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Elaborado por
Autor: MP Oberholzer
Apresentado à:
SASOL Petroleum Mozambique Limitada & Sasol Petroleum Temane Limitada
A RISCOM (Pty) Ltd é uma empresa de consultoria especializada em segurança de processos. Para além
disso, a RISCOM1 é uma autoridade aprovada de inspecção (Approved Inspection Authority - AIA) para a
realização de avaliação do risco em Instalações de Alto Risco (Major Hazard Installation (MHI) de acordo
com a Lei 85 de 1993 da África do Sul sobre Segurança e Saúde no Ambiente de Trabalho (OHS) e
respectivo regulamento sobre Instalações de Alto Risco (de 2001). A fim de manter o nosso estatuto de
autoridade aprovada de inspecção, a RISCOM é acreditada pelo Sistema Nacional de Acreditação da África
do Sul (SANAS), de acordo com a Norma IEC/ISO 17020. A acreditação consiste num certo número de
elementos que incluem a competência técnica e a independência de terceiros.
A RISCOM não vende nem efectua serviços de reparação a equipamento que possa ser usado na
indústria de processamento;
A RISCOM não tem qualquer participação accionista em empresas de processamento ou que façam
avaliações de risco;
Eng. MP Oberholzer , BSc (Eng. Quím.), membro do Instituto Internacional de Engenheiros Químicos
MIChemE e do Instituto Sul-Africano de Engenheiros Químicos MSAIChE
1A RISCOM™ e o logótipo RISCOM são marcas comerciais registadas da RISCOM (PTY) LTD
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RISCO, EXPLOSÃO DE POÇO
A fase 1 do APP do Projecto de Desenvolvimento de Gás (o “Projecto de Gás”), que envolve seis
poços de produção no Campo de Temane e mais um Trem de Processamento de Gás (o 5º) na
Unidade Central de Processamento- CPF, concebida para processar o gás e condensados adicionais
provenientes dos poços e localizado dentro dos limites da planta já existente.
A finalidade deste estudo especializado foi modelar a provável dimensão de uma explosão e tomar em
consideração as possíveis rotas de transporte, determinar a probabilidade de uma significante ameaça aos
recursos aquáticos. No EPDA, o poço I-G6PX-1 foi apontado como uma preocupação especial, dado que se
situa a 90m de um dos vários riachos costeiros que desaguam no mar.
Ademais, o modelo foi usado para determinar o risco potencial para os seres humanos, em caso de uma
situação extrema que poderia resultar de um incêndio ou de uma explosão.
O estudo conclui que a probabilidade de explosão de um poço é muito baixa, sendo de uma frequência de
cerca de 4.4x10˗4 (uma em 44.000) por poço. Em caso de ignição de uma nuvem de vapor associada a uma
explosão de um poço, isso resultará em clarão de fogo e em incêndio que têm o potencial de causar
letalidade na área do poço. Para fora desta área, não se prevêem ferimentos. Não é igualmente provável
que a vegetação ao redor pegue fogo.
Se não houver obstrução da descarga e o poço ejectar mais ou menos verticalmente sem ignição, o modelo
PHAST não prevê nenhuma precipitação, dado os fluidos do poço na nuvem de vapor acabarem por se
dissiparem na atmosfera. A hipótese conservadora, dada a possibilidade de alguma lama, é que haveria
muito pouca precipitação. Uma obstrução da descarga poderia resultar no desvio dos fluidos de volta ao
solo e, nestas circunstâncias, formar-se-ia uma mancha/depósito de líquido. Assumindo uma superfície
impermeável lisa, a mancha espalhar-se-ia numa camada fina de cerca de 80m a partir do poço num
período de 30 minutos. Embora os dados disponíveis sobre falhas de poços não forneçam orientação
quanto ao tempo necessário para controlar uma explosão típica, é prática comum assumir uma emissão de
30 minutos. Se for considerada uma visão conservadora e o período de emissão descontrolada for
estendido por vários dias, a área coberta pela mancha de líquido aumentaria proporcionalmente ao tempo.
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RISCO, EXPLOSÃO DE POÇO
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ABREVIATURAS E ACRÓNIMOS
Clarão de Um clarão de fogo é a combustão de um vapor inflamável com a mistura de are onde a chama
Fogo passa pela mistura a uma taxa inferior que a velocidade sónica de forma que se produz uma
sobrepressão com danos insignificantes.
Deflagração Deflagração é a reacção química de uma substância, em que a frente de reacção avança para a
substância que não reagiu a uma velocidade menor que a do som.
Detonação Detonação é a libertação de energia causada pela reacção química extremamente rápida de uma
substância em que a frente de reacção de uma substância é determinada pela compressão acima
da temperatura de auto-ignição.
Explosão Uma explosão é a liberação de energia que causa uma interrupção da pressão ou onda de
explosão.
Explosão da A explosão resultante da ignição de uma nuvem previamente misturada de vapor inflamável, gás,
Nuvem de ou pulverização com ar, em que as chamas sobem a velocidades suficientemente altas para
Vapor produzir uma sobrepressão significativa.
Frequência A frequência é o número e vezes que um resultado pode ocorrer num determinado período de
tempo.
Fonte de Uma fonte de ignição é a fonte de temperatura e energia suficiente para iniciar uma combustão.
Ignição
Jacto O jacto é o fluxo de material que sai de um orifício com um impulso significativo.
Jacto de O Jacto de fogo/chama é a combustão de material que sai de um orifício com significante impulso.
Fogo/Chama
LFL Lower Flammable Limit (Limite Inflamável Inferior – LII) ver Limites Inflamáveis
Limites Limites inflamáveis são um intervalo das quantidades de gás ou vapor no ar que poderão arder ou
inflamáveis explodir caso exista chama ou outra fonte de inflamação. A parte mais baixa deste intervalo é
chamada de Limite Inferior Inflamável. Da mesma forma, o ponto mais alto deste intervalo é
chamado de Limite Superior Inflamável.
Líquido A Lei Sul Africana de Saúde e Segurança, (South African Occupational Health and Safety) Lei 85
Inflamável de 1993, define um líquido inflamável, como qualquer líquido que produz um vapor que forma
uma mistura explosiva com o ar e inclui qualquer líquido com um ponto de inflamação de menos de
55º C. Os produtos inflamáveis foram classificados de acordo com seus pontos de inflamação e
pontos de ebulição, o que, em última instância determina a propensão de se inflamar. As distâncias
de separação descritas nos diversos códigos dependem da classificação de inflamabilidade.
Classe Descrição
0 Gás de Petróleo Liquefeito
IA Líquidos que têm um ponto de inflamação abaixo de 23ºC e um ponto de ebulição abaixo
de 35ºC
IB Líquidos que têm um ponto de inflamação abaixo de 23ºC e de ebulição de 35ºC ou mais
IC Líquidos que têm um ponto de inflamação de 23ºC e mais, mas abaixo de 38ºC
II Líquidos que têm um ponto de inflamação de 38ºC e mais, mas abaixo de 60.5ºC
IIA Líquidos que têm um ponto de inflamação de 60.5ºC e mais, mas abaixo de 93ºC
MMscfd Million standard cubic feet per day (Milhões de metros cúbicos padrão por dia)
Perda de Perda de contenção é a ocorrência que resulta na emissão de material para a atmosfera
Contenção
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stopd Barris de armazenagem de petróleo por dia. Trata-se de uma medida de petróleo tratado
armazenado em depósitos de armazenagem. Um metro cúbico é de cerca de 6,29 barris de
armazenagem.
TVDSS In a non – deviated vertical well, measured depth is true depth (TVD). TVDSS is measured depth
below well elevation and has a negative (-) associated with it. (Em um poço vertical sem desvios, a
profundidade medida é a profundidade verdadeira (TVD). TVDSS é a profundidade medida abaixo
da elevação do poço e tem um sinal negativo (-) associado)
UFL Upper Flammable Limit (Limite Superior Inflamável (ver Limites Inflamáveis))
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RISCO, EXPLOSÃO DE POÇO
Índice
TABELAS
Tabela 3-1: Propriedades dos Reservatórios G6 e G10 das Areias de Inhassoro .............................................................. 6
FIGURAS
Figura 1-1: Elementos do proposto Estabelecimento do APP e Projecto de GPL .............................................................. 2
Figura 5-1: O LFL da emissão do reservatório G6 para ventos de alta e baixa velocidade ................................................ 9
Figura 5-2: O /LFL/LII da emissão do reservatório G10 para ventos de alta e baixa velocidade ........................................ 9
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RISCO, EXPLOSÃO DE POÇO
Figura 5-3: Fluxo da radiação térmica na direcção do vento a partir do jacto de fogo no reservatório G6 durante
ventos de velocidades alta e baixa................................................................................................................... 10
Figura 5-4: Fluxo da radiação térmica na direcção do vento a partir de um jacto de fogo no reservatório G10
durante ventos de velocidades alta e baixa. .................................................................................................... 10
Figura 5-5: Raio estimativo de cada componente versus o tempo para o derrame de um hidrocarboneto líquido
do Poço G6 ...................................................................................................................................................... 11
Figura 5-6: Raio estimativo de cada componente versus o tempo para o derrame de um hidrocarboneto líquido
do Poço G10 .................................................................................................................................................... 12
Figura 5-7: Raio estimado para cada cadeia de grandes componentes de carbono em função do tempo para um
derrame de um hidrocarboneto líquido do poço G6 ......................................................................................... 13
Figura 5-8: Estimativa de raio para cada grande cadeia de componentes de carbono em função do tempo para
um derrame de um hidrocarboneto líquido do poço G10 ................................................................................. 13
ANEXOS
ANEXO A
Curricula Vitae
ANEXO B
Limitações do Documento
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1.0 INTRODUÇÃO
1.1 Visão Geral do Projecto
A Sasol Petroleum Moçambique (SPM) tem um Acordo de Partilha de Produção (APP) com o Governo de
Moçambique e a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos. Por sua vez, foi celebrado um Contrato de
Produção de Petróleo (CPP) entre a Sasol Petroleum Temane (SPT) e seus parceiros (Companhia
Moçambicana de Hidrocarbonetos (CMH), o IFC e o Governo de Moçambique, que abrange os activos
actualmente produtivos dos campos de Temane e Pande.
As licenças da APP e do CPP sobrepõem-se umas às outras em grande medida, em ambas as áreas de
Pande e Temane. A licença de CPP aplica-se a formações específicas com hidrocarbonetos dentro dessas
áreas. A licença de APP cobre todas as outras formações nas áreas geográficas de Temane e Pande que
estão neste momento a ser consideradas para desenvolvimento e incluem também outros campos e
perspectivas onde foram abertos poços de exploração e avaliação, mas que ainda não foram declarados
comerciais.
A planta de processamento de gás da Sasol, conhecida por Unidade Central de Processamento (CPF), está
situada a 40 km a Noroeste de Vilanculos. Actualmente, toda a produção da Sasol é exportada a partir da
CPF por via de um gasoduto, que é em grande parte destinada para uso na África do Sul, ou como
condensado, que é transportado para a Beira para posterior embarque. Uma proporção cada vez mais
crescente do gás está a ser utilizada em Moçambique, tanto para fins industriais como de geração de
energia. Na província de Inhambane, o gás é fornecido à Central Eléctrica da EDM, movida à gás, que gera
a electricidade fornecida a Inhassoro, Vilanculos e áreas circunvizinhas.
Desde que a planta foi estabelecida pela primeira vez em 2002, a Sasol ampliou a CPF e pôs em operação
novos poços de gás nos campos de gás de Pande e Temane. Actualmente, a CPF é composta por quatro
trens de processamento de gás, alimentados por vinte e quatro poços de produção, em terra, doze dos
quais estão no campo de Temane e doze no campo de Pande.
O Projecto de Desenvolvimento no âmbito do APP e Projecto de GPL (doravante aqui referido como "o
Projecto") envolve a expansão da CPF para processar gás adicional, condensado e petróleo da área
definida no Contrato de Partilha de Produção (APP) com o Governo de Moçambique. O projecto vai
aumentar significativamente a capacidade da Sasol de processar gás e líquidos e pode incluir a
possibilidade de produzir Gás de Petróleo Liquefeito (GPL), que substituiria uma grande parte das 15.000 a
20.000 toneladas/ano, que actualmente são importados a um custo significativo para Moçambique.
O Projecto consiste em duas componentes principais:
A Fase 1 do Desenvolvimento do APP de Gás (o "Projecto de Gás), que comporta seis poços de
produção no Campo de Temane e um trem adicional (o 5º) de gás na CPF, projectado para
processar o gás adicional e condensado dos poços e localizado dentro do espaço da planta
existente;
A Fase 1 do Desenvolvimento do APP de Líquidos (o "Projecto de Líquidos '), que comporta doze
poços de produção de petróleo e um poço de recolha de dados no campo Inhassoro, e uma nova
Planta de Processamento de Líquidos e de Gás de Petróleo Liquefeito (GPL), situada do lado
Nordeste da CPF. A planta deverá produzir 15 mil barris de armazenamento de petróleo por dia
(stbopd) e 20.000 toneladas de GPL por ano. Alternativamente, a planta de GPL poderá ser
desenvolvida como uma unidade independente dentro da área da CPF, juntamente com o Projecto
de APP de Gás.
Todos os poços de gás e petróleo estarão ligados à CPF por tubagem enterrada conhecida pelo termo
‘linhas de fluxo’, num desenho semelhante à tubagem que actualmente fornece gás à planta. As novas
linhas de fluxo deverão, tanto quanto possível, seguir as linhas de acesso já existentes e na secção através
do Rio Govuro, serão ligadas a condutas já existentes, que atravessam o canal e foram montados durante o
projecto de construção em 2002, como forma de evitar mais perturbação causada por mais travessias.
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A Figura 1-1 mostra todos os elementos do Projecto do APP proposto, incluindo os novos poços de gás e
petróleo, linhas de fluxo e instalações de produção.
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fará um máximo de 20.000 tpa de GPL (para além do petróleo estabilizado) e um trem de estabilização de
petróleo de 7.500 stbopd que produzirá apenas petróleo estabilizado e nenhum GPL.
As instalações de recepção do APP de Líquidos serão compostas de ligações para um receptor provisório
do gasoduto, seguido de um receptor de Lamas de depuração. Os líquidos do depurador de lamas serão
encaminhados para um separador de petróleo-água que separa o petróleo da água e remove o gás residual
também.
O fluxo do petróleo separado será encaminhado para dois trens de processamento de petróleo configurados
de forma diferente, para a estabilização. O primeiro é um trem de GPL de 7500 stbopd, que produz 20.000
tpa de GPL para além de petróleo estabilizado. O segundo é um trem de estabilização de petróleo de 7.500
stbopd, que produz apenas petróleo estabilizado e nenhum GPL. O petróleo estabilizado será enviado para
quatro novos tanques de armazenamento de petróleo de 15.000 bbl. Vão ser fornecidos quatro novos cais
de carga para camiões-cisterna. O GPL será armazenado acima do nível do solo em quatro compartimentos
de armazenamento de GPL e exportado a partir de dois cais de carga de camiões cisterna de GPL.
O gás proveniente do depurador e separador de lamas será combinado com o gás do trem de GPL e do
estabilizador para ser usado como gás combustível de baixa pressão e o remanescente encaminhado para
o sistema de tratamento de gás da CPF.
A água produzida será tratada num novo sistema de tratamento de água e enviada para um poço de
eliminação já existente.
A planta irá processar o condensado não estabilizado proveniente da CPF. Isso vai ser encaminhado para
um recipiente (flash vessel) de GPL, projectado para maximizar a recuperação do GPL. O líquido não
estabilizado será então canalizado para o processo de produção de GPL que irá separar os componentes
mais pesados dos mais leves, produzindo GPL a partir da camada superior e condensado a partir da
camada do fundo.
O condensado estabilizado será enviado para os tanques de armazenamento existentes na CPF onde será
armazenado para exportação por camião cisterna. O GPL será armazenado em três tanques de
armazenamento de GPL montados acima do solo, localizados fora dos limites da actual CPF, no mesmo
local que os propostos tanques de armazenamento para o Projecto de Desenvolvimento de Líquidos no
Âmbito do APP e a Planta de GPL descrita na Secção 2.4 acima. Um dos tanques será utilizado para
depósito de GPL sem especificações.
Uma parte do gás saído do processo será usada como gás combustível de baixa pressão, enquanto o
remanescente será encaminhado para a CPF para tratamento e exportação. Os pequenos volumes de água
separados no processo serão devolvidos para o sistema de tratamento de água produzida na CPF
Os serviços de apoio serão fornecidos pelos sistemas já existentes na CPF.
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Além disso, o modelo foi utilizado para determinar o risco potencial para os seres humanos, no caso de um
acidente extremo, que poderia resultar de um incêndio ou de uma explosão.
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4.0 METODOLOGIA
O programa informático (software) usado para o estudo foi o PHAST v. 6.7 para as simulações com vários
componentes, das fracções flash. Os raios da mancha de evaporação foram calculados usando o modelo
EFFECTS v.9.0.18. Tomando em consideração as pressões do poço, o tamanho do furo e a natureza dos
fluidos (tal como descrito na Tabela 2-2) os modelos foram usados para calcular:
A dimensão de um incêndio no caso de uma ignição de uma emissão descontrolada (veja o prefácio
para uma definição de incêndio);
A extensão do raio de uma mancha de líquido, assumindo uma emissão livre vertical a partir do furo
do poço; e
A extensão do raio de uma mancha de líquido assumindo impedimento no furo do poço ou outras
obstruções.
Os modelos de programas informáticos são baseados em fluxos externos, fogo, explosões e modelos de
dispersões internacionalmente reconhecidos e desenvolvidos por empresas internacionalmente
reconhecidas. Contudo, os modelos de programas informáticos são limitados ao 2D, a simulações estáticas
sem tomar em consideração o terreno à volta. A simulação estática não considera condições transitórias
nem mudanças na composição do fluido. Enquanto o modelo abrange um fluxo de duas fazes, este não
cobre emissões de líquidos lamacentos intermitentes que podem alterar o tamanho e composição das
manchas de líquidos que possam ser formadas como resultado de tais lamas.
Os modelos assumem que o solo é plano e impermeável. Quanto à evaporação, os componentes
individuais dos fluidos são considerados separadamente sem que os impactos combinados dos
componentes afectem cada um deles. Estes devem ser somados.
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Figura 5-1: O LFL da emissão do reservatório G6 para ventos de alta e baixa velocidade
Figura 5-2: O /LFL/LII da emissão do reservatório G10 para ventos de alta e baixa velocidade
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RISCO, EXPLOSÃO DE POÇO
Um incêndio duraria pouco tempo e seria substituído por um jacto de fogo ao longo da emissão. O jacto de
fogo normalmente segue-se a um incêndio. A radiação térmica a favor do vento a partir de um jacto de fogo
a uma velocidade alta e baixa do vento para um único poço nas formações G6 e G10, respectivamente,
está ilustrada na Figura 5-3 e Figura 5-4. A radiação térmica de 12,5 kW/m2 seria o limite inferior para
incendiar a vegetação, que se estenderia por aproximadamente 26-28m a partir da emissão na direcção do
vento. Enquanto esta se estende mais que a combustão instantânea, ela ainda fica contida bem dentro da
área limpa da plataforma do poço, o que indica que a probabilidade global de propagação do fogo para além
da plataforma é pequena.
Figura 5-3: Fluxo da radiação térmica na direcção do vento a partir do jacto de fogo no reservatório G6 durante ventos
de velocidades alta e baixa.
Figura 5-4: Fluxo da radiação térmica na direcção do vento a partir de um jacto de fogo no reservatório G10 durante
ventos de velocidades alta e baixa.
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Figura 5-5: Raio estimativo de cada componente versus o tempo para o derrame de um hidrocarboneto líquido do Poço
G6
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Figura 5-6: Raio estimativo de cada componente versus o tempo para o derrame de um hidrocarboneto líquido do Poço
G10
Após 7 dias (assumindo-se que o fonte de emissão foi tapada após 30 minutos), apenas restariam cadeias
de carbonos de alcanos C12 ou acima destes, sendo que todos os outros componentes se evaporariam, tal
como ilustrado na Figura 5-7 e Figura 5-8 para um único poço G6 E G10, respectivamente. As pequenas
quantidades de pseudo-componentes de C13 e acima destes iriam, muito provavelmente, formar uma fina
camada de alcatrão viscoso que permaneceria na superfície e com pouca evaporação.
Estas simulações assumem que os hidrocarbonetos permaneceriam na superfície para evaporação. Na
realidade, este não é o caso. A hipótese de uma superfície impermeável é uma limitação do modelo
EFFECTS. Tomando em consideração a natureza dos solos a Leste do Rio Govuro, a taxa provável de
absorção dos fluidos é alta e não se considera provável uma grande inundação para além da plataforma do
poço (mesmo assumindo uma emissão prolongada por vários dias). É também razoável assumir que o
levantamento de uma berma para conter quaisquer fluxos de líquidos que escapem da plataforma poderia
ser realizada de forma simples e rápida, o que significa que quaisquer fluxos que não tenham sido
absorvidos pelos solos poderiam ser contidos perto da plataforma do poço.
Embora os dados disponíveis sobre falhas de poços não forneçam informação sobre o tempo que leva a
controlar uma explosão típica, a prática padrão é assumir 30 minutos de emissão (RIVM, 2009). Caso se
faça uma análise conservadora e o período de emissão descontrolada for estendido por vários dias, a área
coberta pela mancha de líquido aumentaria proporcionalmente ao tempo.
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Figura 5-7: Raio estimado para cada cadeia de grandes componentes de carbono em função do tempo para um
derrame de um hidrocarboneto líquido do poço G6
Figura 5-8: Estimativa de raio para cada grande cadeia de componentes de carbono em função do tempo para um
derrame de um hidrocarboneto líquido do poço G10
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6.0 CONCLUSÕES
A ignição da nuvem de vapor associada à explosão de um poço resultará num incêndio e jacto de fogo que
têm o potencial para causar letalidade na plataforma do poço. Sob condições de vento forte, um jacto de
fogo das emissões iniciais poderá resultar em ferimentos e na ignição da vegetação para além da área do
poço de 100m x 100m.
Se não houver obstrução da descarga e o poço ejectar mais ou menos verticalmente sem ignição, o modelo
prevê que não haverá vazamento, dado que os fluidos do poço na nuvem de vapor irão dissipar-se na
atmosfera. Uma suposição conservadora, dada a possibilidade de algum escorrimento, é que haverá uma
atomização muito reduzida e sob estas circunstâncias, formar-se-ia uma mancha líquida. O raio estimado da
mancha, assumindo-se uma dispersão concêntrica para fora do poço, nenhuma absorção dos solos e a
emissão com duração de 30 minutos. Num espaço de algumas horas irá ocorrer a evaporação dos
componentes mais leves de hidrocarbonetos, enquanto os fluidos remanescentes, com a excepção de
compomente mais reduzido de óleo pesado viscoso irá evaporar dentro do prazo de 7 dias. Estas
simulações são baseadas nas suposições de que os hidrocarbonetos irão permanecer na superfície. Na
realidade, provavelmente não é isso o que irá acontecer. A suposição de uma superfície impermeável
constitui uma limitação ao modelo EFFECTS. Tomando em consideração a natureza arenosa dos
Arenossolos a este do Rio Govuro, a taxa provável de absorção dos fluidos é elevada e significante no fluxo
que se alarga por terra para além da área do poço é considerada como sendo improvável (mesmo fazendo
a suposição uma descarga prolongada durante vários dias). .
A rota que o fluxo poderá seguir está fora do âmbito deste relatório mas é considerada em maior detalhe no
Estudo Especializado 3, “Avaliação de Impacto Geohidrológico”.
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7.0 REFERÊNCIAS
OGP (2010). Blowout Frequencies. Report No. 434-2.
RIVM (2009). Reference Manual BEVI Risk Assessments. Edition 3.2.Bilthoven, the Netherlands:
National Institute of Public Health and the Environment (RIVM).
SASOL PETROLEUM INTERNATIONAL (2013). Mozambique PSA Surface Facilities Basis of
Design.Document No. MSDP1301-GEN-0000-08001-BOD- 0003 Ver. 0.
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Dr. M P Oberholzer
A Golder, Golder Associates e o desenho do globo da GA são marcas registadas da Golder Associates Corporation.
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ANEXO A
Curricula Vitae
Julho de 201
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CURRICULUM VITAE (CV) FOR PROPOSED PROFESSIONAL STAFF
Key Qualifications:
NUCLEAR
2008 to present Safety report for marine and land based incidents for proposed nuclear
sites
2008 Safety report for aircraft accidents into nuclear facility
2008 Appointed to conduct risk assessment of Fuel Plant, Pelindaba
2006 Risk assessment of Tank Farm, for PBMR
2005 Consequence analysis of Fuel Plant Layout, Pelindba
2003-2005 Chairman of Hazop Studies for PBMR
POWER PLANTS
2012 Lead Process Engineer for the risk assessment for Matla Power
Station in the Witbank areas
2010 Lead Process Engineer for the risk assessment of coal based power
plants in the Witbank areas
2009 Lead Process Engineer for the risk assessment of coal based power
plants in the Waterberg areas
2008 Lead Process Engineer for the risk assessment of proposed gas fired
power plants in Mozambique.
2008 Lead Process Engineer for the risk assessment of the conversion of
the peaking power to a CCGT plant located at Atlantis, Western Cape.
2006 Lead Process Engineer for the risk assessment of coal based power
plants near Witbank and Vaal South.
2006 Lead Process Engineer for the risk assessment of proposed peaking
power plants in KZN and Eastern Cape.
2006 Lead Process Engineer for the risk assessment of the expansion of the
peaking power plant located at Atlantis, Western Cape.
CHEMICALS
2012 Lead Process Engineer for quantitative risk assessment for Isegen’s
facilities at Durban and Germiston
2012 Lead Process Engineer for quantitative risk assessment for a MAP
plant, Richards Bay
2012 Lead Process Engineer for quantitative risk assessment, Occupied
Building risk assessment and hazardous area classification for
Synthomer, Durban
2012 Lead Process Engineer for quantitative risk assessment for new
hydrogen fluoride and tri aluminium fluoride plant, Richards Bay
2011 Lead Process Engineer for quantitative risk assessment for Rainbow
Chickens’ processing plant at Rustenburg
2011 Lead Process Engineer for quantitative risk assessment for steel plant
at Witbank
2011 Lead Process Engineer for quantitative risk assessment for steel plant
at Saldanha Bay
2011 Lead Process Engineer for quantitative risk assessment for platinum
refinery, Springs
2011 Lead Process Engineer for quantitative risk assessment for new
hydrogen fluoride and tri aluminium fluoride plant, Gauteng
2009 Lead Process Engineer for quantitative risk assessment for Shell
Chemicals, Durban
2009 Lead Process Engineer for quantitative risk assessment for Unico,
Durban
2008 Lead Process Engineer for quantitative risk assessment for Revertex,
Durban
2007 Lead Process Engineer for quantitative risk assessments of a new
Chlor-Alkali facility, Eastern Cape
2002-2008 Lead Process Engineer for quantitative risk assessments of ammonia
refrigeration plants throughout South Africa.
2007 Lead Process Engineer for quantitative risk assessments of alkylation
plant, KZN
2006 Lead process Engineer for a quantitative risk assessment of a 900 t
butane storage facility in Durban. This study considered fires and
explosions from an accidental loss of containment of material.
2005 Lead Process Engineer, quantitative risk assessment for Impala
Platinum BMR expansion. This included the consequent modelling of
fires and explosions of flammable liquid and gases as well as air
dispersion of toxic gases.
2005 Lead Process Engineer, Quantitative risk assessment for NCP
Chlorchem expansion. This included the consequent modelling of fires
and explosions of flammable liquid and gases as well as air dispersion
of toxic gases.
2005 Lead Process Engineer, quantitative risk assessment for Dow
Chemical’s facilities at Canelands, Chloorkop, Sasolburg and Berlin.
This included the consequent modelling of fires and explosions of large
flammables and toxic gases
2003 Lead Process Engineer, quantitative risk assessment for PetroSA
converting floating roof tanks into MTBE storage tanks at the refinery
and export terminal.
REFINERY
2009 Lead Process Engineer, quantitative risk assessment for a refinery
expansion, Suriname
2006 Lead Process Engineer for the fire zoning classification of Saudi
Aramco’s Luberef facility, Saudi Arabia. The study defined the fire
zones as per the requirements of Saudi Aramco.
2006 Lead Process Engineer for the building Risk Assessment of the Saudi
Aramco Lubref facility, Saudi Aramco. The study consisted of a full
quantitative risk assessment as per API 752.
Employment Record:
Languages:
Speaking Reading Writing
English (first) Excellent Excellent Excellent
Afrikaans Good Good Average
Certification:
I, the undersigned, certify that to the best of my knowledge and belief, these data correctly
describe me, my qualifications, and my experience.
ANEXO B
Limitações do Documento
Julho de 201
ReportNo.1302793 - 10712 - 15 (Port)
RISCO, EXPLOSÃO DE POÇO
LIMITAÇÕES DO DOCUMENTO
O presente documento foi providenciado pela Golder Associados Moçambique Lda. (Golder) sujeito às
limitações seguintes:
i) Por definição a AIA é um processo preditivoque ocorre na fase mais cedo possível do processo de
desenvolvimento do projecto. O principal benefício de realizar uma AIA numa fase logo de início é que
os resultados da AIA podem ser usados para influenciar o desenho do projecto. Ao mesmo tempo, os
regulamentos aplicáveis à AIA exigem que seja obtida autorização antes de se iniciar qualquer
actividade e determinam também que a AIA deve estar finalizada numa fase inicial do processo de
desenvolvimento do projecto. Embora estes requisitos sejam importantes, estes impõem uma limitação
importante à AIA, que é o facto de que a AIA é baseada no que é em grande parte um desenho básico
e não um desenho detalhado.
ii) A transição de desenho básico para desenho detalhado, e as limitações resultantes sobre a informação
que se encontra disponível é um facto amplamente reconhecido no processo da AIA. Na realidade os
profissionais envolvidos na Avaliação dos Impactos Ambientais irão directamente visar obter
informação que é vital para a AIA, mas que tipicamente só se encontra disponível durante o desenho
detalhado do projecto. Por exemplo, os dados relativos a todos os aspectos ambientais devem estar
disponíveis para a realização da AIA, e estes incluem emissões atmosféricas, descarga de águas
residuais, tipos e quantidades de resíduos sólidos e outra informação semelhante. Nos casos em que
esta informação não se encontre directamente disponível, o profissional da AIA irá usar suposições
conservadoras com base nos ‘piores casos possíveis’ a fim de assegurar que os impactos sejam
exagerados em vez de serem subestimados na AIA.
iii) O âmbito e o período de Serviços da Golder são conforme se encontram descritos na proposta da
Golder, e estão sujeitos a restrições e a limitações. O presente Documento foi elaborado com a
finalidade específica delineada na proposta da Golder, e não é aceite qualquer responsabilidade pelo
uso do presente Documento, no todo ou em parte, em outros contextos ou para quaisquer outros fins.
iv) Nos casos em que os dados fornecidos pelo cliente ou por outras fontes externas tenham sido usados,
incluindo dados de pesquisa anterior realizada no local, foi feita a suposição de que a informação está
correcta a menos que de outra forma especificado. A Golder não aceita qualquer responsabilidade por
dados incompletos ou inexactos que tenham sido disponibilizados por outras partes.
vi) Como resultado do que foi descrito acima, a informação detalhada específica ao local do projecto só se
torna disponível à medida que o gasoduto vá sendo progressivamente estabelecido e é óbvio que tal
limita a informação que se encontra disponível na altura da finalização da AIA. Este facto não deve ser
considerado como debilitando a integralidade da AIA, mas serve simplesmente para facilitar o
entendimento de que certa informação não está directamente disponível na altura em que a AIA foi
finalizada. É importante sublinhar nesta altura do processo que a finalidade principal da uma AIA é a
tomada de decisão. Constitui assim encargo e responsabilidade dos profissionais envolvidos na AIA
certificarem-se que identificaram e avaliaram na AIA, todas as questões que são relevantes para a
tomada de decisão. Foram envidados esforços significantes na recolha das fontes para fins da
presente AIA, não de toda a informação, mas certamente de toda a informação necessária para
proporcionar a tomada de uma decisão eficaz.
vii) O Cliente concorda que só avançará com a apresentação de quaisquer reclamações e com vista a
procurar recuperar perdas, danos ou outras responsabilidades da parte da Golder Associados
Moçambique Lda. e não de qualquer das empresas afiliadas à Golder. Na medida do que é permitido
em termos da lei, o Cliente reconhece e concorda que não terá qualquer recurso legal e renuncia a
qualquer despesa, perda, reclamação, demanda ou instauração de caso contra as empresas afiliadas
da Golder, seus trabalhadores, técnicos e directores.
Julho de 201
ReportNo.1302793 - 10712 - 15 (Port)
RISCO, EXPLOSÃO DE POÇO
viii) Qualquer uso do presente Documento por uma terceira parte, ou qualquer consideração sobre o
Documento ou decisões tomadas com base no mesmo, constituem a responsabilidade única das
terceiras partes em questão. A Golder não aceita qualquer responsabilização por danos, caso existam
alguns, incorridos por qualquer terceira parte como resultado de decisões ou acções tomadas com
base no presente Documento.
GOLDER ASSOCIADOS MOÇAMBIQUE LDA.
Julho de 201
ReportNo.1302793 - 10712 - 15 (Port)
Golder Associados Moçambique Limitada
Avenida Patrice Lumumba Nº 577
Cidade de Maputo
Moçambique
T: [+258] (21) 301 292