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Plano de Aula: Ilicitude.

Causas Excludentes I
DIREITO PENAL I - CCJ0007
Título
Ilicitude. Causas Excludentes I

Número de Aulas por Semana

Número de Semana de Aula


12

Tema

Ilicitude. Causas Excludentes I

Objetivos

Ao final da aula o aluno deverá ser capaz de:

Identificar as Teorias acerca da Ilicitude.

Diferenciar as espécies de causas excludentes de ilicitude.

Analisar as causas excludentes de ilicitude, suas espécies e requisitos.

Analisar a natureza jurídica do consentimento do ofendido e suas consequências na esfera jurídico -


penal.

Aplicar os institutos previstos na parte geral do Código Penal aos crimes em espécie.

Estrutura do Conteúdo

A matéria desta aula será apresentada com base nos conteúdos estabeleci dos pelo Livro Didático de
Direito Penal no Capítulo 7, Itens 7.1 a 7.4. Leia-os em momento anterior à sua apresentação pelo
professor em sala de aula.

Tópicos:

1.Conceito

1.1. Ilicitude Formal

1.2. Ilicitude Material

2. Causas de Justificação ou Descriminantes.

2.1 Elementos objetivos e subjetivos

2.2 Possibilidade de excesso: doloso e culposo

2.3. As Causas de Justificação Legais.


3. Estado de Necessidade.

3.1. Conceito

3.2. Natureza jurídica.

3.3 Requisitos: Objetivos e Subjetivos

3.4 Excesso - consequências

3.5 Estado de necessidade e o dever legal de enfrentar o perigo: o agente

garantidor.

4. Legítima de Defesa.

4.1 Conceito.

4.2 Natureza Jurídica

4.3 Requisitos- Objetivos e Subjetivos

4.4 Legítima Defesa Sucessiva

4.5 Ofendículas

4.6 Excesso - consequências

Aplicação Prática Teórica

Caso concreto.

Leia a notícia abaixo e responda, de forma objetiva e fundamentada, às questões formuladas.

No Acre, mulher alega legítima defesa e é absolvida de homicídio contra ex: 'apanhou por três anos', diz
defesa. Ré esfaqueou o ex-marido durante uma briga no bairro Vitória em Rio Branco, em novembro de
2014. Júri popular entendeu que ela agiu em legítima defesa após ser agredida.

(Disponível em: https://g1.globo.com/ac/acre/noticia/no-acre-mulher-alega-legitima-defesa-e-e-absolvida-


de-homicidio-contra-ex-apanhou-por-tres-anos-diz-mae.ghtml)

Atualizado em: Atualizado 15/03/2018 18h42.

O Tribunal do Júri de Rio Branco absolveu Karine Fonseca, de 21 anos, acusada de matar o ex-marido,
em novembro de 2014, no bairro Vitória, na capital acreana. À Justiça, ela alegou que deu uma facada no
homem, após ter sido agredida durante uma briga na casa dele. O julgamento ocorreu no Dia da Mulher,
comemorado no dia 8 de março, mas o Tribunal de Justiça divulgou somente na quarta -feira (14). Um dos
advogados de Karine, Fábio Santos, informou que a mulher já tinha registrado um boletim de ocorrência
contra o ex-marido e que existia uma medida protetiva em seu favor desde o início do ano de 2014. Ele
contou que o casal viveu junto por três anos e sofreu agre ssão desde o início.

No dia do crime, segundo o advogado, a acusada foi até a casa do ex-marido para buscar as coisas que
ele havia comprado para a filha deles, que na época tinha 2 anos, e, quando chegou, ele pediu que ela
ficasse no local por um tempo. Eles dois teriam ingerido bebida alcoólica e à tarde, quando a mulher
disse que ia embora, iniciou-se uma discussão. Nesse momento, ela correu para a cozinha e pegou uma
faca para se defender. Foi quando o homem se aproximou para seguir com as agressões e ela o atingiu
com uma facada na região do peito. A mulher chamou o Serviço de Atendimento Móvel (Samu) e saiu do
local, mas foi presa em flagrante e ficou no presídio durante três meses. Depois, foi solta e passou a
responder em liberdade. “No dia em que ela foi presa, ela aparentava escoriações, ele tinha agredido ela
no dia que ela o matou. Ele já tinha sido preso anteriormente por agredir a mulher antes de Karine.
Levantamos duas teorias, que foi a legítima defesa e outra foi a falta de necessidade da p ena. Ela
apanhou por três anos”, afirmou a defesa. Conforme o TJ-AC, o Júri Popular entendeu que o homicídio
ocorreu em legítima defesa em decorrência da agressão física e verbal em que a mulher passava pelo ex-
marido, no momento em que decidiu dar a facada.

Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre ilicitude e causas excludentes, responda de
forma objetiva e fundamentada:

a) Qual a distinção entre legítima defesa e estado de necessidade?

b) Ainda, o conselho de sentença tivesse entendido que Karine Fonseca atuou em excesso,
ainda assim teria sido absolvida?

Questão objetiva.

Oficial de Justiça ingressa em comunidade no interior do Estado de Santa Catarina para realizar
intimação de morador do local. Quando chega à rua, porém, depa ra-se com a situação em que um
inimputável em razão de doença mental está atacando com um pedaço de madeira uma jovem de 22
anos que apenas caminhava pela localidade. Verificando que a vida da jovem estava em risco e não
havendo outra forma de protegê-la, pega um outro pedaço de pau que estava no chão e desfere golpe no
inimputável, causando lesão corporal de natureza grave.

Com base apenas nas informações narradas, é correto afirmar que, de acordo com a doutrina majoritária,
a conduta do Oficial de Justiça:

a) não configura crime, em razão da atipicidade;

b) não configura crime, em razão do estado de necessidade;

c) configura crime, mas o resultado somente poderá ser imputado a título de culpa, em razão do
estado de necessidade;

d) não configura crime, em razão da legítima defesa;

e) configura crime, tendo em vista que não havia direito próprio do Oficial de Justiça em risco
para ser protegido.

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