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1 - Paciente do sexo feminino, 32 anos e professora do ensino fundamental,

gosta de cantar e faz aulas de canto semanalmente, apresenta como queixa:


“cansaço vocal, dificuldade no canto, pois não consegue manter as notas
agudas além de um intenso pigarro”.

Quais as possíveis causas da queixa? Correlacione com a


anatomofisiologia.

1. Existem muitas causas prováveis para as queixas da paciente.


Como a paciente é professora e também canta, embora tenha aulas de canto
regularmente, é provável que a paciente esteja utilizando sua voz sem suporte
respiratório, o que aumentaria a pressão subglótica e também a adução inadequada
das pregas vocais, recrutando musculatura extrínseca causando tensões na região do
pescoço e da cervical.
Essa teoria poderia ser a explicação porque a paciente não consegue manter notas
agudas por muito tempo, além de aparecer o pigarro.
Com o aumento da tensão no pescoço, a paciente pode fazer uma constrição
faríngea, estreitando o trato supraglótico, além de poder também estar em um
registro vocal inadequada para determinada nota.
2 - Paciente do sexo masculino, 41 anos, pastor. Pratica esportes
periodicamente, fazendo corrida e musculação. No último mês apresentou um
quadro gripal intensoe vem observando dificuldade muito grande para manter
sua qualidade vocal durante os sermões no templo religioso.

Que tipo de orientação você faria a esta pessoa? E o que provavelmente


está acontecendo de acordo com o seu conhecimento em
Anatomofisiologia vocal?

2. Em primeiro lugar, orientaria a procurar um médico para investigar sua saúde, uma
vez que apresentou um quadro gripal.
Uma visita ao otorrinolaringologista também seria indispensável para examinar o
trato respiratório superior e fonador.
Diante do laudo médico, tendo o paciente curado totalmente sua gripe e
permanecendo com a perda de qualidade vocal, poderíamos começar um trabalho
de investigação para saber as causas da perda de qualidade vocal.
Seria necessário analisar seus hábitos, sua maneira de se expressar durante os
sermões e sobretudo saber exatamente o que seria essa perda de qualidade, se é
fadiga, rouquidão, falta de projeção, voz soprosa, pigarros, etc...
Supondo que essa falta de qualidade seja relacionada à fadiga vocal e rouquidão, a
causa provavelmente pode ser a falta de suporte respiratório em conjunto com o
mal uso dos ressonadores durante os sermões, isso acarretaria e excesso de pressão
subglótica ao enfatizar trechos do sermão, consequentemente sobrecarga na laringe
podendo fadigar o músculo tireoaritenóideo (VOC).
Se a perda de qualidade vocal for observada em conjunto com o quadro gripal, não
havendo indícios antes do quadro gripal, a perda de qualidade pode estar
relacionada com a falta dos ressonadores, que, durante um quadro de gripe podem
estar cheios de secreções, dificultando a ressonância, além do pigarro que pode
ocorrer, também em decorrência das secreções.
Se houver tosse, as pregas vocais poderão fadigar por fonotrauma, causando
disfonia.
De qualquer forma, seria necessário obter mais informações para traçar o
diagnóstico mais preciso.
O trabalho de observação in locco é indispensável nesse caso.

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