hermenêutica psicanalítica é tão prenha de sentidos, sempre criativos e novos.
4. O tetragrama YHVH é a analogia tomada por Freud para a interpretação do sonho: as
imagens do sonho devem ser lidas como as letras do tetragrama, remetendo à polissemia e à
impossibilidade de decifrá-lo plenamente, pois ele resiste a todas elas. Interpretar ou ler
psicanaliticamente um sonho é "deixar um lugar nas sombras... o umbigo do sonho, o lugar em que
ele se assenta no não conhecido” 13. Em outras palavras, compreender o texto bíblico pela
hermenêutica psicanalítica é fazê-lo voltar ao modo originário de interpretação – polissêmico tal
7
FUKS, 2000, p. 99.
8
FREUD (1939), 1977. p. 139.
9
FUKS, 2000, p. 108.
10
FUKS, 2000, p. 122.
11
FUKS, 2000, p. 127. A próxima também.
12
CHOURAQUI, André. Louvores II, p. #
13
FREUD apud FUKS, 2000, p. 126, também p. 107.
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3
qual o sonho. Do texto sagrado à psicanálise, da psicanálise de volta ao texto sagrado, mantendo o
modo original de interpretação.
5. Se Deus é irrepresentável, assim também o humano, feito à imagem de Deus, em certa
medida o é. Este é o conceito de Kadosh [santo, separado]: o humano para além da representação.
Eis o paradoxo da condição humana: ser feito à imagem e semelhança desse Deus que não admite
imagem.
Essa antinomia – identificação à ausência de imagem – estabelece que o homem, sendo santo e
separado, é também irredutível a qualquer representação fixa e imutável (Levítico 19.2). Há sempre
algo que escapa a seu próprio espelho; a epifania do rosto, o que está para além do idêntico que não
se transformar em conteúdo14.
Assim como a Palavra revela e encobre IHVH, a representação o faz em relação à pulsão.
“Este o esforço que obriga o analista a atravessar os afetos e as idéias como os nômades
atravessam o deserto e as cidades.”19 Se o afeto é região desértica, lá a revelação de YHVH se deu
como presença em fogo e nuvem. Fuks afirma que, para melhor compreender os paradoxos do
14
FUKS, 2000, p. 105, certamente inspirada em Levinas.
15
BANON apud FUKS, p. 106.
16
Herança galileana é um conceito do filósofo Michel Henry (1922-2002) que assim nomeia a
desconfiança do pensamento ocidental, desde Galileu, com os dados apreendidos na
subjetividade e a posterior exigência de representabilidade a todo fenômeno no pensamento
ocidental. Se esse processo foi benéfico para o avanço das ciências, foi catastrófico para a
subjetividade, gerando a desqualificação da dimensão afetiva e das verdades que não são
representáveis, como o são as da Vida. Cf. tese da autora e HENRY, M. Genealogia da
psicanálise: o começo perdido. Curitiba: UFPR, 2009.
17
FUKS, 2000, p. 106.
18
FUKS, 2000, p. 104.
19
FUKS, 2000, p. 104.
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4
Sinai, é preciso situar YHVH no registro do inconsciente não-recalcado. Essa herança traz a Freud o
duplo registro:
Freud reconhece duas formas de registro da pulsão: a ideativa e a afetiva, implicando cada uma delas
uma forma distinta de energia psíquica. É fato que uma não pode ser pensada sem a outra; a primeira
envolve um representante que já se inscreveu, já se ligou à ordem ideativa; a segunda indica um
excesso pulsional irredutível às malhas da simbolização. Nesse último registro, grita a inominável
angústia. É no face-a-face com o desconhecido que o sujeito vive o encontro que expressa a extensão
da repetição de uma experiência que “não cessa de não se inscrever”, segundo a fórmula de Lacan
para falar do registro do real.20
20
FUKS, 2000, p. 107.
21
LEONE, Alexandre. Mística e razão: dialética no pensamento judaico. São Paulo: Perspectiva,
2011, p. 141.
22 WONDRACEK, K. A teologia de Tillich e a psicanálise. Correlatio. São Bernardo do Campo,
v.6, 2004
23
DOLTO, Françoise e SEVERIN, Gerald. O evangelho segundo a psicanálise. KRISTEVA, Julia:
Ler a Biblia; Marie Balmary, O sacrifício proibido. JULIEN, Philippe. Abandonarás teu pai e tua
mãe, para citar alguns. Vide bibliografia no final
24
FREUD (1939). Os progressos da espiritualidade. In: Moisés e o monoteísmo. Obras
completas. Rio de Janeiro: Imago, 1977.
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5
transicional”, o lugar entre a mãe e seu bebê, onde este preenche a ausência materna com as
fantasias e objetos que evocam a presença amada.
O paradoxal é que este espaço de ausência justamente é necessário para que haja esta
recriação, esta nova presentificação.
É o espaço da brincadeira e da fantasia ficcionante, através da qual um ambiente limitado é
preenchido com um mundo que simultaneamente é objetivo e subjetivo. Através do ler a leitora e o
leitor criam um mundo, que por um lado é determinado pelo texto e de modo nenhum surge
totalmente do nada. Mas cada leitura do mesmo texto é diferente, e na criação do mundo textual não
é possível delimitar qual o elemento que se origina no sujeito e qual no objeto. Ambos sempre estão
envolvidos. O que eu cito aqui se refere principalmente à leitura espontânea, mas também o processo
científico de interpretação não tem como sua matéria-prima o texto “objetivo”, mas a leitura do texto
25
através de um intérprete.
Com a psicanalista Françoise Dolto podes perceber a riqueza oculta nos textos da Biblia: eles
falam de narrativas comuns a todos os humanos, falam do seu nascer, viver e morrer, dos seus
medos e angústias, especialmente aqueles âmbitos que não podem ser expressados em palavras.
Da mesma forma que uma sessão analítica, também o texto desperta resistências. Somos
sujeitos com aparelho psíquico constituído por repressões e outras defesas, quer queiramos ou
não. Utilizando os conhecimentos psicanalíticos, cabe assinalar, junto com alguns autores, a
especial resistência que o texto bíblico despertou no meio psicanalítico, tal como expressa
Françoise Dolto em seu diálogo com Gérald Sévérin:
Sévérin: “Muitas vezes, aceitamos a grandeza e a profundidade humana das mitologias grega ou indus,
enquanto deixamos de lado, nesse plano, a riqueza dos mitos judaico-cristãos (...) será, talvez um certo
medo de ir além ou do transcendente que impede a maioria dos que não crêem de aderirem a elas?
Françoise Dolto: Sem dúvida. Para mim, não há dúvida de que a ‘Sagrada Família’, como dizem os
católicos ou os Evangelhos narrandos a infância de Jesus, exprime-se através de imagens míticas, mas
veiculam também um mistério, uma verdade que se revela nesses textos.
Há mito nessas passagens do Evangelho. Não há dúvida. Mas, para mim, cristã e psicanalista, não há só
isso. O que sabemos nós, com nossos conhecimentos biológicos, científicos, sobre o amor e seu
mistério? O que sabemos da alegria? Como também, o qu sabemos da palavra? Não é ela
fecundadora? Não é ela, algumas vezes, portadora de morte?” (1979, p. 21 e 22).
A resistência está em função do mistério que esses textos trazem... mistérios sobre nós,
nossas origens, nosso devir. Também Marie Balmary comenta o fenômeno do recalcamento para
explicar a relação da nossa cultura com os textos da Bíblia:
Bíblia: uma memória recalcada pela nossa cultura. Seres escravizados e bloqueados por crenças.
Minha própria intuição é que esses textos deviam ser ouvidos de forma diferente após a psicanálise;
trabalho de outros que abriam, cá e lá, níveis muito mais profundos de interpretação...” (Balmary,
1997)
25
RAGUSE, Der Raum des Textes. Kohlhammer, p. 12.
26
RAGUSE, p. 14
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6
Para ilustrar, vai uma pequena amostra de autores psicanalistas que trabalham com a
hermenêutica psicanalítica da Biblia:
Julia KRISTEVA: “As “ciências humanas”, dependentes de uma racionalidade que aspira a desvelar a
lógica universal depositada num mito, num texto hierático ou num poema, são levadas, ante a Bíblia, a
só estudar a lógica ou a retórica do texto. Não levam em conta, inicialmente, seu poder sagrado. Mas
esperam descobrir, ao término dessa análise positiva e neutra, o mecanismo, o enigma mesmo,
daquilo que é recebido como “santo” e que, implicitamente, opera como tal. (...) A leitura e a
interpretação da Bíblia não seriam, em última análise, o rito dominante, o próprio esgotamento do
ritual e do sagrado judaicos na linguagem e na lógica?
Essa pergunta é tão mais importante no momento quanto parece tratar-se de um sujeito que, longe de
ser neutro ou indiferente como o das teorias interpretativas modernas, mantém com seu Deus, ao
contrário, uma relação específica de crise ou de processo. Se é verdade que todos os textos ditos
sagrados falam dos estados-limites da subjetividade, é cabível interrogar-se sobre esses estados
particulares que o narrador bíblico conhece. É, portanto, por uma dinâmica intra ou infra-subjetiva
que uma tal leitura será levada a interessar-se. Essa dinâmica, claro, se manifesta nas figuras do
próprio texto. Mas sua interpretação depende de que se leve em conta um novo espaço, o do sujeito
falante. Este, desde então, deixa de ser o ponto opaco que garante a universalidade das operações
lógicas, para abri-se em espaços analisáveis. Aqui aludo à teoria freudiana, porque ela pode retomar
os resultados das análises bíblicas evocadas acima para desdobrá-las no espaço subjetivo. Uma
interpretação que interiorizasse essas descobertas como dispositivos específicos de certos estados do
sujeito da enunciação permitiria ultrapassar a visão simplesmente descritiva. Poderia iluminar o
impacto bíblico sobre seus destinatários.” (2002, p. 127)
“Não conheço o hebraico, leio a Bíblia como profana e sem competência nem verdadeira assiduidade.
Textos literários, porém, me remetem a ela sem cessar, bem como numerosos sonhos, e momentos de
análise – insuportáveis ou magníficos...Depreendo disso tudo um destino específico do feminino que
compreendo, naqueil oque abriga uma transição desse elemento “maternal” – que o paganismo
sacraliza enquanto os politeísmos o cindem e o disseminam – numa construção moral altamente
elaborada.” (...)
“Todos conhecemos – mas será que conhecemos de verdade? Quem é que lê esses textos além dos
crentes? – as muito célebres quatro “mães do Gênesis” e seu poder sobrenatural: belas, rebeldes,
guerreiras, elas são ao mesmo tempo estéreis e dotadas de longevidade – como para conjurar a
natural fecundidade pagã com um destino totalmente diferente, vindo do Outro, mas ao qual elas
também não aderem de corpo e alma.” (2001, p. 121-2)
Marie BALMARY: “Tanto na religião como na análise, é preciso que a figura imaginária do Outro
perverso possa ser projetada e desmascarada. Nesses dois casos, recorre-se à interpretação. O analista
com seu paciente, interpreta e analisa a memória individual, pode-se dizer que de forma esquemática.
Quem interpreta e analisa a memória coletiva a não ser quem está disposto a ouvir e interpretar os
materiais que vêm dela e as projeções calcadas nas grandes figuras religiosas para que não fiquem
coaguladas, coagulando-se também na custosa manutenção de mecanismos de defesa?
Não é necessário para isso ouvir os textos dos quais nos vieram essas figuras, prodigiosas telas para os
nossos cinemas interiores? Se tais textos são , como se diz, reveladores, devem favorecer os dois
tempos necessários para toda terapia: a projeção e a leitura da projeção, a alienação e a cura.”(1997,
p.94)
A leitura psicanalítica da Biblia se faz nesses dois tempos, baseados na interpretação dos
sonhos:
1. Considerar o texto como um sonho, no qual projetamos nossos impulsos e desejos, de
uma forma disfarçada. Condensação e deslocamento são os mecanismos de construção do sonho:
também no texto nossos impulsos aparecem de forma condensada e deslocada. Todos os
elementos do texto podem ser representativos de partes nossas, que se encontram projetadas,
cindidas e deslocadas sobre o texto.
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7
2. Entrando em contato com os elementos: Na leitura do texto, prestar atenção aos que o
texto evoca: sentimentos, associações, recusas, dificuldades, lapsos. Tudo são indicativos de que
algo se reflete do nosso interior. Dialogar com estes elementos, interrogá-los, imaginá-los, colocar-
se no lugar deles. Deixar que nos revelem sobre nosso interior, nossos desejos reprimidos, nossa
vida emocional escondida de nós mesmos.
Até aqui, parece que os textos são considerados puramente projeções de nossa
humanidade, e também poderiam ser substituídos por outro texto, mito ou lenda. No entanto, não
é assim: consideramos que Deus criou a humanidade à sua imagem e semelhança, estamos
descobrindo algo do Seu Ser. É só lembrarmos que Deus amou a humanidade a tal ponto que quer
nos revelar quem somos na Sua Palavra, para que possa nos curar por ela: o Espírito de Deus revela
a nosso espírito que somos seus filhos amados, convidados para encontros transformativos
mediados pela Sua palavra.
Tal como no tempo de Jesus, a cura e a salvação andam juntas. Também precedidas de
perguntas como: “Que queres que eu te faça?”
Presidem à elaboração do Evangelho, entre outras, as leis do inconsciente de Jesus, dos redatores e
dos primeiros ouvintes. Essas leis são parte integrante da estrutura desses relatos. Por que não
abordar sua leitura com esse novo instrumento, a psicanálise? 30
27
STEIN, Dominique. Pode-se fazer uma leitura psicanalítica da Biblia? Concilium 158.8, 1980,
p. 31-42.
28
STEIN, 1980, p. 39.
29
Pfister apud WONDRACEK, 2005.
30
DOLTO, F.; SEVERIN, G., 1979, p. 14.
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8
O LIVRO
Uns o carregam debaixo das axilas,
outros o beijam como à melhor das amantes,
outros o farejam, semelhantes a cães
amestrados para drogas. Ele resiste,
materializado em mil, ou duas mil páginas,
em trens, ônibus, hotéis, bordéis,
táxis, ruas, ares, mares,
manipulado por estranhos dedos,
lido por estranhos olhos.
Bibliografia de estudo
BALMARY, Marie – O sacrifício proibido: Freud e a Bíblia. São Paulo: Paulinas, 1997.
BALMARY, Marie – La divine origine: Dieu n’a pás créé l’homme. Paris: Grassett & Fasquelle,
1993.
BIBLIA CONSELHEIRA. Karl KEPLER (ed). Barueri: SBB, 2011.
CLEMENT, Catherine & KRISTEVA, Julia. O feminino e o sagrado. São Paulo: Rocco, 2001.
DOLTO, Françoise. O evangelho à luz da psicanálise. Rio de Janeiro, Imago: 1979.
FUKS, Betty B. Freud e a judeidade: a vocação do exílio. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2000.
JULIEN, Philippe. Abandonarás teu pai e tua mãe. Rio de Janeiro, Companhia de Freud, 2000.
KRISTEVA, Julia. Ler a Biblia. In: As novas doenças da alma. São Paulo: Rocco, 2002.
LACOCQUE, Andre & RICOEUR, Paul. Pensar la Biblia. Barcelona: Herder, 2001.
LEBRUN, Jean-Pierre; WÉNIN, André. Des lois por être humain. Toulouse: Eres, 2008.
LEONE, Alexandre. Mística e razão: dialética no pensamento judaico. De speculis Heschel. São
Paulo: Perspectiva, 2011.
RAGUSE, Hartmuth. Der Raum des Textes. Stuttgart: Kohlhammer.
RAGUSE, Hartmut. “Die Bibel zwischen Literaturinterpretation und analytischem Prozess. In:
ROHDE-DACHSER, Christa (Hg.) Verknüpfungen. Göttingen, Vandehoeck, 1998.
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