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A maioria dos elementos pode interagir com outros elementos para formar
compostos. O gás hidrogênio, por ex, incendeia-se em presença do gás oxigênio
para formar água.
Misturas:
1- MATÉRIA: A maioria das matérias que encontramos consiste de misturas de diferentes
É qualquer coisa que tem massa e ocupa espaço. Assim, o ouro, a água, um livro, substâncias, cada substância em uma mistura mantém sua própria identidade
são ex’s de matéria, já a radiação eletromagnética (como a luz) não são matérias. quimica e, assim, suas próprias propriedades.
Podem ser classificadas pela sua fase (sólido, liquido, gás) ou pela sua constituição Enquanto substâncias puras tem composições fixas, as composições das misturas
(composição =tipos de átomos, estrutura= estrutura desses átomos) pode variar. Ex: xicara de café pode ter muito ou pouco açúcar.
As substâncias que compõem uma mistura são chamados de componentes.
Substâncias Puras: As misturas podem ser heterogêneas (não uniformes, mais de 1 fase, água e areia)
É uma forma simples e pura da matéria, é a matéria que tem propriedades ou homogêneas (uniformes, 1 fase, agua e açucar).
distintas e uma composição que não varia de amostra para amostra. Ex: Agua e sal
de cozinha.
O ar, a gasolina e as calçadas não são quimicamente puras, mas podemos separar
ou decompor esses tipos de matérias em substâncias puras diferentes.
Espectro do Hidrogênio.
PLANCK: QUANTUM:
Propôs que a energia na radiação não é continua, mas sim dividida em MODELO ATÔMICO DE BOHR:
minúsculos “pacotes” ou quanta.
Para explicar o espectro de linhas do H, começou supondo que os elétrons
Ou seja, disse que a energia podia ser liberada (ou absorvida) por átomos apenas moviam-se em orbitas circulares ao redor do núcleo, mas, de acordo com a física
em “pedaços” distintos de tamanhos mínimos. clássica, uma partícula carregada (como um elétron) que se move em trajetória
Planck nomeou de quantum a menor quantidade de energia que podia ser emitida circular perderia energia continuamente pela emissão de radiação
ou absorvida como radiação eletromagnética. eletromagnética e iria se mover em forma de espiral em direção ao núcleo.
Considerou que a energia, E, de um único quantum é igual à constante Assim, Bohr baseou seu modelo em 3 postulados:
multiplicada pela frequência (v): E = h.v, h é a constante de Planck (6,63.10^-34); Somente orbitas de certos raios, correspondendo a certas energias definidas,
De acordo com ele, a energia é sempre emitida ou absorvida pela matéria em são permitidas para os elétrons de um átomo (concluiu que os elétrons
múltiplos de hv, 2hv, 3hv e etc. ficavam em orbitas fora do núcleo, e que essas orbitas eram especificas, de
Se a quantidade de energia emitida for igual a 3hv, por exemplo, dizemos que raio fixo, cada uma caracterizada por níveis de energia bem definidos).
foram emitidos 3 quantas de energia.
Um elétron em certa orbita permitida tem certa energia especifica e está em PRINCIPIO DA INCERTEZA:
um estado de energia ‘permitido’. Um elétron em estado de energia permitido Afirma que é impossível conhecer simultaneamente e com certeza a posição e o
não irradiará energia e, assim, não se move em espiral em direção do núcleo. momento de uma partícula, tal como o elétron.
A energia só é emitida ou absorvida por um eletron quando ele muda de um Quanto mais corretamente um é conhecido, menos precisamente o outro é.
estado de energia para outro. Essa energia é emitida ou absorvida como
fóton, E=hv (efeito
Quanto mais longe a orbita estiver do núcleo, mais o elétron consegue
permanecer nela sem perder energia (orbita mais estável) . É um método de distribuir os elétrons na eletrosfera do átomo e dos íons.
Um átomo armazena energia, fazendo seus elétrons saltarem de uma orbita mais Provou, experimentalmente, que os elétrons são dispostos nos átomos em ordem
interna pra uma orbita + externa. Assim, sempre que um átomo absorve energia, 1 crescente de energia, ou seja, a medida que as camadas se afastam do núcleo,
ou + de seus elétrons saltam para uma orbita mais externa. aumenta a energia dos elétrons nela localizados.
Quando o fornecimento de energia cessa, os elétrons que foram deslocados pra Isto pois toda vez que um elétron recebe energia ele salta pra uma camada mais
orbitas mais distantes, tendem a restaurar o equilíbrio, retornando à sua orbita externa, e no momento que volta pra sua camada de origem, ele emite luz em
original. Mas, toda ação que acumula energia, se for revertida, terá que liberar virtude da energia absorvida anteriormente.
essa energia. Em cada camada ou nível de energia, os elétrons se distribuem em subniveis de
Então, quando o elétron retorna à orbita original, ele deve liberar a mesma energia, representados por s,p,d,f em ordem crescente de energia.
quantia de energia recebida, e o faz sob forma de energia luminosa, ou seja, O número máximo de elétrons em cada subnivel também foi determinado:
emitindo um fóton.
c) Em um íon, o elétron irá sair ou entrar da camada de valência e não do orbital mais
energético:
NÚMEROS QUÂNTICOS:
Cada elétron de um átomo é caracterizado por 4 números quânticos:
1- Número quântico Principal (n):
Fornece o tamanho (distância do elétron ao núcleo) do orbital, refere-se a camada
em que o elétron se encontra. Ex: a distância do orbital 7s ao núcleo é maior que a
distância do orbital 1s.
Tem valores positivos e inteiros (1,2,3...)
O principal indica a camada ou nível de energia (K,L,M,N,O,P,Q) em que o elétron
se encontra, indo, respectivamente, de 1 a 7.
À medida que n aumenta, o orbital torna-se maior, e o elétron passa mais tempo
mais distante do núcleo.
Logo:
Um aumento em n significa também que o elétron tem energia alta e, por isso, n= 1,2,3...,5,6... l= 0,1,2,...4,5... (n-1) ml= -5,-4,...,-2,-1,0,1,2,...,4,5
está menos fortemente ligado ao núcleo.
4- Número quântico de Spin (ms):
2- Número quântico Azimutal (l):
Descreve a rotação do elétron em torno do seu eixo.
Define o formato do orbital, os orbitais s são esféricos, os orbitais p têm a forma
O número ms pode valer somente +1/2 ou -1/2.
de halteres u de um oito e etc.
Um orbital comporta no máximo 2 elétrons, que não se repelem pois giram em
Representa os subníveis de energia (s,p,d,f), que são, respectivamente, 0,1,2,3.
sentidos opostos, criando campos magnéticos que se atraem.
Cada subnivel é formado por orbitais, que comportam 2 eletróns.
No preenchimento de orbitais, o sentido da seta indicará o spin, que é adotado
Tem valores inteiros, de 0 a n-1. por convenção, ou seja, se quiser que as setas para cima indiquem spin +1/2, as
O valor de l para certo orbital é normalmente assinalado por letras. setas pra baixo indicarão -1/2, mas o contrário também pode ser feito.
Regra da Exclusão de Pauli: 2) Qual o conjunto dos 4 números quânticos que caracteriza o elétron mais energético do
Dois elétrons de um mesmo orbital apresentam os 3 primeiros números 9F?
quânticos iguais, mas possuem spins opostos. 1º Distribuição eletrônica: tem 9 elétrons: 1s² 2s² 2p^5
A regra de Pauli diz: Dois elétrons de um mesmo átomo nunca podem ter os 2º O elétron + energético está na camada 2, por isso seu n=2.
mesmos 4 números quânticos. 3º Seu subnivel é p, logo, ml=1
4º Seguindo a Regra de Hund, o preenchimento dos orbitais 2p^5:
Regra de Hund:
Diz que, ao preencher esses orbitais, deve ser feito de modo que tenhamos o
maior número possível de elétrons desemparelhados, isto é, isolados (em 5º A última seta do preenchimento ficou no orbital 0, logo ml=0.
orbitais separados), com spins paralelos. 6º Convencionando que para cima é +, o valor do ms=-1/2.
Isso significa que preechemos todas as setas para cima e só depois voltamos Logo, o conjunto dos 4 números quânticos é: n=2, l=1, ml=0, ms=+1/2
preenchendo com as setas para baixo (ou o contrário, dependendo da
convenção adotada).
1- RAIO ATÔMICO:
Refere-se ao tamanho do átomo ou íon.
Ex: EI=> Cl(g) Cl+ (g) + é AH= +1,251 Kj/mol (energia que ganhou pra remover elétron)
Representa a distância entre o centro do núcleo de um átomo e a camada de
valência (camada mais externa da eletrosfera).
3- AFINIDADE ELETRÔNICA: (AE):
Depende de sua carga nuclear (Z), do nº de elétrons que ele possui, e dos orbitais
É uma medida de quão facilmente um átomo atrai elétrons adicionais.
nos quais os elétrons de nível mais externo localizam-se.
É o oposto da EI, é a quantidade de energia liberada (exotérmico) quando um
átomo gasoso recebe um elétron, formando um ânion.
Mede a atração ou afinidade de um átomo pelo elétron adicionado.
Quando um átomo tende a ganhar um elétron, energia é liberada, assim a
quantidade AH (quantidade de energia) para o processo é negativa.
Quanto mais negativo o valor da AH, maior a tendência do átomo em receber
elétrons, pois significa que como íon ele fica mais estável.
A Afinidade Eletrônica fica mais negativa a proporção que caminha em direção aos
halogênios, pois eles tem maior tendência de receber elétrons, logo liberam mais
RAIO IÔNICO: energia quando os recebem.
O raio depende das mesmas coisas que no átomo.
Cátion: desocupa os orbitais mais extensos, e também diminui as repulsões
totais elétron-elétron, assim, os cátions são menores que os átomos que lhes
deram origem.
Ânion: quando elétrons são adicionados à um átomo neutro pra formar um
ânion, o aumento das repulsões elétron-elétron faz com que os elétrons se
espalhem mais no espaço, assim os ânions são maiores que os átomos que
lhes deram origem. Ex: AE => Cl (g) + é Cl- (g) AH = -349 kj/mol (grande tendência em receber elétrons,
pois fica mais estável, valor negativo pois é quanto liberou de energia pra receber um é).
4- ELETRONEGATIVIDADE: SIMBOLOS DE LEWIS:
Tendência (força) de um átomo em atrair o par de elétrons que ele está Os elétrons envolvidos em ligações químicas são os elétrons de valência.
compartilhando com outro átomo em uma ligação covalente, para perto de si. O símbolo de Lewis consiste do símbolo do elemento químico mais um ponto para
Depende da Zef e da distância entre o núcleo e a camada de valência. cada elétron de valência.
Quanto menor o valor do raio atômico (maior Zef) maior sua eletronegatividade. Os pontos são colocados ao lado do símbolo atômico, cada lado comporta 2 é.
O nº de elétrons de valência é o mesmo do nº do grupo do elemento na tabela.
Ex:
REGRA DO OCTETO:
Os átomos tendem a ganhar, perder ou compartilhar elétrons até que estejam
circundados por 8 elétrons de valência.
5- ELETROPOSITIVIDADE: Isso pois os átomos fazem ligações pra atingir o nº de elétrons do gás nobre +
Capacidade que um átomo tem de doar elétrons comparando a outro átomo. perto deles na tabela, já que os gases nobres são muito estáveis e todos (menos o
He) tem 8 elétrons de valência, chegou-se a essa conclusão.
6- RESUMO DE CRESCIMENTO:
1- LIGAÇÃO IÔNICA:
3- POLARIDADE DA LIGAÇÃO:
Quando 2 átomos idênticos se ligam, como em Cl2, os pares de elétrons devem
No NaCl, os ions Na+ se alterna com os íons Cl-. estar compartilhados igualmente. Em compostos iônicos, como NaCl, não há
compartilhamentos de elétrons, um elétron de Na é transferido completamente
pro cloro (terá a formação de um polo positivo e negativo, logo toda ligação iônica
Energia de Rede: é polar) As ligações que ocorrem na maioria das substâncias covalentes se
É a energia requerida pra separar completamente um mol de um composto encaixam em algum ponto entre esses 2 extremos.
sólido iônico em íons gasosos. A polaridade é baseada na diferença de eletronegatividade entre os átomos
É uma medida da quantidade de energia necessária para a estabilização que se constituintes da molécula.
obtém quando íons de cargas opostas são agrupados em um sólido iônico.
Para certo arranjo de íons, a energia de rede aumenta à proporção que as cargas Ligação Covalente Apolar:
nos íons aumentam e que seus raios diminuem (Ciclo Born Haber) É aquela na qual os elétrons estão igualmente compartilhados entre 2 átomos.
Ocorre em moléculas onde a diferença de eletronegatividade é 0.
Ocorre em compostos com elementos iguais, ou com elementos iguais, desde que
não se forme polos, ou seja, não sobre elétrons no átomo central.
Ex: F2, Cl2, BCl3, CO2, CH4.
2- LIGAÇÃO COVALENTE:
Ligação Covalente Polar:
Um dos átomos exerce maior atração pelos elétrons ligantes que os outros.
Ocorre quando há diferença de eletronegatividade entre os átomos.
Resulta do compartilhamento de elétrons entre 2 átomos, formando pares Nesse caso, o átomo mais eletronegativo atrai a nuvem eletrônica, criando uma
eletrônicos (um elétron de 1 átomo com 1 elétron do outro átomo). diferença de polaridade.
Possuem, diferentemente da iônica, baixos pontos de fusão e ebulição. Quanto maior a diferença na eletronegatividade entre os átomos, mais polares
serão suas ligações.
Estruturas de Lewis:
Mostramos cada par de elétrons compartilhados como um traço e os pares de
elétrons não compartilhados como pares de pontos: Procedimento:
1) Some os elétrons de valência de todos os átomos. Para um ânion adicione 1
elétron e para um cátion subtraia um elétron.
Para não-metais, o nº de elétrons de valência = nº do grupo, logo os elementos da
coluna 7A formam 1 ligação covalente, da 6A formam 2 ligações covalentes... 2) Escreva os símbolos para os átomos a fim de mostrar quais átomos estão
ligados entre si, e una-os com uma ligação simples (traço, representando 2
elétrons). O átomo central é, geralmente, menos eletronegativo que os
átomos ao seu redor.
3) Complete os octetos dos átomos ligados ao átomo central.
4) Coloque qualquer sobra de elétrons no átomo central, mesmo que ao fazer
isso provoque mais de um octeto.
São aquelas moléculas nos quais o arranjo conhecido dos átomos não pode ser
5) Se não existem elétrons suficientes pra dar ao átomo central um octeto, tente
descrito adequadamente por uma única estrutura de Lewis.
ligações duplas ou triplas.
As estruturas em ressonância tem a mesma colocação dos átomos (mesmo
arranjo), mas a colocação dos elétrons é diferente.
As estruturas em ressonância são representadas por uma seta de 2 cabeças.
Exemplos:
Ex:
6- AH FINAL:
É a soma de todos os 5 processos, com devidos sinais e escalares.
O valor do AH final será igual ao valor encontrado em laboratório indo direto de
M(s) + ½ X2(g) -> MX(s).
2- AHdissociação:
Processo que formamos átomos gasosos do halogênio por quebra das ligações.
Processo endotérmico (aquecimento, dá energia), logo AHdis > 0 (positivo).
Atenção: Sendo M(s) + b X2 (g) -> MX(s) , na formula colocar sempre:
b. AHdis, no exemplo acima b=1/2.
Lembrando:
Número Atômico (Z): é o nº total de prótons.
Número de massa (A): nº total de prótons + nº total de nêutrons. A=Z+n.
ISÓTOPOS:
São os átomos que tem o mesmo nº de Prótons (e consequentemente, de
elétrons), mas que diferem no número de nêutrons (e consequentemente, de
massa também).
O átomo é a menor amostra representativa de um elemento, mas só os gases Fórmula Mínima ou Empírica:
nobres são encontrados normalmente na natureza como átomos isolados. Dão somente o número relativo de átomos de cada tipo em uma molécula.
A maioria da matéria é composta de moléculas ou íons. Expressa a proporção dos átomos entre si.
Os índices inferiores são sempre os menores inteiros proporcionais possíveis.
A molécula é a reunião de 2 ou + átomos ligados firmemente entre si.
O ‘pacote’ de átomos resultante comporta-se em vários aspectos como um objeto
único e inconfundível. Observação:
Para muitas substâncias, a formula molecular e mínima são idênticas, pois não tem
como “simplificar” a formula molecular, como por exemplo, na água.
Exemplos: No exemplo: Do lado esquerdo temos 4 átomos de H e 2 átomos de O, da mesma
1) Peróxido de Hidrogênio: Formula Molecular: H2O2 / Formula Mínima: HO. forma que do lado direito, assim, a equação está balanceada.
2) Etileno: Formula Molecular: C2H4 / Formula Empírica: CH2. Sabendo as formulas dos reagentes e produtos numa reação, escrevemos a
3) Água: Formula Molecular: H2O / Fórmula Empírica: H2O. equação não balanceada e arrumam-se os coeficientes até balancear.
Sabendo a formula molecular de um composto podemos determinar a mínima, Geralmente, usam-se os menores coeficientes inteiros possíveis.
mas conhecendo apenas a formula mínima não podemos determinar a molecular. Exemplo: a Hc:
‘a’ é o coeficiente do Hidrogênio, ou seja, quantos mols de hidrogênio eu terei,
Determinando a Formula Molecular através da Empírica ou Mínima: não altera a identidade das substâncias, altera a quantidade.
Exemplo: Glicose, cuja formula empírica é CH2O (proporção 1:2:1) ‘c’ é o índice inferior, que altera a identidade das substâncias (Ex: H2O =/= H2O2).
A massa dessa formula empírica, sabendo que as massas atômicas desses Indicies inferiores nunca devem ser mudados ao balancear uma equação.
elementos valem C=12, H=1, O16, é: Massa CH2O = 12.1+ 1.2+ 16.1 = 30.
Apenas a formula mínima não determina a formula molecular, precisamos da Exemplos Balanceamento:
Massa Molar desse composto, que é a massa de 1 mol dele. a) Na(s) + H2O (l) NaOH (aq) + H2(g) Resp: 2,2,2,1.
No caso da Glicose, sua massa molar é de 180g/mol, depois podemos calcular b) Fe(s) + O2 (g) Fe2O3 (s) Resp: 4,3,2.
quantas vezes a massa da formula mínima “cabe” na massa molar da substância. c) C2H4(s) + O2(g) CO2(g) + H2O (g) Resp: 1,3,2,2.
180 / 30 = 6, multiplicando as proporções de cada elemento da molécula por 6, d) Al (s) + HCl (aq) AlCl3 (aq) + H2 (g) Resp: 2,6,2,3.
temos a proporção de cada um na formula molecular:
C6H12O6, que é a formula molecular da glicose.
Reações de Combinação:
A+BC
Lei da Conservação da Massa: Dois reagentes se combinam para formar um único produto.
A massa total de uma substância presente ao final de uma reação química é a Quando ocorre entre um metal e um não metal, o produto é um sólido iônico, e a
mesma massa total do inicio da reação. formula de um composto iônico é determinada pelas cargas dos íons envolvidos.
Os átomos não são nem criados, nem destruídos durante qualquer reação química. Ex: 2Mg(s) + O2(g) MgO (Mg+²O-²)
Assim, o mesmo conjunto de átomos está presente tanto antes como depois da O magnésio, ao reagir com o oxigênio, perde elétrons e forma o íon magnésio
reação, as mudanças que ocorrem durante qualquer reação é simplesmente um Mg+², e o Oxigênio ganha elétrons e forma o íon óxido O-², logo o produto é MgO.
rearranjo dos átomos.
Exemplos: C(s) + O2(g) CO2 (g) / N2(g) + 3H2(g) 2NH3(g) /
CaO(s) + H2O (l) Ca(OH)2 (s)
Fazendo uma regra de 3 => Hidrogênio 4) Quantas moléculas de ácido Nítrico existem em 4,2g de HNO3? E quantos átomos
Massa molecular (1 molécula) = 1u * 1 mol de H tem 6,022.10²³moléculas. de O existem nessa amostra? Resp: 4,01.10²²moléculas / 1,2.10²³ átomos de O
- 1molécula de H pesa 1u, que é igual a 1,66.10^-24g. Quanto pesa 6,022.10²³
moléculas de H?
1 molécula pesa --> 1,66.10^-24g (massa molecular, massa de 1 molécula)
6,022.10²³ moléculas --> x gramas ( 1 mol pesa quantas gramas?)
X= 1 g.
Logo, temos uma relação que 1u equivale a 1g.
Exemplo:
1) Forma molecular do ácido ascórbico: a formula mínima do ácido ascórbico é
C3H4O3, resultando uma massa molecular de 3.12 + 4.1 + 3.16 = 88u.
A massa molecular determinada experimentalmente é 176u, assim, a molécula
tem uma massa 2x maior (176/88) e deve, assim, ter 2x mais átomos de cada tipo
Exemplos: do que são dados em sua fórmula mínima.
1) O mercúrio forma um composto com cloro que tem 73,9% de mercúrio e 26,1% de Assim, a fórmula molecular do ácido ascórbico é : C6H8O6.
cloro em massa. Qual a formula mínima desse composto?
Isso significa que em 100g de amostra, temos 73,9g de Hg e 26,1g de Cl. 2) O mesitileno (hidrocarboneto) tem uma forma mínima C3H4. A massa
Quantos mols de Hg e Cl temos em 100g do composto: molecular pra essa substância é 121u. Qual a sua formula molecular?
1 mol Hg – 200,6 g 1 mol Cl – 35,5g Massa molecular da fórmula mínima: 3.12 + 4.1 = 40u.
X - 73,79g x - 26,1g 121u / 40u = 3, que é o fator usado pra multiplicar a mínima e dar a molecular.
X= 0,368 mol de Hg x= 0,735 mol de Cl. Formula molecular: C9H12.
Dividindo os valores pelo menor deles para obter a razão molar: Análise por Combustão:
Hg= 0,368 / 0,368 = 1 Cl= 0,735 / 0,368 = 2 => Formula Minima: HCl2 Usada, principalmente, em compostos com C e H. Quando um composto contendo
C e H sofre combustão completa, todo o carbono no composto é convertido em
Essa é a formula mínima pois seus índices inferiores são os menores inteiros que CO2 e todo o Hidrogênio em H2O.
representam a razão dos átomos presentes no composto. A partir das massas de CO2 e H2O formados, podemos calcular a quantidade de
matéria de C e H no composto original, e determinar a fórmula mínima...
2) O ácido Ascórbico contém 40,92% de C; 4,58% de H e 54,5% de O em massa. Qual Se um 3ºelemento tiver presente no composto, sua massa pode ser determinada
é a sua formula mínima? subtraindo-se as massas de C e H da massa total original do composto.
Em 100g: 40,92g de C , 4,58g de H e 54,5 g de O.
1 mol de C – 12g 1 mol de H - 1g 1 mol de O – 16g Exemplo:
X - 40,92g y - 4,58g z - 54,5g 1) Álcool Isopropílico é composto de C, H e O. A combustão de 0,255g de álcool
X= 3,407 mol de C y=4,58 mol de H z= 3,406 mol de O produz 0,561g de CO2 e 0,306g de H2O. Determina formula mínima:
Podemos usar ‘mol’ pra achar o nº de gramas de C presentes no CO2 e o nº de
Dividindo tudo pelo menor valor encontrado, acharemos a razão molar: gramas de H presentes na H2O. Essas são as quantidades de C e H presentes no
C= 3,407/3,406 = 1 H = 4,58 / 3,406 = 1,33 O= 3,406 / 3,406 = 1 álcool isopropilico antes da combustão.
O nº de gramas de O é igual a massa do álcool menos a soma das massas de C e H.
Razão: 1C : 1,33 H : 1C, a formula mínima é dada pelos menores índices inteiros:
Formula Minima: C3H4O3
Tendo o nº de gramas de C,H e O, podemos fazer como antes, calculando o Exemplo:
número de mols de cada elemento e determinar a razão molar. 1) Quantos mols de H2O são produzidos a partir de 1,57 mol de O2?
Se 1 mol O2 --> 2 mols H2O
1 mol de CO2 - 44g 1 mol de CO2 – 12 g de C 1,57 --> x x= 3,14 mol de H2O.
X - 0,561 X= 0,01275 mol . 0,01275 - y > y= 0,153g de C.
2) Tendo a equação: 2 C4H10 + 13 O2 --> 8CO2 + 10 H2O
1 mol de H2O – 18g 1mol de H2O – 2 g de H a) Qual a massa de CO2 produzida quando 1g de C4H1O é queimado? Resp: 3,03g.
X - 0,306g x= 0,017 mol 0,017 - y y=0,034g de H b) Qual a quantidade de O2 consumida?
2) Na reação: N2(g) + 3H2 (g) 2 NH3 (g) . Qual quantidade de matéria de NH3
pode ser formada a partir de 3 mols de N2 e 6 mols de H2? Resp: 4 mols NH3.
a) Concentração Comum ou Fração Pondero- Volumétrica: Processo em que ocorre adição de água à uma solução concentrada, diminuindo
sua concentração, por consequência.
Observação: Podemos usar qualquer unidade de volume, desde que seja usada em
ambos os lados da equação.
e) Concentrações Percentuais ou Títulos:
Fração Volumétrica: (% volume / volume): Regra para Mistura de 2 ou + soluções de mesmo soluto e solvente:
Uma solução cuja concentração de soluto é 1ppm contém 1 g de soluto para cada
milhão (10^6) de gramas de solução. Mistura de Soluções de Soluto Diferente:
Ex: Adicionam-se 650ml de Al2(SO4)3 0,01M a 100ml de solução de Ca(OH)2 0,03M.
Qual a concentração final de CaSO4?
a) Sol – Sólido:
Tanto o dispersante como o disperso estão na fase sólida.
Colóides são dispersões com características intermediarias às misturas Ex: Pedras preciosas coloridas.
heterogêneas (grosseiras) e às misturas homogêneas (soluções).
Numa dispersão coloidal, as partículas do disperso são pequenos agregados de b) Sol:
átomos, de íons, de moléculas, de macromoléculas, cujo diâmetro médio vário Dispersante na fase liquida e disperso na fase sólida.
entre 1nm (maiores do que os de um átomo ou molécula) e 100nm (bem menores Não tem forma definida e predomina o estado liquido.
do que os de partículas que podem ser vistas a olho nu), sendo que 1n = 10^-9m. Ex: Gelatina (água+proteína) antes de esfriar.
As partículas numa dispersão coloidal são suficientemente grandes para que exista
uma superfície de separação entre elas e o meio onde estão dispersas. Outros nomes:
Logo, elas têm mais de uma fase, e só são observadas no microscópio eletrônico. o Hidrossol: caso onde o dispersante é a água.
As fases recebem os nomes de: fase dispersa (ou disperso) e meio dispersante. o Organossol: dispersante é solvente orgânico.
o Aerossol: dispersante é o ar.
c) Gel:
Dispersante em fase sólida e o disperso em fase liquida.
Tem forma definida e predomina o estado sólido.
O estado gel é o oposto ao estado sol, formando-se uma rede de partículas do
dispersante organizadas.
Ex: Gelatina depois de esfriar, manteigas, geleias, pérolas.
d) Emulsão:
Dispersante e disperso na fase liquida.
Mistura de 2 líquidos imiscíveis, onde um se apresenta em maior quantidade,
fazendo o papel de dispersante. Emulsões são instáveis.
Classificação de Sistemas Coloidais quanto as fases:
A substância emulsificante é formada por uma longa cadeia de átomos ligados Classificação quanto à afinidade disperso-dispersante:
com uma extremidade polar e uma apolar, e, como a regra da solubilidade é:
semelhante dissolve semelhante, ela não é imiscível. Colóides Liófilos:
Ex: Água, óleo e detergente ; leite ; maionese; Colóides cujas partículas dispersas têm grande afinidade pelo dispersante.
Quando o dispersante é água, o colóide chama-se hidrófilo.
e) Espuma Sólida: Ex: ámido em água, proteína em água, goma.
Dispersante na fase sólida e disperso na fase gasosa.
Ex: Isopor, Maria-mole (ar disperso em clara de ovo solidificada). Colóides Liófobos:
Colóides cujas partículas dispersas tem pequena afinidade pelo dispersante.
f) Espuma Líquida: Quando o dispersante é água, o colóide chama-se hidrófobo.
Dispersante na fase liquida e disperso na fase gasosa. Ex: Enxofre em água, cloreto de prata.
Ex: Creme de chantilly, musse pra cabelos, espuma de sabão.
g) Aerossol Liquido:
Dispersante na fase gasosa e disperso na fase liquida. Formação de Partículas Coloidais:
É uma névoa formada de minúsculas gotas de um liquido dispersa num gás.
Ex: Neblina (água em ar), spray inseticida. a) Métodos de Dispersão:
A substância se desagrega em partículas cada vez menores até que atinja o
h) Aerossol Sólido: tamanho coloidal.
Dispersante na fase gasosa e disperso na fase sólida. Em alguns casos, partículas maiores podem desintegrar-se mediante reagentes
Ex: Fumaça de cigarro (cinza dispersa no ar), poeira dispersa no ar, fumaça por chaminé. químicos, processo chamado de peptização e o reagente que provoca o processo é
chamado de agente peptizante.
Classificação quanto a Natureza das partículas do Disperso: Ex: Batida e agitação mecânica.
Ex: NaOH faz com que a argila se desagregue e forme uma dispersão coloidal.
Dispersão Micelar:
Constituído por micelas, que são aglomerados de átomos, íons ou moléculas. b) Métodos de Condensação:
Ex: Dispersão de átomos de ouro em água, enxofre em água. Formação de substâncias insolúveis a partir de soluções.
Etapas Elementares:
Reações que ocorrem em uma única etapa.
O número de mols que participam como reagentes em uma etapa elementar
define a molecularidade.
Os sinais negativos nas velocidades de A e B aparecem pois suas concentrações Se uma molécula (1 mol) está envolvido, a reação é unimolecular, etapas
diminuem durante a reação, e assim /\[ ] / /\ t dará negativo, e o sinal negativo elementares com colisão de 2 moléculas de reagentes são bimoleculares e etapas
que tem ali deixará positivo, podendo igualar à C e D. envolvendo a colisão simultânea de 3 moléculas são termoleculares.
Quando falamos da velocidade da reação, sem especificar um reagente ou As etapas termoleculares são processos muito menos provaveis que os uni ou
produto, queremos falar no sentido dessa equação. bimoleculares, e são raramente encontrados.
A constante K:
Unidade de constantes de velocidade:
Depende da ordem de reação global da lei de velocidade como um todo.
Em uma reação de segunda ordem, ela deve satisfazer:
Esse processo, apenas com etapas uni e bimoleculares são muito mais prováveis.
Integrando, podemos transformar essa relação em uma equação que relaciona a
concentração de A no inicio da reação, [A]o, à sua concentração a qualquer outro
Uso das Velocidades Iniciais para determinar as leis da velocidade: momento t, [A]t.
Ex: 2NO(g) + 2H2 (g) N2 (g) + 2H2O (g)
Experimento [NO] mol/L [H2] mol/L Velo inicial (mol. L-¹. s-¹)
1 0,1 0,1 1,23.10-³
2 0,1 0,2 2,46.10-³
3 0,2 0,1 4,92.10-³ Essas equações podem ser usadas pra determinar a concentração de um reagente
a) Determine a Lei de velocidade para essa reação. que sobra logo após o inicio da reação, o tempo necessário pra determinada
b) Calcule a constante de velocidade. fração de uma amostra reagir ou o tempo necessário pra uma concentração de
c) Calcule a velocidade quando [NO]=0,05mol/L e [H2]= 0,15mol/L. reagente cair em certo nível.
Em um gráfico ln [A]t x tempo dá uma reta (reta -> 1º ordem).
a) V = K. [NO]^m. [H2]^n.
m= analisando efeito do NO na velocidade usando experimentos 1 e 3: Reações de Segunda Ordem:
- Dobrando NO (mantendo H2 cte), a velocidade quadriplica, logo m=4/2=2 Reação de 2º ordem é aquela cuja velocidade depende da concentração do
n= analisando efeito de H2 na velocidade pelos experimentos 1 e 2. reagente elevado à 2º potência ou da concentração de 2 reagentes diferentes,
- Dobrando H2, dobra a velocidade: n= 2/2 = 1. cada um elevado à primeira potência.
V = K . [NO]² . [H2]¹. Ordem de reação = 3 Considerando: A produtos ou A + B produtos :
Reações de 1º ordem: Ocorre quando as reações opostas acontecem com velocidades iguais.
Em uma reação de primeira ordem, a meia vida não é afetada pela concentração
Ou seja:
inicial dos reagentes, assim ela permanece constante durante toda a reação.
Velocidade reação direta = Velocidade reação inversa.
Em um reação de 1º ordem, a concentração do reagente diminui de ½ em cada
Velocidade na qual os produtos são formados a partir dos reagentes é igual a
uma das séries de intervalo de tempo espaçados regularmente, chamado t ½.
velocidade na qual os reagentes são formados a partir dos produtos.
Para achar seu valor, basta substituir [A]t ½ = ½ [A]o em (2):
1- CONSTANTE DE EQUILIBRIO:
Seguindo a lei da ação da massa, que expressa a relação entre as concentrações
6.6- CATÁLISE: dos reagentes e produtos no equilíbrio, sendo dada por pressões parciais para
gases e concentração em quantidade de matéria para soluções.
Um catalisador é uma substância que faz variar a velocidade de uma reação sem O valor da constante de equilibro varia apenas com a temperatura.
que ele seja consumido. É adimensional, ou seja, não tem unidades.
De modo geral, ele aumenta a velocidade de uma reação diminuindo a energia de
ativação (energia mínima necessária pra reação começar). Para gases: (Kp)
Existem 2 tipos de catálise:
a) Catálise Homogênea:
É quando o catalisador está na mesma fase dos reagentes.
Kp e Kc: não são necessariamente iguais. Se soubermos os valores das pressões parciais ou concentrações molares de todos
os componentes no equilíbrio, é muito fácil calcular Kp ou Kc.
Mas, normalmente não sabemos as concentrações no equilíbrio de todas as
espécies químicas em um equilíbrio. Mas, se conhecemos a concentração no
equilíbrio de no mínimo uma espécie podemos usar a estequiometria da reação
para deduzir as concentrações no equilíbrio das outras espécies.
Observação: Procedimento:
Caso tenha na equação, gás e aq, expressamos K em termos de [ ] pros aquosos e 1- Criar uma tabela com concentrações iniciais e no equilíbrio de todas as
Pressão pra gasosos, seguindo a regra de produto no numerador . espécies na expressão da constante de equilíbrio (o que for sólido, liquido ou
solvente nem precisa ser tabelado, pois não entra na expressão).
1.1- Ordem de Grandeza das Constantes de Equilíbrio: 2- Para as espécie que tanto a concentração inicial quanto a concentração no
Podemos analisar a tendência de uma reação a certa temperatura. equilíbrio são conhecidas, calculamos a variação na concentração que ocorre
a medida que o sistema atinge o equilíbrio.
Cte de equilíbrio grande: (Keq >>1) 3- Usar a estequiometria da reação (coeficientes na eq. Balanceada) pra calcular
Para isso, o numerador deve ser muito maior que o denominador, ou seja, as variações na concentração para todas as outras espécies no equilíbrio
favorece os produtos, então dizemos que o equilíbrio “encontra-se a direita” (no (lembrando que produtos inicialmente tem concentração 0 e sua variação é
equilíbrio tem, praticamente, apenas produto). positiva, enquanto dos reagentes, negativa).
4- A partir das concentrações iniciais e das variações na concentração, calcule as
Cte de equilíbrio pequena: ( Keq << 1) concentrações no equilíbrio (inicial + variação, usando sinal negativo na
Para isso, o denominador deve ser maior, assim favorece os reagentes, e a mistura variação de reagente e positivo na variação de produtos). Estas são usadas
no equilíbrio contém reagentes na sua maioria. Dizemos que o equilíbrio para avaliar a constante de equilíbrio.
“encontra-se a esquerda”.
Exemplo: Casos:
Dissolve-se uma quantidade de amônia (NH3) suficiente em 5L de água a 25°C pra produzir uma
solução de 0,0124 mol/L de amônia. A solução é mantida até que atinja o equilíbrio. A análise Q = Keq : nesse caso, a reação está em equilíbrio.
da mistura em equilíbrio mostra que a concentração de OH- é 4,64.10^-4 mol/L. Calcule Keq a Q > Keq : As concentrações ou pressões parciais dos produtos estão muito
25°C para a reação. elevadas, logo a reação tende a se processar no sentido inverso (de formação de
NH3 (aq) + H2O (l) NH4+(aq) + OH- (aq) reagentes, até atingir o equilíbrio).
Q < Keq : As concentrações ou pressões parciais dos reagentes estão muito altos,
1-tabela: NH3(aq) + H2O (l) <-> NH4+(aq) + OH- (aq)
logo a reação tende a se processar no sentido direto (formação dos produtos, até
Inicial 0,0124 mol/L 0 mol/L 0 mol/ L
atingir o equilíbrio).
Variação
Equilíbrio 4,64.10^-4
Como a H2O é solvente, não entrará no Keq, então não nos preocuparemos com ela Exemplo:
1) A uma temperatura de 300°C, o Kc (em relação a concentração, já que tem
1- Calcular a variação na concentração de OH- usando os valores inicial e do equilíbrio: formula pra passar de Kp pra Kc) de N2(g) + 3H2 (g) 2NH3 (g) é 9. Qual a
Variação = [equilíbrio] – [ inicial] = 4,64.10^-4. tendência da reação se misturarmos 3,5 mol/L de NH3, 2,5 mol/L de N2 e 1,8
mol/L de H2, à 300°C?
2- Usar estequiometria pra calcular a variação das outras espécies:
A relação é 1 mol + 1 mol <-> 1 mol + 1 mol
Logo, pra cada mol de OH formado, 1 mol de NH3 é consumido, para cada 4,64.10-4 de OH
formado, consome-se 4,64.10-4 de NH3 e forma 4,64.10-4 de NH4 também. 2) A 721K a Keq para: H2(g) + I2(g) <-> 2HI (g) é 51. Determine como a reação
Variações: NH3 = - 4,64.10-4 NH4 = + 4,64.10-4 OH= +4,64.10-4 prosseguirá pra atingir o equilíbrio à 721K, se começarmos com 2.10-² mol de HI,
1.10-² mol de H2 e 3.10-² mol de I2 em um recipiente de 2L.
3- Calculamos as concentrações no equilíbrio, usando as concentrações iniciais e
variações: [equilíbrio] = [inicial] + [+ - variação] (com sinal)
[NH3] = 0,0124 – 4,64.10-4 = 0,01194 mol/L
[NH4+]= 0 + 4,64.10-4 = 4,64.10-4 mol/ L
1) Colocamos em um reator 1,3 mol/L de PCl5 (g), sabendo que Keq= 78,3. Qual a 3) Bom senso químico: Um mol de gás NOCl é colocado em um recipiente de 4,0
composição do sistema no equilíbrio: PCl5 (g) <-> PCl3 (g) + Cl2 (g). litros a 25°C. O NOCl sofre pequena decomposição, formando os gases NO e
Cl2. 2NOCl(g) <-> 2NO(g) + Cl2(g)
Tabelando: PCl5 (g) <-> PCl3 (g) + Cl2 (g). Se a constante de equilíbrio Kc é 2,0 x 10-10 a 25°C, quais são as
Estequiometria 1 mol 1 mol 1 mol concentrações de todas as espécies no equilíbrio, nesta temperatura?
Inicial 1,3 mol/L 0 0
Variação - 1x mol/L +1x + 1x (1=estequio)
Inicialmente: [NOCl] = 1 / 4 = 0,25 mol/ L
Final 1,3 – x X X
2NOCl(g) <-> 2NO(g) + Cl2(g)
Keq= [ Cl2] . [PCl3] / [PCl5] -> 78,3 = (x). (x) / 1,3 –x => x² + 78,3 x – 101,79 = 0. Estequiometria 2 2 1
X’ = - ... (negativo n pode). X” = 1,27 Inicial 0,25 0 0
Variação -2x +2x +x
Logo, no equilíbrio:
Final 0,25-2x 2x x
0,03 mol de PCl5 , 1,27 mol de PCl3 e 1,27 mol de Cl2.
OBS: a alteração da concentração de um sólido não desloca o equilíbrio. Temperatura e a Cte de Equilíbrio:
Aumento da temperatura => aumento da Keq.
5.2- Variações de volume e pressão: Diminuição da temperatura => diminuição da Keq.
Se um sistema está em equilíbrio e seu volume é diminuído, aumentando a OBS: Uma reação endotérmica “gosta” de calor, então se um sistema recebe
pressão total, por Le chatelier, o sistema responderá deslocando sua posição de calor, favorece quem gosta, ou seja, o sentido endotérmico.
equilíbrio pra reduzir a pressão. Exemplo: N2 + O2 2 NO AH= + 43,2 Kj/mol
Um sistema pode reduzir sua pressão diminuindo o número total de moléculas de Aumenta temperatura= desloca (sentido endotérmico)
gás (menos moléculas exercem menos pressão). Então: Diminui temperatura = desloca (sentido exotérmico).
Diminuição do volume (aumento da pressão): equilíbrio se desloca no sentido 5.4 – Efeito da diluição sobre o equilíbrio:
de reduzir o número de moléculas de gás. Ou seja, o sistema vai no sentido de Fará com que o equilíbrio seja alcançado mais rápido, mas não desloca sua
menor nº de mols gasosos. + P - mols posição.
Aumento do volume (diminuição da pressão): causa um deslocamento no
sentido de produzir mais moléculas de gás. Ou seja, o sistema vai no sentido 5.5 – Efeito da diluição sobre o equilíbrio:
de maior nº de mols gasosos. – P + mols
Diluindo (add H2O): se desloca no sentido do maior nº de mols aquosos
OBS 1: o volume é dado pela soma dos mols gasosos. Concentrando (tira H2O): desloca no sentido do menor nº de mols aquosos.
OBS 2: Quando reagente e produto tem o mesmo nº de mols gasosos, a alteração
da pressão não influenciará na posição do equilíbrio.
Exemplo: A (aq) + B (aq) <-> C (aq) 2- ÁCIDO E BASE DE BRONSTED-LOWRY:
2 mols aq 1 mol aquoso
Diluindo: desloca para É baseada no fato de que reações ácido-base envolvem transferência de íons H+
Concentrando (tirando água): desloca pra . de uma substância para outra.
5.6 – Efeito da adição de um gás inerte (que não está na reação): O íon H+ em água:
Um íon H+ é simplesmente um próton sem nenhum elétron de valência em sua
À Volume Constante: vizinhança.
Não desloca o equilíbrio, pois as pressões parciais de cada componente (que Essa pequena partícula carregada positivamente interage fortemente com os
definem o Q e K) não serão alteradas. pares de elétrons não-ligantes das moléculas de água para formar os íons
hidrogênios hidratados, o que mais veremos é o íon hidrônio (H3O+).
Ex: 2SO2 (g) + O2 (g) <-> 2 SO3 (g) Kp= PSO3² / PSO2² . PO2. Em um balão.
Adicionando N2 (g): A pressão exercida no balão volumétrico por SO2, O2 e SO3
permanecem a mesma. A única coisa que altera é a pressão total (soma das
pressões individuais). Mas, o que conta pro Kp é a pressão parcial e, como não
muda, Kp não muda. Definição de Bronsted-Lowry: Transferência de próton:
Definiram ácidos e bases em termos de suas habilidades em transferir prótons.
À pressão Constante: Podemos aplicar em soluções onde adicionamos água, ou soluções aquosas.
Tem o mesmo efeito da diluição, deslocando no sentido do maior nº de mols.
Ácido de BL: espécie que tende a doar 1 próton.
Ex: 2SO2 (g) + O2 (g) <-> 2 SO3 (g) Kp= PSO3² / PSO2². PO2 , com um pistão. Base de BL: espécie que tende a receber 1 próton.
Adicionando N2: a pressão total irá aumentar, para manter cte a pressão, o
volume deve aumentar, e assim terá o efeito de uma diluição, pois altera a Um ácido e uma base sempre atuam juntos na transferência de um próton, ou
concentração de mol/ volume. ( + volume, - pressão -> maior nº de mols) seja, uma substância pode funcionar como um ácido só se outra comportar-se
simultaneamente como uma base.
Para ser um ácido de BL, uma molécula ou íon deve ter um átomo de H que ela
possa perder como íon H+.
Para ser uma base de BL, uma molécula ou íon deve ter um par de elétrons não-
ligante que possa ser usada para ligar o íon H+.
1- ÁCIDOS E BASES DE ARRHENIUS:
É um conceito restrito à soluções aquosas. Exemplo: NH3 (aq) + H2O (l) <-> NH4+ (aq) + OH- (aq).
A amônia (NH3) é uma base de Arrhenius pois adicionando-a à água há um
Ácido: substâncias que, dissolvidas em água, aumentam a concentração de aumento na concentração de OH-.
íons H+. Ex: HCl(g) --H2O H+ (aq) + Cl- (aq) Ela é uma base de BL pois recebe um próton da H2O.
Base: substâncias que, dissolvidas em água, aumentam a concentração de
A molécula de H2O atua como um ácido de BL, pois doa um próton pra NH3.
íons OH-. Ex: NaOH –H2O Na+ + OH-.
Exemplo: HCl(g) + H2O (l) Cl- (aq) + H3O+(aq)
Quando vemos o que ocorre quando HCl é dissolvido em água, descobrimos que a Forças Relativas de ácidos e Bases:
molécula de HCl transfere um íon H+ (um próton) pra uma molécula de água.
Nesse caso: HCl é um ácido de BL e H2O uma base. Alguns ácidos são melhores doadores de prótons que outros; algumas bases são
melhores receptoras de prótons que outras.
Pares ácido-base conjugados: Se ordenarmos os ácidos em ordem de habilidades em doar próton, veremos que
Em qualquer equilíbrio ácido-base, tanto a reação direta como a inversa envolvem quanto mais facilmente uma substância doa um próton, menos facilmente sua
transferências de próton. base conjugada o aceita.
Analogamente, quanto mais facilmente uma base aceita um próton, menos
Ex: Considere a reação de um ácido HX (genérico) com a água: facilmente seu ácido conjugado o doa.
HX (aq) + H2O (l) <-> X- (aq) + H3O+ (aq) Assim, sabendo sobre a força de um ácido (sua habilidade em doar prótons)
também sabemos algo sobre a força de sua base conjugada (habilidade em
- Na reação direta: HX doa um próton para H2O, e assim HX é um ácido de BL, receber prótons).
enquanto a H2O é uma base.
- Na reação inversa: o íon H3O+ doa um próton para o íon X-, logo H3O+ é o ácido Quanto mais forte o ácido, mais fraca sua base conjugada.
e X- a base Quanto mais forte a base, mais fraco é seu ácido conjugado.
- Quando o ácido HX doa um próton, ele deixa pra trás uma substância, X-, que
pode atuar como uma base.
- Semelhantemente, quando H2O age como uma base, ele gera H3O+, que pode Classificação abrangente:
atuar como um ácido. Os ácidos fortes transferem completamente seus prótons para a água, não
deixando nenhuma molécula não dissociada. Suas bases conjugadas tem
Um ácido e uma base, como HX e X-, que diferem apenas na presença ou ausência tendência desprezível para receber (abstrair) prótons em solução aquosa. Ex: HCl
de um próton, são chamados: par ácido-base conjugados. (ácido forte) dissolvido em água: a solução consiste quase inteiramente só em
Cada ácido tem uma base conjugada, formada pela remoção de um próton de seu íons H3O+ e Cl-, com quase nada de moléculas de HCL.
ácido. Ex: OH- é a base conjugada de H2O e X- é a base conjugada de HX. Os ácidos fracos dissociam-se só parcialmente em solução aquosa e, assim,
Analogamente, cada base tem associada a ela um ácido conjugado, formado pela existem em solução como uma mistura de moléculas de ácido e íons
adição de um próton à base. Ex: H3O+ é ácido conjugado de H2O e HX é o acido constituintes. Suas bases conjugadas mostram ligeira habilidade pra remover
conjugado de X-. prótons da agua (bases conjugadas de ácidos fracos são bases fracas).
As substâncias com acidez desprezível são aquelas como o CH4, que contém
hidrogênio, mas não tem qualquer comportamento ácido em água. Suas bases
conjugadas são fortes, reagindo completamente, abstraindo prótons das
moléculas de água pra formar íons OH-.
Quando X- é uma base mais forte que H2O, o equilíbrio estará a esquerda
(favorece reagentes) já que X- terá a “preferência” em pegar o próton e mais
facilidade de formar HX (reagente). Isso ocorre quando HX é um ácido fraco.
>> Ex ácido fraco: HC2H3O2 (aq) + H2O (l) <-> H3O+ (aq) + C2H3O2- (aq)
- A solução aquosa do ácido acético (fraco) tem principalmente moléculas de HC2H3O2
com poucos íons H3O+ e C2H3O2-.
- C2H3O2- é uma base mais forte que H2O (pela tabela) e, assim, pega o próton de H3O+,
favorecendo a formação do ácido acético (conjugado).
- Assim, o equilíbrio se localiza a esquerda (favorece reagentes)
3- AUTO-IONIZAÇÃO DA ÁGUA:
Observação:
Podemos ver as reações como sendo governadas pelas habilidades relativas de 2 A água pura apresenta uma condutividade elétrica definida, ainda que baixa,
bases de abstrair prótons. como consequência de sua habilidade em sofrer auto dissociação.
A água tem a habilidade em agir tanto como ácido de BL quanto como uma
Exemplo: HX (aq) + H2O (l) <-> H3O+ (aq) + H- (aq) base de BL, dependendo das circunstancias.
- Se H2O (base da reação direta) é uma base mais forte que X- (base conjugada do Na presença de um ácido, a agua age como um receptor de próton (base).
HX), H2O receberá o próton de HX pra produzir H3O+ e X-, como resultado, o Na presença de uma base, a água age como um doador de próton (ácido).
equilíbrio se localizará a direita (favorece a formação dos produtos H3O+ e X-), isso Assim, uma molécula de água pode doar próton pra outra molécula de água,
descreve o comportamento de um ácido forte em água. processo chamado de auto-ionização (ou dissociação) da água.
>> Ex ácido forte: HCl (g) + H2O (l) <-> H3O+ (aq) + Cl- (aq). Podemos escrever a auto-ionização de 2 formas:
- HCl é um ácido forte, tem praticamente apenas íons H3O+ e Cl- ao dissolver, com quase
nada de moléculas de HCl
H2O (l) <-> H+ (aq) + OH- (aq)
- H2O é base + forte que o Cl-, logo H2O adquire o próton pra tornar-se o íon hidrônio,
favorecendo a formação do H3O+ que é produto, assim o equilíbrio se localiza a direita.
H2O (l) + H2O (l) <-> H3O+ (aq) + OH- (aq)
Produto Iônico da Água (Kw):
Como a auto ionização é um processo em equilíbrio, temos uma expressão da
constante de equilíbrio pra ela, onde chamaremos Keq de Kw (K water).
Nela, H2O não entra, pois é um liquido puro.
O valor de Kw à 25°C é 1.10^-14. Exemplo: Qual o pH de uma solução com [H+] = 1x10-6 mol/L? pH= 6,0 (ácida)
Qual o pH de uma solução com [H+]= 1x10-7 mol/L? pH= 7 (neutra).
Observação:
Do exemplo, a variação de 1 na escala de pH significa que a concentração de H+
variou por um fator de 10 (varia 10 vezes a acidez, pra mais ou menos)
Soluções Ácidas, Básicas e Neutras:
Bases fortes:
Há poucas, as bases fortes solúveis comuns são os hidróxidos iônicos dos metais
alcalinos (grupo 1A) e alcalinos terrosos (2A), como NaOH, KOH e Ca(OH)2.
Esses compostos dissociam-se completamente em íons em solução aquosa. Obs: muitos ácidos fracos são compostos orgânicos constituídos só de H, C e O.
Assim, o cálculo do pH também é direto, já que, por exemplo, uma solução de Esses compostos normalmente tem H ligados a O, e geralmente são os ligados ao
0,3mol/L de NaOH consiste em 0,3 mol/L de Na+(aq) e 0,3mol/L de OH-(aq). O que se ionizam, enquanto os ligados ao C não se ionizam.
Cálculo do Ka pelo pH:
6- ÁCIDOS FRACOS: Com o pH podemos descobrir a concentração de [H+] e assim calcularmos o Ka,
tendo apenas a concentração inicial do ácido.
Ácido fraco é aquele que se dissocia (ioniza) parcialmente em solução aquosa.
Podemos usar a constante de equilíbrio para a reação de ionização para expressar Observação: a porcentagem de ácido ionizada é dada pela concentração de um
a extensão na qual um ácido fraco ioniza-se. dos produtos (H+ por exemplo), dividia pela concentração inicial do ácido.
Exemplo 1: 1º Escrever o equilíbrio: HC2H3O2 (aq) <-> H+ (aq) + C2H3O2- (aq)
Preparou-se uma solução de 0,1mol/L de ácido fórmico (HCHO2), de pH=2,38.
a) Calcule Ka para o ácido fórmico. * OBS: escrevemos o H separado para indicar que ele é facilmente ionizável.
b) Qual a porcentagem de ácido ionizada nessa solução de 0,1 mol/L.
2º Escrever a expressão da constante de equilíbrio:
Solução: podemos fazer uma tabela, após determinar [H+] pelo pH, escrevendo: [Inicial],
variação e [equilíbrio], para determinarmos o Ka.
7- ÁCIDOS POLIPRÓTICOS:
Observação H2SO4:
O valor de Ka1 aparece como grande, pois o ácido sulfúrico é um ácido forte em
relação a remoção do 1º próton (reação toda a direita, ionização completa).
H2SO4 (aq) <-> H+(aq) + HSO4- (aq) (ionização completa)
Mas, HSO4- é um ácido fraco, com Ka2 baixo.
Observação geral:
Ka2 é muito menor que Ka1, o que era de se esperar, já que é mais fácil um próton Como Ka1 é muito maior que as próximas constantes de dissociação pra esses
ser perdido da molécula neutra H2SO3 do que do íon HSO3- carregado ácidos polipróticos, quase todos os H+(aq) na solução vem da 1º ionização.
negativamente, que atrai o próton mais fortemente (positivo) Desde que os valores sucessivos de Ka difiram por um fator de 10³ ou mais,
conseguimos uma boa estimativa do pH de solução de ácidos polipróticos
considerando apenas Ka1.
Sempre é mais fácil remover o 1º próton de um ácido poliprótico do
que o 2º (e assim por diante). Exemplo: Calcule a concentração de todas as espécies de soluto em uma solução
de H2SO3 0,1 mol/L. Onde Ka1=1,3.10-² e Ka2=6,3.10-8.
Assim, os valores de Ka tornam-se menores à medida que os prótons
são sucessivamente removidos.
Falta descobrir a quantidade de SO3-² presente. Analisando a Ka2: Uma base de Bronsted-Lowry é um receptor de prótons. Se C for tal base:
As duas abordagens são equivalentes, mas o de BL é mais útil para bases fracas.
8 – BASES FRACAS:
As bases fracas reagem com a água, “recolhendo” prótons de H2O, com isso
formando o ácido conjugado da base e íons OH- Mas, é claro que o resultado é o mesmo, independentemente de considerar a
A dissociação é semelhante a um ácido fraco, mas aqui a atenção é focalizada na base como NH4OH ou NH3 (algumas tabelas usam NH3, outras NH4OH.
produção de íons OH-. No Equilíbrio:
A constante é dita Kb (constante de dissociação básica).
(x). (x) / (0,15-x) = 1,8.10^-5 => Podemos usar bhaskara ou bom senso químico:
Hidrólise do Ânion:
=> Pegando X>0 -> X= 1,6x10-³ mol/L
=> Então: [NH4+] = [OH-] = 1,6x10-³ mol/L
Um ânion que hidrolisa (remove um próton da H2O) é uma base conjugada de um
ácido, e a hidrólise de um ânion é uma transferência de próton da água para o
Tipos de Bases Fracas:
ânion.
Como reconhecer a partir de uma formula quimica se uma molécula ou íon é
Como vimos, quanto mais fraco é um ácido, mais forte é sua base conjugada
capaz de comportar-se como uma base fraca? Há 2 categorias gerais:
(quanto mais fraco for um ácido, mais fortemente seu próton está ligado a
molécula, e assim, maior a tendência de seu ânion hidrolisar pra formar o ácido)
Substâncias neutras que tem um átomo com um par não ligante que pode servir
A produção de hidróxido por um ânion que reage com água depende da força do
como um receptor de próton. A maioria dessas contém um átomo de Nitrogênio
ácido com o qual ele é conjugado.
(como NH3 e compostos com amina). Ex: NH2CH3, NH3.
Pra saber o ácido e ver sua força, basta adicionar um próton a formula do ânion.
Ânions de ácidos fracos: Por exemplo, numa solução aquosa de NaClO, ele
Ácido Forte:
dissolve e forma íons Na+ e ClO-. O íon Na+ é um ion espectador nas reações
ácido base. Mas o íon ClO- é a base conjugada de um ácido fraco, assim age como Se o ácido determinado for um dos ácidos fortes, o ânion em questão terá pouca
uma base fraca em água. tendência de remover prótons da água (pois não existe a tendência de um ácido
ClO- (aq) + H2O (l) <-> HClO (aq) + OH- (aq) Kb= 3,33x10^-7 forte se formar em solução, através dos íons), e teremos dissociação completa,
sem tendência em formar novamente o ácido.
Exemplo: O íon cloreto Cl-, hidrolisa em solução aquosa? Resumindo:
1º Ver ácido: Adicionando um próton: HCl HCl H+(aq) + Cl- (aq) Ácido forte: ânion não hidrolisa (não reage com água)
2º Trata-se de um ácido forte, portanto ele se dissocia completamente, então tem Ácido fraco: ânion hidrolisa e forma um ácido fraco e íons OH- (deixa + básico).
pouca tendência para que H+ e Cl- combinem entre si pra formar HCl.
Portanto, a hidrólise do Cl- (remover H+ da água) não ocorre. Hidrólise do Cátion:
Cl- (aq) + H2O <-> HCl (aq) + OH- (essa seria a eq da hidrólise, que não ocorre)
Um cátion que hidrolisa pode ser considerado um ácido conjugado de uma base
Ácido Fraco: fraca, assim ele doa um próton para a água, produzindo íons hidrônio e baixando
Se o ácido não for um dos 7 ácidos fortes, ele é um ácido fraco. o pH (tornando mais ácido).
Considerando o ácido fraco como HX, sua base conjugada, o ânion, X- reagirá com Para saber se a base é fraca ou forte, basta adicionarmos um íon OH- ao cátion.
a água para produzir o ácido fraco e íons hidróxidos (OH-), fazendo com que o pH Logo, um cátion que hidrolisa tem como produtos uma base fraca e íons H+,
da solução aquosa fique mais básico do que ele seria (ph maior). deixando a solução mais ácida (diminui o pH)
Um ânion que hidrolisa (reage com a água) produz um ácido fraco e íons OH-. Sendo M+ um cátion que hidrolise, podemos representar pela equação:
Ânion Anfótero:
São aqueles que podem agir como ácidos ou bases.
Podem ser bases, por serem ânions, mas podem ser ácidos, pois é um ânion que
tem um próton ionizável, como o HSO3- ou HPO4-²
O comportamento deles na água depende de Ka e Kb: se Kb for maior, é uma Resumindo:
solução básica (age como uma base) e se Ka for maior, age como um ácido. Base fraca: cátion hidrolisa e forma uma base fraca e íons H+ (deixa + ácido).
Base forte: cátion não hidrolisa (não reage com a água pra formar a base).
Constante para Reações de Hidrólises de ânions:
Quando o ânion A- hidrolisa, o seguinte equilíbrio é estabelecido: OBSERVAÇÕES:
1) Apenas um íon (cátion ou ânion) que hidrolisa que afeta o pH.
Sendo Kh a constante de hidrólise, pra calcular seu valor usamos outros dados: 2) Quanto maior o Kh, maior é a hidrólise do cátion ou ânion.
Se a base ou o ácido forem fortes, seus Kb ou Ka serão altos, e assim Kh
será pequeno, indicando que não ocorre hidrólise, e portanto não afeta o
pH.
Constante de hidrólise para ânions.
3) É unindo essas 2 expressões do Kh que obtemos a relação: Ka.Kb = Kw.
Exemplo geral: Determine se o sal Na2HPO4 formará uma solução ácida ou Sal: NaC2H3O2(aq) Na+ (aq) + C2H3O2 – (aq) (ioniza completamente)
básica ao se dissolver na água. Sendo Ka (H2PO4) = 6,2.10^-8
1° Como Na2HPO4 é um composto iônico, dividimos em seus íons Adicionando esse sal, ele se ioniza e, a adição de C2H3O2- através do sal
componentes: Na+ e HPO4-². NaC2H3O2 faz com que o equilíbrio se desloque para a esquerda, diminuindo a
2º Na+ = cátion que vem da base NaOH, que é uma base forte, então Na+ não concentração de H+ no equilíbrio.
afeta o pH, pois não hidrolisa. Assim, Na+ é apenas um íon espectador. Assim, o pH torna-se mais básico (seu valor aumenta).
3º HPO4-² = trata-se de um ânion anfótero, pois pode, em água, agir como
uma base (por ser um ânion e vir de um ácido fraco H2PO4) ou como um ácido Exemplo 2 (cálculo): Qual o pH de uma solução preparada pela adição de 0,3
(por ter um próton ionizável que pode doar pra água) mol de ácido acético (HC2H3O2) e 0,3 mol de acetato de sódio (NaC2H3O2)
HPO4-² (aq) <-> H+ (aq) + PO4-³ (aq) -> age como ácido em quantidade suficiente de água pra perfazer 1L de solução?
HPO4-² (aq) + H2O <-> H2PO4- (aq) + OH- (aq) -> age como base.
1º Identificamos as espécies principais na solução e consideramos seu pH:
Obs: H2PO4 é um ácido fraco, mas por quê? Trata-se de um ácido que vem do HC2H3O2 é um eletrólito fraco e NaC2H3O2 é um eletrólito forte, as principais
H3PO4, sendo então sua 2º dissociação (Ka2), tendo um baixo Ka. espécies são: HC2H3O2 (ácido fraco), Na+ (nem ácido nem básico, não sofre
hidrólise) e C2H3O2- (base conjugada de HC2H3O2).
Para saber: temos Ka do H2PO4 e sabemos que Ka.Kb=Kw
Calculando Kb do HPO4-² teremos: Kb= 1,6x10^-7 e Ka= 6,2x10^-8 2º Identificamos a reação de equilíbrio que importa: O pH da solução será
Se fossemos procurar o Ka do HPO4-², veremos que ele é bem menor do que o controlado pelo equilíbrio de dissociação de HC2H3O2, que envolve tanto
do H2PO4. HC2H3O2 como C2H3O2-.
Então, sabemos que o Kb do HPO4-² é bem maior que o Ka do HPO4-². HC2H3O2 (aq) <-> H+ (aq) + C2H3O2- (aq)
Portanto, ele age como uma base, sendo assim uma solução básica.
3ºComo NaC2H3O2 foi adicionado a solução os valores de [H+] e [C2H3O2-]
11- EFEITO DO ÍON COMUM: Não serão iguais. O íon Na+ é apenas espectador, e não influencia o pH.
Vamos considerar agora soluções que contém não apenas um ácido fraco 4º Calculamos as concentrações no equilíbrio de cada uma das espécies que
(eletrólito fraco), mas também um sal solúvel desse ácido. participa do equilíbrio: tabela:
Usaremos Le chatelier para ver se o pH fica mais ácido ou mais básico. HC2H3O2 <-> H+ + C2H3O2-
Lembrando que a maioria dos sais são eletrólitos fortes (dissociam-se Estequiometria 1 1 1
completamente em água). Inicial (mol/L) 0,3 0 0,3
Variação (mol/L) -X +X +X
O grau de ionização de um eletrólito fraco (ácido fraco) é diminuído pela adição à Equilíbrio (mol/L) 0,3 – X X 0,3 + X
solução de um eletrólito forte (sal) no qual há um íon comum com o eletrólito fraco
Adicionando um íon comum à um ácido fraco: diminui [H+] e aumenta pH (mais básico) A concentração no equilíbrio de C2H3O2- (íon comum) é a concentração inicial
relativa ao sal NaC2H3O2 (0,3 mol/L) mais a variação na concentração (x)
Exemplo 1: Determine se o pH da solução HC2H3O2 aumenta ou diminui com relativa a ionização do ácido HC2H3O2
a adição do sal NaC2H3O2:
Sol: 5º Cte do equilíbrio: Ka = 1,8.10^-5 = [H+].[C2H3O2-] / [HC2H3O2]
1º O ácido em questão é fraco, e o sal é um eletrólito forte, logo, temos: 6º Resolvendo, temos X= 1,8x10^-5 mol/L = [H+]
Ácido: HC2H3O2 (aq) <-> H+ (aq) + C2H3O2- (aq) 7º pH = - log (1,8x10^-5) = 4,74.
Uma solução de 0,3 mol/L de HC2H3O2 tem pH=2,64 ([H+]= 2,3x10-³), Exemplo: Usando o exemplo anterior: HC2H3O2 / C2H3O2-:
portanto a adição de um íon comum diminui [H+] e aumenta o pH.
a) Se [HC2H3O2] = [C2H3O2-] -> pH = pKa => pKa= - log (1,8.10^-5) = 4,74
12- SOLUÇÕES-TAMPÃO: b) Adicionando OH-: se inicialmente tínhamos [HC2H3O2] = [C2H3O2-] = 1 mol/L,
adicionando 0,1 mol/L de OH-, qual será o novo pH?
São soluções que sofrem apenas pequena variação de pH quando a elas são
adicionados íons H+ ou OH-. Ex: mar, sangue. HC2H3O2(aq) <-> H+ (aq) + C2H3O2- (aq).
São soluções que contém um par ácido-base conjugado, sendo o ácido fraco ou a Adicionando OH-, neutralizo H+ e o equilíbrio vai para , assim a concentração do
base fraca misturados com um sal do ácido ou da base. ácido HC2H3O2 diminui e da base conjugada C2H3O2- aumenta.
Elas resistem as variações no pH pois contém tanto espécies ácidas pra neutralizar Por estequiometria, adicionando 0,1 mol/ L de OH-, neutralizo 0,1 mol/L de H+ e
os íons OH- quanto espécies básicas pra neutralizar os íons H+. assim 0,1 mol/L do ácido serão “gastos” pra formar 0,1 mol/L da base.
Mas, as espécies ácidas e básicas que constituem o tampão não podem consumir
uma a outra pela reação de neutralização. Então: pH = pKa + log [C2H3O2-] / [HC2H3O2]
Para preencher essas exigências, é uma solução que contem um ácido mais a sua
base conjugada em concentrações aproximadamente iguais.
Equação de Henderson-Husselbach:
Usada para analisar o pH de uma solução tampão:
Exemplos: 3) Para CaF2, Kps = 3,9.10-¹¹. Supondo que dissocie completamente. Qual a
solubilidade de CaF2 em g/L?
CaF2 (s) <-> Ca+² (aq) + 2F- (aq)
Kps = [Ca+] . [F-]²
Usando das mesmas técnicas (tabela), cuidando apenas que a concentração inicial Substâncias anfóteras são as capazes de se comportar como ácido ou base.
de 2F- é 0,01 devido ao NaF dissolvido. Essas substâncias, relativamente insolúveis em água neutras, são solúveis em
CaF2 <-> Ca+² (aq) + 2F- (aq) ácidos e bases fortes, justamente porque elas próprias podem se comportar como
Estequiometria 1 1 2 ácido ou base.
Inicial (mol/L) - 0 0,01 As substâncias anfoteras incluem óxidos e hidróxidos de Al+³, Cr+³, Zn+², Sn+².
Variação (mol/L) - +x + 2x
Equilíbrio(mol/L) - X 0,01 + 2x 2- PRECIPITAÇÃO E SEPARAÇÃO DE ÍONS:
b) Solubilidade e pH:
Ou seja, o equilíbrio entre BaSO4 e Ba+² e SO4-² pode ser atingido com BaSO4
sólido, ou começando com soluções dos sais contendo Ba+² e SO4-², digamos
A solubilidade de sais ligeiramente solúveis contendo ânions básicos (OH- ou
BaCl2 e Na2SO4.
ânions que sofrem hidrólise) aumenta a medida que [H+] aumenta (à medida
que o pH é diminuído).
Quando essas soluções são misturadas, BaSO4 precipitará se o produto das
Exemplos: concentrações dos íons, Q= [Ba+²] . [SO4-²] for maior que o Kps.
1) Mg(OH2) (s) <- > Mg+² (aq) + 2 OH- (aq) Kps = [Mg+2].[OH-]² = 1,8x10-¹¹. Já vimos a relação de Q e o sentido que a reação deve seguir.
Uma solução saturada de MgOH2 tem um pH=10,52 e tem [Mg+²]=1,7.10^-4. As possíveis relações entre Q e Kps são:
Supondo que Mg(OH)2 solido esteja em equilíbrio com uma solução tamponada a
um pH= 9 (mais ácido). Q > Kps: ocorre precipitação até que Q=Kps
O pOH é 5, de forma que [OH-]= 1.10^-5. Q = Kps: existe equilíbrio (solução saturada, sem precipitado).
Q < Kps: dissolve-se o sólido até que Q=Kps.
Como Kps é uma constante, seu valor não pode mudar, alterando [OH-], altero
também [Mg+²], que irá tentar compensar a mudança:
Colocando o novo valor de [OH-] : [Mg+²] = 0,18 mol/L Exemplo: Haverá formação de precipitado quando 0,1 L de 8.10-³ mol/L de
Assim, Mg(OH)2 dissolve-se na solução até que [Mg+²] = 0,18 mol/L. Pb(NO3)2 for adicionado a 0,4L de 5.10-³ mol/L de Na2SO4? Se PbSO4 tem
Fica claro que Mg(OH)2 é bastante solúvel. Kps=6,3.10^-7
Se a concentração de OH- fosse reduzida ainda mais (mais ácido), a concentração
do íon Mg+² teria de aumentar, portanto uma amostra de Mg(OH)2 se dissolverá 1º O volume total final da mistura torna-se: 0,1L + 0,4 L = 0,5 L.
completamente caso se adicione ácido suficiente.
2º Pb(NO3)2 -> Tenho 8.10-³ mol -> 1 L
X -> 0,1L X = 8.10^-4 mol na mistura.
A quantidade de mols não varia, então:
Assim, a concentração molar de Pb(NO3)2 em 0,5 L de mistura é:
8,10-4 mols -> 0,5 L
X -> 1 L X = 1,6.10-³ mol/L na mistura.