You are on page 1of 4

PORTUGUÊS

FICHA DE AVALIAÇÃO – 7.º D

GRUPO I – COMPREENSÃO DE CONCEITOS SOBRE A LITERATURA TRADICIONAL

Indica se são Verdadeiras (V) ou Falsas (F) as seguintes afirmações sobre a Literatura Tradicional. Corrige as
Falsas.

1. Fazem parte da Literatura Tradicional os contos tradicionais e as lendas.


2. São, na generalidade, textos de curta extensão.
3. São textos de difícil memorização.
4. Os contos tradicionais referem sempre um tempo muito longínquo.
5. Os contos tradicionais são contados obedecendo fielmente ao original.
6. O seu autor é famoso e conhecido pelo público.
7. Os contos tradicionais têm sempre um caráter lúdico e moralizante.
8. As lendas são relatos de factos onde a realidade e a fantasia se misturam.
9. As personagens das lendas são sempre reais.
10. As lendas começam por “Era uma vez…”.
11. Os textos da Literatura Tradicional têm um caráter universal e intemporal.

GRUPO II – COMPREENSÃO DE TEXTO POÉTICO

Balada da Neve

Batem leve, levemente Fui ver. A neve caía E descalcinhos, doridos...


como quem chama por mim. do azul cinzento do céu, a neve deixa inda6 vê-los,
Será chuva? Será gente? branca e leve, branca e fria... primeiro, bem definidos,
Gente não é, certamente - Há quanto tempo a não via! depois, em sulcos7 compridos,
e a chuva não bate assim. E que saudades, Deus meu! porque não podia erguê-los!...

É talvez a ventania: Olho-a através da vidraça. Que quem já é pecador


mas há pouco, há poucochinho, Pôs tudo da cor do linho. sofra tormentos, enfim!
nem uma agulha1 bulia2 Passa gente e, quando passa, Mas as crianças, Senhor8,
na quieta melancolia3 os passos imprime e traça4 porque lhes dais tanta dor?!...
dos pinheiros do caminho... na brancura do caminho... Porque padecem9 assim?!...

Quem bate, assim, levemente, Fico olhando esses sinais E uma infinita tristeza,
com tão estranha leveza, da pobre gente que avança, uma funda turbação10
que mal se ouve, mal se sente? e noto, por entre os mais, entra em mim, fica em mim presa.
Não é chuva, nem é gente, os traços miniaturais5 Cai neve na natureza
nem é vento com certeza. duns pezitos de criança... - e cai no meu coração.

Augusto Gil
VOCABULÁRIO

1. agulha – folha seca de pinheiro


2. bulia – mexer, mover
3. melancolia – tristeza, desgosto
4. traça - desenha
5. miniaturais – pequenos
6. inda - ainda
7. sulcos – rego aberto pela passagem de alguma coisa
8. Senhor – Deus
9. padecem - sofrem
10. turbação – perturbação, inquietação
Depois de leres atentamente o poema, responde de forma clara e correta às questões que te são colocadas.

1. Por que razão podemos dizer que as primeiras quatro estrofes têm a estrutura de uma adivinha?
2. Há um acontecimento importante, referido nas estrofes iniciais do poema, que marca o momento presente
do sujeito poético.
2.1 Como se sente ele ao descobrir o que se passa? Justifica a tua resposta com um exemplo do texto.
3. A partir da sexta estrofe, verificamos uma mudança de sentimentos no sujeito poético.
3.1 Qual é agora o seu estado de espírito? Justifica.
4. O sujeito poético dirige-se, na penúltima estrofe, a Deus. Porquê?
5. Tendo em conta tudo o que foi transmitido ao longo do poema, explica o sentido dos dois últimos versos da
última estrofe.
6. Tendo em conta o aspeto formal, classifica as estrofes do poema quanto ao número de versos que as
constituem.
7. Apresenta o esquema rimático da primeira estrofe e classifica o tipo de rima existente.
8. Faz a escansão do primeiro verso da primeira estrofe e classifica-o.
9. Identifica os recursos de estilo presentes nos seguintes versos:
9.1 “Pôs tudo da cor do linho“;
9.2 “branca e leve, branca e fria...“.

GRUPO III – GRAMÁTICA

1. Identifica as classes e as subclasses (sempre que possível) das dez palavras sublinhadas no texto.

2. Faz a análise sintática das seguintes frases:


2.1 A neve foi vista pelo poeta.
2.2 Com certeza, ele viu-a naquele dia.
2.3 – Meu Deus, dá condições de vida a todas as crianças.
2.4 O poeta foi à janela.
2.5 O poeta está muito triste.

3. Classifica os tipos de sujeito presentes nas frases. Identifica-os, sempre que possível.
3.1 Os meus pais apreciam poesia.
3.2 Dizem que Augusto Gil é um poeta excelente.
3.3 Gostei de ler a “Balada da neve”.
3.4 Eu e a minha irmã adoramos neve.

GRUPO IV – PRODUÇÃO ESCRITA

Tendo em conta a imagem apresentada de Augusto Gil, elabora o


seu retrato físico e psicológico. Relativamente a este último aspeto,
podes referir as características que te parecerem mais adequadas.

Não te esqueças de obedecer à estrutura deste tipo de texto e de


utilizares uma linguagem correta. O retrato deverá ter entre 100 a 140
palavras.

Planifica, com cuidado, o teu texto, fazendo primeiro um rascunho.


Depois, relê o que escreveste e verifica o que podes melhorar ou
corrigir. Só no fim, deverás passá-lo a limpo para a folha de teste.

Não te esqueças que o aspeto gráfico do teu trabalho é muito


importante, por isso cumpre todas as regras que já te foram ensinadas
na aula de Português.
ESCOLA BÁSICA DA VENDA DO PINHEIRO
PORTUGUÊS
CORREÇÃO DA FICHA DE AVALIAÇÃO – 7.º D
2013/2014 Prof.ª Sílvia Rebocho

GRUPO I

1. V
2. V
3. F – Os contos tradicionais e as lendas são textos de fácil memorização.
4. V
5. F - Os contos tradicionais são contados de boca em boca, sofrendo alterações ao longo dos tempos.
6. F - O seu autor é anónimo.
7. V
8. V
9. F - As personagens das lendas são reais, sobrenaturais ou divinas.
10. F - As lendas não têm fórmula introdutória.
11. V

GRUPO II

1. As primeiras quatro estrofes têm a estrutura de uma adivinha, porque o sujeito poético faz várias perguntas
na tentativa de adivinhar o que bate na sua janela e só no fim descobre o que é.

2.1 O acontecimento importante que marca o momento presente do sujeito poético é a queda da neve. O
sujeito poético, ao descobrir o que se passa, fica muito feliz, uma vez que já não via nevar há muito tempo e
tinha saudades da neve. O exemplo que o comprova é “- Há quanto tempo a não via!/ E que saudades, Deus
meu!”.

3.1 O seu estado de espírito é de tristeza, de preocupação e de mágoa. Ele sente-se assim, porque vê as marcas
de pés descalços de uma criança na neve.

4. O poeta dirige-se a Deus, já que não compreende por que razão Ele permite que as crianças sofram, dado que
são criaturas inocentes.

5. Os últimos dois versos do poema significam que o sujeito poético está triste e impressionado com o
sofrimento das crianças, por isso o seu coração está gelado, frio, como se dentro dele também nevasse.

6. Todas as estrofes do poema são quintilhas.

7. A rima é emparelhada, interpolada e cruzada (abaab).

8. O verso referido apresenta sete sílabas métricas, por isso é um verso de redondilha maior.

9.1 A figura de estilo é a metáfora.

9.2 A figura de estilo é a adjetivação / repetição.


GRUPO III

1.
levemente – advérbio de predicado com valor modal
será– verbo copulativo
mal – advérbio de predicado com valor modal
através da – locução prepositiva
gente – nome comum coletivo não contável
pobre – adjetivo qualificativo
depois – advérbio conectivo
mas – conjunção coordenativa adversativa
em – preposição simples
neve – nome comum não contável

2.
2.1
A neve - sujeito
foi vista - predicado
pelo poeta – agente da passiva

2.2
Com certeza – modificador de frase
ele - sujeito
viu-a naquele dia - predicado
-a – complemento direto
naquele dia – modificador do grupo verbal

2.3
– Meu Deus - vocativo
dá condições de vida a todas as crianças - predicado
a todas as crianças – complemento indireto
condições de vida – complemento direto

2.4
O poeta - sujeito
foi à janela - predicado
à janela – complemento oblíquo

2.5
O poeta - sujeito
está muito triste - predicado
muito triste – predicativo do sujeito

3.
3.1 Os meus – sujeito simples
3.2 sujeito nulo indeterminando
3.3 sujeito nulo subentendido
3.4 Eu e a minha irmã – sujeito composto

You might also like