O documento descreve as origens do movimento Alcoólicos Anônimos (AA) e dos 12 Passos. O AA teve início em 1935 quando um alcoólatra chamado Bill Wilson recebeu ajuda espiritual de um amigo e encontrou liberdade através de Deus. Ele então começou a ajudar outros alcoólatras usando os princípios espirituais que havia aprendido, dando origem aos 12 Passos do AA e ao movimento de ajudar mutuamente pessoas com dependências.
O documento descreve as origens do movimento Alcoólicos Anônimos (AA) e dos 12 Passos. O AA teve início em 1935 quando um alcoólatra chamado Bill Wilson recebeu ajuda espiritual de um amigo e encontrou liberdade através de Deus. Ele então começou a ajudar outros alcoólatras usando os princípios espirituais que havia aprendido, dando origem aos 12 Passos do AA e ao movimento de ajudar mutuamente pessoas com dependências.
O documento descreve as origens do movimento Alcoólicos Anônimos (AA) e dos 12 Passos. O AA teve início em 1935 quando um alcoólatra chamado Bill Wilson recebeu ajuda espiritual de um amigo e encontrou liberdade através de Deus. Ele então começou a ajudar outros alcoólatras usando os princípios espirituais que havia aprendido, dando origem aos 12 Passos do AA e ao movimento de ajudar mutuamente pessoas com dependências.
AS ORIGENS DO AA (Alcoólicos Anônimos) E DOS 12 PASSOS
O autor Philip Yancey, em um artigo chamado A IGREJA DA MEIA NOITE, supreende,
explicando que uma das suas experiências mais marcantes de igreja local, não foi em uma igreja. Acompanhando um amigo a uma reunião que começava à meia noite em um salão alugado, Yancey experimentou realidades de amor, aceitação e transformação que saltavam das páginas do seu Novo Testamento. O amigo de Yancey era um alcoólatra em recuperação e a reunião a qual Yancey havia sido convidado, era uma reunião regular de Alcoólicos Anônimos, uma comunidade de pessoas que se reúnem para alcançar e manter a abstinência no consumo de bebidas alcoólicas. O movimento teve seu início em 1935, quando Bill Wilson, um alcoólatra inveterado, foi visitado por um amigo, também, alcoólatra, de quem Bill, “este daí não tem jeito”. Só que, para a surpresa total de Bill, seu amigo Ebby, não só estava sóbrio, mas recusou a bebida que lhe fora oferecida! “Não preciso mais”, respondeu seu amigo, “eu me tornei crente.” Podemos imaginar muitas reações naquele momento, mas talvez só um outro alcoólatra iria adivinhar qual foi o primeiro pensamento de Bill. Ele mesmo relata que seu primeiro pensamento foi, “Que bom, vai sobrar mais pra mim!” Mas a verdade é que o aspecto saudável e o amor e humildade demonstrados naquele dia e em visitas seguintes tiveram efeito. Poucas semanas depois Bill se internou para desintoxicação pela quarta e última vez. Os médicos achavam uma perda de tempo, mas desconheciam o poder de Deus. Sofrendo terrivelmente os efeitos da sua dependência, Bill mergulhou em uma depressão profunda. Citamos suas próprias palavras para entender o que aconteceu: “A minha depressão se tornou insuportável e me senti como se estivesse no fundo de um poço. Mesmo assim, quando eu lembrava das palavras do meu amigo, eu não conseguia engolir a possibilidade de existir um Poder maior do que eu. Finalmente, só por um momento, os últimos vestígios do meu orgulho obstinado foram esmagados. De repente me vi clamando, “Se existe um Deus, que Ele se mostre! Eu estou pronto para fazer qualquer coisa, qualquer coisa!” De repente o quarto se iluminou, com uma enorme luz branca, e fui tomado por um êxtase indescritível. Era como se eu, no meu mundo interior, estivesse no topo de uma montanha e um vento, não de ar, mas do espírito, estivesse soprando. Aí explodia na minha consciência o seguinte pensamento, “Eu sou um homem livre!” Aos poucos este êxtase foi passando. Eu continuava deitado na minha cama, mas agora, por um tempo, eu estava em um outro mundo, um mundo de uma consciência nova. Ao redor de mim e dentro de mim havia uma maravilhosa sensação de Presença, e pensei comigo mesmo, “Então este é o Deus sobre o qual pregam!” Uma enorme paz tomou conta do meu ser e pensei, “Não importa quão erradas as coisas parecem estar, estão bem. Tudo está bem com Deus e o Seu mundo.” O que esta experiência desencadeou na vida de Bill Wilson está escrita em muitos livros e faz parte do folclore do AA. O novo convertido se juntou a um grupo de estudo de evangélicos fervorosos, parte de um movimento de reavivamento da época, chamado de “Oxford Groups”. Bill passou a freqüentar reuniões dominicais na igreja de Calvary, sendo pastoreado pelo ministro episcopal Sam Shoemaker, um dos líderes deste movimento nos Estados Unidos. Bill escreveu depois que, “O início do AA adquiriu suas idéias de auto-exame, confissão de defeitos de caráter, restituição por danos causados, e serviço aos outros direto dos “Oxford Groups” e do ensino de Sam Shoemaker, seu líder na América, e de nenhum outro lugar.” Para Bill, o serviço aos outros se tornou uma verdadeira cruzada de resgate de outros alcoólatras, entendendo que parte da sua recuperação se dava à medida que ele contava sua história e ajudava o seu próximo. Da mesma forma que Bill ajudava outros, estes outros, por sua vez, também procuravam ajudar seus próximos. Procedimentos foram adotados para orientar os diversos grupos. Mais importante ainda, o conteúdo foi se organizando. Tudo era, e é, muito simples. Tudo está dividido em pequenos passos do tamanho que uma pessoa quebrada consegue tomar, mas sem fugir das duras realidades que precisam nortear a vida do recuperando. A espinha dorsal do programa do que hoje é o AA se chama os 12 Passos, e são, na essência, uma caminhada espiritual. Bill levou esta mensagem primeira a um, depois a outro, depois a um grupo e depois a vários grupos. Desse modesto início, a mensagem de esperança e restauração, através de entrega a um “Poder Superior” tem se espalhado ao redor do mundo. Infelizmente, com o crescimento e a integração à liderança do movimento de pessoas de diversas visões religiosas, vieram mudanças. Dentro de cinco anos os primeiros grupos de AA já tinham se desligado dos “Oxford Groups”, considerados muito fervorosos e religiosos. A visão de Bill era de uma comunidade de alcoólatras DEDICADOS À AJUDA MÚTUA na batalha de se manterem sóbrios, através de um PROGRAMA DE CRESCIMENTO ESPIRITUAL, mas que não teria doutrina ou afiliação a qualquer linha de crença específica. O grupo seria aberto a pessoas de todas as fés, ou nenhuma fé. Para os “Oxford Grupos” o alvo era Jesus Cristo, mas para Bill, era a simples sobriedade. Mesmo com este desligamento das suas origens, o DNA do AA já estava estabelecido e o que Deus começou na vida do Bill Wilson e aqueles outros alcoólatras se tornou o modelo que até hoje orienta os grupos de 12 Passos. Hoje o AA está presente em mais de 145 países, com 89 mil grupos e mais de 20 milhões de sócios. No Brasil, foi fundado em 1947, e hoje conta com aproximadamente 5.170 grupos e 5.275.000 sócios. Como se isto não fosse o suficiente, o estilo e conteúdo deste programa, sintetizado nos 12 passos, foram imediatamente adaptados e aplicados para a restauração de pessoas sofrendo de uma ampla variedade de problemas. Conhecidos genericamente como “grupos de 12 Passos” ou “grupos de anônimos”, hoje são mais de 200 programas formados para lidar com problemas tais como o desejo compulsivo de jogar ou de comer demais, o vício em nicotina ou em outras drogas, e uma ampla gama de dificuldades emocionais. Apesar de o movimento de Doze Passos ser mais forte na América do Norte, onde começou, tem penetração considerável em outros lugares do mundo. Por exemplo, segundo os dados fornecidos pelas respectivas associações em 1993, o Al-Anon, programa de ajuda aos familiares de alcoólatras, tinha 32 mil grupos em mais de 104 países, e o NA – Narcóticos Anônimos, tinha 19 mil grupos em 87 países. Mais recentes são os Neuróticos Anônimos, os Comedores Compulsivos Anônimos e os Dependentes de Amor e Sexo Anônimos, entre vários outros. Todas essas associações têm grupos em funcionamento no Brasil. O programa do Celebrando a Recuperação segue, em muitas das suas atividades, o modelo repetido pelos grupos de 12 Passos (também chamados de grupos de “ajuda mútua”) ao redor do mundo. Como crentes, porém, o sucesso do programa no mundo não é motivo suficiente para desenvolvermos um ministério semelhante na igreja. A Bíblia diz que precisamos “discernir o que é melhor”. Não é nossa intenção imitar o mundo, nem mesmo os sucessos do mundo. Por isso, é necessário ler, estudar e conhecer os programas, literaturas e pessoas experientes, tanto dos grupos de 12 passos seculares, como cristãos. O que fica claro é que quem está imitando quem é exatamente o oposto do que parece. Na verdade, pelas suas origens, seu estilo de funcionamento e seu conteúdo, os grupos de 12 Passos ao redor do mundo e, independente do perfil do público alvo, estão, consciente ou inconscientemente, imitando e até propagando o evangelho de Jesus Cristo. Não queremos dizer com isto que os grupos de 12 Passos (AA, NA, Al-Anon, etc.) são cristãos. Não são. Mas temos a convicção de dizer que o modelo dos 12 Passos é. CONVICÇÃO DE PECADO, CONVERSÃO, ENTREGA A DEUS, AUTO-EXAME, CONFISSÃO, RESTITUIÇÃO, ORAÇÃO E TESTEMUNHO; estes são todos elementos clássicos de uma fé genuinamente bíblica e cristã. Do ponto de vista oficial do AA e dos demais grupos de ajuda mútua, como as pessoas escolhem compreender a relação entre recuperação e salvação é completamente individual. O foco único do AA é ajudar alcoólatras a manter a sobriedade, independente da sua fé, ou até da sua falta de fé. Mas porque os 12 Passos são uma estrutura de discipulado espiritual firmado em princípios bíblicos, não só podem orientar a recuperação de quem sofre de vícios, traumas e maus hábitos, como podem servir como uma ponte verdadeira fé cristã.