Professional Documents
Culture Documents
1 INTRODUÇÃO
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O presente trabalho teve como base autores que falam sobre a inclusão da música
popular no currículo. Sobre isso, Narita (1998) ressalta que “trata-se de uma experiência
válida porque dá aos alunos a chance de entrar em contato com diferentes contextos e
culturas”. Segundo a autora o uso da música popular nas escolas ensina os alunos a
enxergarem as diferenças e a lidarem com elas, nesta diversidade musical presente em
nosso país muito conhecimento se pode obter.
Tourinho (1996) pesquisou sobre as práticas musicais de alunos de 3° e 4° series
e ressaltou que “como educadores, (felizmente) não há limites sobre o que devemos e
podemos tratar”. Para Tourinho como educadores, o aprendizado não deve ter limites,
este pensamento complementa o que diz Almeida e Pucci:
Em uma sala de aula os alunos devem entrar em contato com a diversidade, adquirirem novos
conhecimentos e possibilidades não havendo limites para o saber.
2.1 COTIDIANO
Isso tem sido recorrente aos pesquisadores que seguem essa temática, seja para
a elaboração de respostas para suas pesquisas e para fundamentarem teorias de suas ações
educativas. Segundo Souza (2000) a orientação pela realidade só pode ser embasada
quando os métodos de aprendizagem corresponderem aos processos de aprendizagem do
cotidiano.
Com isso fica evidente que ao tentarmos nos aproximar do “mundo vivido “ o
interesse da aula de música não consiste nas atividades padronizadas, mas nas
experiências musicais que cada aluno passa diariamente fora do ambiente escolar. Em
outras palavras colocar em prática a relação teoria e prática e o valor do conhecimento
musical, cabendo a nós professores questionar sobre os processos de socialização musical
dos alunos conscientizando inúmeros conteúdos e relativizar ideais estéticos e valores.
Sabemos que cada música é vivenciada diferente por cada indivíduo, e que
aquilo que cada um vive depende de suas experiências que fazem ou fizeram com a
música e em quais situações. Por isso procuramos as salas de concertos, discotecas, festas
ou escolhemos determinadas estações de rádio ou canais de televisão. Nessas situações
cotidianas de ouvir música, procuramos o prazer, o belo, a música que nos acalma ou que
nos excita, que nos provoca lembranças, ou que nos leva ao êxtase, como em alguns
rituais.
Para Vogt (1997), não resta dúvida de que o conceito de cotidiano possa ser
utilizado na educação musical de uma maneira construtiva. Porém, o autor adverte ser
inegável que uma aula de música que se orienta no cotidiano necessita de um estudo em
filosofia para seu desenvolvimento prático. Ou seja, quem quiser ensinar música sob a
perspectiva do cotidiano deve saber mais sobre música do que o músico pratico ou o
musicólogo. Esse “mais”, porém, não significa uma “desmusicalização” da aula de
música (isto é, um ensino de música sem música), mas, sim, a aquisição de conhecimentos
sobre a gênese de horizontes de experiências musicais de crianças e jovens (ibid., p. 42).
Como professores, precisamos estar atentos para o fato de que cada pessoa tem
uma relação diferente com música e que, por isso, são várias as possibilidades de resposta
a uma mesma peça musical. Ao ouvir nossos alunos e tentar compreende-los, estaremos
evitando o risco de, simplesmente, classificar a sua resposta como certa ou errada ou, até
mesmo, impor uma única forma de ouvir música, o que, por sua vez, poderia vir a limitar
as experiências e o desenvolvimento musical deles.
Estudos realizados por Vikat (1996) com um grupo de 20 crianças em idade pré-
escolar, durante um ano, revelaram que existe uma relação estreita entre o
desenvolvimento musical e o desenvolvimento intelectual dos indivíduos. O
X SEMINÁRIO PIBID/UNASP
2.4 PROFESSOR
A condição da cultura popular deve ser revista na vida cotidiana das pessoas.
Para Fernandes (1998), seu conceito, sua função e seu uso escolar não são tarefas fáceis.
Dificuldades são apresentadas em decorrência das grandes diferenças oriundas das lutas
relacionadas a questões de sexo, etnia, classe, idade e religião, fatores que são usados para
manter situações de desvantagem e superioridade. Concorre para a manutenção dessa
situação o fato de os professores enxergarem a cultura popular (música popular) como
elemento insignificante, perturbador da ordem social e uma ameaça à autoridade
hegemônica. Para eles, o que é popular não tem legitimação acadêmica, atribui-se
condição de prestigio perante o discurso dominante e, em consequência, consideram a
cultura popular como um conjunto de conhecimentos desnecessários e alienáveis e, por
isso, desvinculados do processo de escolarização.
3 METODOLOGIA
4 RESULTADOS
5 DISCUSSÃO
Diante do que foi apresentado no decorrer deste relato, os resultados obtidos com
as crianças neste semestre estavam dentro do esperado. Os alunos deixaram claro a
familiaridade com a escolha do repertório e esta identificação fez com que as crianças
demonstrassem interesse pelas aulas o que também estava dentro das expectativas.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
No decorrer deste estudo viu-se que a música popular brasileira deve ser
considerada como a música que o aluno ouvi e gosta, trabalha-la na sala de aula pode ser
uma forma de motivação no processo de autoaprendizagem. A MPB por ser familiar as
crianças devido a sua maior divulgação em massa, faz parte da vivência musical delas e
será um bom ponto de partida para desenvolver a apreciação musical, um pensamento
crítico, a promoção do saber elaborado e ampliação da percepção do mundo e do
conhecimento musical de cada aluno.
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, M. B., PUCCI, M. D. Outras terras, outros sons. São Paulo: Callis, 2002.
HENTSCHKE, L., BEN, L. D. Ensino de música: propostas para pensar e agir em sala
de aula. São Paulo: Editora Moderna, 2003.
X SEMINÁRIO PIBID/UNASP