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AS TRES QUEDAS DE UM FILHO: VALORIZANDO O LAR (LUCAS 15.

11-24)

Diz um ditado que só damos valor ao que temos depois que o perdemos. E de fato é
verdade. Muitas vezes não valorizamos o que Deus faz por nós e o que Ele nos dá livremente
pela sua graça, às vezes não valorizamos nossa igreja em que congregamos, outras vezes não
valorizamos as verdadeiras amizades, desprezando-as e fazendo alianças com verdadeiros
emissários das trevas, e muitas vezes não valorizamos também nosso lar. Tecemos nossas
acusações às nossas famílias, reclamamos por não ser uma família ideal, e não lhe damos o
devido valor.

O filho pródigo, de acordo com a parábola vivia muitos conflitos. Havia no seu interior um
vulcão revoltoso expulsando lavas incandescentes, e expelindo muita fumaça. A fumaça da
insatisfação e da revolta. Esse filho na realidade não valorizava sua família. Estava dentro de
casa mas com o coração distante. No seu relacionamento com seu pai e seu outro irmão
revoltado, detectamos os seguintes problemas: distanciamento, desvalorização do lar,
competitividade, ciúmes, falta de comunicação, frieza com relação ao pai, e o coração preso às
paixões mundanas.

Isso fez com que esse jovem se distanciasse do pai, e conseqüentemente saísse de casa
com seus pertences e com o adiantamento da sua herança já que o pai ainda não havia
falecido.

Esta família estava desfragmentada. O irmão que não saiu de casa talvez se sentiu melhor
com a saída do irmão. A casa ficou incompleta.

Esse jovem desperdiçou tudo o que tinha de valor com os prazeres da carne. Meretrizes,
jogos, farras, festas e com os falsos amigos. Trocou a família por momentos de diversão que
não poderiam lhe satisfazer a alma. Mas algo estava para mudar. Seu dinheiro acabou e uma
grande fome abateu aquela região onde ele se hospedara.

Agora, os amigos sumiram. Os companheiros de farra desapareceram. O som da música


alegre agora deu lugar a uma voz de pranto que expressa saudades do lar e arrependimento
por tão grande insensatez.
Ele se lembra de quando tinha tudo do bom e do melhor no seu lar. Ele se lembra de
quando estava protegido pelo pai. Ele se lembra que no seu criadouro de animais tinha servos
ao seu dispor e agora precisa cuidar de porcos e tinha vontade de dividir a comida com os
porcos, mas nem isso lhe davam. Então esse jovem resolve voltar.

Essa história é na verdade, o relato de um jovem como muitos hoje que não valorizam o
que têm, e querem sua liberdade, sem saber que estarão desperdiçando toda sua vida.

No decurso da sua vida, esse jovem passa por três quedas que eu gostaria de mencionar
nessa mensagem:

I) ELE CAIU NO ENGANO DO PECADO (11-16)

Meus amados, quando não valorizamos o que o Senhor faz por nós e pela nossa casa,
caímos na mentira do pecado. Esse jovem achava que era dono do seu próprio nariz e não
precisava mais de ninguém.

Há muitas pessoas assim. Auto suficientes, que pensam que uma vida de libertinagem, e
não liberdade é melhor do que estar na casa do Pai.

O filho pródigo aqui representa o pecador caído, que se entregou a engano dos prazeres
passageiros, e agora se vê abandonado sem alimento, sem casa, sem amigos, sem dinheiro,
sem família. O pai representa o Deus gracioso que sonha dia e noite sem parar com o retorno
de seus filhos à sua presença.

O pecado nos coloca numa total miséria: espiritual, familiar e financeira. Se você está na
mesma situação desse filho, volte para Deus, urgente.

II) ELE CAIU EM SI (17-19).

O texto é claro ao mostrar que esse jovem estava fora de si. O pecado tira nossa sensatez,
nossa razão e nos faz acreditarmos que seremos bem sucedidos em nossas empreitadas
pecaminosas. Grande engano. O pai não abençoa o pecado. Deus não tolera que seus filhos
vivam uma vida desregrada afastada de sua graça.

Esse jovem estava fora de si. Então ele cai em si, nesse momento. Sua percepção é
despertada nesse dia e ele percebe o tamanho de sua insensatez. Lembra-se de tudo o que
tinha no lar, e agora não tem mais.

Se você está vivendo fora de si, perdeu a razão ou o discernimento, meu querido, peça ao
Pai para abrir seus olhos hoje mesmo e que você se lembre de tudo o que você está perdendo
hoje longe do lar, afastado da presença do pai. Ainda há tempo para cair em si. Ainda há
tempo para se arrepender.

III) ELE CAIU NOS BRAÇOS DO PAI. (20-24)

Quando essa caricatura de ser humano surge no horizonte, totalmente maltrapilho, sujo,
cheirando mal, irreconhecível, o pai já o estava aguardando. Provavelmente, todos os dias seu
pai olhava pela varanda ou pelo portão de casa aguardando o retorno de seu filho.
O pai consegue nos reconhecer mesmo quando estamos sujos, esfarrapados, e aos olhos
dos homens irreconhecíveis. As pessoas provavelmente olhavam para esse jovem como um
mentecapto, um mendigo, um andarilho indigno e pavoroso, mas o pai enxerga seu filho, um
ser humano, alguém que precisa de restauração.

Meu querido Deus enxerga debaixo da nossa sujeira, do nosso mal cheiro, e do nosso
pecado. Ele espera que caiamos em seus braços como esse jovem caiu. Ele quer nos restaurar
e nos levar de volta para o lar.

Ele recebe seu filho não como um andarilho, ou como um tratador de porcos, mas como
um príncipe:

Troca suas vestes (depois de um banho) => Purificação;

Coloca um anel em seu dedo (identidade Real) => Restituição da sua posição;

Lhe presenteia com novas sandalhas (Os escravos andavam descalços) => Libertação.

Talvez você esteja na mesma situação do filho pródigo, totalmente afastado de Deus, e você
veio aqui porque não tinha nada melhor para fazer. Foi o Pai que te trouxe aqui para ouvir essa
mensagem e restaurar sua aliança contigo. Talvez você não tenha abandonado seu lar, sua
igreja. Mas talvez você seja um filho distante do lar como o outro jovem que não saiu de casa,
mas estava distante do pai. Se você caiu em pecado, e se afastou de Deus, caia em si ainda
hoje, caia nos braços do pai, e volte para o lar urgentemente, em nome de Jesus, Amém.

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