Nos variados tipos de transmissão a perda de potência é inevitável. Esses sistemas
incluem os eixos, mancais, rodas de atrito, correias de transmissão, correntes e engrenagens. Essas perdas são originadas pelo atrito entre as superfícies, agitação do óleo lubrificante, escorregamento entre correias e polias. A função da transmissão é transmitir a potência gerada por uma fonte motora. Como nada se cria nem se destrói, parte da potência é perdida para “transportar” a energia restante. Ou seja, a potência de entrada da transmissão é dissipada em parte sob a forma de energia, transformada em calor e ruído, e resultando parte em potência útil geradora de trabalho. Pe = Pu + Pd, onde Pe = Potência de entrada [W] Pu = Potência útil [W] Pd = Potência dissipada [W] Segue abaixo tabelas com os valores normais de potência em função do tipo de transmissão: Tipo Rendimento () Correias planas 0,96 – 0,97 Correias em V 0,97 – 0,98 Correntes silenciosas 0,97 – 0,99 Correntes Renold 0,95 – 0,97 Rodas de atrito 0,95 – 0,98 Engrenagens fundidas 0,92 – 0,93 Engrenagens usinadas 0,96 – 0,98 Rosca sem fim 1 entrada 0,45 – 0,60 Rosca sem fim 2 entradas 0,70 – 0,80 Rosca sem fim 3 entradas 0,85 – 0,80 Mancais – rolamento 0,98 – 0,99 Mancais - deslizamento 0,96 – 0,98
As relações de transmissão são utilizadas para avaliar as propriedades dos eixos:
Polias, discos e rodas de transmissão: 𝑑2 𝑤1 𝑓1 𝑛1 𝐼= = = = 𝑑1 𝑤2 𝑓2 𝑛2 Engrenagens: 𝑑𝑝 𝑍2 𝑤1 𝑓1 𝑛1 𝐼= = = = = 𝑑𝑐 𝑍1 𝑤2 𝑓2 𝑛2 Rendimento O rendimento é utilizado como parâmetro para avaliar a viabilidade da construção de determinado sistema mecânico. Através das relações de transmissão, encontram-se os rendimentos dos eixos. A partir desses rendimentos, é possível calcular as potências em cada eixo. Destaca-se que o eixo acoplado ao motor não possui perda de rendimento, sua potência é igual ao do motor. No decorrer dos eixos e aparecimento dos elementos mecânicos, ocorre perda de rendimento baseando-se nos rendimentos dos elementos acoplados.