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ESTADO DE RORAIMA

AGÊNCIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO ESTADO DE RORAIMA


“AMAZÔNIA PATRIMÔNIO DOS BRASILEIROS”

CONCURSO PÚBLICO ADERR 01/2014


EDITAL Nº 01

A PRESIDENTE DA AGÊNCIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO ESTADO DE


RORAIMA - ADERR, no uso de suas atribuições legais, considerando contrato celebrado e em
conformidade com a Lei nº 949 de 09 de janeiro de 2014 e suas alterações, torna público, que
estarão abertas as inscrições para o Concurso Público de Provas e Provas e Títulos, destinado a
selecionar candidatos para provimento de vagas para cargos da Carreira Nível Médio/Técnico e
Nível Superior do Quadro de Pessoal da ADERR.

1. DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES


1.1. O Concurso Público será realizado sob a responsabilidade da Universidade Estadual de
Roraima – UERR, obedecendo às normas do presente Edital.
1.2. O Concurso Público dar-se-á através de:
1.2.1. Prova Objetiva de múltipla escolha para os cargos de Contador, Assistente Administrativo e
Assistente de Laboratório, em conformidade ao disposto no item 6.2 deste Edital.
1.2.1.1. Na Prova Objetiva de múltipla escolha serão avaliados os conhecimentos e/ou habilidades
dos candidatos sobre as matérias relacionadas a cada cargo, cuja composição e respectivos
programas fazem parte do Anexo III deste Edital;
1.2.2. E de Provas e Títulos para os cargos de Fiscal Agropecuário/Engenheiro Agrônomo, Fiscal
Agropecuário Médico Veterinário e Técnico em Agropecuária/Agrícola.
1.2.2.1. Na Prova Objetiva de múltipla escolha, em conformidade ao disposto no item 6.2 deste
Edital, serão avaliados os conhecimentos e/ou habilidades dos candidatos sobre as matérias
relacionadas a cada cargo, cuja composição e respectivos programas fazem parte do Anexo III
deste Edital e de Títulos serão avaliados conforme Anexo V.
1.3. Nas referências a horários, deve ser considerado o horário local do Estado de Roraima.
1.4. O inteiro teor do Edital, para os candidatos inscritos, estará disponível no endereço eletrônico
www.uerr.edu.br link Concursos - Área do Concurso para a ADERR, sendo de responsabilidade
exclusiva do candidato a obtenção do Edital e a inserção de seus dados cadastrais, informados no
ato de inscrição.
1.5. Toda a Legislação citada nos conteúdos programáticos será utilizada para elaboração de
questões levando-se em consideração as atualizações vigentes até a data de publicação deste
Edital.

2. DOS CARGOS, DAS VAGAS, DA CARGA HORÁRIA DAS ATIVIDADES E DA


REMUNERAÇÃO:
2.1. O Concurso Público destina-se ao provimento de 203 (duzentas e três) vagas para Cargos da
Carreira de Nível Médio, Nível Técnico e Nível Superior, os quais serão exercidos nas Unidades
de Defesa Agropecuária – UDA’s, Escritórios de Atendimento a Comunidade – EAC’s e sede
desta Agência de Defesa Agropecuária do Estado de Roraima – ADERR, conforme disposto no
Anexo II.
2.1.1. A carga horária semanal para os cargos deste Concurso Público é de 40 (quarenta)
horas.
2.2. Os cargos, os requisitos, as respectivas vagas e remuneração da classe inicial deste Concurso
Público estão indicados no Anexo II deste Edital. Os conteúdos Programáticos estão indicados no
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Anexo III. As atribuições dos cargos deste concurso estão indicadas na Lei nº. 949 de 9/01/2014,
publicada no DOE nº. 2195 de 10/01/2014, e suas alterações.
2.2.1. Além dos vencimentos e demais vantagens previstas na Lei Complementar nº. 053 de 31 de
dezembro de 2001, o servidor da ADERR terá direito à gratificação de interiorização, desde que
lotados nas Unidades de Defesa Agropecuária – UDA’s ou Escritórios de Atendimento a
Comunidade – EAC’s fora do perímetro urbano de Boa Vista, sobre o vencimento básico, nos
seguintes percentuais:
I – 5% (cinco por cento) incidente sobre o vencimento da classe inicial da respectiva carreira, para
os municípios de Cantá e Mucajaí;
II – 7% (sete por cento) incidente sobre o vencimento da classe inicial da respectiva carreira, para
os municípios de Alto Alegre, Amajari, Bonfim e Iracema;
III – 9% (nove por cento) incidente sobre o vencimento da classe inicial da respectiva carreira,
para os municípios de Caracaraí, Normandia e Pacaraima;
IV – 12% (doze por cento) incidente sobre o vencimento da classe inicial da respectiva carreira,
para os municípios de Caroebe, Rorainópolis, São João da Baliza e São Luiz do Anauá;
V – 15% (quinze por cento) incidente sobre o vencimento da classe inicial da respectiva carreira,
para o município de Uiramutã;
2.3. Serão reservadas vagas para Pessoas com Deficiência, conforme item 3.17.1.
2.3.1. Consideram-se Pessoas com Deficiência aquelas que se enquadrarem nas categorias
discriminadas no artigo 4º do Decreto Federal nº 3.298/1999, que regulamenta a Lei Federal nº
7.853/1989 e alterações posteriores.

3. DOS PROCEDIMENTOS PARA INSCRIÇÕES


3.1. Período: 13 de maio a 2 de junho de 2014.
3.1.1. Para maiores informações, a UERR conta com uma sala de Atendimento da Comissão de
Concursos em sua sede – Campus Boa Vista, localizada na Rua Sete de Setembro, nº. 231 – Bairro
Canarinho. Tel. (95) 2121-0931.
3.1.2. Para se inscrever, o candidato deverá acessar o endereço eletrônico www.uerr.edu.br link
Concursos - Área do Concurso para a ADERR onde consta o Edital e os procedimentos
necessários à efetivação da inscrição. A inscrição será exclusivamente pela Internet e estará
disponível durante as 24 horas do dia, ininterruptamente, considerando-se o horário local, com
horário de início às 10 horas do primeiro dia de inscrição e horário de encerramento às 23 horas do
último dia de inscrição, conforme Anexo I – Cronograma de Atividades.
3.1.3. Ao realizar a inscrição, via internet, o candidato deverá imprimir o boleto bancário e efetuar
o pagamento em qualquer agência da rede bancária, casas lotéricas, entre outros estabelecimentos
credenciados para tal fim, até a data do vencimento. A inscrição só será homologada mediante
a confirmação do pagamento pelo banco junto a UERR.
3.1.4. A realização da inscrição implica o conhecimento e a tácita aceitação das condições
estabelecidas no presente Edital, não podendo o candidato, sob hipótese alguma, alegar
desconhecimento das normas estabelecidas.
3.1.5. O candidato somente poderá se inscrever uma única vez, optando por um dos cargos
constantes no Anexo II deste Edital. Depois de realizada a inscrição o candidato não
conseguirá fazer alterações e/ou realizar nova inscrição.
3.1.6. No horário comercial e dias úteis, os computadores do Laboratório de Informática da UERR
estarão disponíveis para os candidatos que não tenham acesso a Internet realizarem sua inscrição.
3.2. É vedada a inscrição condicional e/ou extemporânea.
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3.3. Antes de efetuar a inscrição o candidato deverá certificar-se dos requisitos exigidos para
a investidura no cargo, observando com atenção a localidade a qual se destina a vaga.
3.4. Não haverá isenção total ou parcial do valor da taxa de inscrição, salvo os casos previstos no
item 3.12.
3.5. As inscrições somente serão homologadas após o pagamento da respectiva taxa de inscrição
dentro do prazo de validade de pagamento, conforme datas do Cronograma de Atividades.
3.5.1. O valor referente ao pagamento da taxa de inscrição não será devolvido em hipótese
alguma, salvo em caso de cancelamento do certame por conveniência da Administração Pública.
3.5.2. O comprovante de inscrição deverá ser mantido em poder do candidato pois, caso
solicitado, o mesmo deverá ser apresentado no local e data de realização das provas.
3.6. Não serão aceitas inscrições via fax e/ou via correio eletrônico (e-mail) ou realizadas fora do
prazo estipulado.
3.7. As informações prestadas na solicitação de inscrição pela Internet serão de inteira
responsabilidade do candidato.
3.8. As inscrições serão Homologadas pelo Presidente da Comissão Organizadora do Concurso,
sendo publicada a relação na Internet através do site www.uerr.edu.br link Concursos - Área do
Concurso para a ADERR.
3.9. A prestação de declaração falsa ou inexata e a não apresentação de qualquer documento
exigido importarão em insubsistência de inscrição, nulidade de habilitação e perda dos direitos
decorrentes, em qualquer tempo, em qualquer etapa do certame, sem prejuízo das sanções civis e
penais cabíveis.
3.10. A qualquer tempo poder-se-á anular a inscrição e as provas do candidato, desde que
verificada falsidade em qualquer declaração e/ou qualquer irregularidade nas provas e respectivas
etapas e/ou em documentos apresentados, eliminando-o do certame.

3.11. VALOR DA TAXA DE INSCRIÇÃO:


Escolaridade mínima correspondente ao cargo Valor da Inscrição R$
Cargos de Nível Médio/Técnico 60,00
Cargos de Nível Superior 90,00

3.12. DA ISENÇÃO
3.12.1. O candidato doador de sangue, nos termos da Lei nº. 167/1997, poderá requerer isenção de
pagamento da taxa de inscrição dentro do período constante no Cronograma de Atividades –
Anexo I, via internet através do site www.uerr.edu.br link Concursos - Área do Concurso para a
ADERR, no ato de realização da inscrição mediante o preenchimento do formulário de inscrição
optando pela solicitação de isenção.
3.12.2. O candidato deverá apresentar até o prazo máximo constante no Cronograma de
Atividades – Anexo I - na Sala de Atendimento da Comissão de Concursos da UERR, o Pedido
de Isenção assinado pelo candidato acompanhado de Declaração atualizada (até 30 dias da
data da inscrição) fornecida pelo banco de sangue comprovando sua condição de doador regular,
há no mínimo 6 (seis) meses, nos termos da Lei Estadual 167/1997.
3.12.3. Será publicado o resultado preliminar das solicitações de isenção de pagamento com a
relação dos candidatos que tiveram a solicitação DEFERIDA ou INDEFERIDA na data prevista
no Cronograma de Atividades do certame – Anexo I deste Edital.
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3.12.4. Após a análise dos recursos será publicado, via internet através do site www.uerr.edu.br
link Concursos - Área do Concurso para a ADERR, o Resultado Final dos pedidos de isenção na
data constante no Cronograma de Atividades do certame – Anexo I deste Edital.
3.12.5. Os candidatos que tiverem seus pedidos de isenção INDEFERIDA, deverão imprimir o
Boleto de Pagamento da taxa de inscrição e efetuar o pagamento até a data de vencimento do
mesmo para homologação da inscrição.
3.13. O Processo de Inscrição somente completar-se-á com:
a) O correto preenchimento dos campos obrigatórios estabelecidos no requerimento/formulário de
inscrição (online) conforme subitem 3.1.2;
b) O pagamento da taxa de inscrição para o cargo a que o candidato concorre conforme os itens
3.1.3 e 3.11.
3.14. O candidato deverá atender, cumulativamente, para investidura no cargo, aos requisitos
constantes do item 4, bem como o previsto no item 3.17. e subitens, quando couber.

3.15. DA SOLICITAÇÃO DE ATENDIMENTO ESPECIAL


3.15.1 O candidato que necessitar de condições especiais para a realização da Prova Objetiva
deverá requerê-lo junto à Comissão de Concursos da UERR, protocolando requerimento na sala
de Atendimento até o término das inscrições – conforme data do Cronograma de Atividades –
Anexo I, indicando claramente quais os recursos especiais necessários.
3.15.2. As condições especiais solicitadas pelo candidato para o dia da Prova Objetiva serão
analisadas e atendidas segundo critérios de viabilidade e razoabilidade, sendo comunicado o
atendimento ou não de sua solicitação, quando da verificação do local da prova.
3.15.3. O candidato que requerer condição especial de prova nos termos do item 3.15 participará
do Concurso em igualdade de condições com os demais, no que se refere ao conteúdo, à
avaliação, à duração, ao horário e à aplicação das provas.
3.15.4. A candidata que tiver a necessidade de amamentar no dia da prova deverá levar um
acompanhante que ficará com a guarda da criança em local reservado e diferente da sala de prova
da mesma. A amamentação se dará nos momentos que se fizerem necessários, não podendo ter,
neste momento, a presença do acompanhante. Não será dado nenhum tipo de compensação em
relação ao tempo de prova perdido com a amamentação. A ausência de um acompanhante
impossibilitará a candidata de realizar a prova.
3.15.5. A não solicitação de condições especiais no ato da inscrição implica em sua não concessão
no dia da realização das provas.
3.15.6. O candidato Pessoa com Deficiência que necessitar de tempo adicional para realização da
prova deverá solicitá-lo mediante Requerimento Especial – Anexo IV deste Edital
(disponibilizado na área do Concurso da ADERR), conforme previsto no §2º do artigo 40 do
Decreto Federal no 3.298 de 20 de dezembro de 1999. O referido requerimento deverá ser
protocolado até a data constante no Cronograma de Atividades – Anexo I deste Edital, na sala da
Comissão de Concursos da UERR acompanhado de Parecer de Especialista na área de deficiência
do candidato, especificando a necessidade e o tempo necessário a ser adicionado.
3.15.7. O tempo adicional não poderá ser superior a 2 (duas) horas.
3.15.8. O candidato deverá protocolar o requerimento no prazo estipulado acompanhado do
Parecer do Especialista na área especificando a necessidade e o tempo a ser adicionado sob pena
de indeferimento.
3.16. As informações prestadas no ato da inscrição são de inteira responsabilidade do candidato,
dispondo à UERR do direito de excluir do processo do Concurso Público aquele que forneça
dados comprovadamente inverídicos, em qualquer tempo.
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3.17. DAS VAGAS DESTINADAS AS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA


3.17.1. Serão destinadas 21 (vinte e uma) vagas do total de vagas oferecidas para os candidatos
Pessoa com Deficiência conforme distribuição do Anexo II deste Edital.
3.17.2. O candidato que desejar concorrer as vagas reservadas para as Pessoas com Deficiência
deverão fazer a opção de concorrer como Pessoa com Deficiência no ato de realização da
inscrição mediante o preenchimento do campo de optando pela vaga.
3.17.2.1. O candidato Pessoa com Deficiência que, no ato da inscrição, não declarar esta
condição, não poderá em outro momento, ou fase posterior, interpor recurso ou requerimento
visando sua participação nas vagas destinadas a Pessoa com Deficiência, independentemente do
motivo alegado.
3.17.3. Os candidatos concorrentes as vagas destinadas a Pessoa com Deficiência, além de
atenderem aos subitens 3.1.2, 3.1.3 e 3.11, deverão comprovar seu enquadramento como Pessoa
com Deficiência nos termos do subitem 3.17.4. na ocasião da Perícia Médica Oficial para a posse.
3.17.4. Para efeito de classificação do tipo de deficiência apresentada pelo candidato, serão
observadas as categorias constantes do Art. 4º, Incisos I ao V do Decreto Federal nº 3.298 de 20
de dezembro de 1999, quais sejam:
I – deficiência física;
II – deficiência auditiva;
III – deficiência visual;
IV – deficiência múltipla.
3.17.5. Será garantido um local de prova acessível ao candidato com deficiência, com
acompanhamento de equipe responsável pela aplicação das provas e da segurança do concurso,
devidamente orientada sobre o tratamento a ser dispensado ao candidato, de modo a evitar
constrangimentos.
3.17.6. Os candidatos considerados pessoas com deficiência, se aprovados e classificados, além de
figurarem na Lista Geral de ampla concorrência, terão seus nomes publicados em Lista separada.
3.17.7. O candidato que se declarar Pessoa com Deficiência no ato da inscrição concorrerá em
igualdade de condições com os demais candidatos.
3.17.8. As Pessoas com Deficiência participarão do Concurso em igualdade de condições com os
demais candidatos, no que se refere ao conteúdo das provas, à avaliação e aos critérios de
aprovação, horário, local de aplicação das provas, bem como a todas as Etapas deste concurso e à
pontuação mínima exigida para todos os candidatos.
3.17.9. Para os efeitos de observância da proporcionalidade e alternância no que concerne à
convocação dos candidatos constantes da Lista Geral de Classificação e da Lista de Candidatos
pessoas com deficiência, será obedecida a ordem de classificação da primeira e da segunda lista,
ressaltando que no caso de um candidato pessoa com deficiência já ter sido convocado na Lista
Geral de Classificação, este não mais será computado na lista de deficiência, devendo ser
convocado outro candidato da segunda lista, para a devida observância da convocação alternada e
proporcional.
3.17.10. No caso de não haver candidatos Pessoa com Deficiência aprovados na prova ou na
Perícia Médica Oficial ou de não haver candidatos aprovados em número suficiente para as vagas
reservadas às Pessoas com Deficiência, as vagas remanescentes serão preenchidas pelos demais
candidatos aprovados, observada a ordem de classificação.
3.17.11 Os candidatos serão classificados em ordem decrescente de classificação nos cargos em
que foram inscritos, considerando o subitem 6.2.4.
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3.17.12. Perderá o direito de concorrer às vagas reservadas às Pessoas com Deficiência o


candidato que, por ocasião da Perícia Médica Oficial, não for qualificado na perícia médica como
Pessoa com Deficiência ou, ainda, que não comparecer à perícia.
3.17.13. O candidato que não for considerado com deficiência na perícia médica, caso seja
aprovado no concurso, figurará na lista de classificação geral por cargo e localidade.
3.17.14. A compatibilidade entre as atribuições do cargo e a deficiência apresentada pelo
candidato será avaliada pela Perícia Médica Oficial.
3.17.15. O candidato com deficiência que, no decorrer do estágio probatório, apresentar
incompatibilidade da deficiência com as atribuições do cargo será exonerado.
3.17.16. O candidato que, no ato da inscrição, se declarar com deficiência, se for qualificado na
Perícia Médica Oficial e não for eliminado do concurso, terá seu nome publicado em lista à parte
e figurará também na lista de classificação geral por cargo e localidade.
3.17.17. Após a investidura no cargo, a deficiência não poderá ser arguida para justificar o direito
à concessão de readaptação ou de aposentadoria por invalidez.

4. DOS REQUISITOS PARA A INVESTIDURA DOS CARGOS


4.1. Ser aprovado no Concurso Público.
4.2. Ter nacionalidade brasileira e, no caso de nacionalidade portuguesa, estar amparado pelo
Estatuto de Igualdade entre Brasileiros e Portugueses, com reconhecimento do gozo dos direitos
políticos, nos termos do parágrafo 1° do Art. 12 da Constituição da República Federativa do Brasil
e na forma do disposto no Art. 13 do Decreto n° 70.436/72.
4.3. Possuir habilitação profissional na área correspondente ao cargo pleiteado;
4.4. Ter idade mínima de 18 (dezoito) anos no ato da posse;
4.5. Estar quite com as obrigações militares (para os homens) e eleitorais;
4.6. Possuir a escolaridade mínima exigida para o cargo no ato da posse, comprovada mediante
diploma ou certificado devidamente registrado de conclusão de curso conforme requisito do cargo
pretendido, fornecido por instituição de ensino reconhecida;
4.7. Carteira Nacional de Habilitação, categoria mínima B, para os cargos de Fiscal Agropecuário
Engenheiro Agrônomo e Fiscal Agropecuário Médico Veterinário;
4.8. Possuir os pré-requisitos exigidos para o cargo, conforme discriminado neste Edital;
4.9. Ser considerado APTO em todos os exames médicos pré admissionais, devendo o candidato
apresentar os exames clínicos e laboratoriais solicitados em convocação específica, os quais
correrão às suas expensas. Caso o candidato seja considerado INAPTO para as atividades
relacionadas ao cargo, por ocasião dos exames médicos pré admissionais, este não poderá ser
admitido. Esta avaliação terá caráter eliminatório.
4.10. Não ter sofrido, no exercício de função pública, penalidades incompatíveis com a investidura
em cargo público federal, estadual ou municipal.
4.11. Anular-se-ão sumariamente as inscrições e todos os atos dela decorrentes, inclusive sua
habilitação e a classificação do candidato que não comprovar, no ato da nomeação, o
preenchimento de todos os requisitos exigidos neste Edital.

5. DA CONFIRMAÇÃO DAS INSCRIÇÕES, LOCAL E HORÁRIO DE PROVAS:


5.1. A confirmação da inscrição e dos locais de realização das provas estará disponível no
endereço www.uerr.edu.br link Concursos - Área do Concurso para a ADERR, observando as
datas previstas no Cronograma de Atividades – Anexo I deste Edital.
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5.2. Não serão fornecidas, por telefone, informações a respeito de datas, locais e horários de
realização das provas, devendo o candidato observar as informações constantes nos itens deste
Edital, inclusive os anexos do mesmo.
5.3. A Prova Objetiva realizar-se-á no dia 22 de junho de 2014, com duração de 04 (quatro) horas,
no horário das 8h10min às 12h10min (horário local), para todos os cargos previstos neste Edital.
5.3.1. O horário de encerramento da entrada de candidatos aos locais de provas será às 8h,
não sendo permitido o ingresso dos mesmos após esse horário.
5.3.2. As provas serão realizadas simultânea e exclusivamente nas cidades de Boa Vista e
Rorainópolis, estado de Roraima.
5.3.2.1. No ato da inscrição o candidato, obrigatoriamente, deverá optar por um dos locais de
prova, quais sejam, Boa Vista ou Rorainópolis.
5.3.3. Caso haja necessidade a UERR poderá alterar e/ou fracionar a data de realização das Provas
previstas no subitem 5.3, sendo devidamente publicado na área do concurso qualquer alteração.
5.4. É de responsabilidade exclusiva do candidato a identificação correta, e com antecedência, de
seu local de realização das provas e o comparecimento no horário determinado (horário limite de
8h), não sendo permitido seu ingresso nos locais de prova após às 8h, seja qual for o motivo
alegado.
5.5. Só será homologada a inscrição do candidato que tenha efetuado o pagamento da taxa de
inscrição ou tenha tido o seu pedido de isenção DEFERIDO.

6. DA REALIZAÇÃO DA PROVA OBJETIVA


6.1. O candidato deverá comparecer ao local da prova com, no mínimo, 30 (trinta) minutos de
antecedência do horário de encerramento da entrada dos candidatos, munido do comprovante
de inscrição, documento original de identificação oficial ou carteira expedida por órgãos ou
conselhos de classe que tenham força de documento de identificação (OAB, CORECON, CRA,
CREA, RNE, etc.), carteira de trabalho e previdência social, carteira nacional de habilitação com
foto, passaporte brasileiro ou certificado de reservista com foto e portando caneta esferográfica
transparente com tinta azul ou preta.
6.1.1. Não serão aceitos protocolos ou quaisquer outros documentos de identificação (como
crachás, carteira estudantil, identidade funcional, título de eleitor, carteira nacional de habilitação
ou certificado de reservista sem fotografia, etc.), diferentes dos estabelecidos no item 6.1.
6.1.2. Não serão aceitas cópias de documentos ou papéis em substituição aos exigidos no item 6.1,
quer eles estejam autenticados ou não.
6.1.3. Não haverá, em hipótese alguma, segunda chamada de candidatos, nem a realização de
prova fora do horário e locais marcados neste Edital.
6.1.4. Não será admitido na sala de provas o candidato que se apresentar após o horário
estabelecido para o encerramento da entrada dos candidatos nos locais de prova (8h).
6.1.5. Durante a realização das provas é vedada consulta a livros, revistas, folhetos ou anotações.
6.1.6. No dia de realização das provas, não será permitido ao candidato entrar e/ou permanecer
nos locais de provas com aparelhos eletrônicos (telefone celular, pager, walkman, agenda
eletrônica, notebook, handheld, receptor, gravador, máquina fotográfica, máquina de calcular,
relógio com qualquer uma das funções anteriormente citadas, etc.) ou armas de qualquer tipo.
6.1.6.1. Caso o candidato esteja portando arma de fogo, esta deverá ser entregue na Coordenação
Local do Concurso, antes do início das provas, mediante assinatura do Termo de Guarda de Arma
de Fogo e somente será devolvida ao candidato ao final de sua prova.
6.1.6.2. Recomenda-se aos candidatos que deixem o celular em casa ou em seus veículos, pois
caso seja detectado, na ida ao banheiro ou a qualquer tempo, que o candidato está portando
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aparelho celular, desligado ou não, terá o fato narrado na ata da sala e o candidato será eliminado
do certame.
6.1.7. O descumprimento dos itens 6.1.5 ou 6.1.6 implicará na eliminação sumária do candidato,
constituindo-se em tentativa de fraude.

6.2. DA PROVA OBJETIVA


6.2.1. Prova Objetiva: dia 22 de junho de 2014, com duração de 04 (quatro) horas.
6.2.2. A Prova Objetiva constará de questões com 5 (cinco) alternativas de resposta cada uma,
sendo 1 (uma), e apenas uma, a correta, conforme distribuição a seguir:

QUADRO A: PROVA OBJETIVA (PARA CONTADOR, ASSISTENTE


ADMINISTRATIVO E ASSISTENTE DE LABORATÓRIO)
MATÉRIAS Nº DE
PESO PONTOS CARÁTER
QUESTÕES
1. Língua Portuguesa 10 1 10
2. Atualidades Gerais 10 1 10
3. Informática 10 1 10 CLASSIFICATÓRIO E
4. Legislação Geral 10 1 10 ELIMINATÓRIO
5. Conhecimentos Específicos. 20 3 60
TOTAL 60 - 100

QUADRO B: PROVA OBJETIVA (PARA FISCAL AGROPECUÁRIO/ENGENHEIRO


AGRÔNOMO, FISCAL AGROPECUÁRIO MÉDICO VETERINÁRIO E TÉCNICO EM
AGROPECUÁRIA/AGRÍCOLA)
MATÉRIAS Nº DE
PESO PONTOS CARÁTER
QUESTÕES
1. Língua Portuguesa 10 1 10
2. Atualidades Gerais 10 1 10
3. Informática 10 1 10 CLASSIFICATÓRIO E
4. Legislação Geral 10 1 10 ELIMINATÓRIO
5. Conhecimentos Específicos. 20 2 40
TOTAL 60 - 80

6.2.3. Na Prova Objetiva:


6.2.3.1. Para os cargos de Nível Médio e Técnico, com exceção das questões referentes a
especialidade (conhecimentos específicos), todas as demais serão iguais para os cargos desse
Nível.
6.2.3.2. Para os cargos de Nível Superior, com exceção das questões referentes a especialidade
(conhecimentos específicos), todas as demais serão iguais para todos os cargos desse Nível.
6.2.4. A Prova Objetiva será de caráter eliminatório e classificatório, valendo 100 (cem) pontos
para os cargos de Contador, Assistente Administrativo e Assistente de Laboratório e 80 (oitenta)
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pontos para os Cargos Fiscal Agropecuário / Engenheiro Agrônomo, Fiscal Agropecuário / Médico
Veterinário e Técnico em Agropecuária/Agrícola, sendo considerados classificados somente os
candidatos que atenderem as seguintes condições:
a) ter obtido, no mínimo, 40% (quarenta por cento) dos pontos nas questões de Conhecimentos
Específicos;
b) ter obtido, no mínimo, 40% (quarenta por cento) do total de pontos;
c) Estar posicionado até o dobro do número de vagas ofertadas por cargo e por localidade, sendo
considerado reprovado o candidato posicionado além dele.
6.2.5. Os candidatos que não alcançarem a pontuação mínima fixada no subitem 6.2.4. serão
considerados reprovados e consequentemente eliminados do certame e terão sua nota publicada,
apenas, para efeito de publicidade dos atos do certame.
6.2.6. A Prova Objetiva será confeccionada conforme distribuição das matérias constantes nos
quadros A e B do subitem 6.2.2.
6.2.7. As questões da Prova Objetiva deverão ser respondidas em cartão-resposta específico.
6.2.7.1. O cartão-resposta é personalizado e insubstituível, o qual deverá ser obrigatoriamente
assinado pelo candidato, sob pena de eliminação do candidato no concurso.
6.2.8. Na hipótese de anulação de questão(ões) da Prova Objetiva, quando da sua avaliação, a(s)
mesma(s) será(ão) pontuada para todos os candidatos.
6.2.8.1. Na Prova Objetiva, será atribuída nota 0 (zero):
a) À(s) questão(ões) da prova que contenha(m) mais de uma opção de resposta assinalada no
cartão-resposta, mesmo que apenas um pingo de tinta de caneta, sendo rejeitado pela leitora
óptica;
b) À(s) questão(ões) da prova que não estiver(em) assinalada(s) no cartão-resposta;
c) À Prova Objetiva e/ou questão(ões) da prova cujo cartão-resposta for preenchido fora das
especificações nele contidas ou das instruções da prova.
6.2.9. Os candidatos somente poderão se retirar do local da Prova Objetiva 1 (uma) hora após seu
início, podendo levar consigo o caderno de provas depois de decorridas 2 (duas) horas do seu
início.
6.2.10. O candidato deverá transcrever para o seu cartão-resposta a frase especificada na
capa de seu caderno de prova, sob pena de eliminação do candidato no Concurso.
6.2.10.1 Ao terminar a Prova Objetiva, o candidato entregará ao fiscal o cartão-resposta,
devidamente assinado e com a frase transcrita, sob pena de eliminação do candidato no
Concurso.
6.2.11. Os 3 (três) últimos candidatos de cada sala deverão obrigatoriamente entregar os
respectivos cartões-respostas e retirarem-se do local simultaneamente, sob pena de eliminação.
Caso algum dos três candidatos se recuse a permanecer na sala e se retire, o mesmo será
eliminado do certame.
6.2.12. Serão de inteira responsabilidade do candidato os prejuízos advindos do preenchimento
indevido do cartão-resposta. Serão consideradas marcações indevidas as que estiverem em
desacordo com este edital e/ou com a folha de respostas, tais como marcação rasurada ou
emendada e/ou campo de marcação não preenchido integralmente, bem como aquele preenchido
além dos limites do alvéolo, dentre outras que impossibilitem a captação da marcação correta pela
leitora óptica.
6.2.13. O candidato não deverá amassar, molhar, dobrar, rasgar, marcar, manchar e/ou fazer
quaisquer marcação fora do local destinado para as respostas e assinatura, que impeça a leitura do
cartão-resposta pela leitora óptica, de qualquer modo, danificar a sua folha de respostas, sob pena
de arcar com os prejuízos advindos da impossibilidade de realização da leitura óptica.
ESTADO DE RORAIMA
AGÊNCIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO ESTADO DE RORAIMA
“AMAZÔNIA PATRIMÔNIO DOS BRASILEIROS”

6.2.14. Não será permitido que as marcações no cartão-resposta sejam feitas por outras pessoas,
salvo em caso de candidato a quem tenha sido deferido atendimento especial para esse fim. Nesse
caso, o candidato será acompanhado por um fiscal da UERR devidamente treinado.

6.3. DA PROVA DE TÍTULOS (somente para os cargos de Fiscal Agropecuário/Engenheiro


Agrônomo, Fiscal Agropecuário/Médico Veterinário e Técnico em Agropecuária/Agrícola)
6.3.1. A Prova de Títulos será de caráter apenas classificatório e se submeterão a esta etapa
somente os candidatos aprovados conforme no disposto nas alíneas a), b) e c) do subitem 6.2.4.
deste Edital.
6.3.2. Esta etapa valerá até 20 (vinte) pontos, ainda que a soma dos valores dos títulos
apresentados seja superior a esse valor.
6.2.3. Os títulos contemplados no Anexo V deste Edital deverão ser entregues em envelope na
data fixada no Edital de convocação específico, na sala de Atendimento da Comissão de
Concursos da UERR, em dias úteis e horário de funcionamento. O candidato deverá entregar
cópia simples acompanhada de original ou cópia autenticada em cartório.
6.2.4. O candidato deverá, obrigatoriamente, estar de posse dos documentos originais a serem
entregues para a avaliação de títulos quando se tratar de cópia simples não autenticada em
cartório, não sendo aceita a cópia sem quaisquer uma das formas de autenticação prevista no
subitem 6.2.3. deste Edital.
6.2.4. No momento da entrega dos títulos o atendente fará a conferência entre o número de
documentos (folhas) entregues pelo candidato, sendo o quantitativo assinalado no Formulário de
Entrega de Títulos. Após a conferência, o candidato receberá o Protocolo de Entrega dos Títulos.
6.2.5. Os documentos entregues não serão devolvidos e/ou emprestados em hipótese alguma, da
mesma forma que não serão fornecidas cópias dos mesmos.
6.2.6. Não serão consideradas, em nenhuma hipótese, para fins de avaliação, as cópias de
documentos que não estejam autenticadas na forma prevista neste Edital, bem como documentos
gerados por via eletrônica que não estejam acompanhados com o respectivo mecanismo de
autenticação.
6.2.7. A entrega dos documentos referentes à avaliação de títulos não induz, necessariamente, a
atribuição da pontuação pleiteada. Os documentos serão analisados pela Comissão Avaliadora de
acordo com as normas estabelecidas neste Edital.
6.2.8. A não apresentação dos títulos na forma, no prazo e no local estipulado neste Edital,
importará na atribuição de nota 0 (zero) ao candidato convocado na fase de avaliação de títulos.
6.2.9. Não serão aceitos títulos encaminhados via fax, correio eletrônico ou por qualquer outro
meio não especificado neste Edital.
6.2.10. Os títulos especificados neste Edital deverão conter timbre, identificação do órgão
expedidor, carimbo, assinatura do responsável e data.
6.2.11. Cada título será considerado uma única vez.
6.2.12. Os títulos considerados neste Concurso, suas pontuações, o limite máximo de pontuação
por categoria estão contemplados no Anexo V deste Edital.
6.2.13. Não receberá pontuação o candidato que apresentar certificado que não comprove que o
curso foi realizado de acordo com as normas do Ministério da Educação.
6.2.14. Os Títulos de Pós graduação expedidos por instituição estrangeira deverão ser revalidados
por instituição de ensino superior no Brasil.
6.2.15. Todo documento expedido em língua estrangeira somente será considerado para fim de
avaliação e pontuação na fase de títulos, quando traduzido para a Língua Portuguesa por tradutor
juramentado.
ESTADO DE RORAIMA
AGÊNCIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO ESTADO DE RORAIMA
“AMAZÔNIA PATRIMÔNIO DOS BRASILEIROS”

6.2.16. Outros comprovantes de conclusão de curso ou disciplina, tais como: comprovantes de


pagamento de taxa para obtenção de documentação, cópias de requerimentos, ata de apresentação
e defesa de TCC, ou outros documentos que não certifiquem ou diplomem o candidato não serão
considerados para efeito de pontuação.
6.2.17. Não será considerado o título quando o mesmo for requisito exigido para o exercício do
respectivo cargo, bem como outros títulos não listados no Anexo V deste Edital.

7. DO RESULTADO
7.1. O Gabarito Preliminar da prova objetiva será publicado no endereço www.uerr.edu.br link
Concursos - Área do Concurso para a ADERR conforme data do Cronograma de Atividades –
Anexo I deste Edital, bem como o Gabarito Oficial após a análise de recursos, se houver.
7.2. Os Resultados Preliminar e Final da Prova Objetiva e Títulos serão divulgados na internet, na
área do referido Concurso e a homologação do resultado final em Edital Específico, no Diário
Oficial do Estado e tornados disponíveis no endereço www.uerr.edu.br link Concursos - Área do
Concurso para a ADERR.

8. DA HABILITAÇÃO E DA CLASSIFICAÇÃO
8.1. O total de pontos obtidos pelos candidatos aos cargos de Contador, Assistente Administrativo
e Assistente de Laboratório será a somatória do resultado da Prova Objetiva – PO em
conformidade com o Quadro A do subitem 6.2.2. e considerando o subitem 6.2.4. deste Edital.
8.2. O total de pontos obtidos pelos candidatos aos cargos de Fiscal Agropecuário / Engenheiro
Agrônomo, Fiscal Agropecuário / Médico Veterinário e Técnico em Agropecuária/Agrícola será a
somatória do resultado da Prova Objetiva – PO, em conformidade com o Quadro B do subitem
6.2.2., com o resultado da Prova de Títulos – PT (PO+PT), considerando o subitem 6.2.4. deste
Edital.
8.3. A Classificação dos candidatos aos cargos descritos no Anexo II será feita em ordem
decrescente dos pontos obtidos, considerando o subitem 6.2.4. deste Edital.
8.3.1. Ocorrendo empate, quanto ao número de pontos obtidos na Prova Objetiva – PO de todos
os cargos previstos neste Edital o desempate ocorrerá obedecendo aos critérios a seguir:
a) Obtiver a maior nota nas questões de conhecimentos específicos da prova objetiva;
b) Ter mais idade.

8.4. Ocorrendo empate, quanto ao número de pontos total obtidos no Resultado Final do
Concurso para os cargos de Fiscal Agropecuário / Engenheiro Agrônomo, Fiscal Agropecuário /
Médico Veterinário e Técnico em Agropecuária/Agrícola o desempate ocorrerá obedecendo aos
critérios a seguir:
a) Obtiver a maior nota nas questões de conhecimentos específicos da prova objetiva;
b) Obtiver a maior nota na Prova de Títulos;
c) Ter mais idade.

8.5. Não será permitida a reclassificação de candidato, seja qual for o motivo alegado.

9. DA HOMOLOGAÇÃO DO RESULTADO FINAL


9.1. Será homologada e divulgada, no Diário Oficial do Estado, o Edital com o Resultado Final
dos candidatos aprovados no certame, posicionados no quantitativo de 2 (duas) vezes o número de
vagas por cargo e por localidade previsto neste Edital por cargo e por ordem de classificação.
ESTADO DE RORAIMA
AGÊNCIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO ESTADO DE RORAIMA
“AMAZÔNIA PATRIMÔNIO DOS BRASILEIROS”

9.1.1. Os candidatos posicionados além de 2 (duas) vezes o número de vagas por cargo e por
localidades previsto neste Edital será considerado reprovados.
9.2. O resultado final, uma vez homologado pela Presidente da Agência de Defesa Agropecuária
do Estado de Roraima - ADERR será publicado, por meio de Edital de Homologação, no Diário
Oficial do Estado, e tornado disponível no endereço www.uerr.edu.br link Concursos - Área do
Concurso para a ADERR obedecendo à classificação final, não se admitindo recurso deste
resultado.

10. DAS EXIGÊNCIAS PARA NOMEAÇÃO E POSSE


10.1. Os candidatos aprovados serão nomeados obedecendo as vagas ofertadas por cargo e
localidade e a ordem de classificação.
10.2. A aprovação no concurso além do número de vagas assegurará ao candidato apenas a
expectativa de direito à nomeação, ficando a concretização desse ato condicionada à observância
das disposições legais pertinentes, do exclusivo interesse e conveniência da Administração, da
rigorosa ordem de classificação e do prazo de validade do concurso.
10.3. A posse dar-se-á no período de 30 (trinta) dias a partir da publicação do ato de nomeação no
Diário Oficial do Estado, sendo tornada sem efeito a nomeação dos candidatos não empossados no
prazo referido.
10.4. A escolaridade e requisitos exigidos para os cargos, indicados no Anexo II, deverão ser
comprovados no ato da posse.
10.5. O candidato que não comprovar ou não atender, no ato da posse, a escolaridade e os
requisitos elencados no item 4 e subitem 3.17 (e seus subitens), quando couber, do presente Edital,
será eliminado do Concurso.
10.6. O candidato, quando convocado, deverá comparecer à Perícia Médica Oficial, na data e local
estipulados, apresentando os exames e laudos médicos, solicitados em Edital Específico,
expedidos, no máximo há 30 (trinta) dias antes da perícia, os quais ocorrerão às suas expensas,
não sendo permitida a reclassificação de candidato, seja qual for o motivo alegado.
10.7. A nomeação e posse ocorrerá no cargo e localidade a qual o candidato concorreu não sendo
permitido pedidos de remoção e/ou transferência no prazo de 5 (cinco) anos sob qualquer
hipótese, salvo nos casos de interesse da Administração Pública devidamente justificado.

11. DOS RECURSOS


11.1. É admitido recurso, conforme Cronograma de Atividades, com pedido de revisão
quanto:
a) Ao Edital (caso a impugnação seja acatada o Edital será retificado);
b) A Homologação Preliminar das inscrições;
c) Ao Resultado preliminar dos pedidos de isenção;
d) Ao gabarito preliminar – formulação das questões e respostas publicadas;
e) Ao resultado preliminar da Prova Objetiva;
f) Ao resultado preliminar da Prova de Títulos;
g) Ao resultado Final Preliminar da Concurso.
11.2. Admitir-se-á um único recurso por candidato para cada questão e para cada evento deste
Edital, devidamente fundamentado, sendo desconsiderados recursos de igual teor.
11.2.1. O candidato deverá protocolar todo e qualquer recurso em uma via original, digitado ou
datilografado com as especificações contidas no Formulário Padrão de Recursos (disponível na
área de concursos da UERR (www.uerr.edu.br/concurso), sob pena de ser sumariamente
indeferido.
ESTADO DE RORAIMA
AGÊNCIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO ESTADO DE RORAIMA
“AMAZÔNIA PATRIMÔNIO DOS BRASILEIROS”

11.3. O prazo para interposição de recursos será de 2 (dois) dias úteis após a concretização do
evento que lhes disser respeito (divulgação dos resultados preliminares de pedido de isenção,
gabaritos preliminares e divulgação dos resultados das provas objetivas, etc.), tendo como termo
inicial o 1º dia útil subsequente à data do evento.
11.4. Os recursos deverão ser dirigidos à Presidência da Comissão Organizadora do Concurso.
11.5. O recurso deverá ser protocolado pessoalmente, ou por procuração em cartório, na Comissão
Permanente de Concursos - CPC do Campus da UERR de Boa Vista, seguindo rigorosamente o
modelo estabelecido no Formulário Padrão de Recursos (Capa e Formulário) disponível na área
de concursos da UERR (www.uerr.edu.br/concurso).
11.6. O recurso intempestivo não será apreciado, sendo considerado, para tanto, a data do
protocolo de recebimento.
11.7. Não serão aceitos os recursos de matéria diversa da questionada, ou seja, que não seja objeto
do recurso para o qual o prazo foi estabelecido.
11.8. Não serão aceitos os recursos interpostos por fax-símile, telex, internet, telegrama ou outro
meio que não seja o especificado neste Edital.
11.9. Serão somente apreciados os recursos expressos em termos claros, que apontarem as
circunstâncias que os justifiquem e forem interpostos dentro do prazo.
11.10. O(s) ponto(s) relativo(s) à(s) questão(ões) eventualmente anulada(s) será(ão) atribuído(s) a
todos os candidatos presentes à prova, independentemente de formulação de recurso.
11.11. O gabarito preliminar divulgado poderá ser alterado, com mudanças de resposta e/ou
anulação da questão em função de recursos impetrados e as provas serão corrigidas de acordo com
o Gabarito Oficial.
11.12. Na ocorrência do disposto na alínea “d” do item 11.1 poderá haver, eventualmente,
alteração da classificação inicial obtida para uma classificação inferior ou superior, ou ainda
poderá ocorrer a desclassificação do candidato que não obtiver a nota mínima exigida para
aprovação.
11.13. As decisões dos recursos serão dadas a conhecer, individualmente aos candidatos
recorrentes, os quais deverão retirar sua(s) reposta(s) pessoalmente, ou por procuração em
cartório, uma via da resposta na sala de atendimento da Comissão na UERR.

12. DO FORO JUDICIAL


12.1. O foro para dirimir qualquer questão relacionada com o Concurso Público de que trata este
Edital é o da Comarca de Boa Vista, capital do Estado de Roraima.

13. DO PRAZO DE VALIDADE


13.1. O Concurso Público de que trata o presente Edital terá validade de 2 (dois) anos, contados
da data da homologação de seu resultado, prorrogável uma única vez por igual período, a critério
da Agência de Defesa Agropecuária do Estado de Roraima - ADERR.

14. DISPOSIÇÕES GERAIS


14.1. Será excluído do Concurso o candidato que:
a) Desacatar qualquer membro da equipe encarregada da realização das provas (fiscais,
coordenadores de local, etc).
b) Prestar, em qualquer documento, declaração falsa ou inexata.
c) For surpreendido, durante a realização da prova, em comunicação com outro candidato
verbalmente, por escrito, ou por qualquer outra forma, bem como se utilizando de livros, notas ou
impressos.
ESTADO DE RORAIMA
AGÊNCIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO ESTADO DE RORAIMA
“AMAZÔNIA PATRIMÔNIO DOS BRASILEIROS”

d) Ausentar-se da sala de prova, sem acompanhamento de fiscal.


e) Recusar-se a proceder a identificação pessoal bem como conferência dos dados do cartão-
resposta e sua assinatura ou de outros documentos.
f). Deixar de assinar o cartão resposta.
g) Descumprir as determinações deste edital.
h) Estiver em desacordo com o Item 6.2.4 deste edital.
i) Deixar de assinar o cartão resposta.
j) Não fizer a transcrição da frase da capa do caderno de prova para o cartão resposta (no
local apropriado para este fim).
k) Descumprir qualquer determinação deste edital e das instruções do caderno de prova.
l) For surpreendido com aparelho celular, mesmo que desligado, no momento de revista para
entrada nos banheiros.
m) Estiver portando aparelho celular, mesmo que desligado, em sala de prova e o mesmo venha
emitir qualquer sinal sonoro. SOLICITA-SE AO CANDIDATO QUE O MESMO DEIXE O
CELULAR EM CASA OU EM SEU VEÍCULO, POIS O PORTE INDEVIDO DO
APARELHO CONFIGURA-SE EM TENTATIVA DE FRAUDE, SOB PENA DE
ELIMINAÇÃO.
14.2. O não atendimento pelo candidato às condições estabelecidas neste Edital implicará sua
eliminação do Concurso Público, a qualquer tempo.
14.3. A inexatidão das afirmativas e/ou irregularidades nos documentos, mesmo que verificadas a
qualquer tempo, acarretarão a nulidade da inscrição com todas as suas decorrências, sem prejuízo
das demais medidas de ordem administrativa, civil e criminal.
14.4. O candidato deverá apresentar-se munido de documento de identidade em todas as fases do
Concurso.
14.5. É de inteira responsabilidade do candidato acompanhar no endereço eletrônico da UERR e
no Diário Oficial do Estado comunicados e demais publicações referentes a este Concurso
Público.
14.6. Não será fornecido ao candidato qualquer documento comprobatório de Classificação no
Concurso Público, valendo para este fim o Edital de Homologação publicado no Diário Oficial do
Estado.
14.7. Os resultados parcial e final deste Concurso Público serão disponibilizados no endereço
www.uerr.edu.br no link do Concurso da ADERR.
14.8. Os itens deste Edital poderão sofrer eventuais alterações, atualizações ou acréscimos,
enquanto não consumada a providência ou evento que lhes disserem respeito, circunstância que
será mencionada em Edital ou Aviso a ser publicado na página www.uerr.edu.br link Concursos -
Área do Concurso para a ADERR e no Diário Oficial do Estado.
14.9. Os casos não previstos, no que tange à realização deste Concurso Público, serão analisados
pela Comissão Organizadora do Concurso.
Boa Vista-RR, 8 de maio de 2014.

ROSIRAYNA MARIA RODRIGUES REMOR


Presidente da ADERR
ESTADO DE RORAIMA
AGÊNCIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO ESTADO DE RORAIMA
“AMAZÔNIA PATRIMÔNIO DOS BRASILEIROS”

CONCURSO PÚBLICO ADERR 01/2014


EDITAL Nº 01

ANEXO I
CRONOGRAMA DAS ATIVIDADES
Data Atividades
8/05/14 Publicação do Edital.
8 a 12/05/14 Período para impugnação do Edital
13/05 a 2/06/14 PERÍODO DAS INSCRIÇÕES.
13 a 18/05/14 Período das inscrições com pedidos de isenção (via internet).
Período de entrega dos documentos comprobatórios para a isenção da taxa
13 a 19/05/14
de inscrição (somente em dias úteis)
20/05/14 Divulgação preliminar dos beneficiados da isenção para a taxa de inscrição.
21 e 22/05/14 Interposição de recurso contra o indeferimento do pedido de isenção
23/05/14 Divulgação definitiva dos beneficiados da isenção para a taxa de inscrição.
3/06/14 Último dia para Pagamento do Boleto Bancário para efetivação da Inscrição.
Último dia para Protocolar requerimentos de Solicitação de Condição
6/06/14
especial para realização da Prova Objetiva.
Homologação Preliminar dos Inscritos – inclusive de Pessoa com
10/06/14 Deficiência - a partir das 16h (disponibilizado no site da UERR,
www.uerr.edu.br link Concursos)
Interposição de recurso contra a Homologação Preliminar dos Inscritos –
11 e 12/06/14
inclusive de Pessoa com Deficiência.
Homologação Final dos Inscritos – inclusive de Pessoa com Deficiência - a
13/06/14 partir das 16h (disponibilizado no site da UERR, www.uerr.edu.br link
Concursos)
13/06/14 Divulgação dos Locais de prova.
22/06/14 Data de Realização da Prova (das 8h às 12h)
22/06/14 Publicação do Gabarito Preliminar da Prova Objetiva a partir das 12h.
23 e 24/06/14 Interposição de recurso contra o Gabarito Preliminar.
30/06/14 Divulgação do Gabarito Oficial. (Após análise dos recursos)
30/06/14 Divulgação do Resultado Preliminar da Prova Objetiva, a partir das 16h.
1 e 2/07/14 Interposição de recurso contra o Resultado Preliminar da Prova Objetiva.
3/07/14 Divulgação do Resultado Final da Prova Objetiva.
Convocação para a entrega de Títulos para os cargos de de Fiscal
Agropecuário/Engenheiro Agrônomo, Fiscal Agropecuário/Médico
4/07/14
Veterinário e Técnico em Agropecuária/Agrícola (conforme subitem 6.3
deste Edital)
16/07/14 Resultado Preliminar da Prova de Títulos.
17 e 18/07/14 Interposição de recurso contra o Resultado Preliminar da Prova de Títulos.
23/07/14 Resultado Final da Prova de Títulos.
25/07/14 Resultado Final Preliminar do Concurso.
28/07/14 Interposição de recurso contra o Resultado Final Preliminar da Concurso.
29/07/14 Resultado Final do Concurso.
31/07/14 Homologação do Resultado Final.
ESTADO DE RORAIMA
AGÊNCIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO ESTADO DE RORAIMA
“AMAZÔNIA PATRIMÔNIO DOS BRASILEIROS”

CONCURSO PÚBLICO ADERR 01/2014


EDITAL Nº 01/14
ANEXO II
QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO DAS VAGAS
Vagas ampla Vagas a Escolaridade / Remuneração
Cargo Localidade
concorrência PCD* Requisitos para ingresso (em R$)

Curso Superior de Graduação em


Contador Boa Vista 1 Ciências Contábeis ou Contabilidade 3.042,67
com registro profissional.
Boa Vista 6 2 Diploma, devidamente registrado, de
Bonfim 4 conclusão de Curso Superior de
Fiscal
Graduação em Engenharia
Agropecuário/ Comunidade Barro /
4 Agronômica ou Agronomia fornecido 3.847,04
Engenheiro Surumú (Pacaraima) por instituição de Ensino Superior
Agrônomo
Vila Jundiá credenciada por órgão competente e
8 registro profissional.
(Rorainópolis)
Boa Vista 5 3
Bonfim 1
Vila São Francisco
1
(Bonfim)
Alto Alegre 1
Sumaúma (Alto Alegre) 1
Amajarí 1
Três Corações (Amajarí) 1
Cantá 2
Félix Pinto (Cantá) 1
Caracarai 2
Diploma, devidamente registrado, de
Caroebe 1
Fiscal conclusão de Curso Superior de
Agropecuário/ Entre Rios (Caroebe) 1 Graduação em Medicina Veterinária
3.847,04
Médico fornecido por instituição de Ensino
Iracema 1
Veterinário Superior credenciada por órgão
Mucajaí 1 competente e registro profissional.
Apiaú (Mucajaí) 1
Normandia 1
Pacaraima 2
Comunidade Barro /
1
Surumú (Pacaraima)
Rorainópolis 1
Nova Colina
1
(Rorainópolis)
São João da Baliza 1
São Luiz do Anauá 1
Uiramutã 1 -
ESTADO DE RORAIMA
AGÊNCIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO ESTADO DE RORAIMA
“AMAZÔNIA PATRIMÔNIO DOS BRASILEIROS”

Vagas ampla Vagas a Escolaridade / Remuneração


Cargo Localidade
concorrência PCD* Requisitos para ingresso (em R$)

Boa Vista 15 3
Alto Alegre 1 -

Paredão (Alto Alegre) 1 -


Sumaúma (Alto Alegre) 1 -
Taiano (Alto Alegre) 1 -
Amajarí 2 -
Trairão (Amajarí) 1 -
Três Corações (Amajarí) 1 -
Bomfim 1 1
Vila São Francisco
1 -
(Bonfim)
Vila Vilena (Bonfim) 1 -
Cantá 1 1
Félix Pinto (Cantá) 1 -
Taboca (Cantá) 1 -
Caracarai 1 1
Certificado, devidamente registrado,
Novo Paraíso (Caracarai) 1 - de conclusão de curso de Nível Médio
Assistente
(antigo 2º grau), fornecido por 1.250,00
Administrativo
Caroebe 1 - instituição de ensino legalmente
autorizada.
Entre Rios (Caroebe) 1 -
Iracema 1 1
Campos Novos
1 -
(Iracema)
Roxinho (Iracema) 1 -
Mucajaí 1 1
Apiaú (Mucajaí) 1 -
Normandia 1 -
Pacaraima 1 1
Comunidade Barro /
1 -
Surumú (Pacaraima)
Rorainópolis 1 1
Nova Colina
1 -
(Rorainópolis)
São João da Baliza 1 1
São Luiz do Anauá 1 1
Uiramutã 1 -
ESTADO DE RORAIMA
AGÊNCIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO ESTADO DE RORAIMA
“AMAZÔNIA PATRIMÔNIO DOS BRASILEIROS”

Vagas ampla Vagas a Escolaridade / Remuneração


Cargo Localidade
concorrência PCD* Requisitos para ingresso (em R$)

Certificado, devidamente registrado,


de conclusão de curso de Nível Médio
Assistente de
Boa Vista 1 1 (antigo 2º grau), fornecido por 1.250,00
Laboratório
instituição de ensino legalmente
autorizada.
Boa Vista 10 3
Alto Alegre 2 -
Paredão (Alto Alegre) 1 -
Sumaúma (Alto Alegre) 2 -
Taiano (Alto Alegre) 1 -
Amajarí 2 -
Trairão (Amajarí) 1 -
Três Corações (Amajarí) 1 -
Bomfim 10 -
Vila São Francisco
1 -
(Bonfim)
Vila Vilena (Bonfim) 1 -
Cantá 2 -
Félix Pinto (Cantá) 1 -
Taboca (Cantá) 1 -
Certificado, devidamente registrado,
Caracarai 2 -
Técnico em de conclusão de curso de Nível
Agropecuária / Novo Paraíso (Caracarai) 2 - Técnico em Agropecuária ou Técnico 1.701,81
Agrícola Agrícola, fornecido por instituição de
Caroebe 2 -
ensino legalmente autorizada.
Entre Rios (Caroebe) 2 -
Iracema 2 -
Campos Novos
1 -
(Iracema)
Roxinho (Iracema) 1 -
Mucajaí 3 -
Apiaú (Mucajaí) 2 -
Normandia 2 -
Pacaraima 2 -
Comunidade Barro /
10 -
Surumú (Pacaraima)
Rorainópolis 3 -
Nova Colina
2 -
(Rorainópolis)
Vila Jundiá
4 -
(Rorainópolis)
ESTADO DE RORAIMA
AGÊNCIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO ESTADO DE RORAIMA
“AMAZÔNIA PATRIMÔNIO DOS BRASILEIROS”

Vagas ampla Vagas a Escolaridade / Remuneração


Cargo Localidade
concorrência PCD* Requisitos para ingresso (em R$)

São João da Baliza 2 -


São Luiz do Anauá 2 -
Uiramutã 2 -
Subtotal de vagas ofertadas 182 21
TOTAL DE VAGAS OFERTADAS 203
ESTADO DE RORAIMA
AGÊNCIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO ESTADO DE RORAIMA
“AMAZÔNIA PATRIMÔNIO DOS BRASILEIROS”

CONCURSO PÚBLICO ADERR 01/2014


EDITAL Nº 01

ANEXO III
CONTEUDOS PROGRAMÁTICOS

ATENÇÃO: TODA A LEGISLAÇÃO CITADA NOS CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS


SERÁ UTILIZADA PARA ELABORAÇÃO DE QUESTÕES LEVANDO-SE EM
CONSIDERAÇÃO AS ATUALIZAÇÕES/ALTERAÇÕES VIGENTES ATÉ A DATA DE
PUBLICAÇÃO DESTE EDITAL.

CONHECIMENTOS COMUNS A TODOS OS CARGOS DE NÍVEL MÉDIO E TÉCNICO.


Observação: Não sugerimos Bibliografia

1. LÍNGUA PORTUGUESA
1. Compreensão e interpretação de textos. 2. Acentuação gráfica. 3. As classes gramaticais. 4.
Concordância verbal e nominal. 5. Pronomes: emprego e colocação. 6. Regência nominal e verbal.
7. Noções da norma culta da língua portuguesa na modalidade escrita. 8. Divisão silábica. 9.
Pontuação. 10. Sintaxe: termos da oração, período composto, conceito e classificação das orações.

2. ATUALIDADES GERAIS
Fatos e notícias locais, nacionais e internacionais veiculados nos últimos 12 (doze) meses, a contar
da data de realização da prova, em meios de comunicação de massa, como jornais, rádios, Internet
e televisão. Elementos de política e economia brasileira. Meio ambiente e cidadania: problemas,
políticas públicas, aspectos locais e globais.

3. INFORMÁTICA
1. Noções de sistema operacional (ambientes Linux e Windows). 2. Edição de textos, planilhas e
apresentações (ambientes Microsoft Office e BrOffice). 3. Programas de navegação (Microsoft
Internet Explorer, Mozilla Firefox, Google Chrome e similares). 4. Conceitos básicos do hardware
e periféricos de um microcomputador 5. Segurança da informação: Procedimentos de segurança.
e backup.

4. LEGISLAÇÃO GERAL
Lei Complementar n° 053/2001 - Regime Jurídicos dos Servidores Públicos Civis do Estado de
Roraima e suas alterações; Lei nº. 949 de 09/0114, Lei nº. 644 de 08 de abril de 2008, Lei 950 de
09/01/14. Direito Constitucional – Artigo 1º ao artigo 16 - todos da Constituição Federal e suas
alterações. Direito Administrativo - Ato administrativo: conceito, requisitos, atributos,
classificação, espécies e invalidação, Vícios, Anulação e revogação. Prescrição. Controle da
administração pública: controle administrativo; controle legislativo, controle judiciário. Agentes
Administrativos: investidura e exercício da função pública. Direitos e deveres dos funcionários
públicos. Princípios básicos da administração. Organização administrativa: noções gerais,
administração direta e indireta, centralizada e descentralizada.
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AGÊNCIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO ESTADO DE RORAIMA
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CONHECIMENTOS COMUNS A TODOS OS CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR.


Observação: Não sugerimos Bibliografia

1. LÍNGUA PORTUGUESA
1. Compreensão e interpretação de textos. 2. Denotação e conotação. 3. Ortografia oficial;
Acentuação gráfica. 4. As classes gramaticais. 5. Concordância verbal e nominal. 6. Pronomes:
emprego e colocação. 7. Regência nominal e verbal. 8. Noções da norma culta da língua
portuguesa na modalidade escrita. 9. Pontuação. 10. Significação das palavras. 11. Crase.

2. ATUALIDADES GERAIS
Fatos e notícias locais, nacionais e internacionais veiculados nos últimos 12 (doze) meses, a contar
da data de realização da prova, em meios de comunicação de massa, como jornais, rádios, Internet
e televisão. Elementos de política e economia brasileira. Meio ambiente e cidadania: problemas,
políticas públicas, aspectos locais e globais.

3. INFORMÁTICA
1. Noções de sistema operacional (ambientes Linux e Windows). 2. Edição de textos, planilhas e
apresentações (ambientes Microsoft Office e BrOffice). 3. Programas de navegação (Microsoft
Internet Explorer, Mozilla Firefox, Google Chrome e similares). 4. Programas de correio
eletrônico (Outlook Express, Mozilla Thunderbird e similares). 5. Conceitos de organização e de
gerenciamento de informações, arquivos, pastas e programas. 6. Segurança da informação. 6.1
Procedimentos de segurança. 6.2 Noções de vírus, worms e pragas virtuais. 6.3 Aplicativos para
segurança (antivírus, firewall, antispyware, etc.). 6.4. Procedimentos de backup.

4. LEGISLAÇÃO GERAL
Lei Complementar n° 053/2001 - Regime Jurídicos dos Servidores Públicos Civis do Estado de
Roraima e suas alterações; Lei n 949 de 09/0114, Lei 644 de 08 de abril de 2008, Lei 950 de
09/01/14. Direito Constitucional – Artigo 1º ao artigo 16- todos da Constituição Federal e suas
alterações. Direito Administrativo- Ato administrativo: conceito, requisitos, atributos,
classificação, espécies e invalidação, Vícios, Anulação e revogação. Prescrição. Controle da
administração pública: controle administrativo; controle legislativo, controle judiciário. Agentes
Administrativos: investidura e exercício da função pública. Direitos e deveres dos funcionários
públicos. Poderes da Administração: vinculado, discricionário, hierárquico, disciplinar e
regulamentar. Poder de polícia: conceito, finalidade e condições de validade. Princípios básicos da
administração. Organização administrativa: noções gerais, administração direta e indireta,
centralizada e descentralizada. Autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de
economia mista.

5. CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS DE CADA CARGO:


Observação: Não sugerimos Bibliografia

ASSISTENTE ADMINISTRATIVO
1. Protocolo/recepção de documentos. 2. Classificação, codificação e catalogação de papéis e
documentos. 3. Gestão do patrimônio, cadastro e convênios. 4. Técnicas de arquivamento:
classificação, organização, arquivos correntes e protocolo. 5. Noções de procedimentos
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administrativos. 6. Noções de processos licitatórios. 7. Preenchimento, encaminhamento e controle


de documentos funcionais. 8. Relações Humanas no Trabalho. 9. Normas específicas para redação
de correspondência oficial. 10. Técnicas de atendimento ao público. 11. Noções de Administração
Financeira. 12. Organização, Sistemas e Métodos. 13. Logística e Gestão de Recursos Materiais.
14. Ética Profissional.

ASSISTENTE DE LABORATÓRIO
1. Biossegurança: Noções de segurança química em laboratório, equipamentos de proteção
individual (EPIs), equipamentos de proteção coletiva (EPCs) e prevenção de acidentes, manuseio,
armazenamento e descarte de agentes químicos, utilização segura de substâncias químicas
(segurança química e fatores de risco). 2. Técnicas Básicas de Laboratório: Equipamentos básicos
e vidrarias de laboratório, métodos de separação, técnica de aquecimento, limpeza de materiais de
laboratório, montagem de aparelhagem de laboratório para análises físicas e químicas, pesagem e
balança analítica, uso dos aparelhos volumétricos e influência da temperatura. 3. Soluções:
Preparação, diluição, padronização e armazenamento de soluções. 4. Métodos Instrumentais:
Calibração e funcionamento de pHmetro, condutivímetro e turbidímetro. 5. Substâncias
Inorgânica: Conceitos, características e nomenclatura. 6. Substâncias Orgânicas: Conceitos,
características e nomenclatura.

TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA / TÉCNICO AGRÍCOLA


1. Defesa Sanitária Vegetal. Lei Nº 570/2006; 2. Defesa Sanitária Animal. Lei Nº 460/2004 e
Decreto Nº 5.978-E, de 27 de setembro de 2004; 3. Inspeção sanitária industrial dos produtos de
origem animal. Lei Nº 841/2012; 4. Normas para licenciamento de estabelecimentos
processadores, registro e comercialização de produtos artesanais comestíveis de origem animal e
vegetal. Lei Nº 870/2012 e Decreto Nº 16.374-E, de 20 de novembro de 2013; 5. Uso e aplicação
corretos de agrotóxicos; 6. Produção, transporte, armazenamento, comercialização, utilização,
destino final dos resíduos e embalagens vazias, controle, inspeção e fiscalização de agrotóxicos
seus componentes e afins. Lei Nº 881/2012; 7. Noções de fitossanidade; 8. Principais pragas
agrícolas da região; 9. Noções de sanidade animal; 10. Instrução Normativa n° 44, de 02 de
outubro de 2007.

CONTADOR
1. Contabilidade Pública. 1.1. Conceito, objeto e regime. 1.2. Campo de aplicação. 1.3. Legislação
básica (Lei nº 4.320/64 e alterações). 1.4. Receita e despesa pública: conceito, classificação econô-
mica e estágios. 1.5. Receitas e Despesas orçamentárias e extra orçamentárias: interferências e
mutações. 1.6. Balanços financeiro, patrimonial, orçamentário e demonstrativo das variações, de
acordo com a Lei n.º 4.320/64 e alterações. 2. Contabilidade Geral. 2.1. Princípios Contábeis Fun-
damentais (aprovados pelo Conselho Federal de Contabilidade pela Resolução CFC n.º 750/93,
publicada no DOU de 31/12/93, Seção I, pág. 21.582). 2.2. Patrimônio. Componentes Patrimoni-
ais: Ativo, Passivo e Situação Líquida (ou Patrimônio Líquido). 2.3. Diferenciação entre Capital e
Patrimônio. 2.4. Equação Fundamental do Patrimônio. 2.5. Representação Gráfica dos Estados Pa-
trimoniais. 2.6 Fatos Contábeis e Respectivas Variações Patrimoniais. 2.7. Conta: Conceito. Débi-
to, Crédito e Saldo. Teorias, Função e Estrutura das Contas. Contas Patrimoniais e de Resultado. 3.
Matemática financeira. 3.1. Regra de três simples e composta, percentagens. 3.2. Juros simples e
compostos: capitalização e desconto. 3.3. Taxas de juros: nominal, efetiva, equivalentes, real e
aparente.
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“AMAZÔNIA PATRIMÔNIO DOS BRASILEIROS”

FISCAL AGROPECUÁRIO MÉDICO VETERINÁRIO


1. Defesa Sanitária Animal. Lei Estadual Nº 460/2004 e Decreto Estadual Nº 5.978-E, de 27 de
setembro de 2004; 2. Inspeção sanitária industrial dos produtos de origem animal. Lei Estadual nº
841/2012; 3. Normas para licenciamento de estabelecimentos processadores, registro e
comercialização de produtos artesanais comestíveis de origem animal e vegetal. Lei Estadual Nº
870/2012 e Decreto Estadual Nº 16.374-E, de 20 de novembro de 2013. 4. Manual de Legislação
dos Programas Nacionais de Saúde Animal do Brasil do Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento - 2009; 5. Instrução Normativa n° 44, de 02 de outubro de 2007 (MAPA); 6.
Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal – RIISPOA; 7.
Manual de Procedimentos para Atenção as Ocorrências de Febre Aftosa e outras Enfermidades
Vesiculares – PANAFTOSA – OPS/OMS – 2007; 8. Portaria n°. 368, de 04 de setembro de 1997
(MAPA); 9. Manual do Programa Nacional de Erradicação da Brucelose e Tuberculose (MAPA);
10. Prevenção, Controle e Diagnóstico Clínico e Laboratorial das Principais doenças que afetam o
Comércio da Saúde Humana e Animal; 11. Conhecimentos Básicos de Epidemiologia Animal e
Análise de Risco; 12. Doenças Transmitidas por Animais e por Produtos de Origem Animal.

FISCAL AGROPECUÁRIO ENGENHEIRO AGRÔNOMO


1. Certificação Fitossanitária de Origem – CFO e Certificação Fitossanitária de Origem
Consolidada - CFOC, IN n° 55 de 04 de Dezembro de 2007 (MAPA); 2. Mosca da Carambola, IN
nº 09/2011 (MAPA); 3. Permissão de Transito de Vegetais - PTV, I.N nº 54 de 04 de Dezembro de
2007 (MAPA); 4. Defesa Sanitária Vegetal, Lei Estadual Nº 570/2006; 5. Produção, transporte,
armazenamento, comercialização, utilização, destino final dos resíduos e embalagens vazias,
controle, inspeção e fiscalização de agrotóxicos seus componentes e afins, Lei Estadual Nº
881/2012; 6. Controle de Ervas Daninhas: Tipos mais comuns de Ervas Daninhas e seu Controle
Econômico; 7. Fitossanidade e Entomologia; Doenças que atacam as Principais Culturas; Pragas
que causam sérios Danos Econômicos; Pragas Quarentenárias; Pragas não Quarentenárias
Regulamentadas; Manejo Integrado de Pragas; Noções de Sanidade Vegetal; Principais pragas
agrícolas da região; Uso e aplicação corretos de agrotóxicos; Inspeção de Origem Vegetal, seus
produtos, subprodutos e resíduos de valor econômico; Decreto Federal n°. 24.114/34.
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CONCURSO PÚBLICO ADERR 01/2014


EDITAL Nº 01

ANEXO IV

REQUERIMENTO ESPECIAL PARA TEMPO ADICIONAL DE PROVA

Eu, _______________________________________________, CPF nº. ______.______.______ -


___, inscrito no Concurso da ADERR sob o número de inscrição nº. ___________________ -
Cargo ______________________________________ solicito tempo adicional para a realização
da Prova Objetiva, conforme previsto no §2º do Artigo 40 do Decreto Federal nº 3.298 de 20 de
dezembro de 1999, conforme parecer do especialista em anexo.
Declaro sob as penas da lei que o acima declarado é verdade e subscrevo abaixo.

Boa Vista – RR, ______ de __________________ de __________.

Assinatura: _________________________________________

Nome por extenso: __________________________________

ATENÇÃO:
Este requerimento só terá validade quando protocolado na sala da Comissão de Concursos da UERR até
o prazo máximo de 6 de junho de 2014, juntamente com o Parecer (original ou cópia autenticada em cartório
ou cópia simples acompanhada do original) emitido por especialista da área de sua deficiência.
O resultado do deferimento/indeferimento de tempo adicional de prova estará disponível no sítio
www.uer.edu.br na área do Concurso da ADERR no dia 10 de junho de 2014, por ocasião da Homologação Pre-
liminar das Inscrições.
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CONCURSO PÚBLICO ADERR 01/2014


EDITAL Nº 01

ANEXO V
AVALIAÇÃO DE TÍTULOS

I) Tabela de Títulos para o cargo de Fiscal Agropecuário/Médico Veterinário


Pontos por Valor Máximo
Categoria TÍTULOS
cada Título da categoria
Experiência profissional comprovada como Médico (a)
Veterinário (a) em atividades de Defesa Sanitária
1 Animal ou em atividades de Inspeção de Produtos de 1,0 4,0
Origem Animal (por ano completo, sem sobreposição
de tempo)
Comprovação de conclusão de curso em
Especialização aprovado pelo Ministério da Educação,
2 2,0 4,0
na área de Defesa Sanitária Animal ou na área de
Inspeção de Produtos de Origem Animal.
Comprovação de conclusão de curso de Mestrado
aprovado pelo Ministério da Educação, na área de
3 5,0 5,0
Defesa Sanitária Animal ou na área de Inspeção de
Produtos de Origem Animal.
Comprovação de conclusão de curso de Doutorado
aprovado pelo Ministério da Educação, na área de
4 7,0 7,0
Defesa Sanitária Animal ou na área de Inspeção de
Produtos de Origem Animal.
Total de Pontos da Prova 20

II) Tabela de Títulos para o cargo de Fiscal Agropecuário/Engenheiro Agrônomo


Categoria TÍTULOS Pontos por Valor Máximo
cada Título da categoria
Experiência profissional comprovada como Agrônomo
em atividades relacionadas à produção de mudas e se-
mentes, identificação e controle de pragas, fiscalização
1 de agrotóxicos, fiscalização e/ou inspeção de produtos e 1,0 4,0
subprodutos de origem vegetal e experiência em labora-
tório de fitossanidade (por ano completo, sem sobrepo-
sição de tempo)
Comprovação de conclusão de curso de curso em espe-
2 cialização, aprovado pelo Ministério da Educação, na 2,0 4,0
área de fitotecnia.
Comprovação de conclusão de Mestrado, aprovado pelo
3 5,0 5,0
Ministério da Educação, na área de Fitotecnia.
Comprovação de conclusão de Doutorado, aprovado
4 7,0 7,0
pelo Ministério da Educação, na área de Fitotecnia.
Total de Pontos da Prova 20
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III) Tabela de Títulos para o cargo de Técnico em Agropecuária/Agrícola


Pontos por Valor Máximo
Categoria TÍTULOS
cada Título da categoria
Experiência profissional comprovada como Técnico
(a) em Agropecuária, em atividades de defesa agro-
1 pecuária, classificação vegetal, produção de mudas e 1,0 4,0
sementes, identificação e/ou controle de pragas (por
ano completo, sem sobreposição de tempo)
Comprovação de cursos relacionados à
2 Agropecuária com carga horária mínima de 20 1,0 5,0
(vinte) horas.
Comprovação de curso em Informática no programa
3 Excel (planilha eletrônica), com carga horária 1,0 3,0
mínima de 20 (vinte) horas.
Comprovação de curso em Informática no programa
4 Word (editor de texto), com carga horária mínima de 1,0 3,0
20 (vinte) horas.
Comprovação de conclusão de curso de Graduação
5 aprovado pelo Ministério da Educação na área de 5,0 5,0
Agropecuária/Agrícola.
Total de Pontos da Prova 20
LEI N° 570, DE 1º DE DEZEMBRO DE 2006.

Dispõe sobre a Defesa Sanitária Vegetal no


Estado de Roraima e dá outras
providências.

O GOVERNADOR DO ESTADO DE RORAIMA,


Faço saber que a Assembléia Legislativa aprovou e eu sanciono a seguinte Lei:

CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º Fica instituída no Estado de Roraima a Defesa Sanitária Vegetal.


§ 1º É competência da Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento e Pecuária - SEAPA,
planejar, executar, coordenar, articular com outros setores, avaliar e supervisionar as políticas de Defesa
Sanitária Vegetal, através de programas gerais e especiais da fiscalização vegetal, de seus produtos e
subprodutos de origem vegetal, da comercialização de produtos de uso vegetal e insumos agrícolas e outras
atividades que lhe forem conferidas no Estado de Roraima, visando à promoção e proteção da saúde vegetal,
bem como, à proteção ambiental, objetivando a valorização da produção vegetal e da saúde pública.
§ 2º Para os efeitos desta Lei, considera-se:
I – VEGETAL – planta viva e suas partes, incluindo semente;
II – PRODUTO VEGETAL – material não manufaturado de origem vegetal (incluindo
grãos), produtos manufaturados e seus resíduos que, por sua natureza ou a de seu processamento, podem criar
um risco de dispersão de pragas;
III – PRAGA – qualquer espécie, raça ou biótipo de vegetais, animais ou agentes
patogênicos nocivos aos vegetais ou produtos vegetais;
IV – PRAGA QUARENTENÁRIA A1 – praga de importância econômica potencial para o
Estado de Roraima e que não está presente nele em relação às pragas ocorrentes no território brasileiro;
V – PRAGA QUARENTENÁRIA A2 – praga de importância econômica potencial para o
Estado de Roraima que tem distribuição limitada e é oficialmente controlada;
VI – CONTROLE OFICIAL – toda medida fitossanitária efetivamente fiscalizada e/ou
executada pela Secretaria de Estado da Agricultura - SEAPA;
VII – PRAGA DE QUALIDADE OU PRAGA NÃO QUARENTENÁRIA
REGULAMENTADA – praga de importância econômica significativa e verificável que afeta o uso proposto
dos vegetais ou produtos vegetais e encontra-se amplamente distribuído no Estado de Roraima;
VIII – USO PROPOSTO – destino final do vegetal, ou suas partes, que podem ser a
propagação, o consumo ou a industrialização;
IX – CONTROLE (de uma praga)- contenção, supervisão ou erradicação da população de
uma praga;
X – INSPEÇÃO – exame visual oficial de vegetais, produtos vegetais e outros objetos de
normatização, para determinar se existem pragas presentes e/ou para determinar o cumprimento das
regulamentações e regulações fitossanitárias;
XI – HOSPEDEIRO – qualquer espécie vegetal que pode ser infestada ou infectada por
uma praga específica;
XII – QUARENTENA – confinamento oficial de vegetais ou produtos vegetais sujeitos à
regulamentação fitossanitária, para observação e investigação ou para futura inspeção, prova e/ou tratamento;
XIII – ÁREA LIVRE DE PRAGA – área na qual uma praga específica não ocorre como
demonstra a evidência científica e na qual, quando corresponde, essa condição é oficialmente mantida;
XIV – ÁREA DE BAIXA PREVALÊNCIA – área dentro da qual a presença de uma praga
está abaixo dos níveis de interesse econômico e está submetida à vigilância efetiva e/ou medidas de controle;
XV – PROSPECÇÃO – procedimentos metódicos para determinar as características da
população de uma praga ou para determinar que espécie existe dentro de uma área;
XVI – TRATAMENTO – procedimento oficialmente autorizado para exterminar, remover ou tornar
inférteis as pragas; e
XVII – MEDIDA FITOSSANITÁRIA – procedimento adotado oficialmente para
prevenção e controle de pragas de vegetais e produtos vegetais.
§ 3º Para os efeitos desta Lei, a Defesa Sanitária Vegetal compõe-se de um conjunto de medidas
necessárias a prevenir e impedir a introdução, disseminação e estabelecimento de pragas economicamente
importantes, bem como, a assegurar a produtividade agrícola e industrial no Estado de Roraima.
§ 4º Entende-se por Defesa Sanitária Vegetal o serviço de prevenção de pragas Quarentenárias A1,
de Pragas Quarentenárias A2 e de Pragas de Qualidade.
§ 5º A SEAPA estabelecerá os procedimentos, as práticas, as proibições, bem como, as fiscalizações
necessárias à promoção e proteção da saúde vegetal, através de medidas de controle e/ou erradicação de
pragas, estando prevista a eliminação ou não de vegetais.
§ 6º A SEAPA poderá firmar convênios, com instituições públicas ou privadas, que possibilitem
atualização e capacitação de seu quadro técnico-administrativo, a realização de eventos culturais, a
participação em projetos de pesquisas, o aperfeiçoamento tecnológico e a arrecadação de fundos para a
realização de quaisquer atividades de Defesa Sanitária Vegetal.

Art. 2º A Defesa Sanitária Vegetal no Estado será desenvolvida através de programas específicos
elaborados para cada tipo ou grupo de pragas dos vegetais, em consonância com as diretrizes e normas legais
instituídas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – M.A.P.A., e de acordo com os
interesses do Estado.
Parágrafo único. Entende-se por praga qualquer espécie, raça ou biótipo de vegetais, animais ou
agentes patogênicos nocivos para os vegetais ou produtos vegetais.

CAPÍTULO II
DA FISCALIZAÇÃO E DAS PROIBIÇÕES

Art. 3º São de notificação compulsória pelas autoridades fitossanitárias os casos suspeitos ou


confirmados de:
I - pragas que impliquem a necessidade de quarentena ou destruição do vegetal; e
II - pragas existentes no Estado e listadas conforme prevê o inciso III do artigo 5º desta Lei.
Parágrafo único. É dever de todo cidadão denunciar às autoridades fitossanitárias locais a
ocorrência comprovada ou presumível de pragas nos termos deste artigo.

Art. 4º A promoção da política agrícola relativa ao combate das pragas que comprometem a
sanidade da população vegetal dar-se-á mediante a adoção de ações e de medidas de caráter técnico e
administrativo, com os seguintes objetivos:
I – preservar e assegurar a qualidade e sanidade dos vegetais;
II – manter serviço de vigilância fitossanitária visando à prevenção, ao controle e à
erradicação de pragas dos vegetais, integrando-o no Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária
de que trata o artigo 28 da Lei Federal nº 9.712, de 20 de Novembro de 1998;
III – desenvolver sistema eficaz de vigilância fitossanitária;
IV – estimular a participação da comunidade nas ações de Defesa Sanitária Vegetal; e
V – compatibilizar as providências a serem adotadas com as normas e princípios de proteção
do Meio Ambiente e da conservação dos recursos naturais, bem como, de preservação da saúde humana.
§ 1º O Poder Executivo, para o atendimento dos objetivos desta Lei, definirá, em regulamento
específico, a população vegetal considerada de peculiar interesse do Estado e as medidas e ações tendentes à
sua proteção, devendo:
I – combater, controlar e erradicar as pragas, podendo inclusive destruir vegetais, parcial ou
totalmente;
II – adotar as providências necessárias para impedir a introdução e/ou disseminação de
pragas no Estado;
III – garantir a sanidade dos vegetais destinados ao consumo, produção, armazenamento,
preparo, manipulação, industrialização, comércio e trânsito;
IV – controlar o trânsito de vegetais no âmbito do Estado; e
V – assegurar a idoneidade e qualidade dos produtos destinados aos consumidores, no
tocante à fiscalização de produtos e matérias-primas de origem vegetal, seus subprodutos, resíduos e
derivados de valor econômico.
§ 2º As atividades a serem desenvolvidas serão organizadas de modo a garantir o cumprimento da
legislação referente à Defesa Sanitária Vegetal, sendo executadas, quando for o caso, em conjunto com a
União e os Municípios.

Art. 5º À SEAPA compete:


I – coordenar, executar e fiscalizar as ações de prevenção e controle de pragas e manutenção
da saúde dos vegetais de importância econômica para o Estado;
II – estabelecer os procedimentos, as práticas, as proibições e as imposições, nos termos da
lei, necessários à Defesa Sanitária Vegetal;
III – periodicamente, atualizar e publicar a lista das pragas de importância econômica para o
Estado de Roraima, dentre essas, as quarentenárias e as não quarentenárias regulamentáveis, informando seus
respectivos hospedeiros e plantas potenciais que venham a atacar;
IV – implantar programas estaduais e/ou regionais para o controle das pragas;
V – promover, através do Serviço de Extensão Rural, cursos, campanhas e ações de
educação sanitária vegetal aos produtores rurais e a todas as pessoas envolvidas em atividades industriais e
agroindustriais;
VI – cadastrar e fiscalizar os estabelecimentos que produzem e comercializam vegetais e
seus produtos, especialmente mudas e sementes;
VII – caracterizar e divulgar ao público interessado, no Estado de Roraima, os espaços
fisiográficos que não alojem ou que alojem, nas condições de ausência ou raridade, as “Áreas Livres de
Pragas” e as “Áreas de Baixa Prevalência de Pragas”;
VIII – interditar o trânsito e/ou áreas públicas ou privadas, quando a medida justificar a
prevenção ou erradicação de pragas de importância econômica;
IX – fiscalizar o trânsito de vegetais em todo o território roraimense;
X – interditar, apreender e determinar a desinfestação e desinfecção de veículos usados no
transporte de vegetais contaminados com pragas quarentenárias e não quarentenárias regulamentadas;
XI – eliminar vegetais e seus produtos, quando contaminadas por pragas quarentenárias e
não quarentenárias regulamentadas; e
XII – exercer as demais atribuições desta Lei e as que virão a ser estabelecidas em seu
regulamento.

CAPÍTULO III
DAS MEDIDAS DE DEFESA SANITÁRIA VEGETAL

Art. 6º Os atos de fiscalização, a inspeção e a execução das medidas e ações necessárias à Defesa
Sanitária Vegetal serão aplicadas sobre pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado, que
detenham em seu poder vegetais ou produtos vegetais, a qualquer título, assim como, produzam,
acondicionem, armazenem, embalem, transportem, comercializem ou manipulem produtos e subprodutos de
origem vegetal destinados ao consumo humano.
§ 1º O exercício da inspeção e da fiscalização que define este artigo compete a Engenheiros
Agrônomos e Florestais da SEAPA, nas suas respectivas áreas de competência e devidamente credenciados.
§ 2º Considera-se Engenheiro Agrônomo ou Florestal Oficial, para efeito desta Lei, o profissional
integrante dos quadros da SEAPA encarregado da Defesa Sanitária Vegetal.

Art. 7º A SEAPA, através de seus servidores encarregados da Defesa Sanitária Vegetal, poderá
requisitar força policial para o exercício pleno de suas funções, sempre que julgar necessário.

Art. 8º A SEAPA poderá, em situações emergenciais, sob sua coordenação e fiscalização, e em


consonância com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – M.A.P.A., credenciar pessoas
físicas ou jurídicas para o desempenho das atividades previstas nesta Lei.
Parágrafo único. As atividades delegáveis constante no Capítulo deste artigo referem-se às
atividades não privativas do Estado.

Art. 9º Para prevenção e controle de pragas previstas nesta Lei, a SEAPA exigirá, na forma do
regulamento, os seguintes documentos:
I – Atestado de Sanidade ou de expurgo e/ou Certificado Fitossanitário de Origem;
II – Guia de Permissão de Trânsito de Vegetais, emitido no Estado de origem por
profissionais credenciados;
III – apresentação de análise ou exame laboratorial, em instituições credenciadas e
realização de procedimentos de controle, inclusive adoção de quarentena, quando se constatar a necessidade
dessas medidas; e,
IV – identificação do produto por origem e lote.
Parágrafo único. A emissão dos Certificados Fitossanitários de Origem e das Guias de Permissão de
Trânsito de Vegetais previstos neste artigo, será definida em regulamento específico, por iniciativa de
Engenheiros Agrônomos e Florestais dentro das suas áreas de competências e credenciados junto à SEAPA,
preenchidos os requisitos estabelecidos em regulamento, em consonância com a Legislação Federal
pertinente.

Art. 10. As medidas gerais destinadas à Defesa Sanitária Vegetal do Estado compreenderão:
I – cadastro de propriedades agrícolas no âmbito do Estado;
II – cadastro de estabelecimentos produtores de sementes e mudas de peculiar interesse do
Estado;
III – cadastro de empresas que industrializam, beneficiam, embalam ou comercializam
vegetais de peculiar interesse do Estado;
IV – cadastro de laboratórios de identificação e diagnóstico de pragas existentes no Estado;
V – cadastro de Engenheiros Agrônomos e de Engenheiros Florestais com atuação na área
de sanidade vegetal do Estado;
VI – inventário da população vegetal de peculiar interesse do Estado;
VII – inventário das pragas identificadas ou diagnosticadas no âmbito do Estado;
VIII – controle do trânsito estadual de vegetais, para verificação do cumprimento das
exigências fitossanitárias;
IX – organização e execução de campanhas de controle de pragas;
X – coordenação e participação em projetos de erradicação de pragas;
XI – fiscalização sanitária vegetal de peculiar interesse do Estado;
XII – treinamento técnico do pessoal envolvido na fiscalização e inspeção;
XIII – estabelecimento de normas técnicas para fins de Defesa Sanitária Vegetal a serem
observadas pelos proprietários de empresas referidas nos incisos I, II e III deste artigo, bem como, de
condições para a produção e o uso de vegetais modificados geneticamente;
XIV – instalação de postos de emergência, articulados com órgãos municipais;
XV – eventos agropecuários;
XVI – interdição de áreas e propriedades;
XVII – organização de sistema estadual de comunicação e divulgação de informações
fitossanitárias;
XVIII – desenvolvimento de medidas e ações, junto a produtores rurais, para a prevenção e
o controle de pragas;
XIX – controle de vendas de produtos agrícolas e identificação de lote ou de produto;
XX – suspensão de comercialização;
XXI – desinfestação e desinfecção de veículos, máquinas e equipamentos;
XXII – tratamento de vegetais e produtos vegetais;
XXIII – uso de variedade cultural recomendada oficialmente; e
XXIV – outras práticas instituídas por programas de controle de pragas.
§ 1º Todos os estabelecimentos referidos nos incisos I, II e III deste artigo estão sujeitos a cadastro
na SEAPA, observados os requisitos a serem fixados em regulamento, ficando criado o Cadastro Estadual de
Propriedades Produtoras de Vegetais e Produtos Vegetais e Estabelecimentos de Comércio de Vegetais
destinados à Propagação.
§ 2º Os proprietários, arrendatários ou ocupantes, a qualquer título, das propriedades e
estabelecimentos referidos no inciso anterior ficam obrigados a requerer o cadastramento junto ao Órgão
Executor.
§ 3º Poderá ser estabelecida, nos regulamentos de que trata o artigo 1º, a exigência do certificado
fitossanitário para as propriedades agrícolas mencionadas no inciso I deste artigo.
§ 4º A produção de sementes e mudas pelos estabelecimentos referidos no inciso II deste artigo está
sujeita à obtenção de certificado fitossanitário, na forma prevista nos regulamentos de que trata o artigo 1º
desta Lei.
§ 5º Poderá ser estabelecida, também, a exigência de certificado de sanidade para os
estabelecimentos de que trata o inciso III deste artigo, na forma prevista nos regulamentos de que trata o
artigo 1º desta Lei.

Art. 11. A manipulação de agentes de doenças transmissíveis previstas nesta Lei e os seus
instrumentos legais complementares, para fins de experimentação ou de qualquer outra natureza, poderá ser
autorizada pela SEAPA para instituições que comprovarem as necessárias condições de biossegurança de suas
instalações.

Art. 12. A SEAPA poderá negar ou cancelar registro das pessoas físicas ou jurídicas que
descumprirem esta Lei.

Art. 13. Os proprietários e detentores, a qualquer título, de vegetais, produtos vegetais e


industrializados, ficam obrigados a adotar as medidas de sanidade estabelecidas pelos programas de controle
de pragas.
§ 1º Cabe aos proprietários ou responsáveis pelos organismos, produtos e materiais quaisquer
despesas ou ônus advindos da interdição, suspensão da comercialização, desinfestação e desinfecção, bem
como, a destruição, não assistindo o direito de qualquer indenização.
§ 2º Sempre que as pessoas referidas neste artigo deixarem de executar as medidas de controle, o
Estado realizará os procedimentos ou tratos culturais, mediante ressarcimento pleno das despesas deles
decorrentes.

Art. 14. Em caso de suspeita ou verificada a presença de pragas durante a inspeção de organismos,
produtos e materiais, serão estes interditados, permanecendo sob acompanhamento e instruções, bem como,
depositados em lugar indicado pelo agente fiscalizador.
§ 1º A interdição será determinada em Auto de Interdição, lavrado em 3 (três) vias, contendo a
identificação completa do proprietário ou responsável pelo organismo, produto ou material interditado, sua
quantidade ou volume, espécie e variedade, o motivo e respectivo enquadramento legal, prazo e medidas de
regularização.
§ 2º Comprovada a não-infecção ou não-infestação e efetivadas as medidas sanitárias recomendadas,
proceder-se-á à desinterdição dos organismos, produtos e materiais, lavrando-se o Auto de Desinterdição.
§ 3º A interdição e conseqüentes medidas de vigilância e Defesa Sanitária Vegetal aplicam-se aos
organismos, produtos e materiais, quando constatados em pomares, quintais, jardins e quaisquer outros
estabelecimentos situados em área urbana ou rural.

Art. 15. A suspensão da comercialização será determinada pela SEAPA, nos seguintes casos:
I – quando vegetais e parte de vegetais estiverem desacompanhados da documentação
exigida;
II – quando a documentação estiver incompleta ou em desacordo com o modelo aprovado
pela Secretaria;
III – quando as mudas expostas à comercialização estiverem desprovidas de identificação ou
com a identificação irregular ; e
IV – quando, por qualquer outro motivo, houver risco de contaminação ou disseminação de
pragas que não permita imediato reparo.

Art. 16. As ações de vigilância e Defesa Sanitária dos vegetais serão organizadas e coordenadas pelo
Poder Público e articuladas, na forma da Lei Federal nº 9.712, de 20 de novembro de 1998, no que for
atinente à saúde pública, com o Sistema Único de Saúde, delas participando:
I – os serviços e instituições oficiais;
II – os produtores e trabalhadores rurais, suas associações e técnicos que lhes prestam
assistência;
III – os órgãos de fiscalização das categorias profissionais diretamente vinculadas à
sanidade vegetal; e
IV – as entidades gestoras de fundos organizados pelo setor privado para complementar as
ações públicas no campo da Defesa Sanitária Vegetal.

Art. 17. As medidas da Defesa Sanitária Vegetal cuja adoção for determinada pelo Estado deverão
ser executadas pelas pessoas físicas ou jurídicas responsáveis, no prazo fixado pelo Poder Público.
Parágrafo único. Em caso de omissão, o Poder Público executará ou mandará executar as medidas
necessárias, devendo os interessados ressarcir o Estado das despesas decorrentes da realização dos
procedimentos compulsórios indicados.

Art. 18. Para a verificação de existência de praga dos vegetais, execução e aplicação das medidas
constantes desta Lei e seu regulamento, os fiscais da SEAPA, no exercício de sua profissão, mediante
identificação funcional, terão poder de polícia administrativa e livre acesso aos estabelecimentos públicos ou
privados, urbanos ou rurais, que contenham vegetais e produtos vegetais.

Art. 19. Para desempenho das atribuições previstas nesta Lei, a SEAPA contará com a colaboração
dos órgãos e entidades públicas estaduais, especialmente as Secretarias da Fazenda, da Segurança Pública e
da Saúde.
§ 1º Para emissão de documentos fiscais de vegetais e produtos vegetais, a Secretaria da Fazenda
exigirá comprovantes fitossanitários emitidos pela SEAPA, dentro do prazo de validade.
§ 2º As autoridades da área de Saúde Pública deverão comunicar à SEAPA, as irregularidades
constatadas na fiscalização de alimentos que indiquem a ocorrência de problemas de sanidade vegetal ou de
mau uso de agrotóxico.
§ 3º Sempre que houver dificuldade ou algum tipo de impedimento para a execução das ações,
medidas, normas e serviços de que trata esta Lei, a autoridade fitossanitária poderá requisitar o auxílio da
autoridade policial.

Art. 20. O trânsito estadual e interestadual de vegetais e produtos vegetais, hospedeiros de pragas
quarentenárias A2 e não quarentenárias regulamentadas, com destino a áreas livres de pragas, somente será
permitido conforme o que dispõe o artigo 9º desta lei.
Parágrafo único. Constatada a presença de pragas em vegetal ou produto vegetal em trânsito, ainda
que o seu transporte esteja acobertado de documento fitossanitário, a Defesa Sanitária Vegetal poderá adotar
medidas previstas em regulamento, para se evitar a disseminação da praga.

CAPÍTULO IV
DOS CONSELHOS

Art. 21. Fica criado o Conselho Estadual de Sanidade Vegetal – C.E.S.V., com caráter deliberativo e
função normativa, composto dos seguintes membros:
I – um representante indicado pela SEAPA;
II – um representante indicado pela Superintendência Federal da Agricultura – SFA/RR;
III – um representante indicado pela Universidade Federal de Roraima – UFRR;
IV – um representante da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – EMBRAPA;
V – um representante indicado pelo Conselho Regional de Engenharia - CREA/RR;
VI – um representante indicado pela Federação de Agricultura do Estado de Roraima -
FAERR; e
VII – representantes indicados pelas entidades de classe que representam os produtores
rurais locais.

Art. 22. Compete ao C.E.S.V.:


I – deliberar sobre política de Defesa Sanitária Vegetal no Estado de Roraima;
II – julgar, em nível de segundo grau, os recursos interpostos pelos infratores contra a
imposição de multas aplicadas pelo Departamento de Produção Agropecuária – DEPAG, da SEAPA, após
indeferimento de recurso dirigido a esse órgão;
III – promover, em nível consultivo, o entrosamento operacional e o aperfeiçoamento das
relações do Governo do Estado com a sociedade civil, através das entidades e órgãos representativos dos
segmentos organizados, onde recaírem as ações da SEAPA; e
IV – estimular a criação e manutenção dos Conselhos Municipais de Sanidade Vegetal
C.O.M.U.S.V., com atribuição de promover, planejar, executar, facilitar e auxiliar na execução das ações de
Defesa Sanitária Vegetal nas comunidades rurais e urbanas, capacitando suas lideranças para atuarem como
multiplicadores das ações de sanidade vegetal, apoiando e subsidiando o C.E.S.V.

Art. 23. Os Membros do C.E.S.V. não serão remunerados, sob qualquer título, sendo suas funções
consideradas serviços relevantes prestados ao Estado.

Art. 24. Sob a coordenação da SEAPA, nos municípios, através dos Poderes Executivo, Legislativo e
Judiciário, e as entidades de classe que representam os produtores rurais locais, serão criados os Conselhos
Municipais de Sanidade Vegetal – C.O.M.U.S.V., com função de apoio e subsídio ao C.E.S.V.

Art. 25. O C.E.S.V., com composição e competência definidas nos artigos 20 e 21 desta Lei,
respectivamente, será nomeado por ato do Governador do Estado, para mandato de 02 (dois) anos, à vista da
indicação de suas respectivas entidades, permitida uma recondução.
§ 1º O Secretário de Agricultura, na qualidade de presidente do C.E.S.V., indicará o Secretário-
Executivo, dentre os servidores da autarquia.
§ 2º O presidente do C.E.S.V., em seus impedimentos e ausências eventuais, será substituído pelo
Coordenador de Defesa Sanitária Vegetal da SEAPA.

CAPÍTULO V
DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES

Art. 26. Ficam os servidores do quadro da SEAPA, nos termos da presente Lei, credenciados a lavrar
o Termo de Infração e Multa, quando da constatação de qualquer ação ou omissão que importe na
inobservância dos seus preceitos, bem como, dos regulamentos e demais medidas diretivas dela decorrentes
ao não-cumprimento do estabelecido nesta Lei e demais normas pertinentes.

Art. 27. Sem prejuízo das demais cominações estabelecidas em norma federal, aos infratores desta
Lei aplicam-se, isoladas ou cumulativamente, as seguintes sanções administrativas:
I – advertência;
II – multa de até 5.000,00 UFIR’s, aplicável em dobro, em caso de reincidência;
III – apreensão de vegetais que não se prestarem a sua finalidade ou nos quais haja sido
constatada irregularidade, ou, ainda, para fins de verificação de suas condições sanitárias;
IV – destruição do vegetal apreendido, no caso de ser condenado ou de não ser sanada a
irregularidade verificada, podendo, a critério da autoridade, ser doado à entidade oficial ou filantrópica;
V – suspensão de atividade que cause risco à população vegetal ou embaraço à ação
fiscalizadora, quando ocorrer;
VI – suspensão da comercialização;
VII – interdição total ou parcial da propriedade agrícola ou do estabelecimento, por falta de
cumprimento das determinações da fiscalização; e
VIII – cancelamento de registro de pessoas físicas ou jurídicas.
§ 1º Para o cálculo das multas, deverá ser considerado o valor de UFIR’s ou unidade de valor
equivalente vigente no dia em que se lavrar o auto de infração.
§ 2º Na aplicação das multas, será considerada como circunstância atenuante a comunicação do fato
pelo infrator à autoridade competente.
§ 3º As multas previstas neste artigo serão agravadas, até a metade de seu valor, nos casos de
artifício, ardil, simulação, desacato, embaraço ou resistência à ação fiscal.
§ 4º Em caso de reincidência, o valor das multas será aplicado em dobro.
§ 5º Se o vegetal apreendido puder servir à finalidade diferente da originariamente prevista, será
devolvido ao infrator, para o uso condicionado pela fiscalização, salvo se existente risco fitossanitário.
§ 6º No caso de abandono do vegetal apreendido, a SEAPA, poderá doá-lo a entidades públicas ou
filantrópicas, salvo se existir risco fitossanitário.
§ 7º A suspensão de que trata o inciso V deste artigo cessará quando sanado o risco ou findo o
embaraço oposto à ação da fiscalização.
§ 8º A interdição que trata o inciso VII deste artigo será levantada após o atendimento das exigências
que motivaram a sanção.
§ 9º O não-cumprimento das exigências que motivaram a interdição acarretará o cancelamento do
cadastro.
§ 10. A inexistência ou cancelamento do cadastro implica exercício ilegal da atividade, sujeitando-se
o transgressor às sanções de ordem administrativa previstas nesta Lei, sem prejuízo das sanções penais
cabíveis.
§ 11. A aplicação da pena de multa não exclui a incidência das demais sanções previstas neste artigo.
§ 12. O rito processual administrativo será estabelecido na forma de regulamento desta Lei.

Art. 28. Sem prejuízo das penalidades previstas nesta Lei, os infratores estarão sujeitos à
participação em programas de educação sanitária estabelecidos por ato normativo do Secretário Executivo de
Agricultura, após deliberação do C.E.S.V.

CAPÍTULO VI
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO

Art. 29. A infração às disposições desta Lei e sua Regulamentação será objeto de formalização de
processo administrativo, que tem como fundamento o Termo de Infração e Multa, constante de uma única
peça, lavrada por servidor da SEAPA vinculado aos programas de Defesa Sanitária Animal.

Art. 30. Considera-se a infração a esta Lei a inobservância a ela e sua regulamentação, bem como, as
normas técnicas especiais e a quaisquer dispositivos que, por qualquer forma, se destinem à proteção da saúde
animal, da saúde pública e do meio ambiente.
Parágrafo único. Responde pela infração referida neste artigo quem, por ação ou omissão, lhe der
causa, concorra para sua prática ou dela se beneficie.

CAPÍTULO VII
DOS RECURSOS ADMINISTRATIVOS

Art. 31. O autuado terá o prazo de 10 (dez) dias para apresentar defesa, dirigida ao Departamento de
Defesa Agropecuária – DEDAG.
§ lº Do indeferimento do DEDAG, caberá, em última instância, recurso para o C.E.S.V., no prazo de
30 (trinta) dias, contados da intimação.
§ 2º Decorridos 30 (trinta) dias do julgamento final do contencioso administrativo, sem cumprimento
da penalidade imposta, os autos serão encaminhados para inscrição em Dívida Ativa do Estado.
§ 3º O infrator, ou quem o represente, terá 15 (quinze) dias para o cumprimento da decisão, contados
do recebimento da notificação que lhe noticiar o indeferimento do recurso.
§ 4º Quando for declarada interdição da propriedade ou do estabelecimento, os recursos porventura
interpostos serão recebidos sem o efeito suspensivo.

CAPÍTULO VIII
DAS RECEITAS E SUA APLICAÇÃO
Art. 32. Os recursos pertencentes aos fundos de emergência sanitária ficarão em contas específicas
das entidades privadas, representadas pelo setor agrícola no C.E.S.V., devendo ser regulamentados e
movimentados de acordo com o(s) respectivo(s) programa(s) de prevenção ou erradicação.

Art. 33. Fica instituída a cobrança de taxas e emolumentos pelos serviços relacionados à Defesa
Sanitária Vegetal prestados pela SEAPA, consoante o disposto no Regulamento desta Lei.
Parágrafo único. Os recursos provenientes das cobranças de multas, taxas e emolumentos
decorrentes da aplicação desta Lei serão recolhidos diretamente em código específico da SEFAZ e destinados
especificamente ao custeio e investimentos, ao(s) programa(s) de Defesa Sanitária Vegetal.
Art. 34. Os valores arrecadados por meio de convênios com entidades públicas serão recolhidos
através de código específico da SEFAZ, devendo ser utilizados de acordo com o que foi ajustado entre as
partes conveniadas.

Art. 35. A SEAPA poderá, desde que autorizada pelo Governador do Estado, firmar convênios com
entidades privadas, estipulando nos mesmos a fixação dos objetivos, finalidades, forma de arrecadação e
gerenciamento das receitas, inclusive a responsabilidade pela movimentação dos respectivos numerários, que
deverá ser atribuída às próprias entidades conveniadas.

CAPÍTULO IX
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 36. O Poder Executivo regulamentará a presente Lei no prazo de 90 (noventa) dias, contados de
sua publicação.
Parágrafo único. A regulamentação de que trata este artigo poderá, a qualquer tempo, ser alterada
no todo ou em parte, sempre que a evolução das normas técnicas de combate às pragas de vegetais assim o
recomendar.

Art. 37. Quando da instituição do órgão de Defesa Agropecuária, as atribuições inerentes à defesa
fitossanitária anteriormente destinada à SEAPA serão estabelecidas conforme o disposto na Lei de Criação do
referido órgão.

Art. 38. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 39. Revogam-se as disposições em contrário.

Palácio Senador Hélio Campos, 1º de dezembro de 2006.

OTTOMAR DE SOUSA PINTO


Governador do Estado de Roraima
LEI Nº 460 DE 29 DE JULHO DE 2004

Dispõe sobre a Defesa Sanitária Animal no Estado de


Roraima e dá outras providências

O GOVERNADOR DO ESTADO DE RORAIMA:


Faço saber que a Assembléia Legislativa aprovou e eu sanciono a seguinte Lei:

CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º Fica instituída no Estado de Roraima a Defesa Sanitária Animal.


§ 1° É competência da Secretaria de Agricultura e Abastecimento - SEAAB, planejar, executar,
coordenar, articular com outros setores, avaliar e supervisionar as políticas de Defesa Sanitária Animal através
de programas gerais e especiais, fiscalização de animais, seus produtos e subprodutos de origem animal, da
comercialização de produtos de uso veterinário e insumos pecuários e outras atividades que lhe forem conferidas
no Estado de Roraima, visando à promoção e proteção da saúde animal, bem como a proteção ambiental,
objetivando a valorização da produção animal e da saúde pública;
§ 2° Para os efeitos desta Lei, entende-se por Defesa Sanitária Animal o conjunto de ações básicas de
proteção dos rebanhos contra introdução de doenças já erradicadas ou exóticas, impedindo a propagação, no
Estado de Roraima, através de medidas técnicas de controle e/ou erradicação;
§ 3° A Secretaria de Agricultura e Abastecimento estabelecerá os procedimentos, as práticas, as
proibições, bem como, as fiscalizações necessárias à promoção e proteção da saúde animal, através de medidas
de controle e/ou erradicação de doenças, estando prevista a eliminação ou não de animais;
§ 4° A Secretaria de Agricultura e Abastecimento poderá firmar convênios com instituições públicas
ou privadas, que possibilitem atualização e capacitação de seu quadro técnico-administrativo, a realização de
eventos culturais, a participação em projetos de pesquisas, o aperfeiçoamento tecnológico e a arrecadação de
fundos para a realização de quaisquer atividades de Defesa Sanitária Animal.

Art. 2° A Defesa Sanitária Animal no Estado será desenvolvida através de programas específicos
elaborados para cada tipo ou grupo de doenças dos animais, em consonância com as diretrizes e normas legais
instituídas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - M.A.P.A., e de acordo com os interesses
do Estado.
Parágrafo único. Entende-se por doença dos animais todas as enfermidades transmissíveis e não
transmissíveis e as infestações e infecções parasitárias, que prejudiquem a produção e produtividade da pecuária
ou coloquem em risco a saúde pública ou o meio ambiente.

CAPÍTULO II
DA FISCALIZAÇÃO E DAS PROFISSÕES

Art. 3° Compete à Secretaria de Agricultura e Abastecimento - SEAAB, apoiada em análise da


situação epidemiológica, apresentada pelo Departamento de Defesa Agropecuária DEDAG, estabelecer em
âmbito Estadual ou Regional, programas e normas específicas de prevenção, controle e/ou erradicação de
doenças nos animais, que ameacem a economia do Estado, a saúde animal e a saúde pública, bem como, a
normatização, elaboração, execução e fiscalização, observando-se as normas Federal e Estadual, sobre as
atividades relativas aos trabalhos de Defesa Sanitária Animal.

Art. 4° Para o desempenho das atribuições conferi das na presente Lei, a Secretaria de Agricultura e
Abastecimento poderá:
§ 1° Promover o controle e/ou erradicação de doenças prevalentes, que serão efetuadas de forma
progressiva e orientadas de acordo com a situação epidemiológica, com as prioridades para doenças
transmissíveis de maior significado econômico e sanitário;
§ 2° Poderá criar outros programas de controle e erradicação de doenças ou estabelecer medidas
gerais de vigilância epidemiológica pautados em normas de saúde animal e proteção do meio ambiente;
§ 3° Quando da ocorrência de zoonoses em animais de produção e que sejam de interesse da saúde
pública, a Secretaria de Agricultura e Abastecimento colaborará, notificando-as imediatamente à Secretaria de
Saúde, devendo, para esse caso, ambas as Secretarias estabelecer, em cooperação, normas apropriadas;
§ 4° Quando da ocorrência de doenças exóticas que tenham sido introduzi das no Estado de Roraima,
deverão ser imediatamente institui das, as seguintes ações:
I - interdição de estabelecimentos públicos ou privados;
II - proibição da movimentação de animais, seus produtos e subprodutos;
III- proibição da concentração de animais, na zona de emergência, entendendo esta como
sendo as zonas focais, perifocais e tampão;
IV - sacrifício ou abate sanitário;
V - desinfecção de instalações, veículos e equipamentos; e
VI - adoção de medidas necessárias ao controle zoossanitário para retomar à situação sanitária
anterior.
§ 5° Para efeito desta Lei, serão consideradas as seguintes medidas de Defesa Sanitária Animal:
I - medidas gerais de proteção da saúde;
II - medidas específicas de proteção da saúde;
III - medidas de vigilância epidemiológica para o diagnóstico precoce de doenças; e
IV - medidas especiais de proteção à saúde.

Art. 5° O proprietário dos animais atingidos deverá provar ter cumprido com todas as medidas de
Defesa Sanitária Animal pré-estabelecidas e instituídas dentro do Estado, consoante o disposto do Regulamento
desta Lei;

Art. 6° É obrigatória a aplicação das medidas de Defesa Sanitária Animal previstas nesta Lei, às
doenças passíveis de isolamento ou quarentena, nos termos do Código Zoossanitário Internacional do Office
International de Epizzoties - O I E.
Parágrafo único. A regulamentação desta Lei inserirá a lista provisória de doenças de notificação
obrigatória no Estado de Roraima, a qual deverá ser atualizada pela SEAAB, sempre que as condições sanitárias
assim o indicarem.

CAPÍTULO III
DAS MEDIDAS GERAIS E ESPECÍFICAS DE DEFESA SANITÁRIA ANIMAL

Art. 7° Considera-se Médico Veterinário Oficial, para efeito desta Lei, o profissional integrante dos
quadros da SEAAB, mediante concurso público, encarregado da Defesa Sanitária Animal.

Art. 8° A Secretaria de Agricultura e Abastecimento, através de seus servidores encarregados da


Defesa Sanitária Animal, poderá requisitar força policial para o exercício pleno de suas funções, sempre que
julgar necessário.

Art. 9º A Secretaria de Agricultura e Abastecimento poderá, em situações emergenciais, sob sua


coordenação e fiscalização, e em consonância com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento -
M.A.P.A., credenciar pessoas físicas ou jurídicas para o desempenho das atividades previstas nesta Lei.

Art. 10. Para efeito desta Lei, são consideradas as seguintes medidas gerais de Defesa Sanitária
Animal:
I - educação sanitária;
II - recenseamento, identificação e avaliação dos animais;
III - instalações adequadas para alojamento dos animais;
IV - sistema de registro de dados de saúde e de produtividade nas propriedades;
V - alimentação;
VI - seleção genética;
VII - destino adequado dos dejetos, cadáveres, lixo e resíduos de animais;
VIII - limpeza e desinfecção de objetos, instalações, veículos e equipamentos;
IX - medidas defensivas e ofensivas para o controle de artrópodes, roedores e outros vetores; e
X - controle de trânsito de animais.

Art. 11. Para efeito desta Lei, são consideradas as seguintes medidas específicas de proteção à saúde
animal:
I - imuno-profilaxia; e
II - quimio-profilaxia.

CAPÍTULO IV
DAS MEDIDAS ESPECIAIS DE DEFESA SANITÁRIA ANIMAL

Art. 12. As medidas de caráter especial ou excepcional, relativas à profilaxia de cada doença
transmissível, serão estabelecidas pela SEAAB, inclusive no recebimento de leite e seus derivados, nos limites
da presente Lei.

Art. 13. Visando à salvaguarda dos rebanhos no território roraimense, o Secretário de Agricultura,
ouvindo o Departamento de Defesa Agropecuária - DEDAG., poderá estabelecer programas específicos de
controle e/ou erradicação de doenças, instituindo a obrigatoriedade de vacinação, de realização de testes para
diagnóstico e de tratamento, sempre que a situação epidemiológica reinante assim o exigir.
§ 1º As vacinações, testes para diagnóstico e tratamentos previstos neste Artigo, serão realizados e
custeados pelo proprietário dos animais e sua efetivação será registrada na SEAAB, consoante o disposto no
Regulamento desta Lei.
§ 2° Quando o proprietário deixar de cumprir quaisquer dos procedimentos objetos deste Artigo, a
Secretaria de Agricultura e Abastecimento o fará compulsoriamente, arcando o proprietário com as despesas
decorrentes de sua realização, sem prejuízo das penalidades eventualmente imputadas.

CAPÍTULO V
DAS MEDIDAS DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA

Art. 14. Serão consideradas medidas de vigilância epidemiológica para o diagnóstico precoce de
doenças, e que resultará numa pronta ação profilática, consoante o disposto no Regulamento desta Lei:
I - serviço de informação;
II - cadastro estadual de estabelecimentos pecuários;
III - controle de trânsito de animais;
IV - os deveres dos proprietários de animais;
V - os deveres dos transportadores de animais;
VI - as vacinações e os exames ou provas diagnósticas;
VII - os eventos agropecuários;
VIII - notificação e o atendimento a focos; e
IX - a interdição de áreas e propriedades.

Art. 15. Objetivando reduzir as oportunidades de propagação de doenças transmissíveis ao rebanho


estadual, fica estabelecida a obrigatoriedade de documento zoossanitário para o trânsito intraestadual e
interestadual de todas as espécies animais, incluindo peixes, seus produtos e subprodutos, seja por via terrestre,
aérea ou fluvial, destinados a quaisquer finalidades.
Parágrafo único. O Regulamento estabelecerá os requisitos para expedição da competente
documentação zoossanitária para o trânsito de animais no Estado de Roraima.

Art. 16. A manipulação de agentes de doenças transmissíveis previstas nesta Lei e os seus
instrumentos legais complementares, para fins de experimentação ou de qualquer outra natureza, poderá ser
autorizada pela SEAAB, para instituições que comprovarem as necessárias condições de biossegurança de suas
instalações.

Art. 17. A SEAAB poderá negar ou cancelar registro das pessoas físicas ou jurídicas que
descumprirem esta Lei.

CAPÍTULO VI
DOS DEVERES DOS ESTABELECIMENTOS DE ABA TE DE ANIMAIS E RECEBIMENTO DE
LEITE

Art. 18. Os estabelecimentos destinados ao abate de animais só poderão receber aqueles devidamente
acompanhados da Guia de Trânsito Animal - G.TA., ou documento equivalente que porventura venha a
substituí-Ia.

Art. 19. Os estabelecimentos que recebem leite "in natura" somente poderão fazê-lo de produtores que
comprovem a vacinação do rebanho, ou exames e testes obrigatórios dos animais, contra doenças definidas de
acordo com o disposto no Regulamento desta Lei.

CAPÍTULO VII
DOS CONSELHOS

Art. 20. Fica criado o Conselho Estadual de Saúde Animal - C.E.S.A., com caráter deliberativo e
função normativa, composto dos seguintes membros:
I - um representante indicado pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento -SEAAB;
II - um representante indicado pela Delegacia Federal da Agricultura - DF /RR;
III - um representante indicado pela Universidade Federal de Roraima - UFRR;
IV - um representante indicado pelo Conselho Regional de Medicina Veterinária de Roraima -
CRMV /RR;
V - um representante indicado pela Federação de Agricultura do Estado de Roraima - FAERR;
VI - um representante indicado pela Associação de Criadores de Gado de Roraima – ACRIGER;
VII – um representante indicado pela COOPERCARD;
VIII – um representante indicado pelo FUNDEPEC; e
IX – um representante indicado pela EMBRAPA.
Parágrafo único. O Conselho Estadual de Saúde Animal reunir-se-á ordinariamente em datas
previstas em regulamento e extraordinariamente, sempre que ocorrer os fatos ocorridos nos incisos VII a IX do
art. 26 ou quando a maioria de seus membros entenderem que haja motivo suficiente de ordem pública, para
convocação.

Art. 21. Compete ao Conselho Estadual de Saúde Animal- C.E.S.A. :


I - deliberar sobre política de defesa sanitária animal no Estado de Roraima;

II - julgar, em nível de segundo grau, os recursos interpostos pelos infratores contra a


imposição de multas aplicadas pelo Departamento de Defesa Agropecuária - DEDAG, da Secretaria de
Estado da Agricultura e Abastecimento, após indeferimento de recurso dirigido a esse órgão;
III - promover, a nível consultivo, o entrosamento operacional e o aperfeiçoamento das
relações do Governo do Estado com a sociedade civil, através das entidades e órgãos representativos dos
segmentos organizados, onde recaírem as ações da Secretaria de Estado de Abastecimento;e
IV - estimular a criação e manutenção dos Conselhos Municipais de Saúde Animal
C.O.M.U.S.A., com atribuição de promover, planejar, executar, facilitar e auxiliar na execução das ações
de defesa sanitária animal nas comunidades rurais e urbanas, capacitando suas lideranças para atuarem
como multiplicadores das ações de sanidade animal, apoiando e subsidiando o Conselho Estadual de
Saúde Animal- C.E.S.A.

Art. 22. Os Membros do Conselho Estadual de Defesa Animal não serão remunerados, sob qualquer
título, sendo suas funções consideradas serviços relevantes prestados ao Estado.

Art. 23. Sob a coordenação da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, os municípios, através dos
poderes executivo, legislativo e judiciário, e as entidades de classe que representam os produtores rurais locais,
serão criados os Conselhos Municipais de Saúde Animal - C.O.M.US.A., com função de apoio e subsídio ao
Conselho Estadual de Saúde Animal- C.E.S.A..

Art. 24. O Conselho Estadual de Saúde Animal - C.E.S.A., com composição e competência definidas
nos artigos 20 e 21, respectivamente, será nomeado por ato do Governador do Estado para mandato de dois (02)
anos, à vista da indicação de suas respectivas entidades, permitida uma recondução.
§ 1° O Secretário de Agricultura, na qualidade de presidente do C.E.S.A., indicará o Secretário-
Executivo, dentre os servidores da autarquia.
§ 2° O presidente do C.E.S.A., em seus impedimentos e ausências eventuais será substituído pelo
Coordenador de Defesa Sanitária Animal da SEAAB.

CAPÍTULO VllI
DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES

Art. 25. Ficam os servidores do quadro da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, nos termos da
presente Lei, credenciados a lavrar o Termo de Inflação e Multa, quando da constatação de qualquer ação ou
omissão que importe na inobservância dos seus preceitos, bem como, dos regulamentos e demais medidas
diretivas dela decorrentes ao não cumprimento do estabelecido nesta Lei e demais normas pertinentes.

Art. 26. Sem prejuízo das demais cominações estabelecidas em norma Federal, aos infratores desta
Lei aplicam-se, isoladas ou cumulativamente, as seguintes sanções administrativas:
I - advertência;
II - multa de até 500 (quinhentas) Unidades Fiscais do Estado de Roraima UFERR), na sua
falta, a critério do Poder Executivo, outro valor legal correspondente;
III - proibição do comércio e do trânsito de animais, seus produtos e suprodutos de origem
animal;
IV - apreensão de animais;
V - apreensão de produtos e subprodutos de origem animal;
VI - apreensão de veículos;
VII - despovoamento de animais;
VIII - abate sanitário;
IX - sacrifício sanitário;
X - interdição de estabelecimentos rurais, recintos de eventos agropecuários e outros
estabelecimentos onde se registre ou realize aglomeração de animais ou que representem riscos de
disseminação de doenças dos animais; e
XI - cancelamento de registro de pessoas físicas ou jurídicas.
Parágrafo único. Em caso de reincidência, as multas serão aplicadas em dobro.

Art. 27. Sem prejuízo das penalidades previstas nesta Lei, os infratores estarão sujeitos a participação
em programas de educação sanitária estabelecidos por ato normativo do Secretário Executivo de Agricultura,
após deliberação do Conselho Estadual de Saúde Animal- C.E.S.A.

CAPÍTULO IX
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO

Art. 28. A infração às disposições desta Lei e sua Regulamentação, será objeto de formalização de
processo administrativo, que tem como fundamento o Termo de Infração e Multa, constante de uma única peça,
lavrada por servidor da SEAAB vinculado aos programas de Defesa Sanitária Animal.

Art. 29. Considera-se infração a esta Lei a inobservância a quaisquer de seus dispositivos e ao seu
regulamento, bem como, as normas técnicas especiais que se destinem à proteção da saúde animal, da saúde
pública e do meio ambiente.
Parágrafo único. Responde pela infração a que alude o "caput" deste artigo quem, por ação ou
omissão, lhe der causa, concorra para sua prática ou dela se beneficie.

CAPÍTULO X
DOS RECURSOS ADMINISTRATIVOS

Art. 30. O autuado terá o prazo de 05 (cinco) dias úteis para apresentar defesa, dirigida ao
Departamento de Defesa Agropecuária - DEDAG
§ 1° Do indeferimento do Departamento de Defesa Agropecuária - DEDAG caberá, em última
instância, recurso para o Conselho Estadual de Saúde Animal- C.E.S.A., no prazo de 30 (trinta) dias, contados da
intimação.
§ 2° Decorridos 30 (trinta) dias do julgamento final do contencioso administrativo, sem cumprimento
da penalidade imposta, os autos serão encaminhados para inscrição em Dívida Ativa do Estado.
§ 3° O infrator ou a quem represente, terá 15 (quinze) dias para o cumprimento da decisão, contados
do recebimento da notificação que lhe noticiar o indeferimento do recurso.
§ 4° Quando for declarada interdição da propriedade, os recursos porventura interpostos, serão
recebidos sem o efeito suspensivo.

CAPÍTULO XI
DAS RECEITAS E SUA APLICAÇÃO

Art. 31. Os recursos pertencentes aos fundos de emergência sanitária ficarão em contas específicas
das entidades privadas, representadas pelo setor pecuário no Conselho Estadual de Saúde Animal - C.E.S.A.,
devendo ser regulamentados e movimentados de acordo com o(s) respectivo(s) programa(s) de prevenção ou
erradicação.

Art. 32. Fica instituída a cobrança de taxas e emolumentos pelos serviços relacionados à Defesa
Sanitária Animal prestados pela Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento ou por órgãos
conveniados, consoante o disposto do Regulamento desta Lei que fixará anualmente os respectivos valores.
Parágrafo único. VETADO.

Art. 33. Os valores arrecadados por meio de convênios com entidades públicas serão recolhidos
através de código especifico da Secretaria de Estado da Fazenda – SEFAZ, devendo ser utilizados de acordo com
o que foi ajustado entre as partes conveniadas.

Art. 34. A Secretaria de Agricultura e Abastecimento poderá, desde que autorizada pelo Governador
do Estado, firmar convênios com entidades privadas, estipulando nos mesmos a fixação dos objetivos,
finalidades, forma de arrecadação e gerenciamento das receitas, inclusive a responsabilidade pela movimentação
dos respectivos numerários, que deverá ser atribuída às próprias entidades conveniadas.

CAPÍTULO XII
DA DEFESA VEGETAL

Art. 35. VETADO.

Art. 36. VETADO.

Art. 37. VETADO.


Art. 38. VETADO.

Art. 39. VETADO.

Art. 40. VETADO.

Art. 41. VETADO.

Art. 42. VETADO.

Art. 43. VETADO.

Art. 44. VETADO.

Art. 45. VETADO.

Art. 46. VETADO.

Art. 47. VETADO.

Art. 48. VETADO.

Art. 49. VETADO.

Art. 50. VETADO.

Art. 51. VETADO.

Art. 52 O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de até 90 (noventa) dias, a partir da sua
publicação.
Parágrafo único. VETADO.

CAPÍTULO XII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 53. Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação.

Art. 54. Fica revogada a Lei n° 313, de 19 de dezembro de 2001 e demais disposições em contrário.

Palácio Senador Hélio Campos, 29 de julho de 2004.

FRANCISCO FLAMARION PORTELA


Governador do Estado de Roraima
LEI Nº 870 DE 29 DE NOVEMBRO DE 2012 Parágrafo único. São consideradas passíveis de
beneficiamento e elaboração de produtos artesanais
“Dispõe sobre as normas para licenciamento de
comestíveis de origem animal e vegetal e seus
estabelecimentos processadores, registro e
derivados:
comercialização de produtos artesanais comestíveis de
origem animal e vegetal no Estado de Roraima; revoga I – carne e seus derivados;
a Lei nº 826, de 24 de novembro de 2011, e dá outras
II – leite e seus derivados;
providências.”
III – ovo e seus derivados;
O GOVERNADOR DO ESTADO DE RORAIMA:
IV – pescado e seus derivados;
Faço saber que a Assembleia Legislativa aprovou e eu
sanciono a seguinte Lei: V – produtos das abelhas e seus derivados;
Art. 1º Ficam estabelecidas normas para licenciamento VI – mandioca, outros tubérculos comestíveis e seus
de estabelecimentos processadores, registro e derivados;
comercialização de produtos artesanais comestíveis de
VII – flores e inflorescência;
origem animal e vegetal no Estado de Roraima.
Art. 2º Para os efeitos desta Lei, entende-se por: VIII – frutos in natura e seus derivados;

I – elaboração de produtos artesanais comestíveis de IX – hortaliças;


origem animal e vegetal: o processo utilizado na X – cereais.
obtenção de produtos produzidos por estabelecimentos
de microempreendedor, ou oriundos da agricultura Art. 3º Os produtos de que trata o artigo anterior
familiar, conforme parâmetros estabelecidos nesta poderão ser comercializados em todo o Estado de
Lei; Roraima, cumpridos os requisitos desta Lei.

II – produtos de origem animal: a carne de animais de Art. 4º Compete à Agência de Defesa Agropecuária do
açougues, de animais silvestres originários de criação Estado de Roraima – ADERR, por meio do Serviço de
devidamente regulamentada e seus derivados, o Inspeção Estadual – SIE, a inspeção e fiscalização dos
pescado e seus derivados, o leite e seus derivados, o produtos artesanais comestíveis de origem animal e
ovo e seus derivados, os produtos das abelhas e seus vegetal, a abertura dos processos, orientação sobre
derivados; implantação e implementação dos projetos das
unidades processadoras de alimentos, emissão do
III – produtos de origem vegetal: raízes, tubérculos, registro, orientação e treinamento de técnicos e
rizomas, bulbos, flores e inflorescência e frutos pré- auxiliares do seu quadro de pessoal, e a definição de
processados, processados, conservados, embalados e outros mecanismos de apoio técnico, nos limites de
rotulados; suas áreas de atuação.
IV – produtos alimentares: são produtos próprios para I – para efeito de enquadramento nesta Lei, o
o consumo humano com todas as qualidades microempreendedor individual (MEI) deve atender as
organolépticas, nutricionais e inócuos dos perigos legislações pertinentes para o seu registro e
químicos, físicos e biológicos: legalização, que manipulem ou pretendam manipular
alimentos com finalidade da agregação de valor,
a) são considerados “perigos” os fatores que podem
conservação, embalagem e rotulagem de alimentos
contaminar as matérias-primas, ingredientes e
alimentos; processados de modo artesanal para comercialização
de produtos de origem animal e vegetal.
b) os “perigos” químicos: toxinas naturais
II – para efeito desta lei considera-se por agricultor
(ciguatoxinas, toxinas paralisantes, neurotóxicas,
familiar e empreendedor familiar rural (Lei Federal nº
amnésicas e diarréicas, entre outras), toxinas fúngicas
11.326, de 24 de julho de 2006) aquele que pratica
(micotoxinas), metabólitos tóxicos de origem
microbiana (histamina e tetrodotoxinas), pesticidas, atividades no meio rural, atendendo, simultaneamente,
herbicidas, contaminantes inorgânicos tóxicos, aos seguintes requisitos:
antibióticos, anabolizantes, aditivos e coadjuvantes a) não detenha, a qualquer título, área maior do que 4
alimentares tóxicos, lubrificantes e pinturas (tintas), (quatro) módulos fiscais;
desinfetantes, detergentes, entre outros;
b) utilize predominantemente mão-de-obra da própria
c) os “perigos” físicos: são materiais ou objetos que família nas atividades econômicas do seu
podem causar dano ao consumidor, por exemplo: estabelecimento ou empreendimento;
vidros, metais, madeira, ossos, entre outros;
c) tenha percentual mínimo da renda familiar
d) os “perigos” biológicos: bactérias patogênicas e originada de atividades econômicas do seu
suas toxinas, vírus, parasitos patogênicos e estabelecimento ou empreendimento, na forma
protozoários. definida pelo Poder Executivo (Redação dada pela Lei
Federal Nº 12.512, de 2011);
d) dirija seu estabelecimento ou empreendimento com conveniados na forma da Lei. Caso essas análises não
sua família; possam ser realizadas pelos laboratórios credenciados,
a despesa de envio e realização das análises solicitadas
e) o disposto na alínea “a” do caput deste artigo não se
pelo serviço oficial serão custeadas pelo
aplica quando se tratar de condomínio rural ou outras
estabelecimento processador artesanal de alimentos.
formas coletivas de propriedade, desde que a fração
ideal por proprietário não ultrapasse 4 (quatro) Art. 9º O estabelecimento processador artesanal de
módulos fiscais. alimentos de origem animal e vegetal manterá em
arquivo próprio sistema de controle que permita
Parágrafo único. Além dos requisitos citados no inciso
confrontar, em quantidade e qualidade, o produto
II deste artigo, o agricultor familiar deverá apresentar
processado com o lote que lhe deu origem. Art. 10.
a Declaração de Aptidão ao PRONAF (DAP).
Cada produto deverá ter seu rótulo aprovado e
Art. 5º Para obtenção do registro será obrigatória a registrado junto ao serviço oficial competente, sendo
implantação do manual de Boas Práticas de Fabricação objeto de norma específica e respeitando a legislação
(BPF) nos estabelecimentos de transformação e de vigente, indicando que é produto artesanal.
manipulação de alimentos para fins de verificação das
Art. 11. As instalações para estabelecimento
condições higiênico-sanitária de funcionamento.
processador artesanal de alimentos de origem animal e
Art. 6º A Agência de Defesa Agropecuária do Estado vegetal serão diferenciadas e obedecerão a preceitos
de Roraima – ADERR e a Secretaria de Estado da mínimos de construção, equipamentos, higiene e
Saúde – SESAU poderão pactuar Acordos de escala de produção, e sua especificação será obedecida
Cooperação Técnica com os órgãos que exercem o em regulamento próprio.
controle sanitário de alimentos de origem animal e
Art. 12. Os produtos deverão ser transportados e
vegetal no Estado de Roraima, de acordo com suas
armazenados em condições adequadas para a
competências legais e que possuam ou tenham acesso
preservação de sua qualidade.
a estrutura técnica e laboratorial, bem como, com
entidades públicas que preencham as condições Art. 13. A caracterização de qualquer tipo de fraude,
adequadas à execução das tarefas e a implantação e infração ou descumprimento desta Lei sujeitará o
funcionamento da inspeção e fiscalização dos infrator às sanções previstas em Lei e regulamento
estabelecimentos, visando a garantia dos aspectos de específicos, sem prejuízo às demais.
sanidade e controle de qualidade dos produtos
Art. 14. A habilitação é válida por 02 (dois) anos,
processados nos estabelecimentos abrangidos por esta
renováveis por períodos iguais ou sucessivos, devendo
Lei.
ser requerida sua renovação trinta dias antes do
Parágrafo único. Compete à Agência de Defesa término de sua vigência.
Agropecuária do Estado de Roraima – ADERR, por
Art. 15. O certificado de habilitação poderá ser
meio do Serviço de Inspeção Estadual – SIE, o
cancelado ou suspenso pelo Órgão competente nos
acompanhamento e a fiscalização das atividades
termos de regulamento específico.
inerentes aos convênios firmados com os municípios e
entidades públicas, podendo ser rescindidos quando Art. 16. Esta Lei entra em vigor na data de sua
não atenderem aos requisitos desta Lei. publicação, revogadas as disposições em contrário.
Art. 7º Os órgãos a que se refere o Artigo 6º são: a
Secretaria de Estado da Saúde – SESAU, por meio da Palácio Senador Hélio Campos/RR, 29 de novembro
Vigilância Sanitária, a Agência de Defesa de 2012.
Agropecuária do Estado de Roraima – ADERR,
Secretarias Municipais de Saúde, Secretarias JOSÉ DE ANCHIETA JUNIOR
Municipais de Agricultura ou órgãos equivalentes, no Governador do Estado de Roraima
âmbito de seus serviços de inspeção e fiscalização dos
produtos de origem animal e vegetal.
Art. 8º O estabelecimento processador artesanal de
alimentos que adquirirem produtos de origem animal
e vegetal para beneficiar, manipular, industrializar ou
armazenar deverão manter livro de registro de entrada
e saída, constando, obrigatoriamente, a natureza e a
procedência das mercadorias.
Parágrafo único. Para a realização das análises
referentes aos produtos de origem animal e vegetal, a
ADERR utilizará como referência os laboratórios
especializados da rede oficial ou privados
estabelecidos no Estado, quando credenciados e
DECRETO Nº 16.374-E DE 20 DE NOVEMBRO inclusive aqueles que mantenham características
DE 2013. tradicionais, culturais ou regionais;
II – estabelecimento artesanal: a estrutura física ou
micro-industrial, de pessoa física ou jurídica,
“Regulamenta a Lei Estadual nº 870, de 29 de
destinada ao recebimento, obtenção e depósito de
novembro de 2012, que dispõe sobre as normas para
matéria prima, elaboração, acondicionamento,
licenciamento de estabelecimentos processadores,
armazenamento e comercialização de produtos
registro e comercialização de produtos artesanais
artesanais comestíveis de origem animal em escala não
comestíveis de origem animal e vegetal no Estado de
industrial, situada nas áreas urbanas e rurais do estado
Roraima e dá outras providências.”
de Roraima;
III – estabelecimentos: obedecem a preceitos
O GOVERNADOR DO ESTADO DE RORAIMA, no simplificados de construção, limpeza e higiene, além
uso das atribuições que lhe confere o artigo 62, inciso de normas estabelecidas em lei e outros regulamentos
III, da Constituição do Estado de Roraima e tendo em técnicos;
vista o disposto na Lei Estadual nº 870, de 29 de
a) estabelecimento de pequenos animais - o
novembro de 2012,
estabelecimento destinado ao abate e elaboração de
produtos artesanais de pequenos animais de
importância econômica;
D E C R E T A:
b) estabelecimento de médios e grandes animais: o
estabelecimento destinado ao abate e elaboração de
Art. 1º Fica aprovado o regulamento para a produtos artesanais de médios e grandes animais de
implantação e o funcionamento de estabelecimentos, importância econômica;
voltados para a produção, processamento e
c) estabelecimento de produtos cárneos: o
comercialização de produtos artesanais comestíveis de
estabelecimento destinado à elaboração de produtos
origem animal.
artesanais cárneos embutidos, defumados e salgados;
d) estabelecimento de pescado e seus derivados: o
Art. 2º As normas para licenciamento de estabelecimento destinado à elaboração de produtos
estabelecimentos que se dedicam às atividades artesanais que tenham como matéria prima peixes,
artesanais de produtos comestíveis de origem animal moluscos, anfíbios e crustáceos;
no Estado de Roraima serão reguladas de acordo com
e) estabelecimento de recepção e acondicionamento de
o disposto na Lei Estadual nº 870, de 29 de novembro
ovos: o estabelecimento destinado à recepção, ao
de 2012. acondicionamento e processamento de ovos;
f) estabelecimento de produtos apícolas: o
Art. 3º Este Decreto entra em vigor 30 (trinta) dias estabelecimento destinado à recepção e elaboração de
após a data de sua publicação. produtos artesanais oriundos das abelhas;
Palácio Senador Hélio Campos/RR, 20 de novembro g) estabelecimento de laticínios: o estabelecimento
de 2013. destinado à recepção, envase e pasteurização de leite,
sendo este para elaboração de queijo, iogurte e outros
JOSE DE ANCHIETA JUNIOR derivados;
Governador do Estado de Roraima IV – órgão executor: a Agência de Defesa
Agropecuária do Estado de Roraima – ADERR, com
atribuição de executar as atividades de fiscalização
REGULAMENTO DAS NORMAS PARA previstas neste Regulamento, por meio do SIE/RR; a
LICENCIAMENTO DE ESTABELE- Secretaria de Estado da Saúde – SESAU, por meio da
CIMENTOS PROCESSADORES, REGISTRO E Vigilância Sanitária Estadual; a Secretaria Municipal
COMERCIALIZAÇÃO DE PRODUTOS de Saúde – SMSA, por meio da Vigilância Sanitária
ARTESANAIS COMESTÍVEIS DE ORIGEM Municipal; a Secretaria Estadual de Agricultura,
ANIMAL NO ESTADO DE RORAIMA Pecuária e Abastecimento – SEAPA; a
CAPÍTULO I Superintendência Federal de Agricultura em Roraima
– SFA/RR ou órgãos equivalentes, por meio de Acordo
DAS CONCEITUAÇÕES de Cooperação Técnica;
Art. 1º Para efeito deste Regulamento entende-se por: V – Serviço de Inspeção Estadual de Roraima –
I – produtos artesanais: qualquer produto comestível SIE/RR: aqueles com atribuições de registrar,
de origem animal elaborado em escala não industrial, inspecionar e fiscalizar os estabelecimentos, as
instalações e equipamentos, o recebimento, a obtenção

1
e o depósito de matéria-prima e ingredientes, CAPÍTULO II
elaboração, armazenagem, acondicionamento,
DAS COMPETÊNCIAS E CONDIÇÕES PARA
transporte e comercialização de produtos artesanais;
OBTER O REGISTRO
VI – inspeção e fiscalização: o ato de examinar a
higiene das pessoas, a construção e a higiene do
estabelecimento, das instalações e equipamentos; a
Art. 2º Compete a Agência de Defesa Agropecuária do
higiene, sanidade e os padrões físico-químicos e
Estado de Roraima – ADERR:
microbiológicos no recebimento, obtenção e depósito
de matéria prima e ingredientes, assim como durante § 1º Por meio do Serviço de Inspeção Estadual –
as fases de elaboração, acondiciona- mento, S.I.E., exercer ações pertinentes ao cumprimento das
armazenagem, transporte e comercialização de normas de implantação, registro, funcionamento,
produtos artesanais, visando a qualidade do produto licenciamento, inspeção e fiscalização dos
final; estabelecimentos e dos produtos de processamento
artesanal de alimentos de origem animal;
VII – inspetor e fiscal: o médico veterinário, em suas
respectivas áreas de competência, devidamente § 2º Pactuar acordo de cooperação técnica com os
capacitados e credenciados pelo SIE/RR, são órgãos que exerçam o controle sanitário de alimentos
responsáveis pelo registro, inspeção e fiscalização do de origem animal no estado de Roraima, de acordo
estabelecimento, das instalações e equipamentos, com suas competências legais, que preencham as
recebimento, obtenção e depósito de matéria prima e condições adequadas à execução das tarefas para a
ingredientes, elaboração, acondicionamento, implantação e funcionamento da inspeção e
armazenagem, transporte e comercialização de fiscalização dos estabelecimentos, visando à garantia
produtos artesanais; dos aspectos de sanidade e controle de qualidade dos
produtos processados abrangidos por este decreto;
VIII – auxiliar: técnico responsável por auxiliar o
Médico Veterinário nas inspeções e fiscalizações dos § 3º Os órgãos a que se refere o parágrafo anterior são:
estabelecimentos processadores de produtos artesanais; a Secretaria de Estado da Saúde – SESAU, por meio
IX – insumos: ingredientes, embalagens, produtos de da Vigilância Sanitária Estadual; a Secretaria
higienização, aditivos, conservantes e pesticidas; Municipal de Saúde – SMSA, por meio da Vigilância
Sanitária Municipal; a Secretaria Estadual de
X – limpeza: procedimento utilizado para remoção de Agricultura, Pecuária e Abastecimento – SEAPA; a
sujidades das superfícies, com auxílio de água, Superintendência Federal de Agricultura em Roraima
abrasivos e detergentes; – SFA/RR ou órgãos equivalentes;
XI – área suja: local ou dependência do § 4º Firmar convênios com os municípios que
estabelecimento artesanal que apresente maior risco de possuam ou tenham acesso à estrutura técnica e
contaminação aos alimentos; laboratorial, bem como com entidades públicas e
privadas que preencham as condições adequadas,
XII – área limpa: local ou dependência do
visando à garantia dos padrões higiênico-sanitários,
estabelecimento artesanal onde ocorra o
físico- químicos e microbiológicos e ao controle de
processamento e acondicionamento dos alimentos,
qualidade dos produtos artesanais abrangidos por este
construído com o objetivo de reduzir a introdução e
Regulamento.
multiplicação de agentes contaminadores;
§ 5º O acompanhamento e fiscalização das atividades
XIII – armazenamento: conjunto de atividades e
dos acordos de cooperação técnica e convênios
requisitos para se obter uma correta conservação de
firmados com municípios, entidades públicas e
resíduos animais, insumos e produtos acabados;
privadas.
XIV – barreira sanitária: instalação provida de lavador
§ 6º Estabelecer normas, regulamentos, portarias,
de botas, lavatório com acionamento não manual da
ofícios, ofícios circulares, circular e instruções
água, detergente, sanitizante, papel toalha, coletor de
adicionais ao exercício da inspeção e fiscalização da
lixo com tampa de acionamento por pedal adjacente ao
elaboração e comercialização em escala não industrial
acesso à área de processamento;
de produtos artesanais comestíveis de origem animal.
XV – efluentes: resíduos sólidos e líquidos oriundos
do processo de fabricação dos produtos artesanais.
Art. 3º É considerado produtor artesanal de produto de
origem animal para efeito de enquadramento neste
Regulamento:
I - o microempreendedor individual (MEI) que
manipule ou pretenda manipular alimentos com
finalidade da agregação de valor, conservação,
embalagem e rotulagem de alimentos processados de

2
modo artesanal para comercialização, atendendo as alimentos emitida por instituição habilitada;
legislações pertinentes para o seu registro e
VII – exame da água de abastecimento, cujas
legalização;
características devem se enquadrar no padrão físico-
II - e o agricultor familiar e empreendedor familiar químico e microbiológico conforme Legislação
rural (Lei Federal Nº 11.326, de 24 de julho de 2006) Vigente;
aquele que pratica atividades no meio rural,
a) Quando o resultado do exame da água estiver fora
atendendo, simultaneamente, aos seguintes requisitos:
dos padrões considerados desejáveis, impõe-se novo
a) não detenha, a qualquer título, área maior do que 4 exame;
(quatro) módulos fiscais;
VIII – licenciamento ambiental expedido por órgão
b) utilize predominantemente mão-de-obra da própria competente;
família nas atividades econômicas do seu
IX – documento que ateste as condições sanitárias dos
estabelecimento ou empreendimento;
animais, sobretudo os que vão dar origem a matéria-
c) tenha percentual mínimo da renda familiar originada prima a ser utilizada no processamento artesanal de
de atividades econômicas do seu estabelecimento ou alimentos de origem animal;
empreendimento, na forma definida pelo Poder
X – planta baixa e/ou croqui do estabelecimento e
Executivo (Redação dada pela Lei Federal Nº 12.512,
memorial descritivo da área de processamento;
de 2011);
XI – registro de rótulo conforme estabelecido no art.
d) dirija seu estabelecimento ou empreendimento com
43 do presente Decreto;
sua família;
XII – outros documentos, atestados ou exames
e) o disposto na alínea “a” do caput deste artigo não se
exigidos pelos órgãos competentes desde que
aplica quando se tratar de condomínio rural ou outras
previstos em normas complementares.
formas coletivas de propriedade, desde que a fração
ideal por proprietário não ultrapasse 4 (quatro) § 2º A concessão do registro fica condicionado ao
módulos fiscais. parecer emitido no Laudo de Vistoria do SIE/RR.
Parágrafo único. Além dos requisitos citados no inciso § 3º Quando o Laudo de Vistoria, a que se refere o §
II deste artigo, o agricultor familiar deverá apresentar 2º deste artigo, estabelecer ou determinar a
a Declaração de Aptidão ao PRONAF (DAP), necessidade de serem feitos ajustes de qualquer
expedida por órgão competente. natureza nos estabeleci- mentos solicitantes de acordo
com cada caso específico à conveniência da
Art. 4º Para funcionamento do estabelecimento
Administração fiscalizadora, o registro ficará
artesanal de produtos de origem animal comestível, o
condicionado até que as recomendações ou
produtor da agricultura familiar ou o
determinações contidas no Laudo sejam atendidas, e
microempreendedor deverá ser registrado na Agência
que não comprometa a qualidade do produto final.
de Defesa Agropecuária do Estado de Roraima –
ADERR. § 4º A validade do registro do produto artesanal será
de 2 (dois) anos, quando do primeiro registro, ficando
§ 1º Para obter o registro na Agência de Defesa
após esse prazo a obrigatoriedade da renovação por
Agropecuária do Estado de Roraima – ADERR, o
períodos iguais ou sucessivos, devendo ser requerida
solicitante deverá formalizar pedido instruído com os
sua renovação 30 (trinta) dias antes do término de sua
seguintes documentos:
vigência.
I – requerimento dirigido a Agência de Defesa
§ 5º Não atendidos os requisitos legais e
Agropecuária do Estado de Roraima – ADERR
regulamentares, o pedido definitivo será indeferido.
solicitando o registro e a instalação do serviço de
inspeção e fiscalização;
II – registro no CNPJ ou CPF e inscrição na Secretaria CAPÍTULO III
de Estado da Fazenda, como produtor rural,
DAS ATRIBUIÇÕES DO SIE/RR
microempreendedor individual ou microempresa;
III – documento de inscrição no conselho de classe
competente, com anotação do responsável técnico; Art. 5º São atribuições do SIE/RR:
IV – documento que comprove as condições de I – vistoriar o estabelecimento requerente;
microempreendedor individual ou agricultor familiar,
expedida pelo órgão competente; II – definir os produtos passíveis de serem elaborados
artesanalmente, segundo a natureza e origem da
V – documentos de identificação pessoal ou de matéria-prima e dos ingredientes, o processo de
constituição jurídica; fabricação e o potencial de risco à saúde do
consumidor;
VI – carteira de saúde do (s) manipulador (es) de

3
III – estabelecer em regulamento, juntamente com V – dispor de depósito ou armário, em material
órgãos de pesquisa, padrões de identidade e qualidade adequado, para os insumos a serem utilizados na
de produtos de origem animal comestível que ainda elaboração dos produtos;
não tenham legislação específica;
VI – dispor de produto aprovado pela inspeção, para
IV – aprovar e expedir o registro de funcionamento do higienizar as instalações, equipamentos e utensílios,
estabelecimento; como vapor, água quente e soluções cloradas;
V – analisar fórmulas, rótulos, carimbos e autorização VII – aplicar as providências preconizadas pelas
para utilizar embalagens, conforme processo de normas de segurança do trabalho, segundo o porte e a
rotulagem, a serem usados na elaboração de produtos natureza do estabelecimento.
artesanais, bem como aprovar as plantas de construção
VIII – dispor de banheiro, vestiário e depósito,
de estabelecimento requerente; VI – capacitar, treinar
separados do ambiente interno destinado ao
e credenciar inspetores, fiscais e auxiliares;
processamento, manipulação e estocagem;
VII – acompanhar e fiscalizar as atividades inerentes
IX – possuir piso antiderrapante, sem batentes,
aos convênios firmados com municípios e entidades
impermeável, de fácil higienização e com declive
públicas e privadas, podendo ser rescindidos quando
adequado para permitir o escoamento adequado de
não atenderem aos requisitos deste Regulamento, ou
líquidos;
de outras normas pertinentes;
X – possuir paredes lisas, de cor clara, impermeáveis e
VIII – verificar carteiras de saúde dos funcionários e
de fácil higienização, dotadas de janelas que permitam
proprietários de estabelecimento, exame de água e
a perfeita aeração e luminosidade;
outros atestados e exames julgados necessários;
XI – possuir teto ou forro, de cor clara, construídos
IX – inspecionar, reinspecionar e fiscalizar o
com materiais que proporcionem facilidade de
estabelecimento, as instalações e os equipamentos, a
higienização e possuir sistema de vedação contra
matéria-prima, os ingredientes e os produtos
insetos e outras fontes de contaminação;
artesanais elaborados; X – expedir laudos de inspeção
e fiscalização pertinentes ao SIE/RR. XII – dispor permanentemente de água potável e em
quantidade suficiente para atender à demanda do
estabelecimento, cuja fonte de canalização e
CAPÍTULO IV reservatório deverá ser protegida, para evitar qualquer
tipo de contaminação;
DO ESTABELECIMENTO, DAS INSTALAÇÕES
E EQUIPAMENTOS XIII – dispor de sistema de escoamento de água
servida, sangue, soro, resíduos, efluentes e rejeitos da
elaboração de produtos artesanais, de acordo com as
Art. 6º O estabelecimento deve: recomendações do órgão ambiental responsável;
I – estar situado em áreas que não apresentem níveis XIV – dispor, quando necessário, de sistema de frio,
indesejados de odores, fumaças, poeira e outros que poderá ser composto de freezer, geladeira
contaminadores, que não estejam expostos a industrial ou câmara fria;
inundações, e devem possuir licença ambiental junto
XV – dispor de fonte de energia elétrica compatível
ao órgão competente;
com a necessidade do estabeleci- mento;
II – localizar-se afastado de fontes de mau cheiro e de
XVI – ter as aberturas da construção, com acesso ao
contaminação, distante dos limites das vias públicas,
seu exterior, fechadas com telas à prova de insetos;
no mínimo, em 5 (cinco) metros, de preferência no
centro do terreno, com área disponível para circulação XVII – dispor de equipamentos e recursos essenciais
interna de veículos, devidamente cercado, e projetados ao seu funcionamento, compostos de materiais
de forma a permitir a separação entre áreas e setores, resistentes, impermeáveis, que permitam uma perfeita
pelo emprego de meios eficazes, com fluxo ordenado e limpeza e higienização;
continuo desde a chegada da matéria prima, durante o
XVIII – evitar o uso de madeira em esquadrias ou em
processo de produção, até a obtenção do produto
utensílios dentro da unidade de produção, excetuando-
acabado, de forma a evitar as operações suscetíveis de
se a condição em que a tecnologia empregada o exija.
causar contaminação cruzada;
Sob nenhum pretexto podem ser utilizados objetos tais
III – ter uma área limpa e uma área suja, devidamente como latas de óleo, cuias, cabaças etc.;
separadas;
Art. 7º Todos os equipamentos e utensílios utilizados
IV – ser construído em alvenaria ou outro material nas áreas de produção, ou que entrem em contato com
aprovado pelo SIE/RR, com área compatível com o as matérias-primas ou os produtos, devem ser
volume máximo da produção, tamanho das espécies construídos de materiais que não transmitam
animais a serem processados; substâncias tóxicas, odores ou sabores, e sejam

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impermeáveis e resistentes à corrosão e capazes de empresa devidamente registrada nos órgãos
resistir a repetidas operações e higienização. competentes.
Art. 8º O estabelecimento de produtos artesanais só Art. 16. É proibido residir, dormir, fazer refeições,
pode funcionar se devidamente instalado e equipado, fumar, depositar produtos, objetos e materiais
devendo observar as normas técnicas expedidas pela estranhos à finalidade do estabelecimento ou ainda
legislação vigente. guardar adornos, roupas ou calçados de qualquer
natureza nas instalações de recebimento, produção,
Parágrafo único. Sempre que o tipo e a tecnologia do
expedição, obtenção e depósito de matéria prima e
produto artesanal a ser elaborado exigir, o
ingredientes.
estabelecimento deve possuir equipamentos e
instalações compatíveis com a sua elaboração. Art. 17. As instalações sanitárias, vestiários e outras
dependências, devem ser mantidas limpas,
organizadas, livres de pragas, goteiras, infiltrações,
CAPÍTULO V mofo, vazamentos e estruturas quebradas ou
defeituosas.
DA HIGIENE DAS INSTALAÇÕES E DOS
EQUIPAMENTOS Art. 18. As câmaras frias, freezers e refrigeradores
devem atender às mais rigorosas condições de higiene
e funcionamento, devendo ser lavadas e higienizadas
Art. 9º Todas as instalações e os equipamentos devem sempre que necessário, ficando seu uso exclusivo aos
ser mantidos em condições de higiene antes, durante e produtos aos quais se destinam.
após a elaboração dos produtos artesanais.
Art. 19. Os currais, bretes, mangueiras e outras
Art. 10. Os pisos e paredes, bem como os instalações próprias para a guarda, pouso e contenção
equipamentos e utensílios devem ser lavados e de animais vivos ou para depósito de resíduos devem
adequadamente higienizados com produtos registrados ser lavados e higienizados, sempre que necessário,
no Ministério da Saúde e aprovados pelo SIE/RR, com desinfetantes aprovados pelo Ministério da Saúde
devendo ser mantidos limpos, organizados e em ou autorizados pelo SIE/RR.
perfeitas condições de higiene e funcionamento, antes Art. 20. No estabelecimento de laticínios é obrigatória
e após o processamento dos produtos. a limpeza e a higienização dos recipientes utilizados
Art. 11. As máquinas, tanques, caixas, recipientes, na coleta, antes de seu retorno aos pontos de origem.
mesas e demais materiais e utensílios serão
Art. 21. O reservatório que abastece o estabelecimento
identificados de modo a evitar equívocos entre o
deve ser lavado e higienizado no mínimo a cada 6
destino de produtos comestíveis e os usados no
(seis) meses ou, se necessário em periodicidade
transporte ou depósito de produtos não-comestíveis ou inferior a critério do órgão fiscalizador.
ainda utilizados na alimentação animal, usando-se as
denominações “comestíveis” e “não-comestíveis”. Art. 22. As caixas de inspeção e sedimentação de
substâncias residuais devem ser frequentemente
Art. 12. É proibido o acondicionamento de matérias-
inspecionadas e convenientemente limpas.
primas, ingredientes e produtos artesanais elaborados,
em carros e recipientes que tenham servido para
produtos não- comestíveis.
CAPÍTULO VI
Art. 13. É proibido empregar recipientes de cobre,
DA HIGIENE DOS TRABALHADORES
latão, zinco, barro, ferro estanhado com ligamento que
contenha mais de 2% (dois por cento) de chumbo ou
que apresente estanhagem defeituosa, ou ainda,
Art. 23. Todos os funcionários e/ou proprietários de
qualquer utensílio que, pela forma e composição, possa
estabelecimento, envolvidos no processo produtivo,
prejudicar a matéria-prima, os ingredientes ou os
deverão fazer exames de saúde a cada 6 (seis) meses.
produtos elaborados.
Art. 24. Sempre que comprovada a ocorrência de
Art. 14. Os recipientes já usados, quando se
dermatose, salmonelose, doença infectocontagiosa ou
destinarem ao acondicionamento dos produtos, devem
repugnante nos funcionários e proprietários do
ser previamente inspecionados, condenando-se os que,
estabelecimento, estes deverão ser imediatamente
após terem sido lavados e higienizados, forem
afastados do trabalho até a cura da enfermidade, só
julgados impróprios para uso no estabelecimento. Art.
podendo retornar após laudo médico de liberação para
15. O estabelecimento deve ser mantido limpo, livre
exercer a atividade em questão. Art. 25. As pessoas que
de moscas, mosquitos, ratos, camundongos ou
trabalham nas áreas de manipulação não podem ter
quaisquer outros vetores, agindo-se cautelosamente
acesso a setores que são passíveis de contaminação.
quanto ao emprego de produtos tóxicos, mesmo que
seu uso seja aprovado pelo Ministério da Saúde, Art. 26. É obrigatório o uso de paramentação, gorros,
devendo as tarefas de dedetização serem realizadas por luvas, aventais, calçados próprios, todos limpos e

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higienizados, assim como a boa higiene dos Art. 31. Os estabelecimentos de beneficiamento de
funcionários e proprietários do estabelecimento nas leite e industrialização de seus derivados são obrigados
dependências de recebimento, produção, expedição, a fornecer ao serviço de inspeção sanitária a relação
obtenção e depósito de matéria prima e ingredientes, atualizada dos fornecedores, nome da propriedade
elaboração, acondicionamento e armazenagem dos rural e atestado sanitário do rebanho, sempre que
produtos, sob pena de interdição do estabelecimento. exigido pelo Serviço Oficial de Inspeção.
Art. 27. É obrigatório o uso de máscaras próprias e
limpas para a cobertura da boca e nariz nas tarefas que
CAPÍTULO VIII
requerem contato direto do manipulador com o
produto, tais como: corte e mexedura de coalhada, DA INSPEÇÃO E DA FISCALIZAÇÃO
filetagem de pescado, corte de carnes e embalagem dos
produtos, não sendo permitida a reutilização das
mesmas em mais de um turno. Art. 32. A inspeção e fiscalização obedecerão às
normas estabelecidas neste Regulamento, bem como
Art. 28. É obrigatório o uso de equipamentos ou
indumentárias de proteção individual, tais como: luvas em outros regulamentos específicos ao produto
em malha de aço para a desossa e corte de carnes e elaborado e à área de atuação da empresa.
pescados; chapéu, macacão, luva e bota de apicultor Art. 33. A inspeção e fiscalização serão exercidas pela
para a coleta de mel; aventais industriais e outros ADERR, por meio do SIE/RR, sobre pessoas físicas e
relacionados com a segurança do funcionário. jurídicas de direito público e privado, por servidores
devida- mente capacitados.
Art. 34. O exercício da inspeção e fiscalização previsto
no artigo anterior caberá a médicos veterinários, nas
CAPÍTULO VII suas respectivas áreas de competência, podendo dispor
de auxiliares devidamente capacitados, sempre sob as
DAS OBRIGAÇÕES DOS ESTABELECIMENTOS
suas responsabilidades.
§ 1º Os fiscais terão carteira de identidade funcional na
Art. 29. O produtor artesanal ou estabelecimento qual constará a denominação do órgão emitente, o
processador artesanal têm as seguintes obrigações: número da matrícula, além de assinatura, fotografia e
cargo.
I – cumprir e fazer cumprir todas as exigências
contidas no presente Regulamento; § 2º Os fiscais, no exercício de suas funções, ficam
obrigados a exibir a carteira de identidade funcional
II – apresentar relatório mensal ao SIE/RR até o 5º dia
quando solicitados.
útil do mês subsequente, contendo os dados
estatísticos da produção, industrialização, do § 3º É permitido aos fiscais, no desempenho de suas
transporte e da comercialização dos produtos de funções, o ingresso em qualquer estabelecimento das
origem animal, o não atendimento da entrega do pessoas físicas e jurídicas relacionadas no Art. 35 deste
relatório no prazo estabelecido, culminará na aplicação Regulamento.
das penalidades do art. 49 deste regulamento;
III – fornecer pessoal necessário, bem como o material
CAPÍTULO IX
necessário aos trabalhos de inspeção;
DO CONTROLE DE QUALIDADE DOS
IV – manter em dia o registro do recebimento de
PRODUTOS, DO TRANSPORTE, DA
animais, matérias-primas, produtos elaborados,
EMBALAGEM E ARMAZENAGEM
especificando sua procedência e qualidade, saída e
destino destes;
V – possuir livro oficial de registro com termo inicial Art. 35. Os produtos e matérias primas artesanais
de abertura, lavrado pela ADERR, na data do início do comestíveis de origem animal, satisfeitas as
funcionamento, para as informações, recomendações e exigências legais, as reinspeções, respeitadas as
visitas da fiscalização, para o controle higiênico- disposições no presente decreto, terão livre trânsito no
sanitário e tecnológico da produção, e ser mantido no estado de Roraima.
estabelecimento produtor, à disposição da
Art. 36. Qualquer produto artesanal comestível de
fiscalização.
origem animal, destinado a alimentação humana
deverá obrigatoriamente, para transitar no estado de
Roraima, portar rótulo registrado no S.I.E./RR ou o
Art. 30. O estabelecimento deverá manter um sistema
carimbo de inspeção aplicado no produto (carcaças de
de controle que permita confrontar, em quantidade, o
animais abatidos).
volume dos produtos elaborados com a matéria-prima
e ingredientes que lhe deram origem. Art. 37. Verificando o descumprimento do artigo 38

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deste regulamento, o produto será apreendido pelo Parágrafo único. Fica terminantemente proibida a
S.I.E./RR que lhe dará o destino conveniente, devendo utilização de produtos que contenham amido vegetal
ser lavrado os respectivos termos de apreensão e auto e/ou gordura de origem vegetal em produtos lácteos.
de infração contra o infrator. Neste caso o produto deverá ser apreendido e
inutilizado imediatamente, não cabendo qualquer
Art. 38. Os produtos artesanais deverão obedecer aos
indenização e submetendo o estabelecimento que o
padrões higiênico-sanitários, físico-químicos e
produziu ao disposto no art. 49 deste Regulamento.
microbiológicos estabelecidos pela legislação vigente.
Art. 47. A embalagem dos produtos deverá obedecer
Art. 39. O estabelecimento só poderá utilizar rótulos
às condições de higiene necessárias à boa conservação
devidamente aprovados e registrados no S.I.E./RR.
dos mesmos e a rotulagem conter todas as informações
Art. 40. Cada tipo de produto deverá ter seu registro preconizadas pelo Código de Defesa do Consumidor e
de rótulo junto ao S.I.E./RR, descrevendo o processo legislações específicas, a indicação de que é produto
de produção e o registro de fórmula contendo matérias artesanal e o número de registro na ADERR.
primas e ingredientes utilizados.
Parágrafo único. Constituirá a fórmula dos produtos
CAPÍTULO X
artesanais:
DAS PENALIDADES
I – matéria prima de origem animal;
II – ingredientes, condimentos, corantes, coagulantes,
conservantes, antioxidantes, fermentos e quaisquer Art. 48. As infrações às normas previstas neste
outras substâncias que entrem em sua elaboração; III – Regulamento serão punidas, isolada ou
tecnologia de processamento. cumulativamente, com as seguintes sanções, sem
prejuízo de natureza cível e penal cabível.
Art. 41. A elaboração de produtos artesanais não
padronizados só será permitida após a aprovação do I – advertência – nos casos de primeira infração, em
seu registro de rótulo pelo S.I.E./RR. que não se configure dolo ou má-fé e desde que não
haja risco iminente de natureza higiênico-sanitária,
Art. 42. Os produtos artesanais produzidos
devendo a situação ser regularizada no prazo
anteriormente à entrada em vigor deste Decreto, bem
estabelecido pelo S.I.E./RR;
como os futuros, deverão obter junto ao S.I.E./RR a
aprovação de sua fórmula e seu respectivo processo de II – multa, até o limite de 29 UFERR’s, nos casos não
elaboração. compreendidos no inciso I deste artigo;
Art. 43. A análise qualitativa da matéria prima de III – apreensão e/ou inutilização de matéria-prima,
ingredientes e produtos artesanais será realizada em ingredientes e produtos artesanais elaborados, quando
laboratórios especializados da rede oficial ou privados não se apresentarem dentro dos padrões higiênico-
estabelecidos no Estado, quando credenciados e sanitários, físico- químicos e microbiológicos
conveniados na forma da Lei. Caso essas análises não adequados à sua finalidade ou quando forem
possam ser realizadas pelos laboratórios credenciados, adulterados; IV – suspensão das atividades do
a despesa de envio para realização das análises estabelecimento, nas hipóteses de risco ou ameaça de
solicitadas pelo serviço oficial, em laboratórios natureza higiênico-sanitária, ou, ainda, de embaraço à
credenciados em outros estados, serão custeadas pelo ação fiscalizadora;
estabelecimento processador artesanal de alimentos.
V – interdição total ou parcial do estabelecimento,
Art. 44. Os produtos que não se destinarem à quando a infração consistir na falsificação ou
comercialização imediata deverão ser armazenados adulteração de produtos artesanais ou se verificar a
em locais próprios e em temperaturas adequadas para inexistência de condições higiênico-sanitárias
a melhor conservação e preservação de sua qualidade. adequadas;
Art. 45. O transporte da matéria-prima e dos produtos VI – cancelamento da licença junto à ADERR,
finais deverá ser efetuado em veículo limpo e fechado, respeitando o devido processo legal e os princípios da
dotado de proteção e de outras condições adequadas ampla defesa e do contraditório.
para manter a qualidade do produto.
§ 1º As multas de que trata o inciso II deste artigo são
Parágrafo único. Os produtos transportados deverão aplicadas:
ser embalados atendendo o art. 44 deste Regulamento
I – sem prejuízo das demais sanções previstas nos
e acondicionados em caixas fechadas.
incisos III, IV e V deste artigo, podendo ser elevadas
Art. 46. O uso de aditivos será permitido desde que até o máximo de 10 vezes, quando o volume da
sejam cumpridas as Normas do Ministério da Saúde, produção do infrator faça prever que a punição será
com a obrigatoriedade de sua descrição nos ineficaz;
ingredientes contidos na rotulagem.
II – em dobro, no caso de reincidência.

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III – em caso de aplicação de multa, considerando a Art. 58. O estabelecimento deverá manter controle de
condição econômico-financeira do infrator e os meios qualidade do produto a ser comercializado, mediante
ao seu alcance para se cumprir a Lei, o mesmo poderá implantação e aplicação criteriosa das Boas Práticas de
solicitar o parcelamento da multa junto a ADERR em Fabricação (BPF), sendo facultada à ADERR a coleta,
até 12 (doze) parcelas iguais. acondicionamento e encaminha- mento das amostras
ao laboratório para as análises de rotina, seguindo
§ 2º Caso não sejam atendidas as exigências que
normas operacionais definidas para tal fim, conforme
motivaram a suspensão de que trata o inciso IV deste
o disposto no art. 40 deste Decreto, sem ônus para a
artigo, em prazo estipulado pelo S.I.E./RR, a empresa
unidade agroindustrial artesanal.
é interditada.
Art. 59. A ADERR poderá estabelecer, quando for o
§ 3º A interdição do estabelecimento de que trata o
caso, as análises rotineiras necessárias para cada
inciso V deste artigo pode ser revogada ou suspensa
produto beneficiado.
após o atendimento das exigências que motivaram a
sanção, caso não seja revogada ou suspensa, o registro Parágrafo único. As amostras para as análises
é cancelado decorrido o prazo de seis meses. Art. 49. especificadas no caput deste artigo deverão ser
O infrator, uma vez multado, e respeitado o processo coletadas exclusivamente nas unidades artesanais.
legal, tem o prazo de 30 (trinta) dias para efetuar o
Art. 60. Normas operacionais complementares,
pagamento da multa, por meio de guias do Documento
quando necessárias, serão estabelecidas em
de Arrecadação de Receita Estadual – DARE, e
normativas internas da ADERR.
apresentar a comprovação de pagamento na ADERR.
Art. 61. Os casos omissos e dúvidas suscitadas na
Art. 50. O não-recolhimento da multa no prazo legal
execução deste Regulamento serão resolvidos pela
implica a inscrição em Dívida Ativa do Estado.
ADERR, com a participação direta de representante(s)
Art. 53. As penalidades impostas pelo S.I.E./RR dos estabeleci- mentos artesanais.
cabem recurso junto a ADERR.
Art. 62. Os estabelecimentos de produtos artesanais
não contemplados por este Regulamento continuarão
regidos pelo disposto nas legislações vigentes, ou
CAPÍTULO XI
qualquer outra norma que o substitua.
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Palácio Senador Hélio Campos/RR, 20 de novembro
Art. 54. O estabelecimento responderá legal e de 2013.
juridicamente pelas consequências à saúde pública,
JOSÉ DE ANCHIETA JÚNIOR
caso se comprove omissão ou negligência no que se
refere à observância dos padrões higiênico-sanitários, Governador do Estado de Roraima
físico-químicos e microbiológicos, à adição indevida
de produtos químicos e biológicos, ao uso impróprio
de práticas de recebimento, obtenção e depósito de
matéria-prima e ingredientes, elaboração,
acondicionamento, armazenagem, transporte e
comercialização de produtos artesanais.
Art. 55. Qualquer ampliação, remodelação ou
construção no estabelecimento registrado só poderá ser
feita após prévia aprovação das plantas pelo S.I.E./RR.
Art. 56. O controle sanitário dos rebanhos e produtos
vegetais que geram a matéria- prima para a produção
artesanal de alimentos é obrigatório e deverá seguir
orientação do S.I.E./RR.
Art. 57. Os Municípios que possuam estrutura técnica
e laboral, bem como o Serviço de Inspeção Municipal
instalado que preencha as condições adequadas à
execução das tarefas para implementação e
funcionamento da inspeção e fiscalização dos
estabelecimentos, visando à garantia dos aspectos de
sanidade e controle de qualidade dos produtos
processados nos estabelecimentos abrangidos por este
Decreto, poderão assumir tal competência delegada
pela Agência de Defesa Agropecuária do Estado de
Roraima – ADERR.

8
LEI Nº 881 DE 21 DE DEZEMBRO DE 2012. empregados como desfolhantes, dessecantes,
estimuladores e inibidores de crescimento;
VI - armazenamento: ato de armazenar, estocar ou guardar
Dispõe sobre a produção, o transporte, o armazenamento,
agrotóxicos, seus componentes e afins;
a comercialização, a utilização, o destino final dos
resíduos e embalagens vazias, o controle, a inspeção e a VII - cadastro de agrotóxicos e afins: ato privativo da
fiscalização de agrotóxicos, seus componentes e afins, no Agência de Defesa Agropecuária de Roraima (ADERR)
Estado de Roraima, e dá outras providências. que permite comercializar, transportar, armazenar e
utilizar um agrotóxico e afim, no Estado de Roraima, e
O GOVERNADOR DO ESTADO DE RORAIMA: Faço
para obtenção de dados sobre produtos utilizados no
saber que a Assembleia Legislativa do Estado aprovou e
Estado, o qual visa subsidiar as ações de controle e
eu sanciono a seguinte Lei:
fiscalização do uso, do comércio, do armazenamento e do
transporte de agrotóxicos e afins;
CAPÍTULO I VIII - centro ou central de recebimento: estabelecimento
mantido e credenciado por um ou mais fabricantes e
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
registrantes, ou conjuntamente com comerciantes,
destinado à triagem, recebimento, prensagem ou
trituração e armazenamento provisório de embalagens
Art. 1º O uso, a produção, o consumo, o transporte, o vazias de agrotóxicos, seus componentes e afins, dos
armazenamento, a comercialização, o destino final dos estabelecimentos comerciais, dos postos de recebimento
resíduos e embalagens vazias, o controle, a inspeção e a ou diretamente dos usuários;
fiscalização de agrotóxicos, seus componentes e afins, na
forma dos artigos 23 e 24 da Constituição Federal de 1988 IX - comercialização: operação de compra, venda ou
e na forma do artigo 10 da Lei Federal nº. 7.802, de 11 de permuta dos agrotóxicos, seus componentes e afins;
julho de 1989, observarão, além do estabelecido na X - comerciante: toda pessoa jurídica que emite nota fiscal
Legislação Federal Específica em vigor, as normas de agrotóxicos e afins;
complementares fixadas na regulamentação desta Lei.
XI - componentes: princípios ativos, produtos técnicos,
Art. 2º Compete à Agência de Defesa Agropecuária de
suas matérias-primas, ingredientes inertes e aditivos
Roraima (ADERR), à Secretaria de Estado de Saúde -
usados na fabricação de agrotóxicos, seus componentes e
SESAU e a Fundação Estadual de Meio Ambiente e afins;
Recursos Hídricos (FEMARH), zelar pelo cumprimento
dos dispositivos estabelecidos por esta Lei e pela XII - controle: verificação do cumprimento dos
Legislação Federal vigente, nos termos estabelecidos dispositivos legais e requisitos técnicos relativos a
nesta Lei. agrotóxicos, seus componentes e afins;
XIII - detentor: pessoa física ou jurídica que, durante uma
ação fiscalizatória, estiver de posse ou sob sua
Art. 3º Para os efeitos desta Lei entende-se por: responsabilidade agrotóxicos e afins;
I - aditivo: substância ou produto adicionado à XIV - embalagem: invólucro, recipiente ou qualquer
agrotóxicos, componentes e afins, visando melhorar sua
forma de acondicionamento, removível ou não, destinado
ação, função, durabilidade, estabilidade e detecção ou
a conter, cobrir, empacotar, envasar, proteger ou manter
para facilitar o processo de produção;
os agrotóxicos, seus componentes e afins;
II - adjuvante: produto utilizado em mistura com produtos
XV - empregador: empresa, individual ou coletiva, que,
formulados para melhorar a sua aplicação; assumindo os riscos da atividade econômica, admite,
III - adulterar: Mudar, alterar, modificar; assalaria e dirige a prestação de serviços. Equiparam-se ao
empregador, para efeitos exclusivos de emprego, os
IV - agente biológico de controle: o organismo vivo, de profissionais liberais e as instituições sem fins lucrativos
ocorrência natural ou obtida por manipulação genética, que admitirem trabalhadores como empregados;
introduzido no ambiente para o controle de uma
população ou de atividades biológicas de outro organismo XVI - equipamento de proteção coletiva (EPC): todo
vivo considerado nocivo; dispositivo ou produto, de uso coletivo, destinado à
proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a
V - agrotóxicos e afins: produtos e agentes de processos saúde em ambientes de trabalho;
físicos, químicos ou biológicos, destinados ao uso nos
setores de produção, no armazenamento e beneficiamento XVII - equipamento de proteção individual (EPI): todo
de produtos agrícolas, nas pastagens, na proteção de vestuário, material ou equipamento destinado a proteger
florestas, nativas ou plantadas, e em outros ecossistemas, pessoa envolvida na produção, manipulação e uso de
ambientes urbanos, hídricos e industriais, cuja finalidade agrotóxicos, seus componentes e afins;
seja alterar a composição da flora ou da fauna, a fim de
XVIII - exportação: ato de saída de agrotóxicos, seus
preservá-las da ação danosa de seres vivos considerados
componentes e afins, do país para o exterior;
nocivos, assim como as substâncias e produtos

1
XIX - fabricante: pessoa física ou jurídica habilitada a numa fase específica, desde sua produção até o consumo,
produzir componentes; expressa em partes (em peso) do agrotóxico, afim ou seus
resíduos por milhões de partes de alimento (em peso)
XX - falsificar: reproduzir imitando, contrafazer, dar
(ppm ou mg/kg);
aparência enganosa;
XXXII - manipulador: pessoa física ou jurídica habilitada
XXI - fiscalização: ação direta da Agência de Defesa
e autorizada a fracionar e reembalar agrotóxicos, seus
Agropecuária de Roraima (ADERR), com poder de
componentes e afins, com o objetivo específico de
polícia, na verificação do cumprimento da legislação
comercialização;
específica;
XXXIII - manejo integrado: conjunto de práticas
XXII - formulador: pessoa física ou jurídica habilitada a
agronômicas baseadas no manejo das populações de
produzir agrotóxicos, seus componentes e afins;
pragas, patógenos e plantas invasoras, visando minimizar
XXIII - formulação: produto resultante do processamento a utilização de agrotóxico ou afim, manter a população
de produto técnico, mediante adição de ingredientes dos agentes abaixo do nível de dano econômico e
inertes, com ou sem adjuvante ou aditivo; viabilizar a conservação do equilíbrio do agroecossistema,
com maior produção e menor custo;
XXIV - importação: ato de entrada de agrotóxicos, seus
componentes e afins no Estado, provenientes de outras XXXIV – matéria-prima: produto ou substância utilizado
Unidades da Federação; na obtenção de um ingrediente ativo ou de um produto que
o contenha por processo químico, físico ou biológico;
XXV - impureza: substância diferente do ingrediente ativo
derivado do seu processo de produção; XXXV - mistura em tanque: associação de agrotóxicos e
afins no tanque do equipamento aplicador, momentos
XXVI - ingrediente ativo ou princípio ativo: agente
antes da aplicação;
químico, físico ou biológico utilizado para conferir
eficácia aos agrotóxicos e afins; XXXVI - novo produto: produto técnico, pré-mistura ou
produto formulado, contendo ingrediente ativo ainda não
XXVII - ingrediente inerte: substância ou produto não registrado no Brasil;
ativo em relação à eficácia dos agrotóxicos e afins, usado
como veículo, diluente ou para conferir características XXXVII - país de origem: país em que o agrotóxico,
próprias às formulações; componente ou afim é produzido;
XXVIII - inspeção: acompanhamento, por técnicos XXXVIII - país de procedência: país exportador do
especializados, das fases de produção, transporte, agrotóxico, componente ou afim para o Brasil;
armazenamento, manipulação, comercialização,
XXXIX - pesquisa e experimentação: procedimentos
utilização, importação, exportação e destino final dos
técnico-científicos que visam gerar informações e
agrotóxicos, seus componentes e afins, bem como de seus
conhecimentos a respeito da aplicabilidade de
resíduos e embalagens;
agrotóxicos, de seus componentes e afins, da sua
XXIX - intervalo de reentrada: intervalo de tempo entre a eficiência e dos seus efeitos sobre a saúde humana e o
aplicação de agrotóxicos ou afins e a entrada de pessoas meio ambiente;
na área tratada sem a necessidade de uso do EPI;
XL - posto de recebimento: estabelecimento mantido ou
XXX - intervalo de segurança ou período de carência, na credenciado por um ou mais estabelecimentos comerciais
aplicação de agrotóxicos ou afins: ou conjuntamente com fabricantes, destinado a receber e
armazenar, provisoriamente, embalagens vazias de
a) antes da colheita: intervalo de tempo entre a
agrotóxicos e afins devolvidas pelos usuários;
última aplicação e a colheita;
XLI - pré-mistura: produto obtido a partir do produto
b) pós-colheita: intervalo de tempo entre a última técnico, por meio de processos químicos, físicos ou
aplicação e a comercialização do produto tratado;
biológicos, destinados exclusivamente à preparação de
c) em pastagens: intervalo de tempo entre a última produtos
aplicação e o consumo do pasto;
XLII - prestadora de serviço: pessoa física ou jurídica
d) em ambientes hídricos: intervalo de tempo entre habilitada a executar trabalho de aplicação e
a última aplicação e o reinício das atividades de irrigação, armazenamento de agrotóxicos, seus componentes e afins,
dessedentação de animais, balneabilidade, consumo de e ainda recebimento e armazenamento provisório de
alimentos provenientes do local e captação para embalagens vazias de agrotóxicos, seus componentes e
abastecimento público; e afins;
e) em relação a culturas subsequentes: intervalo de XLIII - produção: processo de natureza química, física ou
tempo transcorrido entre a última aplicação e o plantio biológica para obtenção de agrotóxicos, seus componentes
consecutivo de outra cultura. e afins;
XXXI - limite máximo de resíduo (LMR): quantidade XLIV - produto de degradação: substância ou produto
máxima de resíduo de agrotóxico ou afim oficialmente resultante de processos de degradação de um agrotóxico,
aceita no alimento, em decorrência da aplicação adequada componentes ou afins;
2
XLV - produto formulado: agrotóxico ou afim obtido a LVI - reincidência: quando o infrator infringe os mesmos
partir do produto técnico ou de pré-mistura, por processo dispositivos legais;
físico, ou diretamente de matérias-primas por processos
LVII - resíduo: substância ou mistura de substâncias
físicos, químicos ou biológicos;
remanescentes, ou existentes em alimentos ou no meio
XLVI - produto formulado equivalente: produto que, ambiente, decorrentes do uso ou da presença de
comparado com produto formulado já registrado, possui a agrotóxicos e afins, inclusive quaisquer derivados
mesma indicação de uso, produtos técnicos equivalentes específicos tais como produtos de conversão e de
entre si, a mesma composição qualitativa e cuja variação degradação, metabólitos, produtos de reação e impurezas,
quantitativa dos componentes não o leva a expressar consideradas toxicológicas e ambientalmente
diferença no perfil toxicológico e ecotoxicológico frente importantes;
ao produto em referência;
LVIII - rotulagem: ato de identificação impressa ou
XLVII - produto para jardinagem amadora: produtos para litografada, com dizeres ou figuras pintadas ou gravadas a
uso em jardins domésticos, tais como inseticidas para fogo por pressão ou decalque, aplicados sobre qualquer
jardim, formicidas, abrilhantadores de folha e herbicidas tipo de embalagem unitária de agrotóxico ou afim e em
pronto-uso ou em pequena embalagem; qualquer outro tipo de projeto de embalagem que vise à
complementação, sob forma de etiqueta, carimbo,
XLVIII - produtos saneantes: produtos registrados pela
indelével, bula ou folheto contendo, inclusive, nome e
ANVISA, para uso em ambiente urbano; estes produtos
registro, no conselho de fiscalização profissional, do
devem utilizar ingredientes ativos de toxidade oral aguda
responsável técnico pelo produto;
(DL50 oral) maior que 2000 mg/kg de peso corpóreo para
produtos sob a forma líquida, ou a 500 mg/kg de peso LIX - solvente: líquido no qual uma ou mais substâncias
corpóreo para produtos sob a forma sólida; se dissolvem para formar solução;
XLIX - produto técnico: produto obtido diretamente de LX - titular de registro: pessoa física ou jurídica que detém
matérias-primas por processo químico, físico ou os direitos e as obrigações conferidas pelo registro de
biológico, destinado à obtenção de produtos formulados agrotóxico, componente ou afim;
ou de prémisturas e cuja composição contenha teor
LXI - transporte: ato de deslocamento, em todo o território
definido de ingrediente ativo e impurezas, podendo conter
do Estado, de agrotóxicos, seus componentes e afins;
estabilizante e produtos relacionados, como isômeros;
LXII - usuário: consumidor final de agrotóxicos e afins;
L - produto técnico equivalente: produto que tem o mesmo
ingrediente ativo de outro produto técnico já registrado, LXIII - utilização: emprego de agrotóxicos e afins,
cujo teor e conteúdo de impurezas presentes não variem a mediante sua aplicação, visando alcançar uma
ponto de alterar seu perfil toxicológico e ecotoxicológico; determinada finalidade; e
LI - propaganda comercial: a comunicação de caráter LXIV - venda aplicada: operação de comercialização
comercial ou técnico-comercial dirigida a público vinculada à prestação de serviços de aplicação de
específico; agrotóxicos e afins, indicadas em rótulo e bula.
LII - receita ou receituário agronômico: prescrição e LXV - venda direta: operação de comercialização
orientação técnica para utilização de agrotóxico ou afim, realizada diretamente entre o consumidor final e os
por profissional legalmente habilitado, engenheiros fabricantes, formuladores, registrantes, distribuidores e
agrônomos ou florestais, em suas respectivas áreas de revendedores de agrotóxicos, seus componentes e afins,
competência; instalada em outros Estados.
LIII - registrante de produto: pessoa física ou jurídica,
legalmente habilitada, que solicita o registro de um
CAPÍTULO II
agrotóxico, componente ou afim;
DA COMPETÊNCIA
LIV - registro de empresa e de prestadora de serviço: ato
dos órgãos competentes estaduais, municipais e do distrito Art. 4º À Agência de Defesa Agropecuária de Roraima
federal que autoriza o funcionamento de um (ADERR) compete:
estabelecimento produtor, formulador, importador,
exportador, manipulador, comercializador, ou prestador I - estabelecer diretrizes e exigências de dados e
de serviços na aplicação de agrotóxicos e afins; informações para registro de empresa e de prestador de
serviços, cadastro de agrotóxicos e afins, destinados ao
LV - registro especial temporário (RET): ato privativo de uso nos setores de produção agropecuária, no transporte,
órgão federal competente, destinado a atribuir o direito de no armazenamento e beneficiamento de produtos
utilizar um agrotóxico, componente ou afim para agrícolas, nas pastagens, nas agroindústrias e na proteção
finalidades específicas em pesquisa e experimentação, por de florestas plantadas;
tempo determinado, podendo conferir o direito de
importar ou produzir a quantidade necessária à pesquisa e II - conceder registro a pessoa física e jurídica que
experimentação; produza, importe, exporte, manipule, embale, armazene
ou comercialize agrotóxicos, seus componentes e afins,
instalados no Estado;
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III - conceder cadastro a pessoa física e jurídica que IV - conceder cadastro a produtos saneantes e produtos
produza, importe, exporte, manipule, embale, armazene para jardinagem amadora, previamente registrados no
ou comercialize agrotóxicos, seus componentes e afins; órgão federal competente, a serem produzidos,
manipulados, embalados, armazenados, comercializados
IV - conceder registro a pessoa física e jurídica, que
e utilizados na higienização, desinfecção ou desinfestação
comercialize ou preste serviços de aplicação de
de ambientes domiciliares, públicos ou coletivos, bem
agrotóxicos e afins;
como de produtos destinados ao tratamento de água e de
V - cadastrar produtos agrotóxicos e afins, previamente uso em campanhas de saúde pública;
registrados no órgão federal competente, a serem
V - controlar, fiscalizar e inspecionar o uso, o transporte
armazenados, comercializados e utilizados no Estado de
interno, o armazenamento, a comercialização e a
Roraima;
destinação de sobras, rejeitos e embalagens vazias de
VI - controlar, fiscalizar e inspecionar a comercialização, produtos saneantes e produtos para jardinagem amadora,
a utilização, o transporte interno de agrotóxicos e afins, a as empresas prestadoras de serviços de aplicação dos
prestação de serviços de aplicação nos setores de produtos destinados à higienização, desinfecção de
produção agropecuária, no armazenamento e ambientes domiciliares, públicos ou coletivos, também os
beneficiamento de produtos formulados; agrícolas e produtos destinados ao tratamento de água e ao uso em
agroindustriais, nas pastagens e na proteção de florestas campanhas de saúde pública;
plantadas;
VI - desenvolver ações educativas de divulgação e de
VII - orientar e fiscalizar o destino adequado dos resíduos esclarecimento, que assegurem o uso correto e seguro de
e das embalagens vazias de agrotóxicos e afins; produtos saneantes e produtos para jardinagem amadora e
a destinação final das embalagens vazias;
VIII - realizar a amostragem de produtos agrícolas, de solo
e de água, para determinação dos níveis de resíduos de VII - Implantar ações de atenção integral à saúde das
agrotóxicos, seus componentes e afins; populações expostas laboralmente a agrotóxicos,
considerando os diferentes níveis de complexidade da
IX - realizar a amostragem de produto agrotóxico e afim
rede de atenção à saúde do SUS (atenção primária em
para avaliação das especificações declaradas no registro;
saúde, centros de referência em saúde do trabalhador, rede
X - desenvolver ações educativas de divulgação e de de especialistas, urgência emergência, centros de
esclarecimento que assegurem o uso correto de informações toxicológicas, rede hospitalar e vigilância em
agrotóxicos e afins e a destinação adequada de resíduos e saúde), visando a promoção, a proteção, a prevenção, a
embalagens vazias; vigilância, o diagnóstico, o tratamento, a recuperação e a
reabilitação da saúde.
XI - publicar no Diário Oficial do Estado a relação dos
agrotóxicos e afins cadastrados no Estado e os produtos VIII - publicar no Diário Oficial do Estado, listagem dos
descontinuados, neste caso informando o motivo. novos produtos saneantes e produtos para jardinagem
amadora, cadastrados para uso na higienização,
desinfecção ou desinfestação de ambientes domiciliares,
Art. 5º À Secretaria de Estado da Saúde compete: públicos ou coletivos, incluídos os produtos destinados ao
tratamento de água e campanhas de saúde pública, e
I - estabelecer diretrizes e exigências de dados e relação dos produtos saneantes e produtos para
informações para registro de empresa e de prestador de jardinagem amadora que tiverem seu cadastro cancelado,
serviços, cadastro de produtos saneantes e produtos para neste caso informando o motivo;
jardinagem amadora destinados à higienização,
desinfecção e desinfestação de ambientes domiciliares,
públicos ou coletivos, e àqueles cujo destino seja o Art. 6º À Fundação Estadual de Meio Ambiente e
tratamento de água e o uso em campanhas de saúde Recursos Hídricos (FEMARH) compete:
pública;
I - estabelecer diretrizes e exigências para o licenciamento
II - conceder registro a empresa que produza, importe, ambiental (Licença Prévia,
manipule, embale, armazene e comercialize produto
saneante e produto para jardinagem amadora, destinado à Licença Instalação e Licença de Operação) de
higienização, desinfecção e desinfestação de ambientes estabelecimento formulador e embalador de agrotóxicos e
domiciliares, públicos ou coletivos, também produtos para afins;
o tratamento de água e o uso em campanhas de saúde
II - conceder licenciamento ambiental a estabelecimento
pública;
produtor;
III - conceder registro a empresa prestadora de serviços de III - fiscalizar, controlar e inspecionar:
aplicação de produtos saneantes e produtos para
jardinagem amadora, utilizados na higienização, a) a operação da indústria, da manipulação e da
desinfecção ou desinfestação de ambientes domiciliares, embalagem;
públicos ou coletivos, bem como de produtos destinados
b) o transporte e o armazenamento de agrotóxicos,
ao tratamento de água e de uso em campanhas de saúde
seus componentes e afins com vistas à proteção ambiental;
pública;
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c) a prestação de serviços de aplicação dos cancelamento no órgão federal equivalente, e poderá ser
agrotóxicos e afins, destinados ao uso em florestas revalidado por períodos iguais e sucessivos.
nativas, ambientes hídricos e outros ecossistemas;
IV - desenvolver ações educativas de divulgação e de
§ 3º Os cadastrantes e titulares de registro fornecerão,
esclarecimento, que assegurem a conservação dos
obrigatoriamente, ao setor do órgão competente do Estado
recursos ambientais quando da utilização de agrotóxicos e
de Roraima, as inovações concernentes aos dados
afins, também quando da destinação final de resíduos e
fornecidos para o cadastro de seus produtos.
embalagens vazias de agrotóxicos e afins;
V - estabelecer exigências, normas e procedimentos para
licenciamento ambiental de unidades de recebimento de Art. 9° Em caso de dúvida sobre a nocividade ambiental e
embalagens vazias de agrotóxicos e afins; toxicológica do produto, a ADERR, ouvidos os órgãos
competentes da Secretaria de Estado da Saúde e da
VI - conceder licenciamento ambiental para unidades de
Fundação Estadual de Meio Ambiente e Recursos
recebimento de embalagens vazias de agrotóxicos e afins;
Hídricos (FEMARH), poderá requisitar dos órgãos
VII - orientar e fiscalizar o destino das embalagens vazias públicos ou privados informações ou pesquisas
de agrotóxicos e afins nas unidades de recebimento. adicionais, a serem custeadas pelo requerente do cadastro,
com parecer final do Conselho Estadual de Agrotóxicos.

CAPÍTULO III
Art. 10. Os produtos saneantes e produtos para jardinagem
DO CADASTRAMENTO DO PRODUTO
amadora deverão ser regidos por normas estabelecidas
Art. 7º O Agrotóxico, seus componentes e afins, para pela Secretaria de Estado da Saúde.
serem produzidos, importados, manipulados, embalados,
armazenados, comercializados e utilizados no Estado de
Art. 11. A empresa produtora, manipuladora e
Roraima terão de ser previamente registrados no órgão
importadora deverá fornecer método e padrão analítico do
federal competente e cadastrados na ADERR.
produto, quando solicitada pela ADERR, que poderá
determinar exames laboratoriais às expensas do
requerente do cadastro.
Art. 8º Para que os produtos sejam cadastrados, a indústria
importadora, produtora ou manipuladora de agrotóxicos e
afins, postulante do cadastramento do produto,
Art. 12. A indústria importadora, produtora ou
apresentará obrigatoriamente, mediante requerimento
manipuladora de agrotóxicos e afins, postulante do
dirigido ao Dirigente do órgão estadual competente, os
cadastramento do produto, apresentará, obrigatoriamente,
seguintes documentos:
mediante requerimento dirigido ao Dirigente da ADERR,
I - requerimento firmado por representante legal da os seguintes documentos:
empresa, dirigido ao dirigente do órgão estadual
I - requerimento dirigido ao Dirigente da ADERR,
competente;
firmado pelo representante legal da empresa;
II - comprovante de registro do produto no órgão federal;
II - cópia do Certificado de Registro junto ao órgão federal
III - cópia do modelo de bula aprovado pelo competente;
MAPA/ANVISA/IBAMA;
III - cópia do Relatório Técnico aprovado pelo órgão
IV - cópia do layout do rótulo aprovado pelo federal competente;
MAPA/ANVISA/IBAMA;
IV - cópias do rótulo e bula aprovados pelos órgãos
V - cópia da monografia técnica aprovada pela ANVISA; federais competentes;
VI - comprovação que é associado a órgão responsável V - comprovação que é associado a órgão responsável
pelo recolhimento e destinação final de agrotóxicos; e pelo recolhimento e destinação final de agrotóxicos; e
VI - comprovante de recolhimento da taxa de cadastro. VI - comprovante de pagamento de taxa para fins de
cadastramento do produto.
Parágrafo único. O cancelamento do registro do produto
§ 1º Atendido o disposto nesta Lei, ou em regulamento, é junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e
fornecido ao interessado o Abastecimento (MAPA) acarreta o cancelamento ex-
Certificado de Cadastro do Produto. officio do cadastramento existente perante a ADERR ou o
arquivamento do pedido de cadastramento.

§ 2º O cadastramento junto à ADERR terá validade de (1)


um ano, a partir da data do cadastramento, sendo
automaticamente cancelado, quando do vencimento ou
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Art. 13. Os usuários, para aquisição de agrotóxicos em I - a pessoa física ou jurídica beneficiária do registro ou
outros Estados da Federação, deverão solicitar autorização do ato administrativo atacado;
de aquisição do produto na ADERR, acompanhado do
II - entidades de classe, representativa de profissões
respectivo receituário agronômico.
ligadas ao setor, em funcionamento há pelos menos um
ano;
Art. 14. O procedimento de cadastramento do produto III - partidos políticos com representação na Assembleia
obedecerá a essa norma e a procedimentos específicos legislativa do Estado de Roraima ou com representação no
estabelecidos por ato do Dirigente da ADERR. Congresso Nacional;
IV - entidades legalmente constituídas para defesa dos
interesses difusos relacionados à proteção do consumidor,
Parágrafo único. Qualquer pessoa física ou representante
do meio ambiente e dos recursos naturais.
de pessoa jurídica de direito público ou privado poderá
examinar a documentação de cadastro existente e solicitar
cópias, mediante pagamento de custas.
§ 1° A solicitação de impugnação poderá ser feita a
qualquer tempo, mesmo após o cadastramento do produto
no Estado, mediante petição escrita e dirigida ao dirigente
Art. 15. Qualquer alteração no registro referente ao
da ADERR que, após análise e instrução do processo, o
produto já cadastrado deverá ser imediatamente
encaminhará ao Conselho Estadual de Agrotóxicos.
comunicado a ADERR, obrigando ao interessado fazer
pedido de alteração de cadastro, anexando os documentos
comprobatórios da alteração e efetuando pagamento da
§ 2° A petição deverá ser instruída com laudo técnico,
taxa de alteração de cadastro, permanecendo a validade
firmado, no mínimo, por 02 (dois) profissionais
inicial do cadastro.
habilitados na área de biociências, e devidamente
publicada em Diário Oficial do Estado.
Art. 16. Atendido o disposto no artigo 12 desta Lei, após
análise e parecer do setor responsável, será fornecido ao
§ 3º A publicação a que se refere o parágrafo anterior
interessado o Certificado de Cadastro do Produto.
caberá a ADERR, assim que o Conselho Estadual de
Agrotóxicos emitir parecer conclusivo.
Art. 17. Atendidas as diretrizes dos órgãos estaduais
responsáveis que atuam nas áreas de agricultura, saúde, e
§ 4° Apresentado o pedido de impugnação, a empresa
meio ambiente, as pessoas físicas e jurídicas que sejam
cadastrante será notificada, por via postal, com aviso de
prestadoras de serviços na aplicação de agrotóxicos, seus
recebimento (AR), ou pessoalmente ao seu representante
componentes e afins, ou que os produzam, importem,
legal, e terá o prazo de até 30 (trinta) dias, a contar do
exportem ou comercializem, ficam obrigadas a
efetivo recebimento da notificação para oferecer a
providenciar a sua regularização no Estado, atendidas as
contradita.
diretrizes e exigências dos órgãos federais responsáveis
que atuam nas áreas de saúde, do meio ambiente e da
agricultura.
Art. 20. Ao Conselho Estadual de Agrotóxicos caberá
emitir parecer final, baseado em parecer técnico, sobre o
pedido de impugnação, apresentado, conforme o artigo
Parágrafo único. São prestadoras de serviços as pessoas
anterior desta Lei.
físicas e jurídicas que executem trabalho de prevenção,
destruição e controle de seres vivos, considerados
nocivos, aplicando agrotóxicos, seus componentes e afins.
Parágrafo único. Decidido pela impugnação ou
cancelamento do cadastro, o produto não mais poderá ser
comercializado no Estado de Roraima, tendo a empresa
Art. 18. Qualquer pessoa física ou jurídica de direito
responsável pelo produto, o prazo de 30 (trinta) dias para
público ou privado poderá, em petição fundamentada,
efetuar o seu recolhimento junto aos estabelecimentos
solicitar a impugnação do cadastramento do produto,
comerciais, findo os quais, o mesmo será apreendido pela
objeto desta Lei, arguindo prejuízos ao meio ambiente, à
ADERR, com lavratura de autos.
saúde humana e aos animais.

Art. 21. A relação dos produtos cadastrados no Estado de


Art. 19. Possuem legitimidade para requerer o
Roraima será publicada em Diário Oficial do Estado,
cancelamento ou a impugnação, em nome próprio, do
anualmente, bem como toda e qualquer alteração em caso
registro de agrotóxicos e afins, em petição fundamentada,
de novos cadastros ou cancelamentos destes.
arguindo prejuízos ao meio ambiente, à saúde humana e
aos animais:

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§ 1º A ADERR caberá elaborar e disponibilizar, IV – encaminhar mensalmente aos escritórios locais da
mensalmente, a listagem de agrotóxicos, seus ADERR a relação de estoque existente; e
componentes e afins, permitidos no Estado de Roraima, e
V – comunicar imediatamente a ADERR a entrada de
a relação dos produtos que tiveram os cadastros
agrotóxicos no estabelecimento para fiscalização e
cancelados no período;
lançamento na ficha de controle de estoque.

§ 2º Nas listagens deverão constar, no mínimo, o nome


§ 1° As exigências do presente artigo e seus incisos
técnico e comercial, o fabricante, o número do registro no
aplicam-se também em casos de filiais e nas mudanças de
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
endereço.
(MAPA) e a classe toxicológica;

§ 2° Qualquer alteração na documentação exigida no


§ 3º Em caso de cancelamento de cadastro de produto, a
artigo 22, inciso I, deverá ser comunicada no prazo
ADERR publicará no Diário Oficial do Estado a relação
máximo de 30 (trinta) dias, a ADERR, bem como a
dos produtos, informando o motivo.
comunicação antecipada, em caso de encerramento de
firmas, constando como alteração de registro e
permanecendo a validade do registro.
CAPÍTULO IV
I - as alterações solicitadas caracterizam-se como
DO REGISTRO DAS EMPRESAS
alteração de cadastro e será cobrada taxa de alteração de
Art. 22. As pessoas físicas ou jurídicas que produzam, cadastro conforme estabelecido nesta Lei; e
manipulam, aplicam, embalam, armazenam, importam ou
II - as alterações serão efetuadas por averbação ou
comercializam agrotóxicos, ficam obrigadas a promover,
apostilamento no Certificado de registro ou cadastro, que
anualmente, o seu registro junto a ADERR, cumprindo as
manterá seu prazo de validade.
seguintes exigências:
I - apresentar, obrigatoriamente, os seguintes documentos
para registro e renovação de registro: § 3° Para os efeitos desta Lei, ficam as cooperativas e
associações equiparadas às empresas comerciais.
a) requerimento dirigido ao dirigente da ADERR,
solicitando o cadastro; § 4º O registro das empresas será critério de habilitação
para qualquer modalidade licitatória no âmbito do Estado.
b) memorial descritivo;
c) cópia do contrato social registrado e atualizado
na Junta Comercial do Estado de Roraima; Art. 23. Atendido o disposto no artigo 22 desta Lei, após
análise pelo setor competente, será fornecido ao
d) comprovante de pagamento da taxa anual;
interessado, no caso de pessoas jurídicas, o “Certificado
e) anotação de responsabilidade técnica - ART; de Registro de Estabelecimento Comercial”, que deverá
ser fixado em lugar de destaque.
f) CGC/MF, Inscrição Estadual e Alvará de
Funcionamento;
g) declaração firmada pelo profissional legalmente Art. 24. Cada estabelecimento terá registro específico e
habilitado pelo Conselho Regional de Engenharia, independente, ainda que exista mais de um na mesma
Arquitetura e Agronomia – CREA/ RR que presta serviço localidade, de propriedade da mesma pessoa, empresa,
de Assistência técnica à empresa, renovada anualmente; e grupo de pessoas ou de empresas.
h) comprovante que é associado a Posto de
Recebimento de Embalagens Vazias de Agrotóxicos.
Art. 25. Nenhum estabelecimento que opere com
II - manter à disposição do serviço de inspeção e agrotóxicos e afins abrangidos por esta Lei poderá
fiscalização, o sistema de controle de entrada e saída dos funcionar sem assistência de profissional legalmente
produtos, contendo, no mínimo: habilitado pelo Conselho Regional de Engenharia,
Arquitetura e Agronomia de Roraima - CREA/RR.
a) relação detalhada do estoque existente; e
b) ficha de controle de estoque contendo o nome
comercial e quantidade dos produtos vendidos e/ou Art. 26. As instalações, ampliações, operacionalização ou
aplicados, acompanhados dos respectivos receituários e manutenção de indústrias para produção, postos e centrais
guias de aplicação. de recolhimentos de embalagens vazias de agrotóxicos e
afins no Estado de Roraima, dependem de licenciamento
III - o sistema de controle exigido nesta Lei, legível e
na FEMARH, ouvida a ADERR e a Secretaria de Estado
autêntico, deverá ser apresentado, também nos locais onde da Saúde.
o produto for depositado ou armazenado;

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Art. 27. As pessoas físicas ou jurídicas que produzam, § 3º O cadastramento das empresas prestadoras de
manipulem, importem, exportem ou que sejam serviços de aplicação de produtos domissanitários, em
prestadoras de serviços na aplicação de agrotóxicos, seus ambientes domésticos e do trabalho, deverá ser efetuado
componentes e afins, ficam obrigados a manter à na Secretaria de Estado de Saúde.
disposição do serviço de fiscalização, os livros de registro
ou outro sistema de controle, com modelos a serem
definidos pelo órgão competente. Art. 30. Os agrotóxicos, seus componentes e afins, só
poderão ser comercializados diretamente aos usuários,
através de apresentação do Receituário Agronômico
Art. 28. As empresas produtoras terão prazo de até prescrito por profissional de nível superior, engenheiro
noventa dias para providenciar a retirada e a destinação agrônomo ou florestal no âmbito de suas competências,
final dos produtos apreendidos, interditados, vencidos legalmente habilitado no CREA/RR.
e/ou impróprios para uso.

Art. 31. Os órgãos públicos, dispostos no caput do art. 2º


CAPÍTULO V desta Lei, poderão celebrar convênios, parcerias, ajustes,
protocolos, acordos ou contratos com Entidades Públicas
DOS PRESTADORES DE SERVIÇOS
Federal, Estadual ou Municipal, para executar as
atribuições relacionadas com a inspeção e fiscalização de
agrotóxicos e afins, e com o monitoramento e controle de
Art. 29. As pessoas físicas ou jurídicas que sejam
resíduos de agrotóxicos em produtos agrícolas.
prestadoras de serviços na aplicação de agrotóxicos e afins
ficam obrigadas a promover o seu cadastro na ADERR,
devendo apresentar, no ato do requerimento do
Art. 32. As amostras fiscais para análise laboratorial de
cadastramento, os seguintes documentos:
resíduos químicos e biológicos de produtos vegetais, parte
a) requerimento dirigido ao dirigente da ADERR, de vegetais e seus subprodutos podem ser coletadas a
solicitando o cadastro; qualquer tempo e hora, em quaisquer estabelecimentos
submetidos ao regime desta Lei.
b) comprovante que a empresa está regularmente
constituída perante a junta comercial, quando for o caso,
e/ou documentos pessoais do aplicador;
Parágrafo único. A análise deve ser realizada em
c) alvará atualizado, quando for pessoa jurídica; laboratório credenciado, a fim de impedir, de acordo com
a legislação, a comercialização de produtos agrícolas com
d) cópia da Anotação de Responsabilidade Técnica
resíduos químicos acima dos limites oficiais permitidos, e
(ART) do técnico responsável no CREA/RR;
ainda orientar os produtores, exportadores e trabalhadores
e) comprovante de recolhimento da taxa de quanto ao uso correto e seguro dos agrotóxicos e afins.
cadastro correspondente;
f) relação detalhada do estoque existente, quando Art. 33. À ADERR é conferido o poder de polícia
for o caso; e administrativa, mediante identificação funcional, quando
g) nome comercial dos produtos e quantidades no exercício das funções relativas às ações de inspeção e
aplicadas, acompanhadas dos respectivos receituários e fiscalização de produtos agrotóxicos, seus componentes e
guia de aplicação. afins.

§1º As pessoas físicas ou jurídicas que sejam prestadoras Parágrafo único. Fica também assegurado à ADERR, em
de serviços na aplicação de agrotóxicos e afins equiparam- todo o território do estado de Roraima, o livre acesso às
se aos usuários quanto aos procedimentos para aquisição empresas prestadoras de serviços, aos estabelecimentos
e devolução de embalagens vazias de agrotóxicos comerciais de revenda de agrotóxicos, às empresas
adquiridos. industriais, às propriedades rurais, “Packing House” e às
centrais de abastecimento de produtos hortigranjeiros.

§ 2º É obrigatório encaminhar mensalmente, até o quinto


dia útil do mês seguinte, ao escritório local da ADERR as CAPITULO VI
guias de aplicação, com informações detalhadas do
DO ARMAZENAMENTO E TRANSPORTE
usuário, cultura a ser tratada, produto utilizado e forma de
aplicação, acompanhadas dos respectivos receituários. Art. 34. O armazenamento de agrotóxicos e afins obedece
à legislação federal e às instruções fornecidas pelo
fabricante, no rótulo, na bula, ou juntamente com a
embalagem, incluindo as especificações e os
procedimentos a serem adotados no caso de acidente,
derramamento ou vazamento do produto.
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Art. 35. O transporte de agrotóxicos, seus componentes e proprietários, nome das propriedades, área a ser utilizada
afins, deverá submeter-se às regras e procedimentos por propriedade, finalidade da aplicação (diagnóstico) e
estabelecidos para o transporte de cargas perigosas, quantidade de embalagens.
constantes na legislação específica em vigor.

Art. 37. Quando em trânsito pelo estado de Roraima, com


Art. 36. Para a aquisição de agrotóxicos em outros destino à outra Unidade da Federação, agrotóxicos e afins
estados, os usuários deverão solicitar à ADERR estarão sujeitos à comprovação de destino final, através de
autorização de aquisição, e informar, na chegada, ao posto Nota fiscal e Receituário Agronômico, além do
de fiscalização de entrada e/ou ao escritório local da cumprimento das regras de trânsito para cargas perigosas.
ADERR, os produtos e quantidades recebidas.

Art. 38. É proibido o transporte de agrotóxicos e afins:


§ 1º Os documentos exigidos para o trânsito de
I - juntamente com pessoas e animais;
agrotóxicos e afins são:
II - juntamente com alimentos ou medicamentos
I – Nota Fiscal – Se o produto for destinado diretamente
destinados ao consumo humano ou animal, ou com
ao usuário deverá constar na mesma o endereço para
embalagens de produtos destinados a estes fins;
devolução da embalagem vazia;
III - juntamente com outro tipo de carga, salvo se houver
II – Receituário Agronômico – emitida por Engenheiro
compatibilidade entre os diferentes produtos
Agrônomo ou Engenheiro Florestal, com registro ou visto
transportados; e
no CREA/RR, no caso do produto ser destinado
diretamente ao usuário; IV - sem o lacre, rótulo de identificação e demais dados
que permitam identificar os fabricantes, classe
III – Autorização de Aquisição – Fornecida pela ADERR
toxicológica, número do lote e outros que, por norma
por produto a ser adquirido, mediante apresentação do
escrita, o órgão fiscalizador julgar necessário.
Receituário Agronômico, emitida por Engenheiro
Agrônomo ou florestal com registro e/ou visto no
CREA/RR, no caso do produto ser destinado diretamente
CAPITULO VII
ao usuário.
DA RECEITA AGRONÔMICA

§ 2º No caso de usuários adquirirem agrotóxicos e afins Art. 39. Os agrotóxicos e afins só poderão ser
em revendas estabelecidas em outras Unidades da comercializados diretamente aos usuários, através da
apresentação do receituário agronômico, prescrito por
Federação, a devolução poderá ser realizada em Postos de
profissional legalmente habilitado no Conselho Regional
recebimento do Estado de Roraima, desde que conste o
de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Roraima -
local de devolução na nota fiscal e o termo de aceite, com
CREA/RR, Engenheiro Agrônomo ou Engenheiro
firma reconhecida do responsável pela central ou posto de
recebimento de embalagens vazias do Estado de Roraima. Florestal, dentro de suas respectivas áreas de competência.

§ 1° Deverão constar do receituário agronômico, no


§ 3º Quando os agrotóxicos e afins forem destinados à
mínimo:
aplicação em Unidades Demonstrativas dos comerciantes
será exigido: I - nome do usuário, da propriedade e sua localização;
I – comprovante de cadastro na ADERR, do aplicador, na II - local de aplicação;
categoria de prestador de serviços fitossanitários na
aplicação de agrotóxicos; III - cultura;

II - nota fiscal da empresa emitida, para a própria firma, IV - área da cultura, em hectares ou pés, ou sendo produto
constando o número do lote de fabricação do produto; armazenado, o volume a ser tratado;

III - receituário agronômico, emitido por Engenheiro V - diagnóstico;


Agrônomo com visto no CREA/ RR, especificando a VI - nome comercial do agrotóxico;
dosagem, cultura e a área dos experimentos em que será
utilizada. O receituário deverá ser emitido para a própria VII - princípio ativo do produto;
empresa que fará a demonstração, que será responsável, VIII - concentração;
também, pela retirada das embalagens vazias de
agrotóxicos; IX - formulação;

IV – no receituário deverão constar recomendações de X - classe toxicológica;


segurança a serem adotadas no transporte do produto; e XI - intervalo de segurança;
V – relação detalhada, a ser entregue no Posto fiscal e/ou
ULSAV do município, constando: nome dos
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XII - doses de aplicação e quantidades totais a serem para o usuário, outra para a ADERR, e a terceira via fica
adquiridas; em poder do prestador, contendo no mínimo:
XIII - época de aplicação; I - nome e endereço do usuário;
XIV - número de aplicações; II - cultura e área tratada por agrotóxico com finalidade
fitossanitária;
XV - modalidade de aplicação, sendo que, no caso de
aplicação aérea devem ser registradas as instruções III - local da aplicação e endereço;
específicas;
IV - princípio ativo do produto;
XVI - recomendação para que o usuário leia atentamente
V - nome comercial do produto usado;
o rótulo e a bula do produto;
VI - quantidade empregada do produto comercial;
XVII - obrigatoriedade do uso de equipamentos de
proteção individual; VII - forma de aplicação;
XVIII - grupo químico do produto; VIII - data e hora da prestação de serviço;
XIX - recomendações de caráter geral aos cuidados com o IX - riscos oferecidos pelo produto ao ser humano, meio
meio ambiente, à saúde do trabalhador, primeiros socorros ambiente e animais;
e precauções de uso, impressas no verso da receita;
X - cuidados necessários;
XX - recomendações específicas com relação à proteção
do meio ambiente, quando as condições do local da XI - identificação do aplicador e assinatura;
aplicação exigirem, explícitas no receituário; XII - identificação do responsável técnico e assinatura; e
XXI - data, nome, CPF, registro no Conselho de Classe e XIII - assinatura do usuário.
assinatura do profissional que o emitiu e do produtor; e
Parágrafo único. A ADERR, com a colaboração da
XXII – número e tipos de embalagens. FEMARH e, com apoio dos fabricantes e comerciantes de
agrotóxicos, desenvolverá ações de instrução, divulgação
e esclarecimento que estimulem o uso seguro e eficaz dos
§ 2º. Se o formulário usado pelo profissional não agrotóxicos.
contemplar todos os itens do § 1º, deverá ser entregue a
ADERR, relatório, em anexo, com as informações
solicitadas. CAPÍTULO VIII
DA DESTINAÇÃO FINAL DE SOBRAS E
§ 3°. A receita agronômica deverá ser expedida em, no EMBALAGENS
mínimo, cinco (05) vias, todas legíveis, com a seguinte
destinação:
Art. 41. O uso, a aplicação, a guarda e o destino final das
I - 1ª via – estabelecimento comercial; embalagens e das sobras dos produtos não poderão causar
danos à saúde pública e ao meio ambiente, devendo a
II - 2ª via – usuário;
ADERR, em conjunto com a Secretaria de Estado da
III - 3ª via – profissional que prescreveu; Saúde e a FEMARH, tomar as medidas necessárias para
garantir a diminuição destes riscos.

§ 4° As receitas deverão ser mantidas no estabelecimento


comercial à disposição dos órgãos fiscalizadores por um Parágrafo único. De acordo com o que trata o caput deste
período de 05 (cinco) anos. artigo, o fabricante, transportador, comerciante, usuário,
armazenador ou distribuidor deverão tomar as medidas
necessárias para evitar a ocorrência desses danos.
§ 5° A receita deverá ser específica para cada
produto/cultura ou problema fitossanitário;
Art. 42. Os usuários, comerciantes e fabricantes de
agrotóxicos, seus componentes e afins, ficam
§ 6° Só poderão ser prescritos produtos com observância responsáveis pela destinação final das embalagens vazias
das recomendações de uso aprovadas no registro. e suas sobras, e por produtos apreendidos pela ação
fiscalizadora e aqueles impróprios para utilização ou em
desuso.
Art. 40. Quando a aplicação de agrotóxicos e afins for
executada por firma prestadora de serviços, esta fornecerá
receituário agronômico e guia de aplicação, sendo que a Art. 43. É de responsabilidade da pessoa física ou jurídica
guia de aplicação será expedida em 03 (três) vias: uma usuária ou responsável pela aplicação de agrotóxicos e
afins, a devolução em local devidamente autorizado pela
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FEMARH e deverá atender rigorosamente às destinação final das embalagens vazias devolvidas pelos
recomendações técnicas da bula ou folheto complementar, usuários.
devendo efetuar a devolução das embalagens vazias, e
respectivas tampas no prazo máximo de um (01) ano após
a aquisição do produto. Art. 44. O fracionamento e a reembalagem de agrotóxicos
e de seus componentes e afins, com o objetivo de
comercialização, somente poderão ser realizados por
§ 1º Os usuários de que trata o caput deste artigo deverão empresa produtora ou por manipulador, sob
efetuar a devolução das embalagens vazias e respectivas responsabilidade daquela, em locais e condições
tampas, aos postos de recebimento de embalagens vazias previamente autorizados pelos órgãos estaduais e
de agrotóxicos indicados na Nota Fiscal, ao qual o municipais competentes.
comerciante é associado.

Art. 45. Os estabelecimentos comerciais deverão ser


§ 2º Se, ao término do prazo de devolução, remanescer associados às unidades de recebimento de embalagens
produto na embalagem, ainda no seu prazo de validade, vazias de agrotóxicos, previamente licenciadas,
será facultada a devolução da embalagem, em até 03 (três) responsáveis pela destinação final destas embalagens,
meses após o final do prazo de validade do produto. rótulos, bulas ou folheto complementar.

§ 3º É facultado ao usuário a devolução das embalagens Parágrafo único. Os estabelecimentos comerciais:


vazias a qualquer unidade de recebimento licenciada pela
I – deverão disponibilizar unidades de recebimento,
FEMARH, desde que credenciada pelo estabelecimento
previamente licenciadas, cujas condições de
comercial.
funcionamento e acesso não venham a dificultar a
devolução pelo usuário;
§ 4º Os usuários deverão manter à disposição dos órgãos II – farão constar na nota fiscal de venda do produto, o
fiscalizadores os comprovantes de devolução de endereço para devolução da embalagem vazia,
embalagens vazias, fornecidos pelos estabelecimentos comunicando ao usuário, formalmente, qualquer alteração
comerciais ou pelas unidades de recebimento, pelo prazo no endereço; e
de, no mínimo, 01 (um) ano, após a devolução da
III – os postos e centrais de recebimento de embalagens
embalagem.
vazias de agrotóxicos e afins ficam obrigados a manter à
disposição do serviço de fiscalização o sistema de controle
das quantidades e dos tipos de embalagens adquiridas e
§ 5º No caso de embalagens contendo produtos impróprios
devolvidas pelos usuários com as respectivas datas das
para utilização ou em desuso, o usuário observará as
ocorrências.
orientações contidas nas respectivas bulas, cabendo às
empresas produtoras e comercializadoras promover o
recolhimento e a destinação final admitidos pelo órgão
Art. 46. As unidades de recebimento de embalagens
ambiental competente.
vazias fornecerão, ao usuário, comprovante de
§ 6º As embalagens rígidas, que contiverem formulações recebimento das embalagens onde deverão constar, no
miscíveis ou dispersíveis em água, deverão ser submetidas mínimo:
pelo usuário à operação de tríplice lavagem, ou tecnologia
I – nome da pessoa física ou jurídica que efetuou a
equivalente, conforme orientação constante de seus
devolução;
rótulos, bulas ou folheto complementar.
II – data do recebimento;
III – quantidades e tipos de embalagens recebidas; e
§ 7º Os usuários de agrotóxicos e afins, quando adquirirem
produtos em outros estados, deverão incumbir-se de sua IV – nomes das empresas responsáveis pela destinação
destinação adequada, conforme indicado na Nota Fiscal. final das embalagens.
Parágrafo único. Os comprovantes serão emitidos, no
mínimo, em 03 (três) vias, sendo, 01 (uma) via para o
§ 8º As embalagens usadas não poderão ser utilizadas para
usuário, 01 (uma) via para o posto de recebimento de
outros fins e deverão ser tríplices lavadas e devolvidas aos
embalagens vazias e uma via para a ADERR.
postos e/ou central de recebimento de embalagens vazias
de agrotóxicos e afins.
Art. 47. Os estabelecimentos destinados ao
desenvolvimento de atividades que envolvam embalagens
§ 9º Os fabricantes de agrotóxicos e afins são responsáveis
vazias de agrotóxicos, componentes ou afins, bem como
pelo recolhimento, armazenamento, transporte e pela
produtos em desuso ou impróprios para utilização,

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deverão obter licenciamento ambiental, junto a Art. 50. Compete ao poder público fiscalizar usuários,
FEMARH. comerciantes e fabricantes e a devolução e destinação
adequada das embalagens de agrotóxicos, seus
componentes e afins.
Art. 48. As empresas produtoras de agrotóxicos, seus
componentes e afins são responsáveis pelo recolhimento,
pelo transporte e pela destinação final das embalagens CAPÍTULO IX
vazias, devolvidas pelos usuários aos estabelecimentos
DA INSPEÇÃO E DA FISCALIZAÇÃO
comerciais ou as unidades de recebimento, e dos produtos
por elas fabricados e/ou comercializados no Estado de Art. 51. A inspeção é exercida quando da solicitação de
Roraima e, quando estes forem: registro de pessoa física ou prestação de serviços na
aplicação e destinação adequada das embalagens vazias de
I - apreendidos e/ou interditados pela ação fiscalizatória,
agrotóxicos, seus componentes e afins.
no prazo de até 120 (cento e vinte) dias; e
II - impróprios para utilização ou em desuso, vencidos
com vistas à sua reciclagem ou inutilização, de acordo
com normas e instruções dos órgãos registrantes e
Art. 52. As ações de inspeção e fiscalização efetivam-se
sanitário ambientais competentes.
em caráter permanente e constituem atividades de rotina
dos órgãos estaduais dentro de suas respectivas áreas de
competência.
§ 1º As empresas registrantes e produtoras de agrotóxicos
e afins podem instalar e manter postos ou centros de
recebimento de embalagens usadas, vazias e produtos
Parágrafo único. Quando solicitadas pelos órgãos
vencidos e/ou impróprios para consumo, atendidos o
competentes, as empresas devem prestar informações ou
disposto na Lei nº 9974 de 06 de junho de 2000, nesta Lei
e na legislação ambiental. entregar documentos nos prazos estabelecidos.

Art. 53. A inspeção, o controle e a fiscalização são


§ 2º As empresas produtoras de agrotóxicos, componentes
realizados por agentes fiscais credenciados e legalmente
e afins, estabelecidas no País são responsáveis pelo
habilitados em suas atividades, com livre acesso aos locais
recebimento e pela destinação final adequada das
embalagens vazias que contiverem produtos por elas onde se realizem o armazenamento, o comércio, o
produzidos. transporte e a aplicação de agrotóxicos e afins, e podem,
ainda:
I – inspecionar e fiscalizar a produção, o uso, a
§ 3º O prazo para recolhimento e destinação final das manipulação e o consumo dos agrotóxicos e afins;
embalagens pelas empresas registrantes e produtoras é de,
II – inspecionar e fiscalizar o estabelecimento de
no máximo, 120 (cento e vinte) dias, a contar da
notificação pelo órgão fiscalizador, constatado o comercialização, armazenamento e prestação de serviços;
preenchimento total da capacidade física do Posto ou III – inspecionar e fiscalizar a devolução e destinação final
Central de Recebimento de Embalagens vazias de de sobras, resíduos e embalagens;
Agrotóxicos e afins.
IV - coletar amostras para análise fiscal;
V - fazer visitas rotineiras de fiscalização para apuração
§ 4º Os responsáveis por postos e centros de recolhimento de infrações ou eventos que tornem os produtos passíveis
de embalagens vazias deverão manter a disposição dos de alteração, e lavrar os respectivos autos;
órgãos de fiscalização, sistema de controle das
quantidades e dos tipos de embalagens recebidas e VI - verificar o cumprimento das condições de
encaminhadas à destinação final. Encaminhando preservação da qualidade ambiental;
mensalmente à ADERR. VII - verificar a procedência e as condições dos produtos,
quando expostos à venda;

Art. 49. Os agrotóxicos, seus componentes e afins VIII - interditar, parcial ou totalmente, os
apreendidos por ação fiscalizadora terão seu destino final estabelecimentos comerciais ou de prestação de serviços;
estabelecido, após a conclusão do processo IX - lavrar os autos de infração previstos neste
administrativo, a critério da autoridade competente, Regulamento.
cabendo à empresa produtora e comercializadora a adoção
das providências estabelecidas e, ao infrator, arcar com os X - inspecionar e fiscalizar o transporte de agrotóxicos,
custos decorrentes. seus componentes e afins, por qualquer via ou meio de
transporte em sua jurisdição;

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XI - analisar resíduos de agrotóxicos e afins em produtos
agrícolas e em seus subprodutos;
§ 1° A perícia de contraprova deverá ser requerida dentro
XII - inspecionar e fiscalizar o armazenamento, do prazo de 10 (dez) dias, contados do recebimento do
transporte, reciclagem e destinação final de embalagens resultado da análise fiscal.
vazias e dos produtos apreendidos pela ação fiscalizadora
e daqueles impróprios para utilização ou em desuso;
§ 2° No requerimento de contraprova, o interessado
XIII - inspecionar e fiscalizar, Postos e Centrais de
indicará o seu perito, que deverá satisfazer os requisitos
Recebimento de Embalagens vazias de agrotóxicos e
legais pertinentes à perícia, sob pena de recusa liminar.
afins.

Art. 58. A perícia de contraprova será realizada em


Parágrafo único. Caberá à Secretaria de Estado da Saúde
laboratório oficial, ou devidamente credenciado, com a
e a FEMARH fiscalizar, e inspecionar em suas áreas de
presença de peritos do interessado e do órgão fiscalizador,
atribuição.
com a assistência técnica do responsável pela análise
anterior.
Art. 54. Para efeito de análise fiscal, será realizada coleta
de amostra representativa do produto pela autoridade
§ 1° A perícia de contraprova não excederá o prazo de 60
fiscalizadora.
(sessenta) dias, contados da data de seu requerimento,
salvo quando condições técnicas exigirem a sua
prorrogação.
§ 1° A coleta de amostra será realizada em 03 (três) partes,
de acordo com técnica e metodologia indicadas em ato
administrativo.
§ 2° A parte da amostra a ser utilizada na perícia de
contraprova não poderá estar violada, o que será,
obrigatoriamente, atestada pelos peritos.
§ 2° A amostra deverá ser autenticada e tornada
inviolável, na presença do interessado e, na ausência ou
recusa deste, de duas testemunhas.
§ 3° Verificada a violação da amostra, não será realizada
a perícia de contraprova, sendo finalizado o processo de
fiscalização e instaurada sindicância para apuração de
§ 3° Uma parte será utilizada pelo laboratório oficial,
responsabilidades.
outra permanecerá no órgão fiscalizador e a última ficará
à disposição do interessado para perícia de contraprova,
no órgão fiscalizador.
§ 4° Ao perito interessado será dado conhecimento da
análise fiscal, prestadas as informações que solicitar e
exibidos os documentos necessários ao desempenho de
Art. 55. A análise fiscal será realizada por laboratório
sua tarefa.
oficial, ou devidamente credenciado, com o emprego de
metodologia oficial para identificar ocorrências de
fraudes, desobediência à legislação, falsificação e
§ 5° Da perícia de contraprova, serão lavrados laudos e ata
adulteração, observadas pelo Agente Fiscal, na
assinados pelos peritos, sendo arquivados os originais no
comercialização ou utilização.
laboratório oficial ou credenciado, após a entrega de
cópias a ADERR.
Parágrafo único. A metodologia oficial para as análises
fiscais será determinada em ato administrativo do
§ 6° Se os peritos apresentarem laudo divergente do laudo
dirigente da ADERR.
da análise fiscal, o desempate será feito por um terceiro
perito, eleito de comum acordo ou, em caso negativo,
designado pela ADERR, realizando-se nova análise em
amostragem, em poder do órgão fiscalizador, facultada a
Art. 56. O resultado da análise fiscal deverá ser informado assistência dos peritos anteriormente nomeados,
ao fiscalizador e ao fiscalizado, no prazo máximo de 90 observado o disposto nos § 1º e § 2º deste artigo.
(noventa) dias, contados na data da coleta da amostra.

§ 7° Qualquer que seja o resultado da perícia de


Art. 57. O interessado que não concordar com o resultado desempate, não será permitida a sua repetição, tendo o seu
da análise poderá requerer perícia de contraprova arcando resultado, prevalência sobre os demais.
com o ônus da mesma.

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Art. 59. A ADERR comunicará ao interessado o resultado § 1º O DARE ou boleto bancário tem a validade de 60
final das análises, aplicando as penalidade cabíveis, se (sessenta) dias após o pagamento.
verificadas irregularidades.

§ 2º Os valores das taxas de atividades de agrotóxicos são


Art. 60. As ações de inspeção e fiscalização se efetivarão as seguintes:
em caráter permanente e constituirão atividade de rotina
I - cadastro de produto – 3 (três) UFERRs ou a que vier a
da ADERR.
substituí-la;
II - renovação de cadastro – 2 (duas) UFERRs ou a que
Parágrafo único. Quando solicitadas pelos órgãos vier a substituí-la;
responsáveis deverão as pessoas físicas e jurídicas prestar
III - alteração de cadastro – 2 (duas) UFERRs ou a que
informações ou proceder à entrega de documentos, nos
vier a substituí-la;
prazos estabelecidos, a fim de não obstarem as ações de
inspeção e fiscalização e a adoção das IV - registro de estabelecimento comercial – 1,5 (Uma e
meia) UFERRs ou a que vier a substituí-la;
V - renovação de registro de estabelecimento comercial –
Art. 61. As inspeções e fiscalizações serão exercidas por
1,5 (Uma e meia) UFERRs ou a que vier a substituí-la; e
profissionais legalmente habilitados para tais atribuições
e devidamente credenciados pela ADERR. VI - alteração de registro de estabelecimento comercial –
1,5 (Uma e meia) UFERRs ou a que vier a substituí-la.

Art. 62. A fiscalização será exercida sobre os produtos em


comercialização, no transporte, nos estabelecimentos § 3º Os prestadores de serviços na aplicação de
comerciais, nas propriedades rurais, nos depósitos ou agrotóxicos, postos e centrais de recolhimento de
outros locais de propriedade dos usuários, associações embalagens vazias de agrotóxicos e afins, para efeito de
rurais e postos e centrais de recebimento de embalagens recolhimento de taxa de cadastro, equiparam-se aos
vazias, de acordo com especificações baixadas em ato estabelecimentos comerciais.
administrativo do Dirigente da ADERR.

CAPÍTULO XI
CAPITULO X
DAS INFRAÇÕES, SANÇÕES E PROCESSOS
DAS TAXAS
Art. 65. Constitui infração, para efeito desta lei, toda ação
Art. 63. As taxas para execução dos serviços serão ou omissão que importe na inobservância de preceitos
estabelecidas por meio de Lei e revertidas exclusivamente estabelecidos na Lei Federal nº 7.802, de 11 de julho de
em benefício da atividade geradora, sendo cobradas para 1989, Lei Federal nº 9.974, de 06 de junho de 2000, e nesta
os respectivos serviços a serem realizados: Lei, ou na desobediência às determinações de caráter
normativo dos órgãos ou das autoridades administrativas
I - registro de estabelecimento comercial;
competentes.
II - registro de empresa prestadora de serviço;
III - registro de indústria, produtora, importadora,
Art. 66. As responsabilidades administrativas, civis e
exportadora e manipuladora de agrotóxicos, seus
penais, pelos danos causados à saúde das pessoas e ao
componentes e afins;
meio ambiente, em função do descumprimento nos casos
IV - cadastro da empresa produtora, importadora, previstos em lei, recairão sobre:
exportadora, manipuladora e comercializadora de
I - o registrante que, por dolo ou por culpa, omitir
agrotóxicos, seus componentes e afins;
informações ou fornecê-las incorretamente e promover
V - cadastro de agrotóxicos, seus componentes e afins; propaganda indutiva;
VI - alteração de cadastro de agrotóxicos, seus II - o fabricante que produzir agrotóxicos e afins em
componentes e afins; desacordo com as especificações constantes do registro;
deixar de promover o cadastro do produto antes da
VII - renovação de cadastro de empresa produtora,
comercialização; deixar de recolher, em tempo hábil,
importadora, exportadora, manipuladora e
produtos com prazo de validade vencidos, interditados,
comercializadora de agrotóxicos, seus componentes e
apreendidos ou impróprios ao uso;
afins.
III - o profissional que receitar a utilização de agrotóxicos
e afins de forma errada, displicente ou indevida; receitar
Art. 64. As taxas serão recolhidas através de DARE ou agrotóxicos para produtor e cultura não existentes na
Boleto bancário emitido pela ADERR. região; deixar receituários assinados sob responsabilidade
da loja agropecuária;
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IV - o comerciante que efetuar venda de agrotóxicos e VIII - não utilizar equipamentos visando à proteção da
afins, em desacordo ou, sem o respectivo receituário, saúde do trabalhador, medidas que se fizerem necessárias
venda de produtos não registrados para a cultura, deixar quando da manipulação de agrotóxicos;
de informar o local de recebimento de embalagens vazias
IX - utilizar agrotóxicos e afins sem os devidos cuidados
de agrotóxicos;
à proteção da saúde humana e do meio ambiente;
V - o empregador que não fornecer ou não fizer a
X - utilizar agrotóxicos e afins em desacordo com o
manutenção dos equipamentos destinados à produção,
receituário;
distribuição e aplicação dos agrotóxicos e afins; e
XI - dificultar a fiscalização ou inspeção, ou não atender
VI - o usuário ou o prestador de serviços que utilizar
às informações em tempo hábil;
agrotóxicos e afins em desacordo com o receituário;
deixar de devolver as embalagens vazias dos agrotóxicos XII - concorrer de qualquer modo, para a prática de
adquiridos no local indicado na Nota Fiscal, dentro do infração ou dela obter vantagens;
período estabelecido; reutilizar embalagens vazias; não
XIII - dispor de forma inadequada às embalagens vazias
observar período de carência; não utilizarem equipamento
ou restos de agrotóxicos, seus componentes ou afins;
de proteção individual.
XIV - não fornecer ou não fazer a manutenção dos
VII - ao proprietário da terra, pessoalmente, se agricultor
e a ele solidariamente com o meeiro ou arrendatário, em equipamentos destinados à produção, distribuição e
razão do uso de área interditada para determinada aplicação dos agrotóxicos e afins;
finalidade. XV - dar destinação indevida às embalagens, aos restos e
resíduos dos agrotóxicos, seus componentes e afins;
XVI - comercializar agrotóxicos e afins não registrados no
Parágrafo único. A autoridade que tiver ciência ou notícia
órgão competente e não cadastrados no Estado;
de ocorrência de infração é obrigada a promover a sua
apuração imediata, mediante processo administrativo XVII - emitir receituário agronômico sem a assinatura do
próprio, sob pena de responsabilidade. produtor e/ou para cultura ou produtor inexistente na
região;
XVIII - deixar de proceder a tríplice lavagem da
Art. 67. São infrações:
embalagem lavável;
I - produzir, manipular, acondicionar, transportar,
armazenar, comercializar, importar, exportar e utilizar XIX - comercializar agrotóxicos ou afins para empresa
agrotóxicos, seus componentes e afins, em desacordo com distribuidora comercial, associação ou qualquer pessoa
jurídica que não tenha cadastro no Estado;
as disposições da legislação vigente e com o disposto na
presente Lei; XX - deixar de recolher em tempo hábil as embalagens,
produtos vencidos e não cadastrados no Estado;
II - produzir, manipular, acondicionar e armazenar
agrotóxicos, seus componentes e afins, em XXI - utilizar produtos não registrados no órgão
estabelecimentos que não estejam registrados nos órgãos competente e/ou não cadastrados no Estado;
competentes;
XXII - comercializar e/ou utilizar produtos
III - fraudar, falsificar, adulterar e fracionar agrotóxicos, contrabandeados e /ou falsificados; e
seus componentes e afins; e violar os lacres de produtos
interditados pela fiscalização; XXIII - transportar, comercializar ou exporem
agrotóxicos e afins sem o rótulo de identificação do
IV - alterar a composição ou a rotulagem dos agrotóxicos, produto, sem os documentos exigidos ou em desacordo
seus componentes e afins, sem prévia autorização do com o transporte de cargas perigosas.
órgão registrante e comunicação ao órgão estadual
cadastrante; XXIV - ausência de controle do estoque de agrotóxico e
afim em livro apropriado ou em sistema informatizado nos
V - armazenar agrotóxico, seus componentes e afins, sem estabelecimentos comerciais e a não comprovação legal
respeitar as condições de segurança, quando houver riscos da origem do produto.
à saúde e ao meio ambiente;
XXV - não fornecimento de relatórios com informações
VI - comercializar agrotóxicos e afins sem receituário ou sobre o recebimento das embalagens vazias de
em desacordo com a receita, bem como deixar de devolver agrotóxicos e afins pelos Postos ou Centrais.
o produto com validade vencida; comercializar produtos
com prazo de validade vencido ou não cadastrados no
Estado; Art. 68. Aquele que concorre para a prática de infração ou
VII - omitir ou prestar informações incorretas às dela obtém vantagem, ou aquele que produz, embala,
autoridades registrantes, fiscalizadoras ou inspetoras; comercializa, transporta, armazena, prescreve, usa, aplica
ou presta serviços de aplicação de agrotóxico ou afim,
aquele que dá destino final indevido às embalagens,
sobras e produtos vencidos, também aquele que
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comercializa produto agrícola ou agroindustrial com armazenamento e utilização de agrotóxicos e afins, pela
níveis de resíduos acima do permitido pela legislação ou notificação a parte infratora para o pagamento.
não recomendado para a cultura e normas vigentes, fica
sujeito às penalidades previstas na Lei Federal nº 9.605,
de 12 de fevereiro de 1998 e Lei Federal nº 7.802, de 11 § 3° Condenação do produto é a ação punitiva que implica
de julho de 1989, sem prejuízo na aplicação das sanções na proibição da comercialização e uso de agrotóxicos e
previstas no artigo 65 desta Lei, além de multa. afins, quando estes não atenderem às condições e
especificações do seu registro e cadastro, efetivada pela
lavratura do auto de apreensão.
Art. 69. O empregador, o profissional responsável ou o
prestador de serviços que deixa de promover as reais
medidas de proteção à saúde e ao meio ambiente está § 4° A inutilização do produto será aplicada nos casos de
sujeito às penalidades previstas na Lei Federal nº 9.605, produto sem registro ou naqueles em que fique constatada
de 12 de fevereiro de 1998 e Lei Federal nº 7.802, de 11 a impossibilidade de lhe ser dada outra destinação ou
de julho de 1989, sem prejuízo na aplicação das sanções reaproveitamento.
previstas no artigo 65 desta Lei, além de multa.

§ 5º A suspensão temporária de funcionamento, de


Art. 70. Sem prejuízo das responsabilidades, civil e penal registro ou de cadastro do estabelecimento e/ou produto
cabíveis, a infração de disposições legais acarretará será aplicada nos casos de ocorrência de irregularidade ou
isolada ou cumulativamente, nos termos desta Lei e da prática de infrações reiteradas, passíveis, entretanto, de
legislação em vigor, independentemente das medidas serem sanadas.
cautelares de embargo de estabelecimento e apreensão do
produto ou alimentos contaminados, a aplicação das
seguintes sanções: § 6° O cancelamento do cadastro estadual de agrotóxicos
I – advertência, aplicada por infração leve; e afins ou registro de estabelecimento será aplicado, nos
casos em que não comporte a suspensão de que trata o
II - multa de até 100 UFERRs ou outro índice que o parágrafo anterior, ou seja, nos casos de impossibilidade
substitua, aplicável em dobro em caso de reincidência; de serem sanadas as irregularidades ou quando constatada
a fraude ou má fé, pela notificação a parte infratora.
III - condenação do produto;
IV - inutilização do produto;
§ 7° O cancelamento do registro de estabelecimento
V - suspensão temporária do cadastro ou registro;
comercial será aplicado nos casos de impossibilidade de
VI - cancelamento do cadastro ou registro; serem sanadas irregularidades ou quando constatadas a
fraude ou
VII - interdição temporária ou definitiva do
estabelecimento e/ou produto;
VIII - interdição temporária ou definitiva da área § 8° A interdição do estabelecimento, efetivada através de
agricultável; lavratura de termo de interdição, ocorrerá sempre que
constatada irregularidade por parte de infração reiterada
IX - cancelamento do Registro do Estabelecimento;
ou quando verificar-se, mediante inspeção técnica, a
X - inutilização de vegetais, parte de vegetais e alimentos inexistência de condições sanitárias ou ambientais para o
nos quais tenha havido aplicação de agrotóxicos de uso funcionamento do estabelecimento, podendo a interdição
não autorizado ou apresentarem resíduos acima dos níveis ser suspensa, assim que se sanarem as irregularidades
permitidos; e constatadas.
XI - recomposição da flora e/ou da fauna, com obrigações
ou custos por conta do infrator, quando decorrente do uso
§ 9° A interdição definitiva dar-se-á quando,
indevidos de agrotóxicos e afins.
comprovadamente, o estabelecimento não oferecer
condições sanitárias ou ambientais para seu
funcionamento.
§ 1° A advertência será aplicada nas infrações leves, nos
casos de infrator primário, quando o dano possa ser
reparado e quando o infrator não tenha agido com dolo ou
§10 A inutilização de vegetais, parte de vegetais e
má fé.
alimentos será determinada a critério da autoridade
sanitária competente, sempre que apresentarem resíduos
acima dos níveis permitidos, de cujo ato será lavrado
§ 2° Multa é a pena pecuniária imposta a quem infringir termo.
as disposições legais pertinentes à inspeção e à
fiscalização da comercialização, embalagem, transporte,

16
§11 A inutilização de vegetais, parte de vegetais e V - ter a infração consequência danosa à agricultura, saúde
alimentos, nos quais tenha havido aplicação de humana e ao meio ambiente; e
agrotóxicos e afins de uso não autorizado, será
VI - ter o infrator agido com dolo, fraude ou má fé.
determinada a critério da autoridade fiscalizadora
competente, de cujo ato será lavrado termo.
§ 3° Cometidas, concomitantemente, duas ou mais
infrações, aplicar-se-á pena correspondente a cada uma
§ 12 Ocorrendo interdição ou apreensão, o infrator,
delas.
quando identificado, será fiel depositário, ficando
proibido a sua substituição ou comercialização até
determinação do órgão fiscalizador.
§ 4° A aplicação de penalidade não desobriga o infrator de
reparar a falta que lhe deu origem.
Art. 71. O Engenheiro Agrônomo ou Engenheiro Florestal
que, eventualmente, cometa alguma infração de ordem
§ 5° A reincidência torna o infrator passível de
profissional, será submetido, previamente, a julgamento
enquadramento na penalidade máxima e a caracterização
do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e
da infração como gravíssima.
Agronomia de Roraima - CREA/RR, antes da aplicação
das sanções previstas no artigo 16 da Lei Federal nº 7802,
de 11 de julho de 1989.
Art. 74. As infrações classificam-se em: leves, graves e
gravíssimas.
Art. 72. No caso de aplicação das sanções previstas nesta
Lei, não caberá direito a ressarcimento ou indenizações
por eventuais prejuízos, e os custos referentes a quaisquer § 1º São consideradas infrações leves:
procedimentos previstos nesta Lei correrão por conta do I - falta de exposição, em local visível, do comprovante de
infrator. registro – 0,7 UFERRs;
II - falta de comunicação de alteração no registro de
Art. 73. Para a imposição de pena e sua gradação, a agrotóxico e afins – 0,7 UFERR;
autoridade competente observará: III - falta de identificação da área de armazenamento e de
I - as circunstâncias atenuantes e agravantes; exposição para o comércio de agrotóxico e afim – 1,0
UFERR;
II - a gravidade do fato, tendo em vista as suas
consequências para a saúde humana e ao meio ambiente; IV - ausência do controle de estoque de agrotóxico e afim
e em livro apropriado, ou em sistema informatizado, e a não
comprovação legal da origem do produto – 1,8 UFERRs;
III - os antecedentes do infrator quanto ao cumprimento
das normas agrícolas, sanitárias e ambientais. V - não fornecer relação do estoque de agrotóxico e afim
no prazo previsto – 1,8 UFERRs;
VI - falta de comunicação de alteração no registro da
§ 1° São circunstâncias atenuantes: empresa – 1,8 UFERRs
I - não ter o infrator concorrido para a consecução do VII - falta de renovação do registro de estabelecimento
evento; comercial ou de empresa prestadora de serviços de
aplicação de agrotóxico e afim – 2,0 UFERR’s;
II - quando o infrator por espontânea vontade, procurar
minorar ou reparar as consequências do ato lesivo que for VIII - comercialização de agrotóxico e afim com validade
imputado; e vencida ou identificação incompleta – 10 UFERRs;
III - ser infrator primário e a falta cometida ser de pequena IX - falta de registro do estabelecimento comercial ou da
monta. empresa prestadora de serviços de aplicação de agrotóxico
e afim – 10 UFERRs;
X - falta de registro do estabelecimento comercial ou da
§ 2° São circunstâncias agravantes:
empresa prestadora de serviços na aplicação de
I - ser infrator reincidente; agrotóxicos e afins – 11 UFERRs;
II - ter o infrator cometido a infração objetivando a XI - falta de responsável técnico – 12 UFERRs;
obtenção de qualquer tipo de vantagem;
XII - comercialização de agrotóxico ou afim para
III - ter o infrator conhecimento do ato lesivo e deixar de estabelecimento não registrado para esse fim – 15
tomar as providências necessárias com o fito de evitá-lo; UFERRs;
IV - coagir outrem para a execução material da infração;

17
XIII - não recolhimento, pelo fabricante, de agrotóxico e XVI - não utilização, pelo usuário, de Equipamento de
afim com validade vencida ou com cadastro cancelado – Proteção Individual – EPI na aplicação de agrotóxicos e
15 UFERRs. afins – 25 UFERRs;
XVII - venda ou aplicação de agrotóxicos e afins sem
receituário ou em desacordo com ele – 30 UFERRs;
§ 2º São consideradas infrações graves:
XVII - inobservância do período de carência após a
I - não devolução, pelo usuário, da embalagem vazia de
aplicação de agrotóxicos e afins – 30 UFERRs;
agrotóxico e afim no prazo determinado – 16 UFERRs;
XIX - falta de cadastro de agrotóxico e afim – 30
II - comercialização ou exposição ao comércio, de
UFERRs;
agrotóxico e afim com embalagem danificada – 16
UFERRs; XX - comercialização de produtos e subprodutos com
resíduo de agrotóxicos e afins acima dos níveis permitidos
III - não recebimento, pelo comerciante, de embalagem
– 30 UFERRs;
vazia de agrotóxico e afim – 16 UFERR’s;
XXI - violar lacre de produtos interditados pela
IV - falta de cadastro do produto no Estado de Roraima –
fiscalização – 30 UFERRs;
16 UFERRs;
XXII - não recolhimento, pelo fabricante, das embalagens
V - utilização de equipamentos de proteção e de aplicação
vazias de agrotóxicos e afins, no prazo previsto em Lei –
de agrotóxicos e afins sem manutenção, ou de forma
30 UFERRs;
inadequada ou não utilização dos mesmos – 17,5
UFERRs; XXIII - não fornecimento de relatórios com informações
sobre o recebimento das embalagens vazias de
VI - receita de agrotóxico e afim em desacordo com as
agrotóxicos e afins pelos Postos ou Centrais – 40
especificações do produto, a legislação e as normas
UFERRs;
vigentes – 18 UFERRs;
XXIV - transporte de agrotóxicos e afins sem receituário
VII - receitar agrotóxicos ou afins para cultura ou produtor
agronômico, Nota Fiscal, Autorização de importação e/ou
não existentes na região – 18 UFERRs;
rótulo de identificação do produto – 40 UFERRs;
VIII - dispor, de forma inadequada, as embalagens ou
restos de agrotóxicos, seus componentes e má fé,
expedindo-se a notificação a parte infratora afins – 18 § 3º São consideradas infrações gravíssimas:
UFERRs;
I - venda, utilização ou remoção de agrotóxico e afim
IX - não fornecimento, pelo empregador, de equipamento interditado – 41 UFERRs;
de proteção ao aplicador de agrotóxicos e afins – 19
II - comercialização de agrotóxicos e afins sem registro no
UFERRs;
órgão federal competente; interditados para a venda por
X - descarte de embalagens, sobra ou resíduo de ação fiscalizatória e sem disponibilizar local para
agrotóxicos e afins em desacordo com a legislação federal devolução de embalagens vazias – 46 UFERRs;
e estadual e em desacordo com a orientação técnica – 21
III - comercialização de produto agrícola, agroindustrial
UFERRs;
ou florestal, proveniente de área interditada em razão do
XI - omissão ou prestação de informação incorreta por uso inadequado de agrotóxico e afins – 46 UFERRs;
ocasião do cadastro de agrotóxicos e afins e registro de
IV - aplicação de agrotóxico e afins não recomendados
estabelecimentos – 23 UFERRs;
para a cultura – 46 UFERRs;
XII - armazenamento inadequado de agrotóxico e afim –
V - deixar sob a guarda de outrem receituários em branco
25 UFERRs;
e assinados pelo responsável técnico – 47 UFERRs;
XIII - acondicionamento inadequado, pelo comerciante,
VI - comercialização, armazenagem e utilização de
posto ou central de recebimento das embalagens vazias de
agrotóxico e afim sem registro – 51 UFERRs;
agrotóxicos e afins recebidas do usuário final – 25
UFERRs; VII - criação de entrave à fiscalização ou perícia de
agrotóxicos e afins – 72 UFERRs;
XIV - comercialização de agrotóxico e afim sem rótulo ou
bula, com rasura no rótulo ou fora de especificação – 25 VIII - falta de atendimento à intimação da fiscalização de
UFERRs; agrotóxico e afim – 77 UFERRs;
XV - venda e exposição de agrotóxicos, seus componentes IX - fracionamento, fraude, falsificação ou adulteração de
ou afins, ao lado de produtos alimentícios ou animais de agrotóxico e afim – 87 UFERRs;
estimação ou guarda destinados à comercialização – 25
X - concorrer de qualquer modo para a prática da infração
UFERRs;
ou dela obter vantagem – 95
UFERRs;

18
XI - venda fracionada, fraude, falsificação ou adulteração Art. 77. As infrações à legislação serão apuradas em
de agrotóxicos e afins – 100 UFERRs; procedimento administrativo próprio, iniciado com
lavratura de auto de infração, observados os ritos e prazos
XII - alterar a composição e/ou rotulagem de agrotóxicos,
estabelecidos nesta Lei, na legislação federal e em atos
seus componentes e afins – 100 UFERRs.
complementares.

Art. 75. A multa será aplicada obedecendo a seguinte


§ 1° Concluída a fase de instrução do processo, será o
gradação:
infrator julgado, no prazo de 60 (sessenta) dias, pelo órgão
a) Infrações leves - até 15 UFERRs ou a que vier a fiscalizador competente que, motivadamente, decidirá da
substituí-la; admissão das provas, determinando a sua produção no
caso de deferi-las.
b) Infrações graves - até 40 UFERRs ou a que vier
a substituí-la; e
c) Infrações gravíssimas - até 100 UFERRs, ou a § 2° Em caso de motivo relevante, o órgão fiscalizador
que vier a substituí-la. competente poderá ultrapassar por mais 30 (trinta) dias o
prazo estabelecido no parágrafo anterior, lavrando
I - a regulamentação para a imposição de pena e sua
despacho fundamentado no processo, ou quando
gradação será feita conforme estabelecido nesta Lei. estiverem envolvidas análises de produtos.

§ 1° A multa será aplicada em dobro nos casos de


Art. 78. Os autos de infração, interdição, apreensão e
reincidência.
destinação final deverão ser lavrados em 03 (três) vias, de
acordo com instruções do órgão fiscalizador, e assinados
pelo agente que verificar a infração e pelo proprietário do
§ 2° As multas serão agravadas até o grau máximo em estabelecimento ou seu representante legal.
casos de artifício ardil, simulação ou embaraço da ação
fiscalizadora.
Parágrafo único. Procedida à autuação, uma via do auto de
infração será entregue ao infrator, outra encaminhada à
§ 3° A multa pode constituir pena principal ou repartição do órgão fiscalizador competente, e uma
complementar a ser aplicada de acordo com sua terceira ficará de posse do autuante.
gravidade.

Art. 79. Os autos, anteriormente mencionados deverão


§ 4° A multa deverá ser recolhida mediante guia de conter, no mínimo:
recolhimento, no prazo de 30 (trinta) dias, a contar do
recebimento da notificação de sua imposição. I - nome do infrator, seu domicílio e residência, bem como
os demais elementos necessários a sua qualificação e
identificação civil;
§ 5° Havendo defesa, o prazo para recolhimento da multa II - local, data e hora da infração; e
será de 10 (dez) dias, a contar da data de notificação da
decisão. III - descrição da infração, em conformidade com o
contido no artigo 73 desta Lei, e sanção do dispositivo
legal transgredido.
§ 6° O valor das multas, quando não pagas, passará para a
Dívida Ativa do Estado.
§1º Sempre que o infrator se negar a assinar algum dos
autos, será o fato nele declarado remetendo-se-lhe
§ 7° O não pagamento das multas implica na suspensão do posteriormente uma de suas vias.
registro do estabelecimento.

§ 2º As omissões ou incorreções na lavratura do Auto de


Art. 76. Nas infrações em que se verifiquem a intoxicação Infração, não acarretam a sua nulidade, desde que nele
humana e a contaminação alimentar ou ambiental por constem os elementos necessários para a determinação da
agrotóxicos e afins, compete, respectivamente, à infração e a caracterização do infrator ou do co-
Secretaria de Estado da Saúde e à Secretaria de Estado do responsável ou de ambos.
Desenvolvimento Ambiental, adotar os procedimentos
administrativos e aplicações das penalidades cabíveis, de
acordo com a legislação vigente. Art. 80. O infrator poderá apresentar a defesa ao órgão
estadual fiscalizador no prazo de 15 (quinze) dias, a contar
da data de recebimento do auto de infração.
19
Art. 81. O infrator poderá recorrer das decisões § 1º As medidas cautelares de embargo de
eliminatórias, em última instância, dentro de igual prazo estabelecimento e apreensão de produtos agrotóxicos e
fixado para a defesa, ao Conselho Estadual de afins, ou alimentos contaminados, são executadas com a
Agrotóxicos. lavratura do termo correspondente.
§ 2º Não atendida a notificação, a autoridade
administrativa pode requisitar força policial para que a
Parágrafo único. Após a decisão final, será dada ciência
penalidade seja plenamente cumprida.
ao autuado, através de ofício, pessoalmente, por via
postal, com aviso de recebimento – AR, ou quando
necessário, por edital publicado em órgão oficial de
Art. 86. Depois de inscrita na dívida ativa, a pena de multa
imprensa.
deve ser executada por via judicial para cobrança do
débito, o qual é recolhido em nome da instituição que deu
origem ao processo.
Art. 82. Acolhido no mérito a defesa do recurso, o órgão
fiscalizador competente expedirá ordem de liberação do
produto apreendido ou do estabelecimento interditado ou
CAPÍTULO XIV
embargada, quando for o caso, no prazo máximo de 15
(quinze) dias. CONSELHO ESTADUAL DE AGROTÓXICOS
Art. 87. Fica instituído o Conselho Estadual de
Agrotóxicos é composto por 09 (nove) membros e seus
CAPÍTULO XI
suplentes, de notório saber, sob a coordenação da
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO ADERR, constituída de um representante indicado das
seguintes entidades:
Art. 83. A infração à legislação sobre agrotóxicos e afins
é apurada em procedimento administrativo próprio, I – Agência de Defesa Agropecuária de Roraima -
iniciado com a lavratura do auto de infração, observados ADERR;
o rito e os prazos estabelecidos nesta Lei e em outras
II – Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e
normas legais e regulamentares aplicáveis à espécie.
Abastecimento – SEAPA;
III – Fundação Estadual de Meio Ambiente, Ciência e
CAPÍTULO XIII Tecnologia - FEMARH;
DA EXECUÇÃO IV – Secretaria de Estado da Saúde – SESAU;
Art. 84. As decisões definitivas do processo V – Ministério da Agricultura, Pecuária e do
administrativo são executadas: Abastecimento – MAPA;
I - por via administrativa; VI – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária –
EMBRAPA;
II - judicialmente.
VII – Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura –
CREA;
Art. 85. Deve ser executada por via administrativa a pena:
VIII – Universidade Federal de Roraima – UFRR; e
I - de advertência;
IX – Associação dos Engenheiros Agrônomos de Roraima
II - de multa; – AEA/RR.
III - de condenação do produto agrotóxico e afim, após a
interdição ou a apreensão, com a lavratura do termo de
§ 1º O Conselho Estadual de Agrotóxicos tem as seguintes
condenação;
atribuições:
IV - de suspensão do registro para funcionamento da
I - apreciar pedidos de cancelamento de registros e
empresa fabricante, comercializadora ou prestadora de
encaminhá-los com parecer ao órgão federal registrante;
serviços e expedição de notificação oficial;
II - apreciar pedidos de cancelamento de autorização de
V - de cancelamento do registro da empresa fabricante,
estabelecimentos com localização inadequada e
comercializadora ou prestadora de serviços e expedição de
encaminhar parecer aos órgãos estaduais competentes;
notificação oficial;
III - propor à ADERR medidas de restrições de uso de
VI - de interdição da empresa fabricante,
produtos, equipamentos e outros que julgar necessário;
comercializadora ou prestadora de serviços, por
notificação, determinando a suspensão imediata da IV - propor aos órgãos federais registrantes que
atividade, com a lavratura de termo de interdição do local. estabeleçam autorização de uso emergencial de
agrotóxicos e afins;
20
V - emitir parecer sobre a instalação de postos e centrais j) curso de extensão de praga na emissão de CFO e
de recebimento de embalagens vazias de agrotóxicos e CFOC, 1.08 UFERRs por inscrição; e
afins no Estado de Roraima, quando solicitado; e
k) aquisição de bloco de CFO e CFOC com 50
VI – Emitir parecer em recursos de segunda instância. (cinquenta) jogos 0.66 UFERRs por bloco.
II - atos referentes a serviços de classificação de produtos
de origem vegetal, seus derivados e subprodutos de valor
§ 2º O Conselho deverá ouvir os estabelecimentos e os
econômico:
órgãos envolvidos antes de elaborar parecer final.
a) classificação de grãos de arroz beneficiado –
0,0085 UFERR por tonelada ou fração;
§ 3º O Conselho ora Criado como, órgão de deliberação
b) classificação de grãos de arroz em casca –
coletiva, será instalado no prazo máximo de 60 dias a
0,0085 UFERR por tonelada ou fração;
contar da publicação da presente lei, ao qual incumbirá a
elaboração do Regimento Interno a ser aprovado por ato c) classificação de fragmentos de arroz - 0,0085
do Poder Executivo Estadual. UFERR por tonelada ou fração;
d) classificação de grãos de feijão - 0,0085 UFERR
por tonelada ou fração;
§ 4º O Conselho, no desenvolvimento de suas atribuições
contará com apoio técnico e administrativo da ADERR. e) classificação de grãos de milho - 0,009 UFERR
por tonelada ou fração;
f) classificação de grãos de soja - 0,0085 UFERR
§ 5º As funções e atribuições de conselheiro são
por tonelada ou fração; e
consideradas de relevante interesse público, sendo, por
conseguinte não remuneradas. g) valor mínimo por laudo ou certificado de
classificação – 0,145 UFERR.

CAPÍTULO XV
Art. 89. Acrescenta-se o artigo 26-A à Lei nº 570, de 1 de
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
dezembro de 2006.
Art. 88. São instituídas as taxas de serviços prestados pela
Agência de Defesa Agropecuária de Roraima – ADERR,
referentes a emissão de documentos em razão dos serviços Art. 26-A. Constitui infração, para os efeitos desta Lei,
prestados pela instituição, na forma a seguir: toda a ação ou omissão que importe a inobservância ou a
desobediência das normas estabelecidas na Lei nº 570, de
I – atos referentes à sanidade vegetal;
01 de dezembro de 2006, nesta Lei e em atos normativos.
a) coleta de material vegetal – 0.055 UFERRs
(acrescido da taxa de deslocamento no valor de 0.0025
UFERRs por quilometro percorrido em veículo oficial); §1º Cometerá infração aquele que:
b) permissão de trânsito de vegetal – PTV - 0,11 I - dificultar, embaraçar ou impedir a ação fiscalizadora;
UFERRs por documento;
II - não possuir inscrição, cadastro, registro, autorização,
c) certificado de destruição e restos culturais - 0,11 licença ou credenciamento estabelecidos nesta Lei ou em
UFERRs por documento; atos normativos;
d) atestado de tratamento de plantas e produtos III - deixar de comunicar alterações cadastrais no prazo de
vegetais - 0,11 UFERRs por documento; 30 (trinta) dias, a contar da data da ocorrência, ou no prazo
previsto em normas específicas;
e) segunda via da carteira de habilitação de
responsável técnico – RT - 0,11 UFERRs por documento; IV - não comunicar a ocorrência de pragas de notificação
obrigatória;
f) manutenção de unidade de produção – UP, e
unidade de consolidação – UC - 0,11 UFERRs por UP; V - não cumprir as determinações legais;
g) vistoria para emissão de documentos VI - produzir, transportar, armazenar ou comercializar
fitossanitários - 0,11 UFERRs por documento acrescido vegetais em desacordo com os padrões de produção e
da taxa de deslocamento no valor de 0.0025 UFERRs por sanidade, previstos nesta Lei e em atos normativos;
quilometro percorrido em veículo oficial;
VII - não cumprir as restrições sanitárias impostas a
h) inscrição de UP unidade de produção – UP, e vegetais quanto ao transporte, à comercialização, a
unidade de consolidação – UC - 0,18 UFERRs por UP; condução, a transferência ou ao armazenamento;
i) curso de credenciamento para emissão de CFO e VIII - não possuir ou portar documentação exigida pela
CFOC, 0.81 UFERRs por inscrição; legislação com prazo de validade expirado, ou deixar de
apresentá-la quando solicitada;
21
IX - prestar informação falsa, alterada, inexata, enganosa
ou em desacordo com este Regulamento e atos
Art. 92. A ADERR divulgará o valor dos emolumentos
normativos;
dos serviços das atividades de agrotóxicos, anualmente, de
X - difundir, propagar ou disseminar, por qualquer meio acordo com a variação dos índices da UFERR ou o que
ou método, culposa ou dolosamente, pragas que possam vier a substituí-la.
causar danos à sanidade vegetal do Estado.

Art. 93. A receita decorrente de taxas e multas prevista


§2º Responderá pela infração quem a cometer, incentivar nesta lei é considerada recursos próprios da ADERR que
ou auxiliar na sua prática ou dela se beneficiar. serão cobrados e recolhidos em conta bancária própria,
devendo a receita reverter em benefício da própria
atividade.
§3º Na ocorrência de violação às normas contidas nesta
Lei em atividade desenvolvida em imóvel arrendado, caso
não seja identificado o proprietário arrendatário ou o Art. 94. Os casos omissos nesta Lei serão dirimidos pela
responsável, o arrendador será notificado a sanar a Diretoria de Defesa, Inspeção e Classificação Vegetal.
irregularidade no prazo de 30 (trinta) dias, o qual vencido,
sem as providências do proprietário do imóvel, lhe será
aplicada a penalidade prevista. Art. 95. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

§4º Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual a


infração não teria ocorrido.
JOSÉ DE ANCHIETA JUNIOR
Governador do Estado de Roraima
§5º Exclui a imputação da infração a causa decorrente de
força maior ou de eventos naturais imprevisíveis.

Art. 90. Dá-se nova redação ao inciso II, acrescenta-se o


inciso IX, com as redações a seguir e, revoga-se o §1º,
todos do artigo 27 da Lei nº 570, de 01 de dezembro de
2006.

Art. 27. [...]

[....]
II – multa de até 206 (duzentas e seis) UFERR (Unidade
Fiscal do Estado de Roraima) ou outro índice que venha a
substituí-lo. (NR)
[...]
IX – Proibição da comercialização de vegetais ou
insumos. (AC)
§1º REVOGADO.

Art. 91. A ADERR poderá baixar normas


regulamentadoras complementares visando
aperfeiçoamento da execução das ações sobre o uso, o
comércio, o armazenamento, o transporte e a fiscalização
de agrotóxicos componentes e afins no Estado de
Roraima.

Parágrafo único. Os modelos de documentos e


formulários, destinados à execução destas atividades,
serão padronizadas e aprovadas pela ADERR.
22
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO

INSTRUÇÃO NORMATIVA No 44, DE 2 DE OUTUBRO DE 2007

(Publicado no Diário Oficial da União Nº 191, quarta-feira, 3 de outubro de 2007, seção 1, pág 2 a 10)

O MINISTRO DE ESTADO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO,


no uso das atribuições que lhe confere o art. 2o, do Decreto no 5.741, de 30 de março de 2006, tendo em
vista o disposto no anexo do citado Decreto, nos arts. 10 e 71 do Regulamento do Serviço de Defesa
Sanitária Animal, aprovado pelo Decreto no 24.548, de 3 de julho de 1934, e o que consta do Processo no
21000.004530/2007-81, resolve:

Art. 1o Aprovar as diretrizes gerais para a Erradicação e a Prevenção da Febre Aftosa,


constante do Anexo I, e os Anexos II, III e IV, desta Instrução Normativa, a serem observados em todo o
Território Nacional, com vistas à implementação do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da
Febre Aftosa (PNEFA), conforme o estabelecido pelo Sistema Unificado de Atenção à Sanidade
Agropecuária.

Art. 2o Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 3o Ficam revogadas a Portaria SDSA no 11, de 3 de novembro de 1983, a Portaria


Ministerial no 121, de 29 de março de 1993, a Portaria SDA no 185, de 1o de dezembro de 1993, as alíneas
‘a’, ‘b’, ‘c’, ‘d’, ‘e’, do inciso I, do art. 11, da Portaria no 162, de 18 de outubro de 1994, a Portaria no 82,
de 28 de junho de 1996, a Instrução Normativa SDA no 11, de 13 de março de 2001, a Instrução
Normativa SDA no 47, de 26 de setembro de 2001, a Instrução Normativa SDA no 5, de 17 de janeiro de
2003, a Portaria no 40, de 14 de julho de 2003, e a Instrução Normativa SDA no 82, de 20 de novembro de
2003.

REINHOLD STEPHANES
ANEXO I

DIRETRIZES GERAIS PARA A ERRADICAÇÃO E A PREVENÇÃO DA FEBRE AFTOSA

CAPÍTULO I
DEFINIÇÕES

Art. 1º O Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA) emprega


as definições técnicas e científicas estabelecidas por órgãos e instituições internacionais dos quais o País é
membro signatário, em especial a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).

Parágrafo único. Para fins desta Instrução Normativa, consideram-se as seguintes definições:

I - animais susceptíveis: bovinos, bubalinos, ovinos, caprinos, suínos, ruminantes silvestres e


outros nos quais a infecção foi demonstrada cientificamente;

II - área de proteção sanitária: área geográfica estabelecida em torno dos focos de febre aftosa,
de acordo com a estratégia para contenção e eliminação do agente infeccioso. A definição dos seus limites
geográficos é de responsabilidade do serviço veterinário oficial, levando em consideração as
características epidemiológicas da doença, os sistemas de produção pecuária predominantes, a estrutura
de comunicação e de rede viária disponível e a presença de barreiras naturais capazes de impedir a
disseminação da doença. Sua implantação deve ser realizada por meio de ato específico que deverá incluir
as ações sanitárias a serem executadas. A área de proteção sanitária deverá abranger:

a) área perifocal: área imediatamente circunvizinha ao foco de febre aftosa, compreendendo,


pelo menos, as propriedades rurais adjacentes ao mesmo. Como apoio à sua delimitação, pode ser
empregado um raio de três quilômetros traçado a partir dos limites geográficos do foco confirmado;

b) área de vigilância: área imediatamente circunvizinha à área perifocal. Como apoio à sua
delimitação, podem ser consideradas as propriedades rurais localizadas até sete quilômetros dos limites da
área perifocal; e

c) área tampão: área imediatamente circunvizinha à área de vigilância, representando os


limites da área de proteção sanitária. Como apoio à sua delimitação, podem ser consideradas as
propriedades rurais localizadas até quinze quilômetros dos limites da área de vigilância;

III - doença vesicular infecciosa: conjunto de doenças transmissíveis caracterizadas,


principalmente, por febre e pela síndrome de claudicação e sialorréia, decorrente de vesículas ou lesões
vesiculares nas regiões da boca, focinho ou patas, podendo também ser encontradas na região do úbere.
Nessa categoria estão a febre aftosa e a estomatite vesicular, além de outras doenças confundíveis, que
podem apresentar lesões ulcerativas ou erosivas durante sua evolução clínica;

IV - emergência veterinária: condição causada por focos de doenças com potencial epidêmico para
produzir graves conseqüências sanitárias, sociais e econômicas, que comprometem o comércio nacional e
internacional, a segurança alimentar ou a saúde pública, e que exigem ações imediatas para seu controle ou
eliminação, visando ao restabelecimento da condição sanitária anterior, dentro do menor espaço de tempo e com
o melhor custo-benefício;

V - material patogênico: material de risco biológico para febre aftosa, colhido de casos confirmados
de doença vesicular infecciosa ou de qualquer animal susceptível à febre aftosa localizado em zona infectada,
incluindo:
a) amostras de vírus da febre aftosa;

b) amostras de soro sangüíneo, de sangue total ou de qualquer material infeccioso;

c) excreta, tecido, órgão e qualquer outro material que se envie a laboratório especializado, para fins
de diagnóstico;

VI - miúdos in natura: órgãos e vísceras de animais susceptíveis, não submetidos a quaisquer


tratamentos físicos ou químicos;

VII - Plano de Contingência: documento que estabelece os princípios, estratégias,


procedimentos e responsabilidades em caso de uma emergência veterinária, com o intuito de treinar,
organizar, orientar, facilitar, agilizar e uniformizar as ações necessárias à resposta rápida para o controle e
eliminação da doença;

VIII - Plano de Ação: parte do plano de contingência que inclui os procedimentos específicos para
investigação de casos suspeitos de doença vesicular e atuação durante ocorrência de focos de febre aftosa;

IX - sacrifício sanitário: eliminação de todos os animais que representam risco para difusão ou
manutenção de agente biológico, segundo avaliação epidemiológica do serviço veterinário oficial, seguida de
destruição das carcaças por incineração, enterramento ou qualquer outro processo que garanta a eliminação do
agente infeccioso e impeça a propagação da infecção, acompanhada de limpeza e desinfecção;

X - serviço veterinário oficial: instituição pública de defesa sanitária animal;

XI - sistema de emergência veterinária: conjunto de recursos, estruturas e procedimentos,


organizado com o objetivo de desenvolver a capacidade de detecção rápida e pronta reação na ocorrência
de doenças, visando a seu controle ou erradicação. Inclui a elaboração de planos de contingência e de
ação;

XII - tipos de casos na investigação de doenças vesiculares:

a) caso suspeito de doença vesicular: notificação apresentada por terceiros ao serviço


veterinário oficial indicando a possibilidade de existência de um ou mais animais apresentando sinais
clínicos compatíveis com doença vesicular infecciosa;

b) caso confirmado de doença vesicular: constatação pelo serviço veterinário oficial de


animais apresentando sinais clínicos compatíveis com doença vesicular infecciosa, exigindo adoção
imediata de medidas de biossegurança e de providências para o diagnóstico laboratorial;

c) caso descartado de doença vesicular: todo caso suspeito de doença vesicular investigado
pelo serviço veterinário oficial cujos sinais clínicos não são compatíveis com doença vesicular infecciosa;

d) caso ou foco de febre aftosa: registro, em uma unidade epidemiológica, de pelo menos um
caso que atenda a um ou mais dos seguintes critérios:

1. isolamento e identificação do vírus da febre aftosa em amostras procedentes de animais


susceptíveis, com ou sem sinais clínicos da doença, ou em produtos obtidos desses animais;
2. detecção de antígeno viral específico do vírus da febre aftosa em amostras procedentes de
casos confirmados de doença vesicular, ou de animais que possam ter tido contato prévio, direto ou
indireto, com o agente etiológico;

3. existência de vínculo epidemiológico com outro foco de febre aftosa, constatando-se,


também, pelo menos uma das seguintes condições:

3.1. presença de um ou mais casos confirmados de doença vesicular;

3.2. detecção de anticorpos contra proteínas estruturais ou capsidais do vírus da febre aftosa
em animais não vacinados contra essa doença; ou

3.3. detecção de anticorpos contra proteínas não-estruturais ou não-capsidais do vírus da febre


aftosa, desde que a hipótese de infecção não possa ser descartada pela investigação epidemiológica;

e) caso descartado de febre aftosa: todo caso confirmado de doença vesicular que não atenda
aos critérios para confirmação de caso ou foco de febre aftosa;

XIII - unidade epidemiológica: grupo de animais com probabilidades semelhantes de


exposição ao vírus da febre aftosa. Dependendo das relações epidemiológicas estabelecidas e da extensão
da área das propriedades rurais envolvidas, pode ser formada por uma propriedade rural, por um grupo de
propriedades rurais (ex.: assentamentos rurais ou pequenos vilarejos), por parte de uma propriedade rural,
ou por qualquer outro tipo de estabelecimento onde se concentram animais susceptíveis à doença (ex.:
recintos em um parque de exposições ou leilões). A constituição de uma unidade epidemiológica é de
responsabilidade do serviço veterinário oficial, que deve se fundamentar em análises técnicas e avaliações
de campo. No caso de envolver mais de uma propriedade rural, deverá ser considerada a existência de
contigüidade geográfica;

XIV - vínculo epidemiológico: termo empregado para estabelecer a possibilidade de


transmissão do agente infeccioso entre casos confirmados da doença e animais susceptíveis, localizados
ou não em uma mesma exploração pecuária. Pode ser estabelecido pela movimentação animal, pela
proximidade geográfica que permita o contato entre doentes e susceptíveis ou pela presença de outros
elementos capazes de carrear o agente infeccioso. A caracterização do vínculo epidemiológico é de
responsabilidade do serviço veterinário oficial, fundamentando-se em análises técnicas e avaliações de
campo;

XV - zona: conceito implantado pela OIE, e adotado nas estratégias do PNEFA, para
representar uma parte de um país claramente delimitada, com uma subpopulação animal com condição
sanitária particular para determinada doença dos animais. No caso da febre aftosa, são considerados os
seguintes tipos de zona, de acordo com o Código Sanitário para os Animais Terrestres da OIE:

a) zona livre: com ou sem vacinação, representa o espaço geográfico com certificação, pelo
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), do cumprimento das seguintes condições:
ausência de ocorrência de focos e de circulação viral pelos prazos estabelecidos; existência de adequado
sistema de vigilância sanitária animal; existência de marco legal compatível; e presença de uma adequada
estrutura do serviço veterinário oficial;

b) zona tampão: espaço geográfico estabelecido para proteger a condição sanitária dos
rebanhos de uma zona livre frente aos animais e seus produtos e subprodutos de risco oriundos de um país
ou de uma zona com condição sanitária distinta, mediante a aplicação de medidas baseadas na
epidemiologia da doença e destinadas a impedir a introdução do agente patogênico. Essas medidas podem
incluir, entre outras, a vacinação, o controle do movimento de animais e a intensificação da vigilância da
doença;

c) zona infectada: espaço geográfico de um país que não reúne as condições necessárias para
ser reconhecido como zona livre, com ou sem vacinação; e

d) zona de contenção: espaço geográfico estabelecido no entorno de explorações pecuárias


infectadas ou supostamente infectadas, cuja extensão é determinada levando em consideração fatores
epidemiológicos e os resultados das investigações realizadas e na qual são aplicadas medidas de controle
para impedir a propagação da infecção.

CAPÍTULO II
FUNDAMENTOS E ESTRATÉGIAS DO PNEFA

Art. 2º O PNEFA tem como objetivos a erradicação da febre aftosa em todo o Território
Nacional e a sustentação dessa condição sanitária por meio da implantação e implementação de um
sistema de vigilância sanitária apoiado na manutenção das estruturas do serviço veterinário oficial e na
participação da comunidade. Seus objetivos encontram-se inseridos no Plano Hemisférico de Erradicação
da Febre Aftosa, que busca a eliminação da doença em toda a América do Sul.

Art. 3º A execução do PNEFA fundamenta-se em critérios científicos e nas diretrizes


internacionais de luta contra a doença, com responsabilidades compartilhadas entre os setores públicos e
privados. As estratégias do Programa envolvem:

I - medidas gerais e comuns:

a) manutenção e fortalecimento das estruturas dos serviços veterinários oficiais;

b) cadastramento do setor agropecuário;

c) edição de atos para respaldar as medidas operacionais do PNEFA, incluindo ações


corretivas;

d) estabelecimento de sistemas de supervisão e auditoria do serviço veterinário oficial;

e) modernização do sistema de informação epidemiológica;

f) fortalecimento das estruturas de diagnóstico laboratorial;

g) fortalecimento dos programas de treinamento de recursos humanos;

h) controle da movimentação de animais, seus produtos e subprodutos;

i) manutenção de programas de educação sanitária e comunicação social;

j) organização e consolidação da participação comunitária por meio da implantação e


manutenção de comissões estaduais e locais de saúde animal;

k) manutenção da adequada oferta de vacina contra a febre aftosa, produzida sob controle do
MAPA;
l) controle dos procedimentos de comercialização e aplicação da vacina contra a febre aftosa; e

m) implantação e manutenção de sistema de emergência veterinária, com capacidade de


notificação imediata e pronta reação frente a suspeitas e casos confirmados de doença vesicular.

II - medidas prioritárias nas zonas livres:

a) fortalecimento do sistema de prevenção, incluindo a implantação de análises técnicas e


científicas contínuas para identificação das vulnerabilidades e para orientação das ações de vigilância e
fiscalização;

b) implantação de procedimentos normativos e técnicos considerando o sacrifício sanitário e a


destruição de produtos de origem animal de risco para febre aftosa, ingressados de forma irregular ou sem
comprovação de origem;

c) adoção de procedimentos para monitoramento da condição sanitária dos rebanhos


susceptíveis;

d) implantação e manutenção de fundos financeiros, públicos ou privados, para apoio ao


sistema de emergência veterinária; e

e) em zonas livres com vacinação, implantação de estratégias e de cronograma de trabalho


para a suspensão da obrigatoriedade da vacinação contra a febre aftosa.

III - medidas prioritárias nas zonas infectadas:

a) fortalecimento do sistema de vigilância em saúde animal, considerando a implantação de


serviços veterinários oficiais;

b) realização de análises e avaliações técnicas para caracterização epidemiológica e


agroprodutiva das regiões envolvidas e para definição das estratégias de erradicação do agente viral; e

c) intensificação da participação de outros setores públicos e privados.

CAPÍTULO III
ATENDIMENTO ÀS SUSPEITAS DE DOENÇA VESICULAR E AOS FOCOS DE FEBRE
AFTOSA

Art. 4º As doenças vesiculares infecciosas são de notificação compulsória. Todo médico


veterinário, produtor rural, transportador de animais, profissionais que atuam em laboratórios veterinários
oficiais ou privados e em instituições de ensino e pesquisa veterinária que tenham conhecimento de casos
suspeitos de doença vesicular, ficam obrigados, em prazo não superior a 24 horas do conhecimento da
suspeita, a comunicar o fato ao serviço veterinário oficial.

§ 1º No caso de o notificante ser proprietário ou responsável pela exploração pecuária com


casos suspeitos de doença vesicular, deverá interromper a movimentação dos animais, produtos e
subprodutos de origem animal, até autorização por parte do serviço veterinário oficial.

§ 2º A notificação da suspeita poderá ser efetuada pessoalmente ou por qualquer meio de


comunicação disponível, resguardado o direito de anonimato.
§ 3º Todas as notificações de casos suspeitos de doença vesicular devem ser registradas pelo
serviço veterinário oficial, que deverá atendê-las dentro do prazo de 12 (doze) horas contadas a partir de
sua apresentação, seguindo as orientações constantes no plano de ação adotado pelo serviço veterinário
oficial.

§ 4º A infração ao disposto no caput deste artigo deverá ser devidamente apurada pelo serviço
veterinário oficial que, quando for o caso, representará contra o infrator junto ao Ministério Público.

§ 5º Caso o infrator seja médico veterinário, além do disposto no § 4º deste artigo, o serviço
veterinário oficial deverá encaminhar denúncia formal ao Conselho Regional de Medicina Veterinária.

§ 6º O serviço veterinário oficial nas unidades da Federação é responsável pela implantação de


campanhas educativas de esclarecimento, informando e preparando a comunidade para imediata
notificação de casos suspeitos de doença vesicular.

Art. 5º O desenvolvimento e a manutenção do sistema de vigilância epidemiológica da febre


aftosa envolve as seguintes ações:

I - manutenção de estrutura administrativa apropriada para os casos de emergência veterinária,


que deverá fazer parte do plano de contingência;

II - notificação imediata de casos suspeitos de doença vesicular e pronta reação nos casos
confirmados;

III - elaboração de plano de ação para atendimento e investigação epidemiológica dos casos
confirmados de doença vesicular e dos focos de febre aftosa;

IV - realização de treinamentos e simulações para execução dos planos de ação;

V - desenvolvimento de capacidade operacional adequada, destacando os laboratórios de


diagnóstico;

VI - elaboração de atos e disciplinamento de procedimentos prevendo a participação de outros


setores governamentais e privados para pronta reação; e

VII - desenvolvimento de capacidade para aplicação de todos os recursos necessários para


conter a propagação da doença, incluindo pessoal, equipamento, recursos financeiros e medidas
governamentais que amenizem os impactos econômicos e sociais decorrentes.

§ 1º O MAPA é o órgão responsável para coordenar a implantação e a gestão do sistema de


emergência veterinária.

§ 2º O serviço veterinário oficial deverá cumprir todas as recomendações determinadas pelo


plano de ação para doenças vesiculares.

Art. 6º O registro e a comunicação da ocorrência de casos suspeitos ou confirmados de doença


vesicular devem seguir criteriosamente o sistema de comunicação definido e coordenado pelo MAPA.

Art. 7º A constatação de caso confirmado de doença vesicular implica a adoção de medidas


sanitárias para identificação e contenção do agente etiológico. Nesse caso, a investigação epidemiológica
deve prosseguir para determinação de origem e abrangência do problema sanitário. As ações imediatas
envolvem:

I - registro e comunicação da ocorrência às instâncias superiores por meio do formulário de


atendimento inicial e dos fluxos definidos pelo MAPA;

II - definição e interdição da unidade epidemiológica com casos confirmados de doença


vesicular;

III - colheita de material para diagnóstico laboratorial, acompanhada de avaliação clínica e


epidemiológica;

IV - realização de investigação epidemiológica inicial, considerando análise do trânsito de


animais susceptíveis; e

V - suspensão temporária do trânsito de animais e de produtos de risco oriundos de


propriedades rurais limítrofes ou com vínculo epidemiológico com a unidade epidemiológica onde foram
confirmados os casos de doença vesicular.

Art. 8º A interdição especificada no art. 7º desta Instrução Normativa compreende:

I - lavratura de auto de interdição, dando ciência do ato aos produtores rurais ou seus
representantes que possuam explorações pecuárias na unidade epidemiológica envolvida, incluindo
orientações quanto às medidas de biossegurança necessárias; e

II - proibição de saída de animais susceptíveis ou não à doença e de quaisquer outros produtos


ou materiais que possam veicular o agente viral, assim como o trânsito de veículos e de pessoas não
autorizadas.

§ 1º No caso de impossibilidade de armazenagem do leite na unidade epidemiológica, o


serviço veterinário oficial decidirá e orientará sobre a destruição do leite no local, ou autorizará o seu
transporte, sob controle oficial e em meio de transporte apropriado, para o local mais próximo onde se
realizarão os procedimentos que assegurem a destruição do agente viral.

§ 2º As proibições contidas nos incisos deste artigo poderão ser substituídas por medidas de
biossegurança definidas pelo serviço veterinário oficial, resguardadas as garantias zoossanitárias para
impedir a difusão do agente viral.

§ 3º Para fins de investigação de casos suspeitos de doenças vesiculares, controle de focos,


realização de monitoramentos ou inquéritos para avaliação de circulação viral, ou outra atividade de
importância para a erradicação da doença, o serviço veterinário oficial poderá suspender temporariamente
a vacinação contra a febre aftosa e a movimentação de animais da exploração pecuária envolvida ou de
regiões consideradas de risco sanitário.

Art. 9º A não confirmação de foco de febre aftosa ou de outra doença exótica ou erradicada no
país permite a suspensão da interdição estabelecida nos arts. 7º e 8º desta Instrução Normativa,
resguardadas as recomendações técnicas para cada caso.

Art. 10. A confirmação de foco de febre aftosa leva à declaração de estado de emergência
veterinária, de acordo com as orientações contidas nos planos de contingência e de ação.
§ 1º O MAPA deverá definir e coordenar as ações a serem implantadas, considerando a
condição sanitária da região envolvida e fundamentando-se na avaliação do risco de difusão do agente
viral, na caracterização de vulnerabilidade e receptividade da região e na capacidade de atenção do
serviço veterinário oficial local, avaliando-se as conseqüências econômicas e sociais envolvidas. Essas
ações podem incluir sacrifício sanitário, vacinação emergencial e medidas de interdição.

§ 2º Até a definição e delimitação das áreas de proteção sanitária no entorno do(s) foco(s) de
febre aftosa registrado(s), o MAPA estabelecerá a interdição de uma área de segurança mais abrangente,
que poderá envolver municípios, Unidades da Federação ou outra divisão geográfica, necessária para
evitar a dispersão do agente infeccioso para outras regiões do País.

Art. 11. A confirmação de doença vesicular pelo serviço veterinário de inspeção em


matadouros, no exame ante-mortem ou no post-mortem, deve ser imediatamente comunicada ao serviço
veterinário oficial da Unidade da Federação envolvida.

§ 1º Independentemente do âmbito de atuação do serviço de inspeção veterinária no


abatedouro, deverão ser aplicadas as medidas sanitárias e os procedimentos técnicos estabelecidos pelo
MAPA.

§ 2º A comercialização das carnes, produtos e subprodutos obtidos no abate deverá ser


suspensa até definição pelo serviço veterinário oficial quanto à destinação.

Art. 12. No caso da confirmação de doença vesicular infecciosa no recinto de exposições,


feiras, leilões e outras aglomerações de animais, deverá ser observado, no que couber, o disposto nos arts.
7º e 8º desta Instrução Normativa.

CAPÍTULO IV
RECONHECIMENTO E MANUTENÇÃO DE ZONAS LIVRES DE FEBRE AFTOSA

Art. 13. O reconhecimento e a manutenção de zonas livres de febre aftosa no país, assim como
o restabelecimento da condição sanitária após a reintrodução do agente viral, seguem as diretrizes
preconizadas pela OIE.

§ 1º A condução do processo de reconhecimento de zona livre de febre aftosa, com ou sem


vacinação, é de responsabilidade do MAPA e apresenta as seguintes etapas:

I - avaliação do cumprimento das condições técnicas e estruturais exigidas, por meio de


supervisão e auditorias do MAPA;

II - declaração nacional, por meio de ato do MAPA, de reconhecimento da área envolvida


como livre de febre aftosa, com ou sem vacinação, com base em parecer favorável do MAPA; e

III - encaminhamento à OIE de pleito brasileiro, fundamentado tecnicamente, solicitando o


reconhecimento internacional de zona livre de febre aftosa, com ou sem vacinação.

§ 2º Para uma Unidade da Federação ou parte de Unidade da Federação ser reconhecida como
zona livre de febre aftosa ou como zona tampão, deverá apresentar, no mínimo, classificação BR-3 (risco
médio) para febre aftosa ou outra classificação de risco semelhante que venha a ser adotada pelo MAPA.
Art. 14. A manutenção da condição sanitária nas zonas livres de febre aftosa exige a
implementação de atividades contínuas de vigilância epidemiológica, incluindo os seguintes aspectos,
sem prejuízo de outras normas e procedimentos estabelecidos pelo MAPA:

I - controle nos pontos de ingresso representados por postos de fronteira internacional, postos
de divisa interestadual, portos, aeroportos, aduanas especiais, lojas francas ou quaisquer recintos
alfandegados, pistas de pouso, rodoviárias e collis posteaux, incluindo a inspeção de bagagens dos
passageiros;

II - permissão de ingresso de animais, produtos e subprodutos de risco para febre aftosa


somente após avaliação pelo serviço veterinário oficial;

III - proibição de manutenção e manipulação de vírus da febre aftosa íntegro, exceto naquelas
instituições com nível de biossegurança apropriado e oficialmente aprovadas pelo MAPA;

IV - proibição do ingresso e da permanência de animais em lixões ou aterros sanitários e da


retirada de restos de alimentos desses locais para a alimentação de animais;

V - proibição do uso, na alimentação de suídeos, de restos de comida, de qualquer


procedência, salvo quando submetidos a tratamento térmico que assegure a inativação do vírus da febre
aftosa;

VI - identificação e monitoramento de possíveis pontos de risco para ingresso de animais,


produtos e subprodutos em desacordo com a presente Instrução Normativa;

VII - identificação específica, no cadastro do serviço veterinário oficial, de estabelecimentos


que representem maior risco para introdução do vírus da febre aftosa;

VIII - identificação específica de produtores rurais que possuam explorações pecuárias em


outras Unidades da Federação ou países;

IX - intensificação da vigilância epidemiológica nas explorações pecuárias, com prioridade


aos estabelecimentos mencionados nos incisos VII e VIII do presente artigo; e

X - implementação e manutenção de equipes volantes de fiscalização.

§ 1º Todos os animais susceptíveis à febre aftosa, seus produtos e subprodutos, materiais,


substâncias ou qualquer produto veterinário que possa veicular o agente viral, que ingressarem em zonas
livres, com ou sem vacinação, em desacordo com esta Instrução Normativa, deverão ser enviados ao
sacrifício sanitário ou destruídos.

§ 2º A juízo do serviço veterinário oficial, os produtos e subprodutos obtidos do sacrifício


sanitário ou da apreensão de que trata o § 1º, art. 14 desta Instrução Normativa, poderão ser destinados ao
consumo desde que atendidas as garantias de saúde pública e de saúde animal.

§ 3º Os restos de alimentos transportados ou consumidos em viagens aéreas, marítimas,


fluviais ou terrestres deverão ser destruídos sob supervisão do serviço veterinário oficial, por metodologia
e em local previamente aprovado pelo MAPA.
CAPÍTULO V
VACINAÇÃO CONTRA A FEBRE AFTOSA

Art. 15. Somente poderão ser comercializadas e utilizadas no país vacinas contra a febre aftosa
registradas e controladas pelo MAPA.

§ 1º O registro de que trata o caput deste artigo somente será concedido para vacinas
inativadas e aprovadas pelo serviço veterinário oficial.

§ 2º As cepas virais a serem utilizadas nas vacinas serão definidas pelo serviço veterinário
oficial, com base na avaliação da situação epidemiológica prevalente.

§ 3º A critério do serviço veterinário oficial, poderão ser produzidas vacinas com


características específicas para utilização em áreas e situações de risco.

Art. 16. Cabe ao serviço veterinário oficial fiscalizar e controlar todas as etapas de produção,
comercialização, distribuição, transporte e utilização da vacina contra a febre aftosa, bem como o seu
descarte.

§ 1º Os estabelecimentos distribuidores ou revendedores cumprirão as determinações do


serviço veterinário oficial referentes à conservação, comercialização e controle de vacinas contra a febre
aftosa.

§ 2º A vacina contra a febre aftosa somente poderá sair do estabelecimento revendedor em


condições que permitam a adequada conservação de sua temperatura durante o transporte até a
propriedade rural.

Art. 17. As estratégias de vacinação contra a febre aftosa são definidas pelo serviço veterinário
oficial, de acordo com a situação epidemiológica de cada Unidade da Federação, zona ou outras áreas
geográficas, considerando os seguintes aspectos:

I - as épocas e a duração das etapas de vacinação sistemática deverão ser definidas pelo
MAPA com base em proposta técnica do serviço veterinário oficial nas Unidades da Federação, elaborada
após avaliação das características geográficas e agroprodutivas predominantes na região;

II - a vacinação sistemática e obrigatória, em áreas definidas pelo MAPA, deve ser realizada
em bovinos e bubalinos de todas as idades. É proibida a vacinação de caprinos, ovinos e suínos e de
outras espécies susceptíveis, salvo em situações especiais com aprovação do MAPA;

III - são reconhecidas as seguintes estratégias de vacinação sistemática e obrigatória de


bovinos e bubalinos:

a) vacinação semestral de todos os animais, em etapas com duração de 30 dias;

b) vacinação semestral de animais com até 24 (vinte e quatro) meses de idade e anual para
animais com mais de 24 meses de idade, com realização ou não de etapa de reforço para animais com até
12 (doze) meses de idade, em etapas com duração de 30 (trinta) dias. Essa estratégia somente poderá ser
adotada em Unidades da Federação onde o cadastro de propriedades rurais esteja consolidado e com
realização de vacinação semestral por pelo menos dois anos consecutivos, observando-se índices globais
de vacinação superiores a 80%;
c) vacinação anual de todos os animais, em etapas de 45 a 60 dias, em regiões onde as
características geográficas possibilitam o manejo das explorações pecuárias apenas durante período
limitado do ano;

d) outras estratégias de vacinação poderão ser adotadas após análise pelo MAPA;

IV - uma vez definidas as etapas de vacinação, os serviços veterinários oficiais nas Unidades
da Federação deverão regulamentar e divulgar os procedimentos estabelecidos no âmbito estadual;

V - qualquer prorrogação ou antecipação das etapas de vacinação deverá ser aprovada pelo
MAPA, mediante solicitação fundamentada em parecer técnico do serviço veterinário oficial nas
Unidades da Federação;

§ 1º A vacinação contra a febre aftosa é de responsabilidade dos produtores rurais, que


deverão comprovar a aquisição da vacina em quantidade compatível com a exploração pecuária sob a
responsabilidade dos mesmos e declarar sua aplicação dentro dos prazos estabelecidos, conforme
procedimentos definidos pelo serviço veterinário oficial.

§ 2º O serviço veterinário oficial nas Unidades da Federação poderá realizar o


acompanhamento da vacinação contra a febre aftosa em qualquer exploração pecuária localizada no
âmbito estadual, podendo também assumir a responsabilidade pela aquisição ou aplicação da vacina em
áreas de risco ou em outras explorações pecuárias consideradas de importância estratégica.

§ 3º As etapas de vacinação em execução até a data de publicação desta Instrução Normativa


permanecem em vigor, sendo que quaisquer alterações deverão ser aprovadas pelo MAPA.

§ 4º A critério do MAPA, e em caráter excepcional, poderá ser autorizada a realização da


vacinação fora das etapas previstas.

§ 5º O serviço veterinário oficial nas Unidades da Federação deverá elaborar e encaminhar


relatório ao MAPA das atividades de vacinação contra febre aftosa, de acordo com orientações
estabelecidas por aquele, dentro de 30 (trinta) dias após o término da etapa.

§ 6º O serviço veterinário oficial, sob coordenação do MAPA, desenvolverá estudos


epidemiológicos visando à supressão da vacinação sistemática contra a febre aftosa.

Art. 18. O serviço veterinário oficial nas Unidades da Federação é responsável pela
fiscalização do comércio, da distribuição e da aplicação da vacina contra a febre aftosa, podendo essa
fiscalização ser efetuada por amostragem aleatória ou dirigida às explorações pecuárias de maior risco,
utilizando parâmetros definidos pelo MAPA.

§ 1º Em zonas livres de febre aftosa sem vacinação é proibida a aplicação, manutenção e


comercialização de vacina contra a referida doença.

§ 2º Em áreas onde a vacinação é obrigatória, os estabelecimentos de leite e derivados somente


poderão receber leite in natura de explorações pecuárias cujo produtor tenha comprovado a realização de
vacinação.
CAPÍTULO VI
CONTROLE E FISCALIZAÇÃO DO TRÂNSITO DE ANIMAIS SUSCEPTÍVEIS À FEBRE
AFTOSA

Seção I
Aspectos gerais

Art. 19. Toda movimentação de animal susceptível à febre aftosa deve ser acompanhada da
Guia de Trânsito Animal (GTA) e de outros documentos estabelecidos pelo serviço veterinário oficial, de
acordo com as normas em vigor.

§ 1º Para a movimentação de bovinos, bubalinos, ovinos e caprinos, a GTA somente poderá


ser expedida pelo serviço veterinário oficial.

§ 2º Toda carga de animais susceptíveis à febre aftosa em desacordo com o estabelecido na


presente Instrução Normativa deverá ser apreendida e encaminhada para sacrifício sanitário ou a outra
destinação prevista pelo serviço veterinário oficial da Unidade da Federação, após avaliação dos riscos
envolvidos, cabendo ao infrator as sanções e penalidades previstas na legislação específica da referida
Unidade da Federação.

§ 3º Toda carga de animais susceptíveis à febre aftosa, quando lacrada pelo serviço veterinário
oficial de origem, por observância a esta Instrução Normativa, somente poderá ter seu lacre rompido sob
supervisão do serviço veterinário oficial.

§ 4º Quando o trajeto for superior a doze horas em transporte rodoviário, deverá ser
estabelecido previamente um ponto intermediário para o descanso e alimentação dos animais. Nesse caso,
o lacre da carga será rompido e a carga novamente lacrada sob supervisão do serviço veterinário oficial
no local, acrescentando na GTA o número dos novos lacres.

Art. 20. A emissão de GTA para movimentação de bovinos e bubalinos oriundos de Unidade
da Federação ou região onde a vacinação contra a febre aftosa é obrigatória deve considerar os seguintes
requisitos, sem prejuízo das demais normas em vigor:

I - respeitar o cumprimento dos seguintes prazos, contados a partir da última vacinação contra
a febre aftosa:

a) quinze dias para animais com uma vacinação;

b) sete dias para animais com duas vacinações; e

c) a qualquer momento após a terceira vacinação;

II - durante as etapas de vacinação contra a febre aftosa, os animais somente poderão ser
movimentados após terem recebido a vacinação da referida etapa obedecidos os prazos de carência
previstos no inciso I do presente artigo, exceto quando destinados ao abate imediato;

III - durante a etapa de vacinação e até 60 (sessenta) dias após o seu término, os animais
destinados ao abate imediato ficam dispensados da obrigatoriedade da vacinação contra a febre aftosa;

IV - animais acima de três meses de idade não poderão ser movimentados sem a comprovação
de no mínimo uma vacinação contra febre aftosa;
V - animais oriundos de regiões onde se pratica a estratégia de vacinação contra a febre aftosa
descrita na alínea “c”, inciso III, do art. 17 desta Instrução Normativa, para participação em exposições,
feiras, leilões e outras aglomerações de animais em regiões onde a vacinação contra a febre aftosa é
obrigatória, deverão apresentar histórico de pelo menos duas vacinações contra a doença, sendo a última
realizada no máximo até seis meses do início do evento;

VI - a critério do serviço veterinário oficial, considerando a situação epidemiológica para febre


aftosa em determinada região, a participação de animais susceptíveis à febre aftosa em exposições, feiras,
leilões e outras aglomerações de animais poderá ser suspensa temporariamente nas localidades de risco
para difusão da doença ou submetida a normas sanitárias complementares, podendo incluir o reforço da
vacinação contra a febre aftosa;

VII - a realização de exposições, feiras, leilões e outras aglomerações de animais em regiões


onde as características geográficas possibilitam o manejo das explorações pecuárias somente durante
período limitado do ano, deverá ser submetida a normas específicas definidas pelo serviço veterinário
oficial das Unidades da Federação, após aprovação do MAPA.

Art. 21. O ingresso de animais susceptíveis à febre aftosa em zonas livres, zona tampão ou
Unidades da Federação classificadas como, pelo menos, BR-3 (risco médio) para febre aftosa ou outra
classificação de risco semelhante que venha a ser adotada pelo MAPA, está condicionado ao
cumprimento de requisitos zoossanitários específicos definidos nas Seções II a IV desta Instrução
Normativa, empregando-se o seguinte fluxo de documentos e de informações:

I - o interessado pelo ingresso dos animais nas regiões em questão deverá encaminhar
requerimento ao serviço veterinário oficial na Unidade da Federação de destino, de acordo com modelo
de formulário apresentado no Anexo II;

II - o serviço veterinário oficial no destino dos animais, confirmada a congruência do pleito


apresentado quanto às normas em vigor, deverá dar ciência ao serviço veterinário oficial na origem,
solicitando a conferência das informações apresentadas e avaliação da viabilidade de execução dos
procedimentos zoossanitários necessários na origem;

III - o serviço veterinário oficial na origem dos animais deverá comunicar ao serviço
veterinário oficial no destino o resultado da avaliação realizada e o início dos procedimentos
zoossanitários necessários;

IV - cumpridos os requisitos zoossanitários estabelecidos, o serviço veterinário oficial na


origem dos animais deverá comunicar o serviço veterinário oficial no destino para que este emita a
autorização de ingresso dos animais na região em questão, conforme modelo de formulário apresentado
no Anexo III; e

V - de posse da autorização emitida pelo serviço veterinário oficial da Unidade da Federação


de destino dos animais, o serviço veterinário oficial na origem poderá autorizar a emissão da respectiva
GTA que deverá estar acompanhada de atestado zoossanitário, de acordo com modelo apresentado no
Anexo IV, e seguir com os animais envolvidos durante todo o trajeto. Cópias dos referidos documentos
deverão ser encaminhadas ao serviço veterinário oficial no destino.

§ 1º A coordenação dos procedimentos de que trata o presente artigo é de responsabilidade da


Superintendência Federal de Agricultura do MAPA localizada nas Unidades da Federação, que deverá
contar com apoio e participação dos serviços veterinários oficiais das Unidades da Federação.
§ 2º Os documentos descritos neste artigo devem ser emitidos conforme os modelos
apresentados nos Anexos II a IV, devendo conter, quando couber, o emblema do serviço veterinário
oficial da Unidade da Federação.

§ 3º O ingresso em zona livre de febre aftosa, zona tampão ou Unidade da Federação


classificada como, pelo menos, BR-3 (risco médio) para febre aftosa ou outra classificação de risco
semelhante que venha a ser adotada pelo MAPA, deverá ser limitado a rotas específicas definidas pelo
MAPA, com base em propostas fundamentadas pelo serviço veterinário oficial das Unidades da
Federação envolvidas.

Art. 22. Quando, entre os procedimentos zoossanitários descritos nas Seções II a IV desta
Instrução Normativa, for exigido o isolamento de animais, este poderá ser realizado na propriedade de
origem, desde que os animais possam permanecer agrupados e separados dos demais animais susceptíveis
à febre aftosa existentes na referida propriedade durante todo o período de avaliação.

Art. 23. O trânsito de animais susceptíveis à febre aftosa envolvendo a passagem por regiões
com diferentes condições zoossanitárias deverá ser definido pelo MAPA, considerando a adoção dos
seguintes procedimentos:

I - autorização pelo MAPA, após avaliação dos riscos sanitários envolvidos;

II - estabelecimento de fluxo de documentos e de informações, incluindo requerimento de


ingresso, atestado zoossanitário e autorização de trânsito emitidos pelos serviços veterinários oficiais das
Unidades da Federação envolvidas;

III - entre os procedimentos técnicos empregados poderão ser incluídos: lacre da carga dos
veículos transportadores; estabelecimento da rota de transporte; especificação dos postos fixos de
fiscalização para ingresso dos animais; e realização de limpeza e desinfecção dos veículos
transportadores.

Art. 24. O serviço veterinário oficial nas Unidades da Federação deverá manter, junto às
unidades veterinárias locais, cadastro dos transportadores de animais, pessoas físicas ou jurídicas.

Parágrafo único. De acordo com a situação epidemiológica, o serviço veterinário oficial


poderá exigir que os veículos transportadores de animais susceptíveis à febre aftosa sejam lavados e
desinfetados após o desembarque dos animais ou durante a passagem dos mesmos em postos fixos de
fiscalização e proibir o uso de palha, maravalha ou outro material orgânico no assoalho dos referidos
veículos transportadores.

Seção II
Ingresso de animais em zona livre de febre aftosa sem vacinação

Art. 25. É proibido o ingresso de animais vacinados contra a febre aftosa em zona livre sem
vacinação.

Art. 26. O ingresso de animais susceptíveis à febre aftosa em zona livre sem vacinação fica
autorizado para:
I - animais nascidos ou que permaneceram, imediatamente antes de seu ingresso, por um
período mínimo de 12 (doze) meses em outra zona livre de febre aftosa sem vacinação, transportados em
veículos lacrados, dispensados os demais procedimentos estabelecidos no art. 21 desta Instrução
Normativa;

II - ovinos, caprinos, suínos e outros animais susceptíveis à febre aftosa, oriundos de zona
livre de febre aftosa com vacinação, após atendimento das seguintes condições:

a) animais não vacinados contra febre aftosa, nascidos ou que permaneceram, imediatamente
antes de seu ingresso, por período mínimo de 12 (doze) meses em zona livre de febre aftosa com
vacinação, e oriundos de propriedades rurais cadastradas pelo serviço veterinário oficial;

b) transportados em veículos com carga lacrada pelo serviço veterinário oficial da Unidade da
Federação de origem;

c) quando destinados ao abate imediato, os animais deverão ser encaminhados diretamente a


estabelecimentos com serviço de inspeção veterinária oficial, estando dispensados os procedimentos
estabelecidos no art. 21 desta Instrução Normativa;

d) para outras finalidades que não o abate, o ingresso poderá ser autorizado de acordo com o
estabelecido no art. 21 desta Instrução Normativa, incluindo os seguintes procedimentos zoossanitários:

1. os animais deverão receber identificação individual, permanente ou de longa duração, e


permanecer isolados pelo período de, pelo menos, trinta dias antes do embarque, em local aprovado pelo
serviço veterinário oficial da Unidade da Federação de origem e sob sua supervisão;

2. realização de testes de diagnóstico para febre aftosa, de acordo com definições do MAPA,
em amostras colhidas após 14 (catorze) dias, no mínimo, do início da quarentena;

3. apresentação de resultados negativos para os testes de diagnóstico realizados; e

4. os animais deverão permanecer isolados no destino, sob supervisão do serviço veterinário


oficial, por período de, pelo menos, 14 (catorze) dias. Durante o período de avaliação, fica proibida a
saída de quaisquer outros animais susceptíveis à febre aftosa existentes na propriedade de destino, exceto
para abate imediato.

§ 1º Na constatação de pelo menos um resultado positivo aos testes de diagnóstico


mencionados no item “2”, alínea “d”, do inciso II do presente artigo, todo o grupo de animais deverá ser
impedido de ingressar na zona livre sem vacinação, devendo ser realizadas as seguintes ações na Unidade
da Federação de origem, com o objetivo de esclarecer as reações positivas aos testes de diagnóstico
empregados, mantendo-se a propriedade interditada até o resultado final da investigação:

I - investigação epidemiológica na propriedade rural de origem, considerando a avaliação


clínica dos animais susceptíveis;

II - ovinos e caprinos positivos deverão ser submetidos a colheita de amostras de líquido


esofágico-faríngeo para pesquisa viral ou a outros procedimentos de diagnóstico definidos pelo MAPA;

III - no caso de reações positivas em suínos, os testes sorológicos deverão ser estendidos a
outros animais da exploração pecuária, de acordo com definição do serviço veterinário oficial,
fundamentada nas indicações epidemiológicas de cada caso, ou realizados outros procedimentos de
diagnóstico definidos pelo MAPA; e

IV - o MAPA deverá ser notificado sobre a investigação epidemiológica em andamento,


podendo definir outras ações a serem aplicadas em cada caso.

§ 2º No caso de suínos oriundos de granjas certificadas como GRSC (Granjas de Reprodutores


Suídeos Certificadas) fica dispensada a realização dos testes de diagnóstico mencionados no presente
artigo.

Seção III
Ingresso de animais em zona livre de febre aftosa com vacinação

Art. 27. A permissão de ingresso de animais susceptíveis à febre aftosa em zona livre com
vacinação fica condicionada ao atendimento dos seguintes requisitos zoossanitários:

I - animais com origem em zona livre de febre aftosa sem vacinação:

a) ovinos, caprinos, suínos e outros animais susceptíveis, com exceção de bovinos e bubalinos,
estão dispensados de requisitos adicionais com referência à febre aftosa;

b) bovinos e bubalinos, com exceção daqueles destinados ao abate imediato ou de outros que o
MAPA venha a autorizar, deverão ser imediatamente vacinados contra a febre aftosa na Unidade da
Federação de destino; e

c) quando a finalidade do ingresso de bovinos e bubalinos não for o abate, o serviço


veterinário oficial da Unidade da Federação de origem deverá, com antecedência ao ingresso, encaminhar
comunicação sobre a movimentação desses animais ao serviço veterinário oficial da Unidade da
Federação de destino;

II - animais susceptíveis com origem em zona tampão, Unidade da Federação ou parte de


Unidade da Federação classificada como BR-3 (risco médio) para febre aftosa ou outra classificação de
risco semelhante que venha a ser adotada pelo MAPA:

a) proceder diretamente da referida região, onde tenham permanecido por, pelo menos, 12
meses anteriores à data de expedição da autorização ou desde o seu nascimento, no caso de animais com
menos de 12 meses de idade, e de exploração pecuária onde a febre aftosa não foi oficialmente registrada
nos 12 meses anteriores à data do embarque, e que, num raio de 25km a partir dela, a doença não foi
registrada nos seis meses anteriores. Os animais não devem apresentar sinais clínicos da doença no dia do
embarque;

b) permanecer isolados por um período mínimo de 30 dias antes do embarque, em local


oficialmente aprovado e sob supervisão do serviço veterinário oficial, sendo submetidos a provas
laboratoriais para febre aftosa definidas pelo MAPA. As amostras para diagnóstico deverão ser colhidas
após 14 dias, no mínimo, do início da quarentena e analisadas em laboratórios pertencentes à Rede
Nacional de Laboratórios Agropecuários do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária. A
critério do MAPA, as provas de diagnóstico poderão ser dispensadas quando a finalidade for o abate
imediato;

c) quando a finalidade da movimentação não for o abate, no caso de se identificar pelo menos
um animal positivo às provas laboratoriais empregadas, todo o grupo de animais deverá ser impedido de
ingressar na zona livre de febre aftosa com vacinação. Para fins de abate, nos casos em que os testes de
diagnósticos forem exigidos, somente os animais com reação positiva ficarão impedidos de ingressar na
zona livre, estando os demais liberados para o trânsito com destino direto ao abatedouro; e

d) no destino, os animais deverão ser mantidos isolados por um período não inferior a 14 dias,
em local oficialmente aprovado e sob supervisão veterinária oficial.

§ 1º Suídeos, quando oriundos de GRSC, deverão atender apenas às alíneas “a” e “b”
estabelecidas no inciso II deste artigo, excluídas as exigências de testes de diagnóstico.

§ 2º Na constatação de pelo menos um resultado positivo aos testes de diagnóstico


mencionados no inciso II do presente artigo, deverá ser realizada investigação nas propriedades de
origem, de acordo com o estabelecido no § 1º, art. 26 desta Instrução Normativa.

§ 3º Bovinos, bubalinos, caprinos e ovinos com até seis meses de idade, acompanhados ou não
das respectivas mães, ficam dispensados dos testes laboratoriais mencionados no inciso II, do presente
artigo, devendo estar identificados individualmente e constarem da relação definida nos modelos de
formulários empregados.

§ 4º No caso de eventual existência de animais susceptíveis à febre aftosa no estabelecimento


aprovado para isolamento no destino, tais animais serão impedidos de ser movimentados durante o
período de isolamento, salvo se destinados diretamente ao abate.

§ 5º Em casos excepcionais, relacionados com a capacidade e disponibilidade de abate na


origem, o MAPA poderá autorizar o ingresso de suídeos destinados ao abate imediato, independente da
classificação de risco para febre aftosa na origem, para animais que atendam aos seguintes requisitos
zoossanitários:

I - procedentes de estabelecimentos cadastrados e supervisionados pelo serviço veterinário


oficial;

II - tenham permanecido no estabelecimento de origem desde seu nascimento;

III - tenham sido submetidos à quarentena na origem, sob supervisão veterinária oficial, e a
testes de diagnóstico para febre aftosa segundo definições do MAPA; e

IV - destinados diretamente a estabelecimentos de abate sob inspeção oficial, excluídos


aqueles habilitados para mercados internacionais que apresentem exigências específicas quanto à origem
dos animais.

Seção IV
Trânsito de animais envolvendo zona tampão, zona infectada e outras áreas
segundo classificação de risco para febre aftosa

Art. 28. Animais susceptíveis à febre aftosa para ingresso em zona tampão e unidades da
Federação ou regiões classificadas como, pelo menos, BR-3 (médio risco) para febre aftosa, ou outra
classificação de risco semelhante que venha a ser adotada, não reconhecidas como zona livre de febre
aftosa, quando oriundos de Unidades da Federação com classificação de risco inferior, deverão cumprir
com os requisitos estabelecidos no inciso II, art. 27 desta Instrução Normativa, exceto a exigência de
testes de diagnóstico.
Art. 29. No caso da suspensão temporária do reconhecimento de zonas livres de febre aftosa,
em função de ocorrência de focos da doença, o trânsito de animais susceptíveis à febre aftosa, assim como
de produtos e subprodutos de risco, com origem nas Unidades da Federação ou parte das Unidades da
Federação envolvidas, incluindo áreas de proteção e zonas de contenção, deverá cumprir procedimentos
específicos definidos pelo MAPA, após avaliação de cada caso.

Art. 30. O trânsito de suídeos envolvendo GRSC, ou outra classificação semelhante a ser
adotada pelo MAPA, não prevista nesta Instrução Normativa, independentemente da classificação de
risco para febre aftosa na origem, poderá ser autorizado pelo MAPA após avaliação fundamentada em
parecer técnico do serviço veterinário oficial da Unidade da Federação na origem.

Art. 31. Para o trânsito dentro da zona infectada, não envolvendo o disposto no art. 28 desta
Instrução Normativa, deverão ser observados os seguintes requisitos, independentemente da finalidade
considerada:

I - os animais devem proceder de exploração pecuária na qual, nos 60 (sessenta) dias


anteriores, não se tenha constatado nenhum foco de febre aftosa, e que, nas suas proximidades, num raio
de 25km, também não tenha ocorrido nenhum caso nos 30 (trinta) dias anteriores;

II - para bovinos e bubalinos oriundos de regiões onde a vacinação contra a febre aftosa for
obrigatória, o serviço veterinário oficial deverá comprovar a sua realização de acordo com as diretrizes
estabelecidas no Capítulo V desta Instrução Normativa;

III - bovinos e bubalinos provenientes de zona livre de febre aftosa sem vacinação deverão ser
vacinados na chegada, sendo revacinados após 30 (trinta) dias sob controle do serviço veterinário oficial,
caso a vacinação contra a febre aftosa seja obrigatória na região de destino.

CAPÍTULO VII
CONTROLE E FISCALIZAÇÃO DO TRÂNSITO DE PRODUTOS E
SUBPRODUTOS OBTIDOS DE ANIMAIS SUSCEPTÍVEIS À FEBRE AFTOSA

Art. 32. Todo produto ou subproduto de origem animal, para ser comercializado, deverá estar
acompanhado de certificação sanitária definida pelo serviço veterinário oficial.

Art. 33. Todo produto de origem animal procedente da zona livre de febre aftosa sem
vacinação e de estabelecimento integrante do Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem
Animal terá livre trânsito em todo o território nacional.

Art. 34. É permitido o ingresso em zona livre de febre aftosa, com ou sem vacinação, dos
produtos e subprodutos abaixo relacionados oriundos de todo o Território Nacional sem prejuízo de
outros instrumentos legais em vigor:

I - carnes e miúdos destinados ao consumo humano, submetidos a tratamento térmico


suficiente para inativar o vírus da febre aftosa;

II - couros e peles em qualquer fase de sua industrialização ou curtidos;

III - leite pasteurizado ou leite longa vida, submetido a tratamento UAT (Ultra Alta
Temperatura);
IV - cascos, chifres, pêlos e crinas, submetidos a tratamento capaz de inativar o vírus da febre
aftosa, secos e devidamente acondicionados;

V - ração animal industrializada;

VI - sebo (gordura fundida) e farinha de carne e ossos;

VII - gelatina e colágeno hidrolisado, obtidos de pele bovina e suína; e

VIII - outros produtos e subprodutos obtidos de animais susceptíveis à febre aftosa,


submetidos a tratamento suficiente para inativar o agente viral, não contidos na presente Instrução
Normativa, mediante parecer e autorização do MAPA após realização de avaliação de risco específica.

Art. 35. Permite-se o ingresso dos produtos a seguir relacionados em zona livre de febre aftosa
sem vacinação, considerando a origem e o atendimento aos procedimentos zoossanitários específicos:

I - origem em zona livre de febre aftosa com vacinação:

a) carne fresca com ou sem osso obtida de bovino e bubalino que permaneceram, nos últimos
doze meses ou desde seu nascimento, em zona livre de febre aftosa com vacinação. A carne deve ser
obtida de animal que não apresentou sinais clínicos de doença vesicular infecciosa no momento do
embarque para o abate e no exame ante-mortem, nem foram identificadas lesões sugestivas de febre
aftosa durante o exame post-mortem e abatido em matadouro com inspeção veterinária oficial e
integrante do Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal;

b) carne fresca com ou sem osso e miúdos in natura de ovinos, caprinos, suídeos e de outros
animais susceptíveis, que permaneceram, nos últimos doze meses ou desde seu nascimento, em zona livre
de febre aftosa com vacinação, e obtida em matadouros com inspeção veterinária oficial e integrante do
Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal;

c) leite in natura, transportado sob refrigeração em caminhões apropriados e com carga


lacrada, procedente de indústrias com inspeção veterinária oficial integrantes do Sistema Brasileiro de
Inspeção de Produtos de Origem Animal e destinado a indústrias com serviço de inspeção veterinária
oficial integrantes do mesmo Sistema, para beneficiamento imediato;

d) couros e peles em bruto, obtidos em estabelecimentos de abate com inspeção veterinária


oficial ou submetidos a salga com sal marinho contendo 2% de carbonato de sódio por período mínimo de
sete dias;

II - origem em zona tampão ou Unidade da Federação classificada como, no mínimo, BR-3


(risco médio) para febre aftosa, ou outra classificação semelhante que venha a ser adotada pelo MAPA:

a) carne bovina desossada:

1. obtida de animais que permaneceram na região de origem especificada, nos doze meses
anteriores à data de expedição da autorização, ou desde seu nascimento, no caso de animal com menos de
um ano de idade, e que não apresentaram sinais de doença vesicular infecciosa no momento do embarque
para o abate;

2. obtida em matadouro com inspeção veterinária oficial integrante do Sistema Brasileiro de


Inspeção de Produtos de Origem Animal; e
3. submetida, antes da desossa, a processo de maturação sanitária em temperatura acima de +
2º C (dois graus Celsius) durante um período mínimo de 24 horas depois do abate, não tendo o pH
alcançado valor superior a seis, verificado no centro do músculo longissimus dorsi;

b) carne fresca de caprinos, ovinos, suídeos e de outros animais susceptíveis obtida em


matadouros com inspeção veterinária oficial e integrante do Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos
de Origem Animal e destinada diretamente a outro estabelecimento, com serviço de inspeção veterinária
oficial e integrante do mesmo Sistema, onde será submetida a tratamento suficiente para inativação do
vírus da febre aftosa;

c) leite in natura, transportado sob refrigeração em caminhões apropriados e com carga


lacrada, procedente de indústria com inspeção veterinária oficial integrante do Sistema Brasileiro de
Inspeção de Produtos de Origem Animal, e destinado a indústrias com serviço de inspeção veterinária
oficial e integrantes do mesmo Sistema, para beneficiamento imediato; e

d) couros e peles em bruto, submetidos a salga com sal marinho contendo 2% de carbonato de
sódio por período mínimo de 28 (vinte e oito) dias.

Parágrafo único. Os produtos deverão ser transportados em veículos com carga lacrada pelo
serviço veterinário oficial da Unidade da Federação de origem, ou outro tipo de controle autorizado pelo
serviço veterinário oficial, devendo ingressar na zona livre de febre aftosa somente por locais definidos e
aprovados previamente pelo MAPA.

Art. 36. Permite-se o ingresso dos produtos abaixo relacionados em zona livre de febre aftosa
com vacinação, oriundos de zona tampão ou Unidade da Federação ou parte de Unidade da Federação
classificada como, pelo menos, BR-3 (risco médio) para febre aftosa, ou outra classificação semelhante a
ser adotada:

I - carne de bovino desossada:

a) obtida de animais que permaneceram pelo menos durante os três meses anteriores ao abate
na região de origem especificada em propriedade onde nos 60 dias anteriores não foi registrada a
ocorrência de febre aftosa, o que também não aconteceu nos 30 dias anteriores no raio de 25 km da citada
propriedade. Referidos animais também não apresentaram sinais de doença vesicular infecciosa no
momento de embarque para o abate;

b) obtida em matadouro com inspeção veterinária oficial integrante do Sistema Brasileiro de


Inspeção de Produtos de Origem Animal; e

c) submetida, antes da desossa, a processo de maturação sanitária em temperatura acima de +


2ºC (dois graus Celsius) durante um período mínimo de 24 horas depois do abate, não tendo o pH
alcançado valor superior a seis, verificado no centro do músculo longissimus dorsi;

II - carne fresca de caprinos, ovinos, suínos e de outros animais susceptíveis que atendam às
condições definidas para carne fresca de bovinos, exceto a exigência de maturação e desossa;

III - miúdos in natura obtidos em estabelecimento de abate com inspeção veterinária oficial
integrante do Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal , destinados a processamento
para fins opoterápicos ou para produção de alimento para animais, em estabelecimentos aprovados pelo
MAPA;
IV - leite in natura, transportado sob refrigeração em caminhões apropriados e com carga
lacrada, procedente de indústria com inspeção veterinária oficial integrante do Sistema Brasileiro de
Inspeção de Produtos de Origem Animal e destinado a indústrias com serviço de inspeção veterinária
oficial integrantes do mesmo Sistema;

V - peles e couros em bruto submetidos, antes do embarque, a salga com sal marinho contendo
2% (dois por cento) de carbonato de sódio, durante o período mínimo de 14 (catorze) dias.

Parágrafo único. Os produtos deverão ser transportados em veículos com carga lacrada pelo
serviço veterinário oficial da Unidade da Federação de origem, ou outro tipo de controle autorizado pelo
serviço veterinário oficial, devendo ingressar na zona livre de febre aftosa somente por locais definidos e
aprovados previamente pelo MAPA.

Art. 37. É permitido o ingresso em zona livre de febre aftosa com vacinação de peles e couros
em bruto, procedentes de Unidades da Federação classificadas como alto risco ou risco desconhecido para
febre aftosa, ou outra classificação semelhante que venha a ser adotada, submetidos, antes do embarque, a
salga com sal marinho contendo 2% (dois por cento) de carbonato de sódio durante o período mínimo de
28 (vinte e oito) dias.

Art. 38. É permitido o ingresso na zona livre de febre aftosa, com ou sem vacinação, de
sêmen, embrião ou ovócitos de animais susceptíveis à febre aftosa quando obtidos em centro registrado
pelo serviço veterinário oficial e processados de acordo com as normas técnicas internacionais, localizado
em Unidade da Federação ou parte de Unidade da Federação classificada como, pelo menos, risco médio
para febre aftosa, ou outra classificação semelhante que venha a ser adotada pelo MAPA, atendendo às
exigências contidas nas alíneas “a” e “b”, inciso II, art. 27, desta Instrução Normativa, e acompanhados
de certificado zoossanitário.

Art. 39. É permitido o ingresso na zona livre de febre aftosa, com ou sem vacinação, de carnes
e produtos cárneos, miúdos in natura devidamente embalados e acondicionados, destinados à exportação
através dos portos, aeroportos, postos de fronteira, e demais recintos alfandegados localizados nessas
áreas, e oriundos de qualquer Unidade da Federação, desde que procedam de estabelecimentos habilitados
pelo MAPA para exportação e acompanhados da documentação sanitária correspondente.

Parágrafo único. O veículo transportador deverá ser lacrado na origem e o lacre só poderá ser
rompido no destino pelo serviço veterinário oficial.

Art. 40. É proibido o ingresso na zona livre de febre aftosa, com ou sem vacinação, de material
patogênico destinado a qualquer fim, salvo quando previamente autorizado pelo MAPA.

Art. 41. O ingresso em zona livre de febre aftosa, com ou sem vacinação, de produtos e
subprodutos de animais susceptíveis à febre aftosa não especificados nestas normas, incluindo material de
interesse científico e com finalidade para uso industrial, deverá ser autorizado previamente pelo MAPA
após análise de risco.

CAPÍTULO VIII
TRÂNSITO INTERNACIONAL DE ANIMAIS SUSCEPTÍVEIS À FEBRE AFTOSA E DE SEUS
PRODUTOS E SUBPRODUTOS

Art. 42. É proibida a importação de animais susceptíveis à febre aftosa e de seus produtos e
subprodutos quando procedentes de países, regiões ou zonas não incluídos na Lista de Países Livres de
Febre Aftosa publicada pela OIE, salvo exceções contidas neste Capítulo.

Art. 43. É permitida a importação de carnes frescas desossadas de carcaças de bovinos


quando:

I - obtidas de animais que permaneceram no país exportador nos últimos dois anos anteriores a
data do seu abate ou desde seu nascimento, em áreas onde se encontrem implantadas, e em execução,
medidas de controle oficiais;

II - obtidas de animais procedentes de propriedade na qual, nos 60 dias anteriores, não tenha
sido registrado nenhum foco de febre aftosa, e que, nas suas proximidades, num raio de 25km, também
não tenha ocorrido nenhum caso nos 30 dias anteriores;

III - obtidas de animais abatidos em abatedouro oficialmente habilitado para a exportação ao


Brasil;

IV - obtidas de carcaças das quais foram removidos os principais nódulos linfáticos;

V - a carne, antes da desossa, tenha sido submetida a processo de maturação sanitária em


temperatura superior a +2°C, durante um período de, pelo menos, 24 horas após o abate, e que o pH no
centro do músculo longissimus dorsi, em cada metade da carcaça, não tenha alcançado valor superior a
seis.

Art. 44. É permitida a importação de produtos que utilizem como matéria-prima carne bovina,
uma vez atendido o art. 43 desta Instrução Normativa.

Art. 45. É permitida a importação de produtos que utilizem como matéria-prima carnes,
miúdos ou vísceras que tenham sido submetidos a procedimentos de inativação do vírus da febre aftosa,
de acordo com as recomendações da OIE.

Art. 46. É permitida a importação de sêmen e embriões de bovinos, desde que atendidas as
disposições expressas nos incisos I e II do art. 43 desta Instrução Normativa, além do cumprimento das
seguintes condições:

I - tenham sido obtidos em centrais de inseminação artificial ou em outros estabelecimentos


registrados ou aprovados pelo serviço veterinário oficial do país exportador e que atendam às condições
gerais e específicas recomendadas pela OIE.

II - tenham sido colhidos, processados e armazenados segundo as orientações da OIE, no caso


de sêmen, e da Sociedade Internacional de Transferência de Embriões, no caso de embriões;

III - que o serviço veterinário oficial do país exportador certifique o cumprimento dos
requisitos zoossanitários brasileiros aplicáveis à mercadoria em questão.

Art. 47. É permitida a importação de palhas e forrageiras procedentes de países, regiões ou


zonas incluídos na Lista de Países Livres de Febre Aftosa publicada pela OIE ou desde que oriundas de
propriedades onde, nos 30 dias anteriores à colheita, bem como em um raio de 3km das referidas
propriedades, não tenha havido focos de febre aftosa, e que tenham sido submetidas a um dos seguintes
tratamentos:

I - vapor de água em recinto fechado durante, pelo menos, 10 minutos a uma temperatura de,
no mínimo, 80°C; ou

II - vapor de formol (gás formaldeído) produzido por solução a 35-40%, em recinto fechado
durante, pelo menos, 8 horas a uma temperatura de, no mínimo, 19ºC.

Art. 48. É permitida a importação de outros produtos de origem animal, submetidos aos
procedimentos de inativação do vírus da febre aftosa, recomendados pela OIE.

Art. 49. Os certificados zoossanitários que acompanham as mercadorias de que trata a presente
Instrução Normativa deverão conter as garantias específicas definidas para cada caso.

Art. 50. As condições para importação expressas nesta Instrução Normativa serão aplicadas
sem prejuízo de outras exigências sanitárias em vigor.

CAPÍTULO IX
DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 51. Os casos omissos e as dúvidas suscitadas na execução deste ato serão dirimidas pelo
MAPA.
ANEXO II
(Modelo)
REQUERIMENTO PARA INGRESSO DE ANIMAIS SUSCEPTÍVEIS À
FEBRE AFTOSA EM ZONA LIVRE DE FEBRE AFTOSA, ZONA TAMPÃO OU RISCO MÉDIO
( ) SEM VACINAÇÃO ( ) COM VACINAÇÃO ( )ZONA TAMPÃO OU RISCO MÉDIO

Manifestamos interesse em ingressar com animais susceptíveis à febre aftosa na região acima caracterizada, para o que
solicitamos autorização de acordo com o que estabelece a ________________ nº _________/07, do Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento, e prestamos as informações que se seguem:

1. Informações sobre a procedência e caracterização dos animais


Origem dos animais:
UF Município:

Nome da propriedade:

Nome do responsável pelos animais na origem:

Endereço para contato

Endereço
Tel. FAX
eletrônico
Informações sobre os animais:

Espécie: Finalidade: Quantidade:

Informações adicionais sobre os animais (se necessário):

2. Informações sobre o destino


UF Município:
Nome da propriedade:
Nome do responsável pelos animais no destino:
Endereço
Tel. FAX
eletrônico:
Meio de transporte: Rodoviário Aéreo Marítimo Outro:
Ponto de ingresso:

_______________________________________
Local e data

________________________________________________________________
Nome e assinatura do interessado
ANEXO III
(MODELO)
AUTORIZAÇÃO PARA O INGRESSO DE ANIMAIS SUSCEPTÍVEIS
À FEBRE AFTOSA EM ZONA LIVRE DE FEBRE AFTOSA, ZONA TAMPÃO OU RISCO MÉDIO
( ) SEM VACINAÇÃO ( ) COM VACINAÇÃO ( )ZONA TAMPÃO OU RISCO MÉDIO

Nº ___________/ _______

AUTORIZO a entrada dos animais abaixo identificados, de acordo com o que estabelece a ________________ nº _______/07,
do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, observado o que se segue:
I. os animais deverão ser encaminhados para o estabelecimento de destino identificado nesta autorização, sob supervisão de
veterinário oficial designado para fins de:
( ) isolamento, para observação, pelo período mínimo de ______ dias;
( ) realização dos exames laboratoriais requeridos;
II. a presente autorização somente é válida para entrada pelo ponto especificado nesta autorização;
III. esta autorização poderá ser cancelada a qualquer momento, caso ocorra alteração da situação sanitária da exploração
pecuária de origem ou da unidade da Federação de procedência, a critério do Departamento de Saúde Animal da Secretaria de
Defesa Agropecuária.

Informações sobre o local de destino para isolamento:


UF Município:
Nome da propriedade:
Nome do responsável pelos animais no destino:
Endereço
Tel. FAX
eletrônico:
Meio de transporte: Rodoviário Aéreo Marítimo Outro:
Ponto de ingresso:
Informações sobre os animais:
Espécie: Finalidade: Quantidade:
Informações adicionais sobre os animais (anexar relação com identificação individual):

Procedência:

UF Município:

Nome da propriedade:
Nome do responsável pelos animais na origem:

_______________________________________
Local e data da emissão

___________________________________________________________________
Carimbo e assinatura do emitente

1ª via: destinatário. 2ª via: unidade da Federação de procedência. 3ª via: ponto de ingresso. 4ª via: emitente.
ANEXO IV
(Modelo)
ATESTADO ZOOSSANITÁRIO DE ORIGEM PARA INGRESSO DE ANIMAIS SUSCEPTÍVEIS EM ZONA LIVRE
DE FEBRE AFTOSA, ZONA TAMPÃO OU RISCO MÉDIO
( ) SEM VACINAÇÃO ( ) COM VACINAÇÃO ( )ZONA TAMPÃO OU RISCO MÉDIO
ADICIONAL A GUIA DE TRÂNSITO ANIMAL (GTA) Nº ____/__________

ESPÉCIE ENVOLVIDA: bovina bubalina caprina ovina suína outras: ___________________

Atesto, para fins de ingresso em zona livre de febre aftosa, zona tampão ou risco médio de acordo com o estabelecido na
Instrução Normativa nº _____/07, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que os animais abaixo identificados
satisfazem às seguintes condições:
( ) 1. são nascidos e criados no estabelecimento de procedência ou nele permaneceram nos últimos ____ meses antes do
embarque.
( ) 2. atendem às condições definidas nos artigos ______________ da Instrução Normativa nº _______/07, do Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
( ) 3. na unidade da Federação onde se situa a exploração pecuária de procedência, a vacinação de bovinos e bubalinos
contra a febre aftosa é regularmente praticada e oficialmente controlada.
( ) 4. na unidade da Federação de origem o serviço veterinário oficial está estruturado e possui os dispositivos legais
necessários para fiscalizar o trânsito de animais, exercer a vigilância epidemiológica e sanitária e a interdição de focos
da doença, bem como para aplicar as demais medidas de defesa sanitária animal.
( ) 5. foram mantidos isolados nos 30 dias anteriores ao embarque, em local oficialmente aprovado e sob supervisão
veterinária oficial, não manifestando qualquer sinal clínico de doença transmissível, ocasião em que foram submetidos
aos testes oficialmente aprovados para febre aftosa.
( ) 6. os suídeos são nascidos e criados em estabelecimento oficialmente certificado como GRANJA DE
REPRODUTORES SUÍDEOS CERTIFICADA, de acordo com as normas zoossanitárias vigentes. A certificação é
válida até _____ / _____ / ____.
( ) 7. Identificação dos animais:
Idade Idade
Nº Identificação Raça Sexo Nº Identificação Raça Sexo
(meses) (meses)
1 11
2 12
3 13
4 14
5 15
6 16
7 17
8 18
9 19
10 20
Continua em folha anexa? ( ) Sim. ( ) Não.
Obs.:

Identificação e assinatura do médico veterinário do serviço veterinário oficial da unidade da Federação de origem

Carimbo Assinatura

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