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Slide 1 sobre apresentação

Pode falar o Infanticídio é um crime privilegiado por envolver alterações


fisiológicas que se refletem como incapacidade do executor em avaliar a
intensidade do delito que se está cometendo.
O tema é relevante por ser pouco conhecido do grande público de modo que
desperta interesse e ramificações.

No slide 2 você pode falar

Este estado puerperal pode ser identificado como fator elementar na


execução deste crime diferenciando o tratamento especial dado a este crime de
matar pelo Código Penal Brasileiro.

No slide 3

Os objetivos foram criados de forma a contemplar a doutrina e a jurisprudência


acerca do assunto, de modo que se engloba o tema como um todo para
conhecimento do leitor.

No slide 4

A pesquisa não se esgota em sua relevância, o tema é extenso e útil a sociedade


de modo que toda pesquisa se mostra válida.

No slide 5

Foram utilizadas obras e autores conceitualizados e respeitados que possuem o


devido conhecimento sobre o assunto, bem como as leis vigentes.

No slide 6

A metodologia seguiu a ordem do manual da FACIC contando apenas com a


pesquisa bibliográfica.
No slide 7 só falar que esses foram os livros utilizados

No slide 8 capítulo 1

O infanticídio, no decorrer dos tempos, teve várias formas de definições e


maneiras de ser punido. Nenhum outro crime foi de um extremo ao outro quanto
o infanticídio, nota-se que ele variava entre a impunidade absoluta à severidade
brutal das penas.
Com essa nova redação podem ser tirados dois conceitos básicos que
devem ser detalhados para que se compreenda melhor o crime de infanticídio.
O primeiro deles é o ato de matar, que pode ser definido como tirar a vida de
alguém. O segundo que deve ser compreendido é a influência do estado
puerperal, o que caracteriza o crime de infanticídio.
Nesse sentido, entende o legislador pátrio que o infanticídio é um
homicídio privilegiado, cometido pela mãe contra o recém-nascido, estando está
sob influência de condições fisiológicas especiais, ou seja, referido estado
puerperal.

No slide 9 capítulo 2

O exame pericial, será orientado na busca dos elementos constituintes do


delito a fim de caracterizar: os estados de natimorto, o de feto nascente, o de
infante nascido ou o de recém-nascido (diagnóstico do tempo de vida); a vida
extrauterina (diagnóstico do nascimento com vida); a causa jurídica de morte do
infante (diagnóstico do mecanismo de morte); o estado psíquico da mulher
(diagnóstico do chamado “estado puerperal”); e a comprovação do parto
pregresso (diagnóstico do puerpério ou do parto recente ou antigo da autora).
Sob a luz da nossa legislação penal, é salutar, para a configuração do
crime de infanticídio, que a mulher seja portadora de grave perturbação
psicológica.
O exame pericial na questão da avaliação do estado mental da infanticida
deve consistir em apurar determinados quesitos.
O estudo em questão mostra o quão é desafiador para o médico-legista a
caracterização precisa e minuciosa do exame pericial no crime de infanticídio.
Sem dúvida, essa prova técnica pode desencadear na seara processual penal
cominações distintas. Sendo um crime doloso contra a vida, o julgamento vai a
júri popular, sendo determinante para a justiça criminal, a presença nos autos de
exame pericial, já que é decisivo na questão de materializar se a mãe agiu sob
influência do estado puerperal ou não, o crime de infanticídio é punido com pena
de detenção e não reclusão como no crime de homicídio.
Portanto, a perícia médico-legal é de extrema importância para a esfera
processual penal, visto que sem essa prova técnica, a Justiça jamais teria
condições de fundamentar e alicerçar o conteúdo disciplinador de uma sentença,
dentro de um critério legalista e justo com o "mundo dos fatos", pois, certamente,
lhe faltariam elementos técnicos consistentes e convincentes.

Slide 10 Capítulo 3

O Estado Puerperal é a elementar do Infanticídio. É aquela circunstância


que envolve a mãe durante a expulsão da criança do ventre, podendo ter
profundas alterações psíquicas e físicas, transtornando a parturiente deixando-
a sem plenas condições de compreender o que está realmente fazendo.
Assim, o Estado Puerperal é uma hipótese de semi imputabilidade que foi
abordada pelo legislador com a criação de um tipo especial diferente do
homicídio simples, que possui apenas a elementar matar. Isso porque, , o próprio
Código Penal, em seu artigo 123, faz menção ao estado puerperal, considerando
que este se trata de um período de perturbações, que acometem as mulheres,
de ordem física e psicológica decorrentes do parto. Ocorre, por vezes, que a
ação física deste pode vir a acarretar transtornos de ordem mental na mulher,
produzindo sentimento.
O atual Código Penal Brasileiro considera fundamental essa perturbação
psíquica que o estado puerperal pode provocar, é essa perturbação que
transforma a morte do próprio filho em um delictum exceptum, se não ficar
provado que a mãe tirou a vida do próprio filho nascente ou recém-nascido sob
a influencia desse estado, a morte irá se enquadrar na figura típica do homicídio,
mesmo que o crime tenha sido praticado durante o parto, nesse sentido e torna
indispensável uma relação de causalidade entre o estado puerperal e a ação
delituosa, caso contrario manter esse privilegio representaria uma inversão
odiosa da ordem natural dos valores protegidos pela ordem jurídica.

Slide de conclusão

As discussões que permeiam o tema Infanticídio e o estado puerperal


ainda serão constantes sempre que se deparar com tal crime, resultando na
busca da aplicação do sistema jurídico, como regulador da ordem social, em um
caso que foge à clareza natural da vida humana. Diante desses aspectos, a
manutenção do critério fisiopsicológico adotado pelo Código Penal vigente, ainda
parece ser o mais adequado, já que exige a comprovação da influência do estado
puerperal para a caracterização do crime de infanticídio, porém, uma vez que a
realização desta comprovação é muito complicada, em caso de dúvida, deve-se
sempre se decidir a favor da existência do estado puerperal.

PORQUE ESCOLHEU ESSE TEMA

A escolha do tema justifica-se em função de que a partir do Código Penal de


1940, no caso do infanticídio passaram a serem considerados aspectos
fisiopsicológico, estabelecendo necessariamente a presença da influência do
estado puerperal para configurar o crime. Esta alteração se deu com base
levando em conta os transtornos psíquicos os quais as mães apresentam em
decorrência do parto, antes e depois deste, os quais são provenientes do
chamado estado puerperal.

A IMPUTABILIDADE

O artigo 123 do Código Penal estabelece uma pena variável de dois a seis anos
de detenção para a mulher que pratica o infanticídio. Verifica-se que a sanção
penal é especialmente abrandada para a puérpera, no entanto, pressupõe o
artigo de lei a existência de responsabilidade atenuada e, por via de
consequência, de culpabilidade.
Quando foi redigido o artigo 123 do Código Penal pretendeu incluir os
casos em que a mulher, mentalmente sã, mas abalada pela dor física do
fenômeno obstétrico, fatigada, enervada, sacudida pela emoção, vem a sofrer
um colapso do senso moral, uma liberação de impulsos maldosos, chegando por
isso a matar o próprio filho.
Ou seja, o legislador se ateve àquela mulher que, sob o trauma do parto
e dominada por elementos psicológicos, se defronta com o produto, talvez não
desejado e temido, de suas entranhas, vindo, por vezes, a atuar contra a vida do
infante.
Ainda nesse sentido, a influência do estado puerperal não é equivalente
à incapacidade psíquica. A lei penal, ao criar o delito autônomo de infanticídio,
estabeleceu “um caso especial de responsabilidade diminuída”, cominando uma
pena sensivelmente mitigada.
Assim, o puerpério não é condição para a tipificação da conduta da agente
sob a forma de infanticídio. Na maioria das circunstâncias, é possível que a
culpabilidade seja reconhecida, afastada ou, ao menos, diminuída. Somente
admitir-se-á a sua imputação quando, acometida por estado puerperal, a agente
mantém intacta a capacidade de conhecer o caráter ilícito dos fatos e de
autodeterminar-se de acordo com tal entendimento.

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