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Caro(a) Colega,
Constato ao fim de longos três anos, como vogal do Conselho Geral com o
pelouro do Acesso ao Direito, em que assisti a muitos silêncios, que,
finalmente, o sistema do Acesso ao Direito e aos Tribunais passou a estar na
ordem do dia.
Tenho pena que muitos dos que agora falam, – e como falam – não tenham
dado o seu contributo construtivo nas reuniões que o Conselho Geral promoveu
com os Conselhos Distritais, com as Delegações e com os Colegas, nas mais
diversas Comarcas por esse país fora, desde Tavira, Albufeira, Montemor-o-
Novo, Cascais, Vila Franca de Xira, Loures até Lamego, Viana do Castelo ou
Braga.
Fê-lo consciente de que, nesta recta final do mandato, havia algo que se
impunha ainda realizar com vista a garantir uma maior eficiência e rapidez na
resposta às preocupações, anseios e dúvidas dos Colegas que participam no
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sistema do acesso ao direito.
A gestão deste sistema é cada vez mais complexa, tendo a Ordem dos
Advogados, com as recentes alterações legislativas, um acréscimo de
competências que mais do que exigir, impõem a criação de uma estrutura que
se dedique e trate exclusivamente tais matérias.
O Instituto alicerçado em tais pressupostos fez correr tinta, muita tinta, há uns
anos atrás, tinha como adeptos algumas das vozes que o guardam bem vivo na
memória – e de tão bem guardado que estava, vêm agora falar nele - e
entre eles nunca estiveram, nem estão, o Bastonário e os actuais membros do
Conselho Geral.
Desenganem-se os que julgam que o IAD que o Conselho Geral pretende criar
é o IAD do Passado, com uma estrutura megalómana, com remunerações
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milionárias, com um quadro de formadores, com recursos humanos próprios,
financiado pelo Estado e, por consequência, na sua dependência.
Esse IAD representaria a negação de todas as convicções e políticas
implementadas nos últimos três anos pelo actual Bastonário e Conselho Geral.
Elina Fraga
Vogal do Conselho Geral
acessoaodireito@cg.oa.pt
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