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Paz inverencial
O universo é regido por leis eternas e imutáveis, tais como a lei do Karma, lei de Recorrência, lei
de Gravidade, lei da Evolução, lei da Involução, lei da Relatividade, etc. Somos regidos por um
total de 48 leis, e pode-se comprovar isto nos 48 cromossomos do núcleo celular. Entre várias
outras leis que estudaremos no decorrer destes nossos estudos gnósticos, nesta lição vamos nos
aprofundar no lado oculto e esotérico da lei da Morte. Pois todos nós um dia mais cedo ou mais
tarde teremos de encará-la de frente; seja a morte de um amigo, de um parente querido ou a
nossa própria desencarnação.
Se observarmos o céu, as estrelas, os planetas girando ao redor do Sol... veremos facilmente que
tudo obedece a leis Imutáveis do Criador, caso contrário, seria uma desordem e na verdade, nem
existiria os Cosmos.
Veja que até os átomos são regidos por leis imutáveis, e indiscutivelmente não existe nenhuma
diferença entre um sistema atômico com os elétrons girando ao redor do núcleo e o sistema solar
com os planetas girando ao redor do sol.
O sistema solar é regido por 12 leis, o planeta é regido por 24 leis e o homem é regido por 48 leis
eternas e imutáveis... O objetivo maior de nossa escola Pistis Sophiah é entrar em harmonia com
as leis eternas e imutáveis do Universo e do Criador para atingir a nossa tão almejada Auto
Realização Íntima do Ser.
A LEI DA VIDA E DA MORTE
Inquestionavelmente, você já deve ter sofrido pela morte de algum parente, amigo, conhecido; ou
então com medo de sua própria morte.
OS ENSINAMENTOS GNÓSTICOS
Todas as pessoas reagem de três formas diferente ao ter acesso aos sagrados conhecimentos da
Gnose:
1) Existem aqueles que aceitam cegamente os ensinamentos, sem analisar por si mesmo a
essência.
2) Por outro lado tem aqueles que não aceitam de forma alguma sem conhecer as origens e as
bases em que se apoia a Sabedoria. Nestes dois primeiros tipos há um alto grau de fanatismo, e
os indivíduos não usam o SENSO CRÍTICO e caem nos extremos. Fazemos votos para que você
não caia em nenhuma destas duas armadilhas, pois são duas portas que conduzem aos Infernos
Atômicos ou Tártaros.
3) Felizes são os do terceiro tipo que nem aceitam, e nem negam os novos conhecimentos. São
os tipos que analisam por si mesmo a Gnose, os que questionam, comparam, estudam e põem
na prática para chegarem às próprias comprovações.
O Livro Tibetano dos Mortos (Bardo Thodol) é uma obra milenar que durante muitos séculos
era transmitida de forma oral pelos sábios e mantida em segredo dos profanos. Nesta obra
sagrada, o Bardo Thodol, descreve toda a trajetória que o espírito encontra após a morte.
Outra obra semelhante é o Livro dos Mortos dos Antigos Egípcios, onde se encontra um
depositário de conhecimentos da vida após a morte.
A Bíblia Sagrada, mesmo que em poucas passagens também mostra que existe vida após a
morte.
Confere em ISAÍAS, cap. 26, vers. 19: “Os teus mortos viverão, os teus mortos ressuscitarão:
despertai e exultai, os que habitais no pó, porque o teu orvalho será como o orvalho das ervas, e
a terra lançará de si os mortos”.
Observe também em DANIEL, cap. 12, vers. 2: “E muitos dos que dormem no pó da terra
ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para a vergonha do desprezo eterno”.
O CORDÃO DE PRATA
O Cordão de Prata ou cordão astral é um corpo fluídico na forma de um elástico, que liga o
espírito ao corpo físico. É chamado por alguns de cordão astral, por ser a ligação do corpo astral
(espiritual) ao corpo físico. E também é chamado de cordão de prata, por ser composto de
partículas em alta rotação sendo visto geralmente nas tonalidades prata, cinza ou um branco-
azulado. Sempre nas cores fluorescentes. Este cordão é um grande mistério, pois é através dele
que recebemos os nossos alimentos espirituais, as nossas grandes idéias e descobertas. Através
dele que o espírito controla o corpo físico.
O cordão de prata é como se fosse uma corda, que fica chacoalhando entre o físico e o espírito
de forma fluídica, em uma vibração altíssima que se estica infinitamente. Durante o dia o nosso
corpo astral, com as agitações, emoções e as atividades, desgasta o nosso corpo físico, até que
as nossas células se revoltem provocando cansaço físico e sono.
O espírito não necessita de descanso, e durante o sono, quando o corpo físico se encontra em
total relaxamento, o corpo espiritual se liberta do corpo físico, ficando ligado apenas pelo cordão
de prata.
Muitos autores equivocam-se colocar o Cordão de Prata sendo ligado na cabeça, mas em viagem
astral observei várias vezes o Cordão de Prata no plexo solar, no chacra Manipura.
Durante o sono, o corpo espiritual abandona o corpo físico e vai repetir tudo o que a pessoa está
habituada a fazer durante o dia, passar pelos mesmos lugares e procurar as mesmas pessoas,
etc. Pode ir também para outras cidades, países e até para outros mundos do universo e do
tempo. E independente da distância entre o corpo físico e o espiritual, o cordão de prata continua
ligando-os, como se fosse um elástico que estica de um lado ao outro. É um corpo fluídico com
vibração diferente em cada pessoa, e por isto não tem nenhum perigo de enroscar um no outro,
quando durante a noite milhares de pessoas saem inconsciente de seus corpos durante o sono
para viajarem no plano astral.
O cordão de prata é muito parecido com o cordão umbilical, pelo qual a mãe alimenta o seu filho.
Tudo o que o espírito faz é transmitido para o corpo físico através do cordão de prata, e tudo o
que a mãe faz é transmitido ao seu filho através do cordão umbilical. Certamente uma Infinita
Inteligência se esconde por trás destes misteriosos fenômenos. Quando o cordão umbilical se
rompe, a criancinha “morre” do mundo de sua mãe para nascer em nosso mundo. A morte física é
o rompimento do cordão de prata, que separa o espírito da matéria.
O QUE É A MORTE
A morte é o rompimento do Cordão de Prata, que neutraliza por completo a ligação do espírito
com a matéria. Todos nós sabemos que um dia iremos morrer, mas devido ao apego das coisas
materiais, recusamos aceitar ou compreender esta Lei Imutável.
No antigo continente Lemuriano, os lêmures aceitavam a morte com naturalidade, pois suas
percepções extra-sensoriais eram muito mais desenvolvidas. Quando eles olhavam o ar viam as
entidades que habitam no ar, viam as entidades da terra, as entidades da água e as entidades do
fogo.
Na Lemúria as pessoas viam a alma das pessoas que morreram da mesma forma que vemos os
pássaros voando. Através de seus supra sentidos, enxergavam não só a terceira dimensão (a
nossa), mas também outras tais como a segunda e a quarta.
A morte é um estado de sonho, e durante a viagem astral as pessoas podem encontrar com os
falecidos e até conversar com eles em determinadas ocasiões.
O sonho é a quarta dimensão, o mundo molecular que dá origem há todas as formas de vida no
planeta. Todas as almas antes de nascerem com corpo físico na Terra, saem da quarta
dimensão, e durante o sonho retornam a ela, mas ao acordarem geralmente não se lembram de
nada devido ao adormecimento de consciência.
Temer a morte é tão absurdo quanto temer a vida. Quando a pessoa trabalha sobre si mesma
através da auto observação e padecimentos voluntários, se desperta a consciência, e a pessoa
controlará os seus sonhos e poderá visitar todas as pessoas e lugares do universo, perdendo por
completo o medo da morte. Pois saberá no seu íntimo que um dia dormirá e não mais retornará a
este mundo de sofrimentos e amarguras...
MISTÉRIOS DA VIDA E DA MORTE
A seguir trechos extraídos da obra: “MISTÉRIOS DA VIDA E DA MORTE”. Do V.M. Samael Aun
Weor.
“PERGUNTA: Velávamos o corpo de meu pai. Adormeci por alguns instantes e de repente,
percebi que ele entrou na sala do velório. Perguntou-me quem havia morrido, quem estava ali
deitado. Pensei que meu pai acabará de morrer e estava falando comigo. Poderia me dizer a que
se deve este fenômeno?
“PERGUNTA: A que deve o temor que sentia minha irmã menor ao entrar na casa onde foi velada
meu avô?
“RESPOSTA: Este temor tem muito de ancestral. Comumente se transmite de pais a filhos e não
há ninguém que não o tenha sentido pelo ao menos uma vez na vida. É o mesmo de quando
penetramos numa caverna tenebrosa, ou quando estamos na presença de um fantasma real. A
causa está na psique subjetiva, na consciência adormecida. Estes temores desaparecem
completamente quando se desperta a consciência.
“PERGUNTA: Por que as crianças podem ver um desencarnado e os adultos não? Meu filho
menor viu meu pai, recém-desencarnado, e conversou com ele.
“RESPOSTA: As crianças são clarividentes. Antes de fechar a fontanela frontal dos recém-
nascidos, que chamamos de moleira, eles têm o poder de ver o supras-sentidos, o que pertence
ao mundo físico, o que é invisível para os adultos. Se os seres humanos reconquistassem a
inocência, na mente e no coração, recobrariam a clarividência, o poder de ver o oculto, o
misterioso, o desconhecido.
“PERGUNTA: Quando morremos não corremos o risco de perder-nos? Ou alguém nos espera?
“RESPOSTA: Que é isto de perder-nos? Até quando se sentirá medo? Por acaso alguém se
perde em sua própria casa? Durante os primeiros dias continuamos vivendo na nossa casa. Ao
morrer encontramos pessoas queridas, parentes e amigos.
“RESPOSTA: Você pode reconhecer sua mãe, seu pai, seus amigos e parentes falecidos. Você
acha que se pode desconhecer seres queridos? É bastante estranha sua pergunta. Qualquer filho
reconheceria sua mãe.
“PERGUNTA: De acordo com isto que chamam destino, é certo que temos os dias e as horas
contadas?
“RESPOSTA: Quando você sai de viagem leva determinada quantia de dinheiro para os diversos
sistemas de transporte. Deve saber gastá-lo porque se o esbanja, sua viagem terá de ser
interrompida. Quando nascemos, os Anjos do Destino depositam em nossos três cérebros
determinada capital de valores vitais. Se o esbanjamos, acabamos com a fortuna; a viagem pelo
caminho de existência será interrompida prontamente. Se economizamos, nossa viagem poderá
fazer-se longa e assim chegaremos até a velhice.
“PERGUNTA: O senhor me surpreende com isto dos três cérebros. Sempre tenho ouvido falar
que temos um cérebro. Poderia dizer-me quais são os outros dois?
“RESPOSTA: Dentro da caixa craniana temos o cérebro intelectual. Na parte superior da espinha
dorsal temos o cérebro motor, o centro capital dos movimentos. No plexo solar e demais centros
simpáticos está o cérebro das emoções.
“PERGUNTA: Por que sentimos medo ao pensar na morte e por que nos apegamos à vida?
“RESPOSTA: O desejo de viver é muito grande. Todos os seres humanos querem viver. Estão
apegados à vida sensual. A adesão, o apego, o desejo de existência material nos mantém
fascinados. Nestas condições, de nenhuma maneira queremos morrer. Temos medo da morte.
Não queremos deixar de existir. Se à base de compreensão perdêssemos o desejo de vida
material, o temor à morte desapareceria. Só se perde tal temor quando se compreende o ilusório
da existência, quando se vê que nada neste mundo é permanente. Passam as idéias, as coisas e
as pessoas.
“PERGUNTA: Quando uma pessoa desencarna, que faz sua alma? Onde se encontra para voltar
a encarnar?
“PERGUNTA: Por que sempre que sonho com meus parentes defuntos converso com eles e me
afirmam que não morreram e que estão em perfeito estado de saúde?
“RESPOSTA: Antes de tudo é preciso entender o processo do sono. O sono é uma pequena
morte pequena, como se diz vulgarmente. Nas horas em que o corpo jaz adormecido no leito, a
alma perambula fora dele. Vai a muitos lugares fica em contato com os que faleceram, conversa
com eles. Os mortos jamais creem que estão mortos porque em vida não se preocuparam em
despertar a consciência. Pensam que estão vivos. É por este motivo que as almas de seus
parentes lhe fazem estas afirmações.
“PERGUNTA: Por que os espiritualistas têm especial predileção por chamar ou invocar defuntos?
“RESPOSTA: Eles aprenderam com seus mestres, Alan Kardec, Leon Denis e muitos outros. O
grave é que tais autores não investigaram a fundo o osso medular desta questão. Todos os seres
humanos têm dentro um Eu, um Ego, o Mim Mesmo, o Si Mesmo. Não pense que o tal Eu é o
melhor. Estude o Livro dos Mortos dos antigos egípcios. Já leu o Fausto, o Goethe? Se você
conhecesse Mefistófeles me daria razão. É tenebroso o caráter Mefistófeles, o Ego, o Eu, o Mim
Mesmo. Quem se mete no corpo do médium espiritualista é o Eu do defunto, Ahriman,
Mefistófeles. Este Eu personifica todos os nossos defeitos psicológicos, todos os nossos erros. O
Ser do defunto jamais vai a uma sessão de espíritos. Existe uma grande diferença entre Ser e Eu.
Quem acode a estas sessões é satã, o Mim Mesmo. É preciso compreender também a Lei de
Ação e Consequência. As pessoas que emprestam seus corpos aos Eus dos mortos, a
Mefistófeles, a Satã, em seu futuro nascimento terão que padecer muito pela epilepsia.
“RESPOSTA: O SER é o SER. A razão do SER é o mesmo SER. É o Divinal, a chispa imortal de
todo ser humano, sem princípio nem fim, terrivelmente divino. Os seres humanos ainda não
possuem está Chispa dentro de seus corpos. Se nos santificarmos e eliminarmos o Eu pecador, o
Mefistófeles, um dia a CHISPA se fará presente. Agora, o convido a compreender o que é o SER.
“PERGUNTA: Depois da morte a gente se recorda de toda a vida que acaba de passar?
“RESPOSTA: Depois de abandonar o corpo físico, todo defunto revive, de forma retrospectiva, a
vida que acaba de passar. Começa revivendo os instantes precedentes à sua morte. Por este
motivo, continua entre os seus, em sua casa, em seu escritório. Depois revive os lugares mais
anteriores. E em cada faceta de sua existência passada repete os mesmos dramas, as mesmas
palavras, as mesmas cenas. Os processos da infância correspondem ao último retrocesso e
depois disto se apresenta perante os tribunais da justiça divina. Os Anjos da Lei procedem ao
julgamento dos seus atos e das obras. Três caminhos se abrem para o desencarnado. O
primeiro: umas férias nas regiões luminosas do espaço infinito, antes de voltar a tomar corpo.
Segundo: Voltar a uma nova matriz imediatamente, ou depois de algum tempo. Terceiro: entrar
nos mundos infernos no interior do planeta em que vivemos.
“RESPOSTA: Isto às vezes acontece com as pessoas que vêem a morte bem de perto. Muita
gente que já esteve a ponto de morrer afogada viu passar sua vida de forma retrospectiva.
“RESPOSTA: Foi uma visão supra-sensível, que nada tem de estranho. Você teve a prova de que
não é raro um falecido fazer-se visível na atmosfera. Sua percepção foi direta, ao passo que o
administrador do cemitério teve apenas uma certa sensibilidade psíquica. Como já disse, na
Lemúria os mortos eram visíveis para todo mundo. É uma lástima que agora as pessoas se
surpreendam com este tipo de visões.
“PERGUNTA: Sempre que sonho com minha avó materna e a vejo triste, me assinala algo ao
despertar que não me recordo. Porém com o passar dos anos me dei conta de que oito dias após
o sonho alguém de minha família adoece gravemente. O senhor poderia me dizer a que se deve
isto?
“RESPOSTA: Durante as horas de sonho normal às almas dos vivos escapam do corpo que
dorme no leito e põem em contato com as almas dos mortos. É normal o fato de você estar com a
sua avó na dimensão desconhecida. Ela o visita em momentos de angústia, ou quando vai
adoecer alguma pessoa de sua família. Você percebe como os mortos estão perto de nós?”
O Espírito, ou o Ser sai do absoluto para conhecer toda a criação, e recorre e reencarna muitas
vezes até atingir o estado humano. Completada sua missão, retorna novamente ao Absoluto, que
são os planos celestiais do Criador, conhecido na Cabala como ‘AIN’. Com o rompimento do
Cordão de Prata, o corpo físico retorna ao que era antes (pó), e o Espírito (Ser) continua em
outros planos normalmente.
1) CORPO FÍSICO
2) CORPO VITAL
3) PERSONALIDADE
1) CORPO FÍSICO: O corpo físico corresponde a Malchut da cabala. E tem sua existência na
terceira dimensão e se alimenta de sólidos, líquidos e gases. Vem sofrendo várias
transformações através dos milhões de anos. É governado por 48 leis. Após o rompimento do
Cordão de Prata, vai se decompondo e retornando ao pó.
2) CORPO ETÉRICO: É o segundo corpo, conhecido como o Corpo Vital. Na cabala é Jesod e na
teosofia Linga sarira. O corpo duplo etérico vibra na 4ª dimensão, sendo um corpo
tetradimensional. Sua natureza produz a Aura. Quase todas as doenças têm sua origem no corpo
vital. E quando adoece um átomo no corpo físico, anteriormente adoeceu o seu correspondente
no corpo vital. A acupuntura, homeopatia, shiatsu, etc., agem no corpo vital. O Corpo Etérico
(Vital), por ser energético fica sem o reabastecimento da eletricidade do corpo físico e vai
perdendo a força até desaparecer por completo.
4) EGO REENCARNANTE
5) ESSÊNCIA DA ALMA
5) ESSÊNCIA DA ALMA: Dentro de cada ser humano existe o que os budistas chamam de
BUDDHATA, a essência da alma. O ser humano possui apenas algumas partículas de sua alma,
apenas alguns átomos. O Budhata é a essência da alma, do Espírito, do Ser que está
engarrafada, ou aprisionada entre os milhares de Eus psicológicos ou defeitos psicológicos. A
Essência da Alma é o nosso próprio Espírito eterno e imortal, no entanto por ser da sexta
dimensão e possuir uma vibração altíssima, não se manifesta em nosso mundo físico, nunca vem
em sessões espiritualistas e após cumprida suas missões pelos Cosmos retornam ao Absoluto.
O V.M. Samael Aun Weor, em uma de suas inumeráveis conferências em vários países, nos
transmite profundos e esclarecedores ensinamentos sobre os mistérios extraordinários da morte.
Muitas de suas conferências foram publicadas em português com o título de “CONFERÊNCIAS
EXTRAORDINÁRIAS” a seguir trechos desta obra, capítulo 6, páginas 89 a 93:
“Há mistérios extraordinários na morte. Quem quiser emancipar-se realmente e não voltar jamais
deve começar a conhecer a doutrina. Faz-se indispensável dissolver o Ego, o Eu, o Mim Mesmo...
Não se poderia exigir de uma criatura humana que eliminasse o Ego de forma perfeita e radical,
aqui e agora, se não estivesse preparada. Porém qualquer criatura pode eliminar o Ego se para
isso se propõe. Se quiser emancipar-se, ainda que seja parte, o resto do trabalho continuaria
depois da morte. Mas, aqui vem o, porém. Se estivermos com a consciência adormecida, de
qualquer forma teríamos de regressar. O que fazer, então, para não voltar a este vale de
lágrimas? Despertar a consciência! Quando temos de despertá-la? Agora ou depois da morte? É
claro que é aqui mesmo onde devemos trabalhar para despertar a consciência.
“Existe alguma ciência que permite despertar a consciência? Sim, existe, e a temos ensinado e
continuaremos a ensiná-la através de nossas diversas conferências. Quem desperta, pode
escolher o caminho. Quem desperta, depois da morte, poderá trabalhar e se não quiser voltar,
não voltará. Porém, como poderia um adormecido evitar o regresso, o retorno a este vale de
amarguras? Impossível, não é verdade? Antes necessitamos despertar... Despertos, sim
poderemos trabalhar depois da morte.
“É óbvio que aquele defunto que não quer mais voltar será submetido a provas. Em primeiro
lugar, depois da morte, passa-se por um desvanecimento de três dias, uma espécie de desmaio.
Depois desses três dias, ele se sente reconfortado, reanimado. Se estiver alerta e vigilante, se
verdadeiramente não está com a consciência adormecida, se verdadeiramente o deseja, poderá
evitar o retorno a este vale de amarguras. Porém, repito, se não deseja voltar, será provado.
“A Mãe Divina, o Pai que está em segredo, ou o Pai-Mãe em sua totalidade, já que cada um tem
o seu Pai que está em segredo e sua Divina Mãe Kundalini, o submeterão a prova. Assumirão
diante dele, em um dado momento, por exemplo, uma aparência terrível, sobre humana... O
propósito é testar o defunto. Se ele permanece firme como aço, é claro que saíra vitorioso. Porém
essa não é a única prova, existem muitas outras. O defunto que não quiser voltar não deve se
deixar atrair pelos familiares, o apego aos irmãos, as irmãs, filhos, filhas, etc. Se é atraído pelos
seres queridos que deixou no mundo, prejudica a si mesmo. É claro que retornará, se
reincorporará novamente. Se alguém não quiser voltar, terá de perder todo o apego, depois da
morte, aqueles que deixou neste vale de lágrimas.
“Depois que alguém deixa o corpo, a natureza tem múltiplos meios e sistemas de fazê-lo
regressar ou reincorporar, os quais devemos compreender. Antes de tudo, não será demais que
todos saibam que, depois da morte, temos de revisar a vida que se acabou de viver.
“Começaremos pelo último instante, aquele que precedeu a nossa agonia. Tornaremos a viver na
mesma casa onde morremos, a percorrer as mesmas ruas por onde outrora caminhamos, etc. Em
uma palavra queremos recolher nossos passos e o iremos recolhendo conforme, formos
revivendo as diferentes idades da existência que acaba de passar. É claro que este retrospecto
não é meramente intelectual. Temos de vivenciar, depois da morte, todos os acontecimentos,
todos os fatos, todas as ocorrências da vida que passou. Conforme vai se revivendo, se vai
assumindo também a aparência que se teve em cada uma das idades correspondentes. Se
alguém morreu ancião, se verá velho. Depois irá se converter no sujeito maduro que foi, em
seguida no jovem, no adolescente e, por fim, na criança que foi. Reviverá assim toda a sua
existência com o propósito de ajustar contas, de fazer um balanço de suas boas e más obras.
“Quero que todos saibam que o SER, meus caros irmãos, está formado de diversas partes. Em
nós existe, por exemplo, uma parte do SER que poderíamos chamar de Anjo Bom. Também
existe algo que poderíamos denominar de Anjo Mau; não que seja mal, mas se encarrega de
fazer de conta; ele anota todos os nossos erros pessoais. O Anjo Bom preocupa com nossas
boas ações. No entanto, não é que o Anjo Bom e o Anjo Mau sejam pessoas estranhas, não. Eles
são parte de nosso próprio Espírito individual, de nosso próprio SER Íntimo.
“Depois da morte o gênio do bem, por exemplo, contará com pedrinhas a quantidade de boas
obras que tenhamos feito. Veremos também ao geniozinho do mal (não que seja do mal,
simplesmente anota erros, uma vez que é outra parte de nosso SER) contando também com
pedrinhas negras as nossas más ações. Contudo tal como se realiza depois de termos vivido a
vida que passou, depois de tê-la vivido de forma interna e retrospectiva.
“Assim, pois toda a vida que se passou fica reduzida a números e a somas de boas e más ações.
Obviamente, terminado o retrospecto, depois que nosso próprio SER fez o balanço, o inventário
de nossas boas e más ações, os Senhores do Karma se encarregam de fazer justiça e
determinam a existência que nos tocará no futuro. Porém, se não desejamos voltar, se estamos
despertos para nos defender, podemos nos concentrar em outra parte de nosso SER, que se
chama o Grande Misericordioso, e obteremos ajuda; haverá piedade. Mas se o Karma for
demasiado mau, se em vida formos exageradamente perversos, teremos de entrar na involução
submersa dos mundos infernais; não haverá remédio... ou pelo menos iremos nos reincorporar
contra nossa vontade.
“Se o Karma não for tão ruim, se houver melhores ações do que más, se em vida nos
preocupamos com a dissolução do Eu, do Mim Mesmo, se formos caridosos, etc., teremos o
direito de nos defender, teremos capital cósmico a nosso favor. No entanto, será necessário que
não nos deixamos atrair pelas matrizes humanas. O espírito humano pode atravessar uma
montanha de lado a lado, nada o detém. A única coisa que pode deter é uma matriz; eis aqui o
problema. Uivará o vento do Karma, um furacão frio chegará até o defunto, múltiplas aparições de
seres terríveis tentarão amedrontá-lo, porém se permanecer firme no desejo de não voltar, poderá
triunfar. Mas se ainda teme o perigo de cair em alguma matriz terá de aprender fechar matrizes;
nos mundos internos há múltiplos sistemas. De repente o defunto sente que está chovendo, há
trovões e relâmpagos, caem raios... há muita chuva. É a Lei do Karma buscando a maneira de
juntá-lo a uma matriz. Se ele permanece sereno, impassível, fecha a matriz. O inexperiente
tentará se esconder em alguma caverna tratando de se livrar da tempestade. Quando tente se
afastar, sentir-se-á como que ligado a essa caverna. Sim, ficou ligado a uma matriz, a um
gérmen; essa caverna era uma matriz. De forma que se tem que aprender a fechar matrizes, se é
que se quer não voltar.
“O defunto que não deseja voltar verá muitas criaturas, machos e fêmeas, copulando. Se ele, de
repente sente-se atraído para tal ou qual casa, sente-se simpatia por algum desses casais e
antipatia pelos outros, obviamente ali terá de retornar, regressar. O defunto que sentir, por
exemplo, antipatia pelo elemento feminino de um casal, seguramente nascerá ali com corpo
masculino. Ao contrário se sentir antipatia pelo elemento masculino do casal e atração pelo
feminino, nascerá ali, obviamente, com um corpo feminino. Assim, pois somos atraídos pelos
lugares e lares, de acordo com a lei do Karma. Se passamos para além da simpatia e da
antipatia, se nos exercitarmos na vida para isso, não entraremos no gérmen humano, não
entraremos em nenhuma matriz é a meditação profunda: aprender a conseguir a quietude e o
silêncio da mente, conseguir a irrupção do vazio iluminador em nós e dentro de nós. Se
conseguirmos nos conservar no vazio iluminador. Escaparemos no gérmen humano, não
entraremos em nenhuma matriz.
“Assim, pois, somos atraídos para lugares e lares, de acordo com a lei do Karma. Se passamos
para além da simpatia e da antipatia, se nos exercitarmos na vida para isso, não entraremos no
gérmen humano, não entraremos em nenhuma matriz.
“Outro sistema para se escapar de cair em alguma matriz é a meditação profunda: aprender a
conseguir a quietude e o silêncio da mente, conseguir a irrupção do vazio iluminador em nós e
dentro de nós. Se conseguirmos nos conservar no vazio iluminador, escaparemos da atração de
qualquer matriz.
“Durante a vida, os que aspiram se libertar, ainda que em estado elemental, sem auto realização,
devem ser instruídos com esse propósito. Precisarão lutar pela dissolução do Ego, do Eu, do Mim
Mesmo. Do Si Mesmo, andar pelo caminho reto, trilhar a senda da santificação, despertar a
consciência, aprender a viver consciente nos mundos superiores... Para se despertar a
consciência há que se trabalhar aqui e agora”.
Saúde e sucesso.
Jorge L Rodrigues