A análise econômica dos direitos culturais passa por uma avaliação sistemática de

valores, que incluem valores econômicos (por vezes associados a valores monetários, ou
seja, preços, de forma geral), sociais e, ainda, valores culturais estritos.

Em razão da peculiaridade dos bens e serviços culturais, que apresentam índices

consideráveis de relevância social, para que se possa verificar os aspectos econômicos
dos direitos culturais, faz-se necessário que se considere tanto seus valores econômicos,
quanto seus valores culturais. Para tanto, torna-se árdua a tarefa de se avaliar os bens e
serviços culturais apenas por seu perfil econômico, diante da impossibilidade de se
considerar o aspecto social inerente a tais bens e serviços.

Para a economia, a determinação do valor dos bens e serviços culturais é decorrente,

de forma direta, dos preços de utilização e fruição suportados pelos indivíduos que deles
se aproveitam. Esta medida, por sua vez, é reflexo do benefício, apurado subjetivamente,
por esses mesmos indivíduos, quando se interessam na utilização daqueles mesmos bens
ou serviços culturais.

O preço, portanto, consiste em elemento fundamental para que se compreenda a

extensão da distribuição de bens e serviços culturais no mercado, e quantos destes
encontram-se sob responsabilidade imediata da Administração Pública. Assim, constitui-
se em um critério que une consumidores e produtores culturais. Entretanto, essa união
não pode ser analisada de forma simplificada.

O valor dos bens e serviços culturais também é determinado por outros critérios,
como, por exemplo, o do valor cultural em si.