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KARL ROGERS GONÇALVES MÜLLER

UMA PROPOSTA DE CATALOGAÇÃO DOS ARRANJOS PARA CORAL


ELABORADOS POR SÉRGIO DESLANDES

CURITIBA

2009
KARL ROGERS GONÇALVES MÜLLER

UMA PROPOSTA DE CATALOGAÇÃO DOS ARRANJOS PARA CORAL


ELABORADOS POR SÉRGIO DESLANDES

Monografia apresentada à Escola de Música


e Belas Artes do Paraná, como requisito
parcial para a obtenção do título de
Especialista em Música, ênfase em
Regência Coral.

Orientador: Rogério de Brito Bergold

CURITIBA

2009
Agradecimentos

Em primeiro, quero agradecer ao meu orientador e amigo Rogério Bergold,


pela ajuda, paciência e orientação de como elaborar esse trabalho. Sem sua ajuda e
compreensão, não seria possível a realização dessa monografia.

Ao professor e amigo Sérgio Deslandes, agradecimento por todas as tardes e


noites regadas a café e bolo. Além de me auxiliar com o referencial, foi um grande
parceiro na elaboração deste trabalho.

À minha querida namorada Lívia, que por várias vezes cedeu momentos do
seu descanso para me ajudar, tanto na estruturação inicial, quanto na sua correção
final.

ii
RESUMO

Esse trabalho apresenta uma proposta de catálogo doa arranjos para coral
elaborados por Sérgio Deslandes. Referente a definição de arranjo, uma importante
distinção é apresentada, mostrando as diferenças entre arranjos popular e clássicos,
usando como referência o artigo escrito por Paulo Aragão “Considerações sobre o
conceito de arranjo na música popular”. Sendo Deslandes um arranjador voltado à
música popular, este trabalho apresenta quatro sugestões de catálogo, elaborados a
partir do mesmo material coletado. Essas sugestões permitem a análise superficial
da vida musical do arranjador Deslandes, através da análise dos resultados obtidos
com a elaboração de gráficos.

Palavras-chave: catalogação, arranjos, música popular.

iii
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................... 1
1. CATALOGAÇÃO ............................................................................................................................ 12
1.1 FORMAS DE CATALOGAÇÃO ............................................................................................. 12
1.1.1 Catalogação por ordem alfabética do título da obra ................................................... 17
1.1.2 Catalogação por ordem alfabética por compositor ..................................................... 22
1.1.3 Catalogação por ordem cronológica de elaboração do arranjo ................................ 26
1.1.4 Catalogação por número de vozes exigidas ................................................................ 31
1.2 COMENTÁRIOS E CONCLUSÕES SOBRE OS RESULTADOS OBTIDOS ................ 36
2. CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................................................... 42
3. REFERÊNCIAS .............................................................................................................................. 46
ANEXO I............................................................................................................................................... 48

iv
1

INTRODUÇÃO

A idéia de montar um catálogo com os arranjos de coral se originou na

graduação, enquanto participava como cantor no coral do curso de Licenciatura em

Música, da Escola de Música e Belas Artes do Paraná. Diversos arranjos foram

cantados por esse coral, que era regido pela Prof.ª Haydée Gorosito. Enquanto

estudante percebi que a professora incentivava a criação de arranjos para coral, já

que era difícil de encontrar peças prontas para essa formação. As poucas peças

editadas que cantamos eram importadas, geralmente dos EUA. A maior parte do

repertório vinha de fato de cópias de arranjos que outros regentes gentilmente

cediam durante os festivais que a Prof.ª Haydée participava. Dentre os arranjos que

cantávamos no coral da Licenciatura, os nomes de alguns arranjadores apareciam

com mais freqüência, dentre eles, o de Sérgio Deslandes, que mais tarde lecionou a

disciplina de Arranjos Vocais para a minha turma. Após concluir o curso, ingressei

no grupo vocal Quiriguidum, organizado e regido por Deslandes, e para minha

surpresa, cantei muitos outros arranjos de sua autoria. Foi então que perguntei a

Deslandes quantos arranjos ele já havia feito e para minha surpresa novamente,

nem ele mesmo soube responder essa questão. A dificuldade de se encontrar um

repertório disponível para coro, como o que ocorreu durante o coral da Licenciatura,

aliada à curiosidade de investigar a obra de arranjos para coral de Deslandes

motivou a elaboração desse trabalho.

A catalogação é uma importante ferramenta para a divulgação do trabalho de

compositores e de arranjadores e esse levantamento de acervo permite o acesso

para aqueles que tiverem interesse num determinado compositor ou arranjador, ou

ainda, para aqueles que procuram determinadas obras. Sendo assim, o objetivo
2

geral deste trabalho é a catalogação dos arranjos para coral feitos por Sérgio

Deslandes. Como objetivos específicos, esse trabalho vem contribuir para o acesso,

disponibilização da relação da obra de Deslandes, bem como a divulgação do

trabalho deste arranjador, além de contribuir para o registro e organização destas

obras enriquecendo o acervo local e, com isso, favorecendo a divulgação da música

para essa formação, bem como um melhor entendimento da vida e obra de

Deslandes. Para isso estaremos delimitando a pesquisa aos arranjos para a

formação coral.

Parte da vida musical de Deslandes foi obtida através do Dicionário Albin de

música Popular Brasileira e também através de seu currículo Lattes (ambos

disponíveis na internet). Sérgio Deslandes é nascido em Curitiba-PR e atualmente é

professor e coordenador do curso de bacharelado em Composição e Regência da

Escola de Música e Belas Artes do Paraná (EMBAP), lecionando contraponto,

harmonia, prática de canto coral, violão e arranjos vocais. É formado em

Licenciatura em Música, pela EMBAP (1990). Cursou especialização em Educação

Especial na Faculdade de Artes do Paraná (1999) e concluiu o Mestrado em

Composição Musical na UFBA em 2008. Lecionou também na Faculdade de Artes

do Paraná, sendo chefe do departamento de música (2000 a 2005) e tendo

assumido o cargo de chefe da comissão de vestibular em diversas oportunidades

nesse mesmo período. Ainda na FAP, Deslandes criou, em conjunto com o

professor Drausio Fonseca, o curso de Bacharelado em Música Popular. Como

compositor tem feito obras para diversas formações, como quarteto de cordas, grupo

de flautas, peças para violão, peças para coro, dentre outras formações. Sua

principal composição é o balé “Os Ipês”, que conta a histórias dos ipês da Praça

Tiradentes, no centro de Curitiba, que compôs durante seu mestrado. O violão é o


3

principal instrumento em seu trabalho, tendo participado em importantes eventos de

música que privilegiam este instrumento:

[...] entre 1993 e 1997, atuou na dupla caipira Dois de Paus, que resgatava
o repertório caipira de humor dos anos 1930 e 1940, tendo apresentado
shows no Paraná e Santa Catarina, além de apresentar-se por três vezes
no programa "Viola minha viola", de Inezita Barroso na TV Cultura de São
Paulo. DICIONARIO ALBIN (2008).

Deslandes atua também na área de coral, como cantor e regente de coro.

Como cantor participou do Coral da EMBAP e do Coral de Curitiba, sob a regência

do então maestro Gerardo Gorosito. Foi com o maestro Gorosito que Deslandes

iniciou sua atuação como regente, atuando como maestro auxiliar do Coral de

Curitiba. Atendendo ao pedido do próprio maestro, Deslandes começou a

desenvolver a função de copista do coro e foi durante as diversas cópias que fazia,

que começou a efetuar pequenas correções em partituras apagadas e rasuradas.

Foi através dessas pequenas correções que o levou a aprofundar seus estudos de

harmonia e contraponto. Após uma série de correções e um tempo considerado

como coralista, decidiu começar a elaborar arranjos, dando início a sua carreira

como arranjador, passando a atender diversas encomendas ao longo dos anos.

Como regente de coro, Deslandes vem atuando a 17 anos no Coral Municipal

Mananciais da Serra, de Piraquara. Foi um dos fundadores da associação de corais

“Corolírio”, mais tarde se tornando presidente da Federação Paranaense de Corais.

Deslandes foi regente e fundador do grupo vocal Madrigal da Madrugada, grupo que

divulgava a música popular brasileira e a música renascentista. Após algumas trocas

de componentes, o grupo tornou-se conhecido pelo novo nome “Vocal Quiriguidum”,

que passou a executar apenas o repertório de música popular brasileira.

Em relação à catalogação dos seus trabalhos, Deslandes já desenvolve um

trabalho de catalogação de suas obras, através da elaboração de pequenos volumes


4

de arranjos organizados por estilo. São quatro volumes no total, sendo o primeiro

volume de arranjos de bossa nova e os seguintes voltados ao samba, ao pop-rock

nacional e a música religiosa, respectivamente. Em seu prefácio para a obra

Arranjos Vocais – Sambas (2008, v.2, prefácio), Deslandes afirma: “Estes volumes

se propõe a suprir uma necessidade que sofrem os corais por este Brasil afora com

a falta de material apropriado, impresso e disponível, afinal nem todos os regentes

são arranjadores e nem tem obrigação de sê-lo”. Em outras palavras, o que

Deslandes diz, é notável a dificuldade dos regentes de coro em encontrar repertório

especializado para coral aqui no Brasil. Percebe-se que em outros países, como nos

EUA, por exemplo, o repertório publicado para coral é extenso, quase que infindável,

o que não acontece por aqui. Isso permite que os coros americanos trabalhem com

repertório mais diversificado, facilitando a tarefa do regente na pesquisa e seleção

de arranjos. Já os regentes brasileiros precisam pesquisar e trabalhar muito atrás de

um repertório especializado.

Este trabalho irá disponibilizar o acesso a relação de obras, visando contribuir

para essa necessidade dos grupos corais, detectada pelo autor, que é exatamente a

escassez de material para coral publicado por editoras de partitura. Faz-se

importante salientar que a escassez de obras assim catalogadas dificulta o acesso

aos regentes repercutindo na dificuldade da presença de bons arranjos nos

programas de corais, sejam em recitais, concertos ou festivais locais e, por

conseguinte, nacionais. Com um material previamente organizado e publicado, o

trabalho do regente se limitaria à regência e liderança do grupo, deixando a função

de arranjador para os especialistas no assunto.

Após consulta à biblioteca pessoal de Deslandes, foram catalogados 80

arranjos. A coleta consistiu de levantamento das partituras manuscritas, impressas e


5

arranjos ainda não impressos ou inacabados – extraídos do computador pessoal,

localizado na mesma biblioteca. Numa primeira etapa de catalogação, foram

selecionadas todas as obras e organizadas por número de vozes. As vozes

utilizadas e suas siglas são as seguintes: “S” para soprano, “Mz” para mezzo-

soprano, “A” para contralto, “T” para tenor, “Bt” para barítono e “B” para baixo. Tendo

em vista que o nível técnico do coro determina a quantidade de vozes que o

compõem, este dado é o ponto de partida do regente ao pesquisar composições de

arranjos disponíveis. Essa separação dos arranjos por número de vozes visa facilitar

a escolha de composições, permitindo que o regente possa selecionar o arranjo que

melhor se adapte para a formação do seu coral, auxiliando tanto nas finalidades

artísticas quanto nas pedagógicas.

A disponibilização desse material através de uma forma de catalogação

apenas (quantidade de vozes) limita a formulação de hipóteses e conclusões a

apenas essa forma de visualização - dificilmente outro dado poderia ser extraído de

tal catálogo. Foi pensando nessa limitação, e buscando em outros referenciais, que

chegamos a mais três formas de catalogação desse mesmo material. Comparando

as formas de catalogação encontrada nos referenciais, e aliadas a nossa

necessidade de catalogação para canto coral, é preciso estabelecer características

que sejam relevantes a essa formação. Além da classificação dos arranjos por

vozes, também serão apresentados catálogos ordenados por ordem alfabética de

título e ordem alfabética por compositor da obra, que poderão ser úteis em

pesquisas futuras, podendo ainda mostrar qual foi o critério de escolha de obras e

compositores que Deslandes usou para elaborar seus arranjos. Também foi

adicionada uma classificação por ano de elaboração do arranjo, onde obtivemos

alguns dados referentes à quantidade de arranjos produzidos.


6

A organização do material visa também orientar o regente coral na escolha do

repertório para seu coro de acordo com o seu conhecimento e a sua própria

experiência. É fundamental para o regente ter essa noção no momento em que opta

escolhe e monta seu repertório, pois a temática – que é sempre um critério

sobressalente – não pode sobrepujar os elementos relevantes do processo de

ensino-aprendizagem que envolvem a preparação de um coral, sob o risco de sofrer

um baixo rendimento e não obter o êxito artístico tal como desejado, além de

desmotivar o aprendizado e o desenvolvimento da música no grupo. O âmbito

educacional na prática do coral não é somente uma forma de revelar músicos, mas

também de tornar conhecidas músicas e composições, ajudando na formação

musical dos participantes e na formação de platéia. O canto coral, em si, tem

atuação como intérprete e amplificador da criação musical de diversos compositores

e isso se faz através da escolha dos seus repertórios.

Como já falamos, cabe ao regente do coro a responsabilidade de pesquisar,

escolher e organizar as músicas (adaptadas ou não) para compor o repertório

apresentado pelo coral, e daí resulta também a responsabilidade de divulgar a obra

de compositores, através de arranjos, como no caso de Deslandes, que é um

arranjador voltado à música popular. Em seu artigo Considerações sobre o conceito

de arranjo na música popular, ARAGÃO (2001) comenta que, neste sentido, “[...] o

arranjo passa a ser um processo inerente a música popular”. Desta forma, o trabalho

de catalogação é uma importante ferramenta para levantar, reunir, organizar e

disponibilizar obras. Diversos compositores paranaenses já passaram pela etapa da

catalogação, como Padre Penalva, Jaime Zenamon, Waltel Branco, Henrique de

Curitiba, dentre outros. Contudo, não se sabe da existência de uma catalogação

voltada para o coral, o que, por conseqüência, torna o canto coral um pouco

esquecido dentro dos trabalhos de catalogação do cenário paranaense. A


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catalogação permite com que todo um acervo seja disponibilizado para pesquisas

futuras, e neste caso, esse trabalho está direcionado aos arranjos de músicas para

canto coral elaborados pelo artista paranaense Sérgio Deslandes.

Um dos objetivos da atividade de um arranjador é disponibilizar obras para

outras formações diferentes da original, como no exemplo de um quarteto de violões

que deseja executar uma obra qualquer de J. S. Bach. De acordo com o catálogo

oficial das obras de Bach (BWV) não encontramos peça escrita originalmente para o

grupo em questão e é aí que entra a figura do arranjador. Baseado na partitura

original, um bom arranjador utiliza de sua criatividade para colocar a obra numa

qualidade de “executável” pela formação (ou meio) escolhida. A utilização de

arranjos é uma maneira de suprir uma carência ou necessidade quando estamos

falando de um repertório determinado, ou ainda, de um grupo específico. De acordo

com o verbete Arrangement, escrito por Malcom Boyd (2006), para o New Grove

Dictionary of Music:

A palavra ‘arranjo’ pode ser aplicada a qualquer peça musical baseando-se


na incorporação de um material pré-existente: forma variada, o
contrafactum, a missa de paródia, o pasticcio, e trabalhos litúrgicos
baseados em cantus firmus – todos abrangem algum grau de arranjo. No
senso em que é comumente utilizada entre os musicistas, entretanto, a
palavra pode ter seu significado atribuído tanto para a transferência de uma
composição de um meio para ou outro, quanto para a elaboração (ou
simplificação) de uma peça, com ou sem a mudança do meio. Em qualquer
um dos casos algum grau de recomposição usualmente é envolvido, e o
resultado pode variar de uma cópia estrita, quase que literal, até uma
transcrição para uma paráfrase que é mais trabalho do arranjador do que do
1
compositor original. (BOYD, 2006, p.65)

1
The word ‘arrangement’ might be applied to any piece of music based on or incorporating pre-
existing material: variation form, the contrafactum, the parody mass, the pasticcio, and liturgical works
based on a cantus firmus all involve some measure of arrangement. In the sense in which it is
commonly used among musicians, however, the word may be taken to mean either the transference
of a composition from one medium to another or the elaboration (or simplification) of a piece, with or
without a change of medium. In either case some degree of recomposition is usually involved, and the
result may vary from a straightforward, almost literal, transcription to a paraphrase which is more the
work of the arranger than of the original composer
8

Voltando ao nosso exemplo do quarteto de violões, supondo agora que o

grupo decide executar a peça Carinhoso, do nosso ilustríssimo Pixinguinha. Qual

será a base do arranjador, sendo que não existe uma partitura original de

Carinhoso? Nesse caso o arranjador recorreria às gravações mais conhecidas, mas

será que não existe um original ao qual possamos recorrer? Entramos agora numa

importante questão, que é a da diferença do conceito de arranjo utilizado em música

clássica do arranjo em música popular. Os arranjos corais elaborados por Sérgio

Deslandes são praticamente todos voltados à música popular, fazendo do seu

trabalho um importante meio de divulgação da música popular nesse país. Em

virtude dessa diferença entre os conceitos de arranjos, utilizaremos como referência

o artigo escrito por ARAGÃO (2001) Considerações sobre o conceito de arranjo na

música popular.

Aragão inicia seu estudo buscando as origens da palavra, recorrendo para

isso a diversos dicionários de música, e que, por falta de conteúdo da maioria deles,

todo o artigo acaba embasado em duas fontes importantes no meio musical, como o

já comentado New Grove Dictionary of Music, com verbete escrito por Malcolm Boyd

e o New Grove Dictionary of Jazz, com verbete escrito por Gunther Schuller. Com

essas duas referências em mãos, Aragão percorre seu artigo comparando as

definições apresentadas em cada um dos dicionários citados, buscando trazer algum

significado que seja possível de aplicar ao conceito de arranjo utilizado na música

popular brasileira. O conceito de arranjo encontrado no verbete arrangement

(arranjo) do Grove of Music - de acordo com Aragão, é claramente voltado à música

clássica. O autor segue enumerando as modalidades de arranjo citadas no Grove,

que são, em primeiro, os arranjos conhecidos como ‘comerciais’, como a edição de

O vôo do besouro de Rimsky-Korsakov, que está disponível para diversos

instrumentos. Em segundo temos os arranjos ditos práticos, como reduções de


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orquestra para piano e em terceiro temos os arranjos voltados para a expansão de

repertório, como no caso das inúmeras peças adaptadas por Segovia para violão.

Segundo o autor existe ainda mais uma categoria de arranjo, aquelas voltadas para

a melhor utilização dos instrumentos atuais, como no caso da parte de metais da 3ª

Sinfonia de Beethoven, que raramente é tocada como escrita.

No decorrer do artigo, Aragão abrange questões voltadas à ética envolvida no

trabalho do arranjador, como por exemplo, a questão de se mudar o material

original, convertendo-o num novo. A questão da quantidade de envolvimento do

arranjador também é esclarecida, e para isso o autor usa os diversos exemplos de

arranjo existentes no Jazz, em que podemos ter desde arranjos estritamente

comerciais (de simplicidade extrema), arranjos meio-elaborados (que exigem certo

grau de improvisação por parte do executante) ou ainda os arranjos altamente

elaborados, como os usados nas big bands de Duke Ellington e Count Basie.

Aragão abrange ainda uma questão considerada importante para o

esclarecimento da diferença entre arranjos na música popular e na música clássica.

Como já citada na música clássica, a existência do arranjo visa adaptar um meio

original ao outro, ou ainda, simplificar uma peça, sempre partindo de um meio

original – que, no caso, é representado pela partitura. Já na música popular, não

existe um ‘original’ da mesma maneira que na música clássica, cabendo esse papel

às gravações mais conhecidas, ou ainda, melodias cifradas (como no caso dos

songbooks), que acabam servindo de ponto de partida para os arranjadores.

Dada essa dificuldade de delimitação do “original”, talvez o mais correto


seja considerar que a música popular não tem um original, ao menos no
sentido que o tem a música clássica. (...) Deste modo, qualquer execução
de obra popular prescindiria necessariamente de um arranjo, o que parece
outorgar ao arranjo a condição de processo inerente a essa música.
(ARAGÃO, 2001 p.99).
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De acordo com Aragão, o arranjo passa a ser um processo inerente à música

popular, contribuindo também para a sua divulgação. A grandeza dessa definição é

imensa se pensarmos em todas as execuções de música popular possíveis. São

inúmeros os grupos e em inúmeras localidades. Alguns tipos de arranjos são mais

simples, como os arranjos para voz e violão. O intérprete, no caso, não deixa de ser

um arranjador, por mais que ele não tenha pensado previamente num arranjo

propriamente dito. Podemos dizer que a execução passou por um arranjo porque

provavelmente a versão original de tal música não foi escrita somente para voz e

violão, ou ainda, a progressão harmônica poderá ter sofrido alguma alteração por

conta do nosso intérprete/arranjador. Por outro lado existem os arranjos elaborados

previamente e que buscam outras formações, explorando orquestrações variadas,

utilizando diferentes timbres e instrumentos, sempre procurando novas maneiras de

se interpretar a música já consagrada por nomes da música nacional. É o caso, por

exemplo, da Banda Mantiqueira, um importante grupo de música instrumental

brasileiro, que executa obras de vários compositores nacionais, executando arranjos

específicos para a sua formação de instrumentos de sopro mais base rítmica.

A existência de vários arranjos de uma mesma música popular é que permite

que ela seja executada em diversos meios, como num grupo como a Banda

Mantiqueira, ou ainda, através do canto coral. Muitas músicas, entretanto, ao se

popularizarem, incorporam determinados arranjos; Contudo, um dos papéis

fundamentais do arranjo, e comentados no artigo de Aragão, é o de divulgador da

música popular. A catalogação de arranjos permite a organização e agrupamento de

arranjos específicos para determinados meios, que nosso caso é o canto coral, onde

os arranjos possuem características próprias, e estando elas organizadas, facilitará

a pesquisa por parte de músicos e regentes.


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Procurei nessa introdução apresentar algumas questões relevantes para o

bom esclarecimento do objetivo desse trabalho. Além de um breve resumo da vida

musical de Deslandes, um importante esclarecimento entre as diferenças do

conceito de arranjo na música clássica e na música popular está presente, já que o

foco do arranjador em questão é a música popular brasileira. Passaremos agora

para a etapa seguinte, a catalogação. Como veremos, algumas informações

puderam ser levantadas em virtude das várias catalogações elaboradas, que serão

apresentadas no item 1.2. Em seguida, e concluindo esse trabalho, tecemos nossas

considerações finais.
12

1. CATALOGAÇÃO

Para compor nossos dados, foram coletados todos os arranjos disponíveis na

biblioteca pessoal de Sérgio Deslandes, que incluía partituras feitas à mão e

arranjos não impressos, disponíveis apenas no seu computador pessoal. Listados e

somados, encontramos 100 obras, entre arranjos instrumentais e corais. Destes,

selecionamos 80 arranjos, que correspondem aos arranjos para coro, sem distinção

entre a quantidade de vozes, complexidade e etc.; arranjos que utilizam a voz como

um instrumento separado, dentro de um contexto mais camerístico, foram excluídos

por não se enquadrarem na modalidade canto coral.

1.1 FORMAS DE CATALOGAÇÃO

Antes de dar início ao processo de catalogação propriamente dito, faz-se

necessário uma revisão do referencial teórico. Como primeiro passo para a busca de

um referencial, procuramos as monografias de especialização disponíveis na

biblioteca da pós-graduação da Escola de Música e Belas Artes do Paraná. Foram

encontradas seis monografias, as quais farei uma breve análise. Em primeiro a

citamos a obra de BIZARRO (2000), num catálogo que apresenta peças para

trombone. Não há como saber quais foram os critérios adotados por esse autor, já

que esse trabalho simplesmente não apresenta metodologia, deixando-o um tanto

fraco no que diz respeito a origem dos dados, sua organização e sua catalogação.

Outro trabalho similar é o apresentado pelos autores FELIPE & MEDEIROS (1999),
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num catálogo comentado das obras de Camargo Guarnieri. Os autores também

deixam a metodologia a desejar, não explicando quais foram os critérios para

levantamento dos dados, sua organização e posterior catalogação. Como último

referencial analisado, encontramos o catálogo de peças de violão apresentado por

MANTELLI (2001). O autor, além de não desenvolver a sua metodologia, ainda

encontra-se, ao que parece, totalmente equivocado ao citar a metodologia de

pesquisa-ação como a utilizada no seu catálogo. Esses trabalhos mostram como

esse referencial encontrado não contribui na elaboração do nosso catálogo.

Entretanto, foram encontrados alguns trabalhos de relevância para a

composição do nosso referencial, sendo eles os catálogos apresentados por

PROSSER (1995), SILVA JUNIOR (1998), CARNEIRO (1998) e CAPISTRANO

(1998). No catálogo elaborado por PROSSER (1995), encontramos a obra do Padre

José Penalva organizada por temas (catálogo temático) e com uma metodologia

muito clara, explicando inclusive a origem do material utilizado na elaboração do

catálogo (manuscritos, depoimentos e etc). Num nível tão bom quanto o

apresentado por PROSSER (1995), estão os catálogos de SILVA JUNIOR (1998) e

CARNEIRO (1998), que apresentam uma relação das obras existentes para violão e

clarinete, respectivamente. Ambos utilizam uma metodologia bem clara, que inclui a

pesquisa em acervos de bibliotecas por todo o país, gravações em CD através de

gravadoras, publicações de partituras e etc. Continuando, encontramos o catálogo

apresentado por CAPISTRANO (1998), onde o autor relaciona as peças para

saxofone, numa metodologia muito resumida e pouco desenvolvida, mas mantendo

porém, a clareza do seu método. Referentes a esses catálogos, algumas idéias já

contribuem para a formação do nosso referencial. Foi analisando o catálogo de

SILVA JUNIOR (1998), e numa posterior conversa com o autor, que descobrimos um
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importante referencial para esse trabalho, que é o livro 36 Compositores Brasileiros:

Obras para Piano (1950-1988), de Saloméa Gandelman.

Além das monografias analisadas, mais duas fontes que serviram de

fundamentação para o nosso catálogo, sendo elas o verbete Thematic Catalogue

(Catálogo temático) encontrado no The New Grove Dictionary of Music e o catálogo

elaborado por Saloméa Gandelman em seu livro 36 Compositores Brasileiros: Obras

para Piano (1950-1988).

A definição de catálogo temático, segundo o verbete Thematic Catalogue,

escrito por BROOK (2006):

[...] é um índice para um grupo de composições musicais, que incorpora


citações de suas notas iniciais [incipts], ou principais características
melódicas (temas) ou ambos. Essas citações podem ser dadas de várias
formas, como notas convencionais, neumas, tablaturas, sílabas, números,
2
letras e códigos de computador. (BROOK, 2006, p.348).

De acordo com essa definição, a idéia do catálogo temático é organizar um

determinado material através características musicais mais marcantes, como as

notas de abertura da peça, ou ainda, o primeiro tema apresentado. Idéias de

organização do material são apresentadas na seqüência do verbete, sendo elas: a)

título, opus ou outros números de identificação, referências para as edições padrões

e completas, autor e outras fontes de texto, data e local de composição; b) abertura

de cada movimento, descrevendo número de compassos de cada movimento onde

for aplicável e variantes indicativas entre as fontes; c) descrição completa,

localização das assinaturas; d) descrição de cópias significativas, suas localizações,

datas e importantes diferenças ou marcas especiais; e) descrição bibliográfica das

2
A thematic catalogue is an index to a group of musical compositions that incorporates citations of
their opening notes (incipits), or principal melodic features (themes), or both. These citations may be
given in various forms, such as conventional notes, neumes, tablatures, syllables, numbers, letters or
computer codes.
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primeiras edições, incluindo data, impressão, preço e número da chapa, e de todas

as edições subseqüentes ou arranjos publicados durante a vida do compositor ou

indicando mudanças feitas ou sancionadas por ele; f) referências aos diários,

memórias e jornais, catálogos temáticos e não-temáticos; e g) referências a citações

significantes nos estudos acadêmicos.3

Esse detalhamento do catálogo temático proposto por BROOK(2006) visa a

organização de todo um material composto por um determinado autor, existindo para

isso diversas etapas de catalogação e de levantamentos de dados. Aproveitando

dessa definição detalhada por BROOK (2006), que trata desses diversos caminhos

que poderão originar uma catalogação, trataremos aqui das questões que parecem

relevantes quando aplicadas ao nosso catálogo de arranjos (voltados a música

coral): determinação do ano de composição e determinação do autor da composição

original. Essas, portanto, são duas idéias de catalogação, dentre as muitas que

BROOK (2006) sugere, e que são aplicáveis ao nosso trabalho. Contudo, essa

definição apresentada pelo dicionário é genérica e muito abrangente, que nos exige

a busca de um referencial que seja mais específico a uma determinada formação ou

instrumento.

Encontramos no catálogo “36 Compositores Brasileiros: Obras para Piano

(1950-1988), elaborado por GANDELMAN (1998), idéias que serão úteis na nossa

catalogação. A forma com que a autora organiza seu catálogo, mesmo sendo
2
The organization of a thematic catalogue will vary in accordance with what it covers. Ideally it should
include (as suggested by Hyatt King) the following elements: (a) title, opus or other identification
numbers, references to standard and complete editions, author or other source of text, date and place
of composition; (b) incipits of each movement, noting the number of bars in each movement where
applicable and indicating variants among sources; (c) full description, location and shelf-mark of
autographs; (d) description of significant copies, their shelf-marks, dates and important differences or
special markings; (e) bibliographical description of first editions, including date, imprint, price and plate
number, and of all subsequent editions or arrangements published in the composer’s lifetime or
reflecting changes made or sanctioned by him; (f) references to contemporary diaries, memoirs and
newspapers, thematic and non-thematic catalogues; and (g) references to significant citations in
scholarly studies. With the burgeoning of musical source studies since King’s article, in many
situations (e.g. voluminous major composers or surveys of large repertories) this ideal cannot result in
traditional publication.
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voltado a obras para piano, nos permite fazer um paralelo com a catalogação de

música coral. Gandelman ordena primeiramente seu catálogo através de ordem

cronológica de autor. Isso nos dá duas sugestões, que batem com as duas já

extraídas do Grove: catálogo por ordem cronológica e por ordem alfabética de autor.

O intuito de Gandelman, segundo prefácio da própria autora, era a de disponibilizar

obras dentre a época selecionada por ela (1950-1988) e separada por compositores,

o que facilitaria a divulgação da obra daqueles menos conhecidos no mundo

pianístico. Aspectos relevantes à técnica de piano foram considerados em sua

catalogação, como uso do teclado, tonalidade utilizada, utilização dos pedais e etc.,

que são acrescentados em forma resumida, logo após o título de cada obra.

Entretanto, esse detalhamento não nos interessou, em vista que não é a intenção

desse catálogo comentar cada arranjo individualmente, o que levaria certamente a

um trabalho de proporções bem maiores. A nossa idéia se mantém em torno de um

catálogo simples, porém prático, que disponibilize os títulos das obras já arranjadas

por Deslandes.

Em se tratando de um catálogo de obras para coral, procuramos encontrar

alguma característica que fosse relevante nessa formação. Dentro dessa formação a

quantidade de vozes exigidas na peça é uma das primeiras etapas de escolha que

ocorre. Foi por esse motivo que no levantamento do material existente na biblioteca

de Deslandes, a primeira forma de catalogação elaborada foi por quantidade de

vozes. Voltando para as idéias de catalogação extraídas do Grove, aliadas as idéias

de catálogo específicas para piano - encontradas no catálogo de GANDELMAN

(1998) - e em conjunto com a nossa idéia de organização por vozes exigidas

(característica predominante para o mundo coral), foram determinadas quatro formas

de organização do nosso material, sendo elas: catalogação por ordem alfabética do

título da obra, por ordem alfabética de compositor, por ordem cronológica de


17

elaboração do arranjo e por número de vozes exigidas. Serão apresentadas em

seguida as quatro sugestões de catalogação propostas nesse trabalho.

1.1.1 Catalogação por ordem alfabética do título da obra

1. A Bela e a Fera – Chico Buarque e Edu Lobo (SATB)

2. A Felicidade - Tom Jobim e Vinícius de Moraes (SABt + cifras)

3. Águas de Março – Tom Jobim (SABt + cifras)

4. Alegria Alegria – Caetano Veloso (SABt)

5. All I Ask of You – Andrew Lloyd Webber (SA + piano)

6. Aquarela – Toquinho e Vinicius (2 vozes iguais +cifras)

7. Cantiga de Inverno – Helena Kolody e Daniel Faria (duas vozes infantis)

8. Canto do Pajé – Villa-Lobos, adaptação (SATB)

9. Choro Bandido – Edu Lobo e Chico Buarque (SABt + Mezzo soprano solo +

cello +cifras)

10. Choro Bandido – Edu Lobo e Chico Buarque (SABt + vocal solo + cifras)

11. Como uma Onda no Mar – Lulu Santos (SABt)

12. Consolação – Baden Powell e Vinícius de Moraes (SATB, violão + cifras)

13. Corê e Tuba – Gérson Bientinez e Ana Sônia de Sá (SATB + solo)

14. Cravo Branco na Janela – folclore de Santa Catarina (SATB)

15. Curitiba prá 2001 – Sidail Oliveira e Luis Reich (SATB + solo)
18

16. Dancin’ Days – Nelson Motta e Ruban (voz fem, voz masc + cifras)

17. Desde que o samba é samba – Caetano Veloso (SABt + cifras)

18. El Río – Folclore Peruano (SATB)

19. Esotérico – Gilberto Gil (SATB)

20. Estrada do Sol – Tom Jobim (SmzA)

21. Eu sei que vou te amar – Tom Jobim e Vinícius de Moraes (SABt + cifras)

22. Eu só quero amar – Tim Maia (SATB)

23. Felicidade – Lupscínio Rodrigues (SABt)

24. Flagra – Rita Lee e Roberto de Carvalho (SABt + cifras)

25. Flor do Asfalto – Lydio Roberto e Gerson Fisbein (SATB + cifras)

26. Flores – C. Gavin, T. Belotto, S. Brito, P. Miklos (3 vozes iguais + cifras)

27. Garota de Ipanema - Tom Jobim e Vinícius de Moraes (SA + piano)

28. Garota de Ipanema - Tom Jobim e Vinícius de Moraes (SABt + cifras)

29. Garota Nacional – Skank (2 vozes iguais + percussão)

30. Go Back – Titãs (voz fem e voz masc)

31. I Say a Little Prayer – Burt Bacharach e Hal David (voz fem, voz masc e voz

solo)

32. Imagine – John Lennon, arr. Deslandes e Luciana Real (voz masc, voz fem +

piano)

33. Injuriado – Eduardo Dusek (SABt)


19

34. Isto – Paulo Leminski e Carlos Carega (SATB)

35. Leãozinho – Caetano Veloso (2 vozes iguais +cifras)

36. Love Story – F. Lay e C. Sigman (SATB + cifras)

37. Luanda – Djavan (SATB + violão + cifras)

38. Luz – Fábio Jr e L. Barbosa (SATB + contralto solo + cifras)

39. Madrugada – Carlos Todeschini (SATB + violão)

40. Menininha – Toquinho e Vinícius (SABt + cifras)

41. Monsieur Binot – Joyce (SMzBt + cifras)

42. Mudança de Estação – Paulo Leminski (SATB + flauta, violão, sax e percussão

ad lib.)

43. Na Estrada – Carlinhos Brown, Nando Reis e Marisa Monte (voz fem e voz

masc)

44. Não Posso Ver - Paulo Leminski e Ivo Rodrigues (SATB)

45. Não Posso Ver - Paulo Leminski e Ivo Rodrigues (T1 T2 Bt B + solo)

46. Nel blu, di pinto di blu – D. Modugno (2 vozes iguais + piano)

47. New York, New York – John Kander e Fred Ebb (SMzC + piano)

48. O Barquinho – Roberto Menescal e R. Boscoli, adaptação, (voz fem e voz masc

+cifras)

49. O Bom – Eduardo Araújo (TBtB)


20

50. O Passo do Elefantinho – Henry Mancini, versão Ruth Blanco (coro infantil a 2

vozes)

51. O que é o que é – Gonzaguinha (SATB + cifras)

52. Oh! – Daniel Faria e Hamilton Faria (SSATB)

53. Onde você mora? – Nando Reis e Marisa Monte (SABt)

54. Oração da Família – Pe. Zezinho (SABt + cifras)

55. Oração da Família – Pe. Zezinho (SATB + cifras)

56. Paciência – Lenine e Dudu Falcão (voz fem e voz masc)

57. Pai Nosso – Pe. Marcelo (SABt + cifras)

58. Pai Nosso – Pe. Marcelo (SATB + cifras)

59. Peixe com Côco – Alberto Lonato, Josias e Maceió do Cavaco (SABt + cifras)

60. Planeta Água – Guilherme Arantes (SMzBt + cifras)

61. Prá Não dizer que não falei das flores – Geraldo Vandré (SmzA)

62. Quase sem querer – Dado Villa-Lobos, Renato Russo e Renato Terra (voz fem

e voz masc)

63. Ratoeira – folclore de Santa Catarina (SATB)

64. Roda Viva – Chico Buarque (SABt + cifras)

65. Rosa – Pixinguinha, adaptação (3 vozes masc + cifras)

66. Salmo 22 – Frei Fabreti (SATB)

67. Samba de Maria Luisa – Tom Jobim (SABt)


21

68. Samba do Arnesto – Adoniran Barbosa e Alocin (SABt + cifras)

69. Samba do Avião - Tom Jobim - (SABt + cifras)

70. Santo – Pe. José C. Da Silva (SATB)

71. See you later... Alligator – Bill Haley, adaptação (SABt)

72. Segue o Seco – Carlinhos Brown (3 vozes iguais)

73. Segue o Seco – Carlinhos Brown (SABt)

74. Sem Budismo - Paulo Leminski e Osvaldo Rios (SATB)

75. Sereia – Folclore da Bahia (SmzA)

76. Sonífera Ilha – Branco Mello, Marcelo Frommer, Toni Belotto, Carlos Barmak e

Ciro Pessoa, adaptação (2 vozes fem, 1 voz masc)

77. Suíte Tom Jobim: Triste, Ai quem dera, Só em teus braços – Tom Jobim,

Tom Jobim e Mariano Pinto, Tom Jobim (SATB) (inacabada até a conclusão

deste trabalho)

78. Wave – Tom Jobim (SmzA + cifras)

79. Yesterday – Lennon e McCartney (SSAT + cifras)

80. Zóio da Laguna – Ronald J. Magalhães (SABt, + flautas a 2 vozes)


22

1.1.2 Catalogação por ordem alfabética de compositor

1. Adoniran Barbosa e Alocin - Samba do Arnesto – (SABt + cifras)

2. Alberto Lonato, Josias e Maceió do Cavaco - Peixe com Côco – (SABt +

cifras)

3. Andrew Lloyd Webber - All I Ask of You – (SA + piano)

4. Baden Powell e Vinícius de Moraes - Consolação – (SATB, violão + cifras)

5. Bill Haley - See you later... Alligator – (SABt)

6. Branco Mello, Marcelo Frommer, Toni Belotto, Carlos Barmak e Ciro

Pessoa - Sonífera Ilha (2 vozes fem, 1 voz masc)

7. Burt Bacharach e Hal David - I Say a Little Prayer – (voz fem, voz masc e voz

solo)

8. Charles Gavin, Toni Belotto, Sergio Brito, Paulo Miklos - Flores – (3 vozes

iguais + cifras)

9. Caetano Veloso - Alegria Alegria –(SABt)

10. Caetano Veloso - Desde que o samba é samba – (SABt + cifras)

11. Caetano Veloso - Leãozinho – (2 vozes iguais +cifras)

12. Carlinhos Brown - Segue o Seco – (3 vozes iguais)

13. Carlinhos Brown - Segue o Seco – (SABt)

14. Carlinhos Brown, Nando Reis e Marisa Monte - Na Estrada – (voz fem e voz

masc)

15. Carlos Todeschini - Madrugada (SATB + violão)

16. Chico Amaral e Samuel Rosa - Garota Nacional – (2 vozes iguais +

percussão)
23

17. Chico Buarque - Roda Viva – (SABt + cifras)

18. Chico Buarque e Edu Lobo - A Bela e a Fera –(SATB)

19. D. Modugno - Nel blu, di pinto di blu (2 vozes iguais + piano)

20. Dado Villa-Lobos, Renato Russo e Renato Terra - Quase sem querer –(voz

fem e voz masc)

21. Daniel Faria e Hamilton Faria - Oh! – (SSATB)

22. Djavan - Luanda – (SATB + violão + cifras)

23. Edu Lobo e Chico Buarque - Choro Bandido – (SABt + Mezzo soprano solo +

cello +cifras)

24. Edu Lobo e Chico Buarque - Choro Bandido – (SABt + vocal solo + cifras)

25. Eduardo Araújo - O Bom – (TBtB)

26. Eduardo Dusek - Injuriado – (SABt)

27. F. Lay e C. Sigman - Love Story – (SATB + cifras)

28. Fábio Jr e L. Barbosa - Luz – (SATB + contralto solo + cifras)

29. Folclore da Bahia - Sereia – (SmzA)

30. Folclore de Santa Catarina - Ratoeira – (SATB)

31. Folclore de Santa Catarina - Cravo Branco na Janela – (SATB)

32. Folclore Peruano - El Río – (SATB)

33. Frei Fabreti - Salmo 22 – (SATB)

34. Geraldo Vandré - Prá Não dizer que não falei das flores – (SmzA)

35. Gérson Bientinez e Ana Sônia de Sá - Corê e Tuba – (SATB + solo)

36. Gilberto Gil - Esotérico – (SATB)

37. Gonzaguinha - O que é o que é – (SATB + cifras)

38. Guilherme Arantes - Planeta Água – (SMzBt + cifras)

39. Helena Kolody e Daniel Faria - Cantiga de Inverno – (duas vozes infantis)
24

40. Henry Mancini - O Passo do Elefantinho –, versão Ruth Blanco (coro infantil a

2 vozes)

41. John Kander e Fred Ebb - New York, New York – (SMzC + piano)

42. John Lennon - Imagine – (voz masc, voz fem + piano)

43. John Lennon e Paul McCartney - Yesterday – (SSAT + cifras)

44. Joyce - Monsieur Binot – (SMzBt + cifras)

45. Lenine e Dudu Falcão - Paciência – (voz fem e voz masc)

46. Lulu Santos - Como uma Onda no Mar – (SABt)

47. Lupscínio Rodrigues - Felicidade – (SABt)

48. Lydio Roberto e Gerson Fisbein - Flor do Asfalto – (SATB + cifras)

49. Nando Reis e Marisa Monte - Onde você mora? – (SABt)

50. Nelson Motta e Ruban - Dancin’ Days – (voz fem, voz masc + cifras)

51. Paulo Leminski - Mudança de Estação – (SATB + flauta, violão, sax e

percussão ad lib.)

52. Paulo Leminski e Carlos Careca - Isto – (SATB)

53. Paulo Leminski e Ivo Rodrigues - Não Posso Ver - (SATB)

54. Paulo Leminski e Ivo Rodrigues - Não Posso Ver - (T1 T2 Bt B + solo)

55. Paulo Leminski e Osvaldo Rios - Sem Budismo - (SATB)

56. Pe. José C. Da Silva - Santo – (SATB)

57. Pe. Marcelo - Pai Nosso – (SABt + cifras)

58. Pe. Marcelo - Pai Nosso – (SATB + cifras)

59. Pe. Zezinho - Oração da Família – (SABt + cifras)

60. Pe. Zezinho - Oração da Família –(SATB + cifras)

61. Pixinguinha - Rosa – (3 vozes masc + cifras)

62. Rita Lee e Roberto de Carvalho - Flagra – (SABt + cifras)

63. Roberto Menescal e R. Boscoli - O Barquinho –(voz fem e voz masc +cifras)
25

64. Ronald J. Magalhães - Zóio da Laguna – (SABt, + flautas a 2 vozes)

65. Sérgio Brito e Torquato Neto - Go Back –(voz fem e voz masc)

66. Sidail Oliveira e Luis Reich - Curitiba prá 2001 – (SATB + solo)

67. Tim Maia - Eu só quero amar – (SATB)

68. Tom Jobim - Águas de Março – (SABt + cifras)

69. Tom Jobim - Estrada do Sol – (SmzA)

70. Tom Jobim - Samba de Maria Luisa – (SABt)

71. Tom Jobim - Samba do Avião - (SABt + cifras)

72. Tom Jobim - Wave (SmzA + cifras)

73. Tom Jobim e Mariano Pinto - Suíte Tom Jobim: Triste, Ai quem dera, Só em

teus braços – (SATB) – “Inacabada até o fim dessa edição”

74. Tom Jobim e Vinícius de Moraes - A Felicidade - (SABt + cifras)

75. Tom Jobim e Vinícius de Moraes - Eu sei que vou te amar – (SABt + cifras)

76. Tom Jobim e Vinícius de Moraes - Garota de Ipanema - (SA + piano)

77. Tom Jobim e Vinícius de Moraes - Garota de Ipanema - (SABt + cifras)

78. Toquinho e Vinícius - Menininha – (SABt + cifras)

79. Toquinho e Vinicius - Aquarela – (2 vozes iguais +cifras)

80. Villa-Lobos - Canto do Pajé (SATB)


26

1.1.3 Catalogação por ordem cronológica de elaboração do arranjo

1988- Salmo 22 – Frei Fabreti (SATB)

1988- Santo – Pe. José C. Da Silva (SATB)

1990 Felicidade – Lupscínio Rodrigues (SABt)

1990- Injuriado – Eduardo Dusek (SABt)

1990- Peixe com Côco – Alberto Lonato, Josias e Maceió do Cavaco (SABt + cifras)

1990- Roda Viva – Chico Buarque (SABt + cifras)

1991- A Bela e a Fera – Chico Buarque e Edu Lobo (SATB)

1992- Isto – Paulo Leminski e Carlos Carega (SATB)

1992- Mudança de Estação – Paulo Leminski (SATB + flauta, violão, sax e

percussão ad lib.)

1992- Não Posso Ver - Paulo Leminski e Ivo Rodrigues (SATB)

1992- Não Posso Ver - Paulo Leminski e Ivo Rodrigues (T1 T2 Bt B + solo)

1992- Sem Budismo - Paulo Leminski e Osvaldo Rios (SATB)

1994 Oração da Família – Pe. Zezinho (SABt + cifras)

1994- Prá Não dizer que não falei das flores – Geraldo Vandré (SmzA)

1995 Garota de Ipanema - Tom Jobim e Vinícius de Moraes (SA + piano)

1996- Rosa – Pixinguinha, adaptação (3 vozes masc + cifras)


27

1997 Zóio da Laguna – Ronald J. Magalhães (SABt, + flautas a 2 vozes)

1997 Como uma Onda no Mar – Lulu Santos (SABt)

1997- Eu só quero amar – Tim Maia (SATB)

1997 Leãozinho – Caetano Veloso (2 vozes iguais +cifras)

1997- Menininha – Toquinho e Vinícius (SABt + cifras)

1997 O Barquinho – Roberto Menescal e R. Boscoli, adaptação, (voz fem e voz

masc +cifras)

1997 O Passo do Elefantinho – Henry Mancini, versão Ruth Blanco (coro infantil a 2

vozes)

1997- Samba do Arnesto – Adoniran Barbosa e Alocin (SABt + cifras)

1997- Samba do Avião - Tom Jobim - (SABt + cifras)

1998- Alegria Alegria – Caetano Veloso (SABt)

1998- Canto do Pajé – Villa-Lobos, adaptação (SATB)

1998- Choro Bandido – Edu Lobo e Chico Buarque (SABt + Mezzo soprano solo +

cello +cifras)

1998- Choro Bandido – Edu Lobo e Chico Buarque (SABt + vocal solo + cifras)

1998- Corê e Tuba – Gérson Bientinez e Ana Sônia de Sá (SATB + solo)

1998- Cravo Branco na Janela – folclore de Santa Catarina (SATB)

1998- Curitiba prá 2001 – Sidail Oliveira e Luis Reich (SATB + solo)

1998- Desde que o samba é samba – Caetano Veloso (SABt + cifras)


28

1998- Flagra – Rita Lee e Roberto de Carvalho (SABt + cifras)

1998- Flores – C. Gavin, T. Belotto, S. Brito, P. Miklos (3 vozes iguais + cifras)

1998- Garota de Ipanema - Tom Jobim e Vinícius de Moraes (SABt + cifras)

1998 Go Back – Sérgio Brito e Torquato Neto (voz fem e voz masc)

1998- Love Story – F. Lay e C. Sigman (SATB + cifras)

1998- o Bom – Eduardo Araújo (TBtB)

1998- O que é o que é – Gonzaguinha (SATB + cifras)

1998- Oh! – Daniel Faria e Hamilton Faria (SSATB)

1998 Paciência – Lenine e Dudu Falcão (voz fem e voz masc)

1998 Quase sem querer – Dado Villa-Lobos, Renato Russo e Renato Terra (voz fem

e voz masc)

1998- Ratoeira – folclore de Santa Catarina (SATB)

1998- See you later... Alligator – Bill Haley, adaptação (SABt)

1998 Segue o Seco – Carlinhos Brown (3 vozes iguais)

1999- Eu sei que vou te amar – Tom Jobim e Vinícius de Moraes (SABt + cifras)

1999- Luanda – Djavan (SATB + violão + cifras)

1999- Luz – Fábio Jr e L. Barbosa (SATB + contralto solo + cifras)

1999 Na Estrada – Carlinhos Brown, Nando Reis e Marisa Monte (voz fem e voz

masc)
29

1999- Sonífera Ilha – Branco Mello, Marcelo Frommer, Toni Belotto, Carlos Barmak e

Ciro Pessoa, adaptação (2 vozes fem, 1 voz masc)

2000 All I Ask of You – Andrew Lloyd Webber (SA + piano)

2000- Consolação – Baden Powell e Vinícius de Moraes (SATB, violão + cifras)

2000 Dancin’ Days – Nelson Motta e Ruban (voz fem, voz masc + cifras)

2000- Esotérico – Gilberto Gil (SATB)

2000- Flor do Asfalto – Lydio Roberto e Gerson Fisbein (SATB + cifras)

2000 Garota Nacional – Skank (2 vozes iguais + percussão)

2000- I Say a Little Prayer – Burt Bacharach e Hal David (voz fem, voz masc e voz

solo)

2000- Oração da Família – Pe. Zezinho (SATB + cifras)

2000- Pai Nosso – Pe. Marcelo (SABt + cifras)

2000- Pai Nosso – Pe. Marcelo (SATB + cifras)

2001- A Felicidade - Tom Jobim e Vinícius de Moraes (SABt + cifras)

2001- Estrada do Sol – Tom Jobim (SmzA)

2001- New York, New York – John Kander e Fred Ebb (SMzC + piano)

2001- Samba de Maria Luisa – Tom Jobim (SABt)

2002 Aquarela – Toquinho e Vinicius (2 vozes iguais +cifras)

2002- El Río – Folclore Peruano (SATB)


30

2002 Imagine – John Lennon, arr. Deslandes e Luciana Real (voz masc, voz fem +

piano)

2002- Wave – Tom Jobim (SmzA + cifras)

2003- Águas de Março – Tom Jobim (SABt + cifras)

2003 Cantiga de Inverno – Helena Kolody e Daniel Faria (duas vozes infantis)

2004- Onde você mora? – Nando Reis e Marisa Monte (SABt)

2004- Segue o Seco – Carlinhos Brown (SABt)

2004- Sereia – Folclore da Bahia (SmzA)

2006- Monsieur Binot – Joyce (SMzBt + cifras)

2006 Nel blu, di pinto di blu – D. Modugno (2 vozes iguais + piano)

2006- Planeta Água – Guilherme Arantes (SMzBt + cifras)

2007- Madrugada – Carlos Todeschini (SATB + violão)

2009 - Suíte Tom Jobim: Triste, Ai quem dera, Só em teus braços – Tom Jobim, Tom

Jobim e Mariano Pinto, Tom Jobim (SATB) – (conclusão prevista para 2009, pois até

o encerramento deste trabalho ainda não havia sido encerrado).

Yesterday – Lennon e McCartney (SSAT + cifras) – Não foi possível determinar o

ano de elaboração desse arranjo por faltarem evidências concretas, como

dedicatórias, programa de coral contendo o arranjo e etc.


31

1.1.4 Catalogação por número de vozes exigidas

Arranjos a duas vozes

1. All I Ask of You – Andrew Lloyd Webber (SA + piano)

2. Aquarela – Toquinho e Vinicius (2 vozes iguais +cifras)

3. Cantiga de Inverno – Helena Kolody e Daniel Faria (duas vozes infantis)

4. Dancin’ Days – Nelson Motta e Ruban (voz fem, voz masc + cifras)

5. Garota de Ipanema - Tom Jobim e Vinícius de Moraes (SA + piano)

6. Garota Nacional – Skank (2 vozes iguais + percussão)

7. Go Back – Sérgio Brito e Torquato Neto (voz fem e voz masc)

8. Imagine – John Lennon, arr. Deslandes e Luciana Real (voz masc, voz fem +

piano)

9. Leãozinho – Caetano Veloso (2 vozes iguais +cifras)

10. Na Estrada – Carlinhos Brown, Nando Reis e Marisa Monte (voz fem e voz

masc)

11. Nel blu, di pinto di blu – D. Modugno (2 vozes iguais + piano)

12. O Barquinho – Roberto Menescal e R. Boscoli, adaptação, (voz fem e voz masc

+cifras)

13. O Passo do Elefantinho – Henry Mancini, versão Ruth Blanco (coro infantil a 2

vozes)
32

14. Paciência – Lenine e Dudu Falcão (voz fem e voz masc)

15. Quase sem querer – Dado Villa-Lobos, Renato Russo e Renato Terra (voz fem

e voz masc)

Arranjos a três vozes

16. A Felicidade - Tom Jobim e Vinícius de Moraes (SABt + cifras)

17. Desde que o samba é samba – Caetano Veloso (SABt + cifras)

18. Eu sei que vou te amar – Tom Jobim e Vinícius de Moraes (SABt + cifras)

19. Garota de Ipanema - Tom Jobim e Vinícius de Moraes (SABt + cifras)

20. Roda Viva – Chico Buarque (SABt + cifras)

21. Samba do Arnesto – Adoniran Barbosa e Alocin (SABt + cifras)

22. Samba do Avião - Tom Jobim - (SABt + cifras)

23. Wave – Tom Jobim (SmzA + cifras)

24. Águas de Março – Tom Jobim (SABt + cifras)

25. Alegria Alegria – Caetano Veloso (SABt)

26. Choro Bandido – Edu Lobo e Chico Buarque (SABt + Mezzo soprano solo +

cello +cifras)

27. Como uma Onda no Mar – Lulu Santos (SABt)

28. Estrada do Sol – Tom Jobim (SmzA)

29. Felicidade – Lupscínio Rodrigues (SABt)


33

30. Flagra – Rita Lee e Roberto de Carvalho (SABt + cifras)

31. Flores – C. Gavin, T. Belotto, S. Brito, P. Miklos (3 vozes iguais + cifras)

32. I Say a Little Prayer – Burt Bacharach e Hal David (voz fem, masc e solo)

33. Injuriado – Eduardo Dusek (SABt)

34. Menininha – Toquinho e Vinícius (SABt + cifras)

35. Monsieur Binot – Joyce (SMzBt + cifras)

36. New York, New York – John Kander e Fred Ebb (SMzC + piano)

37. O Bom – Eduardo Araújo (TBtB)

38. Onde você mora? – Nando Reis e Marisa Monte (SABt)

39. Oração da Família – Pe. Zezinho (SABt + cifras)

40. Pai Nosso – Pe. Marcelo (SABt + cifras)

41. Peixe com Côco – Alberto Lonato, Josias e Maceió do Cavaco (SABt + cifras)

42. Planeta Água – Guilherme Arantes (SMzBt + cifras)

43. Prá não dizer que não falei das flores – Geraldo Vandré (SmzA)

44. Rosa – Pixinguinha, adaptação (3 vozes masc + cifras)

45. Samba de Maria Luisa – Tom Jobim (SABt)

46. See you later... Alligator – Bill Haley, adaptação (SABt)

47. Segue o Seco – Carlinhos Brown (3 vozes iguais)

48. Segue o Seco – Carlinhos Brown (SABt)


34

49. Sereia – Folclore da Bahia (SmzA)

50. Sonífera Ilha – Branco Mello, Marcelo Frommer, Toni Belotto, Carlos Barmak e

Ciro Pessoa, adaptação (2 vozes fem, 1 voz masc)

51. Zóio da Laguna – Ronald J. Magalhães (SABt, + flautas a 2 vozes)

Arranjos a quatro vozes

52. Consolação – Baden Powell e Vinícius de Moraes (SATB, violão + cifras)

53. O que é o que é – Gonzaguinha (SATB + cifras)

54. A Bela e a Fera – Chico Buarque e Edu Lobo (SATB)

55. Canto do Pajé – Villa-Lobos, adaptação (SATB)

56. Choro Bandido – Edu Lobo e Chico Buarque (SABt + vocal solo + cifras)

57. Corê e Tuba – Gérson Bientinez e Ana Sônia de Sá (SATB + solo)

58. Cravo Branco na Janela – folclore de Santa Catarina (SATB)

59. Curitiba prá 2001 – Sidail Oliveira e Luis Reich (SATB + solo)

60. El Río – Folclore Peruano (SATB)

61. Esotérico – Gilberto Gil (SATB)

62. Eu só quero amar – Tim Maia (SATB)

63. Flor do Asfalto – Lydio Roberto e Gerson Fisbein (SATB + cifras)

64. Isto – Paulo Leminski e Carlos Carega (SATB)


35

65. Love Story – F. Lay e C. Sigman (SATB + cifras)

66. Luanda – Djavan (SATB + violão + cifras)

67. Luz – Fábio Jr e L. Barbosa (SATB + contralto solo + cifras)

68. Madrugada – Carlos Todeschini (SATB + violão)

69. Mudança de Estação – Paulo Leminski (SATB + flauta, violão, sax e percussão

ad lib.)

70. Não Posso Ver - Paulo Leminski e Ivo Rodrigues (SATB)

71. Não Posso Ver - Paulo Leminski e Ivo Rodrigues (T1 T2 Bt B + solo)

72. Oração da Família – Pe. Zezinho (SATB + cifras)

73. Pai Nosso – Pe. Marcelo (SATB + cifras)

74. Ratoeira – folclore de Santa Catarina (SATB)

75. Salmo 22 – Frei Fabreti (SATB)

76. Santo – Pe. José C. Da Silva (SATB)

77. Sem Budismo - Paulo Leminski e Osvaldo Rios (SATB)

78. Suíte Tom Jobim: Triste, Ai quem dera, Só em teus braços – Tom Jobim,

Tom Jobim e Mariano Pinto, Tom Jobim (SATB) – (inacabada até a conclusão

deste trabalho)

79. Yesterday – Lennon e McCartney (SSAT + cifras)

Arranjos a cinco vozes

80. Oh! – Daniel Faria e Hamilton Faria (SSATB)


36

1.2 COMENTÁRIOS E CONCLUSÕES SOBRE OS RESULTADOS OBTIDOS

Foram elaborados três gráficos, referentes aos catálogos 1.1.2 (catálogo por

ordem alfabética de compositor), 1.1.3 (catálogo por ordem cronológica de

elaboração de arranjo) e 1.1.4 (catálogo por número de vozes exigidas). Através dos

resultados apresentados pelos gráficos, algumas características da obra de

Deslandes puderam ser observadas. Após a elaboração dos gráficos segue um

comentário nosso e um comentário do próprio Deslandes, que foi entrevistado para

comentar os resultados obtidos. O questionário utilizado nessa entrevista segue no

Anexo I desse trabalho.

No catálogo disponível em 1.1.2 – Catalogação por ordem alfabética por

compositor - após relacionar todos os compositores, foi elaborado um gráfico que

nos mostra a quantidade de arranjos feitos por compositor. O gráfico é apresentado

abaixo:

Gráfico 1: Quantidade de arranjos por compositor


37

É importante salientar que Deslandes tem por hábito colocar o nome de todos

os compositores em cada um de seus arranjos, o que facilitou a tabulação e

organização feitas nesse item. Os nomes presentes representam aqueles que

obtiveram mais de um arranjo elaborado por Deslandes. Observamos que os dois

primeiros nomes se referem a uma das maiores duplas da história da música popular

brasileira, Tom Jobim e Vinícius de Moraes, os nomes mais importantes da bossa-

nova, sem dúvida. Dentre os seguintes, encontramos mais quatro nomes que

também advêm da música popular brasileira: Caetano Veloso, Chico Buarque, Edu

Lobo e Toquinho. Juntos esses nomes representam uma porcentagem expressiva

(60%), confirmando que a maior parte dos arranjos de Deslandes são voltados a

música brasileira.

Em terceiro lugar encontramos um nome não muito comum no cenário

musical, mas sim ao cenário literário paranaense: Paulo Leminski. Leminski foi um

importante escritor e poeta paranaense, considerado por muitos como sendo da

“vanguarda”, e que também desenvolveu atividades como músico e letrista. Compôs

obras em parceria com Caetano Veloso e o grupo “A Cor do Som” entre 1970 e

1989, atuando em parceria também com músicos paranaenses, como Osvaldo Rios

e Ivo Rodrigues (este último vocalista da banda curitibana Blindagem).

Os três nomes restantes representam o cenário do pop-rock: John Lennon,

Sérgio Brito e Toni Belotto. John Lennon, grande nome da música internacional, vem

influenciando diversas gerações de músicos desde o início do grupo The Beatles e

com certeza seu nome não apareceu por acaso, já que provavelmente Deslandes

possa ter recebido influência do grupo britânico – duas composições de Lennon

aparecem no nosso gráfico. A dupla Sérgio Brito e Toni Belotto representa o cenário

do rock nacional, já que fazem parte da banda Titãs, umas das mais antigas bandas
38

ainda ativas no Brasil, que também vêm influenciando diversas gerações. Uma

questão que parece pertinente nesse momento é: estaria esse resultado

demonstrando um reflexo do seu gosto pessoal?

Dadas algumas explicações sobre o gráfico, resta saber o verdadeiro motivo

pelo qual esses foram os nomes mais presentes dentre os arranjos listados. Essa

questão foi repassada a Deslandes, que respondeu:

Eu montei um coral num determinado colégio particular, onde participavam


praticamente só adolescentes. No começo eu não sabia que repertório
utilizar, dada as dificuldades de se lidar com essa faixa etária. Foi então
que, para a minha surpresa, eles mesmo (os adolescentes) me pediam para
cantarmos músicas de Chico Buarque, Tom Jobim, Vinícius de Moraes.
Confesso que eu não entendi como eles poderiam gostar desse tipo de
música – que geralmente não é o tipo de música preferida pelos
adolescentes. Foi quando eu perguntei para alguns deles que então eu
descobri que esse era o tipo de música preferido pelos seus pais. Claro,
numa escola particular, os pais têm uma melhor instrução e acabam tendo
4
um gosto mais refinado, o que acabou sendo repassado aos filhos.

Referente ao foto de Paulo Leminski aparecer entre os nomes mais presentes

nos arranjos, foi descoberto (através dos materiais de divulgação encontrados na

biblioteca pessoal de Deslandes) que anualmente ocorre em Curitiba um evento

promovido pela Fundação Cultural de Curitiba, o Perhappiness (expressão que

mistura as palavras ‘talvez’ + felicidade’ em inglês, tendo sido criada pelo próprio

Leminski), que foi criado com a intenção de homenagear este que foi um dos

maiores artistas paranaenses. Deslandes participou do evento em 1992, tendo

escrito cinco arranjos especialmente para a ocasião e em virtude disso, o nome de

Leminski está presente no gráfico como um dos destaques na obra de Deslandes.

No nosso gráfico constam apenas quatro arranjos porque um deles estava

duplicado, mudando apenas a formação de três, para quatro vozes e para título de

contabilização, mantivemos apenas quatro arranjos.

4
Entrevista concedida em 31 de janeiro de 2009, p.1.
39

Quando questionado a respeito dos nomes de Lennon e dos Titãs, Deslandes

comenta:

Certa vez aprendi com uma regente de coro, que coral não precisa cantar
apenas músicas antigas, aquelas “coisas de velho” [destaque meu]. Eu
também sempre fui contra essa idéia. E para mostrar como pode ser
bacana participar de um coral, percebi que ela fazia seu coro cantar
arranjos de músicas que as pessoas ouviam no rádio, as que estavam na
moda. Passei a adotar essa filosofia em meus corais, e por isso acho que
nomes do cenário do pop-rock nacional e internacional estão presentes nos
5
meus arranjos.

Passamos agora para os comentários a respeito do item 1.1.3 - Catalogação

por ordem cronológica de elaboração do arranjo, que nos trará as quantidades

produzidas por ano. Nesse item as peças foram classificadas por ano de elaboração

do arranjo, exemplificado no gráfico:

5
Idem, p.1.
40

Gráfico 2: Quantidade de arranjos por ano

Nota-se que a produção mais relevante se encontra entre os anos de 1997 e

2000, que concentra 53,75% de todo o acervo levantado. Essa demanda pode ser

justificada em função de um novo coral que Deslandes possa ter assumido em tal

período, ou ainda, algum outro evento que exigisse um trabalho extra. A respeito

desse resultado Deslandes comenta:

O ano de 1997 foi um ano em que eu ainda trabalhava com o coral de


adolescentes da escola particular e isso me exigiu a elaboração de vários
arranjos. Ainda nesse ano (e também nos anos seguintes), aconteceram
fatos importantes para minha carreira musical. A primeira delas é o recital
temático que o Coral de Curitiba promoveu nessa época. Além de integrante
eu já estava começando a escrever arranjos e todos os arranjos desse
recital temático foram escritos por mim, especialmente para o evento. Em
segundo lugar, nessa época foi fundada a Associação Corolírio, que foi um
coral muito ativo em Curitiba, em várias cidades do Paraná e também fora
6
do estado, demandando muitos arranjos.

Outra informação extraída do gráfico é a produção praticamente inexistente

nos anos de 2007 e 2008 (apenas um arranjo), que acordo com a explicação de

Delandes7, é justificada por ser esse o período em que Deslandes esteve cursando

seu mestrado.

Referente agora ao item 1.1.4, catalogação por número de vozes exigidas, foi

elaborado o seguinte gráfico:

6
Ibidem, p.1.
7
Ibidem, p. 2
41

Gráfico 3: Quantidade de arranjos por número de vozes exigidas

A quantidade expressiva de arranjos a três vozes é explicada através de um

fato já mencionado: o coral dos adolescentes formado na escola particular que

Deslandes trabalhou por alguns anos. A formação tradicional a quatro vozes SATB é

difícil de ser aplicada a um coro de adolescentes. Isso acontece por uma razão

óbvia, que é na adolescência que ocorre a mudança de voz principalmente nas

vozes masculinas, que estão deixando a região de soprano e contralto e passando

para a região mais grave. Por estarem numa fase de mudança, os rapazes ainda

não cantam confortavelmente na região de baixo. Segundo Deslandes, quase não

existia baixos, o que explica o porquê da elaboração dessa quantidade de arranjos

utilizando a formação de três vozes.


42

2. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Neste trabalho partimos do princípio que a catalogação de arranjos para coral

é um importante contribuidor na popularização de obras e na divulgação do trabalho

de compositores e arranjadores. A escolha da produção do arranjador Sérgio

Deslandes – que possui um trabalho extenso e de relevante valor para a formação

de repertório coral no Brasil - foi o ponto de partida para uma primeira catalogação

das obras deste arranjador. O objetivo desse trabalho não é esgotar as

possibilidades de catalogação de suas obras, deixando os catálogos disponíveis

aqui livres para complementação em trabalhos futuros. Além disso, buscamos

contribuir diretamente para o trabalho da catalogação em si, ao oferecer também

como resultado deste trabalho uma relação dos arranjos produzidos por Deslandes

para canto coral já catalogadas para acervo. Dentro das formas utilizadas para

catalogação, a partir da primeira, que foi a catalogação por número de vozes,

descobri como seria difícil extrair dados ou conclusões tendo em mãos apenas um

catálogo. Com ajuda do referencial, foi possível se chegar às demais formas de

catalogação, que permitiram entender algumas características da obra de

Deslandes.

Contudo, não podemos simplesmente mencionar resultados partindo somente

das análises estatísticas dos gráficos traçados. É necessário também trazer à

discussão o que, no trajeto deste trabalho, foi encontrado como dado nos acervos e

material utilizado, nas conversas com o arranjador, no referencial encontrado, nas


43

dúvidas e surpresas que este percurso trouxe a partir do meu interesse em iniciar

essa proposta de catalogação.

Foi na biblioteca da pós-graduação da Escola de Música e Belas Artes do

Paraná que começamos a pesquisar e analisar os catálogos existentes,

constatando-se que uma parte deles apresentava estrutura simples, não

demonstrando uma organização que objetivasse um resultado prático específico.

Poucos chamaram a atenção, como por exemplo, o catálogo em dois volumes de

obras do Padre Penalva, feita pela Prof.ª Elisabeth Prosser, ou o catálogo das obras

de violão, feito pelo professor Mario da Silva, pois estes além de apresentarem uma

estrutura melhor organizada, também disponibilizam informações sobre as peças do

catálogo, como gravações em CD e análises de suas estruturas. No catálogo do

Prof. Mario encontramos a referência para o livro de Saloméa Gandelman “36

Compositores Brasileiros: Obras para Piano (1950-1988)”. A catálogo proposto por

Gandelman, mesmo sendo voltado a peças para piano, foi fundamental para a

elaboração do meu trabalho, vista que dele foi possível a extração de idéias,

posteriormente aplicadas à primeira lista de arranjos (ordenada por número de vozes

) e que já representou uma primeira sugestão de catálogo. Entretanto, manter esse

catálogo isolado me pareceu um pouco vago, sendo esse um dos motivos aos quais

decidi buscar outras maneiras de organizar esse mesmo material (além dessa

organização por vozes), o que acabou me levando a outras formas de catalogação,

que posteriormente permitiram entender melhor a vida e obra de Deslandes.

Dos quatro catálogos apresentados, três deles mostram dados interessantes

sobre a vida musical desse arranjador. O catálogo por ordem alfabética do título da

obra apresenta a obra completa e a quantidade de 80 arranjos com os quais

trabalhamos, além de tornar simples a pesquisa quando se procura por uma obra
44

determinada. Na catalogação por ordem alfabética por compositor, o resultado nos

levou a reflexão do porquê da quantidade expressiva de bossa-nova presente entre

seus arranjos. Ficou demonstrado como sua produção foi influenciada pelo gosto

dos alunos do seu coral de adolescentes. Essa forma de catálogo permite acesso

fácil a escolha das obras e se conhecer qual o material disponível por compositor –

de maneira similar a encontrada no catálogo de Gandelman.

Analisando o catálogo por ordem cronológica de elaboração do arranjo, pude

verificar um pico na produção de arranjos entre os anos (1997-2000), concentrando

praticamente metade de sua produção. Mais uma vez fica comprovado como fatores

externos vêm influenciando na quantidade de produção de um

compositor/arranjador, como já acontecia na época de J.S. Bach. Já em relação ao

catálogo por número de vozes exigidas, foi possível a confirmação de uma produção

acentuada de arranjos a três vozes, que é o tipo de arranjo preferencialmente

utilizado em corais de adolescentes, que como foi visto, carecem da voz masculina

mais grave – fato explicado em virtude da transformação da voz masculina, que

ocorre exatamente nessa faixa etária. Essa é uma catalogação importante do ponto

de vista específico do canto coral, pois a quantidade de vozes do seu coro é que vai

determinar quais arranjos poderão ser utilizados, podendo esse ser o ponto de

partida para pesquisas por parte de regentes e cantores. Como vimos, foi possível

visualizar através dos gráficos alguns dados que contribuíram para melhor explicar a

produção musical de Deslandes.

Concluindo, é preciso mencionar o tamanho e a importância que artigo de

Paulo Aragão, Considerações sobre o conceito de arranjo na música popular, teve

na elaboração deste trabalho. Como visto, seu artigo esclarece as questões

referentes às diferenças entre os arranjos oriundos do mundo clássico e do mundo


45

popular. De fato, a relevância desse artigo se encontra na razão de este justificar e

esclarecer algumas questões levantadas antes da produção desse trabalho. A

primeira delas seria como justificar a criação de um catálogo de arranjos, já que de

todos os catálogos consultados no referencial teórico, nenhum se disponha a

organização de arranjos. Outra questão: seria relevante a criação de um catálogo

inédito (ao menos na biblioteca da Escola de Música)? Outra questão ainda seria

como justificar a criação de um catálogo de músicas populares (como vimos,

Deslandes mostrou ser voltado quase que exclusivamente a esta música) já que

novamente, todo o referencial encontrado estava voltado para música clássica?

Tendo essas questões em mãos, foi então que utilizei da idéia proposta por Aragão,

(que foi mostrar a importância da existência de arranjo na música popular) para

comprovar que um catálogo de arranjos funcionaria tanto na divulgação da música

popular (para coral, neste caso), como na divulgação do trabalho de Deslandes, que

em face dos resultados obtidos neste trabalho, comprovam que ele parece ser um

dos grandes nomes da música coral paranaense.


46

3. REFERÊNCIAS

ARAGAO, Paulo. Considerações sobre o conceito de arranjo na música popular. In


Cadernos do Colóquio. Rio de Janeiro: CLA/UNIRIO, 2001.

BIZARRO, Roberto. Catálogo das obras brasileiras para trombone do século XX.
2000. Monografia (Especialização em Música). Escola de Música e Belas Artes do
Paraná.

BOYD, Malcolm. Arrangement. In: The New Grove Dictionary of Music and
Musicians. Editado por Stanley Sadie. 2a Edição. New York: Oxford University
Press, 2001.

BROOK, Barry. Thematic Catalogue. In: The New Grove Dictionary of Music and
Musicians. Editado por Stanley Sadie. 2a Edição. New York: Oxford University
Press, 2001

CAPISTRANO, Rodrigo. O repertório brasileiro para saxofone na música de


câmara. 1998. Monografia (Especialização em Música). Escola de Música e Belas
Artes do Paraná.

CARNEIRO, Mauricio. A música de câmara brasileira. 1998. Monografia


(Especialização em Música). Escola de Música e Belas Artes do Paraná.

DESLANDES, Sérgio. Arranjos Vocais, Volume 2: Sambas. Curitiba: edição do


autor, 2008.

FELIPE, Graziela e MEDEIROS, Silvana. Catálogo comentado das obras para


canto e piano de Camargo Guarnieri (1928 e 1936). 1999. Monografia
(Especialização em Música). Escola de Música e Belas Artes do Paraná.

GANDELMAN, Saloméa. 36 Compositores Brasileiros: Obras para Piano (1950-


1988). Rio de Janeiro: Relume Dumara, 1998.

MANTELLI, Ricardo. Jaime Zenamon: catálogo temático – violão solo (1977-


1998). 2001. Monografia (Especialização em Música). Escola de Música e Belas
Artes do Paraná.

PROSSER, Elisabeth. A obra de José Penalva – catálogo comentado – Vol I.


1995. Monografia (Especialização em Música). Escola de Música e Belas Artes do
Paraná.

Referências eletrônicas:

Biografia de Paulo Leminski, disponível em:


http://pt.wikipedia.org/wiki/Paulo_Leminski - acesso realizado em março/2009.
47

Currículo do Sistema de Currículos Lattes (Sérgio Deslandes), disponível em:


http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4757247D5 – acesso
realizado em março/2009.

Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira, disponível em:


http://www.dicionariompb.com.br/detalhe.asp?nome=S%E9rgio+Deslandes&tabela=
T_FORM_A&qdetalhe=art - acesso realizado em fevereiro/2009.

Informações sobre o Festival Perhappiness Edição 2005, disponível em:


http://perhappiness.multiply.com/ - acesso realizado em março/2009.

Referência de entrevista:

DESLANDES, Sérgio. Comentários sobre os gráficos elaborados sobre os catálogos


de sua obra. Curitiba: Residência particular, Piraquara, 31 jan. 2009. Entrevista
concedida a Karl Rogers Müller.
48

ANEXO I

Entrevista concedida por Sérgio Deslandes, realizada em 31 de janeiro de 2009


- questionário utilizado:

1) Por que você acha que muitos dos seus arranjos foram de músicas da dupla
Tom Jobim e Vinicius de Moraes?

2) Como você explica a presença de arranjos de músicas do cenário pop-rock


nacional e internacional, nomes como Lennon e Titãs?

3) Qual é o motivo que você acredita ter levado sua produção a um pico nos
ente 1997 e 2000?

4) Como você justifica a produção quase que inexistente entre os anos de 2007
e 2008?

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