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Universidade de Brasília – UnB

FACE- Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade


Departamento de Administração

Fichamento: Adminstração como uma ciência social aplicada: Integrando


ciência, tecnologia e sociedade no ensino de administração.

Cecília Rocha - 12/0075288

Jair Marcell Machado - 14/0083278

Josian Pereira – 13/0117633

Lucas Costa - 15/0137541

Saulo Henrique – 13/0037311

Verônica de Oliveira Mamede Barbosa - 15/0158301

Brasília
2016
LEMOS, Dannyela da Cunha; BAZZO, Walter Antonio. Adminstração como
uma ciência social aplicada: Integrando ciência, tecnologia e sociedade no
ensino de administração. Revista Pensamento Contemporâneo em
administração. Rio de Janeiro, v.5, n.3, p. 1-14, set./dez., 2011.

Os estudos sobre ciência, tecnologia e sociedade no ensino de


administração podem ser a definição do foco do texto. Para abordar o tema os
autores realizam uma evolução do pensamento e dos fatos que cercam a
administração, que se inicia com uma introdução do conceito de ciência seguido
pela origem das escolas superiores de administração no Brasil e posteriormente
explana o estudo da ciência, tecnologia e sociedade relacionando-o com o
ensino de administração no país.

O desenvolvimento do texto começa com a ideia e a percepção de que a


ciência é uma construção fruto de dois fatores: o contexto histórico de sua
elaboração onde se encontram fatores sociais, políticos e econômicos; e de seus
atores. Assim sendo na ciência não existem verdades definitivas, uma vez que
ambos estão sempre em mutação e conhecimentos são adquiridos. Na ciência
da administração é extremamente importante entender seus fundamentos para
compreender seus fundamentos como também sua evolução.

A política desenvolvimentista, adotada pelo governo de Vargas, é o fato


gerador para os perfis das escolas de Administração no Brasil. Tais quais,
voltadas para atender as necessidades do mercado, fundamentaram-se em
métodos e metodologias de pesquisa e de ensino estrangeiros, deixando de lado
as reais necessidades. A evolução do ensino de graduação em administração
no Brasil é formada por quatro ciclos que abordam a história e a regulamentação
da profissão no país. “A mudança e o desenvolvimento da formação social
brasileira a partir da Revolução de 1930 demandavam a preparação de recursos
humanos, na forma de técnicos e tecnólogos de várias especializações, assim
como métodos de trabalho mais sofisticados” (NICOLINI, APUD LEMOS E
BAZZO, p.5).

O início dos estudos de ciência, tecnologia e sociedade (CTS), se dá no


fim da década de 1960 e início da década de 1970, indo contra ao padrão
hegemônico de pensamento cientifico dominante no meio acadêmico. O CTS
aparece como um movimento alternativo da comunidade acadêmica que busca
avaliar o modelo linear anteriormente estabelecido e entender a ciência e a
tecnologia como um processo social no qual valores morais, concepções
religiosas, interesses políticos e econômicos agem de modo a formatar as ideias
do contexto científico tecnológico. Tais mudanças que surgiam, aproximavam a
Administração de um perfil mais parecido com o atual: uma arte e uma ciência.

“Os estudos CTS definem hoje um campo de trabalho recente e


heterogêneo, ainda que bem consolidado, de caráter crítico a
respeito da tradicional imagem essencialista da ciência e da
tecnologia, e de caráter interdisciplinar por convergirem nele
disciplinas como a filosofia e a história da ciência e da tecnologia,
a sociologia do conhecimento científico, a teoria da educação e a
economia da mudança técnica. Os estudos CTS buscam
compreender a dimensão social da ciência e da tecnologia, tanto
desde o ponto de vista dos seus antecedentes sociais como de suas
consequências sociais e ambientais, ou seja, tanto no que diz
respeito aos fatores de natureza social, política ou econômica que
modulam a mudança científico-tecnológica, como pelo que
concerne às repercussões éticas, ambientais ou culturais dessa
mudança (BAZZO; LISIGEN; PEREIRA, APUD LEMOS E
BAZZO, p.8,) ”

O ensino de administração, tem apenas concentrado na produção em


massa de bacharéis (curso que mais forma no Brasil), onde a expansão dos
cursos de administração é vista como um processo de transformação de
organizações em um curso de educação geral e não uma capacitação específica.
A soma e complementação entre o ensino de administração e o aprendizado
diferenciado que os estudos em CTS são capazes de proporcionar, geram
valorosos benefícios à sociedade: “reforçar a formação do indivíduo como
cidadão gerando um composto educacional importante que pode propiciar a
geração de novos negócios que promovam o desenvolvimento local com
responsabilidade social e capacidade de inovação. p.9 ”.

A CTS pode ser trabalhada na educação por: enxerto, disciplina de CTS


e o CTS puro. A inclusão dos estudos CTS no ensino de administração passa
pela incorporação de uma discussão sobre as matrizes curriculares dos cursos.
Deste modo a formação do administrador incluirá a reflexão sobre as
consequências da adoção de tais instrumentos para a sociedade, assim como o
tornará mais capacitado para a tomada das decisões. O enxerto CTS, consiste
em introduzir CTS no conteúdo das disciplinas já estabelecidas, a que torna tal
abordagem mais indicada devido à natureza da Administração e as dificuldades
de se alterar o currículo.

Por fim os autores definem que o ponto de partida para se realizar essa
mudança no ensino superior de administração, deve se iniciar através da
conscientização dos profissionais de educação que, por muitas vezes,
envolvidos em seus afazeres e rotinas acabam não se dando conta ou
compreendendo sua responsabilidade e influência na formação crítica dos
alunos.

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