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Encuentro sobre Mision Continental y Conversão Pastoral

Buenos Aires – Argentina 26 a 30 de outubro de 2009


Conversão Pastoral e Missão continental

O Departamento Mission e espiritualidade do Celam na busca de integrar as diversas sección num


projeto mais integrado em especial com a Missão Continental reúne-se em Buenos Aires nos dias 26 a 30 de
outubro de 2009.
O que é hoje conversão pastoral para a catequese? Qual a conversão pastoral que a catequese necessita
fazer? Como a Catequese pode contribuir no processo da Missão Continental. Para entender o hoje se faz
necessário recorrer às demais Conferências Gerais do Episcopado Latino-Americano e do Caribe para poder
perceber o processo evolutivo da caminhada catequética nas suas deferentes compreensões.

1. A Catequese na Conferência do RIO DE JANEIRO (a partir daqui é uma síntese de um longo texto de
irmã Maria aparecida Barboza apresentado na reunião dos expertos em 2008)

Encuentro sobre Mision Continental y Conversão Pastoral


Buenos Aires – Argentina 26 a 30 de outubro de 2009

O Departamento Mission e Espiritualidade do Celam na busca de integrar as diversas sección num


projeto mais integrado em especial com a Missão Continental reúne-se em Buenos Aires nos dias 26 a 30 de
outubro de 2009.
O que é hoje conversão pastoral para a catequese? Qual a conversão pastoral que a catequese necessita
fazer? Como a Catequese pode contribuir no processo da Missão Continental. Para entender o hoje se faz
necessário recorrer às demais Conferências Gerais do Episcopado Latino-Americano e do Caribe para poder
perceber o processo evolutivo da caminhada catequética nas suas deferentes compreensões.

V CONFERENCIA DE APARECIDA1
Na V Conferência realizada nos dias 13 a 31 de maio de 2007, em Aparecida São Paulo, Brasil, a
Catequese perpassa todo o Documento. No contexto marcado pela globalização e mudança do cenário
religioso, o enfoque principal se deu na formação de discípulos missionários de Jesus Cristo.

5.1 – Catequese no Documento de Aparecida


1. Ao referir a "situação de nossa Igreja nesta hora histórica de desafios", a Catequese aparece numa
perspectiva positiva no âmbito “dos esforços pastorais orientados para o encontro com Jesus Cristo vivo”. O
primeiro fruto citado é a renovação da Catequese. “Graças à melhor formação dos catequistas, a renovação
da catequese tem produzido fecundos resultados em todo Continente”. Ressalta como um dos frutos a
introdução da Bíblia na Pastoral.
2. Refere-se à linguagem da catequese pouco significativa para a cultura atual para os jovens. Levar em
conta as situações existenciais marcadas pela pós-modernidade. A presença da Igreja na geração de cultura e
nos MCS é ainda insignificante.
3. O destaque dado a Catequese é a "Paróquia como comunidade de comunidades". “A comunidade
paroquial se reúne para partir o pão da Palavra e da Eucaristia e para perseverar na Catequese, na vida
sacramental e na prática da caridade”.
4. “Aos Catequistas, ministro da Palavra e animadores de comunidades que cumprem magnífica tarefa
dentro da Igreja, os reconhecemos e animamos a continuarem o compromisso que adquiriram no batismo e
na confirmação”.
5. O DA recomenda o estudo do Diretório Ecumênico e suas indicações em relação à catequese, à liturgia, à
formação presbiteral e à pastoral, para dar impulsionar a unidade dos cristãos.
6.. A catequese aparece como processo de formação dos discípulos missionários. Cinco aspectos do
processo são destacados, a saber: a) o encontro com Jesus Cristo; b) a conversão; c) o discipulado; d) a
comunhão; e) a missão. O aspecto do "discipulado" salienta que a pessoa amadurece permanentemente no
conhecimento, amor e seguimento de Jesus Mestre. Para esse passo “são de fundamental importância a
Catequese permanente e a vida sacramental, que fortalecem a conversão inicial e permitem que os discípulos

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Síntese de um longo profundo artigo de Irmã Maria
Aparecida Barbosa com pesquisa da catequese nas 5 Conferencias do CELAM

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missionários possam perseverar na vida cristã e na missão em meio ao mundo que os desafia”.
7. [286 a 300] Desenvolve-se a "Iniciação à vida cristã e Catequese permanente. Os "cristãos
afastados" (286 a 288) são desafio e questiona a maneira como educamos na fé (catequese). “Ou educamos
na fé, colocando as pessoas realmente em contato com Jesus Cristo e convidando-as para segui-lo, ou não
cumpriremos nossa missão evangelizadora” (DA. 286). Destaca a importância do catecumenato batismal
para os não batizados e o catecumenato pós-batismal para os batizados não suficientemente catequizados. Os
números 289 a 294, apresentam as propostas para a iniciação cristã. Recorda da importância de iniciar pelo
Querigma, guiado pela Palavra de Deus que aproxima a pessoa de Jesus Cristo, chegando à conversão e ao
seguimento em uma comunidade eclesial onde se amadurece na prática sacramental e no serviço (DA. 288).
A Catequese seja mistagógica, ou seja, tenha caráter de experiência (DA. 289). Destaca que “a iniciação
cristã dá a possibilidade de uma aprendizagem gradual no conhecimento, no amor e no seguimento de
Cristo” (DA. 291).
É necessário, assumir a dinâmica catequética da Iniciação Cristã como instrumento para forjar a
identidade cristã com as convicções fundamentais e o sentido da vida e gerar discípulos cristocêntricos,
orantes, amantes da Palavra de Deus, praticantes dos sacramentos, inseridos na comunidade eclesial e social
(DA. 292).
A Paróquia é o lugar de se assegurar a Iniciação Cristã (estudo do Ritual de Iniciação Cristã), o que
exige uma renovação da catequese na Paróquia (DA. 293).
Acentua que assumir essa iniciação cristã exige uma renovação de modalidade catequética na
paróquia, propõe que o processo catequético de formação adotado pela Igreja para a Iniciação Cristã seja
assumido em todo o Continente como a maneira ordinária e indispensável de introdução na vida cristã e
como a Catequese básica e fundamental (294), acentuando que depois é que virá a Catequese permanente
que continua o processo de amadurecimento da fé.
8. [295-300] A Catequese permanente. O DA aparecudq afirma que ter havido progresso catequético, tem se
tomado maior consciência de sua necessidade, tanto nas famílias como entre os bispos e presbíteros. Ressalta
que a catequese permanente é indispensável em toda formação cristã (DA. 295). Lembra que a formação
teológica e pedagógica dos catequistas não é a desejável. Os roteiros de catequese por vezes não se integram
com a pastoral de conjunto e são desprovidos de métodos pedagógicos atualizados. Falta colaboração das
famílias e os párocos e demais responsáveis não assumem com maior empenho a função de primeiros
catequistas (DA. 296)
Uma catequese adequada, que promova a adesão pessoal e comunitária a Cristo, é tarefa que cabe a
toda a comunidade, mas de maneira especial aos bispos (DA. 297). A catequese não deve ser só ocasional,
mas "itinerário permanente". Daí a importância das Conferências Episcopais, estabelecerem um processo
catequético orgânico e progressivo, que leve em consideração o DGC e a Catequese com adultos como a
forma fundamental da educação da fé permanente, baseada na leitura e meditação da Palavra de Deus (DA.
298). Assim a Catequese não pode se limitar a uma formação meramente doutrinal, mas precisa ser uma
verdadeira escola de formação integral (DA. 299).
Lembra que a importância da valorização da religiosidade popular na catequese. Assim se expressa
“deve-se dar catequese apropriada para acompanhar a fé presente na religiosidade popular: visita às famílias,
oração familiar, leitura orante da Palavra de Deus, desenvolvimento das virtudes evangélicas” (DA. 300).
8. [303] Destaca o papel família na catequese. A família é a primeira escola da fé. Valoriza e incentiva a
Catequese familiar, já implementada de diversas maneiras, que tem se revelado como ajuda proveitosa à
unidade das famílias, oferecendo, possibilidade eficiente de formar os pais de família, os jovens e as
crianças, para que sejam testemunhas formes da fé em suas respectivas comunidades (DA. 303).
9. [338] Recorda que as instituições católicas devem promover uma educação na fé integral e transversal em
todo o currículo. As comunidades educativas, enquanto autêntica comunidade eclesial e centro de
evangelização assumam seu papel de formadora de discípulos, em comunhão com a comunidade cristã, que é
sua matriz (DA. 338).
10. {446d] Sugere uma Catequese atrativa para os jovens que os introduza no mistério de Cristo, buscando
mostrar a eles a beleza da Eucaristia dominical, que os leve a descobrir nela Cristo vivo e o mistério
fascinante da Igreja. Lembra também de propor os jovens gradualmente ao exercício da Leitura Orante e a
oração pessoal.
11. [463a] Propõem-se a Revisão de conteúdos das diversas catequeses preparatórias aos sacramentos:
batismo, eucaristia, crisma, matrimônio e as atividades e movimentos relacionados à família, para favorecer
o anúncio e reflexão sobre a vocação chamada a viver no matrimônio, família, Igreja e sociedade.
12. [485] Destaca o valor do uso dos Meios de Comunicação Social na Catequese. Em nosso século o

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primeiro anúncio, a catequese e aprofundamento da fé não podem prescindir dos Meios de C. Social.
13.[499] Recorda a necessidade de criar oportunidades para utilização da arte - de qualidade - na Catequese
de crianças, adolescentes e adultos, assim como nas diferentes pastorais da Igreja.
14. [385 e 505] Lembra da dimensão Social da Catequese. É tarefa da Igreja ajudar com a pregação, a
catequese, o anúncio e o testemunho do amor e da justiça, para que se despertem na sociedade as forças
espirituais necessárias e se desenvolvam os valores sociais (DA. 385). Sugere uma Catequese social incisiva,
porque a vida cristã não se expressa somente nas virtudes pessoais, mas também nas mudanças sociais e
políticas (DA 505).
5. 2. O PRINCIPIO CATEQUÉTICO SEGUNDO A METODOLOGIA DO Doc.Ap.
1ª parte: A vida de nossos povos.
“a grande tarefa de proteger e alimentar a fé do povo de Deus e recordar também aos fiéis deste
Continente que, em virtude de seu batismo, são chamados a ser discípulos e missionários de Jesus Cristo”
(DA. 26). Há um principio catequético que perpassa o Documento mostrando a responsabilidade e a missão
de cada batizado. Ai se situa a pessoa do catequista como o discípulo missionário de Jesus Cristo.

PARA SER CATEQUISTA


5. 2.1 - O Discípulo Missionário evangeliza na alegria como Igreja seguidora do Mestre.
a) O encontro com Jesus Cristo é fonte da perene alegria que desejamos para todos.
b) O discípulo missionário evangeliza interpelado pela realidade que o cerca.
Diante da realidade de grandes mudanças que afetam a vida em profundidade os cristãos são
interpelados a discernir os "sinais dos tempos", para se colocarem a serviço do Reino de Deus.
A catequese estando inserida num contexto histórico e na ação evangelizadora da Igreja sente os
impactos profundos que geram uma crise do sentido. O DA apresentam estes impactos como desafios para a
evangelização.
Destaca que, os esforços pastorais orientados para o encontro com Jesus Cristo vivo, deram e
continuam dando frutos. Dentre eles: A Animação bíblica da pastoral. -Renovação litúrgica pela celebração
festiva do Mistério Pascal, - Apreço do povo pelos sacerdotes. - Abnegada entrega de missionários e
missionárias. Crescente esforço de renovação pastoral das paróquias. - Valorização do Ensino Social da
Igreja. Diversificação da organização eclesial (DA 99).
Embora, com todos estes esforços observam-se sombras, (DA 100):
O crescimento da Igreja não segue o mesmo ritmo que o crescimento populacional.
Crescimento de certo clericalismo e espiritualidade pré-conciliar-tentativa de voltar uma certa
eclesiologia e espiritualidade contrárias à renovação do Concílio Vaticano II.
Fraca vivência da opção preferencial pelos pobres.
Enfraquecimento da vida cristã no conjunto da sociedade e da pertença à Igreja Católica.
Escasso acompanhamento de fiéis a serviço da sociedade.
Evangelização com pouco ardor e sem métodos e expressões,
Persistência de uma linguagem defasada e pouco significativa especialmente aos jovens.
Insuficiência e má distribuição de sacerdotes.
Perda do sentido transcendental na vida de muitas pessoas.
Novo pluralismo religioso e dificuldade no diálogo com alguns.
Católicos que se afastam do Evangelho.

SEGUNDA PARTE: A vida de Jesus Cristo nos Discípulos Missionários.

5. 3. 1 – O DICIPULO MISSIONÁRIO ANUNCIA A PESSOA DE JESUS CRISTO


a) Uma das características do discípulo missionário é a identificação com o Jesus Cristo e
b) O discípulo missionário anuncia a boa nova sobre Jesus Cristo e seu Projeto no empenho para que
todos tenham vida.
c) O discípulo missionário idêntica-se com Jesus Cristo e compartilha seu destino (DA 140).
d) O discípulo missionário vive em comunhão com a Igreja. Sua missão consiste em: ajudar a Igreja a
ser "comunidade de amor", "casa de comunhão" "escola de vida" “comunidade missionária” capaz de atrair
e fazer de todos peregrinos. (DA 158). Lugares eclesiais de comunhão: A Diocese, na unidade com a Igreja
Universal, a paróquia, comunidade de comunidades, as Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), as
Conferências Episcopais (DA 164).

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e) Vivência das vocações e ministérios específicos à luz de Jesus Cristo

5. 3. 2 - Os que deixam a Igreja para se unir a outros grupos religiosos. Por quê
Que fazer?
Cuidar da experiência religiosa, cuidar da vivência comunitária cuidar da formação bíblico-
catequética, cuidar do compromisso missionário de toda a comunidade. (DA 226).
5. 3.4. Os aspectos da formação do discípulo missionário
a) Processo e formação (DA 278).
1 ° passo, o encontro com Jesus Cristo (querigma)
2° passo, a conversão como conseqüência do encontro
3° passo, o discipulado (o cristão maduro)
4° passo, a comunhão com os irmãos (força da comunidade)
5° passo, a missão (o discípulo não se contém)

b) Características da formação
Formação integral, querigmática, permanente. Formação respeitosa do processo
Formação e acompanhamento
TERCEIRA PARTE: A Vida de Jesus Cristo Para Nossos Povos
5. 4.1 - O AGIR DO DISCIPULO MISSIONÁRIO DE JESUS CRISTO. A missão dos discípulos missionários é
anunciar a vida nova em Cristo aos nossos povos.

5. 4. 2. O Discípulo Missionário a serviço do Reino de Deus


Assumir a partir da perspectiva do Reino, as tarefas prioritárias que contribuem para a dignificação do ser humano
e trabalhar junto com os demais cidadãos e instituições. (DA. 384);
Criar estruturas que consolidem uma ordem social, onde haja possibilidades para todos.
É tarefa da Igreja ajudar com a pregação, a catequese, a denúncia e o testemunho do amor e da justiça, para que se
despertem na sociedade as forças espirituais necessárias e se desenvolvam ao valores sociais (DA. 385);
Rostos sofredores desafiam a missão do discípulo missionário. Pessoas que vivem na rua nas grandes cidades; os
migrantes; os enfermos; os dependentes de drogas e os detidos em prisões (DA. 407- 430).
5. 4. 3. O Discípulo Missionário a serviço das famílias e das pessoas
O DA recorda da família como princípio e núcleo da missão. A família é um dos tesouros mais importantes
dos nossos povos, um patrimônio da humanidade inteira (DA. 432).
5. 4. 4. O Discípulo Missionário a serviço da cultura e sua evangelização
 O princípio da Inculturação.);
 O investimento na educação.
 Incentiva a Pastoral da Comunicação Social.
 Convoca a ocupar os novos areópagos.
 Insiste na formação do Leigo. Investir na Pastoral Urbana. O discípulo missionário está a serviço da unidade e
fraternidade de nossos povos (520-546).

DA convoca toda Igreja da América Latina e do Caribe para o despertar ao grande impulso missionário (DA.
548). A missão catequética parte da inserção no conjunto das ações evangelizadora da Igreja. Ou melhor, dizendo,
despertar a consciência de que Catequese é “ato essencialmente eclesial”. Sua missão consiste em formar verdadeiros e
autênticos discípulos missionários de Jesus Cristo.

Desafios que ainda interpelam:


A catequese e a iniciação cristã. O que é, como motivá-la, quais os passos pedagógicos adaptados à nossa
cultura e religiosidade
A catequese e a Missão Continental – como fazer chegar o Projeto Missão continental chegar às comunidades,
aos catequistas, à catequese?
Conversão pastoral – Mais do que uma mudança na catequese deve haver uma conversão de toda pastoral, dos
modelos de paróquias, da forma de evangelizar, de organizar as comunidades..
Conversão social DA 296 parte integrante da catequese. Percebe-se nestes últimos tempos um reflexo. A
dimensão da caridade, do outro, do social vai perdendo força e isto precisa se recuperado
Bíblia a alma da catequese – A necessidade de uma catequese bíblica e a bíblia na vida do povo e da igreja –
Expectativas do Sínodo
Processo vivencial e celebrativo da catequese
A catequese com adultos DA 293 – adultos nunca evangelizados. Adultos que celebraram os sacramentos mas
não participam da comunidade, adultos que retornam de outras experiência s religiosas, e adultos participantes da
comunidade

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Como a catequese vai assumir as conclusões e propostas de Aparecida – RICA com referencia para a
catequese quer com adultos, jovens e crianças
Mais do que um repasse de verdades a catequese precisa ser um Itinerário de crescimento, de adesão a Jesus
Cristo, de conversão e de inserção na comunidade de presença na sociedade
Catequese por atração. Renovar os textos de catequese (roteiros). Metodologia aos tempos atuais
Iniciação cristã em vista da identidade cristã
Dimensão missionária - mistagogia da catequese
Formação dos catequistas novos como discípulos missionários
Catequese permanente para fortalecer a identidade
Uma catequese social e uma adequada formação da doutrina social da igreja (DA pág. 274)
Formação iniciática no Seminário Propedêutico
Qual o novo processo para a catequese para os tempos atuais? Quais os processos formativos que a catequese
de hoje necessita?

Síntese, adaptação e comentários de D. Juventino Kestering


juvake@terra.com.br
Rondonópolis, MT

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