You are on page 1of 3

29/11/2016 Cedência de Pessoal – Não sujeição a IVA | Tome Nota | IATOC

(http://www.iatoc.org/homepage.aspx?
(http://www.iatoc.org/homepage.aspx?param=6xaQnimFh6ShIR4NKdOwDLXlTbEvr/5Ilqgjx3vXTzaqI1FEbJA4mEXXaIHhE3OsweOLcfrBBqY=)
Tome Nota (http://www.iatoc.org/listagem.aspx?
param=6xaQnimFh6ShIR4NKdOwDLXlTbEvr/5Ilqgjx3vXTzaqI1FEbJA4mEXXaIHhE3OsweOLcfrBBqY=)
param=6xaQnimFh6ShIR4NKdOwDLXlTbEvr/5Ilqgjx3vXTzaqI1FEbJA4mNvRZjDPpnZ4p3zrqAyiLw4qhoulbsQx6fXhZOyndpIk)
Cedência de Pessoal – Não sujeição a IVA

Tome Nota
Contacte­nos Voltar (http://www.iatoc.org/listagem.aspx?
(http://www.iatoc.org/contactos.aspx?param=6xaQnimFh6ShIR4NKdOwDLXlTbEvr/5Ilqgjx3vXTzaqI1FEbJA4mNvRZjDPpnZ4rnR91oIEbod7eI+rT4sqfKFAuQzhRnIED7pu4a5
param=6xaQnimFh6ShIR4NKdOwDLXlTbEvr/5Ilqgjx3vXTzbydGg0epn009Isc/Ud25VzeZX66u/cNpVNSJK7rijU1GMfbt2xs8l/)
Blog (http://iatoc.blogspot.pt)
Cedência de Pessoal – Não sujeição a IVA
Nota de pesar  

Faleceu, no dia 11 do corrente mês de Temos sido questionados, com alguma frequência, acerca do correcto enquadramento, em sede do Código do
Setembro, o Bastonário da Ordem Imposto sobre o Valor Acrescentado (CIVA), da cedência de pessoal, nas situações em que as entidades cedentes,
dos Contabilistas Certificados, que somente pretendam ser reembolsadas dos montantes despendidos relativos ao pessoal cedido, emitem a
António Domingues de Azevedo, correspondente factura.
vítima de doença prolongada.
 
Nestes casos, a cedência de pessoal não é considerada, para efeitos de tributação em IVA, como prestação de
saiba mais serviços, desde que o montante, debitado à entidade a quem foi cedido o pessoal, corresponda comprovadamente,
 ao reembolso exacto das despesas com ordenados ou vencimentos, os respectivos encargos com a segurança
(http://www.iatoc.org/doc_externo.aspx?
social e quaisquer outras importâncias, obrigatoriamente suportadas pela entidade a que pertencem os
param=6xaQnimFh6ShIR4NKdOwDLXlTbEvr/5ISZQxjqOfwGg2U/JEz7bThPhFTiaBZDk0)
trabalhadores, por força de contrato de trabalho ou outra legislação aplicável.  
 
Baseamos este nosso entendimento na doutrina expressa pela administração fiscal, e que transcrevemos mais
abaixo, seguindo a respectiva ordem cronológica, apesar do que se encontra estipulado no número 1 do artigo 4.º
­ «Conceito de prestações de serviços», do Código do IVA: “São consideradas como prestações de serviços as
operações efectuadas a título oneroso que não constituem transmissões, aquisições intracomunitárias ou
importações de bens”. 
 
Vejamos, então, a referida doutrina, cuja génese é o Ofício­Circulado n.º 32.344, de 14 de Outubro de 1986, que
embora focando unicamente a não sujeição a IVA nas situações de reembolso de vencimentos debitados a
entidades públicas, relativamente a funcionários por elas requisitados, veio justificar a emissão de outras
instruções administrativas que alargaram o âmbito dessa não sujeição, como iremos verificar.  
 
“Ofício­Circulado n.º 32.344, de 14 de Outubro de 1986, da DSIVA 
 
CIVA – Reembolsos de vencimentos – Requisição de pessoal 
 
Requisições de pessoal – cedência. 
 
O simples débito ao Estado, a um Sindicato ou a outra entidade pública ou organismo sem finalidade lucrativa,
da importância correspondente aos vencimentos de um funcionário por esses organismos requisitado, cujo
pagamento fora antes efectuado pela empresa, deve considerar­se um simples reembolso de despesas efectuadas,
não existindo a prestação de qualquer serviço nem, por conseguinte, a sujeição a IVA.” 
 
Aproveitamos o ensejo para recordarmos, aos prezados leitores, que da Informação n.º 48, do SIVA, relativa ao
mês de Junho de 2000, que acompanhava o Ofício­circulado n.º 30.020, de 2 de Junho de 2000, da DSIVA,
constava a seguinte “Informação”, desculpem­nos a redundância:  
 
“Prestações de serviços de cedência de pessoal 
 
Na sequência do despacho n.º 384/99­XII, de Sua Ex.ª o Ministro das Finanças, de 13.10.99, foi elaborado o
ofício­circulado n.º 30.019, de 04.05.2000, da Direcção de Serviços do IVA, que, tendo em vista uniformizar
procedimentos, divulga a não sujeição a imposto das operações de cedência de pessoal em todas as situações em
que o montante debitado comprovadamente corresponda ao reembolso exacto de despesas com ordenados ou
vencimentos, quotizações para a segurança social e quaisquer outras importâncias obrigatoriamente suportadas
pela empresa a que pertence o trabalhador, por força de contrato de trabalho ou previstas na legislação aplicável
(v.g. prémios de seguros de vida, complementos de pensões, contribuições para fundos de pensões, etc.).”      
 
 
Vejamos, então, o que se encontra expresso na doutrina referida naquela Informação n.º 48, do Serviço do IVA:   
 
“Ofício­Circulado n.º 30.019, de 4 de Maio de 2000, da DSIVA 
 
IVA – CEDÊNCIA DE PESSOL 
 
Com vista à necessária uniformidade de procedimentos comunica­se que por despacho concordante de Sua Ex.ª o
Ministro das Finanças (n.º 384/99­XIII, de 13.10.99), foi sancionado o seguinte entendimento: 
 
1. Atendendo à natureza residual e, consequentemente, ampla do conceito de prestação de serviços consignado
no n.º 1 do artigo 4.º do Código do IVA, em principio, as operações de cedência de pessoal qualificam­se como
operações sujeitas a tributação. 
 

http://www.iatoc.org/detalhe.aspx?param=6xaQnimFh6ShIR4NKdOwDLXlTbEvr/5Ilqgjx3vXTzaqI1FEbJA4mNvRZjDPpnZ4rnR91oIEbod7eI+rT4sqfKFAu… 1/3
29/11/2016 Cedência de Pessoal – Não sujeição a IVA | Tome Nota | IATOC

2. Subsumem­se na norma acima citada todas as situações em que materialmente existe uma colocação de
pessoal à disposição, independentemente de tais operações se qualificarem, ou não, em termos jurídicos, como
sendo de cedência de pessoal e apesar de os respectivos trabalhadores manterem os seus vínculos laborais
originários com as correspondentes entidades patronais. 
 
3. Face à doutrina veiculada pelo Ofício­circulado n.º 32 344, de 14.10.86, “o simples débito ao Estado, a um
sindicato ou outra entidade pública ou organismo sem finalidade lucrativa, da importância correspondente aos
vencimentos de um funcionário por esses organismos requisitado, cujo pagamento fora antes efectuado pela
empresa, deve considerar­se um simples reembolso de despesas efectuadas, não existindo a prestação de qualquer
serviço nem, por conseguinte, a sujeição a IVA”. 
 
4. Esta doutrina administrativa, ou seja, a inexistência de prestação de serviços e, consequentemente, a não
sujeição a imposto, é igualmente aplicável em todas as situações em que o montante debitado comprovadamente
corresponda ao reembolso exacto de despesas com ordenados ou vencimentos, quotizações para a segurança
social e quaisquer outras importâncias obrigatoriamente suportadas pela empresa a que pertence o trabalhador,
por força de contrato de trabalho ou previstas na legislação aplicável (v.g. prémios de seguros de vida,
complementos de pensões, contribuições para fundos de pensões, etc.).” 
 
Posteriormente foi emitida mais doutrina, um Ofício­Circulado e um Despacho, relativa a Agrupamentos
Complementares de Empresas (ACE’s), nas situações em que se verifica a cedência de pessoal a estes pelos
membros que os compõem. 
 
Assim, do Ofício­Circulado n.º 30.084, de 2 de Dezembro de 2005, da DSIVA, respigamos o intróito e os pontos
1.1., 1.6., 1.7. e 2.: 
 
“Agrupamentos Complementares de Empresas ­ ACE´s – Tendo sido sancionadas, por despacho do Sr. Secretário
de Estado dos Assuntos Fiscais (despacho n.º 1411/2005­XVII, de 10­11­2005) as conclusões do parecer n.º
96/2005, de 27 de Outubro, do Centro de Estudos Fiscais, informa­se o seguinte: 
 
1.1. Os agrupamentos complementares de empresas (ACE´s) são entes dotados de personalidade jurídica, distinta
da dos seus membros, que não prosseguem, em regra, fins lucrativos, e que, através da prestação de serviços
àqueles, visam criar condições ou realizar tarefas directamente relacionadas com a actividade dos seus membros,
em ordem a proporcionar­lhes maior produtividade, eficiência ou outras vantagens económicas. 
 
1.6. A respectiva facturação e liquidação do IVA terá por base as regras aplicáveis em função da natureza dos
serviços efectivamente prestados aos destinatários e não poderão ser objecto de uma desagregação em vários
componentes dos custos incorridos para a realização dessas prestações de serviços. 
 
1.7. Assim, por exemplo, as prestações de serviços informáticos e outras prestações genericamente referidas
como de back­office, independentemente da qualificação que se revele mais adequada, não poderão ser objecto
de desagregação pelos tipos de despesas ou custos incorridos para a realização das mesmas ­ como sejam
despesas com o pessoal, com os bens e serviços adquiridos a terceiros, de natureza financeira, as amortizações de
equipamentos, etc. ­ não sendo aplicável, no que concerne aos primeiros (despesas com o pessoal), o disposto no
Ofício­Circulado n.° 30 019, de 4 de Maio de 2000, da DSIVA, cujo conteúdo abrange apenas as prestações de
serviços de cedência de pessoal, isto é, os casos em que esteja em causa a efectiva afectação de pessoal do
agrupamento às tarefas que incumbem aos seus próprios membros e que sejam directamente prosseguidas por
esses membros sob seu comando. 
 
2. Mais se informa que este entendimento é extensivo a outros grupos autónomos, para além dos Agrupamentos
Complementares de Empresas.” 
 
 
Por sua vez, e dado que, no nosso entendimento, o Despacho do SDG de 10 de Fevereiro de 2006 ­ Processo:
C284 2003004, relativo a “CIVA ­ Cedência de pessoal ­ Agrupamento complementar de empresas (ACE)”, é
ainda mais esclarecedor da não sujeição a IVA deste tipo de operações, procedemos à transcrição dos pontos 8 a
12:  
 
“8. Importa, assim, saber qual o enquadramento a dar à operação pela qual cada um dos bancos debita ao ACE os
custos salariais que suportou relativamente aos seus funcionários que estão destacados a exercer funções no
agrupamento. 
 
9. Uma vez que estas operações não são consideradas nem operações financeiras e, como tal, isentas nos termos
do n.º 28 [actual n.º 27] do art.º 9.º do CIVA, nem beneficiam de qualquer outro dos normativos de isenção
referidos no CIVA, pressupõe­se que deveria haver liquidação de imposto. 
 
10. No entanto, através do ofício­circulado n.º 32344, de 14.10.1986, foi comunicado o entendimento de que o
simples débito ao Estado, a um Sindicato ou a outra entidade pública ou organismo sem finalidade lucrativa, da
importância correspondente aos vencimentos de um funcionário por esses serviços requisitado, cujo pagamento
fora antes efectuado pela empresa, se deve considerar um simples reembolso de despesas efectuadas, não
existindo prestação de um serviço nem, por conseguinte, a sujeição a IVA. 
 
11. Por sua vez, o ofício­circulado n.º 30019, de 04.05.2000, aplica a doutrina do anterior n.º 32344 a todas as
situações em que o montante debitado comprovadamente corresponda ao reembolso exacto de despesas com
ordenados ou vencimentos, quotizações para a Segurança Social e quaisquer outras importâncias
obrigatoriamente suportadas pela empresa a que pertence o trabalhador. 
 
12. Assim, no tocante aos débitos efectuados pelos membros ao ACE em questão, de montantes que
comprovadamente correspondam ao reembolso exacto de despesas com vencimentos, não há lugar à liquidação
de IVA por se tratar de operação a ele não sujeita.” 
 

http://www.iatoc.org/detalhe.aspx?param=6xaQnimFh6ShIR4NKdOwDLXlTbEvr/5Ilqgjx3vXTzaqI1FEbJA4mNvRZjDPpnZ4rnR91oIEbod7eI+rT4sqfKFAu… 2/3
29/11/2016 Cedência de Pessoal – Não sujeição a IVA | Tome Nota | IATOC


Finalizamos as referências à doutrina emanada da Administração Fiscal, relativa à matéria constante do presente
Tome Nota, com a transcrição dos pontos 7 e 8 da Circular n.º 16/2011, de 19 de Maio, cujo assunto é a cedência
temporária de jogadores: 
 
“7. A cedência temporária do jogador efectuada a título oneroso encontra­se sujeita a IVA e o valor tributável é o
valor da contraprestação obtida ou a obter da entidade cessionária, de acordo com o disposto no n.º 1 do artigo
16.º do Código do IVA. 
 
8. Todavia, no caso da contrapartida pela cedência temporária de um jogador corresponder, comprovadamente,
ao reembolso exacto, ou ao pagamento ao jogador se for caso disso, das remunerações, quotizações para a
segurança social ou quaisquer outros encargos que devam, ou devessem, ser suportados pela entidade que detém
os direitos desportivos do jogador [Clube/SAD cedente], deve ser aplicável o entendimento administrativo
constante do Ofício­Circulado n.º 30019 de 04/05/2000, considerando­se que não se está perante uma prestação
de serviços e, consequentemente, essa cedência temporária não se encontra sujeita a IVA.” 
 
Em conclusão. Nas situações abrangidas pelo disposto na doutrina expressa no Ofício­circulado n.º 30019, ao
proceder­se à emissão da factura relativa ao reembolso, comprovadamente exacto, das despesas suportadas com a
cedência de pessoal, e para se dar cumprimento ao estipulado na alínea e) do n.º 5 do artigo 36.º ­ «Prazo de
emissão e formalidades das facturas», do Código do IVA, que estabelece que as facturas devem conter o motivo
justificativo da não aplicação do imposto, se for caso disso, deve ser indicado nesse documento a expressão “Não
sujeito a IVA – Ofício­circulado n.º 30019, de 04­05­2000, da DSIVA”, e nunca, no nosso entender, a expressão
“Isenta de IVA”, já que, de acordo com o entendimento assumido pela própria administração fiscal, não se
verifica qualquer prestação de serviços.   
 
Também no nosso entender, e salvo melhor opinião, na comunicação destas facturas (e­factura) à AT, deve ser
indicado o Código M99 que identifica o motivo de Isenção (TaxExemptionReason)”, ­ Não sujeito; não tributado
(ou similar), conforme consta da página 25/35 do Manual de Integração de Software ­ Comunicação das Facturas
à AT. 
 
Terminamos referindo que este trabalho tem a veleidade de ser de algum modo útil aos Prezados Leitores,
Colegas e Amigos, e que ficaremos gratos pelas críticas e achegas que achem por bem fazer chegar até nós.    
 
João Colaço 
 
Voltar (http://www.iatoc.org/listagem.aspx?
param=6xaQnimFh6ShIR4NKdOwDLXlTbEvr/5Ilqgjx3vXTzaqI1FEbJA4mNvRZjDPpnZ4rnR91oIEbod7eI+rT4sqfKFAuQzhRnIED7pu4a5
Contacte­nos (http://www.iatoc.org/contactos.aspx?
param=6xaQnimFh6ShIR4NKdOwDLXlTbEvr/5Ilqgjx3vXTzZWcYHu+W9jeL+vtUkhRHnP77HM2bRJW6qQt+kQajBJtCNH7nloFMcK) Links
Úteis (http://www.iatoc.org/doc_externo.aspx?
param=6xaQnimFh6ShIR4NKdOwDLXlTbEvr/5Ilqgjx3vXTzZWcYHu+W9jeL+vtUkhRHnP57ncnUQp25qivf9yDUMn5A==) Blog
(http://iatoc.blogspot.pt) Membros (http://www.iatoc.org/doc_externo.aspx?
param=6xaQnimFh6ShIR4NKdOwDLXlTbEvr/5Ilqgjx3vXTzZWcYHu+W9jeL+vtUkhRHnP8A4HWj6lfYj8CqIf61wXsQ==)
Número de Visitantes
Política de Privacidade (http://www.iatoc.org/doc_externo.aspx?
param=6xaQnimFh6ShIR4NKdOwDLXlTbEvr/5Ilqgjx3vXTzaDENLEMyN+I74ubYRZBS+hpimTzY9tf6ZHGajqhskl2Q==) Termos e Condições
(http://www.iatoc.org/doc_externo.aspx?
param=6xaQnimFh6ShIR4NKdOwDLXlTbEvr/5Ilqgjx3vXTzaDENLEMyN+I74ubYRZBS+hqFdAMLIo3Q9V69qI3hQEAg==)

2016 © IATOC
 (http://www.in4tools.pt)

http://www.iatoc.org/detalhe.aspx?param=6xaQnimFh6ShIR4NKdOwDLXlTbEvr/5Ilqgjx3vXTzaqI1FEbJA4mNvRZjDPpnZ4rnR91oIEbod7eI+rT4sqfKFAu… 3/3

You might also like