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C
erta vez, no longínquo ano de 1994, tinha, mas iria comprar e que eu poderia
resolvi folhear uma Revista voltar no próximo final de semana que o
GamePower e vi que lançariam a cartucho estaria lá.
terceira versão da série Rushing Beat, da
Jaleco, para o 16-bit da Nintendo. Como Naquela época, telefone era para
eu possuía um SNES, e já havia terminado poucos e eu nem sabia o que era
os dois anteriores, fiquei doido esperando internet, peguei então novamente
o cartucho sair para poder jogar com minha bike e me dirigi à locadora.
meus amigos Danilo, Gustavo Bicaba e Cheguei lá todo entusiasmado e
meu primo Renato. perguntei para o dono se o jogo havia
chegado, mas ele me olhou com uma
Um tempo depois, na Super GamePower tremenda cara de deboche e disse que
nº1, saiu um detonado de Rushing Beat 3 decidiu não comprar porque tinha visto
com muitas fotos e manhas. Comprei a na revista e não gostou. Fiquei
revista e saí procurando o cartucho pelas chateado, não respondi nada e fui
locadoras. Este seria o início de uma longa embora. Lembro que, em meus
novela que só iria terminar no carnaval do pensamentos, xinguei muito o dono da
ano seguinte. Inicialmente, pensei em locadora e ainda comentei com meus
pedir para meus pais comprarem o amigos que ele deveria comprar e pôr
cartucho, mas, nessa época, já era uma para alugar, independente se havia
luta conseguir dinheiro para comprar gostado ou não.
minhas revistas de games ou alugar
cartuchos, imagina comprar um jogo, Passados alguns dias fui novamente ao
novo, que geralmente custava $60,00. centro, mas em outra locadora. Dessa
vez o alvo era a Tikonderonda, uma
Cansado de esperar ele aparecer na locadora que existe até hoje, só que com
locadora que eu frequentava, resolvi sair
em busca dele em outras para ver se já
tinham para alugar. Nessa época, eu
morava em Limeira, interior de São Paulo,
peguei minha bicicleta e fui em direção ao
centro. A primeira que encontrei foi a
Street Games, uma locadora grande,
bonita e com muitos jogos. Conversei com
o dono sobre o título e ele disse que não
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outro nome. O mais incrível é que o meu caixinha japonesa do jogo. O atendente
cadastro tem o mesmo número, mesmo deste andar, um rapaz com cara de
depois de 20 anos. Ao chegar lá, fui até a poucos amigos, perguntou qual jogo eu
simpática atendente e perguntei se tinha iria querer. Respondi que queria jogar
o cartucho, ela consultou no computador 30 minutos de “Rushim Biti 3”, mas ele
e respondeu que sim. No entanto, antes me corrigiu, na cara dura, falando
que eu pudesse respirar aliviado ela grosso: Ahhh o ‘’Rãshim Baite 3?”. O
completou dizendo: “tem, mas só para rapaz enjoado colocou o cartucho, ligou
jogar por tempo". Perguntei: "mas como o Super Nintendo e comecei a jogar.
assim?", e ela explicou: "o cartucho não Nossa, o jogo era tudo aquilo que
está para alugar, mas só para jogar por esperava, foi 'paixão à primeira jogada'.
tempo no andar de cima". Lembro que cheguei na penúltima fase
e que, por coincidência, tem a mesma
Subi até lá, onde tinha uma sala grande música da primeira do Rushing Beat 1 e
com vários Megas e SNES, só que não da última de Rushing Beat 2. Aquilo me
havia ninguém jogando. Observei uma deixou ainda mais animado (aliás, as
prateleira com os jogos para serem músicas de Rushing Beat são muito
jogados e lá, no meio dela, estava a linda boas, no geral). Acabou o tempo, fui
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embora feliz por finalmente ter visto e perguntei se poderia devolver na outra
jogado o cartucho, mas não me segunda, ele disse que sim e cobraria
conformava, eu tinha que jogá-lo no meu três locações, ou seja, fiquei 10 dias com
SNES, no meu quarto e na minha velha TV o jogo e paguei por três. Foi a
CCE de 14 polegadas. recompensa por tantos meses de espera.
Quando estava chegando em casa, peguei Fui para casa e, finalmente, começou a
um caminho alternativo e voltei por uma jogatina desenfreada de Rushing Beat
outra rua onde encontrei um amigo que Shura. Joguei muito, praticamente fiquei
tinha estudado no Ensino Fundamental. sozinho em casa -- meus pais e meus
Conversamos um pouco e ele me disse irmãos quase não paravam lá devido ao
que o pai tinha aberto uma locadora de carnaval. Som no 'talo', fiz todos os
games no centro, chamada Boomerang. caminhos, todos finais possíveis, liberei
Minha primeira reação foi perguntar se ele os 2 personagens secretos, joguei com
tinha o jogo e ele disse que tinha só o 2, meus amigos e meu primo. E foi assim
mas que o 3 chegaria na próxima sexta à que passei o melhor Carnaval, em casa,
tarde. Ele disse ainda que sábado eu de todos os tempos.
poderia ir até lá abrir uma conta e alugar o
jogo. Por ser conhecido dele, iria deixar
reservado pra mim.
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Pulando
Carnaval
com o Jason
Cleber Marques
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uando era pequeno, eu e minha jogar DuckTales mais do que qualquer
família aproveitávamos ao coisa, mas não tinha com quem pegar
máximo o feriado de carnaval, emprestado (e muito menos comprar).
mas não a folia. Não ligávamos para isso.
Meu pai, que tinha uma Eletrônica, Nesta época, eu morava num bairro em
trabalhava o feriado inteiro e era quem São Paulo e não tinha locadora perto de
menos aproveitava, coitado. Minha mãe, casa─não tão perto para um moleque de
por sua vez, visitava as irmãs que 9 anos ir sozinho. Neste dia, em que eu,
moravam perto. Meu irmão, esse sim para variar, devorava uma edição da
devia aproveitar, era um adolescente que Videogame, tive a brilhante ideia de ir
sumia na rua pra jogar bola, soltar pipa e até uma dessas locadoras e perguntar
só aparecia na hora da janta. Já eu como era pra fazer a carteirinha e virar
gostava de ler revistas de videogame e... sócio, pois eu queria muito ter um jogo
jogar. diferente para jogar no feriado (e não o
mesmo Magic Carpet de sempre, que
Uma semana antes do Carnaval de 1992, veio com o meu velho Turbo Game). O
eu estava em casa lendo a revista problema é que, para chegar à locadora
Videogame, logo após chegar da escola. mais próxima, eu tinha que passar por
A edição era aquela com o Ninja Gaiden um lugar 'barra pesada'.
na capa. E que edição, além de Ninja
Gaiden 3 ela também vinha com uma Determinado, fui sozinho! Mas fui com
matéria sobre Battletoads, Nemo e dois medos: o de ser roubado e o de
DuckTales. Eu estava fascinado, queria apanhar dos meus pais caso
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descobrissem que fui até lá sozinho.
Quando cheguei, perguntei o que tinha de
Nintendinho para pragar e o atendente
apontou para uma pequena prateleira,
com não mais que 20 jogos. De longe vi a
caixa do Ducktales, "xerocada". Me
aproximei, olhei, peguei nas mãos e fiquei
namorando por alguns segundos,
imaginando como deveria ser legal. Saí
de lá, voltei para casa num pulo só e,
durante o jantar, falei com meu pai:
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Correndo
mais que o
Super Mario
Tiozão da WarpZone
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arnaval de 1998, a rua das que vi uma fantasia do personagem.
palmeiras sempre tinha bagunça Entrou 'a milhão' e foi correndo para o
perto da locadora devido aos fliperama (que ficava no fundo da loja,
botecos próximos. Não era difícil ver na parte superior). Ele deu um tapão na
gente passando fantasiada, gente cabeça da molecada que estava jogando
correndo para ir ao desfile, aos bailes -- e desceu correndo. Mexeu com todos os
também não era difícil ver brigas, facas, clientes, deu um beijo na bochecha de
tiros etc. Na locadora em que eu uma, foi correndo para a seção adulta
trabalhava, jogamos algumas (que ficava no fundo da locadora,
serpentinas para 'animar', mas o embaixo do fliper). Mexeu com todo
“quente” do carnaval -- para a gente -- mundo e voltou correndo derrubando
era o “DEPOIS do carnaval”, quando todas as fitas nas prateleiras.
chegavam os filmes adultos das
brasileirinhas, panteras, buttman, entre Em pleno momento de loucura, o cara
outros 'temáticos'. não se ligou que eu cuidava da loja e
estava do lado de fora do balcão.
Tinham alguns blocos ali perto (acho que Quando o ‘Mario’ foi sair correndo dela,
tem até hoje). No sábado de 'bagunça' a eu apenas deixei meu pé no caminho e
locadora estava cheia e, do nada, entra lá se foi o 'Mario', rolando no meio da
um 'MARIO' correndo lá dentro. Como loja para a saída. Todo mundo ficou sem
assim ? Sim, do nada! Foi a primeira vez entender e pasmos com a situação, uns
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gente fantasiada, não é como hoje que
tem um ‘cosplay’ em cada esquina.
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Macaquices
de Carnaval
Johnny Vila
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E
ssa história se passa em um dos um amigo que iria viajar e que, na
saudosos e longínquos carnavais mesma semana, havia terminado o
dos anos 90. Todos os novíssimo Donkey Kong Country 3.
personagens são reais, mas os fatos são Peguei minha bicicleta e fui pedir o
resgates de fragmentos da memória de cartucho emprestado, mas, chegando à
um senhor de idade, logo, não sua casa, veio à decepção: ele não
necessariamente representam à risca os queria emprestar porque havia fechado
acontecimentos em sua exatidão. O mais o game com tudo que havia para fazer
importante é relatar que nenhum macaco (com todos os 103%).
se machucou durante o ocorrido e
nenhum controle de SNES voou e se Na época achávamos que esse era o
chocou contra a parede (ou contra limite do jogo e ele temia que pudesse,
alguma pessoa). de alguma forma, apagar o progresso
salvo. Insisti durante um bom tempo
Véspera de feriadão de Carnaval, só uma dando garantias de que teria todo o
coisa passava pela minha cabeça: não, cuidado necessário para evitar que o
não, nada de viagem ou praia, mas sim: progresso dele fosse deletado. Após
“O que irei jogar durante todos esses muita insistência, ele aceitou emprestar.
dias?”. Uma breve passada na locadora Ah que beleza, lá vou eu jogar DK3!
mais próxima e a decepção: todos os Cartucho no console, guaraná e o pacote
bons games já haviam sido alugados. Um de biscoitos (Trakinas) na mesa de apoio
plano B era necessário, lembrei então de e... alguém chamando na frente de casa.
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Eram os amigos da rua me convidando
para jogar futebol. Pensei muito na
proposta e, como teria muitos dias ainda
para jogar o game, acabei aceitando.
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Minha
Primeira
vez neste
lugar
João Victor Teixeira
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B
oas histórias sempre nos precisamente na cidade de Itapecuru
remetem a boas lembranças, e Mirim, que fica a, mais ou menos, 100
comigo não foi diferente. Em km da capital (São Luiz). Naquela época,
meados de 2007, eu tinha, eu tinha o Playstation 2, que meus tios
aproximadamente, onze anos e estava de haviam me dado, e, obviamente, levei-o
mudança. Não era uma simples comigo para o maranhão.
mudança, era algo mais ambicioso que
minha mãe estava tentando: toda nossa A cidade em que eu morava era muito
família iria mudar de estado. boa para o turismo, mas para residir não
se comparava a São Paulo, onde havia
Estávamos nos mudando de São Paulo morado a maior parte da minha vida.
para o Maranhão, lugar onde eu e minha Por ser uma cidade muito pequena, sua
mãe nascemos. Eu não estava muito população era composta de pessoas
contente com a ideia de ir morar tão 'humildes'. Lembro que a garotada se
longe, pois lá teríamos que começar tudo divertia brincando na rua, jogando bola,
do zero, realmente uma nova vida. empinando pipa, conversando, mas
Depois de tudo organizado colocamos o quando cheguei, eu era o único garoto
pé na estrada e saímos rumo ao novo da rua que tinha um vídeo game em
destino. Após horas de viagem, casa -- e não era um simples vídeo
chegamos ao maranhão, mais game , era um Playstation 2 que, na
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fliperama. Após meses morando lá, eu
nunca havia imaginado que aquela
cidade teria um lugar assim, tão
maravilhoso. Lembro que tinha uma
máquina de Street Fighter Alpha, e mais
duas que não me recordo bem, além de
um monte de consoles como:
Playstation 1, Super Nintendo, Mega
Drive, entre outros. Foi ali que surgiu
minha paixão por Street Fighter e
também foi lá que acabei conhecendo
os garotos que ficavam me olhando
jogar pela janela.
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INSCREVA-SE
Desligando
só a TV
Rafael Marques
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embro com muito carinho da época
de carnaval, especificamente a
terça-feira. Isso porque era o dia do
feriado e ficávamos a semana inteira
sem ir para a escola. Para nós, era uma
espécie de ‘miniférias’ em que a gente
aproveitava para ter mais horas de
diversão e jogatina.
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nossa ‘sede ao pote’ acabou estragando
tudo. Mas foi uma lição valiosa que
aprendemos já que, em outras
oportunidades, conseguimos ter mais
paciência para esperar meus tios
dormirem e seguir jogando madrugada
a dentro, com o botão de volume no
MUTE, um olho no controle e outro na
porta do quarto ao lado. A nossa sorte é
que a TV era com controle remoto e o
'Turbão' não tinha “Leds” indicativos.
continuamos a perder vidas e continues
em uma missão que só foi superada Em casa, só o desligar da TV me
algum tempo depois em outro feriado -- entregaria, pois TV de tubo com caixa de
ao qual não me lembro exatamente. madeira era uma armadilha para as
jogatinas da
Quando éramos crianças, muitas vezes madrugada.
tínhamos que superar desafios reais para Época saudosa.
conseguir jogar. Como vocês viram, a
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Roubo na
Praia
Alexandre Woloski
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P
ara a maioria das pessoas, Essa história se passa, precisamente, no
carnaval é sinônimo de festa, ano de 1998, quando fomos passar
bebida e outras loucuras, mas, mais um carnaval por lá. Nessa ocasião,
para um jovem gamer como eu, ele não meu irmão e eu levamos nosso
passa de um feriadão para 'perder os Nintendo 64 para jogarmos Mario Kart,
dedos' jogando, mesmo que seja na praia Goldeneye 007 e muitos outros jogos
com a família. multiplayer. Chegando lá, largamos
nossas coisas no quarto e já fomos
Nunca fui um grande apreciador do mar, direto instalar o console na única
mas, como toda minha família ia para lá, televisão que existia na casa. Por ser a
não tive escolha. A praia em questão única, durante o dia nós poderíamos
chama-se Arambaré, um município jogar à vontade, pois todos estavam na
situado a de 30 km de Camaquã, cidade praia, mas à noite... precisávamos
no Rio Grande do Sul onde nasci e resido esperar pela 'família' toda assistir ao
até hoje. Arambaré fazia parte de Jornal Nacional, e à novela da época ─
Camaquã até 1992, ano em que foi que nunca vou me esquecer por conta
emancipada. Por este motivo, e também do ocorrido: 'Por Amor' ─, para poder
pela proximidade, quase todos os jogar.
moradores de Camaquã passam o verão
lá, e nós não seriamos exceção.
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Certo dia, eu tinha ido com minha mãe intensificou a jogatina. Mas, chegando
tomar sorvete no centro da cidade e vi na terça de carnaval, fomos obrigados a
que a locadora Top Game, de Camaquã, assistir ao desfile na avenida, mesmo
havia aberto uma filial em Arambaré, contrariados. Contamos as horas para
provisoriamente, nos dias de folia. Fui lá voltarmos para casa e, quando
direto e loquei a novíssima Donkey Kong finalmente acabou, saímos correndo em
64, que vinha com um Expansion Pack e direção ao nosso 'verdadeiro carnaval'.
o cartucho na cor amarela. Como o dono Ao chegar em casa, veio a surpresa: o
era meu amigo, ele me deixou ficar com a cartucho havia sumido junto com o
fita até a 'quarta-feira de cinzas' por videogame. Entramos em pânico, mas
apenas uma diária. Fui para casa e joguei não havia nada a ser feito, nosso final
com meu irmão, sendo uma vida para de carnaval estava fadado a ser um
cada, como se não houvesse amanhã. inferno. Em minha cabeça, o sumiço do
Estávamos empolgados porque o jogo console era a menor das preocupações,
era muito bom e não queríamos perder eu só pensava no que eu iria dizer para o
tempo dormindo. meu amigo, dono da locadora, sobre o
cartucho roubado.
Passamos os próximos dias jogando e Checamos a casa e não haviam sinais de
tentando descobrir todos os segredos do arrombamento, mas uma das janelas
game. No último dia, sentimos que
estávamos perto do final, o que
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tinha ficado aberta e, provavelmente, Quando entrei no quarto dela e comecei
teria sido por ali que os bandidos a 'trovejar', ela me interrompeu dizendo
entraram. No dia seguinte, era hora de ir em tom calmo, e ao mesmo tempo
embora e só pensava no que meu amigo imponente, “escondi teu videogame e o
iria dizer quando eu contasse sobre o jogo na mesma noite, um pouco antes
ocorrido. Ele teria que entender que não de sair. Fiz isso porque vocês não
foi culpa minha, mas sei que teria de estavam mais vivendo, passando os
comprar um cartucho novo para ele. dias em volta daquele jogo. É bom
tomar um susto pra ver se aprende. Vou
Minha mãe disse que foi na delegacia e devolver o vídeo game, mas se isto
fez o Boletim de Ocorrência, mas eu voltar a acontecer vou escondê-lo por
passei a semana inteira pensando em ir um mês".
lá também, mas não tive coragem. Foi
então que, uma semana depois, resolvi Percebi que ela tinha razão, embora
contar tudo para ele. Chegando na jogar seja muito bom, acabamos
locadora, quando fui dirigir a palavra, ele exagerando na dose e esquecemos
pergunta: “e aí, o que achou do jogo?”. De outras coisas importantes na vida. No
cara eu respondo: “gostei muito, quase fim, ela entregou o jogo na locadora no
acabei... faltou pouco, mas tive um dia certo e tudo havia ficado bem. Tudo
imprevisto que...”. Quando estava isso me serviu de lição e nunca mais
começando a contar o ocorrido, ele deixei de confraternizar com as pessoas
continua falando “se tu vieste aqui locá- que eu amo por conta de um
lo de novo, pode esquecer, um menino videogame.
esteve aqui e disse que vai ficar uma
semana com a fita”. Na hora, um
sentimento de confusão se instaurou em
minha mente e perguntei “ué, quando ele
pegou o jogo”? Meu amigo respondeu:
“ele pegou no mesmo dia em que tua
mãe veio aqui devolvê-lo”.