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CURSO BÍBLICO: LIVRO DE ATOS – UMA IGREJA COM PODER

Prof. Eliseu Pereira eliseugp@yahoo.com.br

LIÇÃO 1 ­ INTRODUÇÃO

Texto devocional:

“Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e ser-me-eis


testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até
aos confins da terra” (Atos 1.8).

1. Livro:

a. Quem escreveu: Lucas

b. Para quem: Teófilo (“que ama a Deus” ou “que é amado por


Deus”)

c. Quando e onde: 62-63 d.C. em Roma

d. Porque: “acurada investigação de tudo desde a origem, dar... por


escrito... uma exposição em ordem, para que tenhas certeza das
verdades em que foste instruído” (Lc 1.3, 4).

e. Propósitos: missionário - apologético - didático

f. Abrangência histórica: de 30 a 62 d.C.

g. Personagem principal: Espírito Santo – suas ações são apresentadas


em todos os capítulos do livro e seu nome é mencionado cerca de 70
vezes (exemplos: At.1.8, 2.4, 2.17, 9.17, 13.9, etc.):

h. Palavras-chaves: “Ascensão”, “descida” e “expansão”.

i. Núcleo: poder para anunciar o evangelho de Jesus Cristo a toda


criatura.

2. Cronologia:

-pentecoste -concílio de Jerusalém -


viagem de Paulo a Roma

       ­ 3ª Viagem missionária                                 
         ­libertação e viagem p/ Espanha                         
                                                                  ­ 2ª prisão 
em Roma

30 34 46 49 52 49 52 57       59 60 61 62 63   66 67      
-conversão de Paulo -prisão de Paulo

- 1ª Viagem missionária
-1ª prisão em Roma -morte de Paulo

- 2ª Viagem missionária

3. Esboço do livro:

a. Testemunhas em Jerusalém: capítulos 1 a 7

b. Testemunhas na Judéia: capítulos 8 a 12

c. Testemunhas em todos os confins da terra: capítulos 13 a 28

i.Viagens missionárias de Paulo: capítulos


13 a 21

ii.Prisões de Paulo e viagem a Roma: capítulos


22 a 28

4. Fatores prejudiciais à pregação: Jesus havia sido condenado e


executado como criminoso. A pregação do evangelho baseado na morte e
ressurreição de Jesus era uma escândalo para judeus e gentios (1 Co
1.22-24).

a. Judeus:

i. Os primeiros missionários não tinham formação


rabínica formal (Atos 4.13), mas afirmavam ter base na lei de
Moisés.

ii. Era impossível para os judeus admitir que Jesus, um


mestre carpinteiro, fosse maior que Moisés, muito menos Deus,
como diziam os cristãos.

iii. A possibilidade de adorar alguém que havia sido


crucificado era uma blasfêmia. Não havia paralelo na história
judaica de que alguém que houvesse sofrido tal condenação fosse
de Deus.

iv. Outra dificuldade para os judeus era a afirmação dos


cristãos “Jesus é Senhor” porque equivalia a afirmar que ele era o
próprio Jeová.

v. O nascimento virginal de Jesus era associado a


deuses gregos pagãos.
vi. Os judeus acusavam os cristãos de desprezar o
templo: “não habita o Altíssimo em casas feitas por mãos
humanas” (Estêvão em At 7.48).

vii. Os cristãos não observavam preceitos da lei de


Moisés.

b. Greco-romanos:

i. Os romanos faziam diferença entre religião


e fé (superstição). A religião era um acordo do Estado com os
deuses para defesa do império à medida que os cidadãos lhes
prestassem culto. A religião era assunto público e todos deveriam
participar dos cultos, independente de crer nos deuses.

ii. Os romanos não se importavam com as superstições


particulares desde que não trouxesse prejuízo ao império nem
excessos contrários à lei.

iii. Os cristãos eram acusados de ateísmo porque não


cultuavam os deuses comuns e tinham que se defender
constantemente de boatos de canibalismo (comer a carne de
Cristo), incesto (amar irmãos) e anti-sociabilidade.

iv. Barreira intelectual: a morte na cruz era sinal de


escravidão, fraqueza, inferioridade e vergonha (1 Co 1 e 2, Cl 1).
Barreira cultural: o cristianismo prosperava entre as camadas mais
pobres da população (1 Co 1.26).

v. Os cristãos foram expulsos de Roma no ano 52-53


d.C. pelo imperador Cláudio (Atos 18.1, 2). Autoridade e
submissão: “César é Senhor” X Jesus “é o Senhor”: 30 anos d.C.,
associar-se aos cristãos era correr risco de vida.

5. Fatores favoráveis à pregação:

a. Os romanos não tinham regras rígidas quanto ao governo das


províncias: cabia aos governadores decidir sobre os crimes comuns.
Somente os procônsules tinham poder para condenar à morte nas
províncias. A lei romana favorecia os cristãos. Muitos governantes e
centuriões confundiam os cristãos com judeus que gozavam de
proteção oficial.

b. Vários filósofos gregos já haviam demonstrado a insuficiência do


politeísmo e paganismo e dado indicações em relação ao
monoteísmo. Havia interesse por superstições e religiões de mistérios
orientais em contraste com a religião oficial do Estado Romano. Elas
dava uma resposta mais satisfatória para o problema da culpa,
segurança e imortalidade.
Reflexão: Compare a sua experiência com a mensagem central do livro de
Atos, e se ela reflete o projeto de Deus para você e para a sua igreja.
LIÇÃO 2 – TESTEMUNHO EM JERUSALÉM – 1ª Parte 

Texto devocional:

“[Jesus] é a pedra que foi rejeitada por vós, os edificadores, a qual foi posta por cabeça de
esquina. E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome
há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos”. (Atos 4.11,12, c/c 2 Pe 2.5­8)  

1. Pentecoste: descida do Espírito Santo:

a. Festa: em hebraico Shavuot; derivada da palavra grega “cinqüenta” (7
semanas); também chamada de Primícias da colheita (Lv 23.15­25);

b. Significado: dia da promulgação do Evangelho e das primícias da
colheita mundial da igreja;

c. Glorificação de Jesus: descida do Espírito Santo (Jo 7.39; 14.1626;
16:7­24);

d. Quando: 50 dias após a Páscoa e 10 dias após a ascensão de Jesus;

e. Onde:  cenáculo em Jerusalém; 

f. Quem: apóstolos, Maria e irmãos de Jesus e outros (cerca de 120
pessoas);

g. Como: som como de um vento impetuoso e línguas como de fogo
pousou sobre cada um dos irmãos;

h. Efeitos na multidão: milhares de judeus e prosélitos de todo o mundo
reunidos em Jerusalém para as festas (15 nações são mencionadas em
At 2:9­11).

i. Admiração: falaram das grandezas de Deus em outras línguas
(2.4; 11; língua materna 2.8; ver 10.46 e 19.6);

ii. Zombaria: pareciam bêbados (2.13). 

2. Primícias da Igreja:

a. Sermão de Pedro: enfatiza o cumprimento das profecias: traição de
Judas (1:16­20); Crucifixão (3:18); Ressurreição 2:25­28; Ascensão
de Jesus (2:33­35); vinda do Espírito Santo (2:17)
i. Introdução (Atos 2.14­21):

ii. Proclamação (Atos 22­36)

- Pedro afirmou que os milagres de Jesus mostraram que Deus o
aprovou;

- Ele disse que Deus tinha entregue Jesus para ser crucificado.
Mas o povo tinha culpa: Os judeus o crucificaram "por mãos de
iníquos";

- Jesus foi ressuscitado pelo Pai (2:24). A ressurreição cumpriu a
profecia   feita   por   Davi   1.000   anos   antes   (2:25­31;  veja   Salmo
16:8­11),   que   Jesus   morreria   com   confiança   que   o   Pai   o
ressuscitaria;

- Pedro afirmou que Jesus foi ressuscitado e exaltado à destra do
Pai (2:32­35)

- Na conclusão da sua mensagem, Pedro afirmou que o mesmo
Jesus que foi crucificado pelos judeus foi ressuscitado e exaltado
pelo Pai para ser Senhor e Cristo (2:36)

iii. Ordens (Atos 2.38)

- Arrependimento; 

- Batismo;

- Receber o Espírito Santo; 

b. Vida da Igreja (Atos 2­42­47):

i. Doutrina dos apóstolos: Jesus e a ressurreição;

ii. Comunhão e partir do pão de casa em casa;

iii. Orações;

iv. Amor e desprendimento para atender a situação presente;

v. Crescimento do número dos crentes: 3 mil batismos; 

3. O poder para testemunhar em Jerusalém:
a. Cura do coxo de nascença no templo (Atos 3);

b. Pregação de Pedro:

i. Crucificação e ressurreição de Jesus, conforme as Escrituras;

ii. Arrependimento e fé no evangelho, conforme as Escrituras;

c. Muitos sinais e prodígios (Atos 5.12­16): confirmação da pregação
do evangelho; 

4. Perseguição:

a. Prisão de Pedro e João (Atos 4)

i. Sinédrio: proíbe a pregação em nome de Jesus;

ii.   Pedro   invoca   a   autoridade   superior   de   Deus   para   manter   a


pregação;

iii. Oração: privilégio de sofrer por amor a Cristo;

b. Prisão dos apóstolos (Atos 5):

i. Um anjo liberta os apóstolos do cárcere;

ii. Os apóstolos voltam a pregar no templo;

iii. Conselho de Gamaliel;

iv. Os apóstolos são açoitados e libertados;

c. Martírio de Estevão (Atos 7);

i. Longa exposição das Escrituras;

ii. Repreensão contra a incredulidade;

iii. Apresentação de Jesus como o Senhor;

d. Perseguição de cristãos (Atos 8.1­3): perseguição sistemática contra
os seguidores de Cristo;  
5. Reflexão   sobre   Pentecoste   x   Pentecostalismo: o   uso   do   termo
pentecoste   na   Bíblia,   na   Igreja   Primitiva,   na   história   da   igreja   e   na
atualidade

a. A partir da Reforma: anabatista – moraviano – menonita – puritano –
pietista – metodista; 

b. Irmãos   Wesley:   experiência   do   coração   aquecido;   ênfase   na


santificação (holiness), oração e batismo no Espírito Santo;

c. Estados Unidos:

i.Migração   de   minorias   religiosas   perseguidas,   como   os


armênios;

ii.Pregadores leigos: propagação da fé;

iii. Camp meeting: reuniões de reavivamentos com manifestações
de êxtase; 

d. Movimentos   avivalistas   dos   séculos   XVIII   e   XIX:   crença   no


derramamento contínuo do Espírito Santo; ênfase em missões e volta
de Jesus;

e. Pentecostalismo moderno: a evidência do batismo no Espírito Santo é
a glossolalia. Em 1901, no estado de Arkansas, uma mulher falou em
línguas ao receber a imposição de mãos. Em 1914, os dissidentes de
outras denominações que criam no batismo do Espírito Santo criaram
as Assembléias de Deus.

f. No Brasil: em 1910, os missionários Daniel Berg e Gunnar Vingren
chegaram em Belém do Pará e em 1918 fundaram a Assembléia de
Deus.
LIÇÃO 4 – TESTEMUNHO EM JUDÉIA E SAMARIA 

Texto devocional:

“... enchei­vos do Espírito; falando entre vós em salmos, e hinos, e cânticos
espirituais; cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração; dando
sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor
Jesus Cristo; sujeitando­vos uns aos outros no temor de Deus.” (Ef 5.18­
21)
 
Texto Básico: Atos 8 – 12
 
1. Perseguição: desafio e oportunidade:
a. Desafio: preservar a igreja de Jerusalém
b. Morte de Estevão: a lei permitia sepultamento de condenados, mas
proibia   lamentação;   alguns   cristãos   piedosos   o   sepultaram   e
lamentaram sua morte;
c. Perseguição maciça: provavelmente contra judeus helenistas, porque
há evidências de que a igreja de Jerusalém continuou existindo. 
d. Oportunidade:   expansão   do   evangelho;   os   perseguidores   não
atacaram os apóstolos talvez porque temessem o poder deles;
e. Dispersos: os perseguidos se espalharam por toda parte da Judéia,
Samaria, Fenícia, Chipre e Antioquia (At 8.4; ver 11.19). Eles haviam
perdido tudo e saíram pregando a palavra, estimulados pelo exemplo
de Estêvão;
f. Saulo:   tortura,   açoites,   prisão,   morte   de   cristãos   (Atos   22.4,19;
26.10,11); 
 
2. O Evangelho chega à Judéia e Samaria (Atos 8.1):
a. Filipe: um dos diáconos, de boa reputação, cheio do Espírito Santo e
de   sabedoria,   helenista   (nascido   e   criado   fora   da   Palestina),   foi   o
instrumento de Deus para alcançar os samaritanos.
b. Simão:   mago   ou   feiticeiro,   possuidor   de   segredos   ocultos,
reconheceu que os milagres feitos por Filipe eram autênticos; 
c. Pedro   e   João:   a   visita   a   Samaria   demonstra   autenticidade   da
evangelização, aprovação da conversão dos samaritanos e aceitação
deles na igreja de Deus;
d. Aldeias: Pedro e João evangelizam várias aldeias de samaritanos;
 
3. O Evangelho a caminho da Etiópia:
a. Filipe:  disponibilidade para obedecer a Deus; saiu de um ministério
promissor em Samaria para ir a uma estrada deserta;
b. Eunuco:   alto   oficial   do   tesouro   da   Rainha   Candace   da   Etiópia,
convertido ao judaísmo; mesmo não tendo autorização para entrar no
templo,   por   ser   gentio   e   eunuco,   havia   viajado   centenas   de
quilômetros para adorar em Jerusalém.
c. Conversão: a fé vem pela pregação da palavra de Cristo (Rm 10.17);
 
4. O Evangelho em Lida e Jope:
a. As aldeias de Lida e Sarona ficavam a cerca de 40 km a noroeste de
Jerusalém.
b. Enéias   (grego):   estava   paralítico   há   8   anos   foi   curado;   muitas
conversões;
c. Jope: cidade litorânea e porto importante;
d. Tabita (Dorcas): obras de misericórdia;
 
5. O Evangelho em Cesaréia:
a. Cesaréia:   sede   do   governo   romano   na   Palestina;   centurião   era
comandante de 100 soldados; corte era um regimento de 600 a 1000
soldados; (50 km de Jope); 
b. Visão do gentio: buscar Pedro para anunciar o evangelho;
c. Visão de Pedro:  animais puros (patas divididas e ruminar); 
d. Conversão:  Cornélio envergonha a muitos cristãos, porque, antes de
se converter era melhor do que alguns crentes; o centurião romano
ajoelhou­se diante de um simples judeu;
e. Crise   na   Igreja   de   Jerusalém:   Pedro   presta   conta   ao   colégio   de
apóstolos; ele não ficou surpreso nem ofendido; 
 
6. O Evangelho em Antioquia:
a. Antioquia:   era   a   3ª   maior   cidade   do   mundo   (depois   de   Roma   e
Alexandria), fundada por Nicanor Seleuco, em homenagem a seu pai
Antíoco; na época era um centro político e comercial, com mais de
500 mil pessoas;
b. Religião: era sede do templo à deusa Dafne, ninfa perseguida pelo
deus Apolo; culto envolvia pornografia e imoralidade;
c. Igreja:   pela   primeira   vez,   judeus   e   gentios   congregavam   juntos,
adoravam ao mesmo Deus;
d. Cristãos:   “aqueles   que   pertencem   a   Cristo”;   (“não   sois   de   vós
mesmos” 1 Co 6.19). Pedro: “Mas, se sofrer como cristão, não se
envergonhe disso; antes,glorifique a Deus com   esse nome” (1 Pe
4:16).
e. Barnabé:   judeu   helenista,   natural   de   Chipre,   foi   designado   pelos
apóstolos para cuidar da igreja de Antioquia;
f. Paulo: 7 anos em Tarso, distante 160 km de Antioquia;
g. Profetas: Ágabo predisse a fome que ocorreu nos anos 45­47 d.C. nos
dias do imperador Cláudio;
 
7. Nova perseguição em Jerusalém:
a. Herodes Agripa I (37­44 d.C.): neto de Herodes, o Grande, filho de
Aristóbulo   e   sobrinho   de   Herodes   Antipas;   ele   é   pai   de   Drusila
(esposa   de   Félix   –   Atos   24.24);   Herodes   Agripa   II   (Atos   25)   e
Berenice   (Atos   25.13);   ele   agrega   a   Judéia,   Samaria,   Galiléia   e
Iduméia e governa sobre toda a Palestina;
b. Perseguição:   para   agradar   os   judeus,   persegue   a   igreja   e   ataca   os
apóstolos;
c. Morte de Tiago: é preso e morto à espada;
d. Prisão   de   Pedro:   quatro   escoltas   de   4   soldados,   sendo   2   deles
algemados   a   Pedro;   Herodes   pretendia   matá­lo   após   a   festa   da
Páscoa;
e. Livramento: o desaparecimento de Pedro foi um golpe nas intenções
de   Agripa   I.   os   guardas   foram   torturados   mas   não   tinham   outra
explicação a não ser que Pedro havia desaparecido. Como Agripa não
podia admitir o milagre, ele preferiu executar os guardas.
f. Morte:   Herodes   Agripa   I   morre   em   agonia,   aos   54   anos   e   7   de
reinado, no auge de sua auto­glorificação;  vestido de túnica de prata
e resplandecente. Com ele acabou a glória dos Herodes e o governo
volta aos procuradores romanos.
g. Crescimento: a igreja prospera e a palavra é anunciada em todos os
lugares (Mt 16: as portas do inferno não prevalecem contra a igreja de
Cristo).
LIÇÃO 5 – TESTEMUNHAS NOS CONFINS DA TERRA

1ª VIAGEM MISSIONÁRIA

Texto devocional:

“Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas
testemunhas tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria, e até os
confins da terra.” (Atos 1.8) “...mas enchei-vos do Espírito” (Ef 5.18)

Texto Básico: Atos 13 – 15

1. Igreja de Antioquia:
a. Vanguarda: primeira comunidade de judeus e gentios; primeira
congregação a enviar ajuda benevolente a uma outra congregação e
primeira a ter uma visão mundial das almas.
b. Líderes: Barnabé; Simeão Niger, Lúcio Cirineu, Menaém (irmão
adotivo de Herodes, o Grande); oriundos de locais, sociedades e raças
diferentes;

2. Comissão do Espírito Santo:


a. Barnabé e Saulo: “Separai-me agora ...” Deus chama pessoas
ocupadas;
b. Chamado: “obra a que os tenho chamado” – qual era a visão?
i. Barnabé havia sido incumbido da pregação pelos
irmãos de Jerusalém;
ii. Saulo: incumbido para pregar o evangelho 10 anos
antes (26.12-18)
c. Visão: o texto não especifica o roteiro nem outros detalhes; a obra
de Deus não prescinde da participação e iniciativa humanas;

3. 1ª Viagem missionária:
a. Equipe: Paulo, Barnabé e João Marcos (este até Chipre)
b. Estratégia: pregação aos judeus e a gentios piedosos;
c. Duração: cerca de 2 anos, de 46-48 d.C.;

4. Cidades e principais eventos:


a. Roteiro de ida:
 
CIDADE EVENTOS
 de Antioquia Síria ao ­ Ponto de partida: ilha de Chipre, terra de Barnabé, a 
Porto Selêucia (25 km) chamada “Ilha Feliz” – rica e bela;
 de Selêucia a ­ Atravessam a ilha de Salamina a Pafos, pregando nas 
Salamina  (100 km) sinagogas (130 km);
­ Não menciona a resposta das pessoas ao evangelho;
 em Pafos (capital da  ­ Evangelização do procônsul Sérgio Paulo;
província) ­ Oposição do mágico judeu Barjesus (ou Elimas, ou Filho 
de Jesus): a derrota das trevas;
 de Pafos a Atalia  ­ 240 km de navegação
 de Atalia a ­ Mudanças na equipe:
Perge, capital da Panfília ­ Deserção de João: volta para Jerusalém;
(10 Km)  ­ Paulo assume a liderança da equipe;
 de Perge  ­ Dificuldades: caminho difícil e perigoso (2 Co 11.26); 
a Antioquia da Pisídia,  enfermidade física (Gl 4.13); povo depravado e hostil;
cidade principal da  ­ Pregação na sinagoga: sermão de Paulo;
Galácia (160 Km, 1000  ­ “afluiu quase toda a cidade”: propagação da fé; 
m altitude)  ­ duas resações: conversão de judeus e prosélitos e 
perseguição e expulsão da cidade;
­ Paulo e Barnabé sacudiram o pó dos pés;
 de Antioquia  ­ Centro agrícola e cruzamento de rotas;
a Icônio(140 km)   ­ Pregação na sinagoga;
­ Operação de sinais e prodígios; muitos crêem;
­ Perseguição de judeus;
­ ameaça de apedrejamento; 
­ Fuga para Listra (Mt 10.23: perseguição e fuga);
 de Icônio a Listra (30  ­ Não havia sinagoga: pregação ao ar livre;
Km) ­ Cura do paralítico de nascença;
­ Idolatria: Júpiter (Zeus) e Mercúrio (Hermes);
­ Público pagão: pregar a partir da compreensão;
­ Perseguição de judeus de outras cidades;
­ Paulo é apedrejado e gravemente ferido (2 Co 11.23; Gl 
6.17 – marcas; 2 Tm 3.11);
 de Listra a Derbe (100  ­ Pregação do evangelho; muitas conversões;
km) ­ Poderiam ter tomado o caminho mais curto de volta;

b. Roteiro de volta:
 
CIDADE EVENTOS
 Listra  ­ Ministério de fortalecer os novos crentes;
 Icônio  ­ Organização de igrejas;
 Antioquia Pisídia  ­ Eleição de presbíteros;
 Perge  ­ Pregação do evangelho;
 Atália  ­ Porto de volta para Antioquia;
 Selêucia  ­ Porto de chegada;
 Antioquia ­ Apresentação do relatório à igreja;
 
5. Lições do apedrejamento em Listra:
a. Paulo não permitiu que os maus tratos o deixassem amargurado
tanto quanto não permitiu que a adoração o deixasse orgulhoso;
b. Paulo enfrentou seus ofensores imediatamente.
c. Paulo confiou em seus irmãos; tinha um relacionamento íntimo com
eles.
d. Paulo não desistiu da vida; continuou com o trabalho que Deus lhe
dera.
e. Paulo não tentou reagir aos maus tratos com suas próprias forças,
mas confiou em Deus.

6. Concílio de Jerusalém: abrir ou fechar a porta da fé?


a. Data: 49 d.C.
b. Conflito (15.1-3): questão judaizante – os novos crentes deviam
obedecer a lei de Moisés ou não? As viagens missionárias estavam em
cheque.
c. Favorável: Paulo apresenta relatório da viagem (14.20,21,23,27;
15.4);
d. Contrários (15.5): fariseus convertidos defendiam a obrigatoriedade
de os gentios observarem a circuncisão e a lei de Moisés;
e. Argumento de Pedro(15.7-11): experiência na casa de Cornélio;
f. Argumento de Paulo (5.12): os gentios participam da igreja junto
com judeus;
g. Conclusão de Tiago (15.13-21): os gentios não são obrigados a
seguir a lei;
h. Recomendações (15.22-29): abster-se: da contaminação dos ídolos;
das relações sexuais ilícitas; da carne de animais sufocados e do
sangue.
LIÇÃO 6 – TESTEMUNHAS NOS CONFINS DA TERRA
2ª VIAGEM MISSIONÁRIA

Texto Básico: Atos 15.36 a 18.22

1. Conflito na equipe:
Quando Paulo e Barnabé resolveram voltar às igrejas novas, eles
discutiram sobre a participação de Marcos na equipe (Gl 2.11-16).

2. 2ª Viagem missionária:
a. Equipe:
i. Paulo
ii. Silas (ou Silvano) era profeta (15.32), notável – líder
ou presbítero – entre os irmãos de Jerusalém (15.22); tinha
cidadania romana; serviu como auxiliar de Pedro (1 Pe 5.12);
iii. Timóteo (a partir de Listra): filho de Eunice, judia
cristã e pai grego; separado para a obra da evangelização e
pregador reconhecido em Listra e Icônio (1 Tm 4.14; 2 Tm 1.6);
era muito jovem e sofria de indisposição;
iv. Lucas (a partir de Trôade): grego, provavelmente de
Antioquia; médico, torna-se companheiro inseparável de Paulo;
b. Estratégia: pregação aos judeus e a gentios piedosos;
c. Objetivo: i. exortar os irmãos e,
ii. evangelizar (16.5);
d. Duração: cerca de 3 anos, de 49-52 d.C.;
e. Roteiro: Paulo e Silas foram por terra para o norte, visitando igrejas
da Síria e da Cilícia (15.41). Prosseguiram para a Galácia visitando as
igrejas implantadas na primeira viagem (16.1). Após o cumprimento
da missão, Paulo pretendia ir para o sul, para a Ásia, ou para o norte,
Bitínia, mas Deus não permitiu. Eles descem a Trôade, onde Paulo
tem uma visão: levar o evangelho na Europa. Eles visitam Filipos e
Tessalônica. Talvez a intenção de Paulo fosse pregar em grandes
centros a caminho de Roma (Rm 1.13)
f. Visão: um homem dizia “Passa à Macedônia e ajuda-nos” (16.9);
eles concluíram que era um chamado de Deus e obedeceram
imediatamente;

3. Cidades e principais eventos:


 
CIDADE EVENTOS
Antioquia à ­ Paulo escreve a Carta aos Gálatas (ano 48­49 d.C.);
­ Paulo e Silas partem para a Galácia;
­ Barnabé e Marcos (seu primo, Cl 4.10) vão para Chipre;
 à Síria e Cilícia ­ Confirma as igrejas de Derbe, Listra, Icônio e Antioquia da 
Pisídia;
à Derbe/Listra  ­ Encontra Timóteo, filho de pai grego e mãe judia;
à Frígia e Galácia ­ Apresenta os resultados do concílio de Jerusalém;
à Mísia/Bitíniaà ­ Impedidos pelo Espírito Santo de pregar;
à de Trôade à  ­ Visão de Paulo: ir para a Europa; 
Neápolis (240  ­ Ponto de partida, passando pela Samotrácia, ilha rochosa, até o 
km) à porto de Neápolis que servia a Filipos;
à de Neápolis  ­ Colônia romana: status de Roma, língua latina, legislação e 
aFilipos, colônia  costumes romanos (16.20,21); o desafio de pregar em Filipos 
romana (15 km) à acendeu o desejo de pregar em Roma (Rm 1.9; 15.22);
­ Lugar de oração junto ao rio: pregação às mulheres;
­ 3 conversões especiais: a) Lídia, (comerciante de púrpura) e sua 
família; b) escrava adivinha; e c) o carcereiro;
­ os donos da escrava levam Paulo e Silas ao fórum;
­ eles foram açoitados e presos (2 Co 11.25; 1Ts 2.2);
­ Louvor e adoração no cárcere: livramento;
­ Paulo organiza a igreja (14.23; Fp 1.1)
­ Lucas fica em Filipos (o pronome “nós” não é usado);
à de Filipos  ­ Capital da província de Macedônia: porto e centro comercial;
aTessalônica (via ­ Cidade livre: governada por um conselho de politarcas;
Anfípolis e  ­ Missão: 5 a 6 meses;
Apolônia (150  ­ Paulo e Silas trabalham para se manter (I Ts 2.9)
km)à ­ Eles recebem doações de Filipos (Fp 4.15,16);
­ Paulo prega na sinagoga e em outros lugares (1 Ts 1.9);
­ Conversão de alguns judeus e muitos gregos e mulheres;
­ Convertidos: Aristarco e Secundo (20.4; 27.2)
­ Perseguição de judeus: prisão de Jasom;
­ “Estes que tem transtornado o mundo chegaram ... aqui” (17.6)
­ Paulo e Silas fogem de noite para Beréia;
à de Tessalônica  ­ Beréia: aos pés do famoso monte Olimpo;
aBeréia (70 km)à ­ Paulo e Silas pregam na sinagoga;
­ Os bereanos tinham fome da palavra e pesquisavam as Escrituras
para conferir os ensinamentos de Paulo (17.11);
­ Conversão de muitos homens e mulheres gregas ricas (Sópatro);
­ Perseguição dos judeus de Tessalônica;
­ Paulo é conduzido para outro lugar – Acaia;
­ Silas e Timóteo permanecem para cuidar da igreja;
à de Beréia  ­ A equipe está dividida: Paulo está só na cidade idólatra;
aAtenas (2 dias  ­ Idolatria: muitos altares – altar ao Deus Desconhecido;
por mar) à ­ Paulo prega na sinagoga e na praça;
­ Filósofos epicureus (Epicuro: prazer e deísmo) e estóicos 
(Zenon: negação do prazer e panteísmo);
­ Tagarela: literalmente, “apanhador de sementes” – escárnio e 
curiosidade;
­ Paulo prega no Areópago (literalmente, “Colina do deus 
Marte”);
­ Conversão de Dionísio (areopagita), Damaris e outros;
à de Atenas  ­ Corinto: grande centro comercial e religioso (pornografia e 
aCorinto (60  imoralidade);
km)à ­ Permanência na cidade de 1 ano e 6 meses;
  ­ Paulo encontra Priscila e Áquila;
  ­ Pregação na sinagoga: muitas conversões;
­ A equipe se reúne: Silas e Timóteo chegam a Corinto;
­ Paulo rompe com os judeus: prega na casa de Tício Justo, 
vizinho da sinagoga; conversão de judeus e outros;
­ Paulo é levado ao tribunal do procônsul Gálio;
­ Silas e Timóteo ficam em Corinto; Paulo, Áquila e Priscila vão 
para Éfeso;
Ano 50/51 d.C.  ­ Paulo escreve a 1ª e 2ª Carta aos Tessalonicenses;
à Cencréia à ­ Paulo e seus companheiros pregam o evangelho neste porto  (Rm
16.1);
­ Paulo faz voto em Cencréia e raspa a cabeça;
à Éfeso à ­ Paulo testa a receptividade dos judeus de Éfeso  na sinagoga;
­ Deixa Áquila e Priscila para prepararem a missão em Éfeso e 
viaja sozinho para Cesaréia, passando por Jerusalém e Antioquia;
Antioquia ­ Paulo encerra a viagem na Igreja de Antioquia.

4. Reflexões:
a. Divisões na equipe: a soberania de Deus sobre os incidentes
humanos, no caso da disputa entre Paulo e Barnabé;
b. Testemunhio de Timóteo: exemplo de dedicação e zelo pela igreja
(Fp 2.19-23);
c. Testemunho de Lucas: Deus colocou um médico fiel para cuidar do
apóstolo Paulo (ver 2 Tm 4.11)
LIÇÃO 7 – TESTEMUNHAS NOS CONFINS DA TERRA
3ª VIAGEM MISSIONÁRIA

Texto Básico: Atos 18.23 a 21.16

1. TERCEIRA VIAGEM MISSIONÁRIA:


a. Equipe: Paulo, Silas, Lucas e Timóteo, Priscila, Áquila e outros.
b. Cronologia: 52-57 d.C.
c. Roteiro: Paulo parte da Antioquia e visita as igrejas da Galácia
atravessando toda a Ásia até Éfeso. Ele ministra por 3 anos e várias
igrejas são implantadas em outras cidades vizinhas. Após o conflito de
Demétrio, Paulo visita as igrejas da Acaia e Macedônia. Ele pretendia
pegar navio de volta para Antioquia, mas por causa dos judeus, se
separa da equipe e volta por terra para Filipos, e embarca para Trôade
onde se reúne com toda a equipe. De lá embarcam para Jerusalém
passando ainda por Tiro, Ptolemaida e Cesaréia.

2. CIDADES E PRINCIPAIS EVENTOS


 
CIDADE EVENTOS
Antioquia à ­ Paulo inicia sua visita à Galácia  até Antioquia da Pisídia;
Éfeso à ­ Capital da Ásia: cidade rica, centro comercial; 
  ­ Templo de Diana (Ártemis): sete maravilhas do mundo;
­ Paulo e equipe ficam em Éfeso 3 anos (“grande porta” – I Co 
16.9)
­ Igreja: discípulos são batizados no Espírito Santo;
­ Paulo prega na sinagoga por 3 meses;
­ Escola de Tirano: Paulo ensina por 2 anos;
­ Ministério público e de casa em casa (20.20), dia e noite (20.31);
­ Perseguição: tribulação na Ásia (2 Co 1.8)
­ Evangelho propaga na Ásia: Colossos, Hierápolis, Pérgamo e 
outras igrejas da Ásia (19.26);
­ Paulo trabalha para se manter (20.34)
­ Curas e milagres no ministério de Paulo;
­ Queima de material de artes mágicas (cerca de U$ 2 mil);
­ Planos: ir a Jerusalém, passar pela Macedônia e Acaia e ir a 
Roma;
­ Revolta de Demétrio por causa do culto à deusa Diana;
­ Gaio e Demétrio são foram presos; Paulo foi impedido de ir ao 
teatro;
Éfeso, ano 54/55 ­ Paulo escreve a 1ª epístola aos Coríntios: ditada a Sóstenes (I 
Co 1.1) e enviada por Timóteo (I Co 4.17; 16.10)
Macedônia  ­ Macedônia (Beréia, Tessalônica, Filipos);
(Grécia) à ­ Missão: edificar as igrejas e recolher ofertas para Jerusalém 
(20.35);
Macedônia, ano  ­ Paulo escreve a 2ª epístola aos Coríntios: ditada a Timóteo 
55/56 e encaminhada por Tito e outros dois companheiros (2 Co 8.16­
24);
Acaia à ­ As ofertas de Macedônia e Acaia estavam completas (Rm 15.26);
­ Equipe com representante de várias igrejas (20.4);
­ Cuidado de Paulo com o manuseio do dinheiro (2 Co 8.19­21);
Corinto à ­ 3 meses: visita a Corinto; hospedado na casa de Gaio (1 Co 
16.23);
­ Cilada dos judeus contra Paulo: ele pretendia ir para Cencréia e de
lá para Antioquia da Síria, mas é obrigado a voltar pela 
Macedônia;
Corinto, ano 56 ­ Paulo escreve a epístola aos Romanos: ditada a Tércio (Rm 
16.22) e encaminhada por Febe (Rm 16.1,2);
Cencréia à  ­ A equipe segue de navio para Trôade;
­ Paulo volta só para Macedônia;
­ Paulo e Lucas navegam de Neápolis para Trôade;
Trôade à ­ Ponto de partida da 2ª viagem (1 semana): Paulo reencontra a 
equipe
­ Paulo prega e evangeliza: acidente com Êutico;
­ Paulo não encontra Tito (2 Co 2.12)
Assôs à ­ A equipe navega para porto de Assôs (60 km de navio);
­ Paulo segue por terra (20.13; ­ 30 km a pé);
Mitilene, porto à ­ A equipe se reúne novamente (20.14);
Mileto (via Quios ­ Paulo manda chamar os presbíteros de Éfeso (50 Km);
e Samos) à ­ Paulo dá instruções e se despede;
Tiro – Fenícia  ­ Tiro: Paulo fica 7 dias com os irmãos;
(via Cós, Rodes e ­ O Espírito mostra o que vai acontecer com Paulo em Jerusalém;
Pátara) à ­ Eles insistem com Paulo para não subir a Jerusalém;
­ Paulo e os irmãos se despedem da igreja de tiro;
Ptolemaida à ­ Colônia romana: Paulo passa um dia com os irmãos;
Cesaréia à ­ Paulo, o ex­carrasco se hospeda na casa de Filipe (o evangelista);
­ Profeta Ágabo avisa a Paulo o que vai acontecer em Jerusalém;
­ Os irmãos da equipe aconselham Paulo a não subir a Jerusalém;
de Cesaréia a  ­ Mnasom: discípulo de Chipre hospeda Paulo e equipe em 
Jerusalém (90  Jerusalém;
km, 2 dias)à ­ Paulo se reúne com Tiago e os presbíteros;
­ Paulo apresenta relatório das viagens missionárias;
­ Os líderes aconselham Paulo a aplacar a desconfiança dos judeus;

3. PRISÃO DE PAULO NA PALESTINA (57-59 d.C.):


a. Paulo apresenta voto no templo:
i. Festa de Pentecostes (20.16)
ii. Voto de Nazireu: 4 homens nazireus iram se purificar
por 7 dias e rapar o cabelo no 8º dia;
iii. Ofertas pelo pecado: Nm 6.11, 14
b. Paulo é preso (21.27-40): os judeus peregrinos da Ásia acusam
Paulo de profanar o templo ao introduzir Trófimo em área restrita;
i. Aviso: “Nenhum homem de outra nação [deve]
passar da mureta e das demarcações ao redor do templo, e quem
assim for pego será responsável pela própria morte.”
ii. A multidão ataca e espanca Paulo que é salvo pelos
soldados;
iii. Defesa de Paulo perante a multidão (22.1-30);
iv. Paulo apela à condição de cidadão romano para não
ser açoitado;
v. Problema jurídico: prisão de cidadão romano sem
acusação formal;
c. Paulo perante o Sinédrio (23.1-10);
i. Ananias: “Deus há de ferir-te” – morreu assassinado
em 66 d.C.;
ii. Descoberta a conspiração dos judeus para matar
Paulo;
d. Paulo é transferido para Cesaréia – 2 anos: (23.12-35);
i. Paulo é acusado perante o governador Félix (24.1-
27);
ii. Paulo é acusado perante Festo, sucessor de Felix
(25.1-12);
iii. Paulo apela para o tribunal de César (25.11);
iv. Paulo perante o rei Herodes Agripa II (25.13-27; 26.1-
32);

4. Reflexões sobre perseguições:


a. cristão piedoso: Paulo encara as perseguições como inevitável na
vida do cristão piedoso (2 Tm 3.12);
b. desprendimento: Paulo diz que não se importa com o sofrimento
contanto que a palavra seja pregada (ver Atos 20.24; Fp 1.12-21);
c. oração: Paulo ora e pede orações para ter capacidade e ousadia de
pregar o evangelho, mas não para ser livre e poupado das
perseguições ( ver Ef 6.19)
LIÇÃO 8 – TESTEMUNHAS NOS CONFINS DA TERRA
PRISÕES DE PAULO – VIAGEM À ROMA

Texto Básico: Atos 27 e 28

1. VIAGEM PARA ROMA:


a. Equipe: Paulo, Lucas e Aristarco (27.2)
b. Cronologia: 59-60 d.C.
c. Roteiro: partem de Cesaréia, fazem uma parada em Sidom e outra
em Mirra (Lícia). A partir de Cnido, foram obrigados a passar pela
ilha de Creta por causa de ventos contrários aportando em Bons
Portos (Laséia). Paulo aconselhou que aguardassem melhores
condições, mas o capitão acatou o parecer da maioria de prosseguir
para passar o inverno em Fenice. Ao longo da costa de Creta, foram
apanhados pelo tufão Euro-Aquilão e o navio navega a esmo por duas
semanas. Depois de muitas dificuldades, param na ilha de Malta. Três
meses depois, eles prosseguem em outro navio em direção à Siracusa,
na ilha de Sicília, onde ficam 3 dias. Dali foram passaram por Regis,
na Itália, e dali chegaram a Potéoli onde encontraram irmãos e ficaram
7 dias. Os irmãos de Roma vieram ao encontro de Paulo na Praça de
Ápio e Três Vendas e o encaminharam à cidade.

2. CIDADES E PRINCIPAIS EVENTOS


 
CIDADE EVENTOS
Cesaréia à ­ Paulo é entregue ao centurião Júlio, da Coorte Imperial;
­ Previsão de viagem: cerca de 2 ou 3 meses (ago/out)
Sidom (100 km)  ­ Paulo recebe autorização para visitar amigos;
à ­ Partem de Sidom e costeiam a Ilha de Chipre; (14 ou 15 dias)
Porto de Mirra  ­ Tomam navio de carga que ia para a Itália: embarcação grande 
(Lícia) à que comportava a carga e 276 pessoas (27.37);
­ Prosseguiram devagar com dificuldade até Cnido; 
Cnido (280km)à ­ Navegação pela costa de Creta a partir de Salmona;
Bons Portos  ­ Jejum: dia da expiação em 5 de outubro;
(Laséia) à ­ A partir de novembro era impossível navegar no Mediterrâneo 
e o capitão discutia o que fazer;
­ O porto era aberto e não oferecia proteção;
­ Fenice ficava a 13 Km e oferecia segurança para o navio;
­ Paulo sugere aguardar melhores condições de viagem;
­ Tempestade: o navio é arrastado para o mar aberto;
­ Cauda: preparam o navio para resistir a tempestade;
­ 3 dias de escuridão: desespero total (20);
­ Paulo anima as pessoas: mudança de atitude
Malta (800 km)à ­ Terra a vista: perigo de colisão ( 27­29);
  ­ Paulo evita a fuga dos marinheiros (30­32);
­ Paulo exorta que comam pão: enfrentar a situação (33­35);
­ Naufrágio: centurião protege Paulo dos soldados;
­ Frio: cerca de 10 ºC: fogueira para aquentar­se;
­ Paulo escapa da mordida da serpente (Mc 16.17; Lc 10.19);
­ Públio: governante de Malta, hospeda Paulo (3 meses);  
­ Igreja: conversões e pregações?
­ Partida: tomam navio Dióscuros para Itália (28.10­11);
Siracusa (Sicília)  ­ 3 dias: contatos comerciais ou melhores condições de ventos 
100 km à para atravessar o estreito de Messina e chegar na Itália;
Régis (110 km) à ­ 1 dia de parada: manobra difícil por causa de remoinhos;
Poteóli (300 km)  ­ Baía de Nápoles: Paulo encontra irmãos e fica com eles 7 dias;
à ­ Paulo encontra os irmãos de Roma na Praça de Ápio (70 km) e 
Três Vendas (15 km);
Roma (120 km a  ­ Prisão domiciliar por 2 anos sob guarda romana;
pé) ßà   ­ Comunidade judaica: cerca de 10 sinagogas;
  ­ Paulo reúne os judeus e expõe sua situação (28.17­22);
­ Paulo anuncia o evangelho aos judeus (28.23);
­ Paulo anuncia o evangelho livremente: soldados, guarda 
pretoriana; casa de César (Fp 1.12­14; 4.22);
­ Companheiros de Paulo: Lucas, Timóteo, Aristarco, 
Epafrodito, Tíquico, Justo, Epafras, Demas;
Ano 60­62 d.C. ­ Paulo escreve as epístolas aos  Efésios, Colossenses, 
  Filemon e Filipenses;

3. OUTRAS VIAGENS, PRISÃO E MORTE DE PAULO (62-68


d.C.):

a. Libertado: Em 62 d.C., Paulo apresentou defesa em Roma e foi


libertado.
b. Viagens: Ele deve ter visitado para a Espanha, ilha de Creta – onde
deixa Tito, Mileto – onde deixou Trófimo doente, Colossos (Filemon),
Éfeso – onde deixou Timóteo. A caminho da Macedônia (I Tm 1.3),
passou por Trôade onde deixou capa e pergaminhos (2 Tm 4.13). Pode
ter passado por Corinto (2 Tm 4.20) e passou o inverno em Nicópolis
(Tt 3.12).
c. Epístolas pastorais: Em 65 d.C., Paulo escreve a 1ª epístola a
Timóteo e a Tito.
d. Prisão e morte: Nesta época, o imperador Nero iniciou uma
perseguição contra cristãos. Paulo foi preso. Na prisão, em 66 d.C.,
Paulo escreve a 2ª epístola a Timóteo (2 Tm 4.16). Finalmente, entre
67/68 d.C., Paulo foi condenado à morte por decapitação.

4. APLICAÇÃO PRÁTICA – PROPOSIÇÕES:

a. IDENTIDADE: Quem sou eu em Cristo?


b. VOCAÇÃO: Quais são os ministérios comuns a todos os cristãos?
i. Adoração
ii. Edificação do corpo de Cristo
iii. Testemunho
c. POSIÇÃO: Quais os dons e ministérios específicos que Deus me
confiou no corpo de Cristo?

5. PALAVRA FINAL:

Jesus disse: “As palavras que vos disse são espírito e vida” (Jo 6.63).
Nenhum conhecimento, nenhuma doutrina será capaz de nos salvar e
santificar. Toda palavra do Senhor deve ser recebida e guardada em uma
relacionamento pessoal e íntimo com Ele mesmo. Quando o Senhor disse
“Eu sou a videira, vós as varas... sem mim nada podeis fazer” (Jo 15.5), Ele
estava dizendo claramente que o cristianismo não funciona sem Cristo. Nele
tudo que é necessário à vida de santidade está provido. Que cada um veja
como está servindo ao Senhor.

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