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[CAPÍTULO 1]

» Escolhendo e Obtendo Sua Espécie Desejada

É muito importante começar com uma boa genética. O que é boa genética? Só você
pode dizer. Você prefere uma onda forte, sedativa, que te coloca para dormir? Ou você
quer voar alto numa euforia cerebral que te deixe confuso e nas nuvens? Ou talvez um
pouco de cada?

Existem três espécies distintas de variações da planta de marijuana. Essas três variações
incluem Cannabis Sativa, Cannabis Indica e
Cannabis Ruderalis:

Cannabis Sativa é uma planta difícil de criar em


lugar fechado devido a grande necessidade de luz,
alta estatura e florescimento tardio. Sativas são
originárias das regiões equatoriais, daí sua maior
necessidade de luz e um clima tropical quente.

É possível identificar a Sativa por suas folhas longas


e finas como dedos. A Sativa tipicamente produz
uma onda euforicamente energética e cerebral. Apesar das limitações climáticas das
Sativas, elas são realmente uma grande recompensa para quem as obtém, planta e fuma.
Uma Sativa pura leva de 2 a 4 meses para florescer.

Cannabis Indica é uma planta ideal para plantio


tanto em lugares fechados como a céu aberto, devido
a sua menor necessidade de luz e baixa estatura,
também oferecendo resistência a fungos e pestes,
tendência a maturação precoce e densa produção de
flores. Indicas são originárias de climas mais frios,
exibindo características descritas à cima pela sua
aclimatação ao ambiente nas quais foram criadas.

Sua baixa estatura e folhas extremamente largas as fazem de fácil identificação. Uma
Indica geralmente produz uma onda forte e exaustiva, sedativa; podendo levar entre 45 e
60 dias para o término do florescimento.

Cannabis Ruderalis não é uma boa escolha tanto para plantio interno quanto externo.
Apesar da baixa estatura (chegando no máximo a 1,5m) e maturação rápida, as
Ruderalis não produzem nem a quantidade nem a
qualidade que se procura no florescimento.

Uma pequena redução no ciclo luminoso, pode


desencadear florescimento em uma planta precoce
com 2 a 3 grupamento de folhas. Apesar disso a produção das Ruderalis não pode ser
comparada com as subespécies tanto das Sativas, como das Indicas.

Existem também plantas feitas de cruzamentos entre as espécies, chamadas híbridas:

Híbridas podem carregar o melhor dos dois mundos, tanto no tipo de onda como nos
padrões de crescimentos e seus traços genéticos, apesar de algumas não conseguirem
mantê-los. As Híbridas têm potencial para exibir óptimas características que se procura
para plantio. Uma Híbrida bastante comum, tem uma onda forte, eufórica, energética,
folhagem densa e de baixa estatura, fazendo dessa espécie de Híbrida uma óptima
escolha para todo tipo de plantio e de sensações. Tudo é relativo a sua condições de
plantio e de preferência pessoal.

Tente conseguir sementes de bancos locais que tenham sido aclimatadas as condições
do seu clima, e carreguem as melhores características florais – potência, aroma, sabor,
crescimento vigoroso, maturação precoce e resistência a fungos e pestes. Procure por
sementes que sejam marrom escuro ou cinza claro. Algumas podem ter linhas escuras
nas tonalidades citadas, como listras de tigre. Sementes pequenas e brancas são imaturas
e não devem ser plantadas. Todos esses fatores devem ser considerados pelo jardineiro
experimentado.

Você se beneficiará tremendamente achando um amigo que te auxilie. Porém, nem


todos nos temos a sorte de ter amigos que forneçam sementes, então o caminho é
encomendar de fora. Fazer pedido em um banco de sementes online se torna o cenário
ideal, uma forma prática de escolher e achar o tipo particular de semente que se deseja.

[CAPÍTULO 2]
» Iluminação

A luz é necessária à uma planta na transformação de nutrientes em alimento. Tem ainda


uma grande influência na produção de clorofila, taxa de crescimento, tamanho de folha
e produção de sementes. A luz se torna uma dos aspectos mais importantes em sua
operação de plantio. Para o propósito do plantio de marijuana existem dois tipos básicos
de luz; Fluorescentes e Descargas de Alta Intensidade (HID) – incluindo Vapor de
Mercúrio (MV), Vapor Metálico (MH) e Vapor de Sódio (HPS)

HID x FLUORESCENTES

A diferença principal é que lâmpadas fluorescentes criam luz na passagem de


electricidade através de um vapor de gás de baixa pressão e HID criam luz na passagem
de electricidade através de um vapor de gás de alta pressão. HID são MUITO mais
brilhantes e apesar de representarem um maior custo no começo, são mais eficientes na
relação custo benefício e permitem uma melhor produção. Portanto, elas são a primeira
escolha para a maioria dos criadores em lugares fechados.

- FLUORESCENTES

Fluorescentes são encontradas nos mais variados formatos e


tamanhos. Existem lâmpadas compactas, bulbos retorcidos e
bulbos circulares. Todas trabalham da mesma forma. Elas possuem iniciador (starter) e
reactor embutido permitindo um envio regular e seguro de electricidade para a luz.
Antes das HID estarem disponíveis para plantio em lugares fechados, os plantadores
usavam lâmpadas fluorescentes, que apesar de funcionarem durante todas as etapas de
cultivo, não são aconselháveis para uso desta forma. Para plantio de forma efectiva com
fluorescentes pense de forma pequena. Essas são lâmpadas indicadas para germinação,
produção de raízes em clones e plantas pequenas, manter plantas mãe para propósito de
clonagem e ainda prover iluminação lateral para o crescimento dos galhos inferiores.
Essas situações não requerem uma luz de alta intensidade para se desenvolver. A luz
emitida pelas lâmpadas fluorescentes é suave e mais difusa, não desprende uma grande
quantidade de calor e não faz com que a planta trabalhe tanto. Por essa razão pode ser
deixada próxima à planta. De três a cinco centímetros é o suficiente, porém devido a
isso as luzes deverão ser ajustadas quase que diariamente, o que pode ser problemático.

- DESCARGA DE ALTA INTENSIDADE (HID)

Existem basicamente três tipos de HID. Vapor de Mercúrio (MV), Vapor Metálico
(MH) e Vapor de Sódio (HPS). Essas lâmpadas também precisam de iniciador (starter)
e reactor.

Vapor de Mercúrio (MV) e o tipo de luz que era utilizados na iluminação das ruas no
passado. Não é muito boa para plantio por não prover o espectro de luz correcto.
Enquanto ela produz um pouco do espectro azul, MV também produz muito calor para
se deixar próximo a planta, sendo de operação muito ineficiente.

Vapor Metálico (MH) é uma fonte muito boa de espectro de luz


azul/branco o que é ideal para o crescimento vegetativo. Muitos
plantadores usam MH durante a fase vegetativa. MH é brilhante e de
operação custo eficiente, porém não tão eficiente quanto as lâmpadas HPS.
As potências mais utilizadas são de 400 e 1000 watts. Trabalham melhor quando
combinadas com lâmpadas HPS.

Vapor de Sódio (HPS) é a melhor escolha de lâmpada hoje em dia para


plantio de marijuana. HPS são muito brilhantes e muito eficientes. Esse
tipo de luz tem um espectro vermelho/alaranjado que é ideal para a fase de
florescimento. Com o suficiente desse tipo de luz você também poderá
cultivar aqueles "camarões" de poster da Hightimes. HPS são encontradas em várias
potências de 70 até 1000 watts.

FOTOPERÍODO

Suas plantas deverão ser iniciadas no período vegetativo em um regime de luz de 24/7
ou 18/6. A razão para o regime de 18/6 é para deixar um período de escuro para as
plantas descansarem e também poupar a sua conta de luz. A maioria das plantas se
exaure após 16 horas de luz por dia. Ajustes deverão ser feitos de acordo com a
necessidade das plantas. Para o florescimento 12/12 é a norma. Novamente, ajustes
poderão ser feitos. Um mínimo de 12 horas de escuro é requerido para ativar o
florescimento.

ERROS MAIS COMUNS COM A ILUMINAÇÃO

Não queime as plantas ao coloca-las perto demais das lâmpadas. Fluorescentes não
emitem muito calor e podem ficar cerca de 3 a 5 cm de distância. HID emitem muito
calor e precisam ficar a uma distância razoável. Um bom teste é colocar as costas da
mão entre planta e a lâmpada por algum tempo, se houver sensação de desconforto é
porque a lâmpada está perto demais. Existem algumas lâmpadas comuns que podem
induzir a germinação, mas são inúteis para propósito de crescimento. Essas lâmpadas
são: Qualquer incandescente (normal), halogénea, luz negra e de aquecimento. Não
perca tempo tentando plantar com essas lâmpadas, você apenas se desapontará.

[ CAPÍTULO 3 ]
» Fórmulas para Cálculo de Iluminação

Para determinar correctamente a melhor iluminação do seu espaço existem várias coisas
que você deve saber. A esta altura algumas definições se fazem necessárias:

Lumens – Um lumen equivale a quantidade de luz emitida por uma vela que incide
sobre 1 pé quadrado (square foot) de uma superfície a um pé (1 foot = 0,30m ) de
distância.

Watts – A medida da quantidade de electricidade fluindo através do fio. Watts por hora
medem a quantidade de watts consumidos em uma hora. Um Kilowatt/hora (KWH) é
1000 watts/hora.

Para determinar o custo de operação da sua luz:


Descubra o quanto é cobrado por Kwh na sua conta de luz. Imagine que você tem uma
lâmpada de 1000 watts e paga $ 0,5/hora. Se um kilowatts equivale a 1000 watts, você
pagará 5 centavos por hora para manter a luz acesa. Outro exemplo. Digamos que você
tem uma lâmpada de 400 watts e paga $0,3/hora. Divida 400 por 1000 = 0,4 e
multiplique por 0,3 = $0.012 por hora de luz.

Para determinar quantos lumens por pé quadrado:


Você tem que achar a área do seu espaço. (largura X comprimento = pé quadrado)
Divida a quantidade de lumens disponíveis pela medida em pés quadrados da sua área.
Exemplo: Digamos que você tenha um espaço de 3 pés de profundidade por 4 pés de
largura = 12 pés quadrados, e o total de lumens das suas lâmpadas é de 45.000 lumens.
45.000/12 = 3.750 lumens por pé quadrado

Agora para a grande pergunta. Quanta luz eu necessito? A tecnologia tem avançado
tanto nos últimos 15 anos que nós estamos constantemente refinando o processo e
actualizando o que sabemos que funciona melhor para o plantio. A teoria atual diz que o
mínimo de luz necessária para sustentar o crescimento é de 2.000 lumens por pé
quadrado. A média seria de 5.000 lumens por pé quadrado. O ideal seria 7.000-7.500 ou
mais por pé quadrado.
Para determinar o quanto de luz você precisa em watts:
A regra geral para definir a quantidade de luz para uma área, é um mínimo de 30 watts
por pé quadrado. 50 watts por pé quadrado e ideal. Você pode determinar a quantidade
luz para a sua área usando essa fórmula: 30 watts (ou 50) X ? (sua área) em pés
quadrados. Exemplo: Você tem uma área de 10 pés quadrados 30w X 10 s.f. = 300
watts/por pé quadrado ou 50 watts X 10 s.f. = 500 watts por pé quadrado (ideal).
Lembre-se que lâmpadas fluorescentes são mais fracas e emitem menos luz que as HID.
Isso significa que você precisará 5 vezes mais watts para igualar uma lâmpada HID.
Então, 30 watts de HID seriam iguais a 150 watts de fluorescentes. Por isso é advertido
que se utilize o mínimo de 30 watts por pé quadrado para luzes HID e um mínimo de
150 watts para Fluorescentes.

Isso tudo é muito importante pois a intensidade da luz irá afectar directamente a
qualidade e a produção de sua colheita. Se você tiver menos do que o ideal, sua colheita
e potência serão reduzidas e os "camarões" não serão tão densos. Essa questão nunca é
de mais repetir. Você deve ter a quantidade de luz certa para o seu espaço, para poder
colher "camarões" de alta qualidade. A questão as vezes pode ser, "Posso ter luz
demais?" A resposta básica é não. De acordo com a lei de retornos minorados, você
poderia teoricamente alcançar um ponto onde as plantas não conseguiriam mais
absorver a luz, porém seria impossível ter essa quantidade de luz em seu espaço. O calor
se tornaria um problema bem antes de você atingir esse ponto. Então use quantas
lâmpadas puder, apenas controle o calor.

Experimentação é o único método para determinar a melhor solução para cada planta.
Se a planta não estiver recebendo luz suficiente, ela começará a crescer de forma
desproporcional como se estivesse se esticando para buscar luz e a folhagem se torna
verde pálida. Ou, se elas necessitam ser movidas para perto da luz, ou aumentado o
período de exposição à luz, elas podem ter problemas como folhas e flores descolorindo
ou queimadas. Folhas poderão se tornar super compactas e enroladas nas pontas.

[ CAPÍTULO 4 ]
» Germinação

Então você está com as sementes em mãos. Agora você se pergunta o que fazer para
começar o plantio. Se você comprou sementes de um banco reconhecido então você
pode ter certeza que elas estão prontas para germinar, já que todas passam por um
processo de selecção. Porém, se você descolou sementes que vieram no seu bagulho
prensado, você deverá fazer algumas verificações simples para saber se as sementes são
viáveis ou não. Uma forma de testar, é gentilmente apertar a semente entre o seu dedo
indicador e o polegar. Se ela desmanchar, então não está boa. As brancas e secas estão
imaturas e quebrarão com facilidade. As sementes verde-escuro, verde ou marrom
(acastanhadas) são mais aptas a germinar. Você não poderá distinguir o sexo da planta
apenas olhando a semente. Existem algumas teorias por aí, porém não existe nenhum
sinal físico característico para se distinguir machos
de fêmeas.

Alguns gostam de germinar usando métodos como o


do papel toalha, antes de colocar no vaso. Isso é para
assegurar que as sementes estão no ponto, mas se você desejar poderá plantá-las directo
no solo. Para germinar em papel toalha, simplesmente coloque a semente entre duas
folhas de papel toalha embebidas em água mineral ou destilada, dentro de um
Tupperware ou recipiente com tampa. Deixe o recipiente em um lugar que aja
propagação de calor, como em cima da geladeira ou do monitor do computador.
Verifique varias vezes por dia e veja se as sementes estão rachadas e uma pequena raiz
branca começou a surgir.

Após a germinação você verá uma pequena raiz branca saindo do meio da semente.
Cave um buraco pequeno no solo (use um lápis para fazer um pequeno buraco). Quando
estiver plantando a semente tenha certeza de que a profundidade do buraco não
ultrapassa meio centímetro e só então coloque a semente dentro. Assegure-se que a raiz
ou o lado pontudo da semente está apontando para o fundo ao colocar no solo. Cubra o
buraco com terra solta (Não achate!) e mantenha a terra húmida (Não encharque!). Você
deverá permitir pelo menos 10 cm de espaço vertical no fundo para a raiz crescer.
Coloque uma semente por copo de 500ml ou vaso de 4 litros, e coloque-o em baixo das
luzes. Comece com um ciclo de luz de 24/7 (24 horas ligada por 7 dias da semana).
Você deverá ver os brotos de 2 a 14 dias dependendo das suas condições individuais e
método de uso. Para resultados mais rápidos tente manter a temperatura em 26 graus
Celsius. Você verá uma taxa de germinação menor com 21 graus Celsius, porém ainda
assim é aceitável, a semente só levará mais tempo para brotar.

O broto emergirá com duas folhas primordiais


(cotilédones). Essas folhas são pequenas, lisas
e arredondadas e serão seguidas de um par de
folhas serradas individuais. A distância da luz
dependerá de qual tipo esta sendo usado por
você. Se for fluorescente, coloque de 3 a 5 cm
de distância de seu broto. Se for HPS ou MH
ajuste de acordo com a temperatura, fazendo o teste da mão. Esses tipos de luzes
costumam secar o solo rapidamente, fique de olho.

Atenção! Não coloque adubo ou fertilizante durante os primeiros estágios de


crescimento. (primeiras 3 semanas) Esses estágios são muito frágeis, e não precisa
muito para se cometer um erro fatal. Lembre-se assim como na sua vida, as plantas
também precisam lidar com uma série de coisas ao mesmo tempo, quanto menos coisas
você tiver que lidar menor a chance de problema. Mantenha a filosofia de menos é mais.

[CAPÍTULO 5]
» Crescimento Vegetativo e Florescimento

Assim que sua luz estiver ajustada e as folhas começarem a surgir, você estará entrando
no período vegetativo. Só regue a planta quando o solo estiver totalmente seco até o
fundo do vaso. Você poderá ver colocando o dedo num dos buracos de drenagem no
fundo, sentindo se está húmido, ou usando um medidor de humidade. Um palitinho de
comida chinesa serve para teste improvisado, coloque-o até o fundo do vaso próximo a
lateral para não acertar nenhuma raiz, e retire-o em seguida. Se a ponta que tocou o
fundo voltar suja, ainda existe humidade no vaso. Deixe secar mais um pouco antes de
regar novamente.

Talvez o melhor método seja esperar a planta dizer que quer água. As folhas ficam meio
murchas com aparência de "sede". A razão deste método ser preferido, tem duas partes:
1- Você estará seguro de não "afogar" a planta e 2- Esperando o solo secar até o fim,
você estimulará o desenvolvimento das raízes à procura de água. Mais raízes = planta
maior e mais forte = mais e melhores "camarões da cabeleira dos cabra que toca reggae.

Provavelmente o erro mais comum entre iniciantes é "afogar" a planta. Regando em


excesso causará à planta um crescimento pobre e se continuado pode levar ao
apodrecimento da raiz e morte. Tome cuidado se você está começando com um pote
muito grande. Ao regar em excesso um planta pequena em um pote grande, ela não
conseguirá absorver toda a água, o solo poderá parecer seco na superfície, porém no
fundo pode estar se formando lama, levando ao apodrecimento da raiz. Uma planta que
não é regada o suficiente é muito mais saudável do que uma regada em excesso.
Também é mais difícil recuperar uma planta "afogada" do que uma com "sede".

Como regra deve se usar 2 cm de cascalho ou outra mistura apropriada de alta


drenagem, no fundo para evitar o afogamento da planta. É recomendável que se coloque
um ventilador em cima da planta assim que ela sair do solo, isso simula o vento e
estimula o fortalecimento do caule levando a uma planta mais vigorosa que aguentará o
seu próprio peso no período de florescimento. Caules grandes e fortes = planta grande e
forte = mais e melhores "camarões bla bla bla"

A temperatura poderá ficar entre 21 e 30 graus Celsius sem danificar a planta. Para o
solo, o Ph deverá variar entre 6.3 e 6.8, geralmente. A humidade relativa deverá ficar
por volta de 60% no período vegetativo. Durante este período alimente sua planta com
um fertilizante rico em Nitrogénio (N). Existem vários produtos ricos em Nitrogénio,
comece utilizando ¼ da dosagem recomendada pelo fabricante aumentando
gradativamente na medida que a planta responde ao crescimento. Entupir de fertilizante
não fará a planta crescer mais rápido e sim poderá queimá-la. Procure fertilizantes com
uma taxa de NPK de 2-1-1. NPK é o padrão em embalagens de fertilizante com a taxa
dos três maiores nutrientes necessários à planta: Nitrogénio (N), Fósforo (P) e Potássio
(K). Para esse período da planta procure um fertilizante com o dobro de N em relação a
P e K. Assim que a sua planta chegar por volta dos 30 cm ou 4 a 6 semanas de idade,
você poderá começar a notar a alternância de folhas dos nós (junção dos galhos e o
caule). Quando os galhos superiores começarem a alternar é um sinal que a planta
atingiu a maturidade e está pronta para o florescimento.

Se você optou por deixar a planta no ciclo 24/7, deixe a planta crescer pelo tempo que
você desejar. Uma planta costuma duplicar, triplicar e até quadruplicar de tamanho no
período de florescimento. Sativas costumam quadruplicar enquanto Indicas geralmente
duplicam de tamanho. Algumas espécies de marijuana precisam de 8 semanas de
crescimento vegetativo. Sua altura, colheita e potência dependerão do tipo e da forma de
crescimento. Como o nosso objectivo é a flor ou "camarão", evite criar muitas plantas
ao mesmo tempo, a não ser que você tenha luz suficiente para todas elas. Dessa forma
elas não ficarão com caules alongados e "camarões" somente na parte superior.
Lembre-se, você só pode conseguir flor ou "camarão" de uma planta fêmea, então
mantenha seu foco nas "minas". Para poder descobrir o sexo da planta, consiga um
timer e coloque as luzes em um ciclo de 12 horas ligadas e 12 horas apagadas.
Utilizando um timer é muito mais simples controlar o ciclo do que manualmente, além
de mais preciso. Assegure-se de que sua planta receba 12 horas completas de escuridão
nesse estágio. Qualquer interrupção poderá adiar o descobrimento do sexo por dias ou
até semanas e afectar a sua produção severamente. O período de florescimento pode
levar de 2 a 3 meses.

Durante o período de florescimento, sua planta necessita de nutrientes com alto teor de
Fósforo (P). Existem vários produtos com alto teor de P, geralmente comece diluindo ½
da dosagem recomendada pelo fabricante. A humidade relativa ideal é entre 40 e 55%
para esse estágio.

Por volta de 14 dias no ciclo 12/12, você pode começar a procurar por pequenos pistilos
ou "pêlos" brancos (indicativo de fêmea) ou pequenas bolas (indicativo de macho)
crescendo na base de cada nó. Os pistilos crescem até 0,5 cm, sendo facilmente visíveis,
aparecendo aos pares, um de cada lado do nó. As bolas crescem também na base de
cada galho, aos grupos, parecendo pequenas cornetas, antes da forma final arredondada.
Nas bolas está o pólen. Assim que você identificar um macho, remova-o de sua área,
para permitir as fêmeas mais espaço e mais luz. É nesse estágio que se formam os
"camarões", e a medida que o tempo passa eles vão aumentando de tamanho e
necessitando de mais fertilizante. É altamente recomendável que se pare de usar
fertilizantes 2 semanas antes da colheita. Para assegurar que toda a química dos
produtos já foi absorvida pela planta. Se uma planta ainda estiver com química no
período de colheita, o fumo será muito amargo e áspero na garganta. Para evitar essa
aspereza, enxagúe a planta com água corrente, na medida de 4 vezes a capacidade de
seu vaso, 2 semanas antes da colheita. Exemplo: Um vaso de 4 litros pode ser
enxaguado com 16 litros de água.

Você pode tentar fumar uma planta macho, ou fazer óleo de haxixe, porém o objectivo
principal é a flor ou "camarão" rico em THC e agradável de fumar. Em pouco tempo
você estará colhendo sua planta, quando ela atingir o ponto onde o crescimento pára,
começando a inchar e amadurecer.

[CAPÍTULO 6]
» Colheita, Secagem e Cura

A colheita, a secagem e a cura de uma planta de cannabis madura são o clímax da


experiência de plantio, e os últimos passos na proclamação da independência do
mercado negro.

Apesar destes serem os últimos passos, são os mais críticos para o produto final. A
colheita, por exemplo, dependendo da habilidade do cultivador em julgar a maturidade
da planta, pode diminuir ou aumentar decisivamente os níveis de THC, assim como os
níveis de CBN e CBD.

A cannabis é colhida quando as flores estão maduras. A melhor indicação de maturidade


é a cor dos pistilos das flores. Durante o curso do período de florescimento, esses
pistilos começam a morrer e dependendo da espécie da planta, modificam suas cores
para tonalidades de marrom (acastanhados), laranja etc. Muitos cultivadores escolhem
colher a planta quando 60 a 75% dos pistilos ou "pêlos" mudaram de cor. O tempo ideal
de colheita varia de acordo com a espécie de cannabis, então a melhor forma de saber a
hora de colher é através da experimentação. Tente colher amostra das flores durante
períodos diferentes durante o florescimento (Uma com 6 semanas, outra com 7 semanas,
etc) para determinar qual o melhor período de sua escolha.

Quando colhidas antes do tempo, as flores de cannabis contém baixa concentração de


CBN e CBD, porém mantendo alta concentração de THC. Para alguns, as flores
imaturas são desejáveis por manterem altas doses de THC, provocando uma onda "pra
cima" e cerebral.

Quando colhidas em estado mais maduro, os níveis de THC caem e aumentam os níveis
de CBN e CBD. Essa flutuação causa uma onda mais introspectiva e chapada. Travado
no sofá é bom já ter a comida da larica preparada...

O produto final da planta depende directamente da sua escolha do período de colheita,


nutrientes que você forneceu durante a vida de sua planta, o tempo vegetativo
permitido, mistura de solo/solução hidropónica usada, e muitas outras variantes. Tenha
em mente que um "camarão" pesa mais quando totalmente maduro e recém colhido.
Após a secagem e cura apropriada a média de perda de peso pode chegar a 75% do peso
original.

Por impaciência, a maioria dos cultivadores novatos querem colher flores cedo. Tudo
bem! Certifique-se, porém, de colher flores do meio pra cima da planta. Permita ao
resto, continuar a maturação. Frequentemente o topo da planta atinge a maturidade
primeiro, colha isso e permita o término da maturação. Você notará as flores inferiores
se tornando maiores e mais resinosas ao atingir a maturidade completa. A produção de
um modo geral pode ser aumentada dessa forma, ao permitir que os galhos inferiores
recebam maior quantidade de luz e por isso mais atenção dos processos químicos
internos da planta.

Use uma lente de aumento e tente ver os tricomas entroncados (pequenos cristais de
THC sobre a flor). Se a maioria estiver clara, e não marrom, o ápice do buquê floral está
próximo. Quando a maioria desses tricomas atingirem uma coloração marrom, os níveis
de THC estarão caindo e a flor estará perdendo potencial, declinando rapidamente com
a exposição à luz e ao vento. Não colha tarde de mais! Observe as plantas e aprenda o
tempo ideal de colheita no ápice da potência floral.

A manicure costuma ser a parte mais tediosa do


processo de cultivo. É o ponto onde você remove todo
o excesso de folhas e galhos indesejados de suas flores.
Pode ser feito de duas formas, com a planta seca ou
ainda verde. A manicure verde costuma ser mais
limpa, com as folhas ainda húmidas não se faz muita sujeira, enquanto a manicure seca
pode virar um chiqueiro. Utilize um par de tesouras ou alicate afiado e limpo para
remover o excesso. Comece pelas folhas maiores e movendo gradativamente para as
menores, para facilitar o serviço. Algumas pessoas costumam cortar em volta da flor
como se estivessem fazendo um corte de cabelo,
deixando apenas a "pepita" de THC.

Não seque as flores de cannabis ao sol, esse processo


reduz a potência dos "camarões". Seque lentamente
suas flores pendurando-as ou deitando-as em uma área
ventilada, é só o que é preciso para assegurar uma
grande sensação. A Flor é muito mais agradável ao
paladar quando secada vagarosamente durante algumas semanas, dependendo da
densidade das flores. As mais gordas e pesadas levam mais tempo.

Se você não resistir e a pressa falar mais rápido, você


pode secar uma pequena quantidade entre folhas de
papel ou saco de papel (Ex: saco de pão) no
microondas. Fique de olho para não tostar as
bichinhas. Apesar de conveniente, o resultado final
será um fumo amargo e áspero de gosto desagradável,
já que a clorofila não teve a chance de se transformar
em amido e açúcar.

Uma boa indicação de um "camarão" bem seco é o caule. Se você puder envergar um
pouco o caule antes dele quebrar, é sinal que a flor está pronta para cura. Essa é outra
fase crítica da experiência de cultivo. Uma flor bem curada é muito mais potente do que
uma que não foi curada.·

Seguindo um processo simples pode se


conseguir um óptimo sabor de fumo e uma
viagem inesquecível. Jarras de vidro, latas de
metal ou Tupperware, além de outros potes
podem ser usados para curar suas flores.
Coloque as flores propriamente secas no pote de
sua escolha e deixe descansando em um lugar
fresco e escuro. Remova a tampa do pote
diariamente e vire as flores, permitindo que o
dióxido de carbono escape. Repita esse processo por cerca de 2 semanas, o até alcançar
o gosto e/ou potência desejados.

Finalmente, assegure-se de manter as suas flores secas e curadas longe da exposição de


calor ou luz. Fazendo isso você terá a garantia de longa vida de sua própria colheita!
Boa Sorte!

[ CAPÍTULO 7 ]
» Plantio ao Ar livre
Para muitos cultivadores, o plantio ao ar livre é o melhor método. Ele produz
"camarões" mais potentes e ao contrário do plantio em estufas, você poderá cultivar
"monstros" de 4 metros de altura se as condições forem favoráveis. Sendo a cannabis
uma planta naturalmente robusta e de crescimento rápido, ela irá prosperar com bastante
sol, mas também produzirá satisfatoriamente com apenas 5 horas de sol direto
diariamente. Os raios solares, por terem grande penetração, alcançarão tanto a parte
superior como a parte inferior da planta, permitindo um crescimento uniforme quando
diretamente expostas ao sol.

Da semente à colheita, o plantio ao ar livre pode ser longo, e apesar de muito prazeroso,
o cultivador poderá enfrentar vários problemas. Nos 6 meses ou mais que a planta leva
para se desenvolver, chuva e vento podem danificar as flores e animais silvestres e
insetos podem comer e destruir sua planta completamente. Essas questões devem ser
consideradas e o cuidado redobrado para se evitar problemas.

Entre os muitos benefícios do plantio ao ar livre estão: Não precisar se preocupar com
conta de luz, orçamento de estufa, exaustores, luzes, regulagem periódica dos ciclo
diurno/noturno, etc. Porém os fatores mais importantes a serem levados em
consideração são: Segurança, máxima necessidade de luz direta, qualidade do solo da
área escolhida e disponibilidade de água. A junção desses fatores ajudará o cultivador a
escolher o melhor local para sua área de plantio. Exposição solar é o primeiro fator ao
se localizar um lugar, então tente achar um local inóspito onde o sol incida diretamente
pelo maior período de tempo. Se for necessária a escolha entre o sol da manhã e o da
tarde, já foi provado que o sol da manhã tem maior penetração. A exposição ideal seria
entre às 8 da manhã até às 15 horas, embora entre às 10 e 16 horas seja suficiente. Áreas
abertas tem maior exposição solar, porém se for em um terreno inclinado, o lado sul terá
maior incidência. Tenha em mente que a luz solar em grandes altitudes é mais intensa
devido ao ar rarefeito. A exposição Leste/Oeste é benéfica para se conseguir o sol da
manhã e da tarde.

Existem muitas precauções que o cultivador deverá tomar para proteger sua colheita de
saqueadores e da lei, incluindo podar os galhos para disfarçar o formato característico
da planta de cannabis, além de plantar outras espécies em volta, como soja, tomate,
bambú, cana de açúcar, etc.

Quando o cultivo estiver longe de sua casa, numa área inóspita, o acesso à água pode ser
problemático. Após a escolha do lugar, longe dos olhos curiosos e com sol em
abundância, esse deverá ser o próximo fator em consideração. É preciso que haja uma
fonte de água por perto ou pelo menos próxima da superfície, já que de outra forma
você deverá carregá-la. Água é pesada e regar dessa forma dará muito trabalho, além
dos riscos de se andar até as plantas a cada 4-5 dias em pleno verão. O cenário ideal
seria canalizar água de uma fonte em um terreno mais acima, e criar um sistema de
gotejamento para alimentar suas plantas em um intervalo fixo. Um pouco de engenharia
e criatividade pouparão muito trabalho. Você também deverá decidir se irá plantar
direto no solo, que é de longe a melhor opção, ou usar vasos grandes. Plantando direto
no solo exclui a possibilidade de raízes emaranhadas e a necessidade de transplante.
Embora plantar em vasos permita a mudança de lugar caso a segurança de sua colheita
esteja ameaçada, também facilitará a vida de eventuais saqueadores. Uma forma de se
impedir isso seria enterrando os vasos.
Uma vez tomada a decisão do lugar apropriado, você deverá começar cavando um
buraco grande com pelo menos ½ metro de profundidade. Quanto maior melhor, e se
você encontrar raízes de árvores, lembre-se de cavar o buraco o mais largo possível. A
qualidade do solo deverá ser analisada, muito embora não exista um tipo de solo
perfeito para cultivo de cannabis. Diferentes variedades de espécies crescem em
diferentes tipos e condições de solo. Seu objetivo será um solo aerado e de boa
drenagem, com alta disponibilidade de nutrientes e com Ph médio. Alguns cultivadores
procuram manter o Ph entre 6.3 e 6.8. A planta de cannabis cresce de forma pobre em
solos muito compactados, com pouca drenagem e Ph extremos. Você poderá melhorar o
terreno misturando condicionadores de solo e compostos orgânicos.

Plantas criadas em solo ao ar livre, crescerão muito mais e necessitarão de mais espaço
do que plantas de estufa. O espaçamento entre as plantas dependerá da espécie, e
também se a planta será podada em seu topo ou não. Plantas podadas no topo crescem
com uma base mais ampla, as vezes com o dobro de tamanho de uma planta não
podada. Quanto mais espaço disponível entre as plantas, maior será a incidência dos
raios solares, por conseguinte o aumento de sua produção.

Veados, Roedores e Insetos

Veados – Costumam ter um olfato aguçado, seis vezes superior aos cachorros. Veados
são sensíveis ao cheiro característicos de seus predadores, como pêlos e urina. Coloque
uma garrafa com pequenos furos na parte superior, cheia de urina e bolas de algodão,
então pendure com fio de nylon no perímetro onde estão suas plantas. Renove a garrafa
a cada 3-4 semanas. Outras formas de espantá-los, seria usando fios de cabelo humano
amarrados no caule, ovos podres espalhados em volta ou sabonetes de cheiro forte. Esse
métodos deverão ser renovados a cada chuva. Um dos métodos mais simples consiste
em fazer uma cerca com apenas uma linha de nylon, aproximadamente 1 metro acima
do solo, em volta do terreno de suas plantas. Veados temem o que eles sentem mas não
podem ver. Cercas em volta das plantas também podem funcionar mas lembre-se que
veados conseguem saltar bem alto. Tente combinar 2 ou 3 métodos descritos acima para
se certificar de que suas plantas estarão a salvo dos veadinhos....

Assim como veados os roedores temem os mesmos predadores, os métodos de cheiro de


pêlos e urina também deverão funcionar contra eles. Porém existem algumas dicas
especificas:

Coelhos – Evitam o cheiro de vinagre, por isso use sabugos de milho verde encharcados
com vinagre e espalhe em volta do terreno. Os sabugos podem ser reutilizados. Espalhe
uma mistura de pimenta do reino, caiena e páprica no solo em volta das plantas, isso
assustará os coelhos fuçando sua colheita, porém esse método deverá ser renovado a
cada chuva.

Gambás – Cercar a área com uma fronteira horizontal de materiais que os gambás não
gostam de andar sobre, tais como plástico preto amassado, jornal, papel alumínio ou tela
de galinheiro levemente acima do solo. Prenda-os com tijolos, pedras ou pinos de metal.
Vinagre e bolas de naftalina também funcionarão contra eles.
Esquilos – Não serão problema até a fase de florescimento. Para repelir esquilos,
misture flocos de naftalina, gesso e pimenta do chile. Espalhe ao redor da área de
cultivo.

Ratos e Ratazanas – Essas criaturas podem arruinar totalmente sua colheita se elas
entrarem no recipiente onde você guarda o seu produto final e comê-lo. O que os ratos
não conseguem comer, eles defecam em cima, arruinando da mesma forma. Folhas de
hortelã secas ou frescas são óptimos repelentes, além de aromatizar seu produto.

Cães e Gatos – Se você tem uma certa dificuldade em manter o Rex ou o Félix longe
do seu cultivo, aqui vão algumas dicas que não farão mal aos seus animais: Tente
assustá-los com ratoeiras de cabeça para baixo no solo. Isso funcionará não apenas com
eles, mas com outras criaturas selvagens também. Mistura de pimentas também poderá
afastá-los.

Lesmas – Em geral são comuns e podem até destruir suas plantas, não existindo um
meio efectivo de se livrar delas. Sapos, rãs e besouros são inimigos naturais das lesmas
e serão bem-vindos nas redondezas de seu jardim. Barreiras físicas são boas opções,
mantenha em volta de seu jardim, cascas de ovo ou serragem. Manter um prato com sal
pode ser uma forma de exterminá-las. Ou enrolar um pedaço de arame em forma de
espiral na base de sua planta, isso impedirá as lesmas de alcançarem as folhas.

Insectos Comuns – Receita de repelente orgânico que funciona bem com a maioria
deles.

Ingredientes:

3 Pimentões verdes
2 ou 3 dentes de alho
3/4 Colher de sopa de detergente líquido
3 copos d’água
Bata os pimentões e o alho no liquidificador e coloque o puré em um recipiente de
borrifar junto da água e do detergente. Deixe por 24 horas e depois coe o puré. Borrife
as plantas infestadas, tomando cuidado para não atingir as folhas.

Pulgões – Bata uma cebola e 2 dentes de alho no liquidificador com água, coe e borrife
a planta protegendo as folhas.

[ CAPÍTULO 8 ]
» Hidroponia

Hidroponia é o método de cultivo sem a utilização de terra, em vez disso utiliza-se um


meio de pedrinhas de argila expandida, bloco de lã ou uma mistura de perlita e
vermiculita. O tipo de meio escolhido dependerá do tipo de sistema que você escolheu
para cultivar suas plantas. Alguns métodos não usam meio nenhum. Existem muitas
vantagens em se usar o método hidropónico. Em primeiro lugar, o crescimento é mais
rápido, já que está se provendo os elementos exactos que sua planta precisa, em
segundo, geralmente as raízes não se embaraçam ao procurar por nutrientes, já que eles
são fornecidos directamente. Como as coisas ocorrem mais rapidamente no cultivo
hidropónico, você deverá fazer visitas diárias ao seu jardim para verificar o que está
ocorrendo com suas plantas. Olhe, ouça e aprenda.

Como não se utiliza terra, nós devemos fornecer os elementos que a planta precisa,
geralmente deve-se usar um alimento hidropónico específico, porém qualquer alimento
a base de sais minerais deverá funcionar. Lembre-se de utilizar os nutrientes de acordo
com as instruções do fabricante, já que as plantas não irão crescer de forma mais rápida
se você alimentá-las em excesso. Os nutrientes são geralmente vendidos como
concentrados que deverão ser diluídos em água, nunca coloque-os directamente nas suas
plantas por serem concentrados fortes demais. De um modo geral você deverá enxaguar
as suas plantas uma vez por mês para remover o excesso de salinidade que se forma. A
medição do Ph é muito importante em sistemas hidropónicos, um aparelho de medição
electrónico se faz necessário para sistema activos, porém em sistemas passivos, um kit
para teste de Ph em aquários, poderá ser uma solução mais barata.

O alvo é manter o Ph entre 5.5 e 6.1 o tempo todo em sistemas hidropónicos. No


período vegetativo procure manter a solução mais ácida em 5.5 e no período de
florescimento aumente até ficar entre 5.9 e 6.1, para que a planta absorva todos os
nutrientes necessários. Para baixar o Ph deixando a solução mais ácida, use Ácido
Fosfórico ou aumente o Ph para uma solução mais alcalina usando Hidróxido de
Potássio, disponíveis em lojas de jardinagem ou produtos agro-pecuários. A
concentração de nutrientes é verificada por um medidor de partículas (PPM) disponível
em lojas de produtos hidropónicos. Os iniciantes podem simplesmente seguir as
instruções do fabricante de sua solução de nutrientes.

Existem dois tipos de Sistemas Hidropónicos, Passivo e Activo:

Sistemas Passivos - São simples e de mais fácil utilização, além de mais baratos. Você
pode adquirir um pote de 4 cm de profundidade, uma mistura de perlita e vermiculita,
uma pequena lâmpada fluorescente e você já estará plantando. Algumas pessoas podem
cultivar em ambientes externos usando esse método e obter o mesmo tipo de resultado.
Métodos passivos de cultura utilizam granulados de perlita e vermiculita como meio ou
ainda qualquer outro material do género. A planta deverá ser regada manualmente
quando a mistura estiver seca 2cm abaixo da superfície. Você poderá testar colocando o
dedo e verificando a humidade. Outro método passivo simples, é o sistema de pavios
(panos retorcidos), consistindo de um pote colocado sobre uma pequena bandeja de
nutrientes, os pavios saindo do fundo do pote até a bandeja, mantendo a mistura húmida
e fornecendo nutrientes o tempo todo. Outra opção e uma bacia dentro de outra bacia.
Faça buracos no fundo da bacia superior e passe os pavios por eles até tocar os
nutrientes na bacia inferior. Coloque uma mistura de perlita e vermiculita na bacia
superior e você já estará plantando. A solução, nesse tipo de método, deverá ser trocada
a cada 3 ou 4 dias por uma nova solução

Um sistema de bloco de lã simples pode ser feito utilizando-se uma bandeja, como as
utilizadas para manter areia para gatos. Corte um bloco de lã ao meio e ponha no meio
da bandeja, em seguida encharque-o com uma solução de nutrientes com Ph ajustado
para 5.5 e deixe por 24 horas. A vantagem da lã é que pode-se comprar pequenos cubos
feitos para plantar sementes, ou preparar clones, e em seguida abrir um buraco no bloco
de lã, colocando um cubo dentro, as raízes sairão do cubo e passarão para o bloco. Você
precisará fazer um buraco no fundo da bandeja para permitir que o bloco seja drenado,
mantendo-o apenas húmido. Para drenar o bloco basta inclinar a bandeja. Lembre-se de
enxaguar o bloco de lã com pelo menos 20 litros de água a cada 2 semanas.

Sistemas activos - São os que utilizam bombas para de um certo modo fazer com que
os nutrientes circulem, isso pode ser tão simples quanto um reservatório de 40 litros
com nutrientes no fundo, em cima, uma bandeja acomodando 6-7 potes. Um tubo preso
à bomba e saindo do fundo do reservatório se conecta à mangueira ou cano que distribui
a solução para cada um dos vasos. Um buraco no fundo da bandeja permite que o
excesso de solução volte para o reservatório. Todos os sistemas activos tem boa
performance, porém são mais caros no início, a vantagem é que os nutrientes são
continua ou periodicamente bombeados e distribuídos às plantas, resultando em
crescimento/florescimento rápido. Esses sistemas exigem um maior trabalho diário
porém não são difíceis de se dominar com paciência e prática.

Cultura em Água Profunda (Deep Water Culture) é um sistema onde os potes ou cestas
são suspensos 2 cm acima do nível da solução de nutrientes, e uma bomba de ar de
aquário é colocada no fundo para que as bolhas renovem o ar da solução que alimenta as
plantas, enquanto constantemente nutridas o crescimento pode ser extremamente rápido.
A versão de alta performance desse sistema se chama Sistema Aeropónico.
Sistemas Aeropónicos costumam ter pequenos potes de 4 cm, furados como cestas e
enchidos com argila expandida ou cascalho arredondado, para que as raízes desçam
pelos buracos do pote até tubos ou reservatórios opacos, enquanto pequenos aspersores
borrifam gotas microscópicas da solução de nutrientes para serem absorvidas pelas
plantas. Pode-se comprar pequenas bombas de ar de aquários com mangueiras de
plástico para arejar a solução de nutrientes e mantê-las balanceadas. Uma outra opção é
usar aquecedores de aquário para manter a água aquecida por volta de 21 graus Celsius.

Não importando o método escolhido para cultivar a planta ou plantas, existem pequenas
coisas que nós devemos lembrar sobre hidroponia: O meio utilizado para as plantas
nunca deve ser saturado por um período muito longo, isso é especialmente importante
em blocos de lã ou potes com perlita/vermiculita, água em excesso pode afogar a planta.
Não é preciso super alimentar as plantas para fazer com que elas desenvolvam
"camarões" maiores. A planta de Cannabis só absorve o que ela precisa, não podendo
ser alimentada à força, excesso de nutrientes só significarão folhas queimadas e saúde
fraca. Mantenha suas plantas saudáveis, removendo folhas mortas e prevenindo o
surgimento de pragas. Algas verdes poderão surgir no meio escolhido por você, para
evitar o inconveniente, cubra o bloco de lã ou os potes e o reservatório com plástico
preto para impedir a entrada de luz.

[CAPÍTULO 9]
» Nutrientes Orgânicos

A primeira razão para se utilizar nutrientes orgânicos em vez de químicos, é porque a


chance de se queimar as plantas (super fertilização causando problemas ou morte) é
quase zero. Ao alimentá-la com substâncias orgânicas, a planta só absorverá o que ela
necessita, deixando o resto no solo. Adicionalmente, fertilizantes orgânicos são
quebrados lentamente por micro organismos no solo, o que assegura um suprimento
constante para suas plantas; além disso, ter muitos micro organismos presentes é
benéfico para o solo e consequentemente para suas plantas também.

Fertilizantes químicos, por outro lado, são altamente solúveis e geralmente encontrados
com uma maior concentração do que fertilizantes orgânicos. Após aplicados no solo,
eles são rapidamente absorvidos pelas raízes. Por sua alta concentração, essa acção
rápida irá causar uma dosagem tóxica dos nutrientes, se for usado em excesso, levando a
problemas ou até a morte da planta. Ainda por cima, fertilizantes químicos deixam
resíduos salinos no solo. Se a planta não for enxaguada periodicamente (cada 1-2
meses), esses sais podem se acumular em níveis perigosos para a planta. (Nota – Se o
solo não for enxaguado um pouco antes da colheita, o gosto de seu fumo será afectado
negativamente.) Finalmente, fertilizantes químicos têm um efeito devastador nos micro
organismos do solo, incluindo minhocas.

Além das questões de química do solo e da absorção de nutrientes, existe pouco o que
questionar sobre o benefício da utilização de substâncias orgânicas ao meio ambiente,
mesmo plantando em estufa. Fertilizantes orgânicos tais como, farinha de osso, emulsão
de peixe, esterco, húmus, etc, são renováveis. O petróleo, de onde os fertilizantes
químicos são sintetizados, não é.

Para o cultivador ao ar livre, a opção do tipo de fertilizante tem um efeito ainda mais
profundo. A chave do sucesso de um plantio bem sucedido e a saúde do solo.
Fertilizantes químicos tem um efeito adverso na vida do solo, diminuindo a
biodiversidade e a força do solo, e por serem muito mais solúveis do que os orgânicos,
são frequentemente enxaguados pela água da chuva ou excesso de água ao regar. Além
de serem perigosos para suas plantas, causam problemas de poluição em potencial, por
exemplo, as algas tóxicas que surgem em lagos e lagoas são constantemente associadas
com fertilizantes químicos que "vazam" para o lençol freático atingindo córregos e
nascentes.

Fertilizantes orgânicos também têm os seus “senões”, especialmente para o cultivo em


lugares fechados. Alguns deles, como a emulsão de peixe em particular, têm um odor
forte que pode incomodar narizes delicados. (Muito embora, medidas de segurança
envolvendo filtro de ar e ionizadores devam manter os cheiros em seus devidos
lugares...). Além disso, por desenvolverem a vida orgânica do solo, podem ocorrer
problemas com insectos e particularmente fungos. Finalmente, alimentos orgânicos
requerem uma maior dedicação de tempo e esforço por parte do usuário. A grande
vantagem dos químicos é por serem práticos.

Notas sobre alguns fertilizantes orgânicos mais comuns:

Farinha de Sangue: 13 - 0 - 0

Possui uma das maiores concentrações de Nitrogénio de todos os fertilizantes orgânicos,


e por isso se constitui na melhor escolha para o crescimento vegetativo. Em sua forma
de acção seca e lenta, pode ser misturada ao solo na proporção de 1 a 2 colheres de sopa
por 4 litros de solo. Sua versão solúvel é a mais utilizada, por sua acção rápida sem o
risco de se queimar as plantas como os fertilizantes químicos. Para fazer o chá de
farinha de sangue, deixe uma colher de sopa de molho em 4 litros de água, por 5 ou 7
dias. Quanto mais tempo maior a concentração de N. Agite bem, coe o resíduo sólido, e
regue suas plantas.

Farinha de Ossos: 1 - 11 - 0

Por sua alta concentração de fósforo, é mais indicada para o período de florescimento,
porem por ser de lenta dissolução, é recomendado que seja adicionado ao solo ainda na
fase vegetativa. (Talvez o melhor seja misturar somente no solo do último transplante.)
Um dos cuidados com a farinha de ossos, especialmente na Europa, é o medo de
contágio da doença da vaca louca. Muito embora ainda não tenha sido provado, vale ter
isso em mente.

Emulsão de Peixe: 5 - 1 - 1

É uma solução liquida feita de peixe decomposto e as vezes outros ingredientes. É um


fertilizante extremamente gentil e a melhor escolha como o "primeiro fertilizante" para
se usar em plantas jovens. Sua taxa de NPK é ideal para o estágio vegetativo. Pode ser
diluído em água na proporção de 1 a 3 colheres de sopa por 4 litros de água.

Húmus: 0.5 - 0.5- 0.3

Também conhecido como o bom e velho cocó de minhoca, talvez seja o melhor
fertilizante orgânico no cômputo geral. Apesar do baixo nível relativo de nutrientes,
húmus por alguma razão tem um excelente efeito no vigor das plantas, tendo seu efeito
reconhecido por todos que o utilizam. Por ser bastante gentil, pode ser usado em plantas
recém germinadas por também conter micro nutrientes. Pode ser misturado ao solo na
proporção de 15% do volume total ou feito chá (1 parte de húmus para 5 partes de
água.) e aplicado no solo ou fertilizante foliar.

Composto de Algas Marinhas: 1 - 0.5 - 2.5

Fornece cerca de 60 tipos de micro nutrientes (Nutrientes que a planta só necessita em


quantidades diminutas, como Manganês e Boro), além de hormônios de promoção de
crescimento e enzimas. É usado para assegurar que a planta está conseguindo os micro
nutrientes necessários. Pode ser misturado ao solo (1-2 colheres de sopa por 4 litros de
água) ou feito chá na mesma proporção.

[ CAPÍTULO 10 ]
» Técnicas Avançadas

 Como evitar plantas hermafroditas?

Alguns factores, em conjunto ou isoladamente, levam ao hermafroditismo das


plantas. Veja os factores principais:
 Ciclo de Luz Irregular.
Solução: Use um timer ou faça o controle manualmente, respeitando
religiosamente o ciclo da planta. Evite ao máximo interromper o período de
12 horas desligado na fase de florescimento.
 Ambiente de Cultivo Mal Vedado.
Solução: Evite que a suas plantas se stressem com a entrada de luzes
externas no ciclo nocturno, vedando toda e qualquer fresta que impeça o
ciclo contínuo de 12 horas de escuro.
 Pouca Iluminação.
Solução: Utilize as fórmulas de cálculo de Iluminação para saber o mínimo
aceitável para seu ambiente de cultivo.
 Baixas Temperaturas.
Solução: Monitorize a temperatura interna de seu ambiente de cultivo,
deixando-a entre 25º e 31º C.

[CAPÍTULO 11]
» Guia de Resolução de Problemas - Enfermaria

Os problemas mais comuns são, o excesso de água e de fertilizantes, seguidos de perto


por pH incorrecto e raízes emaranhadas. Antes que quaisquer tentativas de remediar
sejam tomadas, esses factores deverão ser considerados.

* Deficiências de Nutrientes – Raramente acontecem nos jardins modernos. O que as


pessoa vêem como deficiência de nutrientes, 9 em cada 10 vezes é problema de pH. Um
pH muito alto ou muito baixo trava a capacidade da planta de absorver os nutrientes, por
isso elas aparentam estar deficientes, quando na verdade existem nutrientes em
quantidade mais do que suficientes na solução/solo. Adicionar nutrientes só piora a
situação, desregulando o pH ainda mais e aumentando a quantidade de partículas no
meio.
Solução - O melhor a fazer, caso seja detectada qualquer forma de deficiência de
nutrientes, é medir e ajustar o pH.

* Excessos de Água – Sinais de excesso de água incluem: Folhas murchas, curvadas e


amarelando. Também uma boa indicação é o constante cheiro de terra molhada em sua
estufa/jardim.
Solução – Aumente a temperatura e o fluxo de ar para evaporar o excesso de água.
Você pode também adicionar h2O2 (Água Oxigenada) para ajudar as raízes a receberem
oxigenação. Apenas não regue em excesso, somente quando o solo/meio estiver seco.
Se o seu solo estiver encharcado, transplante sua planta para um novo vaso com solo
seco e fresco.

* Excessos de Fertilizante – Sinais de excesso de fertilizante incluem: Folhas


queimadas/ mortas nas pontas/laterais e curvadas para baixo.
Solução – Verifique e ajuste para o pH desejado. Enxagúe e diminua o nível de
fertilizante/nutrientes.

* pH Incorrecto – Problemas com pH podem se manifestar de diferentes formas, desde


deficiência de nutrientes até excesso de fertilizante e folhas queimadas.
Solução – A única forma de saber é medindo e ajustando o nível do pH.

* Raízes Emaranhadas – Veja a baixo na secção Problemas com Raízes

* Stresse por Calor – Sinais de stresse por calor se assemelham muito a queimaduras
por nutrientes, excepto que elas ocorrem no topo da planta, próxima das lâmpadas. O
amarelar das folhas superiores é causado normalmente por proximidade das lâmpadas
HID.
Solução – Uma forma de saber se as suas plantas estão muito próximas é colocar as
costas da mão entre elas e a lâmpada, por alguns minutos. Se você sentir uma sensação
de desconforto é porque elas estão muito próximas e a lâmpada deverá ser ligeiramente
afastada.

Problemas nas Folhas

* Amarelar - Acontece por falta de clorofila. Possíveis causas podem ser, drenagem
insuficiente do solo, raízes danificadas, raízes compactadas, alta alcalinidade e
deficiência de nutrientes.
Solução – Mais uma vez lembre-se de ver o pH. **Nota – Nas últimas semanas de
florescimento um amarelar nas folhas é completamente normal, pois a planta usa todos
os nutrientes estocados.

* Amarelar nas Folhas Inferiores e Medianas – Esse amarelar nas folhas mais antigas
é possivelmente um sinal de deficiência de Nitrogénio (N). Como esse é um nutriente
transferível (quer dizer que a planta pode movê-lo quando necessário), se uma planta
não está recebendo Nitrogénio suficiente das raízes então ele será "roubado" das folhas
mais antigas. Plantas com deficiência de Nitrogénio geralmente demonstram falta de
vigor e crescimento pobre, resultando numa planta fraca e atrofiada. Em Sistemas
Hidropónicos normalmente o pH está muito alto travando a absorção do Nitrogénio
disponível na solução. Em solo, amarelar também pode ser indicação de raízes
emaranhadas.
Solução – Primeiro verifique e ajuste o pH. O pH correcto para a cannabis é 6.3 – 6.8
quando em solo e 5.5 – 6.1 quando em Sistema Hidropónico. Segundo, certifique-se de
estar fornecendo a quantidade/tipo correcto de fertilizante/nutriente. Para o estágio
vegetativo a cannabis precisa de um alimento rico em Nitrogénio, na taxa NPK de 2-1-1
ou (20-10-10)

* Amarelar nas Folhas Superiores – O amarelar nas folhas novas pode ser um sinal de
deficiência de Enxofre (S). Essa deficiência é bastante rara mas começa com o amarelar
de uma folha nova por inteiro, incluindo as veias. Outros sinais são, raízes alongadas,
galhos rígidos e a ponta das folhas enroladas para baixo. **Nota – Na maioria dos caso
o amarelar nas folhas superiores e causado por proximidade das lâmpadas.
Solução – Verifique e ajuste o Ph, além do nível de fertilizante/nutriente para se
certificar de estar fornecendo o tipo/quantidade correctos para o seu estágio de
crescimento. Faça o teste da mão e veja se está muito quente.

* Folhas Enrolando pra cima – Pode ser sinal de deficiência de Magnésio (Mg)
causada por um nível de pH baixo. A falta de Magnésio pode ainda gerar amarelamento
(com posterior escurecimento e folhas secas) e amarelamento entre as veias, começando
nas pontas das folhas mais antigas e progredindo para o centro. Pode ser também um
sinal de excesso de calor e humidade dentro da estufa.
Solução – Verifique e ajuste o pH, já que fora do nível ideal a planta de marijuana perde
a capacidade de absorver os elementos essenciais requeridos para um crescimento
saudável. Se você estiver cultivando em solo, o Magnésio começará a ser travado com
um pH de 6.5 ou inferior, em hidroponia começa com 5.8 ou inferior. Se o pH for o
correcto, então adicione ¼ de colher de chá de Sulfato de Magnésio Heptahidratado
(Epsom Salt) por litro de água. Ou para nutrição foliar, dilua a dose anterior com 2
partes de água e borrife periodicamente nas folhas. **Nota – Se a água da torneira tiver
acima de 200 PPM o Magnésio será travad por excesso de cálcio (Ca) na água.
Magnésio pode ser travado por excesso de Ca, de Cloro (Cl) ou Nitrogénio Amoníaco
(NH4+). Se esse for o seu problema use água mineral.

* Folhas Enrolando para baixo – Quando isso ocorre, associado com pontas e
margens queimadas é costumeiramente um sinal de que o nível de nutrientes está alto
demais.
Solução – Verifique e ajuste o pH. Enxagúe e diminua o nível de nutrientes.

* Folhas Murchando – Geralmente ocorre por excesso/falta de água ou pouca luz.


Solução – Quando em solo, primeiro coloque o dedo ou um medidor de humidade
alguns centímetros abaixo do solo e verifique se está seco ou húmido. Se excesso de
água for o seu problema, aumente a temperatura e a circulação de ar em sua estufa para
evaporar um pouco do excesso. Adicione h2o2 (Água Oxigenada) diluída em água.
**Aviso! – Excesso de água crónico pode levar a raízes podres/estagnadas e solo
enlameado. Caso você detecte esse problema, transplante para um vaso novo com terra
fresca e seca. Em Sistemas Hidropónicos, verifique se o meio está húmido ou seco,
antes de adicionar água ou ligar a bomba. Se o meio ainda estiver muito húmido, ou
muito seco, você precisará verificar seu jardim com mais frequência para ver a
disponibilidade de água em seu sistema. Por último, se falta de luz for seu problema,
adicione mais luz.

Problemas com Raízes

* Raízes Emaranhadas – Isso ocorre quando as raízes crescem mais do que o pote em
que elas estão contidas. Plantas cujas raízes estão emaranhadas exibem um crescimento
atrofiado, fino, lento e com produção de "camarões" pequenos, folhas murchas
facilmente queimadas por nutrientes, necessitando de água constantemente. O amarelar
das folhas antigas progressivamente subindo até que todas as folhas sequem e morram,
é um sinal significativo desse problema.
Solução – Transplante imediato para um vaso maior. A receita de bolo é, 4 litros de
solo para cada 30 cm de altura, excepto em clones que podem utilizar uma medida
menor. Ao delicadamente retirar a massa de raízes, inspeccione e veja se as raízes
formam um círculo fechado em volta da massa, em caso positivo, tente muito
gentilmente desprender essas raízes da massa de terra. Se as raízes estiverem muito
emaranhadas então você poderá cortar algumas fatias de 1 cm em torno da massa com
um instrumento afiado e esterilizado, antes de colocar a planta em seu novo vaso.
**Nota – Não compacte o novo solo no fundo do novo pote, deixe-o airado porém ser
bolsas de ar, para que as raízes penetrem facilmente.

* Raízes Atrofiadas – Ou crescimento lento ou nenhum de novas folhas podem ser


devido a deficiência de cálcio (Ca), intoxicação por Alumínio (Al), Cobre (Cu), pH
Ácido ou toxinas no solo.
Solução – Como sempre, verifique e ajuste o pH. Se houver qualquer tipo de
intoxicação do solo, então você precisará enxaguá-lo completamente.

Problemas nos Galhos

* Quebra de Galho ou Caule – Isso poderá ocorrer mais cedo ou mais tarde com
qualquer um. Isso pode ocorrer por tentativa de treinar a planta, animais derrubando
vasos ou reflectores caindo em cima, etc Não importa como aconteceu, só não há
motivo para pânico.
Solução – Consertar não é problema, faça talas com palitos de sorvete e prenda com fita
crepe ou esparadrapo. Um canudo do Mc Donald’s cortado ao longo pode ser um
óptimo método de "engessar" o caule/galho. Dê uma semana para que a planta se
recupere e volte a crescer.
Link: http://members.multimania.co.uk/cultivodemarijuana/

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