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E o morango arrepiado
que espera quem fica a seu lado.
E a fruta-do-conde ondulada,
parece uma velha enrugada.
E a cereja, encabulada,
sempre vermelha, coitada!
Texto: A Anta
Texto: Os esquilos
O mosquito pernilongo
trança as pernas, faz um M,
depois, treme, treme, treme,
faz um O bastante longo,
faz um S.
Esse mosquito
Esquisito
Cruza as patas, faz um T.
Oh!
Já não é analfabeto,
esse inseto,
pois sabe escrever seu nome.
15 52 121
16 601 24
12 10 6
10 49 20
1 162 5 40
Numeral Sucessor Antecessor Par/Impar Decomposicão
41
125
92
306
O elefantinho
Vinícius de Moraes
Maluquices do H
Pedro Bandeira
A raposa estava velha demais, por isso, já não conseguia caçar como
antigamente. Fazia dias que não comia, e seu estômago roncava de fome.
Um dia, deitada à sombra de uma árvore, a raposa começou a sentir um cheiro
de comida. Levantou-se e avistou uma carroça carregadinha de sardinha que ia em
direção ao mercado.
Assim que viu a carroça, a raposa pensou em comer os peixes.
Assim que viu a raposa, o carroceiro pensou no dinheiro que ganharia com a
venda daquela valiosa pele. Sem perder tempo, levantou a espingarda, fez mira e
disparou.
Para a sorte da raposa, além de enxergar mal, o carroceiro tinha péssima
pontaria.
Para azar do carroceiro, a raposa era esperta e teve logo uma ótima idéia: cair no
chão e fingir-se de morta. Foi o que fez.
Orgulhoso da sua façanha, o homem desceu, pegou sua caça, jogou na
carroceria e seguiu viagem.
Lá atrás, a raposa comei peixe até não poder mais e fugiu, satisfeit a, levando
algumas sardinhas para a próxima refeição.
Caixinhas de beijos
Certo dia, uma mulher chegou em casa e ficou muito irritada com sua filha. Ela havia
apanhado um rolo de papel de presente e o desperdiçava fazendo um embrulho. A mãe ficou irritada
porque o papel era caro e o dinheiro estava pouco.
Naquela mesma noite, a mãe descobriu no canto da sala, local onde a família colocava os
presentes, um embrulho dourado, não muito bem feito.
Na manhã seguinte, logo que despertou , a menininha correu para ela com o embrulho nas mãos.
Abraçou forte o seu pescoço, encheu o seu rosto de beijos entregando o presente.
__ “ Isso é para você mãezinha”- foi o que ela disse. Ela se sentiu muito envergonhada por sua
furiosa reação do dia anterior. Mas logo que abriu o embrulho, volto a explodir; era uma caixinha vazia.
Gritou para a filha: __ “ Você não sabe que quando se dá um presente a alguém, a gente coloca alguma
coisa dentro da caixa?”.
A criança olhou para ela com os olhinhos cheios de lágrimas e disse: __ “ Mas mamãe, a
caixinha não está vazia, eu soprei muitos beijos dentro dela. Todos para você, mamãe” – A mãe quase
morreu de vergonha outra vez.
Abraçou a menina e suplicou que ela a perdoasse. Dizem que a mulher guardou a caixa dourada
ao lado de sua cama por anos.
Sempre que se sentia triste, chateada, ou deprimida, ela tomava da caixa um beijo imaginário e
recordava do amor de sua filha que havia posto ali.
De uma forma simples, cada um de nós humanos temos recebido uma caixinha dourada cheia de
amor incondicional de nossos pais, dos nossos filhos, dos nossos irmãos e amigos. Entretanto, nem
sempre nos damos conta.
Estamos tão preocupados com o “TER” os valores do mundo, que pequenas coisas não são
percebidas por nós. Assim, a esposa não valoriza o ramalhete de flores do campo que o marido lhe
enviou. É que ela esperava ganhar uma valiosa jóia e não aquelas flores. O marido nem agradece o fato
da esposa, no dia em que comemoram mais um ano de casados, esperá-lo com simples jantar a dois em
casa. Ele estava esperando uma comemoração em grande estilo, cercada de amigos e muitos comes e
bebes. Os pais não dão importância aquele cartão meio amassado que os pequenos fazem na escola,
pintados com as mãos, de quem apenas ensaia a arte de dominar as tintas e os pinceis nas mãos
pequeninas. Eles estão mais envolvidos com as contas que as escolas estão cobrando e acreditam que
pelos tantos que eles custam a mensalidade escolar, os professores deveriam ter enviado um presente de
valor.
É! Muitos de nós não encontramos os beijos na caixinha dourada, só vemos a caixinha vazia. O
amor é feito de pequeninas coisas. Não exige fortuna para se manifestar. Por vezes um ato de renunciar
como a daquele homem que no dia do natal, em plena guerra, conseguiu apenas uma laranja para a ceia
dele e da esposa.
Então a descascou, colocou no prato, criando uma careta com os gomos bem dispostos e entrega
para a esposa, com um beijo e um pedaço de papel escrito: “ Parabéns”
A nave que não sabia voar
O gatinho Cirilo
A curiosidade
Gisela e José são irmãos. A coisa que mais os une é a curiosidade. E o jardim é
para eles um paraíso cheio de surpresas.
__ Olhe, que besouro preguiçoso! Será que é perigoso? __ pergunta José?
__ Apesar de feio e esquisito, parece bondoso __ respondeu Gisela.
__ Veja, Gisela, no galho da roseira! Uma borboleta tirando o casaco!
___ Não, José. É uma mariposa que acaba de nascer e está saindo de seu casulo.
__ E aquelas formigas no vaso, parecem nervosas! Devem estar cavando para
encontrar um tesouro. E com essa pressa, devem estar atrasadas.
__ José, elas só estão fazendo suas casas!
__ Gisela! As rosas estão abrindo as asas! Que cheirosas!
__ Ah, José! Não são asas, são pétalas!
E a menina, muito afetuosa, pega José pela mão e vão de vaso em vaso, continuar a
exploração.
Luis Otávio Rando
Amigos inseparáveis