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Atividade Extra

Carnaval

1. Carnaval! Tempo de folia e fantasia... Festa de tradição, o carnaval


preenche com cor e música as ruas e salões da cidades brasileiras. De
norte a sul, o povo é convidado a vestir a fantasia e festejar embalado
pelos mais diversos ritmos: maracatu, samba, axé, frevo, remontando à
constituição histórica do país, bem como aos povos que aqui aportaram
e criaram raízes. Então, cabe-nos investigar: de onde vem o carnaval?
Como tudo isso começou?

1.1. Para responder àquelas perguntas, precisamos nos voltar para a


história, pois existe todo um percurso que faz com o que carnaval seja,
hoje, o que é. Nossas festas tradicionais estão intimamente relacio-
nadas com a identidade brasileira, que é, em sua essência, miscige-
nada e, portanto, diversa. Então, para compreendermos um pouco mais
as origens do carnaval, leiamos o texto a seguir:

Carnaval, Bel Andrade Lima

Carnaval: origem e evolução


A palavra carnaval derivada da expressão latina “carne levale”, começou a se tornar conhecida
por volta dos séculos XI e XII e significa “retirar a carne”, ou seja, “abstenção da carne” e está
associada ao controle dos prazeres mundanos.

Apesar de ser lembrada apenas como uma festa pagã, o período chamado carnaval marca a vés-
pera da quarta-feira de cinzas, exatamente o dia em que se inicia a abstenção de carne (jejum da
Quaresma). O carnaval está, portanto, diretamente ligado à Quaresma, pois, é como se fosse uma
última oportunidade de dar vazão às compulsões antes do período de 40 dias de jejum e oração
que antecedem a Páscoa. Os Cristãos geralmente se abstêm de certos alimentos ou atividades que
gostam de praticar como penitência para se prepararem para a Páscoa.

As comemorações do carnaval costumam se iniciar no sábado e se estendem até a quarta-feira de


cinzas. A “terça-feira gorda” é oficialmente o último dia de Carnaval e a quarta-feira de cinzas
marca o início da Quaresma (que antecede a Páscoa). Essa época é caracterizada por muita folia
e irreverência, pois as pessoas liberam a imaginação nas fantasias, músicas e bailes.

A data da Páscoa define a data do carnaval e outras datas “móveis” (mudam a cada ano) do ca-
lendário. A Igreja Católica celebra a Páscoa (Ressurreição de Cristo) acompanhando o calendário
judaico que celebrava a libertação da escravidão do Egito para a liberdade da Terra Prometida
por Deus a Abraão. De acordo com Aquino (2008, p. 1): “...o calendário judeu era baseado na
Lua, então a data da Páscoa cristã passou a ser móvel no calendário cristão, assim como as de-
mais datas referentes à Páscoa, tanto na Igreja Católica como nas Igrejas Protestantes e Igrejas
Ortodoxas”.

Os países católicos do sul da Europa e América latina costumam celebrar todos os anos a festa de
carnaval e em cada lugar as manifestações são bastante diversificadas, mas, têm em comum a
alegria e a descontração.

As festas de carnaval nos contam muito sobre um povo e seus anseios, revelando em suas mani-
festações de folia seus costumes, modo de pensar e de viver, bem como por vezes revelam situa-
ções de crise política ou social.

O período de carnaval proporciona aos indivíduos uma sensação ilusória de igualdade e liberda-
de, diminuindo as diferenças entre as camadas sociais e indo também de encontro aos tabus e
regras da sociedade:

A festa carnavalesca é o momento de total inversão do regime dominante: a li-


beração, ainda que provisória, a abolição das hierarquias, regras e tabus, o con-
graçamento pagão. Desejos oníricos de um lugar outro e de um tempo outro, de
uma utopia e de uma ucronia. Tal abolição tem um sentido especial. Nas festas
oficiais, as distinções hierárquicas, com insígnias, títulos, discursos e pompas,
marcavam intencionalmente as desigualdades. Na festa popular, o ideal utópico
e o real constituíam uma parte essencial da visão carnavalizada da vida e do
mundo. Em consequência, essa eliminação provisória, ao mesmo tempo ideal e
efetiva, das relações hierárquicas entre os indivíduos, criava na praça pública
um tipo particular de comunicação, inconcebível em situações normais
(BAKHTIN, 1993, p. 9).

No Brasil fica muito evidente essa inversão de valores, o sarcasmo e a ironia que brincam com
situações da realidade. São várias as demonstrações do “mundo ao revés”, de acordo com Mi-
randa (1997, p. 134): troca-se o dia pela noite, a vida do bairro pelo centro da cidade, o território
do trabalho dá lugar ao território da dança e do prazer
Ainda de acordo com Miranda (1997, p. 126), a festa carnavalesca é um traço marcante quase
onipresente em várias práticas culturais e no imaginário do povo brasileiro, influenciando as ma-
nifestações artísticas tanto no cinema, como na literatura e na música.
A forma mais antiga de diversão nessa época do
ano era o entrudo, que foi trazida pelos coloni-
zadores portugueses em que senhores e escra-
vos saíam às ruas para participar de jogos e
brincadeiras onde aparentemente estavam em
situação de igualdade, porém, seus papéis defi-
niam bem em que posição estavam já que, co-
mumente, os escravos eram os “alvos” nas brin-
cadeiras de atirar limões e laranjas de cheiro,
por exemplo. Nessa época os negros costuma-
vam brincar entre si quando os senhores já ha-
viam se recolhido ou pela manhã bem cedo.

Houve uma considerável mudança nas camadas


sociais nas cidades do centro-sul no período de
1870 a 1930 devido ao rápido enriquecimento
trazido pela cultura cafeeira, primeiramente ao
redor do Rio de Janeiro ocupando depois o Vale
do Paraíba em direção a São Paulo.
Frevo, Carybé
Nesse período apareceram formas de divertimento que se restringiam ás cama-
das superiores da sociedade em detrimento às maneiras antigas de festejar que começaram a ser
vistas como inadequadas e passaram a ser exclusivamente das camadas mais populares.
A camada mais abastada modificava suas atividades festivas pela importação e adaptação às
condições brasileiras das maneiras europeias de se divertir, não criando nada de realmente novo,
apenas utilizando suas possibilidades econômicas para aqui introduzir as usanças d’além-mar; as
camadas populares, no entanto, não contando com recursos necessários às importações, usavam
sua criatividade e as experiências anteriores para elaborar formas novas de divertimento. (SIM-
SON, 1981, p.47).
No século XIX e início do século XX, estando já desenvolvidos os meios de comunicação, os
jornais da época começaram a fazer campanha contra o entrudo, pois somente aos burgueses era
permitido desfilar e o povo apenas podia assistir sem participar. Já existia há bastante tempo uma
série de medidas municipais que proibiam essas brincadeiras das camadas mais altas da socieda-
de e cobravam dos chefes de polícia o cumprimento das mesmas.

O Entrudo era uma forma primitiva e violenta de diversão que se baseava em atirar coisas uns
nos outros (água, farinha, frutas, etc.) e permaneceu até os anos de 1880, quando a intensa cam-
panha da imprensa juntamente com a ação repressiva da polícia tornou o carnaval mais “civiliza-
do”.

De acordo com (Galdin, 2000; p.49) na década de 1880, aconteceu uma junção do carnaval de
rua (o prétito) com carnaval de salão (os fantasiados dos bailes) e dessa união nasceram as asso-
ciações carnavalescas.

O Brasil recebeu influência dos bailes de carnaval de outros países, a exemplo da Itália, sobretu-
do de Veneza com seus desfiles de máscaras. Ainda hoje, quando se fala em carnaval na Itália,
normalmente são lembradas as festividades de Veneza e Viraggio, na Toscana, pois conquista-
ram fama mundial.
Muitos dos trajes e figurinos característicos do século XVIII, tentavam reproduzir o estilo e a
moda dos nobres desta época, as máscaras nobres, com caretas branca, roupa de seda negra e
chapéu de três pontas. Posteriormente somaram-se a essas o modelo das personagens da Com-
media dell’Arte (figuras de representações teatrais comuns na Itália e em toda Europa desde o
século XVI até meados do século XVIII – algumas cultuadas até os dias atuais):
...Arlequim (criado de roupa em losangos, inteligente, sedutor e trapalhão), a Colombina (criada,
sua apaixonada), Briguela (criado ganancioso e espertalhão), o Burratino (criado sagaz), o capi-
tão Scaramouche (aventureiro militar e navegador) , Doutor (médio ou aristocrata), Pantaleão
(mercador aventureiro estúpido), Polichinelo (corcunda enamorado, cruel e astuto), os Zanni
(criados espertos e atrevidos), os Jester ( palhaços, bobos ou tolos), as damas elegantes e requin-
tadas, a que se juntaram depois as máscaras do Pierrot (figura inocente, belo, charmoso e gentil)
e dos gatos, entre outras mais recentes. Recife, 28 de dezembro de 2016.
Fonte: http://basilio.fundaj.gov.br//>. Acesso em: 08.02.2019

a) Pudemos ver, com o texto, que o Carnaval era um tempo de despedidas dos prazeres da
carne e originalmente era o período anual das festas profanas na Europa, aquelas que não tinham
vínculos com a religião. Mais tarde, o carnaval foi incorporado pela igreja católica, pois precedia
o tempo da Quaresma. Chegando aqui, a festa se misturou a vários outros festejos do mundo e
nunca mais foi um só. Recebeu influências das culturas africanas, donde deriva a música brasi-
leira mais popular: o samba!

A HISTÓRIA DO SAMBA: UNINDO BRASILEIROS E AFRICANOS


por Gláucia Quênia

Mesmo com o passar do tempo, o samba não deixa dúvidas da relação entre o Brasil e
a África. Desde sua origem até hoje, brasileiros e africanos procuram enfatizar a seme-
lhança que os dois têm quando o assunto é samba. Os dois continentes irmãos traba-
lharam juntos para terem hoje, em suas culturas, um dos gêneros mais apreciados pelo
mundo, transformando o samba em um símbolo da cultura afro-brasileira.

Explicações são o que não faltam sobre a origem do termo “samba”. Enquanto uma
linha de pesquisa afirma que o termo nasceu da língua árabe, sendo no início “zambra”
ou “zamba”; outros afirmam que é originário de uma das diversas línguas africanas
existentes, o quimbundo. Neste caso, morfologicamente, “sam” significa “dar” e “ba”
significa “receber”, ou então, “coisa que cai”. Há, ainda, uma terceira versão, que afir-
ma que o termo é de procedência angolana ou congolesa, que conta com a grafia
“semba” (umbigada). Versão, que no Brasil, é a levada mais a sério.

Carnaval de Quelimane, Moçambique

Considerado uma manifestação popular africana, o samba é estimado como um ritmo


urbano característico do Rio de Janeiro, cidade capital do Brasil colônia. As primeiras
canções do gênero foram associadas ao Carnaval, elas eram marchinhas arranjadas por
compositores de peso, como Heitor Prazeres, Pixinguinha, João da Baiana, que compu-
nham sambas-maxixe, e como Chiquinha Gonzaga, que marcou a história da música,
com seus hinos carnavalescos como o inesquecível “Ô Abre Alas”. As marchinhas inici-
almente eram criadas por esses reconhecidos compositores, que eram remunerados
pelas escolas de samba. Ao longo do tempo, elas foram substituídas pelos sambas-
enredo. Mais tarde, o gênero ganhou estruturas modernizadas; sendo dois grupos fun-
damentais para essa nova “cara” que o samba estava ganhando: os grupos carnavales-
cos dos bairros Estácio de Sá e os do bairro Osvaldo Cruz, com compositores dos mor-
ros da Mangueira, Salgueiro e São Carlos.

Chiquinha Gonzaga
Em razão das deficiências imobiliárias, as pessoas com baixa renda passaram a se des-
locar para os morros do Rio de Janeiro, O samba acompanhou o processo e dessa nova
estrutura social surgiram novos ta-
lentos musicais. A consolidação do
gênero vem com o surgimento das
“tias baianas”, peças fundamentais
na composição do samba urbano. Os
instrumentos que formaram a base e
foram essenciais para a composição
do samba foram os de percussão,
como pandeiros e chocalhos. Ao
passar dos anos, outros instrumen-
tos ganharam espaço, como cava-
quinho e cuíca. Além disso, para que
as escolas realizassem seus desfiles
na passarela do samba com o tempo
determinado pelo regulamento, um
novo formato foi introduzido – o rit-
mo mais acelerado, aquele que hoje
deixa qualquer um com vontade de dançar.

Fonte: http://www.afreaka.com.br/notas/a-historia-do-samba-unindo-brasileiros-e-
africanos/ Acesso em: 14.02.2019.

b) O ser humano é um ser social, histórico e também um sujeito festivo. Em todos os cantos do
mundo as pessoas fazem festa, seja aqui, seja em outros países, nós festejamos! Tais festas são
manifestações culturais de um povo, que se articulam com sua história, geografia e produções
artísticas. Mas, afinal, o que Carnaval tem em comum com os brasileiros? O que você entende
quando se afirma que o ser humano é um ser social?
c) Você ouviu falar sobre os blocos de carnaval? Blocos de carnaval são grupos organizados de
pessoas que saem às ruas no período de festa e percorrem vários trechos da cidade. Também co-
nhecidos como blocos de rua, geralmente são acompanhados por bandas, que entoam marchinhas
tradicionais e também aquelas produzidas especialmente para determinado bloco. Durante o car-
naval, os carros saem de cena e a rua é ocupada pelos carnavalescos. Veja alguns tipos de blocos
existentes:

Principais tipos de blocos de carnaval

- Blocos de enredo: são muito comuns no Rio de Janeiro. Possuem samba-enredo e uma relativa
organização no desfile. Muitos deles são embriões de escolas de samba.

- Blocos líricos: são comuns em Pernambuco. O destaque é para as músicas, frevos e marchinhas
carnavalescas antigas. As pessoas desfilam nas ruas, geralmente usando fantasias.

- Blocos de sujo: são comuns em São Paulo e Rio de Janeiro. São descontraídos e propositalmente
desorganizados e improvisados. As pessoas desfilam nas ruas usando fantasias geralmente feitas
por elas mesmas. Cantam marchinhas carnavalescas, sambas-enredo ou até mesmo músicas relaci-
onadas ao cotidiano ou com temas envolvendo críticas políticas com tom bem humorado.

- Blocos afro: valorizam a cultura afro-brasileira nas músicas, ritmos, vestimentas e fantasias. São
muito comuns na cidade de Salvador (BA).
1.2. Que tal formarmos aqui na Escola nossos blocos de carnaval? O convite é de que cada funde
o seu bloco, organizado por temática, vestimentas semelhantes e músicas. É como se nossa Esco-
la fosse, então, a rua, vamos ocupá-la?
1.3. No texto que lemos as autoras afirmam que o carnaval, remontando à sua origem, é o mo-
mento em que os papeis sociais podiam ser invertidos, pois nesse festejo homens e mulheres
escravizados brincavam e se divertiam junto dos senhores, os moradores de regiões periféricas
das cidades iam ao centro, os trabalhadores deixavam seus locais de trabalho para viver um mo-
mento de fantasia. No entanto, quando findava o carnaval, na quarta-feira de cinzas, todos volta-
vam às suas rotinas. Para você, criança brincante, é importante viver momentos de brincadeira e
fantasia? Pensando no trabalhador comum, o que o momento do carnaval pode significar para
ele? É importante sair um pouco da rotina e poder brincar, dançar e fantasiar? Por quê?

“A gente trabalha
O ano inteiro
Por um momento de sonho
Pra fazer a fantasia
De rei ou de pirata ou jardineira
Pra tudo se acabar na quarta-feira”

Tom Zé, A felicidade Maracatu, Mauro Villas

2. Leia mais atentamente o seguinte trecho do texto:

“A festa carnavalesca é o momento de total inversão do regime dominante: a liberação, ainda


que provisória, a abolição das hierarquias, regras e tabus, o congraçamento pagão. Desejos oníri-
cos de um lugar outro e de um tempo outro, de uma utopia e de uma ucronia.”
(Mikail Bakhtin, 1993.)
2.1. Agora, para compreender melhor o que diz o texto, busque no dicionário as palavras utopia e
ucronia. Em seguida, registre-as em seu caderno.
2.2. Compreendido os sentidos de utopia e ucronia, reflita: há algo que hoje você vê como uto-
pia? Qual a utopia você gostaria de realizar?
2.3. Se o carnaval é o tempo de troca de papeis sociais, precisamos compreender os papeis que
exercemos na sociedade. Converse com seu professor e com seus colegas sobre esse assunto.
Você, criança criativa, que papeis exerce em sua casa e na escola? E o seu professor? E se pu-
desse ser outro, fictício ou real, o que escolheria ser? Você acredita que qualquer papel social
pode ser usado como fantasia durante essa festa popular?
2.4. Aqui, em nosso Lugar, há um todo Escola Espaço Criativo composto por muitos, que guar-
dam semelhanças e diferenças entre si. Você já pensou para pensar nos diversos papeis que as
pessoas que cá convivem exercem? Quais são as diferentes funções que as pessoas desempe-
nham aqui? Como tais funções se relacionam com você e com seus colegas?
2.5. Agora, lhe convido a produzir o seu projeto da fantasia que você usará durante o Gritinho de
Carnaval. Pense no materiais que deseja utilizar, nas cores e formas que ela terá. Em seguida
faça o croqui de sua vestimenta.
3. O Brasil é mundialmente conhecido pelo carnaval, sobretudo pelos carnavais das cidades do
Rio de Janeiro e de São Paulo, aqueles que reúnem as escolas de samba nos sambódromos. As-
sim, muitas vezes compreendemos essas formas de festejar o carnaval como as únicas, pois são
também as mais disseminadas pelos meios midiáticos. No entanto, em um país de dimensão con-
tinental e tão diverso, podemos falar de carnavais, escrito assim mesmo, no plural, já que são
muitas as suas formas.
3.1. Para conhecermos mais a fundo essas manifestações populares organizem-se em quatro gru-
pos. Em casa, O Grupo 1 ficará responsável por pesquisar como o carnaval é festejado na Ba-
hia; o Grupo 2 pesquisará sobre a festa na região Sudeste; o Grupo 3 deverá investigar como o
festejo acontece nas cidades de Olinda e Recife, e o Grupo 4 pesquisará sobre o carnaval do
estado do Pernambuco. Para tanto, busquem trazer imagens e registros escritos sobre as festas,
e até mesmo vídeos. Feito isso, comparti-
lhem suas descobertas com o grupo.
4. Cá em nossa Escola buscamos pautar
nossas práticas em atitudes mais susten-
táveis. Portanto, ao longo do ano, inves-
tigaremos e proporemos formas de fazer
com que a relação estabelecida com o
meio ambiente seja mais equilibrada e
respeitosa. Se assim é, há algo importante
a se pensar ainda falando sobre carnaval:
a geração de resíduos diante de tanto con-
fete e serpentina que lançamos para brin-
car. Você sabe de que material são feitos
o confete e a serpentina? Para onde vai
todo esse material quando finda a brinca-

Carnaval, Candido Portinari


deira?
5. E em sua cidade, como é comemorado o carnaval? Durante o festejar as pessoas saem às ruas,
vão aos clubes e salões e com isso consomem bebidas, comidas e serviços. Todas essas ativida-
des de consumo geram toneladas de resíduos orgânicos e recicláveis. E depois das festas, para
onde vai todo o lixo gerado?
6. Goiânia também pula carnaval e, por outro lado, gera muito lixo durante esse período. Obser-
ve na notícia os dados referentes à festa de 2018.

Principais regiões do carnaval em Goiânia produziram


oito toneladas de lixo
Para recolher os resíduos deixados pelos foliões foram necessários mil sacos de 100
quilos cada

As principais regiões do Carnaval em Goiânia produziram, no sábado (10), domingo (11) e se-
gunda-feira (12) cerca de oito toneladas de lixo. No período de pré-carnaval e nos outros dias
da folia, segundo o presidente da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), Denes
Pereira, os resíduos aumentaram em 10%.

Para recolher os resíduos deixados pelos foliões foram necessários mil sacos de 100 quilos
cada, segundo Denes. O presidente ressalta que o aumento da quantidade de lixo produzida
ocorre em toda a capital, no entanto, cinco regiões exigem ação especial dos funcionários da
Comurg: Praça Cívica, Rua 115, Cepal Setor Sul, Parque Vaca Brava e Ginásio Goiânia Arena.

No período do carnaval, conforme Denes, os materiais mais comuns são latinhas de cerveja,
embalagens de alimentos, copos plásticos e garrafas de vidro. Estas últimas são fonte de pro-
blema para os funcionário da Comurg, uma vez que, quando mal acondicionadas, podem cortar
os responsáveis pelo recolhimento do lixo.

Denes ressalta ainda outro problema típico do lixo de carnaval, os bueiros entupidos. Os resí-
duos quando jogados de forma irresponsável nas bocas de lobo podem, por conta da chuva,
entupir as mesmas e transbordar causando alagamentos, enxurradas e outros transtornos.
Durante o carnaval, segundo o presidente da Comurg, a companhia precisa do dobro de seu
efetivo para conseguir dar conta de todo o lixo. Denes explica que após cada evento uma equi-
pe faz a limpeza do local e depois do carnaval os funcionários realizam uma ação especial em
toda a cidade em busca dos pontos que mais precisam de atenção.

Para Denes, se divertir durante o carnaval é um direito de todos, mas ter responsabilidade com
o lixo deve ser um dever. “Todas as pessoas podem pular o carnaval, nós não queremos que
isso acabe. Mas é preciso ter mais responsabilidade com a destinação correta do lixo. Algumas
atitudes simples podem ser tomadas
como levar seu próprio copo para a
festa e evitar os copos plásticos,
guardar o lixo até encontrar uma lixei-
ra e optar por materiais descartáveis”,
orienta o presidente da Comurg.

Fon-
te:https://www.emaisgoias.com.br/prin
cipais-regioes-do-carnaval-em-
goiania-produziram-oito-toneladas-de-
lixo/

Acesso em: 12.02.2019.

7. Junto com os seus colegas, pensem em soluções sustentáveis para o nosso já tradicional Griti-
nho de Carnaval. Há alternativas para o uso do confete e serpentina? Quais materiais podemos
utilizar para construir as fantasias? Elenque essas possíveis soluções em seu caderno para que
depois, juntos, cheguemos a uma conclusão sobre o tema.
8. Como vimos no início da Atividade, Carnaval é uma comemoração que surgiu há muito tem-
po, no início da civilização, na Grécia Antiga. Festejava-se, em agradecimento aos deuses, coisas
boas da vida, como a fertilidade do solo, que lhes proporcionava alimentos nutritivos e saboro-
sos. Essa palavra "carna-val" significa prazer da carne, do corpo. É mais um momento de cele-
brar nossos sentidos, experimentar e nos alegrar com as belezas do mundo que habitamos. De
que forma podemos fazer isso? Agora que já conhecemos um pouco mais sobre o carnaval, re-
presente com imagens, em seu caderno: o que esta festa desperta em você?

Referências:
VERARDI, Cláudia Albuquerque; NOGUEIRA, Lara. Carnaval: origem e evolução. Pesquisa
Escolar Online, Fundação Joaquim Nabuco, Recife. Disponível
em:< http://basilio.fundaj.gov.br//>. Acesso em 10.02.2019.

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