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Questões práticas sobre a aposentadoria por idade e o salário-maternidade do segurado especial

Cristiane Miziara Mussi


cristianemussi@yahoo.com
Facebook: cristianemussi

Segurado especial pós constituição de 1988

• Antes da Constituição Federal de 1988: existiam regras completamente distintas em matéria previdenciária
para trabalhadores urbanos e rurais.
• Pós Constituição Federal de 1988: tratamento previdenciário de maneira igualitária.
Uniformidade e Equivalência dos benefícios e Serviços às Populações Urbanas e Rurais (inciso II, do parágrafo
único do art. 194, CF/88)
• A uniformidade exige que os mesmos benefícios sejam devidos tanto a um, como a outro (princípio da
isonomia).

Equivalência – igual valor. Os benefícios do trabalhador urbano e rural devem ter igual valor.
Esse princípio quer que benefícios e serviços das populações urbanas e rurais tenham a mesma expressão.

Natureza jurídica da aposentadoria por idade rural

• É uma espécie de assistência social dentro da Previdência Social?


• A partir da Lei 8.213/91 de 24/07/91: trabalhador rural passa a ter a qualidade de segurado obrigatório da
Previdência Social. Antes desta Lei não eram assegurados pela Previdência Social.

JUSTIFICATIVAS PARA A CONCESSÃO DA APOSENTADORIA POR IDADE DO SEGURADO ESPECIAL,


MESMO SEM CONTRIBUIÇÃO

- Princípio da solidariedade social (princípio implícito na CF/88);


- Princípio da distributividade (Inciso III, do parágrafo único do art. 194 da CF/88);
- A LOPS deixou à margem da proteção previdenciária o trabalhador rural, que só passou a ser incluído como
segurado obrigatório da Previdência Social com as Leis 8.212/91 e 8.213/91;
- Falta de instrução destes trabalhadores com relação às normas previdenciárias.
Segurado especial – CONCEITO NA CF

• Art. 195, § 8.º, CF/88- O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais e o pescador artesanal, bem
como os respectivos cônjuges, que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, sem empregados
permanentes,
contribuirão para a seguridade social mediante a aplicação de uma alíquota sobre o resultado da comercialização
da produção e farão jus aos benefícios nos termos da lei. (grifo nosso)

SEGURADO ESPECIAL – CONCEITO

• Art. 12, Lei 8.212/91: segurado especial (produtor rural pessoa física sem empregados – auxílio eventual de
terceiros)
• Requisitos para ser considerado segurado especial:

1) Ser pessoa física;


2) Residir em imóvel rural ou em aglomerado urbano e rural próximo a ele; (antes da Lei 11.718/2008 não havia
essa exigência)
3) Exercer atividade individualmente ou em regime de economia familiar;

SEGURADO ESPECIAL – Caracterização

Caracteriza-se como segurado especial a pessoa física residente no imóvel rural ou em aglomerado urbano ou
rural próximo a ele que, individualmente ou em regime de economia familiar, ainda que com o auxílio eventual de
terceiros, na condição de: (art. 11, VII, Lei 8.213/91)

a) produtor, seja proprietário, usufrutuário, possuidor, assentado, parceiro ou meeiro outorgados, comodatário ou
arrendatário rurais, que explore atividade:

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1. agropecuária em área de até 4 (quatro) módulos fiscais*; ou

SEGURADO ESPECIAL – Caracterização


o
2. de seringueiro ou extrativista vegetal que exerça suas atividades nos termos do inciso XII do caput do art. 2 da
o
Lei n 9.985, de 18 de julho de 2000, e faça dessas atividades o principal meio de vida;

b) pescador artesanal ou a este assemelhado, que faça da pesca profissão habitual ou principal meio de vida; e
c) cônjuge ou companheiro, bem como filho maior de 16 (dezesseis) anos de idade ou a este equiparado, do
segurado especial, que, comprovadamente, trabalhem com o grupo familiar respectivo.

SEGURADO ESPECIAL – Caracterização

• Observações:

- O produtor rural não precisa ser o proprietário da terra; basta ter a posse, ainda que precária. “[...] a
irregularidade na ocupação de área rural não é causa suficiente para, isoladamente,
afastar o enquadramento do trabalhador rural na categoria de segurado especial” (Parecer CONJUR/MPS n. 10,
de 10 de janeiro de 2008);

[...] A atividade rural deve ser reconhecida mediante comprovação do efetivo exercício da atividade rural, por
todos os meios previstos na legislação, atos regulamentares e normativos aplicados à espécie (Parecer
CONJUR/MPS n. 10, de 10 de janeiro de 2008);

SEGURADO ESPECIAL – Caracterização

• Pequena propriedade rural é aquela que tem entre 1 até 4 módulos fiscais. * Se o tamanho da terra for
superior a 4 módulos fiscais, o produtor se torna contribuinte individual (alteração trazida pela Lei 11.718/08,
já que antes não havia limitação quanto ao tamanho da propriedade rural). Não há limitação da área no caso de
extrativismo (Lei 9.985/00).

SEGURADO ESPECIAL – Caracterização

• O termo módulo fiscal foi criado pelo Estatuto da Terra (Lei nº 4.504/1964). O módulo fiscal varia de um
Município para outro (O tamanho do módulo fiscal varia de 5 a 110 hectares, conforme o município) e de uma
propriedade para outra, com base em indicadores econômicos e de produtividade de cada Município (tipo de
exploração predominante no Município, renda obtida no tipo de exploração predominante) e indicadores
específicos de cada imóvel (área aproveitável do imóvel rural). Essa variação é levada em conta pelo Poder
Judiciário.

SEGURADO ESPECIAL – Caracterização

• Módulo Fiscal (MF) é uma unidade de medida agrária que representa a área mínima necessária para as
propriedades rurais poderem ser consideradas economicamente viáveis (BRASIL, 2012a).

• (Disponível em:

<http://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/949260/1/doc146.pdf. Acesso em 08/02/2017>).

• A Lei 8.629/93 em seu art. 4.º, II, insere como pequena propriedade o imóvel rural de área compreendida entre
1 (um) e 4 (quatro) módulos fiscais;

SEGURADO ESPECIAL – Caracterização

• Os 54 municípios com tamanho de módulo fiscal de 5 hectares compreendem as regiões metropolitanas de


São Paulo/SP (25 municípios), Rio de Janeiro/RJ (19 municípios), Salvador/BA (2 municípios), Aracaju/SE,
Belém/PA,

• Belo Horizonte/MG, Brasília/DF, Curitiba/PR, Fortaleza/CE, Porto Alegre/RS e Recife/PE. Os municípios com
módulo fiscal maior ou igual a 100 hectares concentraram-se nos Estados do Acre (18 municípios), Amazonas (39

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municípios), Mato Grosso (41 municípios), Roraima (7 municípios) e Mato Grosso do Sul (2 municípios).
Corumbá/MS e Ladário/MS foram os únicos municípios que apresentaram módulo fiscal de 110 hectares.
(Disponível em: <http://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/949260/1/doc146.pdf. Acesso em
08/02/2017>).

O que significa não ter empregados permanentes?


o
O grupo familiar poderá fazer uso de (previsão art. 12, § 8 Lei 8.212/91 ):

- Empregados contratados por prazo determinado (admitido após a Lei 11.718/2008); ou

- De trabalhador (contribuinte individual) que presta serviço de natureza urbana ou rural, em caráter eventual, a
uma ou mais empresas, sem relação de emprego;

O que significa não ter empregados permanentes?

- Desde que:

- em época de safra e

- à razão de no máximo 120 (cento e vinte) pessoas/dia no ano civil, em períodos corridos ou intercalados ou,
ainda, por tempo equivalente em horas de trabalho, não sendo computado nesse prazo o período de afastamento
em decorrência da percepção de auxílio-doença.

Não descaracteriza a condição de segurado especial


o
§ 9 do art. 12 da Lei 8.212/91 (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008)

I – a outorga, por meio de contrato escrito de parceria, meação ou comodato, de até 50% (cinquenta por cento) de
imóvel rural cuja área total não seja superior a 4 (quatro) módulos fiscais, desde que outorgante e outorgado
continuem a exercer a respectiva atividade, individualmente ou em regime de economia familiar;

II – a exploração da atividade turística da propriedade rural, inclusive com hospedagem, por não mais de 120
(cento e vinte) dias ao ano;

Não descaracteriza a condição de segurado especial

III – a participação em plano de previdência complementar instituído por entidade classista a que seja associado,
em razão da condição de trabalhador rural ou de produtor rural em regime de economia familiar;

IV – ser beneficiário ou fazer parte de grupo familiar que tem algum componente que seja beneficiário de
programa assistencial oficial de governo;

Não descaracteriza a condição de segurado especial

V – a utilização pelo próprio grupo familiar, na exploração da atividade, de processo de beneficiamento ou


industrialização artesanal, na forma do § 11 do art. 25 desta Lei;

VI – a associação em cooperativa agropecuária ou de crédito rural; (Redação dada pela Lei nº 13.183, de 2015)
e

VII - a incidência do Imposto Sobre Produtos Industrializados - IPI sobre o produto das atividades desenvolvidas
nos termos do § 14 deste artigo.

PARTICIPAÇÃO DO SEGURADO ESPECIAL EM SOCIEDADE EMPRESÁRIA

Art. 12, Lei 8.212/91.

§ 14. A participação do segurado especial em sociedade empresária, em sociedade simples, como empresário
individual ou como titular de empresa individual de responsabilidade limitada de objeto ou âmbito agrícola,

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o
agroindustrial ou agroturístico, considerada microempresa nos termos da Lei Complementar n 123, de 14 de
dezembro de 2006, não o exclui de tal categoria previdenciária, desde que, mantido o exercício da sua atividade
o
rural na forma do inciso VII do caput e do § 1 , a pessoa jurídica componha-se apenas de segurados de igual
natureza e sedie-se no mesmo Município ou em Município limítrofe àquele em que eles desenvolvam suas
atividades.

Regime de economia familiar

• Antes da Lei 8.213/91: aposentadoria por idade do trabalhador rural somente era devida ao homem, quando
completasse 65 anos de idade. Excepcionalmente, era devida à mulher, desde que esteja na condição de chefe
ou arrimo de família (art. 297, Dec. 83.080/79).

REGIME DE ECONOMIA FAMILIAR

• A partir da Lei 8.213/91: todos os integrantes do grupo familiar (cônjuges ou companheiros, filhos maiores de
14 anos* ou a ele equiparados) têm direito ao benefício (art. 11, VII, Lei 8.213/91).

• idade de 16 anos com base no art. 7.º, XXXIII, CF/88.

• A Lei 11.718/2008 expressamente passou a falar em filhos maiores de 16 anos. Redação atual: cônjuge ou
companheiro, bem como filho maior de 16 (dezesseis) anos de idade ou a este equiparado, do segurado de que
tratam as alíneas a e b deste inciso, que, comprovadamente, trabalhem com o grupo familiar respectivo.(art. 11,
VII, c, Lei 8.213/91)

REGIME DE ECONOMIA FAMILIAR

• Na prática: pode ser reconhecido o trabalho rural judicialmente (o INSS não reconhece administrativamente
desde julho de 2013):

• a partir dos 12 anos de idade, entre o ano de 1967 (Constituição Federal de 1967) e o ano de 1988
(Constituição Federal de 1988).

• A partir dos 14 anos de idade, no período imediatamente anterior ao ano de 1967 e entre os anos de 1988 e
1998 (Emenda Constitucional n. 20/1998).

• Já a partir dos 16 anos de idade, é possível o reconhecimento do exercício do labor rural após o ano de 1998
(Emenda Constitucional n. 20/98).

Regime de economia familiar


º,
• Art. 12, § 1 Lei 8.212/91. Entende-se como regime de economia familiar a atividade em que o trabalho dos
membros da família é indispensável à própria subsistência e ao desenvolvimento socioeconômico do núcleo
familiar e é exercido em condições de mútua dependência e colaboração,

sem a utilização de empregados permanentes. (Redação dada pela Lei nº 11.718, de 2008).(grifo nosso)

• Atenção: para que o cônjuge ou companheiro e os filhos maiores de 16(dezesseis) anos ou a estes
equiparados deverão ter participação ATIVA nas atividades dos membros da família. Devem provar a atividade
rural.

Regime de economia familiar

• Considera-se participação ativa nas atividades rurais do grupo familiar, quando o membro não exerce qualquer
outra atividade de filiação obrigatória no Regime Geral de Previdência Social ou de outro regime de previdência
social, não havendo prejuízo quando identificado o exercício concomitante de atividades do lar desenvolvida por
qualquer um dos membros do grupo;

Regime de economia familiar

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• Súmula 41/TNU. Seguridade social. Previdenciário. Segurado especial. Trabalhador rural. Caracterização. Lei
8.213/91, art. 11, VII.

• «A circunstância de um dos integrantes do núcleo familiar desempenhar atividade urbana não implica, por si
só, a descaracterização do trabalhador rural como segurado especial, condição que deve ser analisada no caso
concreto.»

COMPOSIÇÃO DO GRUPO FAMILIAR

- Composição do grupo familiar para fins de “Regime de Economia Familiar”:


- Cônjuge ou companheiro;
- Filho maior de 16 anos de idade;
- Podem ainda ser incluídos mediante declaração junto ao INSS:
- O enteado, maior de 16 anos de idade;
- O menor sob guarda ou tutela, maior de 16 anos e menor de 21 anos de idade, que não possua bens
suficientes para o próprio sustento e educação.
- Obs.: idade de 16 anos com base no art. 7.º, XXXIII, CF/88.

COMPOSIÇÃO DO GRUPO FAMILIAR

Obs.: o menor sob guarda, embora tenha sido retirado do grupo familiar por meio da Lei 9.528 de 10.12.97, pode,
pelo Poder Judiciário, ser inserido como membro do Grupo Familiar, com base nos arts. 6.º e 227 da Constituição
Federal e art. 33, § 3º, do ECA.

Art. 33. A guarda obriga a prestação de assistência material, moral e educacional à criança ou adolescente,
conferindo a seu detentor o direito de opor-se a terceiros, inclusive aos pais.

§ 3º A guarda confere à criança ou adolescente a condição de dependente, para todos os fins e efeitos de direito,
inclusive previdenciários. (grifo nosso)

COMPOSIÇÃO DO GRUPO FAMILIAR

Obs.: Não deixa de ter a qualidade de segurado especial o filho maior de 16 anos de idade em virtude do
falecimento dos pais ou de ambos, desde que continue desenvolvendo atividade individualmente ou em regime de
economia familiar.

COMPOSIÇÃO DO GRUPO FAMILIAR

• Obs.2: cônjuge ou companheiro pode ser menor de 16 anos. A idade mínima de 16 anos é inserida para filho.
• [...] A limitação etária de 16 anos prevista na alínea c somente se aplica ao filho do produtor rural ou pescador
artesanal. A norma não estende a limitação etária para o cônjuge ou companheiro do produtor rural ou pescador
artesanal. Se o menor de 16 anos exerce atividade rural junto com cônjuge ou companheiro, pode ser qualificado
como segurado especial. 3. Uniformizado o entendimento de que a limitação etária de 16anos prevista no art. 11,
VII, alínea c da Lei nº 8.213/91 não se aplica ao cônjuge ou companheiro, mas apenas ao filho de produtor rural
ou pescador artesanal. (TNU - PEDILEF: 200970610007925 PR , Relator: JUIZ FEDERAL ROGÉRIO MOREIRA
ALVES, Data de Julgamento: 26/01/2012, Data de Publicação: DOU 06/07/2012) (grifo nosso)

COMPOSIÇÃO DO GRUPO FAMILIAR

Enunciado 22 do Conselho de Recursos da Previdência Social: Enunciado 22/CRPS - 26/10/2015. Seguridade


social. CRPS. Segurada especial a mulher que, além das tarefas domésticas, exerce atividades rurais com o
grupo familiar respectivo, aproveitando-se-lhe as provas materiais apresentadas em nome de seu cônjuge ou
companheiro, corroboradas por meio de pesquisa e entrevista.

Membro do grupo familiar que não será considerado segurado especial

Art. 12, § 10, Lei 8.212/91. Não é segurado especial o membro de grupo familiar que possuir outra fonte de
rendimento.

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O § 10, I, b, do art. 11 da Lei 8.213/91 determina que o segurado especial fica excluído dessa categoria a contar
do primeiro dia do mês em que for enquadrado em qualquer outra categoria.

FONTES DE RENDIMENTO QUE NÃO DESCARACTERIZAM O MEMBRO DO GRUPO FAMILIAR COMO


SERGURADO ESPECIAL (§10, art. 12 da Lei 8.212/91)

• I – benefício de pensão por morte, auxílio-acidente ou auxílio-reclusão, cujo valor não supere o do menor
benefício de prestação continuada da Previdência Social; (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008).
• II – benefício previdenciário pela participação em plano de previdência complementar instituído nos termos do
o
inciso IV do § 9 deste artigo; (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008).
• III –exercício de atividade remunerada em período não superior a 120 (cento e vinte) dias, corridos ou
intercalados, no ano civil, observado o disposto no § 13 deste artigo; (Redação dada pela Lei nº 12.873, de 2013).

FONTES DE RENDIMENTO QUE NÃO DESCARACTERIZAM O MEMBRO DO GRUPO FAMILIAR COMO


SERGURADO ESPECIAL

• IV – exercício de mandato eletivo de dirigente sindical de organização da categoria de trabalhadores rurais;


(Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008).
• V – exercício de mandato de vereador do município onde desenvolve a atividade rural, ou de dirigente de
cooperativa rural constituída exclusivamente por segurados especiais, observado o disposto no § 13 deste artigo;
(Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008).
o
• VI – parceria ou meação outorgada na forma e condições estabelecidas no inciso I do § 9 deste artigo;
(Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008).

FONTES DE RENDIMENTO QUE NÃO DESCARACTERIZAM O MEMBRO DO GRUPO FAMILIAR COMO


SERGURADO ESPECIAL

• VII – atividade artesanal desenvolvida com matéria-prima produzida pelo respectivo grupo familiar, podendo
ser utilizada matéria-prima de outra origem,
desde que a renda mensal obtida na atividade não exceda ao menor benefício de prestação continuada da
Previdência Social; e (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008).
• VIII – atividade artística, desde que em valor mensal inferior ao menor benefício de prestação continuada da
Previdência Social. (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008).

APOSENTADORIA POR IDADE DO TRABALHADOR RURAL

• Aposentadoria por idade rural típica: benefício previsto no artigo 48, § 1º, da Lei 8.213/1991 – aposentadoria
rural típica - 60 anos de idade para homem e 55, para mulheres.

• Aposentadoria por idade rural híbrida/mista: benefício previsto no artigo 48, § 3º, da Lei 8.213/1991 -
aposentadoria híbrida: soma do tempo de trabalho rural e urbano, com o requisito etário do trabalhador urbano (65
anos). Soma do tempo de trabalho urbano e de rural, excluída a redução da idade.

Quais trabalhadores rurais são enquadrados nessa categoria?

- Empregado rural;
- Trabalhador eventual;
- Trabalhador avulso;
- Segurado especial;
- Pescador artesanal.

Requisitos para a obtenção da aposentadoria rural por idade (art. 48 da Lei 8.213/91)

• Idade mínima, carência e condição de segurado especial.

Idade mínima e qualidade de segurado especial

• Idade mínima: cinquenta e cinco anos para a mulher e sessenta anos para o homem.

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• Atenção: para ser considerado segurado especial, fazendo jus ao benefício aposentadoria por idade no valor
de um salário mínimo tem que desenvolver atividade rural no período imediatamente anterior ao do requerimento
do benefício. Nesse sentido a Súmula 54/TNU: Seguridade social. Previdenciário.

Trabalhador rural. Rurícola. Carência. Aposentadoria por idade. Lei 8.213/1991, art. 48. Para a concessão de
aposentadoria por idade de trabalhador rural, o tempo de exercício de atividade equivalente à carência deve ser
aferido no período imediatamente anterior ao requerimento administrativo ou à data do implemento da idade
mínima.

Qualidade de segurado

IN 77 de 2015:

• Art. 231, caput. Para fins de aposentadoria por idade prevista no inciso I do art. 39 e caput e § 2º do art. 48,
ambos da Lei nº 8.213, de 1991 dos segurados empregados, contribuintes individuais e especiais, referidos na
alínea "a" do inciso I, na alínea "g" do inciso V e no inciso VII do art. 11, todos do mesmo diploma legal, não será
considerada a perda da qualidade de segurado nos intervalos entre as atividades rurícolas,devendo, entretanto,
estar o segurado exercendo a atividade rural ou em período de graça na DER ou na data em que implementou
todas as condições exigidas para o benefício. (grifo nosso)

É trabalhador rural, mas EXERCEU TAMBÉM ATIVIDADE URBANA

• Poderão receber a aposentadoria por idade rural no valor de 1(um) salário mínimo se:

a) Segurados especiais;
b) Se efetuarem contribuição sob outras categorias de segurado.
c) No mês em que atingiu a idade mínima para a aposentadoria por idade rural, deveria estar desenvolvendo
atividade como rural, ainda que anteriormente tenha desenvolvido atividade urbana. Mas atenção: tem que
cumprir o tempo mínimo de carência como rural*.

É trabalhador rural, mas EXERCEU TAMBÉM ATIVIDADE URBANA

*entendimento injusto. Por isso, atualmente o STJ e a TNU entendem que a aposentadoria por idade híbrida
poderá ser concedida também a trabalhador urbano que, na época do requerimento administrativo, ostente essa
qualidade e pretenda computar período pretérito de carência na qualidade de trabalhador rural (Resp 1407613, de
14/10/2014 – STJ e PEDILEF 50009573320124047214, de 12/11/2014 - TNU).

É trabalhador rural, mas EXERCEU TAMBÉM ATIVIDADE URBANA

Súmula 46/TNU. Seguridade social. Trabalhador rural. Atividade urbana.

«O exercício de atividade urbana intercalada não impede a concessão de benefício previdenciário de trabalhador
rural, condição que deve ser analisada no caso concreto.

É TRABALHADOR rural, MAS TAMBÉM DESENVOLVEU ATIVIDADE URBANA


o o
Art. 48, § 3 Lei 8.213/91. Os trabalhadores rurais de que trata o § 1 deste artigo que não atendam ao disposto no
o
§ 2 deste artigo, mas que satisfaçam essa condição, se forem considerados períodos de contribuição sob outras
categorias do segurado, farão jus ao benefício ao completarem 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e
60 (sessenta) anos, se mulher. (Incluído pela Lei nº 11,718, de 2008) (grifo nosso)

Aposentadoria por idade rural híbrida ou mista

[...] Os trabalhadores rurais que não atendam ao disposto no art. 48, § 2º, da Lei nº 8.213/01, mas que satisfaçam
as demais condições, considerando-se períodos de contribuição sob outras categorias do segurado, farão jus ao
benefício de aposentadoria por idade ao completarem 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e 60
(sessenta) anos, se mulher, conforme o disposto no art. 48, § 3º da Lei nº 8.213/91. Requisito etário não
preenchido. (TRF-4 - APELREEX: 197644220134049999 PR 0019764-42.2013.404.9999, Relator: VÂNIA HACK
DE ALMEIDA, Data de Julgamento: 05/11/2014, SEXTA TURMA, Data de Publicação: D.E. 13/11/2014)

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DIREITO PREVIDENCIÁRIO. NATUREZA DO TRABALHO EXERCIDO IMEDIATAMENTE ANTES DE
REQUERIMENTO DE APOSENTADORIA HÍBRIDA POR IDADE.

É possível considerar o tempo de serviço rural anterior ao advento da Lei 8.213/1991 para fins de carência de
aposentadoria híbrida por idade, sem que seja necessário o recolhimento de contribuições previdenciárias para
esse fim. A Lei 11.718/2008, ao alterar o art. 48 da Lei dos Planos de Benefícios da Previdência Social, não vedou
a possibilidade de se computar o tempo de serviço rural anterior à vigência da Lei 8.213/1991 na carência da
aposentadoria híbrida por idade nem exigiu qualquer recolhimento de contribuições para esse fim.

Precedente citado: AgRg no REsp 1.497.086-PR, Segunda Turma, DJe 6/4/2015. REsp 1.476.383-PR, Rel. Min.
Sérgio Kukina, julgado em 1º/10/2015, DJe 8/10/2015.

Aposentadoria por idade rural híbrida ou mista

• Híbrida:
• Tempo urbano + tempo rural;
o
• Não precisa a última atividade ser rural (art. 51, §4.º, Decreto 3.048/99); *Art. 51, § 4 Aplica-se o disposto nos
o o
§§ 2 e 3 ainda que na oportunidade do requerimento da aposentadoria o segurado não se enquadre como
trabalhador rural.
• Idade: 65 anos para o homem e 60 anos para a mulher.

LABOR URBANO EM CURSO ESPAÇO DE TEMPO

Consoante jurisprudência do STJ, a atividade rural caracterizadora do direito ao benefício não deve,
necessariamente, ser contínua e ininterrupta. Desse modo, o exercício de trabalho urbano intercalado ou
concomitante ao labor campesino, por si só, não retira a condição de segurado especial do trabalhador rural. 2.
Embargos de declaração acolhidos sem efeito modificativo (STJ, EDcl no AgRg no AREsp 297322/PB, Rel.
Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, DJe de 20/08/2013).

Não comprovação dos requisitos para enquadramento como segurado especial

Caso o trabalhador não consiga provar os requisitos para ser enquadrado como segurado especial e ter acesso
ao benefício aposentadoria por idade rural, restará a possibilidade de se aposentar por idade (60 anos de idade,
se mulher ou 65 anos de idade, se homem) ou por tempo de contribuição (30 anos de contribuição, se mulher ou
35 anos de contribuição, se homem), seguindo as regras para os demais trabalhadores.

Contagem recíproca: atividade urbana e rural

PREVIDENCIÁRIO. TEMPO RURAL. SEGURADO ESPECIAL. APOSENTADORIA POR TEMPO DE


CONTRIBUIÇÃO. CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS. EXIGÊNCIA DE RECOLHIMENTOS APÓS 31-10-
1991.

[...] 1. Tempo de serviço rural reconhecido na via administrativa, porém, o cômputo para fins de aposentadoria por
tempo de /serviço contribuição, fica condicionado ao recolhimento das contribuições previdenciárias respectivas.
[...] 4. O cômputo do tempo de serviço como rural está condicionado ao recolhimento prévio das contribuições,
impossibilitado o desconto no próprio benefício a ser, em tese, concedido. (TRF-4 - AC: 202462420124049999 RS
0020246-24.2012.404.9999, Relator: VÂNIA HACK DE ALMEIDA, Data de Julgamento: 02/09/2015, SEXTA
TURMA, Data de Publicação: D.E. 09/09/2015

CARÊNCIA

Antes da Lei 9.063/95 (redação original do art. 143 da Lei 8.213/91): bastava comprovar a atividade rural, ainda
que descontínua, nos últimos cinco anos anteriores ao requerimento administrativo.

Após a Lei 9.063/95 (deu nova redação ao art. 143 da Lei 8.213/91): o trabalhador rural deve comprovar o efetivo
exercício de atividade rural, ainda que de forma descontínua, no período imediatamente anterior ao requerimento
do benefício, por tempo igual ao número de meses de contribuição correspondente à carência do benefício
o
pretendido, computado o período a que se referem os incisos III a VIII do § 9 do art. 11 da Lei 8.213/91.

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CARÊNCIA

Carência do benefício aposentadoria por idade: 180 contribuições mensais.

No entanto, para o segurado inscrito antes de 24.07.1991, a carência para a aposentadoria por idade segue a
tabela do art. 142, da Lei 8.213/91. *Para se saber qual a carência exigida, deve se levar em conta o ano em que
o segurado implementou os requisitos necessários para obter a aposentadoria por idade.

CARÊNCIA – REGRA DE TRANSIÇÃO

Portanto, se o segurado especial atingiu a idade mínima para se aposentar por idade rural em 2003, terá que
comprovar a atividade rural por 132 meses imediatamente anteriores ao requerimento do benefício.

Se a segurada especial nasceu em 14/12/1943, no ano de 1998 já havia implementado o quesito idade (55 anos),
razão pela qual a carência que lhe é exigida é de 102 meses.

Se a segurada especial nasceu em 18/05/1954, no ano de 2009 já havia implementado o quesito idade (55 anos),
razão pela qual a carência que lhe é exigida é de 168 meses.

CARÊNCIA

Art. 143, da Lei 8.213/91. O trabalhador rural ora enquadrado como segurado obrigatório no Regime Geral de
Previdência Social, na forma da alínea "a" do inciso I, ou do inciso IV ou VII do art. 11 desta Lei, pode requerer
aposentadoria por idade, no valor de um salário mínimo, durante quinze anos, contados a partir da data de
vigência desta Lei, desde que comprove o exercício de atividade rural, ainda que descontínua, no período
imediatamente anterior ao requerimento do benefício, em número de meses idêntico à carência do referido
benefício. (Redação dada pela Lei nº. 9.063, de 1995)(grifo nosso)

Carência

Portanto, o art. 143 da Lei 8.213/91:

- Limitou pelo prazo de 15 anos, a partir de 25.07.1991, o direito de o trabalhador rural requerer a concessão da
aposentadoria por idade no valor de um salário-mínimo, SEM COMPROVAÇÃO DE RECOLHIMENTO DE
CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA.

- Esse prazo foi prorrogado:

- 1) em dois anos, pela MP n. 312, de 19.7.2006 (convertida na Lei n. 11.368/2006);

- 2) pela Lei 11.718/2008, até 31 de dezembro de 2010.

CÁLCULO DE CARÊNCIA

• Após 31 de dezembro de 2010: deveria ou prorrogar o benefício, ou exigir contribuições dos segurados
especiais.

• No entanto, continua sendo ignorado tal fato e ainda é concedido tratamento diferenciado aos segurados
especiais.

CÁLCULO DE CARÊNCIA

No entanto, o empregado rural e o contribuinte individual rural deverão observar a seguinte regra:
º
Art. 3 , Lei 11.718/2008 (REGRA DE TRANSIÇÃO). Na concessão de aposentadoria por idade do empregado
rural, em valor equivalente ao salário mínimo, serão contados para efeito de carência:
o
I – até 31 de dezembro de 2010, a atividade comprovada na forma do art. 143 da Lei n 8.213, de 24 de julho de
1991;

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II – de janeiro de 2011 a dezembro de 2015, cada mês comprovado de emprego, multiplicado por 3 (três), limitado
a 12 (doze) meses, dentro do respectivo ano civil; e (*obs.: uma contribuição a cada três meses; dentro de um ano
terão que comprovar apenas 4 contribuições mensais)

CÁLCULO DE CARÊNCIA

III – de janeiro de 2016 a dezembro de 2020, cada mês comprovado de emprego, multiplicado por 2 (dois),
limitado a 12 (doze) meses dentro do respectivo ano civil. (obs.: terão que comprovar uma contribuição a cada
dois meses; dentro de um ano terão que comprovar apenas 6 contribuições mensais)

Parágrafo único. Aplica-se o disposto no caput deste artigo e respectivo inciso I ao trabalhador rural enquadrado
na categoria de segurado contribuinte individual que comprovar a prestação de serviço de natureza rural, em
caráter eventual, a 1 (uma) ou mais empresas, sem relação de emprego.

BASE DE CÁLCULO

Base de cálculo das contribuições à Seguridade Social: comercialização da produção. E se não houver
comercialização de sua produção rural?

Contribuição do segurado especial

• A forma de contribuição para o INSS no caso de Segurado Especial, corresponde ao percentual de 2,3%
incidente sobre o valor bruto da comercialização da sua produção rural.

• Este percentual é composto da seguinte maneira:

• 2,0% para a Seguridade Social;

• 0,1% para financiamento dos benefícios concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade
laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho (SAT); e

• 0,2% para o SENAR (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural).

• Sempre que o segurado especial vender sua produção rural à uma empresa pessoa jurídica, consumidora ou
consignatária, será de responsabilidade dessa empresa a obrigação de descontar do valor da venda o respectivo
tributo e efetuar o recolhimento ao INSS.

• Disponível em:

http://www.previdencia.gov.br/servicos-ao-cidadao/todos-os-servicos/gps/forma-pagar-codigo-pagamento-
segurado-especial/. Acesso em: 13/02/2016.

Contribuição do segurado especial

• Além desta contribuição obrigatória, o Segurado Especial também poderá contribuir na condição de
Facultativo aplicando-se a alíquota de 20% sobre o respectivo salário-de-contribuição.

• Este tipo de recolhimento permitirá ao Segurado Especial, ter direito a benefícios previdenciários com valores
superiores ao do salário mínimo.

• Códigos para recolhimento – Segurado Especial (Facultativo)

• 1503 Segurado Especial – Mensal

• 1554 Segurado Especial – Trimestral

• Disponível em:

http://www.previdencia.gov.br/servicos-ao-cidadao/todos-os-servicos/gps/forma-pagar-codigo-pagamento-
segurado-especial/. Acesso em: 13/02/2016.

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Períodos computados para efeito de carência

• Art. 11, §9.º, incis. III a VIII da Lei 8.213/91

• III – exercício de atividade remunerada em período de entressafra ou do defeso, não superior a 120 (cento e
o
vinte) dias, corridos ou intercalados, no ano civil, observado o disposto no § 13 do art. 12 da Lei n 8.212, de 24
julho de 1991;

• IV – exercício de mandato eletivo de dirigente sindical de organização da categoria de trabalhadores rurais;

• V – exercício de mandato de vereador do Município em que desenvolve a atividade rural ou de dirigente de


cooperativa rural constituída, exclusivamente, por segurados especiais, observado o disposto no § 13 do art. 12
da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991;

Períodos computados para efeito de carência


o
• VI – parceria ou meação outorgada na forma e condições estabelecidas no inciso I do § 8 deste artigo;
(Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008)

• VII – atividade artesanal desenvolvida com matéria-prima produzida pelo respectivo grupo familiar, podendo
ser utilizada matéria-prima de outra origem, desde que a renda mensal obtida na atividade não exceda ao menor
benefício de prestação continuada da Previdência Social; e (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008)

• VIII – atividade artística, desde que em valor mensal inferior ao menor benefício de prestação continuada da
Previdência Social. (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008)

COMPROVAÇÃO DA ATIVIDADE RURAL

• Súmula 149, STJ: a prova exclusivamente testemunhal não basta à comprovação da atividade rurícula, para
efeito de obtenção do benefício previdenciário.

• Na prática essa exigência tem sido relativizada no caso dos bóias-frias e safristas.

COMPROVAÇÃO DA ATIVIDADE RURAL

Súmula 577, STJ (22/06/2016): “É possível reconhecer o tempo de serviço rural anterior ao documento mais
antigo apresentado desde que amparado em convincente prova testemunhal colhida sob contraditório.”

Justificativa:

- grande informalidade e precariedade da atividade rural;

DOCUMENTOS QUE COMPROVAM ATIVIDADE RURAL

Art. 106, Lei 8.213/91. A comprovação do exercício de atividade rural será feita, alternativamente, por meio de:
(Redação dada pela Lei nº 11.718, de 2008)

I – contrato individual de trabalho ou Carteira de Trabalho e Previdência Social;

II – contrato de arrendamento, parceria ou comodato rural;

III – declaração fundamentada de sindicato que represente o trabalhador rural ou, quando for o caso, de sindicato
ou colônia de pescadores, desde que homologada pelo Instituto Nacional do Seguro Social – INSS;

DOCUMENTOS QUE COMPROVAM ATIVIDADE RURAL

IV – comprovante de cadastro do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA, no caso de


produtores em regime de economia familiar;

V – bloco de notas do produtor rural;

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o o
VI – notas fiscais de entrada de mercadorias, de que trata o § 7 do art. 30 da Lei n 8.212, de 24 de julho de
1991, emitidas pela empresa adquirente da produção, com indicação do nome do segurado como vendedor;

DOCUMENTOS QUE COMPROVAM ATIVIDADE RURAL

VII – documentos fiscais relativos a entrega de produção rural à cooperativa agrícola, entreposto de pescado ou
outros, com indicação do segurado como vendedor ou consignante;

VIII – comprovantes de recolhimento de contribuição à Previdência Social decorrentes da comercialização da


produção;

IX – cópia da declaração de imposto de renda, com indicação de renda proveniente da comercialização de


produção rural; ou

X – licença de ocupação ou permissão outorgada pelo Incra.

CONTEMPORANEIDADE

Contemporaneidade. “Para fins de comprovação do tempo de labor rural, o início de prova material deve ser
contemporâneo à época dos fatos a provar” (Súmula nº 34 da TNU)

*portanto, os documentos devem ser do mesmo tempo que se pretende efetuar a prova.

Documentos servíveis como início de prova material: em nome próprio ou em nome de membros do grupo familiar
da parte autora

• JURISPRUDÊNCIA da Turma Nacional de Uniformização dos Juizados Especiais Federais :

• Documentos em nome de terceiros integrantes do grupo familiar (►PEDILEF nº 2005.81.05.107224-2/CE, Rel.


Juiz Fed. José Antonio Savaris, DJ 25.02.2010)

• Certidão do INCRA em nome do pai. (►PEDILEF nº 2006.72.95.010502-5/SC, Rel. Juíza Fed. Joana Carolina
L. Pereira, julgado 08.04.2010; ►PEDILEF nº 2008.72.55.007778-3/SC, Rel. Juiz Fed. José Eduardo do
Nascimento, julgado 10.05.2010)

• Guia de recolhimento de ITR em nome do pai.( ►PEDILEF nº 2008.72.55.007778-3/SC, Rel. Juíza Fed.
Jacqueline Michels Bilhalva, julgado 10.05.2010)

• Comprovante de recolhimento de imposto sobre exploração agrícola.( ►PEDILEF nº 2006.72.95.011963-


2/SC, Rel. Juiz Fed. José Eduardo do Nascimento, DJ 25.05.2010)

Documentos servíveis como início de prova material: em nome próprio ou em nome de membros do grupo familiar
da parte autora

• Matrícula de propriedade rural.( ►PEDILEF nº 2004.83.20.00.3767-0/PE, Rel. Juiz Fed. Otávio Henrique
Martins Port, DJ 13.10.2009)

• Certidão do Registro de Imóveis relativa a propriedade rural.( ►PEDILEF nº 2006.70.95.014573-0/PR, Rel.


Juíza Fed. Jacqueline Michels Bilhalva, DJ 28.07.2009)

• Escritura de propriedade rural. (►PEDILEF nº 2004.83.20.003767-0/PE, Rel. Juiz Fed. Otávio Henrique
Martins Port, DJ 13.10.2009)

• Declaração do Fundo de Terras de Pernambuco (FUNTEPE).(►PEDILEF nº 2007.83.00.526657-4/PE, Rel.


Juiz Fed. Otávio Henrique Martins Port, DJ 25.03.2009)

• Certidão de casamento do pai. (►PEDILEF nº 2007.70.95.000280-7/PR, Rel. Juiz Fed. Valter Antoniassi
Maccarone, DJ 10.10.2008)

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• Certidão de casamento da parte autora. (►PEDILEF nº 2003.81.10.027572-0/CE, Rel. Juiz Fed. Ricarlos
Almagro V. Cunha, DJ 13.05.2010)

Documentos servíveis como início de prova material: em nome próprio ou em nome de membros do grupo familiar
da parte autora

Certidões de nascimento de irmãos. (►PEDILEF nº 2007.70.95.000280-7/PR, Rel. Juiz Fed. Valter Antoniassi
Maccarone, DJ 10.10.2008 ; ►PEDILEF nº 2006.72.59.000860-0/SC, Rel. Juíza Fed. Jacqueline Michels Bilhalva,
DJ 29.09.2009)

Certidão de óbito de irmão. (►PEDILEF nº 2006.70.95.012605-0/PR, Rel. Juiz Fed. Élio Wanderley de S. Filho,
DJ 07.11.2008)

Certidão de alistamento militar da parte autora. (►PEDILEF nº 2006.72.59.000860-0/SC, Rel. Juíza Fed.
Jacqueline Michels Bilhalva, DJ 29.09.2009 )

Certidão da Justiça Eleitoral com indicação do exercício de atividade rural. (►PEDILEF nº 2007.83.02.505452-
7/PE, Rel. Juiz Fed. Otávio Henrique Martins Port, DJ 09.07.2009)

Titulo eleitoral da parte autora. (►PEDILEF nº 2006.72.59.000860-0/SC, Rel. Juíza Fed. Jacqueline Michels
Bilhalva, DJ 29.09.2009 )

Documentos servíveis como início de prova material: em nome próprio ou em nome de membros do grupo familiar
da parte autora

• Folha de Pagamento de Programa Permanente de Combate à Seca. (►PEDILEF nº 2007.83.03.504233-9/CE,


Rel. Juiz Fed. José Antonio Savaris, DJ 12.02.2010)

• Ficha de Sindicato Rural. (►PEDILEF nº 2003.83.20.005917-9/PE, Rel. Juiz Fed. Guilherme Bollorini Pereira,
DJ 17.05.2005; ►PEDILEF nº2007.83.00.526657-4/PE, Rel. Juiz Fed. Otávio Henrique Martins Port, DJ
25.03.2009; ►PEDILEF nº 2003.81.10.004265-7/CE, Rel. Juiz. Fed. Ivorí Luis da Silva Scheffer, DJ 01.03.2010)

• Carteira de filiação a Sindicato Rural. (►PEDILEF nº 2003.81.10.025191-0/CE, Rel. Juíza Fed. Jacqueline
Michels Bilhalva, DJ 26.01.2010; PEDILEF nº 2007.83.00.526657-4/PE, Rel. Juiz Fed. Otávio Henrique Martins
Port, DJ 25.03.2009)

• Recibos de pagamento a Sindicato Rural.(►PEDILEF nº 2007.83.00.526657-4/PE, Rel. Juiz Fed. Otávio


Henrique Martins Port, DJ 25.03.2009; ►PEDILEF nº 2004.81.10.009403-0/CE, Rel. Juiz Fed. Ricarlos Almagro V.
Cunha, DJ 12.02.2010)

Documentos servíveis como início de prova material: em nome próprio ou em nome de membros do grupo familiar
da parte autora

• Ficha de contribuição a Associação de Pequenos Produtores Rurais. (►PEDILEF nº 2007.83.00.526657-4/PE,


Rel. Juiz Fed. Otávio Henrique Martins Port, DJ 25.03.2009)

• Ficha de cadastramento familiar realizado pela Secretaria de Saúde do Município de residência da parte
autora. (►PEDILEF nº 2004.81.10.009403-0/CE, Rel. Juiz Fed. Ricarlos Almagro V. Cunha, DJ 12.02.2010)

• Prontuário médico de Posto de Saúde constando a profissão. (►PEDILEF nº 2007.83.05.501035-6/PE, Rel.


Juiz Fed. Ricarlos Almagro V. Cunha, DJ 13.05.2010)

• Recibos do Programa Hora de Plantar da Secretaria de Agricultura e Reforma Agrária do Ceará. (►PEDILEF
nº 2003.81.10.027572-0/CE, Rel. Juiz Fed. Ricarlos Almagro V. Cunha, DJ 13.05.2010)

Documentos servíveis como início de prova material: em nome próprio ou em nome de membros do grupo familiar
da parte autora

• Documentos relativos a propriedade ou posse rural pertinentes à terra na qual a parte autora teria trabalhado
[como comprovante de ITR, Certidão do Registro de Imóveis,

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Declaração do Instituto de Terras de Tocantins (ITERTINS), histórico oficial de posse de área rural]. (►PEDILEF
nº 2006.83.03.501599-0/PE, Rel. Juiz Fed. Otávio Henrique Martins Port, DJ 26.11.2008; ►PEDILEF nº
2005.39.00.708920-0/PA, Rel. Juíza Fed. Jacqueline Michels Bilhalva, DJ 29.05.2009; ►PEDILEF nº
2006.43.00.906123-6/TO, Rel. Juiz Fed. Élio Wanderley da S. Filho, DJ 28.07.2009; ►PEDILEF nº
2006.70.95.014573-0/PR, Rel. Juíza Fed. Jacqueline Michels Bilhalva, DJ 28.07.2009 )

Documentos inservíveis como início de prova material

• Declaração de Sindicato de Trabalhadores Rurais não homologada pelo Ministério Público ou pelo INSS.
(►PEDILEF nº 2006.83.03.501599-0/PE, Rel. Juiz Fed. Otávio Henrique Martins Port,

DJ 26.11.2008 ; ►PEDILEF nº 2007.72.55.009096-5/SC, Rel. Juiz Fed. Élio Wanderley de S. Filho, DJ 28.07.2009
; ►PEDILEF nº 2008.32.00.703599-2/AM, Rel. Juiz Fed. José Eduardo do Nascimento)

• Declarações em Geral. (►PEDILEF nº 2007.83.00.526657-4/PE, Rel. Juiz Fed. Otávio Henrique Martins Port,
DJ 25.03.2009 )

• Declaração fornecida por suposto vizinho, por consubstanciar mera prova testemunhal reduzida a escrito.
(►PEDILEF nº 2006.83.02.503892-0/PE, Rel. Juiz Fed. Otávio Henrique Martins Port, DJ 29.05.2009)

• Declaração fornecida por suposto parceiro rural, sem base em nenhum documento específico (como contrato
de parceria escrito), por consubstanciar mera prova testemunhal reduzida à escrito. (►PEDILEF nº
2006.70.95.014573-0/PR, Rel. Juíza Fed. Jacqueline Michels Bilhalva, DJ 28.07.2009)

Documentos inservíveis como início de prova material

Declaração fornecida por suposto feirante que comercializaria alimentos produzidos pela parte autora, sem base
em nenhum documento específico, por consubstanciar mera prova testemunhal reduzida à escrito.

(►PEDILEF nº 2006.83.00.521010-2/PE, Rel. Juíza Fed. Joana Carolina L. Pereira, DJ 09.02.2009 )

Documentos que contêm anotação da profissão da parte autora e de seu cônjuge preenchida posteriormente ao
preenchimento do documento e com visível adulteração.

(►PEDILEF nº 2005.84.00.503903-4/RN, Rel. Juíza Fed. Joana Carolina L. Pereira, DJ 26.11.2008 )

Certidão do INCRA com data posterior ao óbito do pai da parte autora. (►PEDILEF nº 2002.61.84.002017-8/SP,
Rel. Juiz Fed. Otávio Henrique Martins Port, DJ 25.03.2009)

Início de prova material

Enunciado 14 da Turma Nacional de Uniformização dos Juizados Especiais Federais:

Para a concessão de aposentadoria rural por idade, não se exige que o início de prova material, corresponda a
todo o período equivalente à carência do benefício.

Justificação judicial e administrativa

Justificação Administrativa=JÁ

Constitui recurso utilizado para suprir a falta ou insuficiência de documento ou produzir prova de fato ou
circunstância de interesse dos beneficiários, perante a previdência social (art. 142, Decreto 3.048/99)

Não será admitida quando o fato a comprovar exigir registro público de casamento, de idade ou de óbito, ou de
qualquer ato jurídico para o qual a lei prescreva forma especial (§1º do art. 142, Dec 3048/99).

Justificação judicial e administrativa

A homologação da justificação judicial processada com base em prova exclusivamente testemunhal dispensa a
justificação administrativa, se complementada com início razoável de prova material (art. 144, Dec. 3048/99)

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Para o processamento de justificação administrativa, o interessado deverá apresentar requerimento expondo,
clara e minuciosamente, os pontos que pretende justificar, indicando testemunhas idôneas, em número não
inferior a três nem superior a seis, cujos depoimentos possam levar à convicção da veracidade do que se
pretende comprovar. (art. 145, Dec. 3048/99)

Somente será admitido o processamento de justificação administrativa na hipótese de ficar evidenciada a


inexistência de outro meio capaz de configurar a verdade do fato alegado, e o início de prova material
apresentado levar à convicção do que se pretende comprovar. (art. 151, Dec. 3048/99).

DATA DE INÍCIO DO BENEFÍCIO

Para o segurado especial, a data de início do benefício é a da entrada do requerimento administrativo.

Art. 49, da Lei 8.213/91. A aposentadoria por idade será devida:

I - ao segurado empregado, inclusive o doméstico, a partir:

a) da data do desligamento do emprego, quando requerida até essa data ou até 90 (noventa) dias depois dela; ou
b) da data do requerimento, quando não houver desligamento do emprego ou quando for requerida após o prazo
previsto na alínea "a";

II - para os demais segurados, da data da entrada do requerimento.

DATA DE INÍCIO DO BENEFÍCIO

• *Obs.: na data do requerimento administrativo deve o segurado ter implementado todos os requisitos para a
obtenção da aposentadoria por idade, quais sejam: idade mínima e carência, mesmo que tenha havido a perda da
qualidade de segurado:

• Art. 3.º
o
• § 1 Na hipótese de aposentadoria por idade, a perda da qualidade de segurado não será considerada para a
concessão desse benefício, desde que o segurado conte com, no mínimo, o tempo de contribuição
correspondente ao exigido para efeito de carência na data do requerimento do benefício.(Lei 10.666/2003)

REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO

Pode ser feito o agendamento prévio:

1) Pela Central 135;


2) Pela internet (portal da Previdência Social);
3) Em uma das Agências da Previdência Social.

RMI

Para o trabalhador rural que se enquadre como segurado especial, o valor do benefício é de 1(um) salário mínimo
mensal (art. 29, §6.º da Lei 8.213/91).

De acordo com o art. 39, II da Lei 8.213/91 se o segurado especial contribuir facultativamente com a Previdência
Social, o cálculo da sua aposentadoria por idade seguirá a regra geral de cálculo (média dos maiores salários-de-
contribuição equivalentes a 80% do período contributivo, a partir de julho de 1994).

*se houver atividade urbana e rural: o cálculo segue a regra geral (média dos maiores salários-de-contribuição
equivalentes a 80% do período contributivo, a partir de julho de 1994).

RMI

Caso o trabalhador rural não consiga comprovar a atividade rural no período de 180 meses imediatamente
anterior ao requerimento, mas satisfaça as condições para a aposentadoria por idade,

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utilizando o tempo de atividade exercida em outra categoria de segurado, fará jus ao completar 65 anos, se
homem, e 60 anos, se mulher. Neste caso, para o cálculo do valor do benefício (média aritmética simples dos 80%
maiores salários-de-contribuição), nos meses de atividade exercida como segurado especial, será considerado
como salário-de-contribuição o valor de um salário mínimo, não sendo aplicado o fator previdenciário. Nesta
hipótese, o valor do benefício previdenciário poderá superar um salário mínimo. (KERTZMAN, Ivan. Curso Prático
de Direito Previdenciário. 8. ed. Salvador: Jus Podivm, 2011, p. 379).

E-SOCIAL

a partir de 01/05/2014:

- o segurado especial que contratar empregados por prazo determinado ou contribuintes individuais deve
apresentar informações relacionadas ao registro de trabalhadores, aos fatos geradores, à base de cálculo e aos
valores das contribuições devidas à Previdência Social e ao FGTS e outras informações de interesse da Receita
Federal do Brasil, do Ministério da Previdência Social, do Ministério do Trabalho e Emprego e do Conselho
Curador do FGTS, por meio do e-social, e efetuará os recolhimentos por meio de documento único de
arrecadação;

E-SOCIAL

• - as informações prestadas por meio do e-social têm caráter declaratório, constituem instrumento hábil e
suficiente para a exigência dos tributos e encargos apurados e substituirão a obrigatoriedade de entrega de todas
as informações, formulários e declarações a que está sujeito o grupo familiar, inclusive as relativas ao
recolhimento do FGTS;

- o segurado especial também estará obrigado a recolher os valores do FGTS e os encargos trabalhistas sob
sua responsabilidade até o dia 7 do mês seguintes ao da competência.

E-SOCIAL

- Nota de esclarecimento ao segurado especial

• Disponível em: http://www.esocial.gov.br/. Acesso em 08/02/2017:

• Está em desenvolvimento o sistema eSocial, que unificará o envio das informações do empregador para o
Governo Federal. O segurado especial começaria a prestar informações trabalhistas, previdenciárias e fiscais ao
novo sistema a partir da competência de maio de 2014.

Entretanto, a disponibilização do módulo simplificado do eSocial para o segurado especial aguarda


regulamentação. Enquanto isso, não haverá mudanças para este grupo de segurado: ele deve continuar a utilizar
os mesmos canais hoje disponíveis.

APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO DO SEGURADO ESPECIAL

Observe-se que no caso do segurado especial, este só terá direito a este benefício se efetivamente contribuir para
o sistema. Nesse sentido, temos a Súmula 272 do STJ:

Súmula 272, STJ. O trabalhador rural, na condição de segurado especial, sujeito à contribuição obrigatória sobre a
produção rural comercializada, somente faz jus à aposentadoria por tempo de serviço se recolher contribuições
facultativas.

APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO DO SEGURADO ESPECIAL

Após a publicação da Lei 8.213/91: no que tange à aposentadoria por tempo de contribuição, esta só será devida
ao trabalhador rural caso o mesmo tenha efetivamente contribuído com a previdência social. Antes da referida lei:
não precisa comprovar contribuição.

Entendimento jurisprudencial

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A Lei 11.718/2008, que possibilita a contagem de tempo de serviço rural para a obtenção de aposentadoria por
idade urbana, se constitui (sic) de Lei mais benéfica e que, portanto, aplica-se aos benefícios pendentes,
com efeitos a partir da data de sua vigência"(fls. 121v-122). (STF, 722321 SC , Relator: Min. GILMAR MENDES,
Data de Julgamento: 06/02/2013, Data de Publicação: DJe-037 DIVULG 25/02/2013 PUBLIC 26/02/2013) (grifo
nosso)

Entendimento jurisprudencial

Segundo a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, somente estaria descaracterizado o regime de


economia familiar, se a renda obtida com o exercício de atividade urbana fosse superior àquela decorrente da
atividade rural ou mesmo

dispensasse o exercício dessa pelos demais membros integrantes do grupo familiar (STJ, 1057059 PR
2008/0102544-3, Relator: Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE, Data de Julgamento: 12/06/2012, T5 - QUINTA
TURMA, Data de Publicação: DJe 28/06/2012) (grifo nosso)
Entendimento jurisprudencial

STJ: [...] Verificar se o vínculo urbano é suficiente para descaracterizar a condição de segurado especial e
averiguar a dispensabilidade do trabalho rural para a subsistência do grupo familiar incumbem às instâncias
ordinárias à luz do óbice contido na Súmula 7/STJ.

(STJ - AgRg no REsp: 1226030 SC 2010/0230284-6, Relator: Ministra REGINA HELENA COSTA, Data de
Julgamento: 03/12/2013, T5 - QUINTA TURMA, Data de Publicação: DJe 09/12/2013)

Súmula 73 do TRF da 4.ª Região: “Admitem-se como início de prova material do efetivo exercício de atividade
rural, em regime de economia familiar, documentos de terceiros, membros do grupo parental”.

Entendimento jurisprudencial

Embora a extensão do imóvel rural do requerente supere o limite de 04 módulos fiscais - art. 11, V, a da Lei
8.213/91- tal fato não prejudica a pretensão dele, porque: a) a terra é de baixa produtividade/qualidade, situada
em região montanhosa,

conforme prova oral; b) o autor já havia implementado os requisitos legais, anterior ao advento da Lei 11.718/2008
que acrescentou a aludida restrição (TRF1 - 61578 MG 0061578-61.2011.4.01.9199, Relator:
DESEMBARGADOR FEDERAL FRANCISCO DE ASSIS BETTI, Data de Julgamento: 17/09/2012, SEGUNDA
TURMA, Data de Publicação: e-DJF1 p.829 de 19/10/2012)(grifo nosso)

Entendimento jurisprudencial

A condição de sócio em empresa exploradora de atividade urbana é incompatível com a condição de segurado
especial. (TRF-4 - AC: 4738 RS 2009.71.99.004738-2, Data de Julgamento: 09/12/2010, Data de Publicação:
Revisor) (grifo nosso)

Entendimento jurisprudencial

Não obstante pequenos intervalos em atividades urbanas não sejam suficientes para descaracterizar o regime de
economia familiar, a existência de vínculos empregatícios urbanos por vários anos é incompatível com a condição
de segurado especial.

(TRF-5 - AC: 437168 CE 0005415982001405810001, Relator: Desembargador Federal Francisco Wildo, Data de
Julgamento: 27/04/2010, Segunda Turma, Data de Publicação: Fonte: Diário da Justiça Eletrônico - Data:
06/05/2010 - Página: 270 - Ano: 2010) (grifo nosso)

Entendimento jurisprudencial

O fato de o segurado ter exercido, esporadicamente, atividade urbana como servente, por curto período, tem-se
que tal fato não é capaz de descaracterizar o seu labor campesino,

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porquanto consta dos autos que, tanto antes como nos anos seguintes ao exercício dessa atividade, ele exerceu
atividade agrícola. (TRF-5 - AC: 346012 RN 2004.05.00.027961-0, Relator: Desembargador Federal José Baptista
de Almeida Filho,

Data de Julgamento: 14/11/2006, Segunda Turma, Data de Publicação: Fonte: Diário da Justiça - Data:
11/12/2006 - Página: 681 - Nº: 236 - Ano: 2006) (grifo nosso)

Entendimento jurisprudencial

Os arts. 11 , parágrafos 1º e 143, da Lei nº 8.213 /91 não exigem exclusividade no exercício da atividade rural
para a concessão da aposentadoria por idade ao rurícola. 3 A jurisprudência deste Tribunal inclina-se no sentido
de que o exercício de atividade urbana pelo segurado, concomitante ou não à atividade rural, demonstrando-se
que, ainda que de forma descontínua, ele nunca abandonou as atividades rurais, não impede a concessão da
aposentadoria por idade ao trabalhador rural.

(TRF-5 - AC: 464918 CE 0010583812001405810001, Relator: Desembargador Federal Augustino Chaves


(Substituto), Data de Julgamento: 15/10/2009, Terceira Turma, Data de Publicação: Fonte: Diário da Justiça
Eletrônico - Data: 05/11/2009 - Página: 453 - Ano: 2009) (grifo nosso)

Entendimento jurisprudencial

• [...] não se deve exigir do segurado rural que continue a trabalhar na lavoura até as vésperas do dia do
requerimento do benefício de aposentadoria por idade,

quando ele já houver completado a idade necessária e comprovado o tempo de atividade rural em número de
meses idêntico à carência do benefício", podendo o trabalhador rural requerer a aposentadoria por idade, no valor
de um salário mínimo, durante o prazo de 15 (quinze) anos contados da promulgação da Lei 8.213 /91, devendo,
para tanto, "comprovar o exercício da atividade rural, ainda que de forma descontínua, no período imediatamente
anterior ao mês em que cumprir o requisito idade, em número de meses idêntico à carência exigida para a
concessão do benefício". (TRF1, REsp 1115892, Ministro Felix Fischer, Quinta Turma, DJe 14.9.2009).(grifo
nosso)

Entendimento jurisprudencial

A ausência de comprovação do exercício de atividade rural no período imediatamente anterior ao requerimento


não impede a concessão de aposentadoria por idade, desde que provado que o segurado, à época em que parou
de trabalhar no meio rural,

já havia implementado o requisito etário exigido. Tal entendimento tem respaldo no art. 102 da Lei nº 8.213 /91, o
qual dispõe que a perda da qualidade de segurado após o preenchimento de todos os requisitos exigíveis para a
concessão da aposentadoria não importa em extinção do direito ao benefício.

(TRF-3 - AC: 23108 SP 2000.03.99.023108-0, Relator: DESEMBARGADOR FEDERAL GALVÃO MIRANDA, Data
de Julgamento: 19/10/2004, DÉCIMA TURMA)

Entendimento jurisprudencial

DIREITO PREVIDENCIÁRIO. TEMPO DE SERVIÇO RURAL. INÍCIO DE PROVA MATERIAL. COMPROVAÇÃO.


APOSENTADORIA HÍBRIDA. BENEFÍCIO CONCEDIDO. [...]

2. Comprovado o exercício da atividade rural, em regime de economia familiar, no período anterior aos 14 anos,
deve ser reconhecido o tempo de serviço respectivo. 3. É reconhecido o direito à aposentadoria por idade mista
ou híbrida, conforme o art. 48, § 3º, da Lei 8.213/91, na redação da Lei 11.718/08, se implementadas a idade
mínima e carência, considerado o tempo de serviço rural e o urbano. (TRF-4 - AC: 174522520154049999 RS
0017452-25.2015.404.9999, Relator: HERMES SIEDLER DA CONCEIÇÃO JÚNIOR, Data de Julgamento:
16/12/2015, SEXTA TURMA, Data de Publicação: D.E. 21/01/2016)

SÚMULAS DO TNU DOS JEF´S

SÚMULA 5 - DJ DATA:25/09/2003 - PG:00493

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A prestação de serviço rural por menor de 12 a 14 anos, até o advento da Lei 8.213, de 24 de julho de 1991,
devidamente comprovada, pode ser reconhecida para fins previdenciários.

SÚMULA 6 DJ - DATA:25/09/2003 - PG:00493

A certidão de casamento ou outro documento idôneo que evidencie a condição de trabalhador rural do cônjuge
constitui início razoável de prova material da atividade rurícola.

SÚMULAS DO TNU DOS JEF´S

SÚMULA 10 DJ DATA:03/12/2003 PG:00607

O tempo de serviço rural anterior à vigência da Lei nº. 8.213/91 pode ser utilizado para fins de contagem
recíproca, assim entendida aquela que soma tempo de atividade privada, rural ou urbana, ao de serviço público
estatutário, desde que sejam recolhidas as respectivas contribuições previdenciárias.

SÚMULAS DO TNU DOS JEF´S

SÚMULA 24 DJ DATA:10/03/2005 PG:00539

O tempo de serviço do segurado trabalhador rural anterior ao advento da Lei nº 8.213/91, sem o recolhimento de
contribuições previdenciárias, pode ser considerado para a concessão de benefício previdenciário do Regime
Geral de Previdência Social (RGPS), exceto para efeito de carência, conforme a regra do art. 55, §2º, da Lei nº
8.213/91.

SÚMULAS DO TNU DOS JEF´S

SÚMULA 30 DJ DATA:13/02/2006 PG:01043

Tratando-se de demanda previdenciária, o fato de o imóvel ser superior ao módulo rural não afasta, por si só, a
qualificação de seu proprietário como segurado especial, desde que comprovada,
nos autos, a sua exploração em regime de economia familiar.

SÚMULA 34 DJ DATA:04/08/2006 PG:00750

Para fins de comprovação do tempo de labor rural, o início de prova material deve ser contemporâneo à época
dos fatos a provar.

Súmulas do tnu dos jef´s

SÚMULA 41

DJ DATA:03/03/2010

PG:00001

A circunstância de um dos integrantes do núcleo familiar desempenhar atividade urbana não implica, por si só, a
descaracterização do trabalhador rural como segurado especial, condição que deve ser analisada no caso
concreto.

Súmulas do tnu dos jef´s

Súmula 76/TNU - 26/10/2015. Seguridade social. Previdenciário. Benefício previdenciário. Aposentadoria por
idade. Tempo de serviço rural. Lei 8.213/1991, art. 50.

«A averbação de tempo de serviço rural não contributivo não permite majorar o coeficiente de cálculo da renda
mensal inicial de aposentadoria por idade previsto no art. 50 da Lei 8.213/1991.

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Check list

DOCUMENTOS SOLICITADOS

1-Documentos Pessoais:

( ) RG ( ) CPF ( ) Comprovante de residência

2- Documentos trabalho rural

( ) Certidão casamento (pais)


( ) Certidão nascimento(cliente)
( ) Certidão nascimentos(filhos)
( ) Contratos rurais(meeiros etc)
( ) INCRA terra
( ) Reservista (cliente)

Check list

( ) Certidão nascimentos (irmãos)


( ) livro de matrícula escolar(cliente e filhos)
( ) Documentos do sindicato rural
( ) 3 testemunhas (Nome/endereço)
( ) Título eleitor (cliente)
( ) Certidão casamento (cliente)

PEC 287/2016 (Reforma Previdenciária)


Custeio - Sobre a folha de pagamento:
PEC 287/2016 (Reforma Previdenciária)
Custeio:

Sobre a folha de pagamento:

PEC 287/2016 (Reforma Previdenciária)


PEC 287/2016 (Reforma Previdenciária)

Os trabalhadores rurais terão as mesmas regras para a aposentadoria que os urbanos:

- idade mínima de 65 anos;


- 25 anos de contribuição.

*será criada uma regra de transição.

Regra de transição
Regra de transição
Regra de transição
Salário-maternidade

- Benefício previdenciário de proteção à família;


- Natureza jurídica: benefício previdenciário.

SALÁRIO MATERNIDADE – SEGURADA (O) ESPECIAL

Para a mulher:

- Ter a mulher a qualidade de segurada


- Ser mãe (biológica ou adotiva)
- Cumprimento de carência

SALÁRIO MATERNIDADE – SEGURADA (O) ESPECIAL

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Para o homem:

Te o homem a qualidade de segurado

Ser pai adotivo ou, sendo cônjuge ou companheiro, em caso de morte do segurado ou segurada que fazia jus ao
benefício, por todo o período ou pelo tempo restante a que teria direito (exceto no caso do falecimento do filho ou
de seu abandono) (Lei 12.873/2013).

Cumprimento de carência
Ter a qualidade de segurada (O)
Mulher: Qualquer segurada?
1991: Lei nº 8.213/91:
120 dias;
Seguradas empregada, empregada doméstica e trabalhadora avulsa – as duas últimas a partir de 5/4/91;
1994: Lei nº 8.861:
Segurada especial;
1999: Lei nº 9.876:
Todas as seguradas;

Homem:

- o segurado passou a ter direito ao salário-maternidade a partir da Lei 12.873/2013 em caso de adoção ou morte
do cônjuge ou companheiro no parto.

Sujeito passivo

INSS – Instituto Nacional do Seguro Social.

Sujeito ativo

- a partir da Lei n. 9.876/99: todas as seguradas.

Segurada do INSS (todas as seguradas) gestantes. Também é garantido o salário maternidade em caso de
adoção ou guarda judicial (Lei n. 10.421, de 15/04/2002).

Para receber o benefício salário-maternidade é preciso apresentar o termo judicial de guarda à adotante ou
guardiã.

- A partir da Lei 12.873: o homem companheiro ou cônjuge também passou a ter direito em caso de adoção ou
morte do segurado ou segurada que fazia jus ao benefício, por todo o período ou pelo tempo restante a que teria
direito.

Sujeito ativo

- No caso de morte do segurado ou segurada que fazia jus ao benefício:

1) o pagamento do benefício deverá ser requerido até o último dia do prazo previsto para o término do salário-
maternidade originário.
2) O benefício será pago diretamente pela Previdência Social durante o período entre a data do óbito e o último
dia do término do salário-maternidade originário e será calculado sobre o valor do salário mínimo, para o segurado
especial.
3) A percepção do salário-maternidade está condicionada ao afastamento do segurado do trabalho ou da
atividade desempenhada, sob pena de suspensão do benefício.

- As mesmas regras são aplicadas ao segurado que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção.
Salário-maternidade em caso de aborto

Ocorrendo o aborto será preciso distinguir:

- aborto criminoso

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- aborto não criminoso (espontâneo ou legal)

Aborto criminoso: não dá direito ao benefício.

Aborto não criminoso: dá direito ao benefício por duas semanas se ocorrido antes de seis meses de gestação ou
por 120 dias após seis meses de gestação (23.ª semana).

Considera-se parto, o nascimento ocorrido a partir da 23ª semana (6° mês) de gestação, inclusive em caso de
natimorto.(Disponível em: http://www.dataprev.gov.br/servicos/salmat/salmat_def.htm. Acesso em: 15/02/2016).
Salário-maternidade em caso de aborto

IN INSS/PRES Nº 77, DE 21 DE JANEIRO DE 2015 - DOU DE 22/01/2015

Art. 343,

§ 5º Tratando-se de parto antecipado ou não, ainda que ocorra parto de natimorto, este último comprovado
mediante certidão de óbito, a segurada terá direito aos 120 (cento e vinte) dias previstos em lei, sem necessidade
de avaliação médico-pericial pelo INSS.

Salário-maternidade em caso de adoção

O salário-maternidade em caso de adoção será devido:

pelo período de 120 dias, independentemente da idade da criança. (alteração realizada pela Lei 12.873/2013).
Antes disso vigorava a Lei 10.421, de 15.04.2002, que previa que o período da licença sofreria variação conforme
a idade da criança. Assim, se a criança tivesse até 1 (um) ano, o período seria de 120 dias. Se a criança tivesse
de 1 até 4 anos, o período seria de 60 dias. Por fim, se a criança tivesse de 4 até 8 anos, o período seria de 30
dias.

Obs.: o salário-maternidade é devido à segurada independentemente da mãe biológica ter recebido o mesmo
benefício.

Carência

Carência de 10(dez) contribuições mensais: contribuinte individual, especial[1] e facultativa.

Ocorrendo parto antecipado, a carência será reduzida pelo número de contribuições equivalente ao número de
meses em que parto foi antecipado.

[1] A segurada especial deverá comprovar o exercício de atividade rural nos últimos dez meses imediatamente
anteriores ao requerimento do benefício, mesmo que de forma descontínua.

Início do benefício

O benefício será concedido por 120 dias, contados da data do afastamento da segurada do emprego ou das
atividades exercidas, devendo ser, via de regra, 28 dias antes do parto e 91 dias após o parto.

No caso de adoção ou guarda judicial para fins de adoção, o início do benefício dá-se a partir da apresentação do
termo judicial de guarda à adotante ou guardiã.

No caso de morte do segurado ou da segurada que fazia jus ao benefício, a partir da data do óbito.

Valor do benefício

Para a segurada especial: um salário mínimo.

Salário-maternidade segurada especial

No caso de adoção de mais de uma criança, simultaneamente, a segurada terá direito somente ao pagamento de
um salário-maternidade.

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Salário-maternidade segurada especial

- Requerimento administrativo

- Salário-maternidade: Fundamentação: art. 71 da Lei 8.213/91

Art. 71. O salário-maternidade é devido à segurada da Previdência Social, durante 120 (cento e vinte) dias, com
início no período entre 28 (vinte e oito) dias antes do parto e a data de ocorrência deste, observadas as situações
e condições previstas na legislação no que concerne à proteção à maternidade.

(Redação dada pala Lei nº 10.710, de 5.8.2003)

Esta garantia estende-se aos casos de adoção de menores, pelo período de 120 dias.

Requisitos para a obtenção do benefício

Comprovar a qualidade de segurada na data do parto (Art. 15, Lei nº 8.213/91)

Comprovar na data do parto a carência, isto é, período mínimo de atividade rural (10 meses de atividade rural)
(Inciso III, Art. 25, Lei nº 8.213/91).

- art. 25 da Lei 8.213/91: III - salário-maternidade para as seguradas de que tratam os incisos V e VII do art. 11 e o
art. 13: dez contribuições mensais, respeitado o disposto no parágrafo único do art. 39 desta Lei. (Incluído pela Lei
nº 9.876, de 26.11.99)

Salário-maternidade segurada(O) especial

Início de prova material, não se fazendo necessária a abrangência dessa prova a todo o período que se pretende
comprovar. Pode ser utilizada a prova testemunhal para completar (TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª
REGIÃO;

GABINETE DO DES. FEDERAL FRANCISCO BARROS DIAS; PROCESSO: APELAÇÃO CÍVEL Nº 451368/PB
(2008.05.99.001940-9) RELATOR: DES. FEDERAL FRANCISCO BARROS DIAS - Segunda Turma)

Requerimento administrativo

O benefício deve ser solicitado nas Agências da Previdência Social mediante o cumprimento das exigências
cumulativas e a apresentação dos seguintes documentos

(<http://menta2.dataprev.gov.br/df/prevdoc/benef/pg_internet/iben_visudoc.asp?id_doc=50>. Acesso em:

11/03/2013):

Número de Identificação do Trabalhador – NIT (PIS/PASEP) ou número de inscrição do Contribuinte


Individual/Trabalhador Rural;

Atestado Médico original ou original e cópia da Certidão de Nascimento da criança;

Requerimento administrativo

Documento de Identificação (Carteira de Identidade, Carteira de Trabalho e Previdência Social - CTPS ou outro
qualquer) da segurada;

Cópia e original da Certidão de Casamento, se for o caso, quando houver divergência no nome da requerente;
Cadastro de Pessoa Física - CPF da segurada;

Todos os Comprovantes de Recolhimento à Previdência Social (Carnês e/ou guias de recolhimento), quando tiver
optado por contribuir.

Requerimento administrativo

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No caso de criança adotada a partir de 16 de abril de 2002, também apresentar:

Certidão de Nascimento ou Guarda Judicial para fins de adoção (original e cópia);

Formulário:

Procuração (se for o caso), acompanhada de documento de identificação e CPF do procurador.

Documentos de Comprovação do Exercício de Atividade Rural

São os mesmos documentos exigidos para comprovar o período de atividade para a aposentadoria por idade.
Referências

AMADO, Frederico. Curso de Direito e Processo Previdenciário. Editora JusPODIVM.


BALERA, Wagner; MUSSI, Cristiane Miziara. Direito previdenciário. 11. ed. São Paulo: Método, 2015.
CASTRO, Carlos Alberto Pereira de et. all. Prática Processual Previdenciária. São Paulo: Conceito Editorial, 2011.
DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 4. ed. São Paulo: LTr, 2005.
GARCIA, Gustavo Filipe Barbosa. Acidentes do trabalho: doenças ocupacionais e nexo técnico epidemiológico.
3.ed. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2010.
GONÇALVES, Odonel Urbano. Manual de Direito Previdenciário. acidentes do trabalho. São Paulo: Atlas, 2001.
Referências
IBRAHIM, Fábio Zambitte. Curso de Direito Previdenciário. 17. ed. Rio de Janeiro: Impetus, 2012.
KERTZMAN, Ivan. Curso prático de Direito Previdenciário. 8. Ed. Salvador: JusPODIVM, 2011.
MARTINEZ, Wladimir Novaes. Comentários à Lei Básica da Previdência Social. 6. Ed. São Paulo: LTr., 2003.
MUSSI, Cristiane Miziara. Os efeitos jurídicos do recebimento dos benefícios previdenciários no contrato de
trabalho. São Paulo: LTr, 2008.
ROCHA, Daniel Machado; BALTAZAR JUNIOR, José Paulo. Comentários à Lei de Benefícios da Previdência
Social. 4. ed. rev. e atual. Porto Alegre: Livraria do Advogado. Editora Esmafe, 2004.

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