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Este livro deve iniciar seu “rol de mistérios”, falando do motivo deles
existirem: a falta da verdade absoluta para que sejam explicados
convincentemente, com base em fatos, através de razões plausíveis que
sejam perfeitamente “deglutíveis”, sob a ótica da racionalidade e de
acordo com a realidade com a qual o ser humano mais curioso está
acostumado a lidar.
Assim, é justo começar falando dos mistérios da vida, falando da
verdade, se é que esta palavra de fato faz sentido, pois, afinal, ninguém a
conhece ainda, portanto corre-se o risco de falar de algo subjetivo,
inexplicável e inalcançável sob as circunstâncias atuais por que vive o seu
buscador. Depreende-se daí que não se pretende pregar uma verdade
qualquer, partindo do pressuposto e da opinião meramente pessoais. Pelo
contrário, o objetivo é aguçar, questionar, esmiuçar e rever alguns
conceitos anteriormente apregoados pelos especuladores ou até pelos que
se consideraram ou consideram-se “donos da verdade”. Afinal, apara toda
especulação há uma essência, talvez até verdadeira. Por isso, não se deve
desprezar nenhuma opinião, nenhuma assertiva e nenhuma visão. A
verdade somente acontecerá se comprovada cientificamente, pois, em
contrário deve ser considerada uma “meia-verdade”, ou seja, não irá
satisfazer ao mais exigente, ou pelo menos, poderá ser um caminho para
se encontrar o resultado final mais cabível ao senso comum e até aquele
que o senso comum ainda não detectou, mas um dia o fará. Se até mesmo
a ciência se equivoca vez por outra, imagine-se quem especula ou quem
se baseia na fé ou na auto-sugestão para acreditar na veracidade de uma
determinada matéria. Além do mais, muito bem observou o filósofo Francis
Bacon, quando sabiamente ponderou: “Quem não quer pensar é um
fanático; quem não pode pensar é um idiota; quem não ousa pensar é um
covarde...” Portanto, que se pense, mas que se faça idéias coerentes e
compatíveis com a inteligência. Então, que ninguém tenha a presunção de
querer impregnar ou pregar suas próprias verdades. Pode, sim, lançar as
dúvidas, os questionamentos, mas jamais querendo dizer que está certo e
ponto final. Muito bem observou quem disse que a “ignorância é
atrevida”, talvez porque ninguém deve se arvorar de sábio, pois poderá
trilhar os tortuosos caminhos da presunção e da vaidade, tornando-se
ignorante pela falta de perspicácia. Afinal, ninguém deve se esquecer que
a verdade pode ser relativa, isto é, possuir ramificações. Por outro lado, a
verdade absoluta não possui meio-caminho, é direta e imutável. Esta
continua distante.
Uma das fortes barreiras para tingir a verdade única, seria a
limitação dos cinco sentidos do indivíduo que não captam mais do que as
vibrações da matéria tridimensional. A energia condensada e modelada, e
não a sua essência. Os olhos, por exemplo, atingem um espaço muito
pequeno (a não ser que a pessoa seja dotada da faculdade paranormal
chamada de “visão remota”, assunto para mais adiante). De sua parte, os
animais enxergam, ouvem e sentem diferentemente, pois têm acesso a
diferentes “spectrums” do campo magnético, o que lhes faculta sensações
muito além do que se imagina. Talvez seus cérebros não tenham atingido
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a racionalidade humana, mas certamente suas inteligências estariam
direcionadas para outras áreas em que os homens ainda estão atrasados.
Do lado oposto, os religiosos, inebriados pela fé, interpretam as
leituras sacras de acordo com os princípios e valores que aprendeu e, à
sua maneira, vê e ouve. Do mesmo jeito age o pesquisador sério e o ateu.
Cada um tem a sua própria verdade. Uns fundamentados, outros, apenas
para “garantir o seu lugar no Céu”. Os chamados milagres seriam fruto de
auto-sugestão ou mesmo do chamado “efeito placebo” , donde se deduz
que seria a mente aquela que “faz” a verdade acontecer. atesta a força da
crença.
O buscador típico é aquele que quanto mais cava, mais fundo ficam
suas dúvidas, uma vez que poderá encontrar outras fontes de informação
durante seu percurso. Porém, deverá estar consciente que não importa
quando achará sua resposta. O que importa será saber que um dia o
tesouro da verdade será achado.
Descobrir “uma verdade” pode acontecer mais amiúde.
O que não acontece rotineiramente é achar “a verdade”.
Assim, para descobrir uma verdade, deve-se, primeiramente, pesar
os prós e os contras (hipóteses e teorias) na balança da racionalidade,
sem se deixar levar por nenhuma tendência, senão esta a acobertará
irreversivelmente.
Se a verdade está lá fora, não importa. O que importa é procurar,
estudar com “olhos de ver” e ouvidos de ouvir”, sempre coerente consigo
mesmo e com a realidade. Agindo como místico, o buscador sensato unirá
as exigências do cientista com os segredos da metafísica, fazendo se sua
análise, a verdade suprema.
Finalmente, nunca é demais se lembrar da máxima proferida pelo
filósofo Rosacruz, C.J. Keyser: “A certeza absoluta é um privilégio das
mentes não-educadas dos fanáticos. Para as mentes científicas, a certeza
é um ideal inatingível.”
Os buscadores inatos são geralmente pessoas de mente aberta, pois
gostam de especular e soltar a imaginação, mas devem sempre respeitar
os limites da razão.
O que se deve levar em conta, enfim, são os fatos que comprovem
ou neguem qualquer idéia imaginada.
“Se non è vero, è bene trovatto...”
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O MISTÉRIO DA MORTE
III
O MISTÉRIO DA COINCIDÊNCIA
Quando acontece uma situação que está interligada com outra ou que
presume ser correlata a outro evento, então é chamada de coincidência,
ou dois acontecimentos simultâneos que sejam assemelhados em seus
objetivos. Portanto, qual seria a explicação plausível para que um evento
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seja coincidente com outro? Mero acaso? Sorte (ou azar)? Oportunidade?
Ou, haveria algo de misterioso ou sobrenatural, entre eles? Quantas vezes
todos não vivenciaram situações tias como quando uma pessoa que
estivesse pensando num determinado amigo e este, de repente, lhe
comunicasse, como que se recebesse uma mensagem telepática de
resultados imediatos? E o que dizer da vez quando o indivíduo passa de
carro numa rua sem nenhum lugar para estacionar e, para sua alegria, um
carro sai justamente do local onde ela estava querendo parar?
Simplificando: as coincidências variam, dependendo evidentemente de
uma série de fatores. São, na verdade, acontecimentos tão sincronizados
que até o mais cético ficaria intrigado. Seriam esses eventos correlatos,
simples interferências, ou teriam mensagens subliminares mais profundas
e não percebidas pelos seus atores? Todavia, reza o dito popular que
"nada acontece por acaso, tudo tem seu motivo de ser e acontecer...".
Seria o caso de perguntar, finalmente se as artimanhas do destino seriam
ações propositais de forças desconhecidas, agindo para criar uma situação
já pré-determinada, ou planejada. Os acontecimentos estariam
entrelaçados com um propósito específico, mas misterioso para a
compreensão convencional do limitado ser humano?
O termo “coincidência”, etimologicamente explicando, quer dizer que
aconteceu uma situação simultânea e sincronizadamente com outro de
similar sentido. Em outras palavras, este seria um fenômeno comumente
conhecido como “sincronicidade”. Os motivos da exatidão temporal e
espacial dos eventos ainda permanecem sob o véu do mistério.
Carl Gustav Jung, famoso psicanalista, observou: “Eventos sincrônicos se
repetem mais intensamente quando estamos num estado emocional
equilibrado. Na sua visão pragmática da matéria, todos nós temos quatro
funções básicas: razão, emoção, sensação e intuição. No nosso ser,
geralmente uma delas é predominante, pois quando trabalhamos
internamente na direção do equilíbrio, uma nova função é acrescentada: a
sincronicidade. Os sincronismos revelam que não é só o externo e o
interno que se acham interligados, mas que existe um sentido maior em
tudo o que nos acontece(...)”.
Desse modo, as ocorrências simultâneas não devem acontecer sob o
sabor do mero acaso, pois estariam interligadas a uma complexa cadeia
de acontecimentos que está muito além da compreensão humana. Deduz-
se, portanto, que quando acontece uma "coincidência", algo mais deverá
estar por trás dessa correlação temporal, seja agora, antes ou
futuramente. Que se atente à implacável lei da física: ”Para toda ação,
uma reação”, que faz compreender que para toda ocorrência sempre
haverá uma resposta, esteja ela velada, ou não. Todas as coisas então,
estariam rigorosamente entrelaçadas, tal como numa rede de fios que se
auto-alimentam? Se sim, certamente seria a vida uma sucessão de
acontecimentos com propósitos bem definidos. Já dizia Pascal, “o coração
tem razões que a própria razão desconhece!”. É o sincronismo atuando
sempre sabiamente para aprimorar a vida do ser humano.Incidências
existem e coexistem naturalmente. Sobrenatural é interpretá-las com base
em motivos não explicados ou que fogem à racionalidade. O problema é
que o Homem ainda não aprendeu a interpretar sua própria realidade e,
por isso, sente-se superior ao mistifica-la satisfazendo ao próprio ego e
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detrimento da compreensão alheia. Sincera e cabível seria a visão da
repórter Liana Alves, ao comentar que, "a sincronicidade abre um caminho
para você escutar a si mesmo e ativar a sua intuição. Às vezes precisamos
de muita coragem para abandonar estruturas que construímos durante a
vida e seguir os sinais que nos indicam novos caminhos. Enfim, não somos
mais um ego que tenta controlar tudo a qualquer custo".
IV
O MISTÉRIO DO AMOR
O MISTÉRIO DE DEUS
Após esta árdua tarefa de querer conceituar o ser divino, cultuado pela
maioria dos habitantes deste Planeta, pergunto-me novamente se não
estaria sendo petulante, ou mesmo perdendo tempo, querendo conceber o
inconcebível. Talvez sim, talvez não. No entanto, é meu dever aguçar a
curiosidade alheia através de elucubrações que, certamente é fruto de
mentes irrequietas, como a deste mísero mortal...
6-O MISTÉRIO DA REZA-16/Julho/2004
Vamos adentrar, doravante, em searas menos polemicas, ou seja, já tentei
devassar os mistérios da verdade, da morte, da coincidência, do amor e
de Deus. Agora, em função de um acontecimento recente, resolvi
comentar um outro mistério bastante interessante, que é o da força da
reza, ou oração, ou prece, como queiram.
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No sábado último, eu e meus amigos, nos reunimos para um lauto
churrasco oferecido por um outro grande amigo que está no Brasil em
férias. Ele e a família, moram na França há quase 4 anos. Durante a farra,
seu sogro pediu licença e nos solicitou que déssemos as mãos para fazer
uma oração de agradecimento pelo momento sublime, ou seja, agradecer
o privilégio por estarmos todos juntos, irmanados em mente e coração. Foi
muito bonito e emocionante. Dentro do meu pragmatismo habitual,
imaginei uma grande auréola nos circundando exatamente enquanto
rezávamos o “Pai Nosso”. Pura física quântica, imaginei sem medo de
estar especulando ao léu. Uma energia nos envolveu e reforçou-me a
certeza que uma oração bem sorvida, imuniza o ambiente, principalmente
à pessoa que a emite.
Portanto, a prece tem que ser bem sentida, jamais mecanizada. Além do
mais, não importam os seus dizeres, basta a intenção para que as suas
palavras exerçam os seus positivos significados e intenções. A maioria de
nós aprendeu a rezar de maneira decorada, mecanizada, como disse. Nos
primeiros anos de escola, tínhamos de rezar antes e depois da aula. A
mesma coisa, antes de dormir e ao acordar. Também, isso acontecia
durante as missas que tínhamos de, obrigatoriamente, comparecer aos
domingos. Enfim, ficamos "programados" a rezar quase o tempo todo. Por
isso, a reza tornou-se um ato robótico, sem muito valor prático, na
verdade.
Contudo, à medida que vamos adquirindo um certo discernimento,
passamos a considerar o valor subjetivo (e objetivo) de orações, tais como
o "Pai Nosso", a Ave Maria” e o famoso “Santo Anjo” que, para mim, em
particular, é uma espécie de escudo protetor, pois ao entoá-lo, sinto-me
com uma força incomum para enfrentar as intempéries que porventura
surjam no meu caminho. À medida que via a eficácia advinda da formação
desse “campo de força”, notei que se tratava de fato de um potente
"mantra", capaz de mudar o curso de algum acontecimento, ou mesmo
oferecer uma proteção adicional.
Em síntese, a força do logos é tanto material como imaterial, dependendo
de seu foco!
Em termos técnicos, no momento em que rezamos é gerado uma espécie
de redoma à nossa volta, ou ao redor do nosso objetivo. No caso de um
desejo, a sua realização é “construída” através dos significados das
palavras emitidas. O cenário é bonito e o resultado é melhor ainda.
Pudéramos ter uma visão extra-física para podermos visualizar a
"carapaça" energética que "montamos" ao rezar!
A técnica apropriada adotada para "rezar direito" com eficiência e eficácia
(no pensamento ou falando), é procurar "imaginar" o seu “alvo” dentro de
um espaço repleto de luz da cor verde (de preferência). Tal espaço, deverá
ter contornos delimitados e bem delineados geometricamente falando,
podendo ser uma pirâmide, uma esfera ou um bloco, por exemplo. Tanto
faz, o importante é que o seu objetivo esteja "dentro" do recinto formado
pelo seu pensamento, enquanto estiver rezando. Cabe aí, conforme
mencionado, ser um pedido, um desejo, ou mesmo uma proteção a
alguém.
A pessoa/entidade-alvo, deve ser "confinada" no invólucro imaginado.
Assim, esta receberá as energias de que tanto precisa para se integrar ao
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Todo, que certamente ainda não está integrada naquele momento em que
estiver recebendo tais eflúvios.
Ressalte-se, finalmente, que a reza NÃO é uma ação eminentemente
religiosa na acepção do termo, mas uma "religação quântica” com o
Cósmico. Metafísica pura e simples!
7-O MISTÉRIO DO PENSAMENTO-23/Julho/2004
Todos nós pensamos. É fato. Todavia, ninguém ainda sabe realmente como
se opera o pensamento. Que milagre seria este que nos faz articular
palavras e imagens dentro de nossa cabeça? Será que estamos cientes
deste mistério? Do que ele é passível de transformar ou fazer? O que
sabemos dos resultados práticos advindos de um pensamento forte? Mas,
o que seria um “pensamento forte”? Simples. Nada mais é, do que a
decantada “força do pensamento”. Como diz a máxima: “Somos o que
pensamos”. O que intriga é como o pensamento se desenvolve nas
entranhas do nosso cérebro. E o porquê dele modificar um ambiente ou
“fazer acontecer” algo que queremos, que desejamos ardentemente
somente pelo ato de pensar. O que se apregoa é que o pensamento tem a
capacidade de moldar o cotidiano e os seus projetos de futuro. Segundo
Bruce Doyle, “compreender a estrutura do pensamento o ajudará
enormemente a compreender seu impacto nos sistemas de convicções, de
todos aqueles pensamentos que você aceita como verdadeiros.”, isto é, a
partir de nossa conscientização de que o pensamento age como se fosse
algo material, poderemos reformar a nossa maneira de pensar e passar a
agir diferentemente, uma vez que “pensamentos ruins geram coisas ruins,
e vice-versa”. O ato de emitir um pensamento focalizado a algum objetivo,
gera o que chamamos de “mentalização”. A própria reza seria uma
espécie de mentalização, pois enquanto rezamos, estamos “enviando” um
pensamento bem-intencionado a alguém ou para algo acontecer. A mente
humana grava e executa tudo que lhe é enviado, seja através de palavras,
pensamentos ou atos, seus ou de terceiros, sejam positivos ou negativos,
basta que você os aceite. Portanto, a potência do pensamento é tão
intensa que dependendo de sua direção, ele pode até matar, pois o
comando mental é que dita as regras. Um impressionante experimento foi
feito com um detento condenado à morte. Como ele já estava fadado a ser
executado, concordou em ser cobaia de uma experiência. Assim, foi
proposto ao condenado o seguinte: ele participaria de uma experiência
científica, na qual seria feito um pequeno corte em seu pulso, o suficiente
para gotejar o seu sangue até a ultima gota final. Ele teria uma chance de
sobreviver, caso o sangue coagulasse. Se isso acontecesse, ele seria
libertado, caso contrário, ele iria falecer pela perda do sangue, porém,
teria uma morte sem sofrimento e sem dor. O condenado aceitou, pois era
preferível do que morrer na cadeira elétrica e ainda teria uma chance de
sobreviver. O condenado foi colocado em uma cama alta, dessas de
hospitais. Amarraram o seu corpo para que não se movesse. Fizeram um
pequeno corte em seu pulso. Abaixo do pulso, foi colocado uma pequena
vasilha de alumínio. Foi dito a ele que ouviria o gotejar de seu sangue na
vasilha. Na verdade, o corte fora superficial e não atingiu nenhuma artéria
ou veia, mas foi o suficiente para que ele sentisse que seu pulso fora
cortado. Sem que ele soubesse, debaixo da cama tinha um frasco de soro
com uma pequena válvula. Ao cortarem o pulso, abriram a válvula do
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frasco para que ele acreditasse que era o sangue dele que estava caindo
na vasilha de alumínio. Na verdade, era o soro do frasco que gotejava. De
10 em 10 minutos, o cientista, sem que o condenado visse, fechava um
pouco a válvula do frasco e o gotejamento diminuía. O condenado
acreditava que era seu sangue que estava diminuindo. Com o passar do
tempo, foi perdendo a cor e ficando cada vez mais pálido. Quando o
cientista fechou por completo a válvula, o condenado teve uma parada
cardíaca e morreu, sem ter perdido sequer uma gota de sangue. Doença e
saúde têm suas raízes no pensamento. Pensamentos doentios se
expressarão através de um corpo doentio. Pensamentos de medo fazem
adoecer e podem até matar. Pensamentos impuros e negativos – de ódio,
ressentimento, desconfiança, inveja, cinismo, revolta e não aceitação da
realidade – não tardarão a destruir o sistema nervoso.
A teoria considera que todo ser pensante constrói para si uma espécie de
concha de formas-pensamento: uma verdadeira vestimenta feita de
energia mental, Assim, todos os pensamentos e sentimentos que emitimos
reagem constantemente sobre nós mesmos.
Cada ser humano é, enfim, responsável por tudo aquilo que pensa.
8-O MISTÉRIO DO SIGILO-30/Julho/2004
Quem divulga seus planos, está fadado à frustração. Por quê dizer isto tão
peremptoriamente? Eis o “segredo do segredo!” O sigilo seria, então a
alma do negócio? Positivo. Manter uma determinada meta em segredo
para consigo mesmo - ou, no máximo para alguém em que se pode confiar
- poderá resultar em sucesso, segundo reza a quântica. Mas, o que a física
tem com isso? Por ser mais um problema afeto à “preservação da
energia”. Expliquemos: Quando a pessoa tem o cuidado de não divulgar
seus intentos ao léu, a probabilidade de que seu plano dê certo, aumenta
sensivelmente. Mas, como? Que mistério guardaria um “segredo bem-
guardado”? Simples. Quando alguém quiser adquirir ou fazer alguma coisa
cuja consecução requer maior esforço, deverá evitar a sua divulgação,
antes que tenha certeza absoluta de sua realização, ou seja, terá que
atender àquele velho e sábio conselho: "não espalhe seu projeto".
A manutenção de tal projeto deve ser “intramuros”, o que permitirá a sua
consecução efetiva, porque a energia construtiva usada para tanto, não
será desperdiçada.
Imaginem se as secretas leis do universo fossem reveladas ao homem na
sua totalidade (por sinal, eis aí a inatingível “verdade”, já comentada em
“mistérios” anteriores)! É evidente que o homem ainda não tem
capacidade, tampouco discernimento para descobri-las na sua plenitude.
Adquirindo esse “segredo cósmico”, ele não conseguiria sustentá-lo
somente para si próprio, por causa de sua vaidade e orgulho infindáveis. E
o supremo segredo cairia em vários domínios, de diversificadas intenções.
Igualmente, todos os nossos planos, idéias e ações devem ser concebidos,
criados e dirigidos pelo Eu interior e somente sendo manifestos após um
meticuloso e bem delineado planejamento, a fim de evitar os desvios,
sempre à espreita do erro humano, tão comum e tão previsível..
A manutenção do sigilo é, pois, fundamental para que se consiga energia
mental suficiente à realização do intento. Em outras palavras, enquanto o
homem desperdiçar a energia dinâmica de sua mente, jamais terá energia
suficiente para concretizar seus grandes planos ou idéias. Usar energia
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para revelar desnecessariamente os planos a outrem, esgota o seu
abastecimento. O ato de manter o segredo somente para si próprio,
facilita o acúmulo de grande quantidade de energia mental.
Outro segredo precioso, é recorrer a pessoas bem sucedidas em busca de
conselhos. Tais verdadeiros amigos, são depositários de confiança, pois
souberam – e sabem - aproveitar as oportunidades que lhe foram
concedidas. Certamente, eles guardaram em sua mente, as chances
surgidas e planejaram as etapas para alcançar o sucesso final.
O truque é, por conseguinte, no silêncio de seus pensamentos, comungar
com o infalível Eu interior e receber suas preciosas instruções. O silêncio é
a harmonização com as forças ou energias mais refinadas do Cósmico, ou
do plano divino. É o momento crucial quando se recebe força, coragem e
confiança.
Em suma, o sigilo requer que o Eu exterior coopere com o Eu interior.
A conhecida máxima, “não atire suas pérolas aos porcos” seria mais bem
compreendida se fosse emitida de outra forma, como: “não atires suas
grandes verdades à mentes despreparadas”.
Dessa forma, o mistério do sigilo, deixará de ser um mistério, e estará ao
alcance de todos aqueles bem-intencionados que desejam realizar seus
desejos, porém sempre visando não somente o próprio bem, mas daqueles
que o cercam. É a lei da causa e efeito.
Esta lei é infalível e implacável!
Preserve sua energia e utilize-a no momento oportuno!
Você será o maior beneficiário!
9-O MISTÉRIO DO SONHO-13/Agosto/2004
Todo mundo sonha. Uns lembram dos sonhos integralmente, outros, em
parte (sem pé, nem cabeça) e muitos sequer recordam dos momentos
enquanto estão entregues aos “braços de Morfeu”. Por isso mesmo, não é
novidade que este é mais um misterioso assunto a ser comentado, como
sempre, de maneira breve e objetiva, tendo o cuidado para evitar a
enfadonha mesmice quando nele se fala. Sonhos são eminentemente de
caráter material, poderia afirmar, sem medo de errar. Há pessoas que,
ademais, têm controle dos mesmos (seriam os chamados “sonhos
lúcidos”). Por outro lado, alguns ficam à sua mercê, ou seja, podem ser
totalmente dominados pela força onírica que lhes toma a mente. Assim,
existem muitos tipos de sonhos: eles podem ser bons, maus, amenos e até
inofensivos. Há, também, sonhos que remontam o passado, o presente e o
futuro. Sonhos de caráter religioso, místico e até científico (muitas
descobertas, ou invenções foram atribuídos aos sonhos por parte de seus
“donos”). Encaro os sonhos como uma deliciosa aventura noturna. Afinal,
já fiz até uma “viagem no tempo”, quando tive a nítida sensação que
andava pela rua Monsenhor João Ivo dos idos anos 60! Por sinal, história
contada neste jornal, quando da coluna “Formiga e Seus Causos”. Ou,
ainda, quando sonhei que estava no Estados Unidos em 1974, propagando
que tinha vindo do ano de 2001 (o ano em que tive tal sonho). A verdade é
que tais "devaneios do subconsciente" não passam de “metáforas
mentais”, cuja mensagem intrínseca varia de acordo com a pessoa.
Enquanto o corpo descansa, vivemos num mundo paralelo, onde tudo
pode acontecer, onde tudo é perfeitamente plausível. Contudo, e como
não podia deixar de ser, existem em nosso mundo, os chamados “leitores
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de sonhos” que os interpretam a partir de suas tendências, religiosas, ou
até em termos didáticos, como fazem os adeptos de Jung, que através de
símbolos e arquétipos, lhes dão significados que, convenhamos,
ultrapassam a capacidade de compreensão do leigo.
Na humilde e despretensiosa opinião deste colunista, é pura falta de
tempo se fiar nessas pseudo-interpretações oníricas! Com raras exceções,
os sonhos não passam de fragmentos colhidos pela memória ao longo do
dia que passou, ou mesmo de memórias mais distantes.
Tudo é muito simples: durante o dia, nosso consciente "fotografa" imagens
e cenas diversas que às vezes nem percebemos. Depois, tal como um
computador, ele as "armazena" na sua pasta de arquivos diária. Faz o
mesmo com os sons. Depois, mistura tudo e envia o pacote para a parte
do cérebro correspondente à "lixeira". Antes de “apagar o material” em
definitivo, o descarrega (durante o sono) no subconsciente que o converte
na forma de cenas conexas ou desconexas, montando uma história. Isso,
claro, acontece geralmente de madrugada, ou quando o corpo relaxa para
a recarga energética. Assim, será a memória que vai fazer você lembrar
(talvez, nem isso) do ocorrido ao despertar. Portanto, é o subconsciente
um amontoado de películas registradas durante a vigília que,
posteriormente, serão filtradas de maneira inteligível, ou não.
Todavia, como toda a regra tem exceção, existem sonhos advindos das
mentes de pessoas ditas sensitivas (aquelas, cujo cérebro tem uma
“antena” adicional, encarregada de captar ou detectar situações
subliminares, ou extraordinárias). Elas são, pois, dotadas de certos canais
psíquicos que se encarregam de “receber” mensagens que podem se
tornar verdadeiras, ou melhor, podem acontecer de fato na vida palpável.
Esses seriam os “sonhos premonitórios”. Revelações diversas, dizem,
podem acontecer nessa inusitada forma. O entrave seria o excesso de
fantasia que pode mascarar tais “avisos”. É próprio do ser humano
“aumentar” o recado que lhe foi passado de modo não-convencional
através de sua mente enquanto o corpo estava em repouso. Por isso, todo
cuidado é pouco, quando se tenta “decifrar” o mistério dos sonhos...
Assim, é de bom alvitre, ficar muito atento com relação aos indivíduos que
“bancam” intérpretes do sonho alheio. Esses oportunistas vivem da
ingenuidade alheia, ansiosa por saber o “significado” do seu sonho da
hora! Guardadas as proporções e à nossa limitada capacidade de
discernimento, devemos, portanto, estar cônscios de que a maioria dos
sonhos são mesmo imagens "jogadas ao léu" em nossa infinita memória.
Cabe a cada um, interpretar o próprio sonho, pois afinal, “em cada
cabeça, uma sentença”!
10-O MISTÉRIO DA PREOCUPAÇÃO-20/Agosto/2004
Não existe na face da Terra quem jamais se preocupou com alguma coisa –
com, ou sem razão - na vida! Essa incomodante, porque não, misteriosa
ação meramente humana, nada mais é, do que a ocupação antecipada da
mente de um evento futuro. Conclui-se, pois, que o desgaste energético
há de ser intenso, resultando, na maioria das vezes, em desperdício dessa
força que tanto nos beneficia e auxilia no nosso dia-a-dia.
Em outras palavras, a preocupação nos impõe uma desnecessária atenção
a algum acontecimento (em curto, médio ou longo prazo) quase sempre
em momento indevido.
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Por que, então, temos a mania de nos preocupar? Inicialmente, por dois
motivos:
1º- Porque temos a ilusão de que dando constante atenção ao problema
em foco, estaremos dominando a situação, impedindo que as temidas
condições desfavoráveis ocorram;
2º- Porque só acreditamos no poder de nossa mente consciente (mente
objetiva) negando o poder do subconsciente, onde a “energia realizadora”
está contida.
O truque seria permitir que a mente consciente e a mente subconsciente
trabalhem em conjunto (a união faz a força), ou seja, de maneira
"globalizada", não se esquecendo, todavia, que cada uma delas tem um
encargo específico, de acordo com a necessidade.
A mente subconsciente normalmente não interfere no trabalho da mente
consciente, pois, ela “respeita” a sua liberdade. Por outro lado, a mente
consciente, muitas vezes, impede a atuação criativa da mente
subconsciente, pois, desconhece – ou subestima - o grande poder que ela
tem. Essa interferência é ocasionada por causa de uma preocupação
desmedida.
Assim, como se diz, temos que pensar duas vezes antes de fazer juízo de
valor sobre qualquer fato que esteja na iminência de acontecer, seja agora
ou em futuro próximo.
Não é tão simples assim se proceder, temos de convir, mas não custa
tentar evitar pensar demasiadamente num determinado problema. O
esforço mental será em vão principalmente se o resultado for negativo, já
que fatalmente vamos nos questionar se teria valido a pena “ter ruminado
tanto, para não dar em nada no final das contas...”.
Exemplificando, ficar preocupado com a situação financeira; com a pessoa
querida que está doente; consigo mesmo; com um exame que vai
acontecer; com a viagem; com o empreendimento futuro; com a
segurança dos filhos; etc., poderá até ser uma reação meramente natural,
mas vai nos fazer sofrer antecipadamente bem mais.
Em síntese, tentemos evitar sofrer antes do tempo...
Fácil falar na teoria, diria o menos pragmático, mas não custa
experimentar uma atitude mais passiva e amena com relação a problemas
que ainda não aconteceram.
A conseqüência é uma só: absorção menos contundente do porvir.
Repetindo: a energia não deve ser desperdiçada, porque se for
economizada, será mais bem filtrada, e depois “descarregada” quando
dela fizermos uso. Novamente, volta à baila a decantada física quântica
que rege nossa vida: “quanto mais energia num corpo, maior a sua
potência”. Óbvio axioma, porém pouco percebido e assimilado pelos
menos avisados, os contumazes “preocupados com a vida”. Essa lei reza
que devemos guardar nossos poderes latentes para que sejam utilizados
em oportunidade propícia!
A mente deve estar preparada, cheia de energia, para dar o bote certeiro.
Portanto, não a “pré-ocupemos” inadvertidamente. O maior prejudicado
somente e somente só, será nós mesmos! Ninguém mais, ninguém
menos. Nossas forças têm que permanecer armazenadas para que
possamos usá-las com propriedade e com a certeza do sucesso absoluto.
Não importa que você considera a saúde alheia mais importante do que a
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sua própria (como no meu caso, em particular). Proceda dessa correta
maneira. Para o seu próprio bem-estar. Leve em conta o famoso conselho:
“Antes prevenir do que remediar.”
11-O MISTÉRIO DA ÁGUA-27/Agosto/2004
O alimento mais nutritivo, mais puro e mais energético, dentre todos os
existentes neste planeta - quiçá em outras plagas do Universo – é, sem
dúvida, a água. Afinal, todos bem sabem que nosso “habitat” é mais água
do que terra, assim como nós, da mesma forma, somos compostos de
mais líquido do que matéria. O que mais esse fantástico
elemento/alimento tem que a ciência ainda desconhece? Que mistério
guarda a poderosa fórmula H²O que nos limpa integralmente? Que
propriedades a permitem armazenar e gerar tanta energia? Tal como todo
assunto misterioso que se preza, existem mais perguntas do que
respostas para tentarmos explicar o elemento água. Só para rememorar e
consubstanciar este breve ensaio, existem dois tipos de água, a salgada e
a doce.
A de teor salgado ocupa 99% no total destas, sendo que a doce ocupa só
1% do espaço aquático no nosso planeta. A água é, pois o líquido que não
só alimenta, como é também meio de purificação. Os muçulmanos, por
exemplo, têm seus ritos de purificação com água corrente, antes de
entrarem nas mesquitas; os cristãos usam-na também em rituais de
aspersão e ablução. A água é utilizada em vários outros ritos de cunho
religioso, como no batismo, em círculos bíblicos e celebrações místicas
diversas. Assim, a significação simbólica da água em todas as civilizações,
varia ou combina os três temas dominantes do ciclo vital: fonte de vida,
meio de purificação e centro de regeneração.
É magnífico o alto poder magnético que a água possui. Ademais, ela é um
autêntico repositório de energia, um perfeito condutor de eletricidade. O
ser humano, cuja gestação se desenvolveu em meio ao líquido materno,
está sempre atraído para os lugares onde estão os mananciais de água,
sejam eles representados por um simples tanque, piscina, lago, rio ou mar.
O poder de atração que a água exerce é, pois compreensível. O prazer que
vivenciamos quando estamos debaixo do chuveiro e sentimos a corrente
d’água é incrível, não somente porque estamos tirando do nosso corpo
todas as impurezas físicas nele impregnadas, mas porque temos uma
sensação que a limpeza ocorre também internamente. Sentimos como se
um líquido sagrado absorvesse tudo de ruim que está em nós, clarificando
o pensamento e, em conseqüência, fazendo surgir idéias produtivas: fonte
da criatividade. Mas, por qual motivo faço esta observação que soa como
filosófica?
A resposta pode até ter uma conotação cômica, porém é a mais pura
realidade pessoal: minhas grandes idéias surgem, sobretudo, durante o
momento do banho! A razão pode ser explicada de maneira empírica e,
por conseguinte, científica: tomando banho, os vasos sanguíneos, por
estarem relaxados, se dilatam e facilitam a passagem do sangue que flui
tranqüilamente, sem alterações do batimento cardíaco. Por causa dessa
fluidez que suscita a calma, o pensamento tem seu curso liberado, sem
quaisquer interferências de ordem física. Advêm, então, os eflúvios
internos e externos, gerando uma carga de idéias que são devidamente
filtradas (sempre em consonância com os princípios éticos e morais).
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É o tempo oportuno para o trabalho estritamente mental. Momento ideal
para a análise e para a criação de conceitos menos influenciados pelo
ambiente, menos radicais e, portanto, mais ponderados, passíveis de
sucesso.
Assim, a imaginação corre e discorre tal como a água numa correnteza
num rio abaixo da cachoeira! Por sinal, é a oportunidade perfeita para
pensar no “mistério da hora” que certamente poderá estar inculcando
esta irrequieta mente.
Em síntese, a água, como os outros três elementos que lhe fazem
companhia (ar, terra e fogo), gera força e poder. Abre os portais e libera os
caminhos.
Sempre quando for tomar um bendito copo d’água, jogue seus melhores
pensamentos no líquido que vai ingerir e sinta o seu frescor quântico
limpando corpo e alma!
12-O MISTÉRIO DO CORPO-03/Setembro/2004
Quando foi comentado nesta coluna sobre o mistério do pensamento, foi
dada ênfase, claro, aos poderes que a mente exerce sobre o corpo, bem
como nas suas ações do dia a dia. Mas, o que seria da mente se não fosse
o corpo? Dizem que em mente sã, um corpo são (“mens sana, in corpore
sano”), porém ninguém duvide que a recíproca é verdadeira. E quanto!
Não é mistério para nenhum de nós que se não houver um corpo sadio, a
mente não ficará à vontade para “trabalhar”. Em síntese, em corpo ruim
só tem lugar para cabeça ruim. Todavia, quais os segredos para o domínio
do nosso corpo? Como controlar as cargas de energia negativa a que ele
está sujeito? Que mistérios outros o fazem sucumbir mesmo quando não
desejamos (se é que exista quem o queira...)?
Inicialmente, devemos tratar a sede de nossa alma tal como um
verdadeiro templo sagrado. Afinal, nosso espírito “mora” nele!
Também, não é novidade que para manter o corpo sadio e, por
conseguinte, fazer fluir a nossa força mental com maior desenvoltura,
devemos estar em plena harmonia com a vida, seja na maneira de agir,
seja no modo de pensar: condições precípuas para atingir o ideal supremo:
o domínio da vida física e espiritual.
Ademais, o corpo habita muitas vidas: nas células, nos tecidos, nos
órgãos, enfim, cada setor do organismo humano tem consciência própria.
Por isso, temos que resguardar nossa mente contra pensamentos
daninhos a fim de que o corpo possa trabalhar sem contrapesos. É uma
relação constante e ininterrupta de causa e efeito.
Aquele que faz pouco caso da sua “carcaça” tem, como conseqüência, o
surgimento de doenças, de acidentes (isto mesmo, os “acidentes” podem
ser decorrentes da mencionada “Terceira Lei de Newton”: maltratou,
levou) e de outras intempéries que, no final das contas, redundam no
iminente e implacável desenlace precoce.
No mais, somente lembramos que temos um corpo e que devemos
respeitá-lo, quando ele está falhando. O baque que o imprevidente sofre
com isso, faz com que ele desperte para a realidade. Talvez tardiamente...
Sabemos, enfim, que ninguém é perfeito. Na verdade, somos perfeitos,
sim, mas pelo visto não sabemos disso ainda ou, na melhor das hipóteses,
não estamos preparados, pois não temos disciplina para proceder à altura
da perfeição dessa máquina que nos conduz, que nos dá a força vital. O
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que nos resta fazer, então, é procurar saber como proceder para que
nosso corpo permaneça sadio até o dia em que seu fim for inevitável por
causa do desgaste.
O primeiro e decisivo passo para que possamos reger a nossa orquestra
sem desafinar, é aprendermos a respirar. Como? Será que poucos sabem
como inalar o ar? A respiração correta deve ser aquela compassada,
ordenada. Inspirar pelo nariz e expirar pela boca. Tentemos esta
experiência: quando necessitamos realizar algo, podemos contar com a
ajuda dessa força advinda do “sopro divino”. Para tanto, tomemos uma
inalação profunda. Em seguida, prendamos o ar em nossos pulmões por
alguns segundos. É hora de nossa imaginação criativa agir. É o momento
de “pintarmos” na nossa tela mental o quadro que desejamos que nos
aconteça. Os resultados virão depois. Outra maneira de conduzir bem o
corpo é, além de uma alimentação balanceada, mantermos o bom humor.
Quem leva a vida com alegria, tem grande chance de viver bem, física e
mentalmente. Baixo astral: jamais!
Assim, aquele que estiver consciente desta realidade, conseguirá
desvendar um dos maiores mistérios da vida: o próprio corpo. Será a
conseqüência natural de um modo de viver mais sábio. Quem respeita seu
corpo, respeita a si mesmo. Consegue bloquear a negatividade, pois
reforçará seu sistema imunológico. Portanto, todo o progresso exterior,
resultará no crescimento interior. É assim que transcenderemos os limites
da matéria!
13-O MISTÉRIO DA FAMÍLIA-10/Setembro/2004
Emocionado, assisti a mais uma vitória consagradora de um time
representando nosso querido País: o selecionado de voleibal! E,
novamente, veio à baila, o valor da união de um grupo. Disse “novamente,
porque a última vez que fiz artigo semelhante, foi justamente após a
vitória da “Família Scollari”, quando da Copa de Mundo de 2002. E eis que
a “Família Bernardinho” repete o feito! Assim, o resultado do trabalho feito
por qualquer grupo – de consangüíneos, ou não - de pessoas que se
gostam, só pode ser positivo. Não há outro caminho! Por quê? Que
mistério seria este que faz da instituição “Família”, a mais forte de todas
que o ser humano já constituiu? Almas afins (mesmo em personalidades
distintas) que agem juntas, redundam no sucesso certo. Em síntese:
vencem em uníssono!
Em outras palavras, a força que emana de uma família ainda continua
sendo um mistério. Pudera todo mundo saber desvendar esse poder
supremo! Infelizmente, não é assim que acontece (principalmente nos
países do hemisfério norte, onde a desagregação familiar ocorre
prematuramente)... Certamente, não vive bem, de acordo com os ditames
da natureza humana, aquele que estiver à margem do seu seio familiar.
Das duas, uma: ou está em conflito mental, ou a solidão lhe apraz. Mas,
será que alguém gosta de viver sozinho?
Será que uma pessoa, em sã consciência, dispensaria o apoio daqueles
com que conviveu desde o nascimento? Pode ser, mas é certo, também,
que tal omissão um dia vai ser sentida, porque ninguém consegue viver
por si só. A família é necessária para a sobrevivência.
Somente dessa forma é que os embates da vida tornar-se-ão mais
amenos. É missão do indivíduo que se preza, estar bem-ajustado na sua
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longa cadeia de gerações, ora atrelado à sua família e ora em busca de
uma família. Sabemos que a vida no universo é um evento interacional de
elevada complexidade. Os laços familiares podem ser mais ou menos
fortes, dependendo do grau de sinceridade de seus integrantes. Nesse
meio, podemos falar abertamente sobre os nossos problemas, nossos
anseios e nossos intermináveis desafios que surgem durante nossa
existência terrena. Assim procedemos, porque obteremos o apoio
desejado e necessitado. O “barco da vida” carrega a família. A tormenta
fortuita não afetará um só, mas a todos. É quando sobressai a força do
grupo que advém da força de cada um.
O timoneiro desse barco, quase sempre, será o pai ou a mãe. São eles que
abrem as trilhas, os atalhos e traçam os caminhos para que vivamos com
alegria e destemor. Uma posição natural e permanente. São justamente
as atitudes dos pais que nortearão os filhos e seus descendentes. Por isso,
na sua falta, há de sobreviver o exemplo. Do contrário, o elo será rompido,
gerando a quebra da corrente familiar, difícil de ser reconstituída, não
impossível.
Esse desequilíbrio, gerado pela perda do pai, ou da mãe, tem que ser
temporário, a fim de evitar o indesejado. Nesse momento infeliz, é que
surgirão os filhos mais susceptíveis de assimilar os ensinamentos dos que
se foram. São eles que devem assumir o controle. A manutenção do
espírito de solidariedade entre os familiares é vital para a sobrevivência da
família. Dessa forma, poderemos explicar o mistério que mantém uma
família forte e coesa, incólume às decepções e impávida até nas vitórias.
Eis a fórmula ideal!
Em suma, a família bem estruturada e bem formada, ensina a todos os
seus componentes a usar seus recursos internos, bem como suas
energias, direcionando-as da melhor forma possível para encarar e
contornar desde uma simples tarefa de dever de casa, até a entrevista
para o primeiro emprego. São essas famílias constituídas por pais e avós
acolhedores e sábios que preservam os velhos e tradicionais hábitos de
férias familiares, encontros em festas, reuniões e até em momentos ruins,
que permitirão uma participação ativa nas conquistas e nas dores que
atingem a cada um e a todos. “Sentimento de família” é, pois, o mistério
que todos temos de descobrir para viver de bem com a vida!
14-O MISTÉRIO DA INSPIRAÇÃO-17/Setembro/2004
Um dos mistérios que os escritores, em especial, gostariam de desvendar
é como lhes advém a inspiração, seja ela através de relaxamento, através
de meditação, ou até mesmo, por intermédio de sonhos. Questionam
como seria tal processamento, ou como ela se operaria em seus cérebros.
Sem querer subestimar àqueles que se consideram cem por cento
responsáveis pelo fruto de sua mente, o fato é que uma fonte inspiradora
e misteriosa os abastece de criatividade que, sem mais nem menos, surge
do nada pronta para se transformar em poema, novela, ensaio ou história.
O fato é que, em frente ao computador, ou mesmo com a caneta (ou lápis)
na mão, vem à mente uma espécie de filme que se concatenará a fim de
que faça sentido para o leitor. O fluxo de idéias é intenso. Com exceção da
psicografia (escrita por intermédio da chamada mediunidade), o fato é que
o ato de escrever é uma função mais sensorial do que se imagina. É, pois,
a maneira de ordenar as idéias no papel que dependerá de cada um, dos
21
seus princípios e do seu conhecimento. À propósito, segundo consta, há
dois tipos de conhecimento: o adquirido e o revelado. O conhecimento que
se adquire, é o advindo de informações percebidas através dos sentidos
físicos (decorrentes de livros, televisão, filmes, e outros meios de
informação). Por sua vez, o conhecimento revelado é aquele que “surge”
na mente espontaneamente. Por exemplo, a intuição é fruto de uma
sensibilidade muito aguçada principalmente na mulher. Esta é outra forma
de inspiração. De onde e de quem são transmitidas tais mensagens, ainda
é desconhecido. Portanto, na maioria das vezes, a fonte é incerta. Vai
depender de cada um para descobri-la. Afinal, somos todos de
característica dual, isto é, bipolares, pois temos a consciência exterior
(lado objetivo) e a consciência interior (lado subjetivo). Elas tendem a se
fundir, mas vai depender de nossa capacidade de assimilação.
No momento dessa fusão, é que aparecem as idéias. E a partir dessas
incessantes trocas transcendentais, a personalidade se expande,
facilitando as introspecções que irão se transformar em importante
informação, de caráter físico ou extra-físico.
Até mesmo os “menos instruídos” também são “inspirados”. O problema
é que faltam palavras para decodificar o que lhes é revelado. Eis porque é
tão importante se informar, estudar sempre. Conhecendo bem o mundo
exterior, certamente irá facilitar o caminho para desvelar o misterioso
mundo interior, ou seja, propiciará meios para retransmitir o que é
recebido subjetivamente, tornando-os objetivos, isto é, compreensíveis e
lógicos.
O senso de pesquisador é fundamental para permitir à consciência que
está latente revelar tudo que recebe, indistintamente. O que se deve
fazer, enfim, é “dar asas à imaginação”, prestar mais atenção ao
pensamento e pesá-lo para aferir a sua veracidade ou racionalidade.
Grandes idéias surgem subitamente. Devemos ter mais confiança em nós
mesmos, crendo que se buscamos com pureza de sentimentos e intenção
destituída de egoísmo, conseguiremos decifrar o que se nos é revelado.
É assim que a inspiração acontece. “Levando-nos a sério”, ficaremos
empolgados com a coerência de nossos pensamentos, por mais
fantásticos que possam parecer. No começo, ficaremos surpresos com nós
mesmos. Depois, tudo fluirá naturalmente, porque desobstruiremos nossos
canais, liberando-os de preconceitos e outros entraves inoportunos.
Pelo pensamento, construiremos a realidade. Em suma, é inato ao ser
humano aprender e é mais ainda humano, ensinar. Se valorizarmos nossas
idéias, purificaremos a sensibilidade, refinando-as para, em seguida,
transmiti-las. No mais, estejamos receptivos, pois abrindo a mente, as
impressões nos harmonizará trazendo para a vigília os resultados desse
intercâmbio – talvez - com a Força Suprema que rege o Universo.
15-O MISTÉRIO DO PERFECCIONISMO-24/Setembro/2004
Já dizia o meu “xará”, Marco Aurélio, o estóico Imperador filósofo romano,
que “a pessoa comum é exigente com os outros, enquanto que o
instruído, é mais exigente consigo mesmo.” Esses, é o que chamamos de
“perfeccionistas”, ou seja, aqueles que exigem a perfeição em tudo que
fazem. Mas, por que tais indivíduos tornam-se obcecados em fazer tudo de
maneira impecável, isto é, isento de defeito?
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Qual é o mistério dessa postura tão radical com referência às suas ações
no dia a dia?
O termo “perfeição" significa o resultado de algo que atingiu o mais alto
grau numa escala de valores. Sem falhas ou erros. Em outras palavras,
diz-se que a pessoa dotada de maior capacidade de assimilação mais
apurada, tende a fazer as coisas com maior qualidade, ou seja, à medida
que atinge um grau apurado naquilo que faz, essa pessoa procura
aprimorar ainda mais as tarefas que desempenha. O prazer pela perfeição
fica gradativo, isto é, para ele, o trabalho sempre poderá melhorar. Surge,
então, o decantado senso de perfeccionismo. Por isso, o perfeccionista
sempre estará mais preocupado com a autocrítica do que com a crítica
alheia. Se falhar, acredita que seus princípios foram aviltados e a
frustração advém com a carga toda. O problema será superar esse
“imperdoável” erro de percurso.
Eis o lapso que deve ser evitado. É compreensível que todos sejamos
exigentes para com o trabalho que fazemos cotidianamente, mas temos
que evitar a obsessão desenfreada, sob pena de demonstrarmos nossa
maior imperfeição: a capacidade de não aceitar a derrota.
O fato é que, queiramos ou não, devemos acatar o velho ditado, “errar é
humano”. Afinal, quem é perfeito neste planeta Terra? Assim, deve-se ter
consciência que, apesar de o erro jamais ser voluntário, este há de
acontecer. Por sinal, é através dele que alcançamos a percepção que
apontará o caminho correto, independente do grau de complexidade da
tarefa. Eis o fascínio de todo o "perfeccionista" que se preza: querer
acertar sempre, mas ter a consciência de que o erro poderá acontecer,
sem, contudo, ser derrotista.
Em outras palavras, ser perfeito é tentar atingir a qualidade plena,
aprimorando-se não somente através dos erros, mas, principalmente,
através dos acertos.
E a cada degrau transposto, melhor será o resultado, tanto para si próprio,
como para os outros. Aqui, vislumbramos o misterioso caminho da
evolução humana, rumo à perfeição. Dessa forma, o “perfeccionista” terá
certeza de que ser perfeccionista não é ser perfeito na acepção da
palavra, é buscar a perfeição em tudo que se faz, independente da sua
limitação, porém cônscio de que está oferecendo o máximo de sua
potencialidade.
Mesmo com o sucesso decorrente da sua frenética busca pela perfeição, o
indivíduo terá que se imunizar contra a vaidade. A lisonja em demasia
poderá “amaciar” demais o seu ego e isto poderá virar contra si. Pensando
que sabe tudo e faz tudo bem-feito, ele poderá cair se afogar nos louros
que colheu e o seu progresso certamente será interrompido, ou retardará.
As qualidades, sim, têm que ser mostradas e divulgadas, mas sempre com
a devida parcimônia, sem faltar com o respeito àquele menos dotado de
argumentos para trabalhar melhor. Afinal, um dia, todos alcançarão o
mesmo objetivo. Uns antes, outros depois, mas todos atingirão o seu
ápice. Em suma, não se deve esquecer que “quanto mais alta a escada,
maior a queda”. A humildade é o equilíbrio que necessitamos para não
despencarmos. Não em excesso, mas com racionalidade e sobriedade.
Todos dependem de todos para evoluir, logo, ninguém é melhor do que
ninguém. Este é o mistério que tem que ser desvendado.
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Exija de você, mas acate as suas limitações. Se errar, corrija o erro em
tempo. Se acertar, veja porque acertou e aprimore o seu acerto.
Aprimorando seus atos visando a perfeição é salutar. Querer ser o primeiro
sempre, também é saudável. Todavia, isto deve ser feito com método e
sensibilidade. Este é o caminho para decifrarmos o mistério do
perfeccionismo!
16-O MISTÉRIO DOS ANJOS-01/Outubro/2004
Este é um assunto controverso, como não poderia deixar de ser. Afinal,
todo mistério que se preza, suscita dúvidas, gera questionamentos, senão
não o seria, é evidente. Mas, como faz parte do imaginário do ser humano,
não me custa fazer breves comentários sobre o mesmo. Inicialmente, devo
dizer que anjos, segundo rezam os “manuais” acerca do tema, são seres
invisíveis, dito angelicais, cuja função precípua é proteger o ser humano,
livrando-o dos iminentes males que possam cruzar-lhe o caminho durante
sua trajetória no planeta em que vive. Sabermos se de fato tal proteção
acontece, é que são elas. Tudo, claro, é suposição. Se os anjos são
elementos celestes não-visíveis ao olho comum, torna-se difícil de
comprovar a sua real existência Mas, como o homem vive de fé, não
podemos questionar a sua opinião, já arraigada no seu âmago desde que
ficou consciente da sua própria existência. Contudo, não devemos
esquecer daquela velha máxima de que “a verdade é somente aquilo que
permanece incólume diante da perpétua mutação universal, mantendo-se
aplicável a todas as épocas e aberta ao espírito-investigador”.
Por isso mesmo, devemos analisar tal “verdade” com o “pé-no-chão” (mas
cabeça no céu). Como os mistérios são aparentemente insolúveis, resta-
nos, pois, apenas especular, nada mais.
Muitas pessoas se “protegem” ou se sentem protegidas logo após rezar a
famosa oração “Santo Anjo”. Isto pode acontecer geralmente antes de
fazer qualquer coisa, ou, às vezes, antes de dormir e depois de acordar. O
fato é que a auto-sugestão passa a atuar, porque fica de certo modo
“presa” às palavras dessa prece e isto é o que torna eficaz o “escudo”
requerido. Quando os pedidos são efetivados, o indivíduo passa a se fiar
na oração e começa a acreditar na presença – mesmo que não visualizada
- do seu “anjo-protetor”. Ele não quer nem saber se a lógica da vida
pressupõe que os anjos existam ou não. O que lhe importa, é que,
efetivamente, se sente amparado por forças ocultas, não vistas, porém
sentidas e isso já basta para enfrentar o dia-a-dia, devidamente escudado.
O mesmo acontece em se tratando de outras entidades invisíveis, sejam
santos, ou mesmo o Deus correspondente à sua religião.
Dizem os escritos sobre a matéria, que existem 72 seres angelicais ao
todo e estes estão divididos em nove hierarquias, que são as dos Serafins,
Querubins, Tronos, Potências, Virtudes, Principados, Arcanjos e Anjos. A
palavra "anjo" vem do grego “angelus”, que significa "mensageiro". Para a
cultura hebraica o termo é “malakl”, que também quer dizer “emissário”.
Dizem os entendidos que “as mensagens dos anjos poderiam ser
comparadas ao sistema via satélite, no qual os sinais que passam pelo
céu são enviados para todos os receptores”, no caso os pedintes.
Apregoam ainda, que também são considerados anjos, os chamados
“daimones” que, apesar de serem conhecidos, não são muito invocados
pelos seres humanos. Seriam eles os “silfos”, elementais do ar que
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ajudariam na propagação dos recados; as “ondinas”, os elementais
correspondentes à água, que controlam as emoções e os “gnomos” e
“duendes”, que são os elementais correspondentes à terra, no caso, à
prosperidade.
Tudo, como dito, são crenças. Verdade ou não, elas estão na boca do povo.
O importante, em suma, são os fins e não os meios, pois o campo
magnético que a mente humana cria ao lidar com tais “forças” é
inimaginável. Eis a proteção almejada que surge do nada, mas a partir da
solicitação feita verbalmente ou através do pensamento.
Anjos quer queiram, quer não, desempenham um papel preponderante na
vida de quem é considerado mais crédulo e confia na sua proteção, que
passa a ser divina.
O escudo protetor gerado graças à sua invocação é o que conta, enfim.
Complemento este ensaio, invocando (já que esta é a palavra propícia no
momento) um velho e sábio dito popular: "Deus dorme no mineral, sonha
no vegetal, age no animal e desperta no homem".
17-O MISTÉRIO DOS EXTRATERRESTRES-08/Outubro/2004
Mais um assunto, como sempre, polêmico, e não menos misterioso: a
existência de vida pensante em outros planetas, senão a Terra, onde
vivemos. Muito se falou e muito se fala sobre a questão. Para o
pesquisador neutro, menos influenciado pelas diversas tendências, sejam
religiosas ou científicas, existem evidências físicas palpáveis que atestam
a veracidade da vida fora do nosso mundo físico. É justamente por causa
das fantasias em torno do tema que a chamada “Ufologia” (termo
derivado de “UFO”, abreviatura em inglês para “Unidentified Flying
Objects”, ou “Objetos Voadores Não Identificados”) é ridicularizada,
mormente por leigos. A questão central é, pois como provar e comprovar
que realmente somos “visitados” por objetos voadores desconhecidos,
cujos “pilotos” seriam os seres que vivem em locais situados nos confins
do universo. Como desmistificar essa controvérsia que tanto inculca a
humanidade desde que os grandes eventos de sua existência começaram
a ser registrados de maneira inteligível? Além dos seus habituais
questionamentos: “quem somos?”, ou “de onde viemos?”; “para onde
vamos?”, aparece o invariável, “estamos sós no universo?”. Independente
do material existente, o fato é que o mistério perdura, mesmo sabendo
que a Terra é um planeta situado na “Via Láctea”, que por sua vez é uma,
dentre as milhares de galáxias existentes na parte pesquisada do
universo, e onde deve existir por volta de 450 milhões de estrelas com
idade média semelhante à do Sol, além de outros tantos planetas como o
nosso, ou seja com características energéticas e dimensionais similares.
Os contactos com os objetos diferem em graus, de acordo com os
estudiosos. Existem, segundo estes, alienígenas bons e maus.
Outros especulam que existem extraterrestres a serviço do governo norte-
americano, e que, em troca de certos favores, transferem tecnologia
espacial aos americanos. Há até o rumor que se isto não tivesse
acontecido, os EUA jamais teriam dado início ao programa espacial,
portanto, sequer teriam aportado na Lua, em 1969. Quanto à comunicação
com esses supostos seres de outros mundos, uns dizem que se
comunicam através da telepatia, outros via aparelhos eletrônicos (a
chamada “telecomunicação instrumental”) e, claro, de modo físico. E
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como seria a aparência física desses habitantes de outros orbes? De
consistência etérea? Ou seriam semelhantes aos humanos? Seriam seus
mundos extradimensionais, ou tridimensionais como o nosso? Certos
pesquisadores dizem ainda, que os alienígenas poderiam ser provenientes
até do interior da própria Terra, ou mesmo das profundezas dos mares.
Vão surgir mais hipóteses e o assunto se torna infindável, providencial
para o homem criar suas fantasias, ao doce sabor de seus princípios
filosóficos.
Como se não bastasse, há pessoas que ainda acreditam que a Terra é o
único planeta habitado do universo. Para elas, nosso planeta seria uma
espécie de fonte geradora para povoar outros planetas: a matriz.
Seríamos, pois, tal como um único e minúsculo grão de areia no meio de
um deserto árido e inóspito, mas que poderia ser semeado e povoado por
nós. Por conseguinte, acreditam que tudo sobre o “fenômeno UFO”, não
passa de armação, ou alucinação típica de visionários. Outros, mais
crédulos, falam também de “conspiração”, “profecias do fim do mundo” e
toda espécie de teoria que a fértil mente do ser humano permite dentro da
sua infinita imaginação. Na outra ponta, todavia, existem as pesquisas
fundamentadas, que não se deixam contaminar pelo fanatismo ou
radicalismo.
Estas, sim, poderão nos levar a conclusões cabais acerca da vida fora da
Terra.
Enfim, há opiniões divergentes sobre a matéria, como não poderia deixar
de ser.
Afinal, é nosso sagrado direito de questionar sempre, e de duvidar
também, mas devemos, sobretudo, estarmos com a mente preparada para
enfrentarmos novas situações que, certamente, hão de acontecer em
futuro próximo. Na verdade, é assim que se evolui.
18-O MISTÉRIO DOS ANIMAIS-15/Outubro/2004
Já não é novidade para ninguém que os animais, na sua totalidade, têm
um sexto sentido tão apurado quanto o olfato ou a audição, já que a visão
não é tão potente em termos físicos, mas também parece detectar outros
campos vibracionais. Essa extra-percepção é que lhes permite “sentir”
além do comum com relação a nós, seres bípedes limitados ainda mal
treinados para tanto. Todo mundo já ouviu falar que quando se aproxima
uma tempestade, ou algo pior, certos animais domésticos se tornam
irrequietos. Ou mesmo quando um cachorro começa a latir olhando para o
suposto “nada”. É nesse momento que eles atingem uma dimensão ainda
inacessível por grande parte dos indivíduos ditos racionais. E então surge
a oportuna questão: por quê todos os animais possuem tal poder extra-
sensorial e a maioria dos humanos não? Teriam eles uma região no
cérebro, mas que nós ainda não a despertamos? Quando será que os
pesquisadores e cientistas conseguirão decifrar a parte psíquica do
animal, seja este alado, terrestre ou aquático? E a questão da linguagem?
Por quê até hoje o ser humano não entende o idioma dos bichos? Nessa
área, é de se admirar, segundo consta ao público, que nada se tenha
descoberto acerca do idioma daqueles que presunçosamente chamamos
de “irracionais”. Afinal, é certo que eles devem ter um padrão
característico para se comunicar entre si. Caso contrário, não existiriam os
grupos e as comunidades que os elefantes, por exemplo, formam.
26
No plano biológico, os bichos, assim como os humanos, estão
praticamente configurados. Em pouco tempo, eles certamente, também
terão seu genoma delineado. Mas nada de concreto se conhece sobre a
parte subjetiva do animal. Não é de se admirar. Se o homem dificilmente
consegue se auto-analisar, o que diremos com relação aos animais. Assim,
o cientista ainda não conhece totalmente a forma com que o animal se
comunica, sequer como vislumbra certos espectros, invisíveis aos nossos
olhos.
Em síntese, seu comportamento é analisado apenas sob o ponto de vista
prático, isto é, sabemos quando os bicho estão alegres, tristes, famintos,
mas não sabemos o que se passa nos confins de sua mente. Nada está
comprovado cientificamente, porém para não fugir do hábito, há
especulações em torno do assunto. Sabe-se, também, que o padrão
gramático da linguagem humana tem uma ordem peculiar, independente
de sua raiz. Isto é, os sons vocálicos e consonantais estão inseridos em
qualquer tipo de idioma. Mesmo os que possuem a escrita através de
ideogramas (como os chineses, japoneses e os antigos egípcios), têm a
lógica gramatical inserida no seu sistema de comunicação gráfica. E os
bichos? Como “falam” entre si? Como seria a construção gramatical de
suas frases usadas para se expressar? A onomatopéia é a palavra que
imita o som de seu significado. E o que entendemos dos sons animais,
exceto que emitem sons típicos de sua raça? Somente a identificação de
quem os emite, ou seja, se é uma ave, um porco, etc. Nada mais.
Pesquisas sobre entonação, timbre, e acústica em geral deveriam ser mais
aprofundados para o contexto zoológico. A título de exemplo, é notório
que os cachorros são exímios "guardadores de imagens", pois sabemos
que através do odor, eles fixam no cérebro a cena que o faro captou, uma
vez que o cheiro sempre está atrelado à visão. Essa postura lhes permite
"fotografar" a figura que acabaram de "farejar". Não seria este o ponto de
partida para começar a decodificar a fala canina? E o que se pode dizer
dos macacos? Sabe-se que há estudos bastante adiantados nesse sentido,
pois se especula que a comunicação do símio é muito similar à do ser
humano.
Em suma, se um dia pudermos desvendar o mistério da linguagem animal,
e formos capazes de entender o seu comportamento psíquico e
psicológico, isso na certa nos possibilitará atingir a almejada sintonia
“homem/natureza. Será quando amenizaremos as maldades que tanto
lhes infringimos. Nesse momento especial, passaremos a nos conscientizar
que não somos os únicos “inteligentes” da Terra.
19-O MISTÉRIO DO TEMPO-22/Outubro/2004
Não é mistério para ninguém, que o tempo é uma criação humana usada
para controlar os ciclos da vida, bem como os movimentos da natureza.
Percebemos sua trajetória através de nosso cérebro que mede o que
passou, o que se passa e o que pode acontecer através da detecção de
todas as coisas, imobilizadas, ou não, isto é, como os eventos naturais,
desde o surgimento do sol, até o seu poente. Todavia, se este tipo de
noção cessasse, o tempo deixaria de existir e o homem não sobreviveria,
uma vez que seu relógio biológico depende da orientação externa. Mas,
por que então o tempo é misterioso? Por quê essa “medida” é tão vital
para nós, limitados humanos? O objetivo deste questionamento, não é
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fazer as observações de sempre que todos já estão cansados de ouvir
falar ou ler. O fator tempo é, na verdade, um assunto muito mais
complexo que as infindáveis suposições e teorias sugerem. Todos têm
perfeita idéia do que seja passado, presente ou futuro. Nossa mente está
acostumada a materializar o tempo desde que nascemos. Sabemos que o
tempo está diretamente relacionado com o nosso mapa genético, que
também retém as características de nossos ancestrais, renascidas em nós.
É certo, ainda, que esta impressão temporal não existe fora da Terra,
porquanto é o Sol que a rege. O tempo, portanto, é uma ilusão meramente
terrena e vital para a nossa sobrevivência. No entanto, há teorias
fantásticas sobre o assunto: viagens ao passado, ao futuro, em outras
dimensões, fenômeno “deja-vu”, enfim, hipóteses das mais variadas e
para todos os gostos e princípios. A verdade, é que ainda não descobrimos
a maneira de decifrar o tempo. Afinal, se ainda somos seus escravos,
como poderíamos ousar concebê-lo? Se assim o fosse, seríamos eternos,
é certo...
Para os quânticos, o tempo seria a quarta dimensão, ou seja, ele está além
do nosso mundo composto por três dimensões, que é a delimitação
espacial compreendida em altura, largura e comprimento. Conclui-se, que
se há uma quarta dimensão, então poderia haver no espaço outras
dimensões. A partir desse princípio, ou suposição, surge a idéia do
Universo multidimensional. Nossa limitação torna-se, pois, evidente neste
preciso momento, porque a consciência humana ordinária somente está
consciente de três lados (pelo menos, na maioria das pessoas, ditas
normais). E como poderíamos “enxergar” essas (talvez) inexpugnáveis
perspectivas? Como galgar planos e subplanos invisíveis e não palpáveis?
Primeiramente, teríamos de ter consciência do que significa dimensão:
quando colocamos nossa mão à frente da luz, vemos na parede sua
projeção, ou seja, sua sombra que, claro, tem o formato exato de nossa
mão, porém lhe falta uma dimensão. Ela está, assim, em um plano de
duas dimensões. Do mesmo modo, subtende-se que nossos corpos - e
tudo o que se move nas três dimensões - seriam sombras de dimensões
superiores. Normalmente, pensamos que as sombras são projeções reais.
Na verdade, podem estar sendo projetadas a partir de dimensões
superiores. Dedução: o tempo e o espaço estão conectados entre si. Se
entendermos este conceito com mais propriedade, poderíamos, então,
começar a desvendar o mistério?
Pois compliquemos ainda mais a situação: e o que dizer quando não há
espaço, nem tempo? Seria este o “nada absoluto?” E o que dizer daqueles
que dizem que o nada não existe? Há pesquisas neste sentido que, de
acordo com a Física da Energia Ponto Zero, toda matéria não é nada mais
do que uma modificação do vazio, uma vez que este está também repleto
de energia. Logo, o vazio não existe, uma vez que energia é matéria em
diferente estado de manifestação. Qual conclusão poderemos tirar? Que
se tempo e espaço são o próprio vazio, nossa idéia acerca dos três é
totalmente errônea.
No mais, o assunto requer laudas e laudas de estudos e conjecturas. A
Física Quântica ainda engatinha, mas muita novidade pode acontecer. No
mais, quando descobrirmos o segredo do tempo, acharemos a maneira de
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nos “situar” no espaço. Por certo, preencheremos o “vazio” dentro de nós
que carrega o insustentável mistério da vida.
20-O MISTÉRIO DA NOITE NEGRA-29/Outubro/2004
Todos nós, sem exceção, temos bons e maus momentos ao longo de
nossas vidas. Infelizmente, a tendência relacionada ao sofrimento
prevalece, seja em função de intempéries que fogem ao nosso controle,
seja em virtude de motivos diversos que ninguém consegue explicar
direito. Advém, portanto, mais um mistério que nos atormenta: o porquê
de termos que conviver com fatos ruins e indesejáveis. O ser humano
nasce aconchegado pelo amor dos pais, é afagado pela família, e sempre
tem o apoio dos parentes e amigos, mas não consegue ser feliz
integralmente. Por que motivos temos que conviver com “aclives e
declives” durante nossa existência? Se a velha máxima, “quem planta,
colhe”, é mesmo implacável, o que dizer daquelas pessoas bondosas a
vida inteira que, ao final, morrem infelizes por causa de várias razões? Por
que a tristeza e todos os seus derivativos precisam fazer parte do nosso
cotidiano? Em suma, esta é a “Noite Negra”, um termo criado para
designar o período negativo que um dia todos passamos de acordo com as
circunstâncias, sejam ambientais, sociais ou mesmo pessoais, ainda que
existam também os chamados “sortudos” (eufemismo para
“merecedores”), cuja “Noite Negra” seria mais amena do que para os
demais, aqueles menos privilegiados. O fato é, “o tempo fecha” para
todos sem distinção de raça, credo ou classe social. A analogia é cabível,
porque a noite é o momento da escuridão. Porém, depois dela, virá o dia,
junto ao raiar do sol brilhante e pleno de energia. Assim, conscientes de
que o escuro é passageiro, o único jeito será enfrentá-lo e superá-lo com
coragem, determinação e altivez, pois não existe “baixo astral” que dure a
vida inteira. Não há tempestade que não seja seguida pela bonanza. Uma
doença, um acidente, a perda de um ente querido, problemas familiares,
problemas profissionais, são alguns dos fatores negativos que abalam a
vida de qualquer um. As trevas acontecem sem aviso prévio. É nessa fase
terrível que deixamos todas as nossas esperanças de lado. Passamos a
não acreditar em mais nada, em ninguém e muito menos em nós mesmos.
Deixamos ser aprisionados pela fatalidade e nos tornamos espectadores
entediados da vida, que perde o seu encanto. Desistimos de tudo e nessa
turbulência, sucumbimos. É quando vamos descobrir o quão frágeis somos
e o quão atrasados estamos, porque uma adversidade interrompeu a
nossa felicidade. Cessa a vontade de viver e a tudo fica nublado.
Paradoxalmente, esta é hora certa para evoluir. Mas, onde estaria a saída
para amortecer esta provação? Que instrumentos teríamos para tanto? O
primeiro passo, é impingir em nossas cabeças que é impossível
progredirmos sem termos problemas a
resolver e dificuldades a suplantar. Enquanto estivermos lutando para
aprimorar nossa inteligência, certamente ficaremos menos vulneráveis
durante a “Noite Negra”, uma vez que nossa fragilidade vai ser sempre
proporcional ao nosso conhecimento. Em outras palavras, quanto mais
“sabemos”, naturalmente menos sofreremos. Eis a “arma” que irá depurar
a nossa capacidade de discernir. Dessa forma, estaremos achando – e
possivelmente, encontrando - meios de aplacar a sombra que, queiramos
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ou não, sempre está à nossa espreita, pronta para nos atingir e
sobrepujar.
O importante é, enfim, não perdermos a serenidade e tentarmos manter a
calma. Com essa infalível – porém, difícil - tática, o pensamento coerente
fatalmente vai fluir com mais desenvoltura, sem os entraves advindos da
preocupação que tanto nos emperra.
No mais, o que fazemos pelo bem de nosso corpo, igualmente fazemos
pelo bem de nossa alma. Toda “Noite Negra”, individual ou coletiva, é uma
iniciação que deve ser assimilada tal qual um aprendizado, para que as
outras situações ruins possam ser melhor absorvidas e com menos
sobressaltos. Nem toda noite é tão negra como se supõe. Devemos
sempre imaginar que no céu poderá haver uma única estrela brilhando.
Basta que a procuremos: sem pressa e sem medo. Assim, o dia chegará
mais rápido e não repararemos que a “Noite Negra” foi embora sem ter
deixado rastro...