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RESUMO BASEADO NO LIVRO CITADO ABAIXO

Apresentação: Prof. Alessandro Morello

Atualizado em Agosto de 2018

Introdução Introdução
A cidade se origina da necessidade de contato, No ano 2000, 137.755.550 brasileiros viviam em áreas
comunicação, organização e troca entre homens e urbanas, o que significa que 81% da população brasileira
mulheres. morava em cidades.
O mundo hoje é urbano, portanto, grande parte de seus
habitantes vive em cidades.
No Brasil, ao longo do século XX, grande número de Em 2010: 84% de
cidades nasceram, cresceram e se desenvolveram. Foi um total de
neste século que o país mais se urbanizou. 190.732.694
O fenômeno de urbanização provocou o agravamento do pessoas viviam na
histórico quadro de exclusão social tornando mais zona urbana
evidente a marginalização e a violência urbanas que, (aproximadamente
atualmente são motivo de grande apreensão, tanto para 160 milhões)
moradores e usuários, quanto para os governos das
cidades.

Introdução Introdução
Morro da Providência - RJ
As já densas e grandes cidades se expandiram formando
regiões metropolitanas, com extensas periferias ocupadas por
população pobre, expulsa das áreas centrais ou atraída de
outros pontos do território brasileiro em busca de trabalho,
renda e acesso a bens, serviços e equipamentos urbanos.
Os moradores das periferias continuam desprovidos de
infraestrutura básica, e ainda têm que enfrentar, em seus
obrigatórios deslocamentos para as áreas centrais, o
https://www.tricurioso.com/2018/06/01/qual-cidade-brasileira-possui-mais-favelas/
insuficiente e caro sistema de transporte. https://exame.abril.com.br/economia/belem-tem-o-maior-foco-de-favelas-na-area-urbana-diz-ibge/

O que encontramos nas grandes cidades, contudo, podemos
observar, de forma semelhante, nas médias e menores.
Segundo o IBGE, o Brasil possui mais de 6.000 favelas.
O morro da Providência foi a primeira favela do país, sendo construída no ano de
1897 no centro do Rio de Janeiro. Tudo começou quando os soldados que haviam
participado da Guerra dos Canudos voltaram para a antiga capital do Brasil exigindo
ao governo moradias aos veteranos. O governo sem dinheiro na época acabou
permitindo a construção de barracos de madeira no pé do morro da Providência, que
inclusive ficava atrás do quartel.
Introdução
Alguns Problemas Urbanos:
Periferias longínquas e desprovidas de serviços e equipamentos
urbanos essenciais;
Favelas, invasões, vilas e alagados nascem e se expandem;
Retenção especulativa de terrenos;
Adensamento e a verticalização;
Poluição de águas, do solo e do ar assumem grandes proporções.
A distribuição dos benefícios decorrentes do processo de
urbanização é historicamente injusta e resultante de
décadas de descaso, de incompreensão, de preconceito, e
de atuação privilegiada voltada apenas para alguns
setores da cidade.
O quadro urbano atual se constitui em um dos maiores
desafios neste século que se inicia.
Diretrizes Gerais do Estatuto
A Lei no 10.257 de 10 de julho de 2001 – Estatuto da Cidade –
regulamenta os artigos 182 e 183 da Constituição Federal de
1988, que conformam o capítulo relativo à Política Urbana.
O artigo 182 estabeleceu que a política de desenvolvimento
urbano, executada pelo poder público municipal, tem por
objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais
da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes, definindo
que o instrumento básico desta política é o Plano Diretor.
O artigo 183, por sua vez, fixou que todo aquele que possuir,
como sua, área urbana de até 250 m2, por 5 anos,
ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua
moradia ou de sua família, adquirirá o seu domínio, desde que
não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.
Este artigo abriu a possibilidade de regularização de extensas
áreas urbanas, transpondo estas formas de moradia para a
cidade denominada formal.
Plano Diretor
Quais cidades devem ter:
Todas as que possuírem mais que 20.000 habitantes;
Todas as cidades integrantes das regiões
metropolitanas;
Pertencentes a áreas de interesse turístico;
As inseridas em áreas de influência de
empreendimentos ou atividades de impacto significativo
no âmbito regional ou nacional;
Todas aquelas que desejarem utilizar os instrumentos
descritos no Estatuto da Cidade.
Introdução
Históricas reivindicações populares se apresentaram com
força ao longo da elaboração da Constituição Federal de
1988.
A inclusão dos artigos 182° e 183°, compondo o capítulo da
Política Urbana, foi uma vitória da ativa participação de
entidades civis e de movimentos sociais em defesa do direito
à cidade, à habitação, ao acesso a melhores serviços
públicos e a oportunidades de vida urbana digna para todos.
O Estatuto da Cidade reúne importantes instrumentos
urbanísticos, tributários e jurídicos que podem garantir
efetividade ao Plano Diretor, e o pleno desenvolvimento das
funções sociais da cidade e da propriedade urbana.
Diretrizes Gerais do Estatuto
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
Função social do solo urbano;
Gestão democrática;
Justa distribuição dos ônus e benefícios decorrentes do
processo de urbanização;
Recuperação dos investimentos do poder público que
tenham resultado em valorização de imóveis urbanos;
O direito a cidades sustentáveis, à moradia, à
infraestrutura urbana e aos serviços públicos.
Planos de Transporte Urbano
Quais cidades devem ter:
Todas as que possuírem mais que 500.000 habitantes.
A Secretaria Nacional de Transporte e Mobilidade tinha a
intenção de estimular a produção do Plano de Transporte
e Mobilidade para cidades com mais de 100.000
habitantes para:
– Diminuir o número de viagens motorizadas; repensar o
desenho urbano; repensar a circulação de veículos;
desenvolver meios não motorizados de transporte;
proporcionar mobilidade às pessoas com deficiência ou
restrição de mobilidade; priorizar o transporte coletivo e
os pedestres.
Plano Diretor Plano Diretor

IBGE: acessado em http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/pdf/analise_estimativas_2014.pdf IBGE: acessado em http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/pdf/analise_estimativas_2014.pdf

Instrumentos Previstos Instrumentos Previstos

Para evitar a especulação imobiliária Para evitar a especulação imobiliária:
1 - Parcelamento, edificação ou utilização 3 - Desapropriação com pagamento em títulos da
compulsórios; dívida pública
Visa otimizar os investimentos públicos já realizados, Após 5 anos de cobrança do IPTU progressivo no tempo,
penalizar o uso inadequado e fazer com que a propriedade sem que o proprietário tenha cumprido a obrigação do
urbana cumpra sua função social. parcelamento, o poder público poderá proceder a
desapropriação do imóvel com pagamento em títulos da
2 - Imposto predial e territorial urbano progressivo dívida pública.
no tempo
Punição com um tributo de valor crescente do IPTU, ano a
ano, sobre os proprietários de terrenos ociosos ou mal
aproveitados.

Instrumentos Previstos Instrumentos Previstos

Relativos ao direito sobre o solo urbano: Relativos ao uso do solo urbano:
1 - Usucapião especial em imóvel urbano 1 - Outorga onerosa do direito de construir:
Permite que o proprietário do terreno construa uma área superior
5 anos em terrenos de até 250m² àquela indicada pelo I.A. da área desde que pague ao poder
2 - Direito de superfície: público um valor proporcional ao custo do terreno.
2 - Transferência do direito de construir:
Transmissão do direito de uso a outro particular por tempo
Permite ao proprietário do imóvel exercer o direito de construir, com
determinado, mas sem a perda da posse do terreno.
os mesmos índices, em outro local ou vender esse direito para
3 - Direito de preempção: outro empreendedor. Isso apenas será permitido se o imóvel em
questão for considerado necessário para a implantação de
Preferência dada ao poder público, respeitando os valores de equipamentos urbanos e comunitários, preservação, quando de
mercado, para a compra de um imóvel de interesse do interesse histórico, ambiental, paisagístico, social e cultural; ou
município antes que ele seja comercializado entre servir a programas de regularização fundiária, urbanização de
particulares. áreas ocupadas por população de baixa renda e habitação de
interesse social
Instrumentos Previstos
Relativos ao uso do solo urbano:
3 - Operações urbanas consorciadas:
Conjunto de intervenções e medidas, coordenadas pelo poder
público com a finalidade de recuperar, preservar ou transformar
áreas urbanas.
A lei específica para tal deve ser aprovada e conter, no mínimo:
Definição da área a ser atingida;
Programa básico de ocupação da área;
Programa de atendimento econômico e social para a população
diretamente afetada pela operação;
Finalidades da operação;
Contrapartida a ser prestada pelos beneficiados;
Forma de controle da operação.
Instrumentos Previstos
Relativos ao uso do solo urbano:
4 - Estudo de impacto de vizinhança:
No qual devem ser avaliados os seguintes aspectos:
Aumento da população;
A capacidade e existência dos equipamentos urbanos e comunitários;
O uso e a ocupação do solo no entorno do empreendimento;
O tráfego gerado e a demanda por transporte público;
As condições de ventilação e iluminação;
As consequências para a paisagem urbana e/ ou para o patrimônio
cultural e natural.