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E-mail: b.farkas@terra.com.br
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Caro Participante,

Nós agradecemos por Ter escolhido a Tecnocor Serviços como suporte no campo da Tecnologia da Cor e
Aparência.

Em um Mundo onde a cor é cada vez mais, um fator decisivo na escolha de um produto, nós da Tecnocor
através de um intercâmbio Internacional procuramos oferecer tecnologia e informações aplicáveis a todos os
segmentos produtivos, sempre tendo em mente a satisfação e o aperfeiçoamento profissional de todos os que
estão ligados a esta importante Área da Ciência que é a "Colorimetria".

Uma vez mais agradecemos a escolha e deixamos aqui um canal aberto para informações mais detalhadas.
Qualquer dúvida não hesite em nos contatar.

Obrigado.

SERVIÇOS
CELSO FARKAS
Diretor

fev-12 18:05
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CONTEÚDO

Tópicos Teóricos
1- A Importância da Colorimetria nos Diversos Segmentos Industriais..................................................................................04

2- Cor como Atributo decisivo na escolha de um Produto.......................................................................................................05

2.1 – O que é Cor......................................................................................................................................................................05


2.2 - Avaliação de luz. e Iluminação.........................................................................................................................................06
2.3 - Avaliação da Aparência dos Objetos................................................................................................................................07
2.4- Descrevendo à Luz Espectral.............................................................................................................................................10
2.6 -Fontes de Luz, tipos e Qualidade.......................................................................................................................................11
2.7 –Iluminantes e seu Funcionamento ....................................................................................................................................13

SERVIÇOS
3- Problemas e Limitações existentes na Avaliação Visual......................................................................................................16

3.1 – Deficiências Visuais e as Cores.......................................................................................................................................21


3.2 – O efeito da Luz sobre o Objeto........................................................................................................................................29
3.3 – Teste para Avaliação de Acuidade Visual para Cores....................................................................................................31

4- Escalas para Medição, Diferenças de Cores, Compreensão dos Valores dos Deltas..........................................................32

4.1 – Escala de Munsell, Pantone, Ral......................................................................................................................................33


4.2 – Observador Padrão CIE, Compreensão dos Valores dos Deltas....................................................................................38
4.3 – Analisando as Respostas de Comprimentos de Onda Características do Observador...................................................38
4.4 – O Observador Padrão e suas Limitações ........................................................................................................................41
SERVIÇOS
4.5 – Luminosidade, Cromaticidade, Matiz e Metamerismo ...................................................................................................42
4.6 – Cromaticidade aliada a Resultados nas Moagens de Pigmento ....................................................................................46
4.7 – Escalas para Medição de Diferença de Cores, suas Precisões e Aplicação ..................................................................46
4.8 –Fatores que afetam a Avaliação Visual de Diferença de Cor, e Normas aliadas a uma boa Avaliação.........................58

5- Técnicas, Tolerâncias e Linguagens da Colorimetria..........................................................................................................62

5.1 – Avaliação Visual de Aparência, envolvendo Brilho, Textura e Fundo............................................................................63


5.2 – Como fechar boas Tolerâncias a partir do Comportamento de um Produto, Processo e Recebimento.........................65

6- Instrumentos, Classificação e Componentes........................................................................................................................68

6.1 – Tipos de Instrumentos existentes no Mercado para Análise de Cor, Formulação e Correção.......................................68

SERVIÇOS
7- Como Escolher e Avaliar o melhor tipo de Equipamento de acordo com o Produto da Empresa......................................75

8 –Uso do Software para as Reais Necessidades das Empresas, Recursos existentes e o que pode ser utilizado ..................76

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9- Como lidar com os Obstáculos da Implantação de um Sistema Colorimétrico, e Evitar Perdas........................................78

9.1 – O Uso de Sistema de Espectrofotometria em Desenvolvimento de Cores.......................................................................79


9.2 – Noções sobre Montagem do Banco de Dados..................................................................................................................80
9.3 – Porque nem sempre os Resultados Obtidos são Satisfatórios, e o que fazer...................................................................81
9.4 – Correção de Cores, aproveitamento ideal da mão de obra de Técnicos e Coloristas.....................................................82

10- Rapidez, Flexibilidade e Lucros gerados com a Implantação dos Espectrofotômetros.....................................................83

SERVIÇOS
10.1- Testes para Conformidade e Especificações no Controle de Qualidade.........................................................................84
10.2- Teste para Entrada de Matéria Prima, Proporções ideais, Substratos e Aplicações.....................................................85
10.3 – Produto Final Pronto para Entrega...............................................................................................................................85
10.4 – Certificação para Qualidade..........................................................................................................................................86
10.5 – Melhoria na Performance do Produto...........................................................................................................................87
10.6– Revisão sobre Custos, Performance, Tempo para Desenvolvimento e Fórmulas de Cor adequadas............................89

11- Dez passos para um melhor Controle de Cor ....................................................................................................................89

12-Padrões, padronização e medições técnicas........................................................................................................................90

12.1- Cuidados com os padrões................................................................................................................................................92


12.2- Medições técnicas............................................................................................................................................................93
12.3-Instrumentos de Marcas diferentes, o que fazer.............................................................................................................102
12.4-Calibração Técnica, em que consiste este assunto........................................................................................................102

ANEXOS:

I – Escala Pantone é referência no Brasil e no Exterior ... 113

II – ABNT mantém cerca de 1500 Normas relacionadas à Cores e Tintas ... 113

III – Aplicações ... 114


SERVIÇOS
IV – Informações adicionais sobre Controle e Desenvolvimento de Cores com Pigmentos de Efeito ... 118

Referências Bibliográficas ... 125 SERVIÇOS

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Definição

Colorimetria é a ciência da medida de cores que estuda e quantifica como o sistema visual humano percebe a cor, na
tentativa de especificá-la numericamente de modo que:

A cor é de grande importância em vários produtos industriais: matérias têxteis, tintas, plásticos, papéis, cerâmica, alimentos,
vidro, cosméticos, automóveis, etc. Dessa forma, a colorimetria é uma tecnologia utilizada em diversos setores industriais.

1- A Importância da Colorimetria nos diversos Segmentos Industriais.

O conhecimento da cor é imprescindível para quem quer tornar seus produtos competitivos no mercado e cumprir as
normas internacionais de qualidade.

Particularmente em setores industriais como o de tintas, automotiva, materiais têxteis, plástico, papel, cerâmica e
alimentos, por exemplo, a cor constitui um aspecto de grande importância.

A colorimetria é a tecnologia utilizada em diversos setores industriais para o desenvolvimento do controle de cores dos
produtos. No entanto, há uma grande carência no mercado brasileiro de mão-de-obra com conhecimento apropriado,
devidamente capacitada e treinada para atuar nesse campo.

Com a sofisticação dos mercados e as exigências crescentes dos consumidores não é mais possível controlar a qualidade e
a aparência dos produtos apenas visualmente, a olho nu. Nossa avaliação falha sofre a interferência das condições do
ambiente e da fadiga da observação. Daí decorre a importância de inserir na atividade produtiva, equipamentos como

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colorímetros, fotômetros, densitômetros, espectrofotômetros e gonioespectrofotômetros.

A indústria de tintas, por exemplo, para atender às exigências do mercado e se manter competitiva, está sempre fazendo a
divulgação de novas cores e produtos. O trabalho de fabricação tem de ser eficiente para que as cores das tintas possam
ser repetidas em todos os lotes produzidos. Isso só é possível com a ajuda de instrumentos precisos de avaliação e
controle.

Na maioria dos segmentos produtivos não é necessariamente a aparência que é objeto da avaliação, mas sim as
características do produto que são mensurados através de sua cor. A exportação de laranja é um exemplo. Ela tem uma cor
que indica o momento ideal da colheita, outra que permite o controle na viagem e a cor final que vai ser decisiva quando
chegar ao consumidor. O processo é o mesmo para outros produtos comestíveis e também para a maioria de outras
mercadorias que são vendidas em um supermercado, por exemplo.

Como os mercados compradores de todos os gêneros estão fazendo cada vez mais a inspeção das mercadorias no
momento do recebimento, as indústrias estão se precavendo e desenvolvem um controle mais preciso durante a fabricação
para evitar devolução. Para garantir a velocidade de escala e a produção em série, a avaliação de cor só é possível com
instrumentos.

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2 - Cor como atributo decisivo na escolha de um produto

A cor de um objeto é dada pela cor que ele reflete, ou seja, quando uma luz branca incide sobre ele, todas as cores
são absorvidas, exceto a dele.
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Um objeto se mostra branco porque não absorve nenhuma cor, ou seja, ele reflete todas as cores que compõem a
luz branca.

Um objeto apresenta a cor negra, porque absorve toda as cores que incidem sobre ele.

2.1) O que é Cor

Cor é a palavra que descreve uma distribuição irregular da energia radiante, visível, que impressiona os olhos, partindo de
uma fonte de luz e refletindo nos objetos, quimicamente é o resultado de uma reação que ocorre com algumas moléculas,
originando grupos que quando excitados eletronicamente, emitem radiação característica.

Essa distribuição pode ser definida como a derivação da média de energia dos comprimentos de ondas. Essas derivações são
à base das muitas cores ou nomes que descrevem as várias misturas ou combinações da energia visível

Em 1676 o físico inglês Isaac Newton demonstrou, utilizando um prisma de três faces, que a luz branca podia ser
decomposta em 7 cores: violeta, azul, ciano, verde, amarelo, laranja, e vermelho.

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A cor de um objeto é determinada sob diversas circunstâncias:

1- As características da fonte de luz sob a qual o objeto é observado e a forma pela qual as ondas de luz que incidem
sobre o objeto são absorvidas, transmitidas ou refletidas. Algumas vezes os efeitos do ambiente, na mente do
observador geram um fator determinante da cor, assim como suas condições físicas visuais que são também um fator
determinante de extrema importância. Todavia, somente as ondas de luz que penetram nos olhos, originados do objeto,
são tecnicamente responsáveis pela cor que os olhos vêem.

2- As cores associadas a objetos podem ser mutáveis de várias formas: Pela mudança da fonte de luz (como por exemplo:
de incandescente para fluorescente); Pela adição de filtros de luz (como as lentes de óculos de sol); pela alteração do
acabamento de um objeto por si mesmo. Por exemplo: para se mudar a cor da pintura de um automóvel vermelho para
azul, um pigmento diferente deve ser utilizado; um que deva refletir as ondas de luz azul, enquanto que deva absorver
todas as ondas de luz das outras cores.

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3- Se você vê um carro vermelho parado sob uma clara lâmpada de mercúrio, você poderá pensar que este carro possa ser
confundido com um carro marrom porque a clara lâmpada de mercúrio, embora seja muito potente em luz, é
praticamente isenta de energia vermelha. Assim sendo, haverá pouquíssimas ondas de luz vermelha disponíveis para
impressionar seus olhos.

Desde que luz e cor são partes integrantes de nossa vida, a engenharia de pesquisa de novas lâmpadas está voltada não
somente para o desenvolvimento para nos possibilitar melhor visão, mas principalmente desenvolver lâmpadas que
simultaneamente sejam brancas e reproduzam a cor aparente dos objetos da forma que nos são familiares.

2.2) Avaliação de Luz, e Iluminação.

De acordo com a física quântica, a luz é uma onda eletromagnética, apresentando freqüências vibratórias e comprimentos de
ondas. A energia da luz é proporcional à freqüência vibracional e ao comprimento das ondas. Por outro lado, a luz apresenta
também características corpusculares (materiais), os chamados "quantas". A energia da luz viaja por "quantas" e uma
partícula individual de luz possui um "quantum" de energia, que é chamado fóton (feixe ou matéria da luz). Sendo assim, a
luz tanto é energia como também matéria. Estes fótons viajam na velocidade da luz e são capazes de penetrar na matéria,
transferindo sua energia a outras partículas.

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O espectro da luz visível das cores ao olho humano é muito pequeno e é medido em Unidades Angström (um décimo
milionésimo de milímetro por unidade). Começa pela cor violeta (4.500 Aº), passando pelo anil, azul, verde, amarelo e
laranja até o vermelho (7.600 Aº). As cores de freqüências vibracionais mais baixas e ondas mais longas - vermelho, laranja
e amarelo - as chamadas cores quentes, têm características Yang. As cores de freqüências mais altas e ondas mais curtas -
azul, anil e violeta, cores frias, apresentam características Yin, sendo que o verde é considerado neutro.

É claro que não existem somente as cores descritas acima. Entre as nuances quase que infinitas do espectro luminoso o olho
humano é capaz de distinguir cerca de milhões de tons diferentes e todos estes tons transmitem algo a nossa mente,
provocando emoções que podem nos influenciar negativamente ou positivamente.

Em outras palavras – há muito tempo é provado cientificamente que as cores não são somente absorvidas pela pele,
denominada de absorção celular ou neuronal. Também o olho humano recebe e transforma as cores em imagens psíquicas,
através dos bastonetes da retina, podendo provocar alterações psicológicas (ex: cor do ambiente, do vestuário, da
alimentação). Esta absorção é chamada de absorção psíquica ou retinial. As cores que enxergamos, com as quais estamos
rodeados e as que usamos são muito importantes principalmente para o nosso bem-estar psíquico, sendo, portanto, também
uma grande arma para cura.

Atualmente o estudo sobre os efeitos da luz em geral e especificamente no corpo humano avança a cada dia e ano, com cada
vez mais comprovações científicas.

2.3) Avaliação da aparência dos objetos

Aparência

A cor tem como sua parte principal integrante duas categorias, que a designam e que definem a aparência:

Ø Atributos Cromáticos, que são características que traduzem a cor com designações como a Luminosidade, o Tom e
a Cromaticidade.

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Ø Atributos Geométricos, que são características associadas com a distribuição da luz num objeto, que incluem a
textura, a cobertura, o brilho e o ângulo de observação. Estes ítens devem estar em um patamar de aceitação muito
bom para julgarmos a cor, como sendo o problema, pois o que sempre precisa estar bem definido é se o problema é
a cor ou é a aparência.

Ambos os atributos afetam a percepção visual.

Espectro Visível

As cores que são conhecidas dividem-se no espectro em vários comprimentos de onda, distribuídos da seguinte forma:

Vermelho dos 630 - 700 nm.


Laranja dos 590 - 630 nm.
Amarelo dos 560 - 590 nm.
Verde dos 480 - 560 nm.
Azul dos 360 - 480 nm.

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Para ser utilizada na indústria, avaliações visuais na aparência do produto, devem ser precisas e reproduzíveis. Isto requer
que o método e os arranjos físicos de observação visual, sejam os mesmos para todas as avaliações.

Quando a luz passa através de um


prisma, gera baixos e altos valores de
comprimentos de onda, o mais baixo é o
ultravioleta e o mais alto é o
infravermelho, as outras cores estão
distribuídas em um range que vai de 380
a 780 Nanômetros.

Por causa disto, o observador humano compensa então prontamente as diferenças no nível de luz ou distribuição espectral,
nós não temos consciência da significativa mudança nos resultados da avaliação visual, realizando alterações nas condições
de avaliação.

Condições padronizadas de observação são absolutamente necessárias, para obter resultados que sejam comparáveis com
uma inspeção prévia, seja por um instrumento ou por um inspetor. Isto é evidentemente o início da flexibilidade das
condições de visão possíveis na vida real, onde um objeto é visto por um observador por um ângulo que melhor revela as
características de aparência que lhe interessam.
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No observador humano, as reações espectrais são construídas internamente e nós temos que aceitá-las como padrão.

A luz que incide sobre um objeto, assume as propriedades da sua fonte, assim como o objeto, pois se espera que este varie
com a mudança da fonte de luz. Por exemplo, a aparência do avermelhado em um objeto, é esperado em parte pela seleção
dos comprimentos de onda e em parte pelo vermelho originário da cor do objeto.

Todavia se o comprimento de onda do vermelho não está presente na luz que atua sobre a “Cor Vermelha” o objeto parecerá
“Preto” ou algo bem próximo disto.

O efeito de uma fonte de luz na aparência de cor de um objeto quando comparado com outro objeto sob uma fonte padrão é
chamado “Interpretação de Cor”.

A aparência do objeto está diretamente ligada às condições geométricas de observação, que é a direção de iluminação. Por
exemplo, o alto brilho de um objeto colorido não metálico parece ser da cor branca.

O observador não olha para o reflexo para ver a cor, mas é precisamente para onde ele olha para ver o brilho.

Mas ao contrário disto, para a observação de uma cor em uma cabine o arranjo geométrico é usado onde somente a luz
refletida está de maneira especular.

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Para observar cor, deverá ser permitido ver alguma reflexão especular, desde que o reflexo do brilho não mascare a cor. A
difusão do ângulo de visão, porém deveria ser usada, a Oº e luz incidente a 45º. Todavia se desejar avaliar o brilho deveria
ver a amostra no mesmo ângulo, mas do lado oposto, onde a luz incide.

Desde que a separação por difusão especular é um tanto arbitrário, é correto dizer que a visão de reflexão difusa de
diferentes ângulos gera freqüentemente variação na cor, e visão de reflexão especular em diferentes ângulos e com
iluminação concentrada difusa, gera diferenças no brilho. Desta maneira para avaliações críticas há a necessidade de ser
mais específico sobre a geometria de visão do que uma simples separação difusa ou especular.

Discriminação visual é excelente sobre um largo escopo de níveis de iluminação, com um decréscimo na sensibilidade
visual.

Para discriminação entre pequenas diferenças de cores, é recomendado que um mínimo de 100 velas seja usada para cores
claras, e de 200 a 300 velas sejam usadas para cores escuras. Para atributos de cores, uma fonte de luz de área extensa é
melhor do que uma área concentrada.

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Uma uniforme extensão de fonte de luz diminui a inspeção de cores e os efeitos dispersivos como atributos geométricos,
como o brilho, forma e textura.

2.4 - Descrevendo a luz espectral


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Uma fonte de luz emite energia radiante relativamente balanceada, em todos os comprimentos de onda, de forma a parecer
branca ao olho. Entretanto, se passamos uma estreita faixa de luz branca através de um prisma transparente, ele será
propagado em conjunto de ondas individuais de comprimento de onda de energia visível, e assim, os olhos poderão
distinguir entre eles a resultante do fenômeno que se chama "Espectro da Cor".

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O olho verá três faixas largas de cores misturadas: violeta, verde e vermelho, e estreitas faixas de cores azuis, amarelas e
laranja, misturados entre as faixas largas. O olho daltônico só percebe as variações de cinzas e às vezes certas cores e,
dependendo certamente da extensão de deficiência.

Um pesquisador de lâmpadas está mais preocupado com as causas desses componentes de onda, do que com os nomes que
se dão a eles.

2.5) Fontes de luz, tipos e qualidade

Muitos objetos considerados fontes de luz emitem luz branca ou aproximadamente branca, como o sol, filamentos de
lâmpadas incandescentes, e lâmpadas fluorescentes, entre outros. Em 1703 Newton demonstrou, usando um prisma para
dispersar a luz em um espectro, que a luz branca é normalmente composta de todas as cores.

A luz de qualquer fonte pode ser descrita em termos da quantidade de luz emitida para cada cor. Colocando-se em um
gráfico essa quantidade de luz (energia ou potência relativa) em função da cor (comprimento de onda) obtém-se a curva de
distribuição de energia espectral da fonte de luz.

A C.I.E. (Comissão Internacional de Iluminação) definiu várias fontes padrões para descrição de cor. Uma delas, a fonte A
é uma lâmpada com filamento de tungstênio. As fontes B e C são derivadas da fonte A ao se passar sua luz através de
filtros. A fonte B é uma aproximação da luz do meio-dia; a fonte C é uma aproximação média da luz do dia.

O sol e as lâmpadas elétricas são considerados fontes de luz porque eles transformam energia de uma outra forma em
energia radiante com comprimentos de ondas que chamamos de luz.

Entretanto, essas fontes emitem energia utilizável em comprimentos de ondas maiores e menores do que a luz. A energia
ultravioleta, valiosa por suas propriedades germicidas, fotoquímicas e curtidoras, tem comprimento de ondas menores que
as de luz.

A energia infravermelha (comumente chamadas de raios quentes) é maior que as ondas da luz e toda sua energia pode ser
transformada em calor.
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Todos os objetos poderão emitir cor se forem aquecidos a uma temperatura suficiente; e também essa luz pode variar se essa
temperatura for alterada. A cor da luz emitida por esse corpo varia de acordo com a temperatura. Por exemplo:

Uma peça de ferro aparecerá com vermelho muito forte ao primeiro aquecimento; continuando a aquecer ele passará a um
vermelho alaranjado; continuando a aquecer passará para branco e ao seu aquecimento máximo passará a uma cor branca
azulado.

Da mesma forma um filamento de tungstênio em uma fonte de luz incandescente varia de cor de acordo com a voltagem que
lhe é aplicada.Este fenômeno, estudado por Max Planck em 1900, é a base para a lei da radiação dos corpos negros.

Esta lei em essência prediz a distribuição da radiação térmica, como função da temperatura e define o limite máximo da
radiação térmica.

Um corpo negro é definido como aquele que absorve toda e qualquer radiação incidente sobre ele. Essa lei é utilizada para
designar a temperatura relativa da cor de qualquer objeto aquecido.

A designação de uma temperatura de cor aplicada às fontes de luz se refere à temperatura absoluta em graus Kelvin, de um
teórico corpo negro ou de um radiador total onde a cor aparente é igual àquela que se compara com a fonte de luz em
questão.

Da mesma forma que um corpo é negro a temperatura ambiente, tem que:

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Negro = Temperatura Ambiente


Vermelho = 800 kº
Branco = 5.000 kº
Azul Pálido = 8.000 kº
Azul Brilhante = 60.000 kº

Fontes de luz de filamento de tungstênio usadas para iluminação em geral têm uma temperatura de cor entre 2.600 e
3.000°k. As fontes de luz de uma baixa luminosidade utilizada, onde a iluminação não é importante, opera à temperatura de
cor de 2.000°k. As lâmpadas como nos estúdios de TV, fotografia, filmagem, etc, operam a uma temperatura de cor de
3.100 a 3.400°k, ou seja, quase no limite de fusão das fontes de luz de filamento de tungstênio que é de 3.500°k. Na maioria
dos casos, os filamentos dessas fontes de luz operam pouco abaixo da sua temperatura de cor aparente.

Tecnicamente, a designação de temperatura de cor, deveria ser somente aplicada em fontes incandescentes e devido a isso é
usado como a especificação do grau de brancura e da composição de energia espectral de uma fonte.

Entretanto, os termos “temperatura de cor aparentes” são normalmente utilizados para especificar o grau de brancura de
outras fontes de luz como as fluorescentes, tipo de luz do céu, as de vapor de mercúrio, etc.

Exemplos típicos de valores de temperatura de cor aparente são os seguintes:

Fontes de Luz Artificiais:

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Fontes Fluorescentes (branca quente)..... 3000 ° k
Fluorescentes (branca) ............................ 3500 °k
Fonte Fluorescente (branca fria)............. 4200° k
Fluorescente (luz do dia)......................... 6500 a7000° k

Fontes de Luz Naturais:

Luz do dia ao amanhecer................................. 1800 ° k


Luz do céu pleno (uniforme)............................ 6500 ° k
Luz do dia ao entardecer ou encoberto .......... 5000 °k

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Fonte de Luz & Iluminante

Luz Solar Tungstênio Fluorescente

Fonte

El
D65 El
A El F2
Iluminante
400 500 600 700 400 500 600 700 400 500 600 700

Wavelength [nm] Wavelength [nm] Wavelength [nm]

2.6) Iluminantes e seu funcionamento

Em 1971 a CIE (Comissão Internacional de Iluminação), adotou iluminantes padrões para a COLORIMETRIA, tendo

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como objetivo, tomar a luz solar como iluminante padrão por excelência, sendo assim definido como iluminante "A" que
corresponde à luz emitida por uma lâmpada de tungstênio e a temperatura de cor de 2857°K. Para passar da luz emitida por
uma lâmpada incandescente, a luz solar e seus equivalentes, o CIE recomendou os iluminantes "B" e "C" que se obtém
mediante a filtração da luz de lâmpadas de filamento de tungstênio. Através de filtros líquidos B1 e B2 para o iluminante
"B" e C1 e C2 para o iluminante "C". O iluminante "B" corresponde à luz solar média componente do céu ao meio dia cuja
temperatura de cor é de 4870°K aproximadamente.

O iluminante "C" está assimilado à luz média diurna para um céu completamente coberto com uma temperatura de cor de
aproximadamente 6770°K.

Anos mais tarde foi determinado também o iluminante "D" que corresponde à irradiação solar de uma temperatura de
6500°K.

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Iluminante D65
Luz do Dia Iluminante F2
Fluorescente Branca Fria
400 500 600 700 400 500 600 700

Iluminante A
Incandescente
400 500 600 700

Quantificando as Fontes de Luz:


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Temperatura da Cor:

O centro de quase todos os diagramas CIE é uma curva. Esta curva origina-se na região do vermelho intenso do diagrama,
passa pela região do branco e finaliza no azul. Esta Curva representa a Curva do Corpo Negro. Planck derivou uma equação
que relata as características espectrais da Luz emitida aquecendo se um corpo.

Uma barra de ferro quando colocada em uma fornalha fica da cor vermelho intenso quando começa a aquecer. A barra
continua a ser aquecida passa para um vermelho alaranjado, branco e finalmente um branco azulado quando a temperatura
aumenta. Da mesma maneira, um filamento em uma lâmpada incandescente muda de cor quando variamos a voltagem que
está sendo aplicada.

A Lei de Planck pode ser usada para designar a temperatura de cor relativa de uma fonte de Luz e pode ser expressa como
temperatura absoluta expressa em Kelvin. A escala Kelvin (Escala de temperatura Termodinâmica, tem a mesma dimensão,
de unidade da escala Celsius exceto que ela inicia no zero absoluto/ -273,16°).

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A curva de Planck.

Tecnicamente, a temperatura da cor é uma designação que pode ser aplicada para uma lâmpada incandescente somente, e
para aquelas fontes que fazem parte da Curva de Planck. Todavia, na engenharia de iluminação os termos:

Temperatura de Cor Aparente e Temperatura de Cor Correlata são freqüentemente utilizadas para especificar o grau de
brancura da fluorescência, e a alta intensidade descarregada pelas lâmpadas da luz do dia. A luz do dia, não combina
exatamente com a Curva do Corpo Negro. Ela deveria ser compreendida, como uma temperatura de cor única, é uma
especificação inconsistente para uma fonte de Luz. Considere uma lâmpada de bulbo incandescente, como uma fonte
fluorescente branca quente. Ambas possuem a mesma temperatura de cor Correlativa, 3000 Kelvin, contudo elas
apresentam cores muito diferenciadas.

Se a seção do diagrama de 1931 da CIE continha o Diagrama do corpo negro ampliado, lá pode estar um infinito número de
coordenadas de cromaticidade que poderiam representar, alguma correlação ou temperatura de cor aparente. Por esta razão o
ANSI (Instituto Americano de Padronização), tem especificado um limite de cromaticidades aceitáveis para uma
temperatura de cor específica. Por causa das inconsistentes associações com o uso das coordenadas de cromaticidade, estas
são frágeis especificações para algum tipo de fonte luminosa quando utilizada sozinha.

Iluminante Padrão.

Em adição à curva do corpo negro, localizada no centro de muitos diagramas CIE, existem também designações
alfanuméricas: A, B, C, e D65. Estes representam iluminantes padrão que têm sido identificados pela CIE e outros Comitês
de Padronização, incluindo a ANSI. Conhecidos como Iluminantes Padrão CIE, eles são modelos matemáticos referentes
aos utilizados para performance visual ou cálculos instrumentais. A simulação física de um iluminante é chamada de fonte
de luz. Alguns iluminantes (A, B, D55, D65, e D75) podem ser representadas pelas fontes de luz atuais, outras como as “C”
não podem. Porém, todas as fontes de luz podem ser iluminantes, mas nem todos os iluminantes podem ser fontes de luz.

SERVIÇOS

Corpo Negro

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Índice de Representação de Cores.

O Índice de Representação de Cores(Color Rendering Index) expressa o grau pelo qual um limite de variação de cores,
parece familiar ou natural sob uma fonte de luz particular. O sistema CRI, é baseado em como a fonte de luz afeta o nosso
julgamento de cores, demonstrados em oito tons pastéis de cores e nove cores especiais suplementares. A fonte de luz a ser
avaliada é comparada com uma fonte referencial de temperatura de cor especificada. O máximo valor de CRI é 100. As
lâmpadas que possuem valores de 90 ou mais são consideradas boas para avaliação de cores.

Lâmpadas com temperatura de cor abaixo de 5000 K, são comparadas a uma lâmpada com filamento de tungstênio, a qual é
arbitrariamente dado o valor de CRI de 100. Para fontes luminosas acima de 5000 K, a fonte de referência é a fase da luz do
dia que combina com a temperatura da cor. O Índice de Representação de Cores para uma fonte de luz é baseado em uma
fonte de referência arbitrária. Isto não significa que, uma fonte de referência tenha boas propriedades de representação de
cor. A proporção do CRI, é a média da performance de uma fonte de luz, comparada a cores de referência. Melhores
respostas para algumas cores podem ser disfarçadas em uma média geral com performance muito ruim em outras cores.

Duas lâmpadas com a mesma correlação em temperatura de cor e CRI, podem diferir significativamente em suas
habilidades para apresentar uma ou mais cores. O CRI é somente uma representação de cores, que pode habilitar uma fonte
de luz. Ele é útil somente na especificação de uma fonte, quando suas limitações e deficiências são compreendidas.

3- Problemas e Limitações existentes na Avaliação Visual

Os cones, pigmentos predominantes na região central da retina, chamada mácula, cujo centro é a fóvea, fazem o
complexo trabalho de percepção das cores no ser humano. Os bastonetes, pigmentos que predominam na região mais
periférica da retina, são os responsáveis pela visão do contraste claro-escuro.

SERVIÇOS
Para que os cones sejam estimulados é necessário que haja luz suficiente, de modo que a pessoa possa perceber as cores.
Na penumbra, o estímulo aos cones diminui muito, dificultando ou até impossibilitando a visão das tonalidades. Vemos
apenas vultos. A rodopsina, pigmento localizado nas células retinianas, é degradada quando recebe um estímulo
luminoso, transformando-o em estímulo elétrico. Este vai para o cérebro através do nervo óptico e é decodificado como
cor na região occipital. É como uma máquina fotográfica que recebe a luz - o filme tem o pigmento, mas o local da
revelação é o nosso cérebro. Se recebermos um estímulo luminoso muito forte, ficamos temporariamente com a visão
escura. Isto acontece porque grande quantidade de pigmentos é degradada de uma única vez, o que requer mais tempo
para a recomposição do pigmento.

A deficiência na percepção das cores é popularmente conhecida como Daltonismo. Na maioria das vezes, o problema é
genético, sendo que a pessoa já nasce com dificuldade parcial (discromatopsia) ou total (acromatopsia) de perceber as
cores. É muito mais comum no sexo masculino do que no sexo feminino, por razões de ordem cromossômica.

Outras condições que podem levar a distúrbios na percepção das cores são alterações degenerativas da retina na infância,
doenças maculares relacionadas à idade e doenças do nervo óptico, entre outras.

Nos casos em que a pessoa já nasce com o problema, muitas vezes só descobre a doença já adulta, quando usa meias de
cores diferentes em cada pé ou quando usa paletó e calça de cores desiguais, achando que são a mesma. Amigos, pais e
cônjuges estranham a atitude.

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Nos casos adquiridos por doenças, geralmente o indivíduo se queixa mais da queda na visão. Posteriormente, a
deficiência de cores é detectada no exame oftalmológico. Cores muito contrastantes, como verde e vermelho, geralmente
são distinguidas. O que realmente confunde essas pessoas são as tonalidades de cores "próximas", como verde escuro e
marrom, salmão e laranja.

A deficiência em perceber as cores pode levar o indivíduo a ter dificuldade na escola. Alguns métodos de alfabetização
dividem as sílabas por cor. Alguns profissionais podem ter dificuldade no trabalho - fotógrafos, artistas plásticos, editores
de imagem e técnicos em eletrônica, por exemplo, que manipulam circuitos coloridos.

Seres humanos com olhos azuis não percebem a cor melhor que os de olhos pretos e castanhos, porque a cor dos olhos
está na íris (menina dos olhos) e não na retina.

A cor dos olhos é determinada geneticamente. Os olhos azuis não possuem pigmento na íris. O azul é reflexo dos vasos
sanguíneos dentro do olho, como se fossem as veias vistas no braço de uma pessoa muito clara. A íris castanha possui
pigmento, a melanina, como a pele, que bloqueia a passagem de luz. Os olhos verdes são castanhos claros, possuem
pigmentos, mas em quantidade menor.

As ondas de luz penetram nos olhos através da córnea que transmite essas ondas de luz ao ponto (da retina) onde se localiza
a fóvea. Essas ondas são finamente difusas quando passam através das lentes que se encontram atrás da córnea.

A íris atua como um diagrama que expande ou contrai a pupila, controlando a quantidade de luz que é permitida entrar no
olho. Os bastonetes e os Cones são os últimos a receberem cada parte da imagem. Eles transformam a imagem ótica
recebida de energia radiante em energia química que estimulam milhões de terminais nervosos.

O sistema ótico inicia nesse ponto, uma série de impulsos elétricos que passam através de um muito especial grupo de
nervos que estão ligados ao nervo ótico. Os nervos óticos combinam e transmitem os impulsos selecionados para o cérebro
que o interpreta, criando-se então a percepção visual.

A VISÃO A CORES

SERVIÇOS

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As cores percebidas nos objetos dependem dos comprimentos de onda que estes refletem ou emitem. A habitual luz solar
pode decompor-se, por meio de um prisma, nas cores principais: vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, violeta. Daqui se
conclui que todas as cores são geralmente produzidas por uma combinação.

Por combinação de cores entende-se, neste caso, não a mistura de pigmentos (como na pintura), mas a combinação de luz
monocromática, que na retina provoca a impressão de uma combinação de cores homogênea. Deste raciocínio base
desenvolveu-se a teoria das três cores de Young-Helmholtz.

Todas as cores se reduzem a três cores base: vermelho-púrpura, verde-azulado, roxo-azulado.

Conseqüentemente, devem haver na retina três tipos de fotorreceptores sensíveis às cores base.

Cada um destes tipos de fotorreceptores só pode ser estimulado pelas cores base.

Esta teoria foi substituída pelas conclusões de E. Hering. que por cores base autorou o vermelho, o amarelo, o verde e o
azul, tornando assim evidente que as cores base de Young-Helmholtz são já tons misturados.

Segundo Hering, as cores compostas resultam das cores base: contudo, não é possível encontrar mais de duas cores base
em qualquer das cores compostas. Hering estabeleceu seis sensações base para três pares: branco e preto, verde e
vermelho, amarelo e azul (cores opostas ou complementares).

No conceito "sensação" torna-se claro que a visão das cores é um fenômeno físico-psicológico (o que, aliás, já Goethe
demonstrara na sua teoria das cores). Hering explicava o fenômeno fisiológico pela existência de substâncias químicas, e
nunca por pares de cores diversas.

Se, durante algum tempo, olharmos um objeto colorido e depois dirigirmos os olhos para uma superfície preta ou branca,
aparecer-nos-á uma imitação dos objetos nas cores complementares correspondentes, como os exemplos anteriores
nitidamente demonstraram (contrastes sucessivos).

Em 1895 Meyer descreveu um interessante contraste de cores em sombras coloridas:

SERVIÇOS
"Se colocarmos um lápis perpendicularmente sobre uma folha branca e se de um lado deixarmos atuar a luz solar e do
outro a luz de uma vela, obteremos duas sombras coloridas, uma causada pela luz solar branca e a outra pela luz amarela
da vela. A sombra causada pela luz solar é iluminada pela luz amarela da vela, mas não aparece branca e sim azul.
Adquiriu, pelo efeito de contraste, as cores complementares da superfície iluminada pela vela".

Nós próprios podemos realizar esta experiência. Tenha, contudo, em atenção que a luz do Sol não seja demasiado intensa
e que a vela não tenha uma chama demasiado alta.

Os efeitos de contraste são tanto menos perceptíveis quanto menores forem as superfícies influenciadas. Não obstante,
surgem variações de cores: cores de superfícies pequenas são alteradas em benefício das cores que as rodeiam; verifica-se
então uma espécie de combinação óptica (efeito Bezold).

Se a superfície em redor for mais escura do que a pequena superfície interior, a cor da superfície interior parece também
mais escura. Se, em contrapartida, a superfície em redor for mais clara, a cor interior aparecerá aclarada (fig. abaixo).

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Se as superfícies se tornarem tão reduzidas que deixe de ser possível individualizá-las, as cores combinam-se
"aditivamente". As imagens que de diminutos pontos coloridos compõem conjuntos igualmente coloridos baseiam-se
neste efeito.

Eis outro efeito interessante:

Observe o painel abaixo. Diga, em voz alta, o nome da cor, não da palavra:

LARANJA ROSA CINZA VERDE


BRANCO AZUL MARROM PRETO
VERMELHO AZUL PRETO ROSA
SERVIÇOS
AMARELO CINZA LARANJA PRETO
VERDE MARROM BRANCO
O hemisfério direito do seu cérebro tenta dizer a cor, mas o hemisfério esquerdo insiste em ler a palavra.

Na realidade cada cone é sensível a todos os comprimentos de onda; mas ocorre uma predominância de influência a um
dado comprimento de onda.

Os comprimentos de onda básicos são:

1) - cones sensíveis ao azul ( 4450 Aº )


2) - cones sensíveis ao verde ( 5400 Aº )
3) - cones sensíveis ao vermelho ( 5800 Aº )

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Quando uma luz “colorida” atinge o olho ela sensibiliza X cones sensíveis ao vermelho (R); Y cones sensíveis ao verde (G)
e Z cones sensíveis ao azul (B), sendo encaminhada para o cérebro uma mensagem (X, Y, Z).

As diferentes cores são observadas quando a ação das luzes nos três tipos de cones ocorre de modo não uniforme.

Assim temos, por exemplo:

X=Y=Z ___________ branco

X=Y=ez=0 __________ amarelo

Y=ZeX=0 ___________ ciano

X=ZeY=0 ___________ magenta

Valores Triestimulares
1.8000

1.6000

1.4000

1.2000

1.0000

0.8000

SERVIÇOS
0.6000

0.4000

0.2000

0.0000
400 420 440 460 480 500 520 540 560 580 600 620 640 660 680 700

Valores de Refletancia Iluminante Observador Padrão

XYZ
v2080

400 500 600 700

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3.1 - Deficiências visuais e as cores

Visão deficiente : daltonismo

Nem todas as pessoas vêem as cores da mesma maneira.


Aproximadamente 10% dos homens e menos de 1% das mulheres apresentam algum grau de deficiência na percepção das
cores, por razões de ordem cromossômica. Daltonismo é o nome que se dá a essa deficiência de característica hereditária.

O tipo mais comum de daltonismo é aquele em que a pessoa não distingue o vermelho do verde. Pode ocorrer, para o
daltônico, a dificuldade em distinguir essas cores , pois elas podem se apresentar cinzentas em várias tonalidades. Outros
daltônicos podem confundir o azul e o amarelo. Mas há um tipo raro de daltonismo que leva as pessoas a enxergar o mundo
em preto, branco e cinzento.

É muito comum casos em que a pessoa já nasce com o problema e só descobre a doença quando já é adulta.

Outras condições que podem levar a distúrbios na percepção das cores são alterações degenerativas da retina na infância,
doenças maculares relacionadas à idade e doenças do nervo óptico, entre outras.

O que realmente confunde essas pessoas são as tonalidades de cores "próximas", como verde escuro e marrom, salmão e
laranja.

Um dos testes utilizados para verificar se existe alguma deficiência é o Teste de Ishihara, muito utilizado na prática médica.

O Dr. Shinobu Ishihara (1879-1963), professor emérito da Universidade de Tókio, desenvolveu, em 1917, uma série de
testes para testar deficiências na percepção de cores. Os testes devem ser efetuados em um recinto com iluminação natural.

SERVIÇOS

Agora, compare o resultado: pessoas com percepção normal enxergam a letra O; pessoas com deficiência para percepção
das cores vermelho e verde vêem a letra Q; pessoas com ausência de percepção de cores não conseguem fazer a leitura das
letras.

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A maioria dos daltônicos com dificuldade pra distinguir o verde e o vermelho enxergam o numero 5. Pessoas com visão
normal ou com cegueira total para cores não lêem nada.

Ilusão de ótica e as cores

Em muitas situações vemos com distorções, isto é, as coisas parecem diferentes do que são. Isso se chama ilusão de ótica.

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Imagens que parecem se movimentar

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Imagens que parecem se movimentar - Fixe o olhar no ponto negro central da figura colorida à
direita e veja como as cores desaparecem .

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Na percepção das cores isso também pode ocorrer.

Veja alguns exemplos:

Os círculos cinzentos internos aos quadrados


são de igual tom; mas, o que está dentro do
quadrado mais claro parece mais escuro que
todos.

Repare como a mesma barra parece ter outra tonalidade.

Isto ocorre, porque na maioria das vezes nossa mente visualiza imagens, comparando-as.

A cor nunca é real. Ela é relativa a qualquer outra cor que seja colocada a seu lado. Há duas tonalidades de verde nesta
imagem. Observe abaixo que o quadrado pequeno parece mais claro e brilhante por estar dentro do verde mais escuro. Na
realidade, ele apresenta a mesma tonalidade do quadrado do meio.

SERVIÇOS
A Cor inexistente

Toda cor irradia outra cor que é a sua cor complementar.

Quando observamos um objeto colorido por determinado tempo, e se em seguida olharmos para uma parede branca, temos a
sensação de estar vendo esse objeto (ou uma sombra dele) colorido por sua cor complementar.

Muitos artistas chamaram a isso de cor inexistente e aproveitaram esses efeitos óticos em muitas composições criando cores
(sob efeitos óticos) que na realidade não haviam utilizado nos quadros.

Esse movimento artístico é conhecido como Op-Art.

As cores também, quando colocadas lado a lado, se influenciam.

Para ver uma cor irradiada faça o seguinte: olhe fixamente para um objeto de cor uniforme, um pedaço de papel colorido,
por exemplo, por 30 segundos e, imediatamente transfira seu olhar para uma superfície branca (uma parede ou uma folha de
papel). Fixe seu olhar nessa superfície e você verá uma "sombra" aparecer diante de seus olhos. Por que isso ocorre ?

Quando as células que decodificam cada cor se fatigam devido a superestimulação de uma certa cor, as células que
identificam sua cor complementar entram em ação, proporcionando um certo "descanso" momentâneo.
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Tomando por exemplo a seguinte imagem.


Olhe-a no centro fixamente por 30
segundos; então feche os olhos e
rapidamente direcione seu olhar para
uma superfície clara.
E agora, o que você vê ?

As células que decodificam a cor vermelha e azul se fatigaram devido ao excesso de estímulo. Assim, as células receptoras
das outras cores (verde e amarelo) entram em ação como forma de compensar esse "desequilíbrio visual momentâneo",
conseqüentemente, você verá então as cores reais da bandeira brasileira (o verde e o amarelo). Esse efeito visual é
conhecido como "cor inexistente".

Onde ocorre a ilusão ? No olho ou no cérebro ?

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De perto você vê a imagem de Albert Einstein, Quais imagens você vê nesta foto?
e a distância, veria Marilyn Monroe.

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Nosso sistema visual é feito de várias partes.

A primeira é o olho, que é esférico. No fundo do olho está a retina. Nela, há as células que absorvem a luz dos objetos que
vemos.

Nas células de retina, a energia da luz é transformada em energia elétrica, levada ao cérebro em forma de impulso nervoso,
através do nervo ótico. O cérebro interpreta o sinal como sendo a imagem do objeto que os olhos vêem. A ilusão de ótica
começa pelos olhos, pois um olho vê através de uma direção ligeiramente diferente da direção do outro olho. Esse fato nos
permite ver em terceira dimensão, em profundidade.

Há, também, o que se chama de olho dominante. A maioria das pessoas tem a mão direita dominante em relação à esquerda.
Como saber qual olho é dominante ?

Coloque o polegar a uns 20 cm dos olhos e alinhe-o com um objeto, colocando o polegar na frente do objeto, com os olhos
abertos. Feche um deles e depois o outro.

Com um deles, o dedo sai da frente do objeto. Com o olho dominante, o dedo continua na frente do objeto.

Mistura de Cores

Não dá para imaginar as cores sem a existência da luz. O surgimento da luz faz
parte dos mistérios que envolvem a criação do mundo, mas é a partir da existência
da luz que percebemos as cores. Com o surgimento da luz, surgiu também a cor,
ou melhor, a cor-luz, que é a decomposição da luz branca nas demais cores.

SERVIÇOS
Quando o estímulo da cor envolve a ação de corantes, que filtram e refletem essas
mesmas luzes, temos as cores-pigmento, formando novas cores.

Na busca por novas matizes, são combinadas quantidades de outras cores, para
que os novos tons surjam. A combinação de substâncias coloridas ou corantes tem como resultado a formação de novas
tonalidades.

Portanto, pode-se verificar que é possível se obter uma cor de diversas maneiras; ou por meio de feixes de luzes
monocromáticas ou pela mistura de duas ou várias delas.

As cores obtidas por mistura binária são mais vivas, mais brilhantes enquanto que o brilho da cor diminui com a quantidade
de luzes utilizadas (cor mais acinzentada).

Este tipo de mistura é chamado de mistura aditiva: superposição de efeitos de luzes sobre o olho humano ou sobre uma
superfície.

As cores que não se misturam eficientemente são chamadas cores complementares (ex: vermelho e verde, amarelo e azul).

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No entanto, podemos obter uma mistura de cores por subtração, por meio de filtros: os efeitos de iluminação vão se
subtraindo.

Convenciona-se atribuir a um filtro o valor negativo da cor que ele elimina.

Quando um feixe de luz branca (ou policromática qualquer) incide numa superfície que possui vários pigmentos misturados,
a luz emergente é dada pela luz filtrada por todos os pigmentos.

Refletância da Luz

Luz Incidente
Refletância Reflexão
Difusa Especular

SERVIÇOS
Por exemplo, um feixe de luz branca incidindo numa mistura de pigmentos ciano e magenta.

Luz incidente _________________ G+R+B

Pigmento (filtro) ciano _______________ R

Pigmento (filtro) magenta ____________ G

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3.2 O Efeito da Luz sobre o Objeto

Dos três itens que são necessários para enxergar a cor, o objeto é o mais dependente dos outros. Apesar de ele possuir em
si a cor, é necessário que ele seja iluminado e que alguém o observe para que então a cor possa ser vista. O objeto não
possui luz própria, por isso é necessário que haja uma fonte de luz que faça com que ele transmita a cor. Na realidade, o
objeto apenas reflete ou absorve a luz que chega até ele. Por exemplo: se temos um objeto branco e projetarmos uma luz
branca sobre ele, serão refletidas todas as frequências da luz e enxergaremos a cor branca. Se o objeto for preto, ele vai
absorver toda a luz que chega nele e, se a luz é absorvida, não transmite nada ao observador.

Portanto, enxergaremos a cor preta. Mas então, como vemos o vermelho, por exemplo? Aprendemos que a luz pode ser
dividida em três cores principais: vermelho, verde e azul violeta. Quando temos um objeto vermelho, a luz reflete apenas
os comprimentos de ondas do vermelho, absorvendo as ondas do verde e do azul violeta. No caso do cyan, a luz refletida
é o verde e o azul violeta, e o vermelho é absorvido. Assim funciona com cada cor. Veja:

Objeto modifica luz. Colorantes (pigmentos e corantes), são grandes causadores deste efeito, pois o objeto seletivamente

SERVIÇOS
absorveu alguns comprimentos de onda da luz enquanto refletem ( ou transmite ) outros. Nós vemos a cor laranja por que
todo o outro comprimento de onda da luz branco incidente tem sido absorvidos e somente o comprimento de onda laranja é
o que pode ser visto.

As 4 maiores coisas que podem acontecer para a luz quando ela encontra um objeto são:

1) - Reflexão Especular na primeira superfície do objeto (associada com o brilho).

2) - Difusão dentro do Material (associado com reflexão difusa e algumas vezes com transmissão difusa).

3) - Absorção dentro do Material (largamente responsável pela cor).

4) - Transmissão Regular diretamente através do objeto, se ele é mais ou menos transparente (associado com a claridade).

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Interacão da Luz com o objeto

Luz Incidente
Reflexão
Especular

Para ver estes processos em ação, vamos retornar ao objeto vermelho. Considere primeiro um brinquedo com pigmentação
vermelha. Desde que nós agora conhecemos que os comprimentos de onda da luz são muito pequenos, encontramos e temos
que considerar o detalhe do microscópio do brinquedo para entender o que acontece com a luz incidente. A fig. representa
como a luz incide sobre o brinquedo, vista sob o microscópio.

Quando um feixe de luz encontra a primeira superfície deste objeto não metálico, uma pequena parte desta é refletida não
penetra no objeto. A atual quantia refletida depende, sobretudo da lisura da superfície, do índice de refração do material e o
ângulo no qual o feixe de luz incide na superfície. Esta luz refletida é que nós vemos como reflexão especular, e é
responsável pela aparência brilhante do objeto. Com materiais normais não metálicos esta luz refletida é pouco alterada,
sobretudo na cor.

Se a 1ª superfície do objeto é rugosa, ou texturizada a luz refletida na superfície seria difundida em muitas direções.

Esta luz colorida difundida é adicionada e observada na reflexão difusa.

Assim o objeto metálico, teria a aparência mais clara e menos saturada em cor do que um objeto brilhante de mesma
composição.
SERVIÇOS

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3.3 - Teste para Avaliação de Acuidade Visual para Cores

Teste de 100 Matizes de Farnsworth-Munsell.

O Teste de Distinção Cromática, conhecido como Farnsworth-Munsell - Hue Test é um Teste reconhecido
Internacionalmente e aplicado para avaliar quão biologicamente o indivíduo nasceu com capacidade para perceber pequenas
diferenças de cores, e detectar possíveis anomalias em diferentes graus (Daltonismo), rastreando todo o Espectro visível
captado pelo olho Humano.

O Hue Test, justamente informa grau de Daltonismo, caso exista, e em que faixa do Espectro Visível(Cor) esta anomalia
está se manifestando. Este Teste é uma avaliação completa de todo o espectro, diferente do HVC, ou a Tábua de Ishihara,
que não tem a mesma atuação do "Hue Test".

O teste de Distinção Cromática é um Teste Internacional que avalia, quão biologicamente o indivíduo que direta ou
indiretamente trabalha com cor, percebe as pequenas diferenças de tonalidade, cromaticidade e Matiz.

Ele é aplicado no intuito de formar grupos coesos e capacitados para a avaliação de cor visual, com o fim de gerar respostas
e opiniões mais consistentes no que diz respeito a tolerâncias e aprovações de produtos.

É realizado de acordo com duas Normas Internacionais - ASTM D 1729 e ASTM E 1499, têm sido extremamente utilizado
por Empresas de todo o Mundo. Está sendo um importante requisito das Normas de qualidade ISO, TS entre outras para
garantir que os indivíduos da Empresa que direta ou indiretamente trabalham com cores estejam aptos e capacitados a
avaliá-la visualmente.

Após a realização do Teste é emitido um Laudo que tem validade de 01 ano informando qual é o grau de Discriminação,
reconhecimento de matizes, dispersão nos possíveis erros (Polar ou Randômico) e “Score“ pontuação, que o coloca em 03
níveis de aceitação (Superior, Médio ou Inferior), gerando uma visão ampla sobre o atributo cor.

O procedimento é realizado sempre sob iluminação adequada. A avaliação é efetuada por 01 ou 02 vezes, para a análise de
repetibilidade do participante.

SERVIÇOS
Os resultados obtidos são dispostos em um gráfico, obedecendo ao modo proposto por Farnsworth através do programa FM
teste (Gretag Macbeth). A Classificação da Visão de Cores é baseada no total de erros apresentado (ver gráfico abaixo).

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4- Escalas para Medição diferenças de Cores Compreensão dos Valores dos Deltas.

As cores primárias da luz, vermelho, verde e azul, são as bases para se obter às cores secundárias da luz, ou seja:

- Magenta = vermelho + azul

- Ciano (azul esverdeado) = verde + azul

- Amarelo = vermelho + verde

Assim, chamamos as cores da luz de "ADITIVAS" . Uma cor secundária da luz misturada nas suas devidas proporções com
sua cor primária oposta produzirá a luz branca. Por exemplo: uma mistura de luz amarela e azul resultará em uma luz
branca. Assim sendo, dizemos que as luzes amarelas e azuis são complementares entre si. Da mesma forma dizemos que
cyan + vermelho e magenta + verde, também são complementares entre si.

Em pigmentos ou corantes uma cor primária é definida como aquela que absorve uma cor primária da luz e reflete ou
transmite as outras duas. Assim, as cores primárias em pigmentos são magenta, ciano (azul esverdeado) e amarelo que
correspondem exatamente às cores secundárias da luz. Esta natureza subtrativa dos pigmentos é facilmente demonstrada
utilizando-se três filtros pigmentados com magenta, ciano e amarelo, sob uma fonte de luz branca disposta na forma do
desenho abaixo.

SERVIÇOS

Cada um dos filtros pigmentados absorve ou subtrai uma das cores da luz, assim quando dois filtros têm uma porção
superpostas uma das cores primárias da luz é transmitida. Por exemplo: o filtro amarelo absorve o amarelo e transmite
vermelho e verde; o filtro magenta absorve o verde e transmite o vermelho e azul. Juntos estes dois filtros transmitirão
somente o vermelho, tendo, por conseguinte subtraído as duas outras cores da luz branca.

Quando se superpõe os três filtros, toda a luz pré-absorvida, resultará em preto. As cores complementares dos pigmentos são
as mesmas da luz, amarelo e azul, ciano e vermelho, magenta e verde.

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Muito embora os pigmentos brancos e pretos não sejam considerados cores verdadeiras, a adição delas a um pigmento
colorido produzem os tingimentos, tonalidades e matizes. A adição de preto e branco a um pigmento produz uma matiz,
enquanto que a adição de branco produz um tingimento ou "corte" da cor, como é tecnicamente conhecido. Quando se
adiciona cinza (mistura de branco com preto) a um pigmento colorido se produz uma tonalidade mais suja descaracterizando
a Matiz principal.

SERVIÇOS
4.1 - Escala de Munsell, Pantone, Ral

De longe, a melhor organização do espaço, em superfícies coloridas é o sistema de cores de Munsell. Concebido por Albert
Henry Munsell, este experimento foi desenvolvido não como um experimento psicofísico, mas, para encontrar suas
necessidades como um artista e um meio para identificar e inter-relacionar superfícies coloridas ( Munsell, 1905 ).

O sistema foi publicado na forma de um livro; “O Livro Munsell de Cores”, o qual continha uma coleção de peças
coloridas bem arranjadas onde as diferenças entre as peças adjacentes foram vistas como iguais (Munsell 1929). As
coordenadas do sistema de Munsell são: A luminosidade, a saturação(Cromaticidade) e a Matiz (Tonalidade).

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SERVIÇOS
O sistema de Munsell provinha de um experimento básico de um número de conjuntos com escalas uniformes de cores.

Na década de 1940 as placas coloridas originais do Sistema de Munsell foram medidas Espectrofotometricamente e
especificados por valores de X, Y e Z, para o iluminante “C.”.

O espaço visual foi reacessado baseado no experimento visual com um cinza neutro de fundo. Neste experimento espacial
de cores, foram questionados observadores para selecionar as placas que se encontravam entre dois outros igualmente
diferentes.

Então estas mesmas diferenças foram subdivididas novamente do mesmo modo. Resultados foram comparados, a média foi
feita para haver nivelamento da inconsistência de aparência. Extrapolações para cores mais saturadas do que aquelas
realizáveis com pigmentos reais também foram feitas. As relações derivadas entre as cores computadas por Munsell
instrumentalmente e as estimativas visuais são chamadas de Renovação do Sistema de Munsell (Newhall. Etal, 1943).

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Escala Pantone

Fundada em 1962 em New Jersey, Estados Unidos, a Pantone Inc. é famosa pela “Escala de Cores Pantone” (“Pantone
Matching System” ou PMS), um sistema de cor utilizado em uma variedade de indústrias especialmente a indústria gráfica,
além de ocasionalmente na indústria têxtil, de tintas e plásticos.

Enquanto o processo CMYK é o método padrão para impressão da maioria dos materiais do mundo, o sistema Pantone é
baseado em uma mistura específica de pigmentos para se criar novas cores. O sistema Pantone também permite que cores
especiais sejam impressas, tais como as cores metálicas e fluorescentes.

SERVIÇOS

Mas por que a Pantone tornou-se sinônimo de cor? Simples, há mais de quarenta anos a indústria americana de tintas
Pantone desenvolveu um sistema numérico de cores de tintas e conseguiu manter uma alta regularidade e padrão na
produção destas. Assim, sem nomes regionais ou de aplicação restrita, tornou-se muito mais confiável falar-se em números,
que, não são ou estão sujeitos a subjetividade humana do que em nomes, os quais variam e denominam diferentes coisas de
lugar para lugar.

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Enquanto que a maior parte das cores do sistema Pantone esteja além da gama de cores reproduzíveis pelo CMYK, as que
podem ser simuladas pelo sistema de quatro cores (CMYK) são marcadas como tais nas guias da empresa.

São basicamente dois os tipos de produtos desenvolvidos pela empresa, sem contarmos os softwares e equipamentos: os
leques ou escalas e as amostras destacáveis. Os leques/escalas são guias de referência rápida que trazem o número da cor e
como obtê-la através do método de impressão CMYK, tendo como grande diferencial sua portabilidade e fácil manuseio. Já
as amostras destacáveis são derivadas destas escalas e tem por objetivo a comunicação precisa e inequívoca da cor bem
como a montagem da identificação visual da empresa/cliente.

É importante lembrar que estes produtos, além de serem guias práticos para formulação e obtenção de cores também são
utilizados, na grande maioria das vezes, como referência em áreas anexas e correlatas a outras que a utilização de forma
direta. Uma vez de posse da escala e do número que seu cliente especifica, o fornecedor pode identificar corretamente a cor
desejada e desenvolver mecanismos para obtê-la.

Entretanto, muitas vezes o processo ocorre de forma equivocada e inversa, onde o usuário desenvolve seu trabalho no
computador e lá escolhe a cor desejada, sem levar em conta que, o que está sendo visualizado são luzes cuja gama de
possibilidade é infinitamente maior do que as possibilidades de impressão gráfica.

Muitas vezes, com seus monitores e impressoras não calibrados, ao apresentar e vender sua idéia ao cliente mostrando-a no
monitor ou impressa através destas impressoras, estes profissionais irão se deparar com um resultado nada agradável, pois
irão se utilizar da numeração Pantone obtida no software usado, da referência do monitor ou impressora não calibrados, e de
gráficas que muitas vezes não utilizam tintas de qualidade para imprimir seus trabalhos. O final da história todos
conhecemos: insatisfação geral – trabalhos devolvidos, prejuízos para todos e adjetivos ou qualificações desfavoráveis.

Para uma correta utilização dos produtos Pantone, tanto criadores, gráficos, designers, engenheiros de produtos e outros,
devem primeiramente escolher a cor que desejam em suas escalas atualizadas. Uma vez escolhida, a cor deve ser aplicada e
tratada independente do resultado visualizado na tela ou na impressora de “escritório”. Ao se mandar o trabalho para o
fotolito ou diretamente para a gráfica, informe a cor utilizada ou os valores CMYK que deseja obter como resultado.

SERVIÇOS
Uma cor Pantone pode ser facilmente identificado usando-se um conta-fio ou uma lupa. Ao contrário do sistema CMYK,
não haverá retícula visível e a cor será chapada. Para áreas como Têxtil, Plásticos, Tintas Imobiliárias e afins, existem
Padrões Pantone específicos para serem utilizados com referência, utilizando como substrato para tingimento os materiais
característicos destes segmentos industriais.

Escala Ral de Cores

O sistema RAL, com 193 cores, é menor que o NCS, porém representa cores padronizadas em muitos materiais,
equipamentos e marcas existentes no mercado, é um sistema universal.

A sigla RAL quer dizer: Rationelle Arbeitsgrundlagen für die praktiker des Lack.

Atualmente, o termo RAL designa uma ampla linha de produtos destinados ao controle de reprodução de cores na indústria,
nas artes gráficas e em sistemas digitais.

As cores são identificadas por 4 dígitos. Ex.: RAL 3009, que corresponde à cor vermelho óxido (Oxidrot).

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Nos anos 20, racionalização foi o principal assunto na indústria das tintas e vernizes. Por essa razão, consumidores e
autoridades concordaram em estabelecer uma escala de 40 cores, montada a partir de cores primárias e misturadas. Esta
escala foi entregue aos cuidados do Instituto RAL, que a registrou com o número RAL 840, em 1927. Neste meio tempo,
essas 40 cores RAL multiplicaram-se para 1898 cores, sendo que, deste total, 30 ainda são cores originais da escala de
1927!

O sistema RAL, com 193 cores, é menor que o NCS, porém representa cores padronizadas em muitos materiais,
equipamentos e marcas existentes no mercado, é um sistema universal.

Existem vários catálogos de cores RAL, mas o mais usado em Portugal é o K7 que apresenta um acabamento brilhante.

O sistema RAL é dividido em 9 grupos de cores com as suas respectivas tonalidades

Números Grupos de Nº de
RAL.... Cores Cores no K7

SERVIÇOS
1000 amarelos 26

2000 laranjas 10
vermelhos e castanhos
3000 20
avermelhados
4000 violetas e púrpuras 10

5000 azuis 23

6000 verdes 34

7000 cinzas 37

8000 castanhos 20
pretos, brancos,
9000 13
cinzas claros e alumínio

No futuro, as cores RAL consolidarão ainda mais a precisão e variedade de cores, atendendo às necessidades estéticas e
emocionais de quem escolhe e trabalha com cores.

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4.2 - Observador Padrão CIE, compreensão dos valores dos Deltas.

Como a cor depende do observador, tornou-se necessário padronizar este elemento. Em 1931, a CIE criou o observador
padrão 2º e, em 1964, criou o observador 10º. Observador padrão representa a sensibilidade do olho humano com a mistura
das três cores primárias: vermelho, verde e azul.

A padronização do campo visual do observador significa simplesmente a escolha de duas áreas distintas na retina: a parte
central (fóvea, onde praticamente só há cones), e a geral (que inclui também uma área onde há bastonetes). Os cones são os
elementos responsáveis pela visão em cores e os bastonetes são responsáveis pela visão em preto e branco.

Em 1931, a CIE passou a recomendar a padronização da fonte de luz e do observador e uma metodologia para derivar os
números que provêm da medida de uma cor vista sob uma fonte de luz e de um observador padrão.

O método CIE 1931 estava previsto para ser usado em aparelhos de espectrofotometria.

A descrição da amostra ou objeto é feita com a interação da luz. Esta interação é chamada de “Curva Espectral ou
Espectrométrica”. Esta curva pode ser observada pelo olho humano e também por aparelhos de espectrometria
(espectrofotômetros).

Para cores opacas como tintas, tecidos e plásticos, a curva é chamada “curva de reflectância”. Para materiais transparentes
como líquidos e vidros, esta curva é chamada de “curva de transmitância”.

4.3 - Analisando as Respostas de Cmprimentos de Onda características do Observador

No sistema CIE, a percentagem relativa de cada uma das cores, teóricas primárias (Vermelho, Verde e Azul) de uma cor,
pode ser identificada utilizando-se um valor matemático derivado do gráfico sobre o Diagrama de Cromaticidade como um
ponto cromático.

SERVIÇOS
A partir desse ponto cromático, o comprimento de onda predominante e a sua pureza podem ser determinados. Todas as
cores possíveis podem ser designadas no Diagrama de Cromaticidade, sejam eles emitidos, transmitidos ou refletidos.

Assim sendo, o Sistema CIE pode ser coordenado com todos os outros sistemas de designação de cores. Para se especificar
a cromaticidade de uma cor no Sistema CIE é primeiramente necessário medir os valores espectrofotométricos de
refletância, emissão ou transmissão a cada comprimento de onda.

Esses valores devem ser calculados pelos valores das três cores teóricas primárias e a computação resultante representará a
quantidade de cada uma das cores primárias (Vermelho, Verde e Azul) necessárias para produzir para o observador padrão,
a cor do espectro a este comprimento de onda.

Os resultados de cálculo de cada uma dessas cores(Vermelho, Verde e Azul) são chamados de valores tristímulos para a cor
solicitada.

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DIAGRAMA DE CROMATICIDADE - CIE 1931 (X, Y)

Os valores trístimulos são designados pelas letras maiúsculas:

X = Vermelho
Y = Verde
Z = Azul
SERVIÇOS
O valor y (verde) é também o fator de luminosidade da cor. Os valores tristímulos são aqueles utilizados para calcular as
coordenadas cromáticas de uma cor.

As coordenadas cromáticas de uma cor representam as percentagens relativas de cada uma das cores primárias presentes
a uma cor dada. Os valores utilizados para designar as coordenadas são expressos pelas letras minúsculas x y z.

x = Vermelho
y = Verde
z = Azul

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Os valores fracionários são facilmente computados a partir dos valores tristímulos de x,y,z de acordo com a seguinte
equação.

X
____________________ = x
X+ Y + Z

Pela substituição respectiva de X por Y e Z no numerador dessa equação, obteremos os valores das coordenadas
cromáticas para y e z. Assim sendo, as coordenadas representam valores fracionários e a soma de x + y + z será sempre
igual a 1,0.

SERVIÇOS

Quando os valores das coordenadas cromáticas x y forem demarcadas no Diagrama de Cromaticidade CIE, o ponto de
intercessão será a representação gráfica da cromaticidade de uma cor dada em relação as três cores teóricas primárias do
Diagrama.

Depois de se ter localizado o ponto de cromaticidade no Diagrama de Cromaticidade CIE, é fácil deduzir o seu
comprimento de onda dominante e a sua pureza. Uma linha a partir do ponto de equilíbrio de energia é traçada pelo ponto
de cromaticidade da cor que interceptará com o ponto de energia espectral a altura do comprimento de onda dominante.

Assim, sabendo-se que o ponto de energia espectral representa 100% da pureza, e o ponto de equilíbrio de energia
representa 0% de pureza, temos que à distância entre esses dois pontos é relativo à distância entre o ponto de equilíbrio de
energia e o ponto em que se inicia a contagem percentual da pureza da cor a ser identificada.

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A designação de uma cor no Diagrama de Cromaticidade CIE não dá informações da distribuição da energia espectral da
fonte de luz ou de objeto. As bases dos primeiros impulsos para as fórmulas cromáticas são as da energia de cada
comprimento de onda, porque não são consideradas individualmente e sim pelo valor médio. Por isso a identificação das
percentagens das primárias em uma cor não é um completo sistema de identificação, pois muitas combinações diferentes de
mistura de energia espectral poderão estar na resultante de cada uma das cores primárias da mesma cor aparente.

O atual Sistema C.I.E é, entretanto ainda mais preciso do que o Sistema de Ostwald ou Munsell, porque ele especifica a cor
em bases físicas, eliminando a necessidade do olho humano ou comparações com julgamentos subjetivos.

A mais completa medida de cor, necessariamente, deve incluir a Cromaticidade CIE, a Cromaticidade Dominante e o valor
da pureza junto ao valor de distribuição de energia espectral de forma que se obtenha com precisão as coordenadas
necessárias.

4.4 - O Observador Padrão

Em 1931 a Comissão Internacional de Iluminação - CIE (Iniciais do nome Francês - Comission Internacional de
L’Eclairage) colocou adiante um Sistema com o objetivo de descrever a cor por uma combinação própria de elementos,
amostras (objetos), fontes de luz e observador. O CIE providenciou também os elementos de padronização da fonte de luz e
dados do observador.

O CIE criou o método de obtenção dos números que produziram a medida de cor de uma amostra, como se esta estivesse
sob uma fonte de iluminação padrão e analisada por um observador padrão. Estes números são chamados valores tristímulos
X, Y e Z.

Em 1931 o CIE recomendou o uso de várias fontes com as quais foram então definidos os iluminantes padrões, pois aí sua
distribuição da força espectral foi mensurada.

Em 1965, o CIE recomendou alguns Iluminantes padrões adicionais. O mais importante destes novos iluminantes (ao
menos para aplicações industriais) foi o D65. O D65 é um iluminante representando a distribuição espectral típica da luz do
SERVIÇOS
dia, havendo uma correlação cor/temperatura de 6500°K (Branco azulado). Para cores industriais trabalhamos com
iluminantes D65, F2(4200°K) e A (2854°K), são os mais freqüentemente usados.

No parágrafo anterior você notará que o termo “Fonte” e “Iluminante” foi usado, pode parecer que eles representam a
mesma coisa, de fato eles podem ou não podem parecer. Na terminologia do CIE, uma fonte é uma luz real que pode ser
ligada ou desligada e pode ser usada quando olhamos para uma amostra real.

Iluminante é uma incidência de energia luminosa especificada pela sua distribuição espectral. Quando os
experimentos feitos em 1931 foram realizados (Observador Padrão), as condições permitiam que somente a área da retina
fosse usada.

Esta área é chamada de FOVEA. A área cobre um ângulo de 2° da visão. Este ângulo de 2° é o equivalente a estar olhando
uma moeda de 1 centavo a uma distância de 18 polegadas. Os cientistas determinaram que a área central da retina (FOVEA)
tem desconsideravelmente, características menos importantes do que o resto da retina.

Em 1964 o CIE recomendou o uso de uma desconsiderável diferença de observadores, pois quanto maior é a correlação de
precisão maior é o tamanho da amostra requerida. Este suplementar observador padrão é chamado de observador de 10°. Os
valores para o observador de 10°, foram determinados usando procedimento similar ao do observador a 2°, exceto que o
tamanho da área colorida foi consideravelmente maior. O ângulo de 10° é equivalente a olharmos uma amostra de 3
polegadas de diâmetro a uma distância de 18 polegadas. O observador a 10° é muito recomendado para aplicações
industriais.

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2 ° vs 10 °

A Fovea vê pequenos objetos


em grande detalhe. O restante do olho
entretanto, esta também ocupado
canalizando informações colorimétricas
para o cérebro. Parece que nossa sensibilidade
é modificada pelo tamanho do objeto!

TECNOCOR

4.5 - Luminosidade, Cromaticidade, Matiz e Metamerismo

4.5.1 - Luminosidade
Um aspecto da resposta dos três dispositivos que recebem luz no olho humano é fazer a percepção da luminosidade.
Luminosidade refere-se à relativa resposta de intensidade visual para diferentes comprimentos de luz. A função
luminosidade foi desenvolvida a partir de um estudo de 52 observadores, escolhidos antecipadamente por investigadores
(Coblentz e Emerson, 1918 - 1919). Eles foram adotados pelo CIE em 1924, como funções do olho em níveis de iluminação
normal e noturna.

SERVIÇOS
Para obter estes números de luminosidade de diferentes comprimentos de onda, um experimento foi conduzido no qual
observadores humanos ajustavam visualmente as intensidades das fontes de luz de diferentes comprimentos de onda, até
elas parecerem igualmente luminosas (brilhantes). Determinando o atual nível de energia destes estímulos luminosos
equivalizados, é possível computar eficiências relativas de nossos olhos convertendo a energia para sensação de intensidade
de luz.

Para minimizar esta dificuldade, duas técnicas experimentais que produzem resultados consistentes tem sido usadas. No
método de cascata o observador vê em uma tela iluminada à sua esquerda por um comprimento de onda, e a sua direita por
outro comprimento de onda diferente.

Os comprimentos de onda são espectralmente parecidos e estão colocados juntos (lado a lado), só que a diferença cromática
é pequena; nestas circunstâncias, o observador é capaz de ajustar a intensidade do segundo comprimento de onda, só que
com o mínimo de diferença no resultado. O observador então usa o segundo comprimento de onda como um padrão,
comparando-o com o novo terceiro comprimento de onda ainda mais distante do primeiro. Este processo, passo a passo, é
continuado através da colocação do espectro, e os níveis de energia em cada caso são registrados. Um variador fotométrico
na outra mão usa uma tela iluminada alternadamente para distribuição em dois comprimentos de onda em sucessão rápida.
O observador ajusta a energia relativa para minimizar o variador; com este arranjo a sensação de oscilar predomina sobre a
diferença de cromaticidade e os dois comprimentos de onda podem variar esplendidamente em cromaticidade (vermelho e
verde, por exemplo), sem destruir a habilidade do observador para ajustar as mínimas oscilações. Assim com a variação
fotométrica, uma simples referência de luz pode ser usada para comparação com todos os comprimentos de onda.

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4.5.2 - Cromaticidade

É a qualidade que caracteriza a quantidade da Cor, indicando a proporção em que ela está
misturada com o branco, preto ou cinza.

Quando uma Cor não está misturada com outra acromática ela é dita pura ou saturada e caso
contrário, ela é dita pálida ou acinzentada.

É representada pelo símbolo DC (Chroma - saturação da cor).

SERVIÇOS
Cromaticidade

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4.5.3 - Matiz e Metamerismo

-Matiz é o nome da cor (ou família da cor), Vermelho, Verde, Amarelo, Laranja, etc... A
qualidade pela qual nós
distinguimos um grupo de cores de outro. Na Matiz que é também chamada de Hue em inglês, é onde obtemos o Tom e o
subtom das cores, como por exemplo, uma Matiz vermelha pode ser azulada e amarelada, uma matiz azul pode ser
avermelhada ou esverdeada e assim sucessivamente.

A
M
A
R
E
L
O

VERDE

VERMELHO

L
U
Z
A

O metamerismo é usualmente referido a situação onde duas amostras de cores parecem iguais sob uma condição de
iluminação, mas diferente sob outra. Outros tipos de metamerismo incluem metamerismo geométrico e o
metamerismo de observador. Duas amostras que se igualam condicionalmente são ditas como par metamérico. Se
duas amostras têm idêntica reflexão espectral elas não podem ser metaméricas – elas se igualam de forma
incondicional.

Este fenômeno é mais constante no caso das cores intensas, porém, também ocorre em cores claras. Em todos os casos
indesejáveis a metameria é particularmente freqüente em tonalidades metálicas, pelas características próprias de reflexão de
luz que o sistema possui.
SERVIÇOS
Graficamente a metameria entre dois corpos de prova se mostra quando existe dois ou mais pontos de cruzamentos entre
as curvas de reflexão dessas duas provas no espectro visível.

Por causa disto e aconselhável efetuar-se a comparação de cor utilizando-se vários iluminantes diferentes como, por
exemplo: Luz do dia fria ou fluorescente ou de tungstênio e luz mista de mercúrio.

Cálculo do índice de metameria:

X1, DY1, DZ1, D São os valores tristímulos da cor 1 sobre o iluminante D65

X2, DY2, DZ2, D São os valores tristímulos da cor 2 sobre o iluminante D65

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X1,D Y1,D Z1,D


portanto: fx =---------- --------- ---------
X2,D Y2,D Z2,D

X1,A Y1,A Z1,A ; X2,A Y2,A Z2,A São os valores tristímulos correspondente sobre o
Iluminante A. Assim sendo efetua-se a seguinte correção:

X’2,A = fx X2,A Y’2,A = fy Y2,A Z’2,A = fz Z2,A

Finalmente calculamos a diferença de cor entre a cor definida pelas coordenadas (X1, A, Y1, A, Z1, A) e uma Cor
“corrigida” definida pelas coordenadas (X’2, A, Y’2, A, Z’2, A).

Esta diferença de Cor assim calculada é o índice de metameria definido para estas duas cores.

Metamerismo

SERVIÇOS

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4.6 - Cromaticidade aliada a Resultados nas Moagens de Pigmento

Como pela própria definição dizemos que Colorantes são sais Orgânicos ou Inorgânicos que quando dispersados ou
solubilizados liberam "Cor", partindo deste princípio, este teste é feito tanto em mistura de pigmento como em concentrados
de cores, corantes e anilinas . Ele é descrito por muitas normas internacionais, porém o mais comum e ser feito de acordo
com o processo do cliente. A avaliação é dada por comparação visual e instrumental pela contagem de pontos em uma
determinada superfície ou por desenvolvimento de cor de um pigmento colorido em uma base branca. Eles podem ser
medidos por diferença de cor ou utilizando os índices especiais da programação de um software da área de Colorimetria.
Este tipo de teste é de grande importância em concentrados de cores que são utilizados para a fabricação de filmes com
espessura muito finas ou então em fabricação de multifilamento entre outros materiais, uma má incorporação pode
ocasionar um problema muito grande de dispersão assim também como outros fatores como, umidade, dureza de grãos, etc.

Na área Têxtil o grau de solubilização de Corantes é de vital importância para uma repetibilidade e reprodutibilidade da Cor.
Podemos aliar o desenvolvimento e performance corretas no aproveitamento de pigmentos e ou corantes com relação aos
valores de Cromaticidade, pois enquanto houver um aumento nos valores de Cromaticidade verificados através de Testes de
acompanhamento, estamos tirando o potencial de cor do produto que está sendo dispersado, solubilizado ou moído, sem
degradá-lo como exemplo, posso citar um moinho de esfera para tintas, cosméticos ou uma extrusora na área de Plásticos,
ou uma solubilização para a preparação de um banho para tingimento na área Têxtil. Este processo de dispersão ou
Solubilização deve ser monitorado para sabermos até onde estamos tirando proveito destes produtos, pois quando os valores
de Cromaticidade, iniciarem uma trajetória de queda estaremos degradando os produtos os quais estamos utilizando para
gerar cor. Falando de uma maneira mais simples estaremos "sujando" ou tornando-os menos saturados descaracterizando a
cor original do produto, o grande problema é que não há como reverter este efeito, retornando-o a mais saturado ou mais
"Limpo", o Poder Tintorial está totalmente ligado a este efeito. Estes colorantes após processados em seus devidos
equipamentos(Cisalhamento, Moagem ou Solubilização), passam para uma fase de incorporação em seus substratos,
podendo ser medidos por um equipamento Colorimétrico, onde pontos como Tom, Subtom, Poder Tintorial, Metamerismo,
Amarelamento, Brancura, cobertura, entre outros podem ser avaliados. É necessário preparar um corte com branco, ou
diluição no próprio substrato para obter estes dados com maior precisão. Equipamento como o Grindômetro e analisadores
de tamanho de partículas são muito utilizados para o acompanhamento de dispersão das partículas dos pigmentos.

SERVIÇOS

4.7 - Escalas para Medição de Diferença de Cores, suas Precisões e Aplicação

A- Conceito de diferença de cor

O Sistema Munsell de Notações de cores é baseada em um sólido de forma imaginária, muito parecido com um globo
irregular, O eixo vertical é graduado em nove tons de cinza, tendo o preto no ponto inferior, igual a zero, e o branco no topo
do eixo no ponto 10.

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As cores do espectro estão divididas em 20 cromaticidade que são representadas em sessões verticais e
perpendiculares ao eixo com a sua cor mais pura, localizadas na linha perimetral média (equador), do globo sólido.

O sistema Munsell também usa uma nomenclatura alfa-numérica de identificação dos padrões de cada sessão e que é
chamada “NOTAÇÃO MUNSELL”.

As variáveis neste sistema são:

HUE : Matiz(Tom/Subtom)da Cor


VALUE : Luminosidade ou Brilho
CROMA : Saturação

HUE ou Matiz é o atributo pelo qual se identificam as cores, ou seja, o Vermelho, Azul, Verde e Amarelo e as suas
respectivas misturas. Vermelho Violetado, Amarelo Avermelhado, Verde Amarelado, Azul Esverdeado, Violeta Azulado,
etc.

A Matiz Munsell é designada pela letra inicial da cor (em inglês) assim como as suas mesclas.

R (Red) : Vermelho
G (Green) : Verde
B (Blue) : Azul
Y (Yellow) : Amarelo
P (Purple) : Violeta

SERVIÇOS
As intermediárias seguem a mesma designação. Exemplo: RP (Red Purple) para Vermelho Violetado; YR (Yellow Red )
Amarelo Avermelhado, e assim por diante.

VALUE - Brilho ou Luminosidade é o atributo que descreve a luminosidade da cor, ou seja, mais clara ou mais escura.
Assim, uma cor na escala do eixo central que vai de zero para o preto absoluto até 10 para o branco absoluto terá a
indicação baseada neste eixo e designado pela expressão numérica nº/.Assim sendo, uma cor Vermelha pode ser clara ou
escura indicada numericamente. O Value, ou índice de brilho e luminosidade Munsell é aproximadamente igual à raiz
quadrada da percentagem de refletância de uma cor.

CROMA ou Saturação é o atributo que define a intensidade, saturação ou pureza do croma.

O Índice de saturação é também indicado por um número precedido de uma linha (/nº), que está precedida do valor da
luminosidade ou brilho, por sua vez, está precedida do número da sessão e a letra correspondente a sua cromaticidade.

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Por exemplo:

5R3/14
5 Sessão da cor
R Matiz/Tom (vermelho)
3/ Índice de brilho ou luminosidade
/14 Índice de Saturação(Cromaticidade)

O Departamento Federal dos Estados Unidos da América, chamado Inter-Society Color Council - National Burreau of
Standard(ISCC-NBS), padronizou 267 cores de tintas com nomes para sua identificação. Cada nome é acompanhado por
um mostruário colorido com o seu nome baseado nos limites definidos pelo Sistema de Notações Munsell.

Para melhor identificação das cores o ISCC - NBC utiliza uma série de advérbios adicionais que são utilizados em
combinação com os nomes das cores, para complementar a identificação dessas 267 cores básicas do sistema.

SERVIÇOS

B- Desenvolvimento Histórico dos métodos de medida de diferença de cor e sistema de Munsell,


escala de diferen de cor.

ALBERT H. MUNSELL foi um professor de pintura cuja intenção era um tanto diferente dos demais artistas, ele desejava
expressar cientificamente os parâmetros dos elementos que utilizava para seu trabalho e sobre tudo para ensinar seus alunos,
tendo desenvolvido um trabalho que hoje, depois de uma profunda evolução e utilizado mundialmente obtendo hoje
abrangência Internacional.

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As vantagens do sistema foram descritas por ele mesmo conforme é detalhado abaixo:

A - Apresentam definições vagas e abstratas de uma cor por uma notação definida;

B - Cada nome de cor, auto define seu grau de tom e valor de chroma;

C - Cada cor pode ser registrada e comunicada mediante um código;

D - Pode-se escrever a especificação de uma cor e verificá-la mediante características físicas;

E - As cores novas de nenhum modo perturbam a classificação ordenada já que está reservado
um lugar

F - O descolorimento pode ser definido e representado graficamente a certos intervalos,


manifestando assim, um progresso em termos de Matiz, Luminosidade e Cromaticidade.

Para simplificar, Munsell dividiu o círculo em 100 partes, de 0 a 100, começando por RP-P(vermelho, púrpura-vermelho,
passando por 5R (vermelho), 0, 25,Y (amarelo), o 65,B (azul)), e o 85,P (púrpura); os intermediários YR em 15 (amarelo-
vermelho), em 35, GY (verde-amarelo), em 55, BG (azul-verde), em 75 PB (púrpura-azul) e em 95, RP (vermelho-púrpura).

C - Sistema Hunter LAB, CIE LAB, FMC, CMC.

SERVIÇOS
A linguagem CIE LAB - diferença de cor calculada pelo uso das escalas de cores oponentes L*, a*, b* (CIE 1976), baseada
na aplicação de uma transformação de origem cúbica, para os valores tristímulos X, Y, Z ou valores tristímulos X2, Y2, Z2
(1964) ou X10, Y10, Z10 (1988).

O método CIE LAB fornece os valores numéricos do espaço de cor L*, a*, b*, C*, H* e suas respectivas diferenças em
deltas : DL*, Da*, Db*, DC*, DH* e DE*.

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d - ESPAÇO Lab

O espaço Lab possui três coordenadas cartesianas, uma denominada “L” outra “a” e outra “b”.

A coordenada do L determina e quantifica a luminosidade, a coordenada do “a” quantifica a variação das cores do verde
para o vermelho e a coordenada “b” a variação de azul para amarelo. Por meio destas três coordenadas, podemos posicionar
uma cor no espaço, ou seja, são números que expressam o endereço da cor. Ao obter-se os valores de L*a*b* do padrão e
L*a*b* da amostra, é possível calcular as diferenças entre padrão e amostra em cada coordenada, e também uma diferença
total, como segue:

DL= DL amostra –DL padrão

Da= a/amostra-a/padrão DE² = √DL² + Da² + Db²

Db= b/amostra-b/padrão

Por meio dos valores de delta L*, delta a*, e delta b* é possível saber a tendência da amostra em relação ao padrão. Por
exemplo:

Sendo o DE um número que determina a diferença total de cor entre o padrão e a amostra, poderíamos então usá-lo como
parâmetro de aprovação ou reprovação de cores. Contudo ainda veremos que existem atualmente parâmetros muito mais
confiáveis e que condizem com a realidade vista pelo olho humano. Lembrar sempre que o DE é um valor dimensional, é
necessário utilizá-lo em conjunto com as Coordenadas colorimétricas para abter melhor performance na formulação e
Controle de Qualidade da Cor.

SERVIÇOS
Abaixo, temos o espaço L*a*b* e o ponto de uma cor localizado no espaço tridimensional Este ponto está descrito por:

L=53,27%, a= -43,19 e b=-36,81

Este espaço de cores é uma excelente referência de posicionamento da cor, ou seja, a cada cor corresponde um respectivo
endereço que possibilita a ESPECIFICAÇÃO desta cor. Desta forma é possível calcular a diferença entre duas cores padrão
e amostra através do DE. As tolerâncias L*a*b* são limites de aceitabilidade de cor, onde se especifica uma permissividade
de variação no eixo a*, que chamamos de da*, no eixo do b*, que chamamos de db*, e no eixo do L*, que chamamos de
dL*. Estas tolerâncias podem ser simétricas, ou seja, com os mesmos valores no sentido positivo ou negativo, ou então
assimétrica, quando se pode permitir variações para determinada cor. Por exemplo, se porventura você esteja comparando
duas cores azuis, é extremamente problemática uma variação de amarelo neste azul, contudo se uma variação de azul
ocorrer, não será tão problemático assim. Desta forma, é possível aumentar a tolerância para o lado do azul, que seria para o
lado do -b*. Neste exemplo trata-se de um verde azulado, e, portanto é possível permitir uma maior variação das amostras,
para o sentido do verde e do azul.

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Curvas de Refletância Espectral

A curva de refletância espectral representa a identidade de uma cor, de tal forma que padrão e amostra, para serem
considerados muito próximos, têm que ter sua curvas de refletância espectral muito parecidas. Por isso dizemos que a
composição dos elementos corantes que compõem o padrão, são os mesmos que compõem a amostra. As curvas de um
padrão e uma amostra, que não possuem o mesmo formato, por sua vez não apresentam a mesma composição colorimétrica.
A interpretação correta da curva de refletância espectral, é tão importante quanto interpretar os demais valores de diferença
de cor.

Tecnocor Serviços Ltda EPP


SERVIÇOS www.tecnocor.com.br
Fone: (19)3523-4834

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A linguagem Hunter Lab, são as diferenças de cores calculadas pelo uso das equações de Hunter nas coordenadas de cores
oponentes L, a, b, aplicada para os valores tristímulos da CIE 1931, e iluminante “C” padrão CIE, e pela extensão de
aplicação observador padrão da CIE 1964, e outros iluminantes padrão em 1988.

Esta equação fornece os valores numéricos do espaço de cor Hunter L, a, b, e suas respectivas diferenças DL, Da Db e DE.

e - Linguagem FMC

Diferença de cor calculada pelo uso das equações de Friele - MacAdam - Chickering é também baseada nas elipses de
perceptibilidade de diferença de cromaticidade, bem como a função de luminosidade de Munsell.

As equações não são diretamente incorporadas aos termos das cores oponentes e sua separação em vermelho-verde,
amarelo-azul, e divisões de luminosidade; está na melhor das hipóteses como uma pobre aproximação das escalas L, a, b.

O método FMC fornece os valores de cores tristímulos X, Y, Z, y e x e as suas respectivas diferenças DX, DY, DZ, DCRG,
DCYB, DL, DC e DE.

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f- Espaço L*C*hº

O espaço L*C*hº é um espaço de coordenadas polares, onde temos a coordenada da Luminosidade (L*), que é exatamente a
mesma do espaço L*a*b*, a coordenada do C* que é definida como sendo a Saturação, e o hº, que é o ângulo tonal dentro
do espaço L*C*hº. Graficamente podemos descrever este espaço como segue: Se considerarmos o ângulo de 0º, temos então
a cor vermelha. Para o ângulo de 90º temos o amarelo, para o ângulo de 180º temos o verde e para o ângulo de 270º temos o
azul. Por meio da especificação angular do tom é possível saber se um padrão, quando comparado com uma amostra, possui
ou não mesmo tom. Se realmente foram utilizados os mesmos corantes ou pigmentos no padrão e na amostra, o ângulo tonal
será o mesmo. Já a Saturação, expressa por C*, é definida como a distância radial do centro do espaço até o ponto da cor.
No centro do espaço L*C*hº, estão os valores mínimos de saturação, e à medida que se caminha para as extremidades
aumenta-se o valor de saturação. A saturação está ligada diretamente à concentração do elemento corante.

g -Tolerâncias LCH

Uma das grandes virtudes do espaço L*C*hº, é a possibilidade da especificação de tolerâncias com pesos diferentes.

Se considerarmos que o olho humano tem um maior choque visual para variações de Tom do que de Saturação e
Luminosidade, então podemos dizer que no espaço L*C*hº, é possível restringirmos mais a possibilidade da variação de
tom por meio do ÂNGULO TONAL, e permitir uma maior variação de Saturação e Luminosidade nas coordenadas C* e
L*.

h - Linguagem CMC

Quando a CIE publicou recomendações do espaço de cores uniformes e associou a fórmula de diferença de cores; ela foi
geralmente aceita em pesquisas mais detalhadas que necessitaram estabelecer uma melhor correlação com julgamentos

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visuais. Muitas tentativas e desenvolvimentos melhoraram as fórmulas de diferença de cores que tem sido feitas.

Outras propriedades de diferença de cores tem sido desenvolvida, para eliminar o suplemento decimal. Os termos Lt, Ct e
Ht foram trocados por Sl, Sc e SH (indicando o comprimento da diagonal da elipse definindo a unidade DE).

A fórmula foi nomeada CMC (L:C) onde L e C são as tolerâncias relativas requeridas para aplicações especiais. As letras
CMC foram usadas para as iniciais “COLOR MEASUREMENT COMMITTEE”.
Para perceptibilidade de dados, a fórmula foi nomeada CMC (1:1) e para aceitabilidade de dados, CMC (2:1).porque ele foi
evidenciado como um valor de “l” que não poderia ser usado para resultados de aceitabilidade e perceptibilidade.

A implicação foi que na aceitabilidade dos experimentos, diferenças de luminosidade são consideradas menos
significativas do que as igualmente perceptíveis diferenças de cromaticidade e matiz.

O trabalho é continuado no uso do CMC (l:C) fórmula para julgamentos de aceitabilidade e perceptibilidade .

Recentes comunicações no julgamento de aceitabilidade tem mostrado que a fórmula CMC (1.37:1) deu melhores arranjos
para tintas e materiais têxteis e a fórmula CMC (1.3:1) foi melhor para plásticos. Esta fórmula é mais considerada que a
diferença proporcional l:C e pode dar melhor correlação com o julgamento visual do que a proporção 2:1 usada na
investigação de Macdonalds de 1985. Usuários desta fórmula poderiam investigar diferentes proporções para encontrar um
ótimo arranjo com seus próprios lotes experimentais e critérios de aceitabilidade.

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Como continuação do trabalho na avaliação experimental de dados para resultados de perceptibilidade e


aceitabilidade, uma nova fórmula de diferença de cores tem sido desenvolvida usando a combinação de resultados. Esta
nova fórmula é similar na estrutura da fórmula CMC (L:C) que aparece para oferecer melhorias para julgamentos de
perceptibilidade quando são envolvidas pequenas diferenças de cores.

i - Tolerâncias CMC

Embora o espaço L*C*hº, seja um grande passo para o desenvolvimento de especificações de tolerâncias colorimétricas, o
problema relativo à necessidade de especificação de tolerâncias diferentes para cada cor ainda permanece no L*C*hº. Para
se suprir ou minimizar este problema, têm se feitos estudos para possibilitar uma maior adequação àquilo que se vê e aquilo
que é aprovado ou reprovado por instrumentos de medição.

j- O que é CMC

CMC é definido por um jogo de equações de diferença de cor, desenvolvidas pelo Comitê de Medição de Cor (CMC), da
Sociedade dos Tintureiros e Coloristas da Inglaterra. O desenvolvimento do modelo matemático CMC baseou-se em um
grande estudo da aceitabilidade das diferenças de cor em todas as regiões do espaço de cor. As equações CMC utilizam os
valores de CIE Lab L, C e H de uma cor padrão para determinar as longitudes dos semi-eixos de um elipsóide que contém
todas as cores que seriam visualmente aceitáveis, quando se comparam ao padrão. Os três semi-eixos do elipsóide de
tolerância CMC, são definidos nas direções L, C e h. A chave para a utilização do modelo matemático CMC, é que os
elipsóides de tolerância variam em tamanho e forma, dependendo da área do espaço em que se encontra o padrão. As
equações CMC permitem que o espaço de cor CIELab, visualmente não uniforme, seja diferencialmente subdividido em
elipsóides visualmente uniformes para cada ponto do espaço de cor.

k- Vantagens do CMC

Os valores de diferença de cor CMC foram desenvolvidos para estarem de acordo com a percepção visual das diferenças de
cor, que são variáveis. O uso do CMC permite que as amostras sejam estudadas contra um padrão ou controladas com um
mesmo número de tolerâncias para todas as cores. A diferença total de cor CMC, e os valores de diferença de cor de cada
componente são muito mais representativos do que as diferenças de cor fornecidas pelo espaço Lab. O modelo matemático
CMC permite ao usuário selecionar a importância relativa das diferenças de luminosidade nos cálculos de diferenças de cor.

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O CMC permite ao usuário selecionar as tolerâncias de aceitabilidade para materiais individuais e aplicações. O uso do
modelo CMC está crescendo através do mundo, em muitos ramos industriais, para os estudos de diferença de cor. O CMC
está sendo reconhecido, como o melhor modelo matemático para avaliações de diferenças de cor disponível atualmente.

l- Relação Luminosidade e Saturação

Quando se usa a diferença de cor CMC, é necessário decidir se as relações de luminosidade e saturação, determinadas pelas
equações CMC, são aceitáveis para cada aplicação em particular. CMC permite ao usuário trocar a relação de luminosidade
e saturação (L:C). A relação de saturação e tom é fixada pelos círculos CMC. Uma relação de 1:1 de luminosidade e
saturação (relação determinada pelas equações), é recomendada para o estudo de perceptividade de diferença de cor. Uma
relação de 2:1 de luminosidade e saturação, é recomendada para o estudo de aceitabilidade de diferença de cor, visto que, na
maioria dos casos podemos tolerar maiores diferenças de luminosidade do que de tom e saturação. Outras relações de L e C
podem ser utilizadas, trocando-se o valor de L. O valor de C deve ser sempre 1. O valor escolhido para a relação, é usado
para os cálculos do Decmc ajustando a importância da luminosidade nos valores resultantes de diferença de cor. Quando se
relatam os valores de diferença de cor CMC, é muito importante mencionar qual é a relação de L:C que foi usada.

m- Fator Comercial

Este fator é uma tolerância selecionada pelo usuário para a diferença de cor total aceitável, DE CMC, em uma aplicação
especifica. Dependendo do tipo de material que está sendo analisado, a textura da superfície, brilho, e outras características,
o valor do DE CMC deve ser reconsiderado, ou seja, deve depender das tolerâncias visualmente aceitas.

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O valor de cf escolhido deve ser útil para qualquer cor de um determinado suporte. Quando os valores de diferença de cor
dos componentes DLcmc, DCcmc e DHcmc são reportados, o valor de cf pode ser usado como um limite de tolerância para
expressar a realidade da aceitabilidade visual destes componentes. É muito importante que o valor de cf utilizado seja
indicado em um relatório baseado em tolerâncias CMC.

Exemplos dos Valores fornecidos por CIELAB E CMC:

PADRÃO CIELAB: L*a*b*C*h*


CMC: LC*h* (Determinam as dimensões dos semi-eixos SL, SC e SH).
AMOSTRA
CIELAB: L*a*b*C*h*
CMC: L*C*h*

DIFERENÇA
CIELAB: DL* Da* Db*
DC* DE* DH*
CMC: DLcmc DCcmc DHcmc DEcmc

EQUACÕES CMC
Longitudes dos semi-eixos:
Direção L* = lSL Direção C* = cSC Direção H* = SH

Tolerâncias CMC:
DL*=lSL (cf) DC*=cSC (cf) DH*=SH (cf)

Valores de diferença de cor de cada componente:


DLcmc = DL*/ISL
DCcmc = DC*/cSC SERVIÇOS
DHcmc=DH*/SH

Diferença de cor total CMC: DEcmc = {(DL*/ISL)2+(DC*/cSC)2+(DH*/SH)2}1/2

n- Uso dos Valores CMC

Existem varias formas pelas quais pode-se utilizar as informações de diferença de cor CMC, e alguns métodos são mais
fáceis de entender do que outros. A forma mais comum de relatar-se as diferenças de cor CMC é com os componentes
DEcmc, DLcmc, DCcmc e DHcmc. DEcmc indica a aceitabilidade visual da amostra, baseada no fator comercial (cf)
selecionado. DLcmc, DCcmc e DHcmc podem ser usados para indicar qual é o componente que tem a maior diferença
relativa, e em qual direção caminha esta diferença. O valor de cf pode ser usado como uma norma para a aceitabilidade
visual de cada componente, assim como também julgar a aceitabilidade visual da amostra em relação ao padrão. Deve-se ter
em conta, que quando a diferença de cor dos três componentes estão muito próximos de cf, o valor de DEcmc será maior
que o valor de cf, e a diferença de cor total servirá somente para indicar quando as diferenças individuais de luminosidade,
tom e saturação, são aceitáveis. A determinação final da aceitabilidade da amostra será sempre baseada no DEcmc.

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Uma segunda, forma na qual podem ser usados os dados, é reportar o DEcmc para a determinação da aceitabilidade da
amostra, e usar os valores CIELab DL*, DC* e DR* para a informação da diferença de cor dos componentes. Em função do
sistema CMC estar baseado na diferença visual, o componente com maior diferença CIELab não tem necessariamente a
maior diferença CMC, se bem que a direção das diferenças será sempre as mesmas.

Esta situação se mostra no exemplo que segue:

Padrão
L* = 54,05 C* = 9,97 H* = 59,04

Amostra
L* = 53,37 C* = 10,41 H* = 59,64

Diferenças CIELab
DL* -0,68 DC* 0,44 DH* 0,11 DE* 0,81

Diferenças CMC 0,5 (2: 1)


Dlcmc - 0,30 DCcmc - 0,36 DHcmc - 0,20 DEcmc - 0,51

Tolerâncias CMC

DL* 1, 13 DC* 0,60 DH* 0,26

O padrão e a amostra em particular foram medidos com o valor de CF igual a 0,5 e a relação l:c em 2:1. 0 DEcmc deve ser
menor que o valor de CF de 0,5, para que a amostra esteja dentro das especificações propostas. A relação 2:1 indica que a
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luminosidade tem a metade da importância que as diferenças dos outros componentes nos cálculos de diferença de cor.
DEcmc > 0,5 a amostra está reprovada.

DLcmc, DCcmc, DHcmc são todos menores do que 0,5 , portanto cada diferença é aceitável individualmente. A maior
diferença do componente CMC está na saturação, seguido da luminosidade e tom. A maior diferença do componente
CIELAB está na luminosidade seguido pela saturação e tom.
Este exemplo demonstra a vantagem do sistema CMC para determinar a aceitabilidade visual das amostras, enquanto que as
diferenças dos componentes CMC só podem indicar a aceitabilidade individual de cada componente. Isto também indica
que as diferenças de cor dos componentes CMC, nem sempre estão de acordo com as diferenças obtidas pelo sistema
CIELAB, no qual a diferença por componente é maior, relativamente aos outros.
Os limites de tolerância CMC são calculados decompondo-se em fatores a relação I:c e cf, com as longitudes dos semi-eixos
SL, SC e SH, para indicar as diferenças permissíveis nas direções L*,C* e H*. É necessário incluir os valores de tolerância
CMC nos relatórios, somente quando as diferenças de cor CIELAB são expressas no lugar das tolerâncias CMC. Sem as
diferenças do sistema CMC, a aceitabilidade de DL*, DC* e DH*, deve ser determinada comparando manualmente estas,
com as tolerâncias CMC. Sem dúvida, as tolerâncias CMC nunca devem ser usadas para determinar a aceitabilidade da
diferença de cor total em substituição ao DEcmc. O único beneficio desta comparação, é julgar a aceitabilidade de cada
diferença de cor individualmente, e não a diferença total. No lugar de usar as tolerâncias CMC, é muito mais fácil usar as
diferenças de cor do sistema CMC. Os cálculos das diferenças de cor do sistema CMC relacionam matematicamente as
diferenças do sistema CIELab com as longitudes dos semi-eixos CMC, e os ajusta de forma tal que o cf escolhido para o
DEcmc, pode ser usado também para julgar a aceitabilidade das diferenças dos componentes CMC.

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O usuário necessita somente observar essas diferenças para fazer o mesmo estudo feito com o sistema CIELab e as
tolerâncias CMC.

o- Elipsóide CMC

Os elipsóides de aceitabilidade CMC são definidos pelas longitudes dos semieixos, calculados para cada cor
individualmente. Quando se usa uma relação l:c e o valor de cf, as dimensões dos semi-eixos CMC para cada cor mudam.

A relação l:c e cf, é usada no cálculo das tolerâncias para aumentar ou diminuir o tamanho do elipsóide. Os valores DL*,
DC' e DH de uma amostra podem estar dentro das tolerâncias CMC, e o DECMC poderá ser maior que o cf escolhido. Se o
elipsóide de tolerância CMC for colocado dentro de uma caixa que toca a superfície do elipsóide nos seus pontos extremos,
ocorrerá que nos vértices (cantos) onde o elipsóide não toca, cairão os pontos que estarão dentro das tolerâncias, mas com
DECMC maiores que cf.

p- Escolha da relação l:c e cf

Recomenda-se que a relação l:c deva fixar-se em 2:1 como ponto de partida para as aplicações de ajuste de cor. Se as
diferenças no eixo da luminosidade forem consideradas como visualmente aceitas, a relação pode ser incrementada pouco a
pouco até que se alcance um consenso tolerável visualmente. Para materiais de superfície lisa e regular, normalmente se
utilizam relações mais baixas. Opostamente, para materiais com superfícies de maior textura é necessário à utilização de
relações maiores. Nas comparações de cor realizadas com amostras submetidas ao intemperismo com padrões intactos,
aconselha-se iniciar os estudos com a relação 2:1. Podem ser realizados ajustes maiores ou menores nesta relação, desde que
sempre estejam de acordo com a avaliação visual. A determinação do valor de cf deve ser feita através de estudos visuais de
diferença de cor. Para isto, deve-se escolher dentre os materiais que se vai avaliar, amostras que representem as diferenças
limites, para transformá-las em números. Quando se mede o valor do DECMC, este pode servir como ponto de partida para
determinar o valor de cf. O valor de cf e a relação l:c pode ser determinado para qualquer tipo de material ou superfície,
para que uma vez especificado o material, os valores de tolerância possam ser os mesmos independentemente da cor que se
está avaliando.

SISTEMA DE COR CIE L*a*b


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Espaço de Cor Elíptico D


DEcmc
Ecmc

ç
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æ D L* ö2 æ D C * ö 2 æ D H *ö 2
÷ + ç ÷ + ç ÷
D Ecmc = cf è l SL ø è c SC ø è SH ø

SL Onde:
cf = factor comercial
l:c = relação luminosidade cor

SH SC

Linguagem CMC :

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4.8 – Fatores que afetam a Avaliação Visual de Diferença de Cor, e Normas aliadas a uma boa
Avaliação

A reprodução ou igualação de uma cor como o próprio termo indica, é o processo pelo quais materiais coloridos têm sua cor
reproduzida, seja no mesmo ou em qualquer outro material, é desejável que esse acerto de cor seja feito sob idênticas fontes
de luz do material ou objeto que foi usado ou demonstrado.

A reprodução de uma cor é feita de várias formas. Um Colorista ou Matizador pode partir de um corante puro e ir
adicionando branco, preto e outros corantes. Um impressor pode alterar e multiplicar uma cor, inclusive, variando os tipos
de retículas utilizadas e também misturando várias tintas.

O processo de acerto de tonalidades é aquele em que materiais estão divididos em quatro grupos de cores, tingimentos ou
tonalidades. Exemplo; Lotes de porcelana branca em processo de cozimento podem variar a sua brancura. Um técnico em
COLORIMETRIA pode separar o produto terminado em cada um dos tons de branco de forma a obter total aproveitamento
de cada cor em seus conjuntos pelo tom de branco, também como parte de suas funções, ele deve analisar o comportamento
de cada um dos tons de branco, associando-os as variáveis do processo que possam existir.

Este é um trabalho importante na indústria cerâmica, vidreira, plástica, tintas têxtil e muitos outros segmentos, para
o total aproveitamento da produção. A classificação dessas tonalidades é atualmente definida por Espectrofotômetros
de características especiais. Alguns materiais coloridos, muitas vezes têm a mesma cor aparente entre si sob certa fonte de
luz, e tem ainda idêntica especificação cromática C I E., muito embora não tenham diferenças na composição espectral.
Essas cores são chamadas METAMÉRICAS. Como suporte nesta área para a avaliação visual a Norma ASTM D 1729 tem
sido largamente utilizada.

Se a fonte de luz sob a qual foram acertadas as cores desses materiais foi mudada, esses materiais se apresentarão com
cores diferentes. Somente amostras de cores que tenham a mesma Curva de Distribuição de Energia Espectral (SED) são
consideradas da mesma cor sob todas as fontes de luz.

O acerto de cor em cores metaméricas também depende dos olhos do colorista, porque as pessoas diferem muito na forma
de ver e comparar cores, o que torna o assunto ainda mais complicado.

A comparação e interpretação das curvas de cores metaméricas, constitui uma difícil e complexa parte da

SERVIÇOS
COLORIMETRIA. A norma ASTM D 4086 é um importante guia para a avaliação deste efeito.

No passado a fonte ideal para acerto de reprodução de uma cor era a luz do sol com uma particular apresentação do céu,
onde se imaginava a melhor situação.

Realmente, a luz do sol varia de 1800º K ao amanhecer até 5300º K ao meio do dia, e ainda, a luminosidade do céu varia de
7000º K, quando uniformemente nublado, a 28000º K em um dia claro, Devido a estas variações a luz do sol ou do céu não
são as melhores fontes de luz para serem utilizadas no acerto ou reprodução de uma cor. Uma grande ajuda é o Pico de cor
que não sofre alterações extremas, como a iluminância.

Quando as luzes exatas sob a qual um material deve ser visto é desconhecido, ou quando um material for metamérico, duas
fontes de luz totalmente diferentes em suas características espectrais devem ser utilizadas. Uma a cada tempo para se
comparar às amostras. Uma das fontes de luz utilizadas deve ter características espectrais predominantemente azuis, como
as fluorescentes luz do dia e a outra com características espectrais predominantemente vermelhas, como existem ainda
alguns tipos de materiais que fluorescem ou produzem luz visíveis quando sofrem a incidência de energia ultravioleta. Por
essa razão um equipamento de inspeção deve ter no mínimo além das duas fontes de luz já mencionadas, mais uma fonte de
luz UV para que se possa controlar os efeitos dessa fonte de energia. Para se controlar uma produção onde foi eliminados
totalmente o problema de metameria e o reflexo de raios ultravioleta, pode-se utilizar o sistema com uma fonte luz
fazendo-se a cobertura total ou parcial de uma sala, ao nível de 7500º K (luz do dia do céu norte).

Se o acerto de cor for resumido a uma única cor e do mesmo produto, como os vários tipos de “Azul Denin” na indústria
têxtil, deve ser estudado cada caso em particular de forma que evidencie cada caso.

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Para o Azul Denin da indústria têxtil, o uso de uma fonte de luz incandescente, com a predominância da radiação vermelha
pode demonstrar melhor a diferença do que qualquer outra fonte de luz.
As cabines de controle de cor, como as mencionadas anteriormente, proporcionam as necessárias condições na inspeção
do acerto de cores de muitos objetos e são atualmente utilizados nas indústrias de maior controles de qualidade.

O interior destas cabines está revestido por um filme de tom neutro, equivalente a Notação Munsell, Fosca N7 a N8. Esse
tom tem a mínima influência na observação das cores. Em adição para verificação de tecidos ou outros materiais brilhantes
é necessário também comparar o brilho. Para isso é necessária a fonte de luz de alta iluminação e a amostra ser colocada
cuidadosamente sob vários ângulos, para se observar à aparência especular do material. Estas cabines devem ser checadas
anualmente para garantirmos a sua estabilidade de iluminação. Sobre avaliação Visual de materiais Brilhantes temos a
Norma ASTM D 523.

No controle de cores críticas é importante o posicionamento da amostra na cabine de luz, de modo que os reflexos sejam
diretamente dirigidos ao observador.

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A - Índice de Amarelamento

Em termos de aparência visual, absorção na faixa do azul do espectro causa amarelamento. Visualmente nós associamos
amarelamento com algo muito queimado, sujo e geralmente produz degradação pela luz, por exposição química e por
processamento. Índices de amarelamento são usados principalmente para medir estes tipos de degradação e a ASTM D 1925
é especificada para as indústrias de tinta e plástico. A equação de uso mais abrangente foi proposta por Hunter em 1942 YI
= 100(A - B) / G.

Desde o trabalho de Adams, evidências colorimétricas foram sugeridas adequadamente de uma equação envolvendo
somente G e B. Algumas das escalas numéricas usadas para medir amarelamento para o Iluminante C e o observador padrão
de 2° são:

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YI (MacAdam 1934) = Pe (excitação de pureza)


YI (Hunter 1942) = 100 (A - B) /G = 100 (1.28X - 1.06Z) /Y* = 125 (X% - Z%) / Y
YI (Hunter 1958) = bl = 7.0 (G - B) / G = 7.0 (Y - Z%) / Y
YI (Hunter 1969) = G - B = Y - √0,847 Z
YI (ASTM E - 313) = 100 (1 - B/G) = 100 (Y - Z%) / Y

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B- Índice de Brancura

“Brancura” é um atributo pelo qual um objeto é julgado próximo do branco preferido. Ele é importante porque em muitos
casos a preferência do observador para a brancura corresponde à preferência do consumidor. Estudos recentes
simplesmente usam a média das refletâncias através do espectro visível, como a escala para brancura. Dificilmente isto foi
satisfatório, pois branqueando por adição de corantes azuis, diminui-se a média de refletância, mas há o acréscimo visual da
brancura. MacAdam (1934) foi o primeiro a usar combinação de refletâncias luminosas e amarelamento como uma medição
para brancura. Ele plotou contornos de igual brancura em termos de partida de cor de um branco ideal para amarelo e cinza.

Nós sabemos agora que a preferência individual para o branco faz o critério ótico de brancura variar de um observador para
outro. Judd neste estudo de branqueamento de papel encontrou dois brancos ideais; um foi o padrão branco de MgO, e o
outro foi o “papel branco natural”, pois é o melhor branco avaliado em papéis sem corante. Em geral, cores do branco
podem partir da cor do branco ideal em duas direções: em direção ao amarelo e em direção ao cinza. Para observadores
normais, sabemos que o amarelo é mais preocupante, porque uma das técnicas para melhoria da brancura é o uso de
corantes azuis ou pigmentos que diminuem o amarelamento, mas acrescem o cinza.

As recentes equações para índices de brancura se destinam a um branco neutro como o MgO, um dos mais altos índices de
brancura.

Algumas das equações usadas para a medição de brancura, utilizando valores tristímulos para o iluminante “C” e o
observador padrão de 2° são :

WI (JUDD 1936) = Y - 6700 (LS )2

WI (COPPOCK 1965) = 10 Y - 2 Pe 2

WI (HUNTER 1942) = 100 - {[ 220 (G - B) +


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] }
[ 100 - 6
2 1/2

G + 0.242B 2

WI (HUNTER 1960) = L - 3b = 10 Y - 21 (Y - Z %) / Y

WI (ASTM E - 313) = 6 - 4 (G - B) = 4B - 3G

WI (STENSBY 1967) = 1 - 3b + 3a

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5- Técnicas, Tolerâncias e Linguagens da Colorimetria

O fenômeno de percepção de cor pelo olho humano é complexo, e a sua descrição foge à finalidade do presente, no entanto,
para podermos fixar alguns conceitos, se torna necessário que falemos algo sobre o assunto.

Existem na retina componente que estão aptos a transformar luz em outra forma de energia. Estes componentes tem aspecto
de cones e bastonetes. Os assim denominados bastonetes respondem a estímulos luminosos de fraca intensidade; são os
responsáveis pela visão noturna e não estão aptos à percepção da cor. Eles somente distinguem preto, branco, cinza para a
visão colorida são necessários os cones, razão pela qual a sua forma de atuar é incluída no estudo da teoria da cor.

Encontram-se concentrados no assim chamado ponto amarelo. O mecanismo de funcionamento destes cones ainda não está
perfeitamente definido.

Teoricamente, porém, pode-se admitir que cada cone está acoplado a um dos três distintos sistemas de captação do cérebro,

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que são estimulados nas bandas, azul, verde e vermelha do espectro visível, de tal forma que, pela observação de uma cor, 3
distintos sinais sejam enviados ao cérebro.

Estes 3 sinais devem ser suficientes para definir perfeitamente uma cor.

A distribuição da sensibilidade destes 3 centros de captação ao longo da faixa espectral visível é mostrada na figura. São as
denominadas curvas padrão do valor espectral, padronizadas pela CIE em 1931.

Curvas padrão do valor espectral - CIE - 1931.

Através do cálculo das áreas sob as curvas por integração é possível o cálculo de X, Y e Z, definidos como
COMPONENTES CROMÁTICOS NORMAIS OU VALORES TRISTÍMULOS.

Estes 3 valores caracterizam uma cor quanto a sua percepção pelos órgãos da visão já que os fatores anteriormente
citados estão englobados no seu cálculo. Poderíamos, desta forma, representar as cores colocando os valores tristímulos
diretamente num gráfico tridimensional.

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A representação de uma cor será, porém mais clara se lançarmos mão dos coeficientes cromáticos:

X = 41.9

Y = 37.7

Z = 8 .6

CIE X Tristimulus

CIE xObserver

=
CIE Illuminant D65 x
X = 41.9
CIEy Observer CIE YTristimulus
Visual Stimulus

x = x =
Reflectance

Y = 37.7
CIE zObserver
CIE ZTristimulus
x
=

Z = 8.6

SERVIÇOS
5.1 - Avaliação Visual de Aparência, envolvendo Brilho, Textura e Fundo

Um objeto sem luz não terá cor. Cores são simplesmente nomes que descrevem as várias misturas de energia
eletromagnética que existe somente no estado transitório de radiação. São a descrição de fenômenos dinâmicos ou
movimentos, eles também não podem ser propriedades físicas dos objetos fixos.

Temos que ter sempre em mente que, quando falamos de avaliação de cor e aparência é muito comum ouvirmos a frase: "A
cor está fora", vamos lembrar que para julgarmos o atributo cor, fatores como o brilho, a textura e o Fundo ou melhor
dizendo a cobertura do produto devem estar em um patamar similar de aceitação, pois desta maneira sim, ao afirmarmos
que "A Cor está fora", podemos estar tranquilos em dizer que a pigmentação e/ou Colorantes necessitam de ajustes.

Para isto também é necessário ter um aparato técnico como Glossmeters, Cabines de Luz, espectrofotômetros, Wave Scan,
Texturômetros, Hazímetros e/ou outros equipamentos que se façam necessários para avaliar e Controlar todos os tópicos
que geram cor e aparência.

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O que são então, as cores dos objetos?

As cores que vemos nos objetos são o resultado da energia de ondas radiantes que impressionam os olhos; mas somente
depois delas terem sido modificadas de várias formas por cada objeto.

Todos os objetos físicos têm um efeito modificante, próprio, das ondas de luz, reduzindo-se tanto a quantidade de energia
quanto o tipo de onda da iluminação que impressionam os olhos, originárias pela fonte de luz.

No período da tarde, as partículas na atmosfera filtram a radiação solar antes de impressionar nossos olhos, o que é a parcial
explicação das mudanças nas cores do céu e nuvens no pôr-do-sol.

Associamos o tomate ao vermelho; manteiga ao amarelo e alface ao verde.Normalmente ligamos os nomes das cores à
maioria de todas as coisas que nos cercam em nosso dia a dia.

Esses objetos que parecem ser da mesma cor sob todas as condições de iluminação são chamados
de “cor constante”, quer dizer que esses objetos constantemente refletem ou transmitem ondas de luz somente em uma
particular e estreita faixa de cores enquanto que absorvem todas as outras.

SERVIÇOS
A água não tem constância de cor porque reflete e transmite todas as ondas de luz, conseqüentemente, parece ter a cor que
estiver predominando no seu ambiente.

As duas formas fundamentais nas quais objetos e meios modificantes da cor da luz ocorrem são mencionados em seguida:
“Transmissão e reflexão”, mas os objetos e os meios usualmente são variáveis em quantidade de energia e a que
comprimento de onda eles transmitem ou refletem a luz.

O diagrama seletivo da transmissão espectral demonstra como um filtro verde com uma absorção seletiva de todos os
comprimentos de onda com exceção do verde podem modificar um raio de luz que passa por ele, assim ambos, a
cromaticidade e a luminosidade do raio de luz são afetadas.

Agora o quanto da cor e intensidade da luz transmitida é modificada, depende da composição molecular dos materiais
através do qual a luz passa. Algumas lâmpadas coloridas, recobertas de pigmentos coloridos e anilinas que são usadas para
selecionar a absorção de comprimento de ondas não desejadas ou cores desejadas dos comprimentos de ondas transmitidos.

Em outros casos, vidros ou outros meios coloridos (por si mesmo) são utilizados para se obter o mesmo efeito.

Quando a luz é reduzida por uma superfície de difusão (não polida), o efeito é que essas ondas de luz são refletidas em
todas as direções, somente depois de terem sido modificadas pela absorção, devido à qualidade da superfície.

O resultado é aquele que a superfície apresenta em seu todo, tendo a cor da fonte de luz diferente, isto é, esse resultado é
possível somente porque a superfície absorve várias quantidades dos muitos comprimentos da energia espectral.

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Superfícies arenosas são os materiais de maior difusão com relativa redução das qualidades de absorção espectral,
conseqüentemente, ela aparece como uma cor bronzeada.

Uma camada de tinta sobre um objeto provoca um nivelamento da distribuição da qualidade de absorção e assim, ele irá
refletir sempre a mesma cor ou mesmos comprimentos de onda da energia que são absorvidas pela pigmentação da tinta.

É importante repetir que todas as ondas de luz são modificadas em algumas formas por todos os objetos existentes e que a
apresentação da cor de um objeto é determinado por essa mistura, e a energia das ondas de luz seguem daí para impressionar
nossos olhos intactos, sem outras influências.

Os objetos têm uma característica de cor somente por causa da forma seletiva que ele reflete ou transmite, ou em outras
palavras, modifica os vários comprimentos de onda de luz.

A manteiga aparece amarela porque ela absorve a luz azul e reflete a maior parte de todas as outras cores. A combinação
resultante ou comprimento de onda dominante é amarelo.

Da mesma forma que a alface reflete a luz com comprimento de onda basicamente entre 500 e 600NM (verde) e absorve a
maior parte da energia de outros comprimentos de onda.

O tomate é vermelho porque ele reflete energia radiante entre 610 e 780NM enquanto absorve a maior parte da energia dos
outros comprimentos de onda.

Entretanto o que é importante para a cor aparente dos objetos é a características dos comprimentos de onda irradiados
sobre o objeto pela fonte de luz.

5.2 - Como fechar boas Tolerâncias à partir do Comportamento de um Produto, Processo e


Recebimento

Tolerâncias devem representar o que pode ser produzido consistentemente, e devem estar sempre aliadas a capacidade do
processo produtivo, pois não podemos exigir uma tolerância que seja menor do que a capacidade de desvio do processo, ou
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ocasionaremos a parada da Fábrica. Pensando neste assunto as Tolerâncias devem ser geradas através de monitoramento do
processo vindo, desde a matéria prima até o produto acabado. É necessário criar um Histórico de comportamento do produto
e do processo, utilizando as ferramentas de qualidade disponíveis e utilizando os dados gerados pelo sistema Colorimétrico,
para chegar ao consenso do que é bom para o produto e para o processo.
No caso de fornecedores de matéria prima, estes dados servirão para informar, qual o melhor escopo de fornecimento para o
produto básico e em que linha de comportamento este deve estar. Devemos lembrar que para fechar as tolerâncias, deve
haver um Controle de Qualidade eficaz e capaz de tomar ações rápidas a fim de sanar pequenos problemas e fazer sempre
uma inquietante pergunta: "O que é bom para nós e para nosso cliente???". . É necessário também criar uma estrutura
mínima laboratorial para acompanhar o processo produtivo e material básico de trabalho. Quanto mais variáveis estiverem
controladas mais o produto e o processo estarão sob total controle. Lembrando um ítem que já foi comentado nesta apostila,
com relação a DE e Coordenadas Colorimétricas, não devemos estabelecer tolerâncias baseadas somente em DE`s, e sim o
DEcmc mais o comportamento da cor fornecido pelas coordenadas LabCh, tendo em mente sempre analisar a tendência de
comportamento da cor e lembrando que os olhos humanos tem facilidade em perceber diferenças de cor em subtons opostos.
Também índices como cobertura, metamerismo, Amarelamento, Brancura, poder tintorial entre tantos outros podem ser
estabelecidos e ter seus valores de tolerâncias especificados. Lembre-se o DE mostra o desvio total da cor, mas não indica
como corrigi-la, ele apresenta um desvio Dimensional, enquanto as coordenadas colorimétricas apresentam o
Comportamental da cor ou seja, o que está ocorrendo com a cor no produto e o que fazer para corrigi-la. Atualmente um
bom valor para adotarmos como tolerância seria 1,5:1:0,5 em termos de cálculo CMC, mas como explanado neste parágrafo
é o processo que dirá se isto é possível, recursos como um simples CEP(Controle Estatístico do Processo), são de grande
valor para a correta definição das tolerâncias industriais.

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Condições de Padronização para Avaliação Visual da Cor

As fontes de luz coloridas emitem energia em uma selecionada faixa de comprimento de onda e uma fonte de luz “branca”
geralmente emite energia em todos os comprimentos de onda visíveis.

Entretanto, algumas fontes de luz são deficientes em energia em vários comprimentos de onda, e ainda emitem uma luz que
é considerada branca.

Essa deficiência afeta a percepção das cores dos objetos (reflexão da cor), provocando diferença de cores, acinzentando
algumas, enquanto aumentam a vivacidade relativa de outras. Existem fontes de luz “quentes” e “frias”.

São fontes “quentes” assim como todas as fontes de luz incandescentes e algumas das fluorescentes. Eles produzem uma luz
branca, mas tem forte predominância nos componentes de onda do vermelho, laranja ou amarelo.

SERVIÇOS
De outro lado temos as fontes “frias” como as fontes de luz claras de vapor de mercúrio e outras fontes fluorescentes que
produzem uma luz branca que por sua vez, são de comprimento de onda predominante no azul e verde.

Se você iluminar uma superfície, alternativamente, como uma luz quente e fria, notará uma aparente mudança na cor da
superfície, muito embora, em ambos os casos, as fontes de luz usadas sejam chamadas de luz branca. Este efeito é mais
pronunciado se as mesmas mudanças forem rápidas e o observador não tiver muito tempo para se adaptar a cada diferença
de brancura.

Algumas fontes de luz são produzidas deliberadamente com uma cor predominante para que se obtenha determinado efeito.
Por exemplo: Se um painel apresenta-se branco sob uma fonte de luz branca, passará a se apresentar vermelho se for
iluminado por uma fonte de luz onde existe a predominância do vermelho. Isso acontece porque somente os componentes de
onda vermelha da energia visível estão presentes para serem refletidas pelo painel, e assim, recebidas pelos olhos.

Se o mesmo painel branco for iluminado por uma luz verde ele passará a parecer verde.

Como vimos no exemplo do tomate, iluminando uma superfície vermelha com uma fonte de luz branca, veremos a
superfície vermelha porque somente os componentes de onda vermelhos serão refletidos para os olhos do observador,
enquanto que os demais componentes de onda são absorvidos. Entretanto, se este mesmo tomate for iluminado com uma
fonte de luz verde ele se apresentará muito escuro e sem cor clara, com um marrom acinzentado, devido ao baixo conteúdo
de raios vermelho na luz verde tem para ser refletido.

O ponto importante está relacionado com as características de acabamento da superfície, o olho não pode ver cores de algo
que não esteja contido na fonte de iluminação.
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Uma cabine de luz tem quatro fontes de luz que podem ajudar o observador a verificar o efeito da luz sobre cada cor ou
superfície, inclusive, sob efeitos de radiações de UV.

Exemplo de Valores sugeridos para Tolerâncias

Exemplos de Tolerâncias usadas na Indústria para valores DE cmc.

- Extremamente Crítica: Partes Plásticas Automotivas, Papéis Laminados, plásticos - DEcmc = 0,4.

- Crítica: Cores sólidas de pintura automotiva, Fios têxteis para uso em geral. - DEcmc = 0,5.

-
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Intermediário: Azulejos cerâmicos espelhados, cosméticos, couro - DEcmc = 0,75.

Média: Pinturas Metálicas, Plásticos de Arquitetura, azulejos cerâmicos não espelhados - DEcmc = 1,0.

- Frouxas : Botões, brinquedos - DEcmc = 1,2.

- Muito Frouxas: Produtos alimentícios, Grãos - DEcmc = 2.0.


Exemplos de Tolerâncias usadas na Indústria para valores de l:c :

- Materiais uniforme com pouca textura baixo brilho ou totalmente opacos. Ex: Plásticos, papel, tinta, azulejos erâmicos.
Valor usado em l:c é 2:1.

- Materiais como couro carpetes, e também aqueles com superfície texturizada. Valor usado em l:c é 3:1, ou 4:1 quando a
superfície é muito texturizada.

- Materiais lisos, polidos, ou também com alto brilho, como superfícies acetinadas ou laqueadas. Valor usado em l:c é
1,5:1.

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Métodos para Estabelecer Tolerâncias de Cores Métodos para Estabelecer Tolerâncias de Cores

1 - Tolerâncias Industriais,
-DEcmc:
2 - Tentativa e erro,
- Este recurso é capaz de diagnosticar tolerâncias
3 - DEcmc, aceitáveis para um determinado produto. É um
sistema rápido e fácil de usar, gerando um
4 - Técnicas Analíticas Alternativas, número de Passa ou Falha. Como qualquer
método de predição, o delta Ecmc, deve ser
5 - Aceitação Visual, analisado pelo cliente para sabermos se atende a
6 - Monitoramento do Processo. expectativa do mesmo.

6 - Instrumentos, Classificação e Componentes

6.1 - Tipos de Instrumentos para medição de cores

A cor está presente em todos os aspectos da vida, mesmo que freqüentemente não se dê importância a ela. Por ser algo
subjetivo, não há uma escala física para medi-la. Desse modo, cada pessoa a interpreta à sua maneira. Sua percepção pelo
homem é influenciada por fatores como idade, sensibilidade ocular, humor, fontes de luz, tamanho e textura do objeto e
experiências individuais. O conhecimento da cor e seu controle, muitas vezes insuficientes, podem causar sérios
problemas na escolha da cor de um produto ou numa transação de negócios que envolva esse aspecto. Sendo assim, criou-
se um instrumento que permite a expressão precisa das cores e a comparação entre elas: o espectrofotômetro e o
colorímetro.
SERVIÇOS
"Onde houver necessidade de se controlar ou formular a cor com precisão, se faz necessária à aquisição de um
equipamento colorimétrico",

Quando uma cor é classificada, ela é expressa em termos de Matiz, Lumnosidade e Saturação. Ao se criar escalas para
esses três fatores, é possível medir a cor numericamente. Os equipamentos colorimétricos usam sensores que simulam o
modo como o olho humano vê a cor e quantificam diferenças de cor entre um padrão e uma amostra. Utilizam para isso
sempre a mesma fonte luz e método de iluminação, para que as condições de mensuração nunca mudem, não sendo
relevante se a medição é feita sob luz noturna ou diurna ou em ambiente aberto ou fechado.

A avaliação da cor constitui um fator importante para a manutenção da qualidade de produtos já fabricados e para o
desenvolvimento de novos. Além disso, esse é um aspecto determinante na sua aceitação pelos consumidores. A inspeção
visual da cor nos produtos depende de inspetores que treinaram anos para conseguir habilidade suficiente. Além disso,
essa avaliação depende da idade e condição física do inspetor e o trabalho é limitado. O equipamento colorimétrico pode
ser utilizado facilmente e a qualquer hora.

Os dois mais comuns instrumentos para medição de cores, em uso atualmente, são os Espectrofotômetros e os
Colorímetros.

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O Espectrofotômetro fornece o comprimento de onda de cada unidade da energia radiante de todo espectro visível,
enquanto que os Colorímetros só dão o valor médio da energia radiante de cada cor primária. Os dados da energia
espectral fornecida podem ser utilizados para calcular a cromaticidade C I E. de uma cor, mas é óbvio que o cálculo de um
Espectrofotômetro é muito mais preciso, uma vez que, os dados oferecidos por ele são muito mais completos.

A curva de distribuição de energia espectral fornecida por um Espectrofotômetro é utilizada para acertos de cor com
absoluta precisão.

De outro lado, os Colorímetros não são precisos como os Espectrofotômetros em grande parte dos usos,
mas, suficientemente úteis para acerto de cores gerais, onde pequenas variações de cores são aceitas.

Os Colorímetros são bastante aceitos em uma extensa faixa de uso para determinar cores, e são normalmente montados em
operação de controle contínuo ou intermitente da produção.

Ambos os aparelhos têm sua performance dirigida para usos próprios, fornece uma medição de cor igual às fontes de luz ou
objetos coloridos.Atualmente, o grande desenvolvimento de novos tipos de sensores óticos, assim como de novos sistemas
de computação de dados, determinados tipos de Espectrofotômetros são suficientes para cobrir a área dos Colorímetros.

Espectrofotômetro
Medida de Cor
Amostra
Espectrofotômetro
Processador de Dados
Matriz de Diodos

X = 41.9
Fonte de Luz Rede de Difração Y = 37.7
Z = 8.6
Visualização de Dados
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Colorímetro
Medida de Cor

Amostra
Colorímetro Triestímulo

Visualização de Dados
Fotodetetor

X = 41.9

Y = 37.7
Fonte de Luz
Filtros Vermelho, Verde
& Azul Z = 8.6

Fontes de luz do instrumento

As fontes de luz em uso estão divididas em três grupos:

A- Incandescentes.
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B- Fluorescentes.
C- Alta Intensidade de Descarga

A- Incandescentes: Produzem luz pelo aquecimento elétrico de um filamento de tungstênio de alta resistência para
produzir brilho intenso.

B- Fluorescentes: Produzem a luz pelo estabelecimento de um arco entre dois eletrodos em uma atmosfera de baixa
pressão, com vapor de mercúrio na câmara (tubo de vidro).

Essa descarga feita pelo arco produz uma radiação ultravioleta a um determinado comprimento de onda excita os cristais de
fósforo, que na forma de pó seco, reveste internamente o tubo de vidro. A fluorescência do fósforo converte a energia UV
em energia radiante visível: A luz.

C-Alta Intensidade de Descarga: Essas fontes de luz estão subdivididas nos seguintes tipos: Vapor de Mercúrio,
Vapores Múltiplos e Sódio.

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Elas produzem luz pelo estabelecimento de arco entre dois eletrodos que estão a poucos centímetros de distância um do
outro, em pontos opostos de um tubo selado, translúcido ou transparente.

Um arco voltaico se expande pela fenda existente entre os dois eletrodos gerando temperatura e pressão muito mais altas
que as lâmpadas fluorescentes, o suficiente para vaporizar os átomos dos vários elementos metálicos contidos dentro da
fenda por onde se produz o arco.

Esta vaporização permite que os átomos emitam grande quantidade de energia eletromagnética na faixa visível.

O elemento metálico nas lâmpadas de Mercúrio é tão somente o próprio mercúrio, enquanto que nas lâmpadas de vapores
múltiplas pequenas quantidades de iodetos de sódio, Tálio e Índio são adicionados a mercúrio que continua sendo o
elemento metálico básico.As lâmpadas de sódio têm como elemento básico o sódio, entretanto, pequenas quantidades de
mercúrio são encontradas.

As fontes de luz incandescentes normais produzem entre 17 a 23 lumens* de luz por Watt consumido que fica na
dependência da capacidade (voltagem), tempo de vida e forma física da lâmpada. A maioria da energia radiante de uma
fonte de luz incandescente está na região invisível do espectro, ou seja, na infravermelha.

OBS: * LUMEM é a quantidade de luz recebida por uma superfície de um metro quadrado, cuja iluminação é igual a um
lux.

A lâmpada fluorescente branca, comum, produz de 50 a 80 lumens por Watt, dependendo do seu tamanho e tipo, as
lâmpadas de mercúrio, entre cerca de 50 a 55 lumens e as de vapores múltiplos cerca de 80 a 90 lumens.

As lâmpadas de sódio são as mais eficientes de todas e estão acima de 100 lumens por Watt.

A apresentação gráfica da energia emitida por uma fonte de luz a cada comprimento de onda do espectro é chamada “Curva
da Distribuição da Energia Espectral” (SED)*.

Os valores do SED são obtidos através de um Espectroradiômetro ou Kelvinômetro e são calibrados em base a
determinados padrões (como a saída de um lume) que fornece a base de comparação entre as fontes.As curvas dos
quadrados seguintes representam os valores de uma fase da luz do dia, natural, e para a maioria das fontes de luz comuns de
uso geral. As fontes de luz incandescentes obedecem às leis estabelecidas para a emissão térmica. A energia é distribuída
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em uma curva suave indicando perto do comprimento de onda de ultravioleta, com uma leve radiação azul, aumentando até
o comprimento de onda vermelha, e tendo o seu ponto máximo junto ao limite infravermelho.

As lâmpadas de alta intensidade de descarga produzem picos de energia a determinados comprimentos de onda. Estes picos
são determinados pelas específicas posições das órbitas dos elétrons dentro da estrutura atômica do metal. Assim sendo, a
energia emitida está nas “linhas de ressonância” que são diferentes para cada metal.

Para uma clara fonte de luz de mercúrio, a sua maior radiação de ressonância ocorre a 405, 436, 546, e 578NM do espectro
visível, e também a 253, 296, e 365NM da faixa de UV. (A face externa da lâmpada de mercúrio absorve a maior parte dos
comprimentos de onda mais curtos da UV).

A aplicação de um filme de fósforo dentro do bulbo da fonte de luz de mercúrio absorve as radiações ultravioletas que
emitem energia radiante visível com características contínuas. Isso é feito para melhorar a cor das fontes de luz de mercúrio,
assim como, das lâmpadas fluorescentes.

As fontes de luz de vapores múltiplos, que também contém mercúrio como base, tem a sua radiação de ressonância
subordinada a outras áreas que não são de mercúrio puro devido à interferência dos outros sais metálicos presentes.

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A maioria da luz é produzida em quatro comprimentos de onda, ou seja, 410, 451, 535, e 590NM.

O espaço entre esses comprimentos de onda e a energia relativa a cada uma no espectro das fontes de luz de vapores
múltiplos produz uma luz mais branca e melhor reflexão das cores do que as fontes de luz de mercúrio puro.

As fontes de luz de sódio são basicamente um arco de sódio. O Sódio tem a sua radiação de ressonância a 589NM. Esta
fonte de luz produz uma curva SED, relativamente contínua. Como uma pequena quantidade de mercúrio está presente, na
linha de mercúrio também há irradiação.

Nas fontes de luz fluorescentes a maioria da radiação do arco está a 253, 7NM na linha de radiação ultravioleta sobre o
revestimento de fósforo que reveste o tubo internamente. Essa radiação é absorvida e re-irradiada em um espectro contínuo.
Além disso, existe uma pequena quantidade de radiação e ressonância de mercúrio que também existe nesta fonte de luz.

Pulso de Xenon vs Tungstênio


Halógeno

SERVIÇOS

Desenho Geométrico - Iluminação e Feixes de Luz.

Sob geometria subentende-se na medição de cores o ângulo de incidência da luz sobre a amostra, bem como o ângulo sob o
qual a observação é feita.

O caso mais simples seria o da incidência sob ângulo de 45º e a observação também a 45º; define-se, neste caso, a
geometria 45º/45º.

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- Geometria de iluminação e observação

1. Fonte de iluminação
2. Amostra
3. Receptor ou observador
4. Esfera de Ulbricht
5. Anteparo

Este é, porém um caso para superfícies ideais (espelhadas). No caso de certos materiais plásticos ou têxteis, tais
superfícies não podem ser obtidas. Existe então a necessidade de se adaptar a geometria do aparelho a estes tipos de
medição, visando aproximar as superfícies destes materiais o máximo possível das superfícies espelhadas.

O Físico ULBRICHT encontrou uma solução. Ele utilizou para a medição de superfícies irregulares uma esfera que hoje
leva o seu nome.

SCI vs SCE Geometria


Esféricos
Geometria de Esfera d/8º

Especular Incluida Especular Excluida

Espectrofotômetro Espectrofotômetro

Especular
Medida

a
Medid

SERVIÇOS
Especular

Fonte Fonte

Amostra Amostra

Um anteparo impede a incidência direta da luz sobre a amostra; a luz se difunde por toda a esfera, antes de incidir sobre a
amostra. No caso temos uma geometria definida como d/ 0º.

Esta é a geometria de medição de quase todos os instrumentos atualmente construídos para utilização na indústria. Por
razões construtivas, o ângulo pode variar um pouco, por exemplo, d/ 8º; d/ 4º, etc.

No mercado podemos encontrar basicamente 3 tipos de aparelho destinados à medição de cores:

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a) espectrofotômetros
b) espectrofotômetros de filtros
c) fotômetros de 3 filtros

Com os espectrofotômetros, que possuem como monocromadores grades ou prismas, mede-se o valor da remissão em
qualquer dos comprimentos de onda que se necessitar, dentro ou até fora da faixa visível (remissão infravermelha, por
exemplo).

A curva de remissão pode ser levantada por pontos ou em contínuo (aparelhos com mecanismo registrador).

Os espectrofotômetros de filtro são dotados de um certo número de filtros de pequena amplitude espectral, distribuídos
equidistantemente entre 400 a 700 nm. A cada filtro corresponde um comprimento de onda, que então fornece a remissão
correspondente. A curva de remissão é levantada por pontos. Através de um computador (ou calculadora), acoplado a estes
espectrofotômetros, pode-se obter os valores tristímulos X, Y e Z.

Os fotômetros de 3 filtros são aparelhos nos quais se obtém com rapidez, embora somente com certa aproximação, os
valores tristímulos de uma cor. A transmitância de cada um destes filtros é tal que a distribuição da sensibilidade do sistema
de filtros e do receptor corresponda a uma das curvas padrão do valor espectral X, Y e Z. Se o iluminante possuir uma
distribuição espectral de iluminante-padrão, os valores obtidos serão diretamente X, Y e Z para aquele tipo padrão de
iluminação. A adoção dos fotômetros de 3 filtros foi à forma encontrada para a obtenção dos valores X, Y e Z de maneira
não excessivamente onerosa.

Com estes valores consegue-se solucionar alguns problemas de COLORIMETRIA, como por exemplo, o cálculo de
diferença de cores de amostras não metaméricas. Os fotômetros de filtro não são aparelhos muito precisos. Em alguns casos
não são inclusive indicados para medições absolutas. Em medições comparativas - como, por exemplo, no controle de

SERVIÇOS
produção - onde as curvas de remissão da amostra diferem pouco da do padrão os resultados de medição são satisfatórios,
podendo as diferenças de cor ser determinadas corretamente.

7 – Como escolher e avaliar o melhor tipo de Equipamento

Com relação a escolher o melhor tipo de equipamento, sempre deve-se ter em mente, tópicos fundamentais sobre quem os
está fornecendo, como por exemplo:

1- Assistência Técnica(Manutenção),
2- Estrutura Operacional da Empresa,
3- Treinamento,
4- Suporte Técnico.

Outros fatores que devem ser muito levados em conta, é sobre o tipo de produto que se está manipulando, pois fatores
como, brilho, textura, fundo, opacidade, são muito relevantes na escolha de um tipo de equipamento para trabalho.

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Todos estes itens relacionados acima, influenciam os valores informados por espectrofotômetros de geometrias diferentes,
como um espectrofotômetro de geometria esférica e um de geometria 45/0, onde o de geometria esférica, é capaz de
incorporar o fator brilho aos seus resultados, e o de geometria 45/0 é totalmente incapaz de perceber o efeito
especular(Brilho) em suas medições.

Outro item que diferencia muito estes equipamentos é com relação à captação de informação luminosa, pois os
equipamentos de geometria esférica, possuem uma distribuição luminosa, mais homogênea sobre as amostras que estão
sendo analisadas, auxiliadas pela distribuição da luz, efetuada pela esfera ótica que possuem. Isto os auxilia, na detecção de
diferenças não somente de cor, e sim também de aparência nos produtos analisados.

Estes tópicos estão relacionados também com o custo destes equipamentos, onde os equipamentos esféricos possuem preços
mais elevados que os de geometria 45/0. Precisão, repetibilidade e reprodutibilidade destes dois tipos de equipamentos
diferem, sendo este também um fator de justificativa das diferenças de custo.

8 - Uso do Software para as Reais Necessidades das Empresa, Recursos existentes e o que pode
ser utilizado.

Os itens mais importantes para a obtenção de bons resultados por um Sistema de Cores Computadorizado, são todas as
informações fornecidas ao seu arquivo ou banco de dados de colorantes.Todos estes dados devem ser fornecidos com a
maior precisão possível. Deve-se tomar cuidado com a escolha da matéria prima (o Substrato), com a seleção dos colorantes
a serem arquivados, com a pesagem e a aplicação deles, ou seja, deve-se fazer o melhor. Deve ser feito em todos os
colorantes um número de cortes que permita que o sistema reconheça e tenha informações necessárias para o bom
rastreamento para a confecção de novas formulações de cores.

Depois de montado o banco de dados, deve-se testar todos os parâmetros, checando a precisão das fórmulas por ele
fornecidas, esta checagem deve ser feita, e mesmo até repetida, até que se tenha plena certeza de seu funcionamento,

SERVIÇOS
somente depois deste trabalho pode-se iniciar a operação do Sistema com formulações e correções. Este trabalho requer
muita habilidade do Operador e/ou Colorista . Para se obter resultados cada vez melhores nos desenvolvimentos feitos em
laboratório e fabricados em produção deve-se acompanhar e anotar todas as fórmulas desenvolvidas e produzidas, pois
sempre irão apresentar diferenças entre seus componentes que serão fatores importantes para serem informados ao Sistema e
com isso corrigir os colorantes para as próximas produções. Se o colorista for um bom observador ele perceberá e corrigirá
estes itens, melhorando cada vez mais a performance do seu banco de dados. Este trabalho é muito intenso.

Os sistemas existentes atualmente permitem que se anotadas as diferenças de força tintorial dos colorantes em um dos itens
no banco de dados, ele faz o acerto deste colorante quando utilizá-los em Formulações e correções de cores. Estes Sistemas
permitem a verificação de fatores de performance de cada colorante quando utilizado em produção comparando com seu
banco de dados. Através deles pode-se saber como se comporta o colorante em produção.

Quando o colorante da produção apresentar a mesma força tintorial que o colorante do banco de dados, o fator de
performance será igual a um (Pf = 1,0); quando este colorante estiver mais fraco que o colorante do banco de dados, o fator
será abaixo de um (Pf < 1,0), quando este estiver mais forte o fator será maior que um (PF > 1,0), ou seja, através destes
fatores pode-se até saber qual o problema que ocasionou a diferença de cor em produção.

Um dos motivos de não se conseguir bons resultados, é a diferença de substratos utilizados em produção, ou então na
utilização de um colorante diferente do especificado pela formulação, provocando assim uma diferença por metameria. Os
sistemas hoje existentes permitem que sejam colocados vários substratos diferentes e possam ser efetuadas formulações com
precisão.
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Também se deve ter certeza de estar usando o banco de dados ideal, tanto para formulação como o banco de controle de
qualidade da entrada de matéria-prima.

Se o Operador do Sistema se dedicar ao desenvolvimento deste Sistema, anotando e acertando os fatores de performance
dos Colorantes, utilizando todos os recursos que o Sistema apresentar ele sempre obterá excelentes resultados em todas os
itens da programação e assim o retorno do capital empregado neste sistema, será bem rápido.

Estas Bases de Dados tem que ser confeccionadas, analisadas, ajustadas e calibradas para o seu bom funcionamento, para
isto também os desvios dos pigmentos, concentrados e tudo que está relacionado à cor, deve respeitar um range aceitável
com o mundo virtual matemático gerado pelo sistema. Todo o tipo de material, comportamento, método de aplicação, nº de
cortes, constantes utilizadas (Dupla ou Simples), bases(Tipos de Resinas),substratos, pigmento pó, pasta ou concentrados
devem passar por uma análise para a escolha do procedimento ideal para a confecção do Banco de Dados e a melhor
performance de Resultados.

Os cortes que são inseridos no Sistema de Formulação, justamente servem para “ensinar” ao programa de Formulação como
são os colorantes(Tudo que gera cor) com relação a tom, subtom, poder tintorial, metamerismo, cobertura e transparência,
pois é daí que o Software irá tirar as informações para formular as cores de acordo com as exigências de DE, Custo,
metamerismo entre outros, mais próxima ao padrão desejado. Todos os comportamentos dos pigmentos são efetuados
através da análise de absorção e refletância do produto analisado, em acordo com as equações de Kubelka/Munk.

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9 – Como lidar com os obstáculos da implantação de um Sistema Colorimétrico, e evitar perdas.

Nem precisamos dizer o quanto o Controle de Qualidade no Produto Acabado e essencial e importante, sabendo-se o quanto
e importante o controle de qualidade de recebimento de matéria prima. Quando o produto fabricado por uma indústria
apresenta uma boa qualidade em seus produtos, qualquer departamento comercial ou de marketing estará seguro, sabendo
que pode contar com produtos de alta confiabilidade.

Normalmente o Controle de Qualidade de Produto Acabado utiliza regras e métodos de analises de Normas Internacionais
de associações tipo ASTM, ISO,NBS, DIN, etc., assim como usadas as nos controles de recebimento. Para controle de
qualidade de cores o método consiste na comparação de cores padrão versus cores da amostra que podem ser feitas de
varias maneiras, atendendo as exigências das indústrias, dos clientes, do mercado consumidor, etc.. Esta comparação de
cores não restringe somente na comparação única e simples de uma cor padrão com uma cor da amostra, é necessário
também que seja verificada outros itens de qualidade tal como Dispersão, Homogeneização, Pureza, etc.

Para se fazer uma analise completa de Controle de Qualidade deve-se saber quais são as exigências e especificações da
qualidade do produto a ser controlado. Para concentrado de cores por exemplo; além da igualação da cor produzida,
devemos verificar outros tipos de requisitos, tais como: Teor de Carga, Índice de Fluidez, Dispersão, Solubilização,
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Incorporação, Homogeneização, etc. Para misturar pigmento em pó devemos verificar cor, homogeneização da mistura,
teor de carga, força tintorial, dureza na moagem e outros tipos.

Todos estes processos de Controle de Qualidade variam de indústria para indústria porém os metódos por eles utilizados são
basicamente iguais ou tem o mesmo objetivo. Nos procedimentos de Controle de Qualidade dos Sistemas, há varias opções
de Controle de Qualidade que são usados de acordo com as características de cada usuário através de procedimentos que o
próprio usuário poderá montar. Estas opções são:

1) Dados de Colorimetria
2) Força Tintorial
3) Classificação
4) Índices Especiais
5) Gráficos
6) Gráfico Geral de Dados sobre as Cores
7) Valores Espectrais e Analise Estatística

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A - Dados da Colorimetria

A opção de Dados de Colorimetria e usada geralmente para todas as comparações de cores. Estes dados podem ser
selecionados em diversos tipos de medida de cores como CIELAB, HUNTER, FMC-II, ANLAB 40 E CMC/ 2.00:1.00.

A) O método CIELAB fornece os valores numéricos do Espaço de Cor CIELAB L*, a*, b*, C* e H* e suas respectivas
díferenças em Deltas DL*, Da*, Db*, DC*, DH* e DE*.

B) O método HUNTER fornece os valores numéricos do Espaço de Cor HUNTER L,a e b e suas respectivas diferenças DL
,Da, Db, DE.

C) O método FMC II fornece os valores das cores tristímulas X, Y, Z, y e x e as sua respectivas diferentes DX, DY, DZ,
DCRG, DCYB, DL, DC e DE.

E) O método CMC/2,00: 1,00 fornece os valores numéricos do Espaço de Cor L a b e suas respectivas diferenças DL, DC,
DH e DE.

Todos estes métodos tem suas equações para o cálculo de seus valores numéricos de diferenças de cores, porém todas
apresentam uma relação proporcional de uma para outra. As mais comuns, utilizadas por diversos Controle de Qualidade de
Cores são os Métodos CIELAB e CMC.

9.1- O uso de Sistema de Espectrofotometria em desenvolvimento de Cores

Os espectrofotômetros computadorizados são Sistemas desenvolvidos com alta tecnologia e atualmente existem Sistemas
onde podemos confiar inteiramente nos resultados. Estes Sistema são como um cérebro eletrônico, que necessita conhecer
todas as características dos colorantes como reflexão e absorção.

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Com estas características o programa do computador do Sistema pode fazer desenvolvimento, acerto e correção de cores

Os métodos de inserção de dados para a memória do computador de um Sistema variam de acordo com o processo a ser
utilizado (Têxtil, Tintas de Impressão, Tintas de Cobertura e Plásticos)ou então de acordo com o método utilizado pelo
fabricante do Sistema, porém todos trabalham utilizando os mesmos cálculos da Equação de Kubelka-Munk

2
K = (1-R)
S 2R
Para mistura de colorantes;

K C1 K1 + C2 K2 + C3 K3 + CN KN

S C1 S1 + C2 S2 + C3 S3 + CN SN

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Onde os valores C1, C2 e C3 são as concentrações dos colorantes na formulação.

K = e o Coeficiente de Absorção

S = e o Coeficiente de “Scatering” ou Dispersão da luz

A maioria das suposições na Equação Kubelka-Munk estão tratadas neste seguimento:

a - A mistura subtrativa deve ser bastante dispersa para a incidência de luz da amostra ser bastante dífusa.

b - Não há trocas nos índices refrativos nos limites das amostras. Esta suposição e executada para o mesmo caso
semelhante às tintas a base de água no ar, mas não para muitas misturas comum de pigmentação. Sanderson
(1942)modificou a Equação Kubelka-Munk incluindo os efeitos de perdas de reflexão acompanhando uma troca no índice
refrativo nos limites das amostras.

c - Cálculo da descrição para misturas subtrativas , o cálculo com a Equação Kubelka-Munk devera ser feito em muitos
comprimentos de ondas através do espectro visivel. Ela não pode ser aplicada corretamente para valores tristimulos exceto
para materiais espectralmente não selecionados.

9.2 – Noções e Dicas sobre Montagem do Banco de Dados

Uma dica muito importante para a construção de uma boa Base de Dados, é sempre ter um ótimo Controle de Qualidade
desde a matéria prima até o produto final. Deve se pensar para fazer os cortes primeiramente, em qual é a média da
concentração máxima de pigmento ou corante que utilizo para confeccionar as cores que necessito no meu dia-a-dia, em
cima deste valor é que será iniciada a tabela de Cortes para a preparação das amostras.

Com relação às famílias dos Bancos de Dados, examinar os substratos que serão utilizados e como é o aspecto de cada um
deles. O ideal para os Bancos de Dados é que os substratos mais similares possam ser utilizados com um Banco de
pigmentos ou corantes que atenda a estas diferenças. Se os substratos forem muito diferentes será necessário uma nova Base
de dados para este substrato. Como exemplo pense da seguinte maneira, se eu tenho um pigmento Azul Ftalocianina e
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necessito utilizá-lo em várias bases diferentes como um Polietileno, um Polipropileno ou seja uma Olefina, o
comportamento da cor seria similar, ou seja um único Banco atenderia as duas Bases plásticas, se eu precisasse utilizar o
mesmo Azul em um ABS ou Nylon por exemplo, não poderíamos utilizar a Base feita com o polietileno pois os resultados
seriam catastróficos devido a diferença de comportamento da cor, o software faria muitas correções e não seria obtido um
bom resultado. Neste caso é necessário construir uma Base para as Olefinas e outra para a Poliamida. Isto vale para a área
de Tintas, Têxtil, Couro, Cosméticos entre outras, que apresentem diferenças muito grandes em seus substratos, em termos
de cor e aparência. Caso tenha problemas com floculação, má dispersão, bleeding, migração nos pigmentos que utiliza
procure solucioná-los antes de trabalhar na construção da Base de Dados. Lembre-se para ter bons resultados insira bons
produtos no seu computador e na sua Base de Dados, pois desta maneira o software lhe gerará também bons resultados. As
diluições servem para ensinar ao sistema como são os colorantes em termos de Tom, Subtom, poder tintorial, metamerismo
e cobertura, através dos cortes ele(Software) compreende o que fazer para formulas e/ou corrigir uma cor. Um ponto
importante é ter um bom número de colorantes(Pigmentos, corantes, anilinas) pelo menos 12 para obter bom desempenho
nas formulações e correções, se a Base de Dados tem poucos colorantes os resultados ficam muito limitados e pobres não
podendo esperar “Milagres” vindo do software, quanto mais limpos e subtons diferenciados possuírem melhor.

Lembre-se que se o colorista também tiver poucos pigmentos, corantes ou anilinas para trabalhar, também estará limitado
em desenvolver certas cores.

Deve-se ter muito cuidado na análise de produtos que são Opacos, Translúcidos e Transparentes, pois dependendo da
condição de cada material, as corretas bases matemáticas deverão ser escolhidas para atender as necessidades de
formulação, constante simples, constante dupla, Multi Fluxo e transparentes. Após as Bases serem montadas e Calibradas, a
ou as Bibliotecas de Cores podem ser criadas sendo uma poderosa ferramenta, para a procura e correção rápida e precisa das
cores, superando em muito os sistemas convencionais.

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Bancos de Dados:

São Dados que administram o comportamento de colorantes que são inseridos em uma Base de Análise, e com o auxílio de
Programas específicos, podem reproduzir cores mediante a necessidade de um segmento produtivo.

Métodos Existentes de Formulação:

1º - Constante Simples, é aquela que não utiliza um colorante branco para a confecção dos cortes que serão inseridos no
sistema. O branco está no próprio substrato, e é ele que regula a concentração dos degradês.

2º - Constante Dupla, é aquela que utiliza um colorante branco nos seus cortes . Este branco controla a proporção dos
degradês, revelando como na constante simples as características físicas de tom, sub tom, poder tintorial, cobertura,
metamerismo e também características de absorção e refletância

Resultados dos Bancos de Dados

Numa boa Base de Dados pode-se obter de 80% a 85% do esperado em uma formulação, na primeira Mistura.

Para isto são muito importantes Tópicos como:

1º - Método de Montagem do Banco(Manual/Automática Lab).


2º - Número de Cortes Inseridos.
3º - Calibração do Banco de Dados, inicialmente em torno de 10 cortes.
4º - Controle de Matéria Prima.
5º - Desvio do Processo Produtivo
6º - “Setup” correto para formulação.
7º - Escolha de uma boa tolerância.
8º - Escolha do equipamento(Hardware) e Programa(Software) corretos para a aplicação desejada.

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9.3 - Porque nem sempre os resultados obtidos com os Sistemas são Satisfatórios.

Os itens mais importantes para a obtenção de bons resultados por um Sistema de Cores Computadorizado, são todas as
informações fornecidas ao seu arquívo ou banco de dados de colorantes.Todos estes dados devem ser fornecidos com a
maior precisão possível. Deve-se tomar cuidado com a escolha da matéria prima (o Substrato), com a seleção dos colorantes
a serem arquivados, com a pesagem e a aplicação deles, ou seja deve-se fazer o melhor possível.

Depois de montado o banco de dados, deve-se testar todos os parâmetros, checando a precisão das fórmulas por ele
fornecidas, esta checagem deve ser feita, mesmo até repetida, até que se tenha plena certeza de seu funcionamento,somente
depois deste trabalho pode-se íniciar a operação do Sistema com formulações e correções. Este trabalho requer muita
habilidade do Colorista ou operador. Para se obter resultados cada vez melhores nos desenvolvimentos feitos em laboratório
e fabricados em produção deve-se acompanhar e anotar todas as fórmulas desenvolvidas e produzidas, pois sempre irão
apresentar diferenças entre seus componentes que serão fatores importantes para serem informados ao Sistema e com isso
corrigir os colorantes para as próximas produções. Se o colorista e ou operador, for um bom observador ele perceberá e
corrigirá estes ítens, melhorando cada vez mais o performance do seu banco de dados. Este trabalho é muito intenso. Certos
sistemas, em colorimetria permitem que se anotadas as diferenças de força tintorial dos colorantes em um dos itens no
banco de dados, ele faz o acerto deste colorante quando utilizá-los em Formulações e Correções de cores. Estes Sistemas
também permitem a verificação de fatores de performance de cada colorante quando utilizado em produção comparando
com seu banco de dados. Através deles pode-se saber como se comporta o colorante em produção.

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Outro motivo de não se conseguir bons resultados, e a diferença de substratos utilizados em produção, ou então na utilização
de um colorante diferente do especificado pela formulação, provocando assim uma diferença por comportamento do
pigmento ou corante inserido nestes substratos. Também deve-se ter certeza de se estar usando o banco de dados ideal, com
as constantes matemáticas que atendem às expectativas do produto que se está formulando, como exemplo posso citar as
constantes duplas onde há pigmento branco, ou a constante simples onde o substrato é que proporciona o corte dos corantes
ou pigmentos..

9.4- Correção de Cores, aproveitamento ideal da mão de obra de Técnicos e Coloristas

Nenhum produto, por mais cuidado que se tome ao produzir, esta livre de problemas que farão com que ele se desvie do
padrão oríginal de cor. Muitos destes desvios são aceitáveis, outros porém necessitam de correções e acertos para poderem
ser aprovados e existem outros tipos de produtos que de acordo com o erro ou problema ocorrido,somente serão reutilizados
após sua reformulação total, ou até mesmo a utilização deste produto como se fosse um novo colorante.

Nos programas, o Usuário tem a possibilidade de fazer todos estes acertos e correções, ele informará ao Computador do
Sistema a diferença de cor do Padrão desejado ao Lote produzido.

Através das leituras das duas cores pelo espectrofotômetro, o programa utilizará esta informação para checar a formulação
de colorantes da produção com os colorantes que ele tem em seu banco de dados e desta maneira utilizando os fatores de
performance realizará os acertos e correções das cores.

Como já foi dito, todas as fórmulas desenvolvidas nem sempre são repetidas satisfatoriamente em produção, por uma série
de problemas relacionados com os componentes da fórmula, assim é aconselhável que todas as fórmulas antes de serem
levadas a processo sejam confirmadas com os componentes que irão ser utilizados nela; porém mesmo tomando este
cuidado esta cor ainda poderá sair fora do padrão de cor desejado e, quando isto acontecer durante o processamento será
necessário o acerto imediato desta cor para que não haja perda de tempo em processo.

Quando o fator que ocasionou o problema for conhecido, o acerto será mais fácil, porém quando estes fatores são

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desconhecidos, o acerto dependera da habilidade do colorista para acertar esta cor; somente a percepção de um bom
colorista fará um acerto econômico e de boa igualação.

O ideal em uma correção de cores e a não modificação das características do produto final a ser corrigido, tal como
metameria, concentração, propriedades físico-químicas, etc., mesmo que se tenha que aumentar a quantidade do lote
produzido. Nos sistemas atuais é muito fácil de se fazer uma correção desde que tenha seus bancos de dados corretos .

Através da comparação do padrão e lote produzido mostrado ao Sistema pelo Espectrofotômetro, o programa utilizará os
fatores de performance para corrigir e acertar todos os componentes que estiverem fora, calculando a quantidade exata de
colorantes e resina sem alterar as características iniciais da formulação.

Por esta programação também existe a possibilidade de se fazer a substituição de um ou outro colorante que eventualmente
esteja faltando em estoque e observar o que acontece com a cor. O Usuário também poderá utilizar o sistema manual de
acerto e fazer passo a passo a sua correção, verificando qual o rumo que esta seguindo sua correção, através de valores de
diferenças de cores baseadas nos métodos de medidas CIELAB, HUNTER, CMC, etc..

Também e possível ao usuário à utilização deste programa para fazer correções ou reformulações de cores que estejam
estocadas em seus estoques de cores obsoletas, ou cores já desenvolvidas que tenham sofrido uma pequena alteração de
padrão, custos, etc.

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10 - Rapidez, Flexibilidade e Lucros gerados com a Implantação dos Espectrofotômetros.

Que a aparência dos produtos consumidos é uma crítica muito apropriada verificada todos os dias, não podemos deixar de
enfatizar. O consumidor quer e exige roupas de cama alvas.

Na falta desta definição, ele pode bem selecionar na prateleira do supermercado a geléia de morango que parece “fresca”
pelo seu exame visual. A qualidade de um produto é certamente um fator seletivo para o mercado consumidor. A qualidade
esta associada com a aparência dos produtos. O objeto “Branco” será em muitos casos escolhidos, quando estiver próximo
a o mesmo objeto que esteja mais amarelado ou acinzentado. Cores brilhantes serão escolhidas perante as cores mais opacas
e de aparência “suja”.

Parece ser outro importante fator no julgamento do consumidor o qual o falecido Ralph Ewaus tinha uma terminologia.

O Encontro da Aparência com a intenção do Desenhista. Isto envolve um assunto em que seria o comprador entender a
intenção do desenhista no artigo em questão. Isto quer dizer, se todas as peças de um mesmo artigo tem cores muito
próximas, o consumidor assume que o desenhista os interpretou como tendo cores idênticas. Alguma falha para encontrar
uma cor uniforme é causa para rejeição ou crítica de um artigo. Se os dois lados da costura de um vestido não parecem
combinar completamente, isto é causa para rejeição.

É para prevenir críticas como esta, que as medidas de diferença de cor são largamente feitas. Não somente a aparência dos
produtos, mas também as suas embalagens. afetam a seleção das pessoas.

Pesquisas de mercado tem encontrado que embalagens brilhantes são consideradas como as que possuem produtos frescos, e
que a uniformidade de cores no lado de fora das embalagens, conota a idéia de uniformidade na qualidade do produto no
lado interno da embalagem. A competição aumenta a importância da qualidade de medição dos produtos em uma precisa e
objetiva maneira de fazer um assunto de primordial importância para produtores e exportadores.
A avaliação da aparência em um passado recente foi mais uma arte do que uma ciência. Por muitos anos têm sido comum
nas indústrias têxteis, de papel, de tintas, alimentos, plásticos, cosméticos, cerâmicas, etc. O julgamento visual único do
chefe dos coloristas, o contra mestre das máquinas, o supervisor de produção em escala de aparência dos seus produtos. Não
há duvidas que a habilidade dos coloristas ganhou uma grande quantidade de conhecimento, observando a aparência dos
materiais e fazendo julgamentos para ajustar ou controlar um processo produtivo, que gera a aparência dos produtos, ele

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deveria ser reconhecido, porém estes observadores visuais estavam sujeitos as falhas humanas. Algumas das variáveis são
as habilidades do observador para memorizar as cores em um espaço de tempo, a idade do observador, e a mudança na
exatidão visual com o passar dos anos, precisão entre uma quantidade de avaliações, e as variações da visão das cores entre
avaliações realizadas.

Também o que acontece quando um colorista com 40 anos de experiência não está disponível por um longo período. Por
exemplo, no caso de um processador têxtil, em uma nova planta em uma nova localidade e sem a grande experiência de um
colorista estar disponível, era necessário a parada do processo até a chegada do gerente geral para fazer um julgamento
visual para combinação de cores.

O mais importante de tudo, é que a percepção visual é um julgamento qualitativo que não produz resultados que podem ser
expressas numericamente. Quantitativas diferenças de medições de aparência são requeridas se a tecnologia de aparência
prosseguir como uma ciência e não como uma arte. Somente o uso de instrumentos na medição de aparência pode
parcialmente remover as muitas variáveis não controladas encontradas quando pessoas são usadas exclusivamente para
avaliar aparência dos objetos.

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10.1 -Testes para Conformidade e Especificações no Controle de Qualidade.

Em termos de volume o maior uso para as medições de aparência está nos testes dos produtos para ver se eles estão

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conforme a especificação. Este teste pode ser necessário em muitos pontos no processo de produção. Os produtos testados
podem ser:-

1)- Entrada de Matéria Prima.

2)- Materiais do processo sendo manufaturados.

3)- Materiais acabados prontos para entrega.

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10.2 Teste para Entrada de Matéria Prima, proporções ideais, substratos e aplicações.

Uma Editora compra papel para suas revistas de muitas fábricas e problemas com especificações para o qual os
fornecedores devem adaptar-se. Destas especificações provêem tolerâncias básicas de peso, espessura, estouro, resistência
ao rasgo, absorção de tinta, bem como as tolerâncias características de aparência.

Para as técnicas de medição de aparência, as tolerâncias de interesse para certificação do peso do papel seriam as seguintes:-

Cor L 90,0 Mínimo

CIE LCh C 0.0 + ou - 0.2

( 10º observador/ILL-C) h 0.0 + ou - 0.2

Brilho 65.0 + ou menos 6.0

75% TAPPI 65.0 + ou menos 6.0

Opacidade 96.0 - 1.0

Brancura 77.0 - 1.0

Materiais no Processo sendo manufaturados. A introdução do computador para o processo produtivo tem expandido a

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oportunidade para controle contínuo automático do processo. Como a velocidade e o volume de produção aumentaram se
faz necessário este controle de entrada de material tem a quase imediata correção dos defeitos de aparência, grandes
volumes de produtos fora de especificação podem ser produzidos, resultando em grandes perdas correspondentes.

Como exemplo de sucesso no controle da entrada de material, um sistema de controle de processo de arco fechado para
verificação de cor no papel, utilizando um monitor on line em associação com um processador IBM controlado por
computador, tem sido operado na Consolidated Paper INC, desde 1968. Neste sistema o monitor mede continuamente as
diferenças de “a e b” a partir de um padrão. As diferenças medidas são convertidas em um computador em mudanças no
fluxo dos corantes azul e rosa, assim substancialmente reduzindo o grau de mudança e a perda do papel fora de cor.

10.3 - Produto final pronto para entrega.

Como um exemplo de especificação para embarques marítimos, consideramos o seguinte desenvolvimento envolvendo um
fornecedor de tinta e uma fábrica de rolos de aplicação em alumínio.

Esta experiência feita por algumas fábricas de Tinta, também revela alguns riscos que envolvem um atendimento que
encontra as tolerâncias dos clientes. O aplicador de tinta inicialmente restringiu aos fabricantes de tinta a tolerâncias de
mais ou menos 0,5 unidade em ambas as dimensões o “a” (vermelho-verde) e “b” (Amarelo - Azul).

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De qualquer maneira, a primeira amostra do fornecedor para o cliente tem um range de + 0,5 para o valor de “a”, e foi
rejeitado como sendo “vermelho demais”.O cliente reduz, portanto a tolerância para + 0,25 unidades de ambas as
dimensões de “a e b.” Deste modo, a amostra do fornecedor com esta tolerância + “a”, foi também rejeitada, como sendo
vermelho demais, e a tolerância foi cortada para + 0,15 unidades.

A companhia de tinta descreveu sua tecnologia de seguinte forma:- Este foi o erro aproximado que foi encontrado muito
mais tarde, que toleraria uma leitura menor do que 0,5 em “a“ e maior do que 0,5 em “b” mais não aceitaria nenhuma
variação do padrão em termos de +a e b-.

Em outras palavras “o cliente quis o verde” mais amarelado que o padrão e mais saturado. Como resultado disto, ele
manteve a tolerância mais apertada, baixando a habilidade do instrumento para reproduzi-lo. Esta prática ilustra exemplos
claros e sábios das regras que deveriam ser fundamentadas para alguma aplicação das medições de aparência.

Nunca se esqueça de usar o olho para a observação específica de cada exemplo. Em muitas situações industriais, tolerância
não são simétricas, mas são preferencialmente assimétricas, como neste exemplo.

O instrumento é a ferramenta para dar suporte aos profissionais que trabalham com cor.

Outra observação é sempre conhecer o tipo de avaliação e instrumentos que os seus clientes possuem, para fazerem o
controle de material que recebem, para que um mesmo método seja utilizado nas decisões de aceitação dos produtos, sejam
estes mercados internos ou externos.

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10.4 - Certificação para Qualidade

Nesta área de aplicação, medições da aparência dos produtos, usadas para designar categorias de cores, pontuações ou
índices numéricos para propósitos de identificação da qualidade dos produtos. A indústria de alimentos é a maior área de
uso das medições de cores na classificação da qualidade. Cor é um indicador primário de qualidade de muitos produtos
alimentícios. Na indústria de alimentos o processador não tem flexibilidade de ajustar cor pelas modificações, de
ingredientes. Preferencialmente deve-se encontrar e preservar a cor, e mantê-la através de sua matéria prima durante todo o
processo e manipulação do produto.

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Por exemplo, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, procede com a aceitação do suco de laranja, requerendo
que o suco seja classificado como USDA categoria A, ele deve ser OJ4, ou melhor, em cor. A figura mostra como estes
valores de classificação relativos do governo dos Estados Unidos se equivalem às cores derivadas, das medições
Colorimétricas Cítricas de Hunter Lab.

Diferenças de Cor encontradas em sucos de Laranja.

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10.5 -” Melhoria na Performance do Produto

Medições de alterações de aparência de cor ou outros atributos visuais que resultam da exposição, são usados para
interpretar a performance de produtos sob condições de serviço.

Item importante nas medições é também o desbotamento de materiais como, plásticos e tintas, como alimentos e papéis são
observado na mudança de coloração após exposição à luz.

Existe uma série de testes de desbotamento para materiais no qual um produto é considerado desbotado após ter sido
submetido a procedimentos de exposição padrão.

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Medições de brilho também servem como um método de teste da performance do produto em uso. A mudança de brilho
com a exposição é um teste sensitivo especial para perceptibilidade de danos na superfície. Desde que o brilho é diretamente
relatado para as condições de pele da superfície do objeto, algum dano nesta pele imediatamente mostra a mudança no
brilho da superfície. Assim o brilho é um indicador muito útil para detecção de danos na superfície de tintas, plásticos,
cerâmicos e papel que são expostos a reais ou simuladas condições de intempéries.

A mudança de brilho usualmente aparece antes da mudança da cor.

FATORES QUE DETERIORAM A APARÊNCIA DO PRODUTO


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10.6 - Revisão sobre Custos, Desempenho, Tempo para Desenvolvimento e Fórmulas de Cor
adequadas.

Sempre que se fala sobre custos em uma Empresa é algo que movimenta uma grande parcela de funcionários, fornecedores
e clientes. Na área de Colorimetria não é diferente, quando estamos desenvolvendo cores em um determinado segmento
produtivo itens como repetibilidade, flexibilidade em formulações de cor, refletem a confiança em que o cliente deposita
nos fornecedores. Hoje há uma enorme preocupação em não haver desgaste com o cliente, por este motivo a Colorimetria
tem sido utilizada para determinar faixas de aceitação eficientes e comportamento de matéria prima e processo, para que o
produto final esteja em sintonia com os controles realizados. Os sistemas tem auxiliado coloristas, matizadores e
Colorimetristas a confeccionar fórmulas de cores mais estáveis, com menos pigmentos e sem metamerismo, mantendo a
reprodutibilidade nestas formulações quando são solicitadas.Um outro ponto que tem sido importante é a quantidade de
tentativas que são realizadas, pois cada tentativa ou “Toque” possui um ciclo que utiliza uma série de equipamentos e
materiais até que a cor possa ser avaliada, ganhando tempo e economizando material. Sobre a adequação de fórmulas,
muitas Empresas tem revisto a quantidade e o tipo de pigmentos utilizados para a formulação das cores, pois os Sistemas
Colorimétricos atuais permitem que se tenha várias sugestões de fórmulas para obter uma mesma cor, possibilitando ao
usuário através de uma análise completa, com a Curva de Refletância e as coordenadas colorimétricas, aliadas a custo e
metamerismo, o operador do sistema pode optar por uma ótima condição para o produto e processo, levando em conta que
se pode selecionar no Banco de Dados para formulação grupos de Colorantes que atendam a custo, resistência à
temperatura, Orgânicos, Inorgânicos, Metaméricos, cobertura, entre outros, agilizando este processo de decisão e confecção
da cor. Um outro ponto que ganha tempo e gera precisão é a criação de bibliotecas de Cores, que torna a procura por uma
cor similar e sua correção muito rápida em relação aos sistemas convencionais. Os Laudos colorimétricos gerados
proporcionam uma discussão muito mais técnica entre as áreas além de proporcionar tomadas de decisões e acertos muito
mais rápidas, pois quando se tem os fatos mais embasados sobre o que está ocorrendo, os argumentos e ações tornam se
mais eficazes, ganhando tempo e dinheiro. Com a formação de um histórico sobre o comportamento de matéria prima,
produto e processo, todos estes itens possibilitam à Empresa que possui os sistemas colorimétricos, ter o produto e o
processo inteiramente nas mãos tendo total controle das variáveis que ocasionam alteração no quesito da cor.

11- Dez Passos para um melhor controle de Cor

-
- Estabelecer um Padrão de Cor confiável:
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Não permitir inconsistência, especificar a cor para a equipe interna responsável e também os fornecedores.

2 - Conhecer o Desvio de Cor do seu Processo:

- Discutir com os integrantes do processo produtivo, sobre suas limitações e como melhorar o range de aprovação.

3 - Sempre faça avaliações visuais com iluminação padronizada:

- Usar cabines de luz, ou pelo menos lâmpadas com vida útil controlada.

4 - Manipule os padrões de cor de maneira apropriada:

- Guarde-os em lugar seco, escuro e frio. Cuidado para não danificá-los.

5 - Compreender e avaliar as medições instrumentais:

- Conhecer os conceitos das linguagens colorimétricas, bem como o mínimo necessário para uma boa avaliação.

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6 - Criar uma Tolerância Real para cada cor:

- Tolerâncias devem representar o que pode ser produzido consistentemente em grandes quantidades.

7 - Calibrar e manter o instrumento de medição em perfeitas condições:

- Instrumentos devem ser calibrados diariamente, entre períodos de 04 horas ou pelo menos a cada troca de turno.
Cuidados básicos o mantém em plena forma.

8 - Manter consistente a escolha do "Setup" de trabalho:

- Prestar atenção quanto ao uso de filtro de UV, componente Especular, tamanho das portas de medição e metodologia de
leitura.

9 - Distinguir o que é cor e o que é Aparência:

- Cor é somente um aspecto da aparência de um produto, aparência também inclui brilho, textura e fundo.

10 - Treinar e avaliar Equipes, melhorando as Habilidades no Gerenciamento de Cores:

Todos os envolvidos no processo de Cores serão beneficiados com a aquisição de conhecimentos básicos em Teoria de
Cores e sua aplicação prática. O teste de Acuidade visual(Hue Test), ajuda a garantir que todos os responsáveis por
decisões de cores sejam capazes de discernir com precisão.

12 - Padrões, Padronização e Medições Técnicas

Exatidão e Precisão

SERVIÇOS
O termo exatidão implica na existência de alguns valores padrão, que são atribuídos ao sentido de serem “corretos”. A
capacidade de um instrumento para reproduzir estes valores padrão é a medida de sua “exatidão”, e é expressa como um
desvio de um nível de referência aceitável.

Quando se usam instrumentos para medição de aparência, nos preocupamos mais freqüentemente com precisão do que com
exatidão absoluta. Isto é porque os instrumentos são usados primariamente mais como comparadores do que dispositivos
absolutos. Normalmente as pessoas se interessam em fazer pequenas diferenças entre amostras similares do que encontrar
valores absolutos. Um exato espectro e conformidade geométrica para especificar condições e linearidade fotométrica são
necessários para obter exatidão absoluta.

Por causa de toda a complexidade da aparência dos produtos e muitos aspectos de suas medições, exatidão é geralmente não
somente um item que se tem dificuldade de encontrar, mas também é um problema não tão relevante como a “alta precisão”.

“Precisão” é a capacidade de um instrumento de dar os mesmos resultados repetidamente. Precisão é dividida em


repetibilidade e reprodutibilidade.

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Repetibilidade representa o grau para o qual um instrumento simples dá a mesma leitura de mesmas amostras em períodos
diferentes. Esta especificação é geralmente expressa como o desvio da resultante de uma experiência quando medimos uma
amostra simples em um instrumento simples. Sempre uma alta exatidão em instrumentos e baixa sensitividade podem
resultar em uma larga extensão de leituras. Consequentemente uma alta repetibilidade do instrumento pode dar dados reais
não exatos, conforme a geometria especificada, espectro especificado ou condições fotométricas de medida. Repetibilidade
está subdividida em um termo curto e um termo longo. Ambos tanto o termo curto como o termo longo de repetibilidade é
determinado somente com amostras estabelecidas.

Reprodutibilidade - é a avaliação da habilidade de um laboratório para duplicar medições feitas em outro laboratório, com
um mesmo tipo de instrumento. Especificações e reprodutibilidade são expressas como desvios resultantes de uma
experiência entre instrumentos de um mesmo tipo. É também a avaliação da habilidade de instrumentos manufaturados para
produzir instrumentos que são parecidos. Ela representa o grau de concordância esperada entre dois laboratórios usando o
mesmo tipo de instrumento com mesmas amostras.

Referências Padrão ideais ou perfeitas

Existem dois padrões ideais referidos para medições de reflexão: O branco perfeito para medidas de difusão e o espelho
perfeito para medições especulares - Existem padrões correspondentes de referência para medições em transmissão.

1) - O perfeito ( ou ideal ) padrão branco:- seria uma difusão perfeita, de uma superfície totalmente refletida.

O termo “Fator de refletância “ é usado para a proporção de luz refletida por uma amostra pelo perfeito difusor de
refletância identicamente iluminado. A escala associada como uma medição é chamada, fator escala de refletância difusa.
( Formalmente chamada “Refletância direcional” ). Comparação é feita com a difusão de branco ideal, mas somente dentro
das direções específicas mensuradas.

Isto é a referência normalmente usada para medições de cores em instrumentos. Superfícies de teflon prensadas aproximam
esta idéia. Este material tem as características físicas desejáveis, sendo um difusor perfeito que é altamente reproduzível,
estável e fácil de limpar. Com ele a refletância é de 99% ou maior sobre a distribuição espectral de 350 a 1800 nm, ele é
particularmente usado como uma cobertura para esferas integradas e como uma placa prensada, usado como transportador
ou trabalho padrão de reflexão difusa. Este material é fabricado pela Allied Chemical Corporation, e vendido como nome de
Halon - 680.

SERVIÇOS
O perfeito Espelho - A escala de medida tem um perfeito espelho imaginário, como referência ele é chamado de escala
“Especular” ou “Fracional”; desde que a preocupação é com a incidência de luz que é especularmente refletida. Esta
referência e escala são normalmente usadas quando medimos fatores de refletância especular e valores relativos de brilho
especular.

Transmissão Difusa do Branco - Uma imaginária, perfeitamente difusa, transmissão total de um objeto branco é a referência
para o fator de transmitância difusa.

O ar é a referência ideal para transmitância regular.

No caso dos vários segmentos industriais, existem também os catálogos de cores que podem ser utilizados como referência
na confecção de cores específicas, assim como líquidos especiais como as Cores Gardner e muitos outros produtos que
podem se referenciar através de cores pré existentes em algum tipo de sistema, como o Munsell, Pantone, Federal Standard,
Ral, etc.

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12.1 - Cuidados com os padrões.

Todos os padrões devem ser manipulados cuidadosamente e de maneira que não sejam causadas mudanças em suas
propriedades óticas. Os problemas mais comuns surgem da presença de sujeira, umidade, graxa e óleo, afetando ambos a
cor e o brilho. Dano é também causado por arranhões, que podem afetar também ambos o brilho e a cor. Outras causas
comuns de danos em padrões são colocadas com sujeira em suas caixas ou recipientes, caixas com umidade ou superfícies
oleosas, e usá-las como fundo para ler amostras.

Corantes e produtos químicos usados em papel e materiais têxteis podem consideravelmente afetar os valores de medição
de um azulejo padrão usado como fundo suporte para leitura de amostras.

Padrões devem ser guardados em caixas fechadas; eles devem permanecer limpos e no escuro, desde que a luz possa alterar
algum pigmento colorido. Francis Scofield tem alertado desde há 30 anos atrás, “ Padrões devem ser mantidos
cuidadosamente em caixas de veludo, como verdadeira jóia. “ O procedimento recomendado para limpeza dos padrões de
cerâmica é lavá-los com uma solução de detergente neutro, usando uma escova macia.

Seguindo este procedimento, enxágüe com água quente e seque com uma flanela macia, para não haver alterações de brilho,
após secagem com flanela, passe uma toalha de papel livre de fiapos, para retirar possíveis manchas. Com padrões para
medição de brilho, a superfície deve ser limpa com detergente neutro e uma escova de nylon de forma branda, depois
enxagua-se o padrão com água quente a 150°C, e seque-o com a toalha de papel. O padrão nunca deve ser esfregado com as
mãos ou papel toalha durante a lavagem ou secagem. Padrões de tintas, plástico e placas coloridas em geral, nunca são
limpas e são descartados depois de curtos períodos de uso.

Padrões também devem ser revalidados de acordo com o período de utilização suportado por cada material, isto exige que

SERVIÇOS
se faça um estudo, sobre o quanto o padrão variou em relação a sua condição inicial de utilização. Para tal, o ideal é fazer
uma leitura colorimétrica com o equipamento existente, guardar os valores das coordenadas em um software de
Colorimetria, e compará-las após a passagem do tempo estipulado para uso do Std. Compare as leituras e verifique qual é o
desvio encontrado, o ideal é que a mudança esteja com no máximo um DEcmc= 0,3 em uma mesma tendência de desvio da
cor, caso isto não ocorra, deve se selecionar uma amostra que possua estas características de desvio e revalidá-la como um
novo padrão.

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12.2 - Medições Técnicas

Técnicas de medição afetam de maneira importante à exatidão e precisão das medições instrumentais. Melhores resultados
são obtidos de instrumentos que estão perfeitamente alocados e calibrados.

É sempre sugerido fazer mais do que uma leitura de uma amostra devido à possibilidade do operador cometer um erro
nestas tabulações, para obter uma melhor média da superfície que está sendo medida. O ideal é obter uma média de 03
leituras para obter 01 resultado, rastreando assim a superfície medida, e verificando a homogeneidade do material.

Com muitos dos produtos que são regularmente mensurados com relação à cor e outras propriedades de aparência, a
variação encontrada entre amostras é grande devido em sua maior parte a perda de precisão. Para evitar isto, amostras
duplicadas de um mesmo mostruário deveriam ser medidas, em um mesmo ponto, com o auxílio de dispositivos de
localização de um mesmo ponto. Procedimentos Estatísticos normais nas análises de todos os dados devem ser usados.

Metodologias devem ser desenvolvidas e procedimentos devem ser validados, para que as leituras e análises possam ter
credibilidade, com relação ao comportamento do produto.

A importância da Aparência

Ao se falar em produtos que se destinam à venda a um público consumidor leigo, no varejo, a aparência torna-se um fator
básico ao sucesso da comercialização. A máxima que diz "a primeira aparência é a que fica" neste caso é fundamental, pois
a maioria dos produtos desta categoria é comercializada em exposição e o comprador, usualmente, é atraído pelo aspecto
visual. Por outro lado, assim como a beleza de seres humanos, a beleza de objetos acaba acompanhando padrões bem
definidos na sociedade. Entre estes fatores, podem ser citados o brilho e a cor.

Todos sabemos que, por exemplo, na venda de automóveis usados, o comerciante mais experiente, procura, imediatamente
após adquirir o bem a comercializar, fazer um polimento (aumentando de seu brilho), e também a dissimulação de eventuais
pontos de cores divergentes do padrão. Tais atos visam, evidentemente, a atração do comprador e a venda mais rápida do
bem.

SERVIÇOS
A aparência e a cor, em geral de natureza óptica, não são variáveis únicas, e normalmente, ao se fazer seu estudo sistêmico
se desdobram em outras variáveis, tais como brilho especular, névoa de reflexão, efeito casca-de-laranja, metalização etc.

Embora no passado estas variáveis tenham sido avaliadas por métodos subjetivos, as mais modernas tecnologias procuram
alcançar métodos objetivos de medição instrumental, para uma uniformização das metodologias e comparabilidade dos
resultados.

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Caracterização da Aparência

A aparência pode ser classificada em diferentes aspectos, para fins de determinação das variáveis que intervêm na
sua formação e conseqüentemente estabelecer-se as medições possíveis e/ou necessários em um processo de
qualidade. A figura abaixo mostra esta caracterização, lembrando claramente a diferença pela focagem do
observador.

Aparência

Cor Brilho

Foco na superfície Foco na imagem refletida

Ondulação Distinção de Imagem


(casca-de-laranja) (DOI)

Onda Longa Onda curta Brilho Especular Névoa de reflexão Nitidez de Imagem
LW SW

SERVIÇOS
Condições distintas conforme a focagem do observador

Focado na superfície (iluminado) do objeto ou focado na imagem refletida do objeto

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Brilho especular (Gloss)

Quando a luz incide sobre a superfície de um objeto, uma certa parcela é refletida em um ângulo que é igual, porém oposto,
ao do ângulo da luz incidente. É esta luz refletida que é associada com o que chamamos de brilho (em inglês: gloss). Brilho,
desta forma, pode ser definido como sendo o grau de acabamento de uma superfície comparativamente a um padrão de
brilho especular, o espelho perfeito, ao qual damos o valor de 1000. O padrão primário na prática é uma peça de vidro negro
polido com índice de refração 1,567, à qual se confere arbitrariamente o valor de 100 (ou seja "10% do espelho perfeito").
Assim, o brilho é medido em Unidades de Brilho (GU = Gloss Units), que é uma escala adimensional, porém normatizada.

O conceito de brilho é utilizado há muitos anos, e é, evidentemente bem definido em normas nos dias atuais. Entre as
normas mais importantes estão: ASTM D523, ISO 2813, DIN 67.530 e JIS 8741. A norma brasileira que cobre,
parcialmente, a medição de brilho (em geral muito pouco citada, devido à existência de normas internacionais mais
completas) é a NBR 13102.

Além de definir dimensões de aberturas por onde é feita a medição da energia refletida versus a incidente, as normas
estabelecem os ângulos de incidência. Há 5 ângulos definidos nestas normas, sendo que 3 são especialmente importantes em
revestimentos e pinturas. O ângulo de 60o é o mais universal, e embora possa ser aplicado em todos os casos, é usado pelas
normas também para definir qual é o melhor ângulo para valores mais extremos.

Portanto, para atingir melhor linearidade, e atender as normas, o critério deve ser de medir o brilho da amostra na geometria
de 60o e se o valor lido (em GU) for acima de 70, deve-se fazer a medição com a geometria de ângulo de 20 o. Entretanto, se
a medição a 60 o fornecer uma leitura inferior a 30 GU (ou 10 GU, dependendo da norma), a leitura correta deve ser com a
geometria de 85o. Portanto, para altos brilhos deve-se usar 20 o, para baixos brilhos 85o, e para médios brilhos 60 o. As outras
geometrias se destinam a outros campos, tais como: com 45 o para filmes transparentes e 75 o para papéis brilhantes.
(Ver Figura - Geometrias de medição de brilho)

Geometrias para Medição de Brilho


(caso de tintas e revestimentos)

SERVIÇOS

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Aplicação dos ângulos para medição de brilho


(caso de tintas e revestimentos)

60° 60° 60°

85° 20°

10 70 Unidades de Brilho

Quanto à escala de brilho e certificação, em 1990 a NIST (antiga NBS dos EUA), cessou de realizar certificação de brilho; e
a NRC do Canadá e o BAM da Alemanha unificaram seus padrões. Como resultado, houve ligeira alteração na escala, com
desvios sobre anterior <2,5 UB (máximo ocorre a 20°). A certificação de padrões de brilho no Brasil é possível, com plena
rastreabilidade aos padrões mundiais (BAM ou NRC), com validade para processos de qualidade ISO9000.

Atualmente se dispõe de instrumentos de alto desempenho, que tornam as medições fáceis e de leitura direta. Em aplicações
que requeiram uso de vários ângulos, ou seja, com amostras de diferentes níveis de brilho, pode-se usar aparelhos
multiangulares. Instrumentos compactos, portáteis, com memória, estatística e comunicação com computador, como a linha
Micro-(Tri)-Gloss, são populares e permitem sua utilização cotidiana em laboratórios e em auditorias.

SERVIÇOS
Medidor de brilho moderno (microprocessado)

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SERVIÇOS

Névoa de reflexão (Haze)

A névoa de reflexão é um fenômeno diretamente relacionado com o brilho. Névoa só é realmente perceptível em
superfícies de alto brilho, e consiste na parcela de luz que é dispersa, em vizinhança próxima da reflexão especular.
Este fenômeno causa uma visão tipo leitosa, ou como se fosse um certo desfocamento da imagem refletida pelo efeito
brilho. A medição do brilho, padronizada, a 20 o, tem como limites de faixa angular em torno do ponto de 20o, ? 0,9o
(portanto faixa de 1,8o ), enquanto que a névoa mede fora desta faixa, mas imediatamente vizinha, na faixa de 1,8o de
cada lado. (Vide Figura)

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Caracterização de névoa, e seu relacionamento com brilho.

SERVIÇOS
Existem várias outras considerações ao se analisar esta variável, especialmente de modo a atender as normas
vigentes e impedir/compensar variações decorrentes de diferentes fatores. Assim, a compensação do componente de
brilho "interno", chamado em inglês brightness, ou seja, a reflexão da camada interna (pigmentos, por exemplo), é
feita nos modernos instrumentos microprocessados, especialmente nas leituras na forma logarítmica. As normas
mais importantes são: ASTM E 430, (antigamente ASTM D 4039) e ISO/DIN 13.803.

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Exemplo de níveis de energia, com duas amostras de alto brilho.

COM Névoa de reflexão

SEM Névoa de reflexão

Os instrumentos que medem névoa de reflexão, até pouco tempo atrás, eram do modelo de mesa, o que dificultava sua
utilização mais freqüente no controle das linhas de produção. Atualmente se dispõe de instrumentos compactos, portáteis,
que permitem aplicação direta. Um exemplo é o Micro-Haze da Byk-Gardner, instrumento portátil, semelhante à família
Micro-Gloss, que faz a medição de brilho a 20o e névoa. A medição de névoa pode ser linear ou logarítmica. O motivo de
medição logarítmica é a sua melhor correlação com a sensibilidade do olho humano. A fórmula usada, neste caso, pelo
instrumento da Byk-Gardner é:

H= K log(Hlin/20 + 1),

onde H é a névoa e K= 1.285,1 de modo que se obtém um valor de H=1.000 para Hlin=100. Normalmente se usa leitura da
névoa na forma logarítmica.
SERVIÇOS
Em geral as características de brilho e de névoa estão relacionadas com tamanho de partícula em uma película, pois
partículas mais grossas, resultantes de agregações ou floculação causam imperfeições de superfície e consequentemente luz
mais espalhada (dispersa), o que provoca redução de brilho.

Efeito casca-de-laranja (orange-peel)

Enquanto os efeitos de brilho e névoa, que fazem parte do efeito composto também denominado de DOI (Distinctness of
Image), se refere à imagem refletida, o efeito percebido quando focamos na superfície é o que pode ser chamada de
"ondulação", ou mais popularmente na indústria com o nome de alastramento ou casca-de-laranja (orange-peel).
Evidentemente, esta característica se destaca em especial quando se trata de superfícies com elevado grau de brilho. Este
efeito é de importância crescente na indústria automobilística e em eletrodomésticos, decorrente da competição acirrada por
produtos cada vez de melhor aparência.

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A causa para este efeito, embora possa ser da rugosidade do substrato, com as tecnologias modernas de redução do efeito
mecânico, tem sido mais devido a uma associação de impressão virtual de pontos escuros com ondulações reais. Contrastes
entre pontos em uma estrutura nos dão a impressão de buracos.

Temos dois modos de ondulação: Longterm - referindo-se a distâncias de observação em torno de 2,5m, e Shortterm que se
refere ao visto em distância mais curta, em torno de 50cm. O olho humano tem uma resolução de percepção de cerca de
0,1mm a 50cm enquanto que a 2,5m esta resolução passa a ser de 0,6mm.

Percepção do olho humano (resolução)

SERVIÇOS
Esta variável, no passado, era de difícil medição e necessitava de equipamentos de maior porte, mais complicado,
dispendioso e que não permitiam sua aplicação cotidiana. Com o advento de instrumento portátil, microprocessado e de
fácil manuseio, esta medição está bastante popular em indústrias como a automobilística e a de eletrodomésticos.

O instrumento portátil denominado de Wave-scan plus, utiliza uma simulação do olho humano, com a incidência de raio
laser, e que em cada medição (deslocando-se o aparelho sobre a superfície-amostra por 10cm) memoriza 1250 valores de
intensidade de luz (laser) refletida que representa o perfil visual. Note-se que enquanto o aparelho wave-scan mede o perfil
óptico, os "profilometros" (medidores de perfil) medem o perfil mecânico. Dos 1250 valores registrados no wave-scan são
calculados os valores de ondulação L (longterm) e S (shortterm). O cálculo destes valores é feito de modo matemático,
cujos resultados são adimensionais.

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Conceitos da medição de efeito casca-de-laranja com laser

Novos desenvolvimentos estão no sentido de aperfeiçoar os filtros por comprimento de onda (aqui referido à ondulação e
não ao da luz), e sua melhor correspondência com os diferentes métodos de revestimento (como tintas a base aquosa, tintas
a pó etc.).

A medição desta variável permite uma avaliação indireta de propriedades da tinta (nivelamento e escorrimento, por
exemplo) e de rugosidade do substrato.

Na prática, em vista de necessidade de níveis mínimos de brilho (para haver energia suficiente para recepção pelo aparelho),

SERVIÇOS
utiliza-se, caso necessário, de uma fita especial de plástico transparente, que aumenta o brilho da área medida, sem alterar
condições de casca-de-laranja.

Várias outras unidades de medida, além de L e S, principalmente de origem empírica, como o Rating (relacionada com
placas ACT), podem ser obtidos, por cálculo matemático, a partir dos valores de L e S, embora a moderna teoria recomenda
o uso destes parâmetros.

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12.3 - Instrumentos de marcas diferentes, o que fazer

Um grande questionamento é feito com relação a medições realizadas com equipamentos da área de Colorimetria de marcas
diferentes, uma dúvida muito freqüente é quando eu efetuo uma medição com um Espectrofotômetro da Marca Minolta, por
exemplo e o meu fornecedor utiliza um Espectrofotômetro da X-Rite, estes resultados poderão ser diferentes, mesmo
possuindo a mesma geometria?, Sim. Vamos compreender que mesmo utilizando espectrofotômetros de mesma marca,
pode haver alguma mudança nos valores dos resultados, muito menor é claro, do que quando utilizamos marcas diferentes.

Ocorre que o fabricante de lâmpadas de uma marca não é o mesmo da outra, as matrizes de Diodos, ou grades difratoras que
são os dispositivos(Prismas) que analisam a cor, também tem fabricantes diferentes, gerando é claro um desvio nestes
valores, pelo próprio processo de fabricação, o mesmo acontece com os filtros internos e uma série de componentes óticos
que compõem o instrumento internamente.

O que não pode ocorrer, é um instrumento da Marca “X”, medir por exemplo, um material Verde azulado, Claro e limpo, e
o instrumento “Y” ler o mesmo material, e classificá-lo como Verde amarelado, Escuro e Sujo, estaria totalmente errado,
pode haver uma variação nos valores, mas sempre levando em conta, que os dois instrumentos devem Ënxergar” um
material Verde Azulado, Claro e Limpo, ou seja a mesma cor e a mesma tendência, caso isto não ocorra, os instrumentos
devem ser Aferidos e/ou Calibrados caso haja necessidade, por um técnico especializado. O procedimento nestes casos deve
ser sempre o mesmo e os métodos testados e validados, e não podemos esquecer que as geometrias internas(Esférico, 45/0,
0/45) devem ser as mesmas.

Para amenizar esta situação o ideal é utilizar uma Linguagem mais moderna como o CIELabCh, com um DEcmc ou DE94,
com um valor de tolerância em torno de 1,5:1: 0,5, minimizando assim os possíveis erros dos desvios dos componentes.

Hoje já existe uma tecnologia capaz de promover um “Inter Instrument Agreement”, entre instrumentos de Marcas
diferentes, é um programa, capaz de diminuir extremamente o erro entre instrumentos de marcas diferentes, possibilitando
uma utilização segura e confiável, com uma correlação extremamente técnica. Após este procedimento ainda é realizado um
Teste de Repetibilidade e Reprodutibilidade entre estes instrumentos.

Quem efetua este tipo de correlação entre instrumentos de Marcas diferentes são técnicos especializados que geralmente se
encontram a serviço dos Representantes locais dos Equipamentos e suas respectivas marcas nos Países onde atuam.

SERVIÇOS

12.4 - Calibração Técnica, em que consiste este assunto.

Calibração de espectrofotômetro é um processo em que um instrumento científico conhecido como espectrofotômetro é


calibrado para confirmar que ele está funcionando corretamente. Isso é importante, pois garante que as medições obtidas
com o instrumento sejam precisos.

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Os espectrofotômetros são dispositivos capazes de transmitir e receber luz. O dispositivo é utilizado para analisar amostras
de material de teste, mais precisamente, a luz que passa através da amostra e a leitura da intensidade da onda. Diferentes
amostras analisam o impacto da luz de diferentes maneiras, permitindo que um pesquisador ou um técnico verifique como a
luz se comporta como ela passa através da amostra. Para que esse trabalho seja possível, um espectrofotômetro calibrado é
necessário para confirmar que os resultados estão corretos.

Quando falamos em calibração, podemos citar a calibração de trabalho, que é aquela realizada quando vamos utilizar o
equipamento para medição, deve ser realizada a cada 04 horas ou toda vez que o instrumento for desligado. Esta calibração
diária, possibilita ao instrumento fazer uma checagem de seus componentes internos e sua lâmpada, através da comparação
dos comprimentos de onda gerados com a leitura física da cerâmica branca do Aparelho, em comparação com os valores
numéricos fixados em um Chip dentro do instrumento. Enquanto os desvios estiverem dentro de um padrão aceitável, o
equipamento poderá ser utilizado, quando estes desvios caírem em uma zona de não aceitação, o equipamento irá gerar uma
mensagem de erro e não poderá ser calibrado, devendo ser enviado a um Técnico Especializado.

Com relação à Calibração Técnica, ela consiste na checagem do instrumento, feita através de placas de Cerâmica
certificadas por Organismos Internacionais, como NIST, ISO, BCRA, entre outros, estas placas possuem um valor
colorimétrico(LabCh, XYZ) em seu verso que são utilizadas pelo Técnico que irá efetuar a checagem do aparelho, para que
seja possível comparar qual é o desvio encontrado entre a leitura física da placa e o valor impresso no verso da mesma.

Em acordo com os resultados o Técnico irá abrir o equipamento para aferi-lo ou calibrá-lo de acordo com as necessidades.

Nestas aferições são verificadas se o desvio encontrado está dentro de um padrão aceito Internacionalmente ou não, são
verificadas as partes óticas internas e procedimentos de limpeza ou troca são rigorosamente finalizados, utilizando sempre
equipamentos e softwares de alta precisão em salas climatizadas com temperatura e umidade do ar controladas, seguindo
recomendações de Normas Internacionais como as ASTM`s E 2214 e 1866.

SERVIÇOS

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Medições em diversos produtos

A cor na linha de produção automotiva

O automóvel, sem dúvida, é uma das grandes paixões do brasileiro,


assim como o samba e o futebol. Os ídolos imortais Ayrton Senna,
Nelson Piquet e Emerson Fittipaldi, nas décadas de 70 a 90,
incentivaram ainda mais o amor do povo pela velocidade e a sua
obsessão por carros, como o Fusca e o Gol, da Volkswagen, os dois
veículos mais vendidos da história desse setor industrial.

A cor vermelha de uma Ferrari é o melhor exemplo para retratar a


importância da cor no processo produtivo de um automóvel. Mas a
maioria dos consumidores, além daqueles sonhadores que ainda não têm
um automóvel, não têm idéia de como é a aplicação da cor na linha de
montagem de uma indústria automobilística, talvez o maior símbolo do
capitalismo global da segunda metade do século XX.

Diferente de outros produtos do mercado, um carro dificilmente poderia ser vendido sem a tinta aplicada. A cor é o cartão
de visita do modelo, é a primeira impressão que o cliente recebe ao observar o carro. As concessionárias e seus
representantes consideram inviável o sucesso nas vendas sem o brilho da cor. "O custo da aplicação da tinta e do verniz é
em torno de 3% do valor total de um automóvel. Representa pouco se compararmos com outras peças e acessórios
caros",. "A tinta automotiva é considerada material produtivo na indústria e, na revenda, uma peça".

O serviço self-color ainda é inviável no setor automobilístico. A pintura original, 'de fábrica', tem tecnologia e qualidade
de ponta e melhor repetitividade do que se fosse feita nas concessionárias. "Na fábrica, a pintura é eletroforética,
robotizada e regular, com reprodutividade eficiente e mais qualidade". "Uma montadora teria dificuldade em manter o
mesmo padrão de qualidade em todas as concessionárias do Brasil".

Processos de aplicação
SERVIÇOS
A primeira etapa de aplicação da cor no automóvel é a fosfatização. Chapas
moldadas são soldadas entre si e dão o formato do carro. Nas chapas são
aplicados óleos durante o processo produtivo, para facilitar a moldagem. O
primeiro passo do complexo processo de aplicação da tinta é a retirada desse
óleo. Depois, é aplicado o desengraxante alcalino e realizada a ativação da
superfície do metal, para a reação química de formação de cristais de fosfato,
etapa seguinte do processo.

Após a formação dos cristais, ocorre a Passivação – corte da reação química,


impedindo a continuidade da formação do Fosfato Tritatiônico, que promove
a aderência da tinta e a proteção anti-corrosiva. Inicia-se o tratamento de
superfície, a primeira camada de tinta. O passo seguinte é a pintura pelo
sistema de eletroforese (E-Coat, designação para cobertura eletroforética). A
'carcaça' do automóvel sofre imersão em um tanque de tinta.

O pólo positivo do metal atrai o pólo negativo da tinta, ocorre assim 'uma migração da tinta' para o automóvel. "A
'carcaça' mergulha na tinta, que migra por meio da eletrodeposição. A chapa entra fosfatizada e sai pintada, inclusive as
cavidades fechadas e outros ambientes”.

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A próxima etapa é a Calafetação – sela-se o carro contra a água e a poeira em seções de chapas.

A partir daí, inicia-se uma etapa semelhante às das concessionárias e oficinas de pintura, a aplicação da massa à base de
PVC. Rugosa, protege a caixa de rodas e o assoalho contra batida de pedras, evitando o trincamento da tinta. Logo após, é
aplicado o Primer, tinta a base de poliéster e poliuretano, que nivela a superfície da chapa do automóvel. Detalhe: o
processo é robotizado, garantindo a homogeneidade nas linhas de produção e a regularidade da qualidade de todos os
automóveis.

Finalmente, é aplicada a base colorida da tinta, que dá o efeito desejado pelo cliente – liso, metálico ou perolizado. A
missão da divisão de pintura da linha de produção de um Fiesta, por exemplo, fabricado pela Ford de São Bernardo do
Campo (SP), é cumprida com as aplicações do verniz, que fornece brilho e proteção contra os raios ultra-violetas (UVA
/UVB), e da cera de cavidades, que têm a finalidade de proteção contra a corrosão.

A cor da embalagem destacando as qualidades do produto

Mais que a mercadoria em si, muitas vezes é a embalagem que nos influencia a comprar, aliás, como diz
o ditado, a primeira imagem é a que fica. O que vemos primeiro geralmente é a "roupa do produto" e em
muitos casos sua influência é considerável na decisão de compra.

É inegável que o tipo de material usado na embalagem, sua combinação de cores e seu design muitas
vezes nos impulsionam a preferir uma marca a outra.

Nada disto é por acaso. Antes de chegar às prateleiras, a grande parte dos produtos passa por amplo
projeto de design, na procura de um modelo mais apropriado para atingir determinado público e
transmitir da forma mais fiel o conteúdo da embalagem. "A cor é o sorriso da embalagem".

Existe uma expectativa do consumidor com relação à embalagem, que é o primeiro contato do
consumidor com o produto, antes mesmo de ele ler. Portanto, deve haver uma correspondência entre o
que se vê e o que está contido na embalagem. "A embalagem contém informações que entram pelo
inconsciente".

SERVIÇOS
Assim, o bom resultado de uma embalagem frente ao seu público depende principalmente das
combinações das cores. "Existe uma questão de complementação". A cor predominante, as cores
subordinadas e a cor tônica devem estar adequadamente ajustadas ao produto. "As cores
complementares resultam em contrastes fortes, o que é mais harmonioso".

Para que a embalagem atinja seus objetivos frente a seus consumidores, deve ser feito um projeto, a
chamada fase do layout, o que nem sempre acaba por definir o tipo de embalagem a ser escolhida. Aí
então, é hora de encomendar uma análise cromática, que vai avaliar a harmonia das cores da
embalagem.

Em um círculo cromático, a combinação de cores complementares não é considerada a mais harmoniosa, e sim a de
determinada cor com aquela que está ao lado da sua complementar.

Existem dois tipos de harmonias: as consoantes e as dissonantes. "O produto pode querer ser distinguido pelo crash, por
aquilo que choca, combinando cores aparentemente destoantes, como azul e vermelho”: "É bom conhecer a harmonia
cromática e suas regras básicas. Mas não existe uma harmonia melhor que a outra, e sim uma harmonia mais adequada
para determinada finalidade."

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O que também pode acontecer é a embalagem não ter seu design baseado em explicações lógicas. "Questões históricas,
culturais ou de hábito também podem determinar seu design".

"Teríamos que estudar para entender o por quê de certas tendências".

Um bom exemplo histórico que marca esta questão está nas embalagens de macarrão.

Antigamente, o macarrão era vendido enrolado em um papel azul anil, que o protegia dos raios ultra-violeta.
Provavelmente, a cor do papel fora escolhida sem algum embasamento lógico. Hoje, o que podemos observar é que a cor
azul ainda está presente nas embalagens de macarrão, mesmo sem esta cor ser indicada para embalagens de alimentos.

Hoje, mesmo trabalhando de forma menos intuitiva, "os designers ainda têm muito pouco conhecimento sobre a harmonia
cromática". "Claro que devemos trabalhar com a nossa sensibilidade, mas, estudando, o profissional passa a ter esta
sintonia fina, podendo melhorar um esquema que ele havia feito intuitivamente."

A cor é mesmo fundamental para fixação de qualquer produto no mercado frente a seu público. Afinal, "quando se
consegue uma cor que tem uma certa identidade com a marca, esta cor acaba virando uma espécie de marca também,
porque o consumidor se identifica com ela".

O poder das cores nos alimentos

Será que as cores possuem alguma influência na hora de escolher uma deliciosa
refeição? Você pode estar dizendo: "...pouco importa a cor do que eu vou
comer....o importante é o sabor!". É... só que as cores têm um papel essencial na
alimentação.

SERVIÇOS
Quanto mais colorido é o prato de comida à nossa frente, mais o nosso organismo
agradece. Se sempre ingeríssemos alimentos de uma só cor, ficaríamos doentes,
como já foi provado em vários estudos. É só perguntar a um nutricionista o que
acontece se comermos algo da mesma cor. Por exemplo, se a pessoa come todos
os dias cenoura e mamão, sua pele ficará num tom amarelado.

O nosso organismo precisa de cores para estar em harmonia e equilibrado. Ele absorve junto com os nutrientes também as
cores dos mesmos, como o vermelho do tomate, o laranja das cenouras e das laranjas, o amarelo da pêra e do melão, o
verde das saladas e verduras.

Portanto, a nossa alimentação deve conter sempre o máximo de cores variadas. Uma boa dica é comer diariamente uma
salada multicolorida e frutas de várias cores.

No livro Manual do Herói, a jornalista Sonia Hirsch fala sobre a importância de ingerirmos alimentos de diversas cores e
faz recomendações: "cores, sabores, aromas, texturas, consistências: quem come depressa demais, ou não liga para o que
está comendo, perde três chances por dia de entrar em contato com esses prazeres. Comer é botar o mundo para dentro.

Quanto mais colorido e variado o prato, mais colorida e variada nossa disposição para a vida".

É interessante notar que algumas cores são especiais. O laranja tem o efeito de abrir o apetite.

Até mesmo uma criança difícil de comer aceitaria melhor a comida se fosse servida num prato da cor laranja.
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Algodão natural colorido é desenvolvido pela Embrapa

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), através de seu Centro


Nacional de Pesquisa de Algodão (CNPA), sediado em Campina Grande-PB, está
desenvolvendo um algodão colorido naturalmente com as condições necessárias
para processamento pela indústria têxtil.

O problema é que, para a industrialização, as fibras coloridas existentes até então


não possuíam comprimento adequado, eram finas, fracas e de baixa uniformidade

para processamento nas fiações modernas de alta rotação.

O Centro Nacional de Pesquisa do Algodão conseguiu melhorar e resistência das fibras


coloridas, bem como estabilizar a coloração, além de elevar a produtividade no campo.

O algodão colorido foi desenvolvido pelos incas em 4.500 a.C., bem como por outros
povos antigos das Américas, África e Austrália. No Brasil, foram coletadas plantas de
algodoeiros asselvajados, nas tonalidades creme e marrom, em misturas com algodoeiros
brancos cultivados, conhecidos como algodões arbóreos.

Avaliação industrial

Com as fibras coloridas obtidas em 1997, foram produzidos fios e confeccionados tecidos
de malha e 50 camisetas para avaliação da qualidade do tecido produzido a partir do
algodão colorido nordestino. Foram efetuados ensaios de solidez de cor, estabilidade
dimensional da malha (encolhimento) e resistência do tecido. Os resultados obtidos
comprovaram que a malha colorida apresentou boa solidez de cor nos níveis de cloro; em
fricção; boa solidez de cor ao suor e à lavagem, além de alta resistência do tecido.

SERVIÇOS
Foi formado um consórcio de empresas de confecção (Natural Fashion) para criação de
uma coleção de moda com algodão colorido, já apresentada na FENIT. O mercado para o
algodão colorido ainda é restrito, sendo o produto consumido por pessoas alérgicas a
corantes sintéticos, grupos ambientalistas e ONG's que desenvolvem trabalhos com
agricultura orgânica.

O Consórcio Natural Fashion nasceu em Campina Grande-PB, pela união de dez empresas dos ramos de confecção e
decoração, com o objetivo de revitalizar a cultura algodoeira no Estado, através de uma nova tecnologia, desenvolvida
pela Embrapa paraibana, que traz o algodão colorido desde o campo, dispensando qualquer espécie de tingimento.

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Cores nas embalagens

Um aspecto fundamental de qualquer embalagem é, sem dúvida nenhuma, o conjunto de cores utilizado. Uma embalagem
de design moderno e sofisticado pode chamar menos atenção do que uma simples caixa de papelão, dependendo da
combinação de cores utilizada.

Nas empresas de embalagens, o envolvimento com a questão das cores é muito sério e por isso mesmo há um amplo
trabalho de controle da qualidade de cores e desenvolvimento de novas tonalidades. Mudanças sutis na cor de uma
embalagem podem ocasionar uma enorme rejeição do produto no ponto de venda, daí a utilização de equipamentos tão
sofisticados quanto um espectrofotômetro para o controle e desenvolvimento das mesmas.

As propriedades das cores das embalagens (brilho, tonalidade, transparência etc) são fundamentais e uma pequena
diferença em alguma destas propriedades pode significar a inutilização comercial do produto. As cores exercem uma ação
considerável no psiquismo das pessoas. De modo geral, as chamadas cores quentes, como o vermelho, o alaranjado e o
amarelo, são excitantes, ao passo que o violeta, o azul e o verde, as cores frias, são calmantes.

Algumas cores e os sentimentos a elas relacionados são listadas a seguir:

Amarelo - O amarelo representa luz, vida, ação e poder. Sob aspectos psicológicos é considerada a cor da raiva, repulsa,
do atrevimento, dos impulsos e da falsidade. Em paradoxo, por se relacionar com o Sol, significa alegria e bom humor. É
uma cor quente e expansiva, que ativa a mente e abre-a para novas idéias.

Cinza - Trata-se de uma cor inteiramente neutra e isenta de qualquer capacidade de influenciar o ser humano, já que é o
equilíbrio entre o branco e o preto. O cinza não emite estímulo psicológico e, em qualquer tonalidade que se apresente,
não produz nem tensão nem relaxamento: é neutro.

SERVIÇOS
Preto - A cor preta transmite a sensação de renúncia, entrega, abandono e introspecção. Sua condição de total ausência de
cores a relaciona simbolicamente com a idéia do nada, do vazio. Expressa a concepção abstrata do zero, da negação, do
espaço infinito, do não ser, do não.

Vermelho - O vermelho é uma cor ativa e estimulante que produz impulsividade, avidez, excitabilidade, impulso sexual e
desejo. Vermelho é calor, energia, sensualidade. Aumenta a tensão muscular, ativa a respiração, estimula a pressão
arterial. É cor indicada para pessoas introspectivas, retraídas.

Azul - O azul é uma cor suave, que produz calma, tranqüilidade, ternura, afetuosidade, paz e segurança. Ela favorece as
atividades intelectuais e a meditação. A contemplação de azul determina profundidade, sentimento de penetração no
infinito, sensação de leveza e contentamento.

Laranja - Laranja é uma cor alegre e densa formada pela mistura de duas outras cores: o amarelo e o vermelho. Sua ação é
intermediária a essas cores, sendo mais fraca que o vermelho e mais forte que o amarelo. Esta cor estimula a pessoa a
despertar para os seus potenciais, a defender o próprio ponto de vista e a ser mais confiante.

Rosa - A cor rosa está associada ao carinho, ao relaxamento, à afetividade e à maternidade. O vermelho é o emblema do
amor e do sangue, do fogo e de todos os ardores, quer se refiram a Deus ou à natureza. O branco, por sua vez, é a
sabedoria e a pureza. A mistura dessas duas cores dá origem ao rosa, que exprime, portanto, o amor matizado pela
constância, sangue frio, moderação e prudência.

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Violeta - O violeta é uma cor resultante da mistura do vermelho com o azul, conservando as propriedades de ambas,
embora seja uma cor distinta. O violeta tenta unificar a conquista impulsiva do vermelho com a entrega delicada do azul.
É a cor da identificação com o lado misterioso da vida. Permite a sensação de fusão entre sujeito e objeto, entre o
indivíduo e o todo.

Verde - O verde é a cor do equilíbrio e da harmonia; quando olhamos através de um prisma, o verde está no centro do
espectro. Nem quente nem frio, ele combina com todas as outras cores e ajuda a reduzir a tensão e o stress. É uma cor que
está relacionada com a auto-estima, mas pode afetar emocionalmente algumas pessoas com problemas não-resolvidos.

Gerenciamento de cores está em alta na indústria gráfica

A busca por maior qualidade e reprodução fiel das cores de impressos é uma
preocupação constante das indústrias gráficas que, cada vez mais, vêm
implantando sistemas de gerenciamentos de cores em suas unidades de impressão.
A idéia básica é fazer com que as cores concebidas pelo criador de projetos
gráficos sejam as mesmas durante todo o desenvolvimento dos impressos.

O processo confere maior eficiência à produção e seu objetivo é permitir que as


aplicações gráficas trabalhem num espaço de cores independente. Bruno Mortara,
conselheiro da Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica (ABTG), explica que
o gerenciamento amplia as possibilidades de transformar as imagens, visando a
fidelidade de reprodução das cores. Ele diz que as vantagens de uso do sistema estão na otimização do tempo de todo o
processo de criação e impressão.

SERVIÇOS
A impressão tem forte relação com as cores, já que é o momento em que o espaço de cores aparece. Para ele, o ponto
favorável é que os gerenciamentos oferecem flexibilidade ao trabalho, possibilitando o reaproveitamento de dados para a
Internet e para impressos. Assim, têm-se informações únicas sobre as cores, da criação do designer até a impressão final.

Um aspecto negativo é que o gerenciamento de cores ainda está em desenvolvimento e possui 'algumas indefinições'.
Esses sistemas não são padronizados com facilidade e ainda existe uma certa dificuldade em reproduzir os percentuais de
cores na transferência de dados.

A indústria gráfica brasileira vai usar uma tecnologia que envolve arquivos de computador chamados de PDF, aceitos em
versões diferentes na Europa e nos EUA. Ele aposta que no Brasil será adotada a versão PDF/X3, que tem incorporado o
processo de gerenciamento de impressão.

A tendência para as cores gerenciadas é também conhecida pelo nome em inglês Color Management System (CMS). Ela
influencia a indústria gráfica a comercializar suas tintas e papéis com as indicações dos trabalhos que se destinam e visam
uma impressão e reprodução de cores perfeitas.

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A importância da cor na produção de cosméticos

Cor e beleza são elementos que estão sempre presentes na produção e na comercialização dos
cosméticos. Para citar apenas um produto, o batom, por exemplo, de acordo com pesquisa feita pela
L'Oréal com mulheres de quatro países (Estados Unidos, França, Japão e Itália), a cor aparece como
primeiro critério na análise para a escolha do produto, com um índice de 88%.

Considerações como capacidade de hidratação do batom e conforto vêm em segundo lugar, com
65%.

Todos nós sabemos a diferença que faz uma pequena modificação do nosso visual e compreendemos
a razão de um simples batom deixar uma mulher altamente sedutora.

A importância da cor na produção e comercialização de cosméticos é muito maior do que podemos


imaginar. A cor eleva a auto-estima e está presente na formulação dos produtos e nas táticas de
venda, procurando transmitir sensações ao consumidor.

A relação da cor com o bem-estar começa na manipulação das substâncias, passa pelas prateleiras das revendas e se
completa aumentando a auto-estima de quem usa as loções, cremes e perfumes produzidos pela indústria de cosméticos.

A cor um elemento indissociável dos produtos de beleza. os pigmentos e as fórmulas desenvolvidas nos laboratórios
conseguem produzir uma infinidade de cores que vão facilitar o trabalho de marketing das empresas e farão a felicidade
dos usuários.

Os pigmentos desse segmento estão divididos em hidrossolúveis e lipossolúveis. Os lipossolúveis são


direcionados às maquiagens e os hidrossolúveis funcionam como corantes, sendo dispersos em água ou
álcool, como acontece nos perfumes. Na opinião do formulador, a parte técnica da produção é que
oferece a base dos fatores subjetivos que tanto agradam o consumidor.

SERVIÇOS
A harmonia da fórmula é uma grande preocupação e por isso os pigmentos não podem interferir na
qualidade do produto. Em alguns casos, pigmentos utilizados em um país não são indicados a outros,
porque o clima pode interferir na relação de uso de um produto, provocando, por exemplo, alergia de
pele.

A atenção está direcionada também à embalagem e a seu conteúdo, onde a cor deve corresponder ao
princípio ativo de cada produto. 'Se o produto é baseado na pitanga, sua cor deve ser vermelho-
alaranjado, uma outra cor seria um erro.'

Se um creme é à base de abacate sua cor tem de ser verde. Os cremes de tratamento são em sua
maioria brancos ou levemente azulados, porque, segundo o farmacêutico, o branco carrega
aspectos de pureza, parecendo, portanto, mais natural.

Nos supermercados, onde a propaganda de um produto é pouca, o que destaca o cosmético é a


cor trabalhada na embalagem. A cor também pode estar contida diretamente no conteúdo,
quando a embalagem é transparente e o interior recebe tratamento com cor. Mas é necessário
ter cuidado, já que a luz pode modificar as tonalidades do pigmento. alguns perfumes e xampus
têm fotoprotetores e filtros solares para proteger as tonalidades de suas cores.

A cor de um creme ou colônia procura transmitir a sensação do produto. Para tanto, antes ser colocado à venda, 'é preciso
se certificar que a relação tonalidade-sensação está correta', já que é através das cores que os produtos vão exteriorizar os
sentimentos e estado de espírito das pessoas.

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A presença da cor nas latas de tintas, por dentro e por fora

A embalagem de todo produto que vai para o mercado recebe uma atenção
especial, principalmente em relação à harmonia das cores que vão compor o seu
visual. No caso das tintas, pode-se dizer que a preocupação em causar uma boa
impressão, literalmente, está dentro e fora das embalagens.

A maioria das embalagens de tintas é metálica, feitas de folhas de flandres. É a


metalgrafia que imprime o visual das latas com os rótulos e as logomarcas das
empresas.

A área que cuida desse processo e que participa da revelação de uma marca para o
consumidor é chamada de litografia. Na impressão litográfica, semelhante ao
processo gráfico para papel, os litógrafos se antecipam ao envasamento da lata e não perdem de vista os cuidados que o
metal requer para que possa abrigar uma tinta de forma apropriada.

Esses profissionais ainda precisam conhecer as noções de combinação das cores, para que, quando
sobrepostas, produzam a cor que determinado rótulo exige.

Apos desenvolver a lata, é levado ao cliente uma amostra de como será o trabalho final. Há a preparação
do prelo, que é um modelo ainda em chapa plana de como a lata vai sair. Em seguida, é feita uma cartela
de cores, que mostra as variações de saturação e brilho das cores do rótulo, durante suas várias cópias.

Depois de aprovada pelo cliente, ela vai servir como base das tolerâncias mínima, normal e máxima que a
qualidade de impressão nas folhas de flandres deve ter. Ela serve de parâmetro para o trabalho.

Tendo em mãos a autorização para fabricar as latas, é produzido o fotolito, um filme que contém o desenho do rótulo e
que na copiadora grava o visual da lata na chapa de metal. A chapa vai servir de matriz para a impressão em série das
latas. Costa lembra que para cada uma se reserva uma cor, sendo, nesse momento, imprescindível que o profissional de
litografia conheça o processo de formação das cores, sabendo qual conjugação de chapas e cores irá resultar no rótulo
solicitado pelo cliente.
SERVIÇOS
A tinta utilizada precisa conter alta solidez à luz, para que a pintura da lata dure,
no mínimo, seis meses. Caso contrário, a exposição à luz do sol vai provocar o
desbotamento da tinta que revestiu a lata. A primeira cor que a lata recebe
geralmente é de um esmalte branco, antecedendo as cores que cada chapa de
fotolito reserva. Esse branco de fundo é colocado por exigência dos clientes, mas
pode variar para uma outra cor.

A seqüência das cores é predefinida na máquina de impressão, que submete o


metal a um calor de 145ºC, fazendo a secagem da tinta, que ainda recebe um
verniz incolor de acabamento, para o brilho e proteção da pintura. e, na hora do
envasamento, algumas latas podem receber um verniz epóxi interno. 'Ele é aplicado quando o produto que as vai ocupar é
à base d'água, como determinadas tintas ou massa corrida. Sem ele, a umidade do produto pode corroer o metal de dentro
para fora, por conseguinte, afetando as qualidades do produto.'

Quando o envernizamento interno é necessário, ele é a primeira etapa de pintura, porque sua cura é feita aos 205ºC. Se
fosse feito por último, iria estragar a fixação do rótulo, que é feita em temperatura inferior a essa. Uma lata pode receber
até oito demãos de tinta para apresentar a cor ideal. Um trabalho com rótulo, mais o envernizamento, leva
aproximadamente oito horas, na produção de seis mil latas.

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ANEXOS

I - Escala Pantone é referência no Brasil e exterior

A fabricação e a escolha das cores, diante da grande variedade, passou a


mudar a partir de 1963. Na época, o norte-americano Lawrence Herbert
criou a então inovadora escala Pantone, que facilita a produção exata da
cor de acordo com as preferências das empresas e de seus clientes.
Atualmente é utilizada pelas indústrias têxtil, química e gráfica, entre
outros setores da sociedade.

O constante desenvolvimento e a tradição tornam a Pantone a principal


referência mundial para a constituição de qualquer cor, a partir dos
diversos pigmentos existentes no meio ambiente.

Nas caixas de remédio, por exemplo, a faixa vermelha - que indica venda
proibida sem a receita médica - tem cor padronizada em Pantone 485,
com suporte (designação do tipo de material) Cartão Duplex ou Triplex

II - ABNT mantém cerca de 1500 normas relacionadas a cores e tintas

As cores estão presentes de forma muito intensa em nossas vidas. Mas, além da influência
subjetiva que exerce sobre todos nós, a cor vem ganhando cada vez mais um sentido objetivo,
que disciplina a convivência pessoal e inclusive as relações comerciais.

Para se ter idéia da importância do assunto, nos registros da ABNT - Associação Brasileira de
Normas Técnicas, existem atualmente 1201 normas relacionadas à cor, 126 sobre tintas, 106
abordando corantes e 64 sobre pigmentos.

SERVIÇOS
A ABNT é o órgão responsável pela normalização técnica no Brasil, fornecendo a base
necessária ao desenvolvimento tecnológico do país. Na prática, a normalização é definida por
comitês com a participação de representantes dos diversos segmentos da sociedade e tem poder
de lei. A normalização se faz presente na fabricação dos produtos, na transferência de tecnologia, na melhoria da
qualidade de vida através de normas relativas à saúde, à segurança e à preservação do meio ambiente.

Entre as muitas normas brasileiras que regem a produção, utilização e conformidade de tintas, corantes, pigmentos e
padronização de cores na indústria, algumas são citadas a seguir:

NBR7195 - Cores de Segurança.

NBR11702 - Tintas para edificações não industriais.

NBR8169 - Tintas para sinalização horizontal em pistas e pátios de aeroportos.

NBR9558 - Fala sobre a determinação do tempo de secagem de tintas.

NBR 13147 - Pigmentos em tintas - Determinação da resistência de tintas à intempérie.

NBR9398 - Materiais têxteis - Determinação da solidez da cor à limpeza a seco.

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III - Exemplos de Aplicações

Controle de Qualidade

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IV - Informações Adicionais sobre Controle e Desenvolvimento de Cores com Pigmentos de Efeito:

Microscópio Ótico de Luz


A investigação ou avaliação de cores de efeito com um microscópio ótico de luz é possível simplesmente por causa da
composição da tinta.

Tintas de efeito geralmente consistem em vários componentes, tais como binders, pigmentos orgânicos e/ou inorgânicos,
aditivos e pigmentos de efeito laminares tais como flocos de alumínio ou pigmentos perolados.

Binders, aditivos e pigmentos orgânicos / inorgânicos geralmente possuem tamanho de partículas menores que 1 mícron –
por isso não podem ser facilmente identificados por um simples microscópio.

Pigmentos de efeito laminares, por outro lado, geralmente possuem distribuição de tamanho de partícula distinto na área
entre alguns microns e 50micra (ou mais) – sendo detectáveis por microscópios de alcance com 200x até 600x de aumento.

Interação da Luz com os Pigmentos – Pigmentos de Absorção, Pigmentos Metálicos e Pigmentos Perolados.

Além disso, os pigmentos de efeito possuem algumas propriedades típicas, por isso são usados para cores decorativas.

Pigmentos de alumínio, não importando o tipo, dólar ou corn flake, demonstram o reflexo espelhado do alumínio.

Os pigmentos perolados, por outro lado, que consistem de mica como substrato revestido com óxido metálico, demonstram
uma alta transparência bem como a cor do óxido.

Essas propriedades tais como tamanho da partícula, reflexão da superfície, transparência e cor do óxido metálico, nos levam

SERVIÇOS
a crer que é muito simples detectar e avaliar esses pigmentos de efeito com o microscópio.

Temos que levar em consideração outros fatores, como a camada de basecoat, normalmente com uma espessura máxima em
torno de 25 a 30micra. E também, os pigmentos orgânicos/inorgânicos usados em cores de efeito, que não devem ser muito
opacos. Usar pigmentos opacos (pigmentos com alta absorção de luz ou propriedades dispersivas) em cores de efeito
cobriria ou até destruiria o efeito de pigmentos perolados. Isso acontece, porque grandes quantidades de pigmentos opacos
(negro de fumo ou dióxido de titânio) absorveriam ou dispersariam a luz na superfície do basecoat. Como conseqüência,
poucos raios luz alcançarão a maioria dos pigmentos laminares e seu efeito será diminuído ou desaparecerá por completo.

Contrastando com este fato, para cores de efeito formuladas com grande quantidade de pigmentos orgânicos/inorgânicos
transparentes, a luz, emitida por um microscópio alcançará camadas ainda mais baixas do basecoat, tornando possível assim
identificar os pigmentos de efeito envolvidos.

Equipamento necessário
Para avaliar eficientemente as cores de efeito atuais, são necessários microscópios óticos de luz que possibilitam a emissão
tanto de luz refletida como transmitida.

1. A luz incide na amostra sendo então refletida esta luz refletida é usada para criar a imagem.

2. A luz passa pela amostra sendo então transmitida esta luz transmitida é usada para criar a imagem.

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Trajeto da luz – Luz Refletida e Luz Transmitida


Geralmente, a luz refletida é necessária para a investigação de painéis (substrato opaco), por outro lado, a luz transmitida
pode ajudar na investigação em substratos líquidos como dispersão de pigmento e também para a detecção de aglomerados
ou outras impurezas na tinta.

Todas as investigações abordadas nessa palestra foram conduzidas com luz refletida.

O trajeto dos raios da luz refletido pode ser tanto diretamente ao substrato (ângulo de 90º - campo claro) ou indiretamente
(ângulo de aproximadamente 45º - campo escuro) Iluminação do Microscópio o Campo Claro (BF) e Campo Escuro (DF)
Iluminação direta do campo claro (BF) incide um ângulo de 90º no basecoat, a luz então é refletida de volta a ponto de
observação (câmera, olho) mais ou menos direcionado em um ângulo de aproximadamente 180º.

A iluminação indireta do campo escuro, aproximadamente a 45º (DF), alcança regiões mais profundas do basecoat. A
reflexão da luz, de volta a ponto de observação, é difusa e não direcionada.

Um completo entendimento sobre as diferenças entre iluminação BF/DF requer uma explicação mais detalhada do
fenômeno ótico. Para raios de luz em materiais transparentes, tais como pigmentos perolados, que consistem em
componentes com diferentes índices de refração, onde as fases de transmissão de raios de luz não são constantes. As finas
camadas desses pigmentos não podem ser observadas por iluminação direta e olho humano; ambos não detectam as
diferentes fases de raio de luz.

Iluminação do campo Escuro e do Campo no Substrato

Para a visualização dessas diferenças de fase, outros métodos, como a iluminação indireta no campo escura é necessários.
Antes da invenção de lentes de campo escuro, tais investigações eram conduzidas com o chamado método da sombra ou
faixa.

As diferenças entre iluminação direta (BF) e indireta (DF) e a técnica de iluminação indireta, revelam a estrutura ou
contrastes entre os componentes.
SERVIÇOS
Iluminação Direta e Indireta – Exemplo Prático

Uma pessoa dentro de uma sala, olhando através de uma janela para uma paisagem de planícies. O sol está a 180º em
relação à pessoa – iluminação direta. Estruturas finas da ou na janela não são vistas. A iluminação do sol é indireta, quando
a pessoa olha sobre a paisagem com árvores.

Agora, os contrastes entre camadas de objetos nas janelas, tais como digitais ou teias de aranha, são melhoradas – os objetos
estão visíveis.

Outra característica do campo escuro, é que partículas muito pequenas como aditivos, que não são vistas no campo claro,
são vistos como pequenos pontos ou esferas, podendo em alguns casos ser identificadas.

Quando se trata da identificação dentre a variedade de pigmentos de efeito perolado, a iluminação do campo escuro é
essencial. Apenas dessa maneira é possível caracterizar exatamente o pigmento perolado lustroso de acordo com seu
revestimento de óxido de metal.

Em relação à amplificação, para uma visão geral (quantitativo) o aumento de 200x, é a mais indicada e para uma visão mais
próxima da partícula (qualitativo), o aumento de 400x, 500x, 600x podem ser usadas. Com essas amplificações é possível a
detecção de partículas entre 5 e 50micra.
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Um microscópio, equipado com dispositivos a.m. é suficiente para os primeiros passos para avaliação de cores de efeito.

Em médio prazo, uma pessoa pode considerar o upgrade do microscópio com uma câmera de vídeo, computador, monitor e
software para análise de imagem. Isto ajudará a avaliar os pigmentos de efeito puros bem como diferentes cores para serem
combinadas ou até mesmo analisar a perfeição da homogeneização e dispersão da tinta.

Atualmente o mercado nacional conta com fornecedores como Olympus, Nikon, Zeiss, Leica, entre outros.

Identificação de Pigmentos de Efeito com Microscópio Ótico


Os pigmentos de efeito atuais abrangem uma enorme variedade de diferentes materiais, substratos, revestimentos e
processos de fabricação.

Pigmentos de Efeito

Efeitos Metálicos Alumínio

Purpurinas

Alumínio recoberto com Óxido de Ferro

Efeitos Perolados Naturais: Escamas de Peixe (Guanina), Carbonato de Chumbo.

Sintéticos: Oxicloreto de Bismuto - Mica recoberta com óxido metálico

SERVIÇOS
Outros : Grafite Laminar
Dióxido de Titânio Micronizado
Óxido de Ferro Laminar

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Grupos de Pigmentos de Efeito

Para melhor visualizar as “cores” dos pigmentos de efeito puros em cortes com negro de fumo (o “preto” absorve ondas de
luz, enquanto o fundo “branco” vai espalhar difusamente a luz). É também mais conveniente investigar amostras com baixa
concentração para caracterizar plaquetas simples.

Interferência Azul: Dependência da Cor em Relação ao Fundo

O que acontece com a cor complementar?

(luz amarela transmitida)

Fundo Branco: Fundo Preto:


*dispersão da luz amarela *absorção da luz amarela
*a cor é menos intensa * “Cor azul” é mais intensa

Alumínio Puro

Como descritos anteriormente, pigmentos em flocos de alumínio tem o efeito refletor como uma superfície espelhada. Pelo
formato da plaqueta, nós podemos diferenciar o tipo: o corn flake, possui bordas esfarrapadas, e o dolar flake, é arredondado
ou lenticular.

Ambos podem ser detectados facilmente com a iluminação do campo claro.

Como foi descrito anteriormente, DF é também necessário para caracterização detalhada de material transparente,
consistindo de componentes com diferentes índices de refração. Uma vez que flocos de alumínio não são transparentes, a
iluminação DF não é necessária.

Pigmentos Perolados
SERVIÇOS
Pigmentos de efeito perolado consistem em mica como substrato, que é revestido depois com óxido metálico, tais como
dióxido de titânio, dióxido de ferro, dióxido de cromo e sub óxido de TiO2. Todos esses componentes são transparentes, e
junto com outros fatores como as finas camadas óticas, permitem uma poderosa mudança de cor nos pigmentos perolados
lustrosos, dependendo do ângulo de visão.

Dependendo da espessura da camada do revestimento de óxido metálico, que é gerado na mica, é possível uma grande
variedade de cores.

Classificação dos Pigmentos Perolados

Cores de pigmento perolado lustroso podem ser classificadas em três diferentes grupos:

Combination Mica Colors mica-dióxido de titânio e óxido de ferro


mica-dióxido de titânio e óxido de cromo
mica-dióxido de titânio e titanato de ferro
mica - dióxido de titânio e titanato de cobalto

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Earth Tone Mica Colors mica – óxido de ferro


Interference Mica Colors mostram características de cores “bolhas de sabão” em campo claro – o efeito prateado (Iriodin®
9103 WR). E dependendo da espessura da camada de dióxido de titânio, a cor pode variar de interferência, dourada
(Iriodin® 9205 WR), avermelhada (Iriodin® 9215 WR), violetada (Iriodin® 9219 WR), azulada (Iriodin ® 9225 WR), ou
esverdeada (Iriodin® 9235 WR), Mudando para iluminação no campo escuro a transparência das plaquetas torna-se óbvia.

Sendo visíveis como transparentes, mas ainda mostrando sua interferência na cor das bordas das plaquetas.

A necessidade do campo escuro na avaliação dos pigmentos de mica tornam-se ainda mais óbvias quando se observa
pigmentos de mica de óxido de ferro.

Na iluminação do campo claro eles possuem cores com fortes tons de terra, que aparecem – em contraste com a imagem de
micas de dióxido de titânio – ainda bem fortes no campo escuro.

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Referências Bibliográficas

Hunter, Richard S. and Richard W. Harold, The Measurement of Appearance, Second Edition

CIE Publication Nº. 15.2, Colorimetry, Second Edition, 1986. Available from U.S National Committee.

MacAdam, David L. Sources of Color Science, The MIT Press, Cambridge, MA, 1970.

MacDonald, Roderick (Editor), Colour Physics for Industry, Society of Dyers and Colourists Bradford, 1987.

Wright, W.D., The Measurement of Colour, Fourth Edition, D. Van Nostrand Company, New York, 1969.

McLaren, Keith, The Colour Science of Dyes and Pigments, Second Edition.

Judd, D. B., Especificações de Tolerâncias de Cores.

Hardy, A.C. , Handbook of Colorimetry, Technology Press, Cambridge, Mass. , 1936.

Industrial Color Testing: Fundamentals and Techniques, 2 nd Edition. Hans G. Völtz, 2002.

SERVIÇOS
Nota : Esta apostila foi elaborada pelo Químico “CELSO FARKAS” , através de consultas realizadas na Bibliografia
acima citada. É proibido a reprodução total ou parcial deste material sem prévia autorização.

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