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Áudio: X (20 min)
[00:00:00]
[Entrevistador] só resumindo a minha ideia. Há o acesso. Vem pra
— Então, ai…
universidade. Chega aqui, a única ação de acolhimento oficial que, tantos alunos me falaram,
quantos os professores, quantos os técnicos administrativos me disseram. É uma reunião que
acontece - Não sei - no começo do semestre ou do ano, que dá umas orientações gerais com
uma aposti… um folheto pra eles. Mas assim, é a única ação de acesso, de acolhimento que
ai eu vejo que eu recebo da Unicamp, né? Aqueles convites assim: quem quer
tem, né? E
hospedar um estudante internacional que está chegando. Que eu vou dizer que isso aí é um
as acompanhamento, acompanhamento
tipo de acolhimento, essa ação assim, né? M
acadêmico, de documentação, sociopsicológico é… enfim, tudo quanto é tipo de
acompanhamento não existe. E sem falar da questão da língua, né? Eu nem tô entrando no
mérito da língua, né? E aí, eu me deparei com vocês, por quê que eu quis entrar em contato?
Eu achei muito interessante o trabalho que vocês fazem, mas ao mesmo tempo me deixou
chocado, porque quem tinha fazer esse trabalho é a universidade, né? E eu percebo que vocês
fazem isso por iniciativa própria, por camaradagem pra… assim… tem toda essa questão do
intercâmbio, das trocas, das novas amizades, mas isso não é institucionalizado, hum? Não sei
se foi essa impressão que eu tive, se a impressão que eu tive foi essa, se tá equivocada. Por
isso que eu gostaria de assim… abusando do tempo de vocês, escutar um pouquinho de vocês,
entendeu? Qual a participação da universidade, né? Se a universidade… que tipo de apoio que
a universidade dá para o trabalho que vocês fazem, que vocês não tem obrigação nenhuma de
fazer, né?
[Débora] — O grupo estudantil surgiu em 2015, numa conversa meio informal de um pessoal
que tinha ido fazer intercâmbio. Brasileiro que tinham ido para outras universidade,
principalmente ali na europa. E eles viram que lá tinha, muito forte, o movimento da Erasmos.
Os estudantes das universidade tinham uma rede de apoio muito grande e eles queriam fazer
algo parecido na Unicamp. Naquela época, o escritório internacional tentava fazer o
acolhimento desses estudantes internacionais. Só que na Unicamp a gente tem um grande
problema que setores diferentes da universidade não se conversam. Então, às vezes vários
setores da universidade estão fazendo a mesma coisa, mas ninguém se alinha para se univer
pelo mesmo objetivo
[Entrevistador] — Certo.
[Débora] — Daí, em 2015, a gente foi criado e a gente, principalmente, como um jeito de
fazer mais a parte de integração, da galera fazer amigos, de acolher alguns intercambistas em
repúblicas, de… enfim, fazer essa parte de aluno para aluno
[Entrevistador] — Tá.
[Débora] — Só que, conforme os semestres foram passando, a gente criou uma parceria
institucional com a universidade. Então a gente c onversou com o Reitor, a gente apresentou
para quase todas as esferas da universidade. A gente apresentou pra secretaria de graduação,
pra secretaria de pós-graduação e a gente tá ajudando também, agora, na calourada unificada.
[00:05:00]
[Débora] — Atualmente, um grande apoio do escritório internacional. A gente olha junto
com a universidade como a gente vai receber o s intercambistas. Só que a gente tá, ainda
tentando, entrar no universo dos alunos regulares, porque na unicamp existem vários tipos de
alunos internacionais, né? Alunos que vem para intercâmbio e vem pra ficar um semestre ou
dois semestres. Daí vem os alunos regulares, que vão fazer a graduação inteira no brasil. Daí
tem os alunos da pós-graduação que vão fazer a pós-graduação inteira no Brasil. E tem o
pessoal que vai vim fazer só estágio de algumas semanas. Então são vários tipos de alunos
internacionais que entram na universidade por diferentes formas.
[Entrevistador] — Certo.
[Débora] — Os intercambistas, eles entram pela DERI, que é o escritório internacional, que
eles vem por convênios entre as universidades
[Entrevistador] — Certo.
[Débora] — Daí tem os alunos regulares que… os alunos da graduação tem um programa
chamado PEC-G, né? (...)
[Entrevistador] — Isso.
[Débora] — (...) acho que são das universidades da américa latina, se eu não me engano (...)
[Entrevistador] — Aham.
[Débora] — (...) e alguns vem de forma independente, eles fazem toda a aplicação sozinhos e
não vem por nenhum convênio. Só que esses alunos que vem sem nenhum convênio e vem
para ser alunos regulares, eles vêm pela diretoria acadêmica. Então, é um outro processo e,
nesse processo, eles acabam ficando meio abandonados, porque não tinha nenhum grupo
específico para acolher eles
[Entrevistador] — Tá.
[Débora] — Entra a uninter em si que foi uma iniciativa dos alunos brasileiros. A gente t em
alunos internacionais na equipe também. E que agora a gente meio que tá u nindo todos esses
setores da universidade que tavam acolhendo tipos de alunos diferentes, pra gente tentar fazer
uma recepção única e tentar… Ah! E tem outro tipo de aluno também que são os alunos
refugiados. Atualmente, a Unicamp tem 8 alunos refugiados, e agora, em 2019, vão chegar -
eu acho - mais 2. Então é um outro tipo de aluno internacional, que é um outro setor da
universidade que acolhe eles. Então, tipo, são muitas esferas que não estavam se conversando
elhorar ainda. Eu
e que, em 2018, começaram a se conversar, mas que tem muita coisa pra m
acho que os alunos internacionais que mais são “abandonados” - assim “entre aspas” - é a
galera da pós-graduação e a galera regular da graduação, porque eles chegam meio que
sozinhos, eles não passam pelo escritório internacional, né? Então (...)
[Entrevistador] — Tá.
[Débora] — [Fala, mas não consigo entender].
[Entrevistador] — Aham. E essas aglutinação… vocÊs foram percebendo que vários setores
tinham suas... suas ações pontuais e não se conversavam, né? E ai, vocÊs começaram a
pereber isso a partir da demanda dos alunos e começaram a tomar a iniciativa e chamar a
universiade, olha: “vamos começar a nos organizar aí!”. É isso?
[Débora] — Sim, é isso. A gente começou a ter contato com os alunos internacionais através
dos alunos de intercâmbio, que era a galera que vinha ficar só seis meses ou um ano,
dependendo do convênio.
[Entrevistador] — Tá.
[Débora] — Só que acaba que, querendo ou não, como a gente tem uma comunidade
internacional muito grande em Campinas, acaba que a galera vai se conhecendo e alunos que
não era intercambistas acabavam chegando nos nossos eventos e eles falavam quais eram as
necessidades que eles viam pro tipo de aluno internacional que ele era. Daí, conforme a gente
ia ouvindo as demandas e conhecendo também elas - porque muitos grupos a gente nem
conhecida, nem sabia da existência de determinado tipos de alunos internacionais dentro da
universidade. Então, conforme eles iam falando pra gente, a gente ia se adaptando e pensando
em ações pra ajudar. E, recentemente, a diretoria do escritório [áudio mudo 8:59 - 9:01] Ele é
um professor que é chileno, mas o nome é argentino e agora dá aula na Unicamp. Ter um
diretor do escritório internacional que também é internacional ajudou a unicamp entender que
ela precisa melhorar essas conversas com os alunos internacionais, assim (…)
[Entrevistador] — Entendi.
[Débora] — (…) E agora, em 2019 - quer dizer - de 2018 para 2019, tá tendo outro
odernizando e melhorando o
movimento aqui na universidade que ela tá meio que m
acolhimento, inclusive para os alunos nacionais. Então, agora em 2019, vai ter uma grande
recepção unificada da universidade inteira e vai ter um evento muito grande. A gente teve
agora o vestibular indígena, então a Unicamp tá vendo que ela precisa integrar melhor e
receber melhor todos os seus tipos de alunos. Eu acho que agora, em 2019, as coisas vão ser
diferentes
[00:10:00]
[Arisa] — Tanto que nas reuniões que a gente participou da calourada eles chamam vários
órgãos da entid… da universidade pra gente p oder compor: Uninter, trote da cidadania, vários
institutos pra gente poder compor essa recepção mais integrada pros alunos que vão chegar.
[Entrevistador] — Legal..
[Arisa] — E foi criado um… uma comissão pra integrar os próprios indígenas que virão pelo
vestibular indígena.
[Entrevistador] — Tá.
[Arisa] — Então, a Unicamp ta começando a pensar nessa integração de forma mais…
[Entrevistador] — Mas esse, esse… — Hein Arisa. Esse “começando a pensar” ele tá
“começando a pensar” a partir da demanda dos alunos. Os alunos que tão começando a se
movimentar. se organizar e falar: Olha, vamos começar a fazer alguma coisa. A universidade
mesmo não pensou uma política para isso antes?
[Arisa] — Exato. Exatamente.
[Entrevistador] — Tá.
[Débora] — É que eu acho que é uma coisa meio… é meio que u m círculo de ações. Assim,
não tem exatamente quem começou primeiro e quem tá p egando essa demanda. Tipo, já
existia funcionários dentro da universidade que tavam muito preocupado em acolher esses
alunos. Só que as pessoas estavam meio perdidas, não sabiam direito o que tinham que fazer,
não sabiam por onde começar e acabou que diferentes grupos tavam pensando em ações e,
agora, esses diferentes grupos estão conversando e as ações estão sendo mais coesas (...)
[Entrevistador] — Uhum.
[Débora] — (... ) e unificadas. Não é que a universidade , antes, não fazia nada. É que antes,
talvez, não tivessem grupos de pessoas - “entre aspas” - que “soubessem” o que estavam
fazendo e pensando em ações objetivas, porque… Por exemplo, os funcionários do escritório
internacional, alguns… enfim, nem deviam estar lá, mas outros eles estão muito empenhados
no que eles estão fazendo , eles gostam muito. Então, há anos eles estão pensando coisas pra
fazer , só que muitas vezes eles não tinham perna pra chegar em alguns… Porque, querendo
ou não, tem uma barreira institucional em até que ponto a universidade pode fazer alguma
coisa pelo aluno e uma barreira de geração, são gerações muito diferentes. Tipo, o s
funcionários da unicamp, querendo ou não, são de uma geração não tão conectada assim e não
entende tanto a linguagem das pessoas mais jovens assim. Então, tinha uma barreira de
comunicação, uma barreira de geração e uma barreira tipo: quero ajudar, mas não sei muito
bem pra onde eu estou indo. Então foi meio que, não foi exatamente uma demanda só dos
alunos. A universidade também estava querendo fazer algo, daí meio que houve um encontro
desses grupos e agora a coisa tá fluindo assim.
[Entrevistador] — Tá.
[Débora] — Mas (…)
[Entrevistador] — Hein Débora, nós estamos falando… você está falando o tempo todo de…
é… - como fala? - de acolhimento, acolhimento, acolhimento, né? Mas, na verdade, o que
você chama de acolhimento acaba virando um processo de acompanhar esses alunos ao longo
da estadia deles aqui, não é isso?
[Arisa] — Exato.
[Débora] — Sim, sim.
[Entrevistador] — Vocês acompanham - porque eu olhei no site d e vocês. Vocês
acompanham várias demandas, né? Com… desde as questões pessoais, familiares, até
burocráticas, enfim uma série de outras ações vocês tem para que esse aluno seja assistido no
período que está aqui.
[Raiça] — Sim.
[Arisa] — No começo, quando eles chegam, a gente f az um acompanhamento com a DERI. E
assim, a DERI passa algumas informações, né? Como questões burocráticas e aí a gente tem
um [áudio danificado em 14:14] com eles pra poderem fazer essas coisas que eu falei, como:
arca um horário com todos os intercambistas e aí cada um via
Polícia Federal. Então a gente m
num momento lá na… que é ali no… PB, no ciclo básico ali
[Entrevistador] — Uhum. Tá.
[Arisa] — E [áudio danificado em 14:31 até 15:00. Volta em 15:36].
[00:15:36]
[Arisa] — (...) Aí durante o semestre a gente t enta, dentro da Uninter mesmo, se organizar pra
poder fazer alguns eventos pra e les, no mínimo uns três eventos durante o mês. E, contando
que são seis meses, cinco meses, têm vários eventos enquanto eles estão aqui. E aí, porque
uma das coisa que eu senti também quando eu fui fazer intercâmbio, é que essas questões de
recepção elas são concentradas muito no início e pra gente p oder aglobar, inteirar todo
mundo, a gente tenta fazer é… eventos durante o semestre inteiro
[Entrevistador] — Pra irem acompanhando, né? Pra irem acompanhando esse… aham.
[Arisa] — Exatamente.
[Entrevistador] — Tá.
[Arisa] — E, com base, quais os eventos que a gente p rioriza? A gente faz um questionário
quando eles chegam - de perfil. Pra p oder prever o que eles gostam e poder também entrar
mais nessa questão, porque cada grupo de intercâmbio que chega a cada semestre é diferente.
Então, a gente tenta aglobar os eventos que eles mais se interessam, assim… pra p oder
esmo
chamar eles pra gente m
[Entrevistador] — Tá. Então, nós poderíamos dizer, pelo que eu tô e ntendendo, que as ações
de vocês estão assim, por força da circunstância, mais voltada para os intercambistas que são
mais temporários do que pro aluno regular da graduação e da pós-graduação. Vocês têm
pouco acesso à eles ou menos acesso à eles.
[Arisa] — Isso.
[Entrevistador] — Tá.
[Débora] — Então, a gente não tinha ainda os contatos com eles, que eles não passam pelo
DERI, né?
[Entrevistador] — Entendi.
[Arisa] — Geralmente, quando a gente recebe os e-mails - a DERI passa todos os e-mails
dos intercambistas, a DERI e a DAC. Né Debs?
[Entrevistador] — Uhum.
[Débora] — Então, é que o pessoal que vem fazer intercâmbio parece que eles estão muito
mais abertos para esses eventos de integração do que os alunos regulares, porque,
principalmente a galera da pós-graduação, a gente vê que eles estão numa outra fase de vida e
que é muito diferente da galera que vem fazer intercâmbio.
[Entrevistador] — Tá.
uito mais interessada em sair, ir pra
[Débora] — A galera que quer fazer intercâmbio tá m
festa, então a gente c onsegue fazer muito mais coisas com eles , porque eles nessa coisa tipo:
“caraca, preciso sair, preciso conhecer a cultura do Brasil”.
[Arisa] — E só tem seis meses pra i sso.
[Débora] — A gente consegue atingir alguns alunos da pós-graduação, porque a gente
também não faz só evento de festa e de integração, a gente tem o café cultural, por exemplo,
que todo mês um país fala sobre a sua cultura sobre a sua culinário, sobre a sua política. então
muitos alunos da pós-graduação comparecem nesses eventos. Só que, querendo ou não, é um
galera mais velha, é um outro ritmo de vida. Eles passam muito mais tempo dentro da
universidade fazendo essas pesquisa, então a gente ainda não conseguiu - sei lá - achar uma
linguagem tão específica pra se integrar com eles.
[Entrevistador] — Tá.
[Débora] — Mas a gente sempre tá muito aberto pra conversar com eles pras dúvidas, só que
eles, normalmente, só precisam mais da gente q uando eles chegam, né? Depois de algumas
semanas ou alguns meses eles já se ajeitam e já criam a sua própria rotina.
[Entrevistador] — Tá. Entendi.
[Débora] — E a gente também tem um programa de tutoria, que a gente uni um aluno
brasileiro e um aluno internacional - daí, ele pode ser intercambista, pode ser um aluno
regular que tá c hegando agora, tanto faz - a gente u ni um aluno brasileiro com um aluno
internacional, de preferência do mesmo instituto, pra tentar ajudar esse aluno ao longo da sua
experiência no Brasil, então vai ser alguém que vai ser meio que um padrinho, uma madrinha,
que vai ajudar e tirar dúvidas, ensinar as coisas da universidades, como usar as bibliotecas,
lunos
restaurante universitário. Na verdade, tem o tutor que é estrangeiro também, né? A
regulares mais velhos ajudam os mais novos. E… não sei, a galera intercambista comparece
mais nos eventos, mas a galera da pós-graduação… os nossos eventos são abertos para eles
também, só que eu acho que é, talvez, uma outra vibe. Eles se juntam num rolê muito deles
assim…
[Entrevistador] — Tendi.
[Débora] — A gente ainda não conseguiu… a gente ainda n ão conseguiu chegar numa mesma
língua ainda eu acho, porque, não sei, você como alguém do doutorado, né?
[00:20:00]
[Entrevistador] — Isso.
[Débora] — Então, a gente perceber que tem muita diferença quando você tá numa
graduação, quando você faz intercâmbio, de quando você é mais velho.
[Entrevistador] — Sim. É mais solitário, né? Mestrado e doutorado é mais solitário o trabalho,
né?
[Débora] — Mas a gente tem muito contato com uma galera, mas depende muito do estilo
pessoal da pessoa, né? Mas a g ente tenta ao longo do semestre inteiro assim…
[Entrevistador] — Uhum.
[Arisa] — O Uninter é aberto pra todos. É claro que nem todos ainda conhecem, porque a
instituição é muito nova , né? A gente tá e ntrando em espaços agora, por exemplo: a reitoria,
as CCGs. A gente c omeçou a entrar nesses meios agora, em 2018. Então, acho que daqui em
diante…
[Fim da parte 1]
[Parte 2: 00:00:00]
[Débora] — O levantamento pra universidade, que eles não fazem, é um acompanhamento
específico, psicológico e, às vezes, acadêmico com os alunos. A gente fala mais do aluno de
intercâmbio, porque dentro da Unicamp a gente tem o setor de atendimento psiquiátrico e
psicológico - O SAPPE.
[Entrevistador] — Uhum.
[Débora] — O aluno regular consegue atendimento no SAPPE, só que às vezes demora
algumas semanas ou alguns meses, dependendo da época que você procura o SAPPE, pra
você conseguir um atendimento. Só que, por exemplo, alunos vão ficar um curto período
dentro da universidade eles não tem tanto tempo pra esperar, às vezes, um atendimento
psicológico ou acadêmico. E a universidade peca muito nisso, porque ela não sabe lidar com
umas questões importantes. Na questão do choque cultural e de precisar conversar com
alguém sobre isso, alguém profissional que não seja um aluno. Ou quando ele começa a sentir
dificuldade na parte acadêmica, formas de dar aula diferente. Então, essa é uma coisa que a
universidade ainda não tá tão preparada assim pra dar amparo pra e sses alunos. Que é uma
coisa que a gente tá l evantando a demanda e que a universidade está pensando mesmo como
via fazer isso, mas é porque o setor que cuida dessa atendimento acadêmico e psicológico é
independente do setor internacional da universidade (...)
[Arisa] — Exato.
[Débora] — (...) então é aquela coisa que eu falei….
[Entrevistador] — Ele cuida tanto para os brasileiros quanto para os internacionais?
[Débora] — Então, em teoria, o setor psicológico atende esses alunos internacionais, só que se
o aluno internacional é aluno regular - ou seja, ele vai fazer a graduação inteira no Brasil - é
tranquilo pra e le usar o sistema, porque ele tem mais tempo pra esperar as semanas de espera
pra a gendar o atendimento
[Entrevistador] — Tá.
[Débora] — Agora, se é um aluno que vai ficar só um semestre, ele não consegue esperar dois
meses, porque dali a pouco ele já vai embora, entendeu?
[Entrevistador] — Tendi.
[Débora] — Então precisaria ser um atendimento… um pronto atendimento de só um
semestre, por exemplo. Que são os alunos que, às vezes, mais precisam de ajuda
[Entrevistador] — Tendi.
[Débora] — Só que esse setor de atendimento psicológico e acadêmico ele não tá… ele não
conversa diretamente com o setor do escritório internacional. Então, setore diferentes da
universidade ainda não se conversaram direito pra p ensar em ações específicas, tipo… ainda
mais pra u ma universidade que pensa na internacionalização.
[Entrevistador] — Tendi.
[Débora] — Enfim, foi só um exemplo.
[Entrevistador] — Uhum. É, quer dizer, o acesso funciona muito bem, mas acolher e
acompanhar falta ainda, né?
[Débora] — Sim. Acho que, da parte da saúde, dentro da Unicamp a gente tem o hospital, né/
E a gente tem o setor que se chama CECOM que ele atende a comunidade acadêmica com
médicos, então são: alunos, professor ou funcionário que precise de um pronto atendimento
médico, um clínico geral, marcar alguma especialidade ele consegue dentro da universidade.
Esses alunos internacionais podem usar esse atendimento médico e é uma coisa bem bacana e
a universidade oferece pros alunos. Então eles podem tomar vacinas de graça. Tem um setor
dentro do hospital que é: a saúde do viajante. Então ele pode tirar dúvida sobre quais vacinas
ele tem que tomar pra v iajar pelo Brasil (...)
[Entrevistador] — Uhum.
[Débora] — (...) tem o setor de saúde que tem testagem grátis de assim… HIV e outras
doenças. [Não compreendi 3:59] você tem o atendimento preventivo. Alguns lugares da
universidade os alunos internacionais conseguem acessar como qualquer outro aluno
brasileiro. Então, tipo, não muitas barreiras. Só que outros serviços precisaria ser mais
especializados, como o atendimento psicológico.
[Entrevistador] — Tá. Psicológico e o acadêmico, né? Que você comentou, né?
[Arisa] — Exato.
[Débora] — É
[Entrevistador] — Olha, muito top conversar com vocês, viu? Muito bom! Esclareceu muita
coisa, muita coisa. Vocês estão na graduação? Uma faz pedagogia? As duas fazem
pedagogia?
[Arisa] — Eu faço pedagogia.
[Entrevistador] — E a Débora?
[Débora] — Eu faço economia.
[Entrevistador] — E a Débora economia, né? Pretendem partir pro mestrado e doutorado?
[Risos]
[Arisa] — Não sei se em seguida da graduação, mas vamos ver o que o futuro nos reserva.
[Entrevistador] — Meu Deus, é
[Débora] — Eu quero me formar e passar bons anos longe da academia.
[00:05:00]
[Entrevistador] — Sério!?!?!? Mas não pode. Precisa voltar, porque precisa de gente aqui pra
resolver os problemas internos, gente que tem percepção deles, né?
[Débora] — Eu descobri que eu não sirvo para a vida acadêmica. Eu achava que era o que eu
queria fazer, mas não é.
[Entrevistador] — É… Olha mas foi muito bom e muito obrigado por vocês terem gastado um
tempinho comigo. Se vocês não se importarem, e eu precisar bater um papinho, eu vou encher
o saco de novo, pode ser? Se eu precisar tirar uma dúvida, mas esclareceu um montão de
coisas que eu tinha percepção e vocês esclareceram. Só uma perguntinha pra c oncluir, essa
colega, essa pessoa a Lucinéia lá na DERI, vocês conhecem?
[Arisa] — Sim, sim.
[Débora] — Uhum.
porque eu mandei um e-mail pra ela e ela não me respondeu, né?
[Entrevistador] — Ah tá. É
Ela é uma dessas pessoas que você comentou, Débora? Que a gente pode correr atrás que…
tá na vibe?
[Débora] — Sim, ela acho que cuida dos e-mails de todas… eu acho que o e-mail principal da
secretaria internacional dentro dos site deles (...)
[Entrevistador] — É o dela?
[Débora] — (...) é enviado pra e la. Ela é super gente boa
[Entrevistador] — É, né?
[Débora] — Se você quiser a gente pode mandar e-mail pra ela falando: “Ó Lucineia, você
pode conversar aqui com o Rubens? Ele é legal… ”
[Entrevistador] — Puxa… eu precisaria muito
[Arisa] — E é ela também que cuida dessa questão de mandar e-mail lá se precisar, se tiver
alguém com vaga pra r eceber intercambista em casa…
[Entrevistador] — Eu precisava muito, vou até encaminhar pra vocês, pra você Débora, eu
tenho seu e-mail, o e-mail que eu mandei pra e la. Porque eu tenho autorização do Mariano
pra p oder pegar alguns documentos da política de internacionalização da universidade e tals.
E eu queria dar uma olhada nesses documentos. Eu mandei um e-mail pra ela, mas ela não me
í eu vou até mandar uma cópia pra t i, Débora, do e-mail. Se você
respondeu ainda, né? A
puder mandar o… porque eu te mandei o e-mail naquele da Uninter, né? Se você tiver um
pessoal… e puder me passar.
[Débora] — Mas a gente pede pra ela te responder, se não for ela que é a responsável por
liberar os documentos outro funcionário te ajuda. Lá eles são bem setorizados.
[Entrevistador] — Tá.
[Débora] — Tem galera que cuida de uma parte do mundo, outra de outro continente. Então
eles são bem setorizados.
[Entrevistador] — Tá.
[00:011:00] fim.