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Julho 2014

AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL DO


COM ORIENTAÇÃO TÉCNICA POR MARK WOOD, COORDENADOR DA AIA, DA MARK WOOD CONSULTANTS PROJECTO DE DESENVOLVIMENTO NO
ÂMBITO DO APP E DE PRODUÇÃO DE GPL
DA SASOL
RISCO (EXPLOSÃO DE POÇO)
Relatório de Especialista 8
AIA REALIZADA PELA GOLDER ASSOCIADOS MOÇAMBIQUE LDA

Elaborado por

Autor: MP Oberholzer

Apresentado à:
SASOL Petroleum Mozambique Limitada & Sasol Petroleum Temane Limitada

Relatório Número: 1302793 - 10712 - 15 (Port)


RISCO, EXPLOSÃO DE POÇO

RISCOM (PTY) LTD

A RISCOM (Pty) Ltd é uma empresa de consultoria especializada em segurança de processos. Para além
disso, a RISCOM1 é uma autoridade aprovada de inspecção (Approved Inspection Authority - AIA) para a
realização de avaliação do risco em Instalações de Alto Risco (Major Hazard Installation (MHI) de acordo
com a Lei 85 de 1993 da África do Sul sobre Segurança e Saúde no Ambiente de Trabalho (OHS) e
respectivo regulamento sobre Instalações de Alto Risco (de 2001). A fim de manter o nosso estatuto de
autoridade aprovada de inspecção, a RISCOM é acreditada pelo Sistema Nacional de Acreditação da África
do Sul (SANAS), de acordo com a Norma IEC/ISO 17020. A acreditação consiste num certo número de
elementos que incluem a competência técnica e a independência de terceiros.

A independência da RISCOM é comprovada pelo seguinte:

ƒ A RISCOM não vende nem efectua serviços de reparação a equipamento que possa ser usado na
indústria de processamento;

ƒ A RISCOM não tem qualquer participação accionista em empresas de processamento ou que façam
avaliações de risco;

ƒ A RISCOM não desenha equipamento nem processos

Mike Oberholzer é Engenheiro Profissional formado em Ciências (Bacharelato em Engenharia Química) e


signatário devidamente autorizado de Avaliações de Risco em MHI, cumprindo assim os requisitos de
competência da SANAS para a avaliação de materiais perigosos, incluindo incêndios, explosões e emissões
tóxicas.

Eng. MP Oberholzer , BSc (Eng. Quím.), membro do Instituto Internacional de Engenheiros Químicos
MIChemE e do Instituto Sul-Africano de Engenheiros Químicos MSAIChE

AVISO DE DIREITOS AUTORAIS


Todo o conteúdo incluído no presente documento constitui propriedade da RISCOM (PTY) LTD e é
protegido pelas leis sul-africanas e internacionais de direitos autorais. A recolha, organização e
montagem de todo o conteúdo deste documento é propriedade exclusiva da RISCOM (PTY) LTD e
protegido peals leis sul-africanas e internacionais de direitos autorais.
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autorizada ou uso de material com direitos autorais é proibida por lei.

1A RISCOM™ e o logótipo RISCOM são marcas comerciais registadas da RISCOM (PTY) LTD

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Resumo Não Técnico


O projecto de Desenvolvimento no âmbito do APP e Projecto de produção de GPL da SASOL compreende
a expansão da Unidade Central de Processamento (CPF) para processar gás adicional, condensado e
petróleo proveniente da área definida no Acordo de Partilha de Produção (APP) com o Governo de
Moçambique. O projecto vai aumentar significativamente a capacidade da SASOL de processar gás e
líquidos e poderá incluir a possibilidade de produzir Gás de Petróleo Liquefeito (GPL), que substituiria uma
grande parte das 15.000 a 20.000 toneladas/ano, que são actualmente importadas a um custo significativo
para Moçambique.
O Projecto é composto por duas componentes principais:

ƒ A fase 1 do APP do Projecto de Desenvolvimento de Gás (o “Projecto de Gás”), que envolve seis
poços de produção no Campo de Temane e mais um Trem de Processamento de Gás (o 5º) na
Unidade Central de Processamento- CPF, concebida para processar o gás e condensados adicionais
provenientes dos poços e localizado dentro dos limites da planta já existente.

ƒ A Fase 1 do APP do Projecto de Desenvolvimento de Líquidos (o “Projecto de Líquidos”), que


envolve doze poços de produção de petróleo e um poço de recolha de dados no campo de
Inhassoro, assim como uma nova planta de Processamento de Líquidos e Gás de Petróleo Liquefeito
(GPL), localizada adjacente à parte Nordeste da CPF. A planta deverá produzir 15.000 barris de
crude por dia (stbopd) e 20.000 toneladas de GPL por ano.
Os poços de petróleo que vão apoiar o Projecto de Desenvolvimento no âmbito do APP e Projecto de GPL
irão incluir os reservatórios G6 e G10 de Inhassoro. O G6 é um campo de gás com uma lâmina de petróleo
leve com espessura reduzida enquanto o G10 é uma acumulação de petróleo. Dado que os novos poços de
petróleo vão produzir uma proporção muito maior de hidrocarbonetos líquidos do que os poços já existentes
de gás e condensado, existe a preocupação sobre os possíveis impactos causados pela perda de material
tanto como resultado de uma explosão de um poço ou de um vasto vazamento de uma conduta,inundação
terrestre ou infiltração de águas subterrâneas em habitats aquáticos críticos, com a consequente
mortalidade de espécies aquáticas.

A finalidade deste estudo especializado foi modelar a provável dimensão de uma explosão e tomar em
consideração as possíveis rotas de transporte, determinar a probabilidade de uma significante ameaça aos
recursos aquáticos. No EPDA, o poço I-G6PX-1 foi apontado como uma preocupação especial, dado que se
situa a 90m de um dos vários riachos costeiros que desaguam no mar.
Ademais, o modelo foi usado para determinar o risco potencial para os seres humanos, em caso de uma
situação extrema que poderia resultar de um incêndio ou de uma explosão.
O estudo conclui que a probabilidade de explosão de um poço é muito baixa, sendo de uma frequência de
cerca de 4.4x10˗4 (uma em 44.000) por poço. Em caso de ignição de uma nuvem de vapor associada a uma
explosão de um poço, isso resultará em clarão de fogo e em incêndio que têm o potencial de causar
letalidade na área do poço. Para fora desta área, não se prevêem ferimentos. Não é igualmente provável
que a vegetação ao redor pegue fogo.
Se não houver obstrução da descarga e o poço ejectar mais ou menos verticalmente sem ignição, o modelo
PHAST não prevê nenhuma precipitação, dado os fluidos do poço na nuvem de vapor acabarem por se
dissiparem na atmosfera. A hipótese conservadora, dada a possibilidade de alguma lama, é que haveria
muito pouca precipitação. Uma obstrução da descarga poderia resultar no desvio dos fluidos de volta ao
solo e, nestas circunstâncias, formar-se-ia uma mancha/depósito de líquido. Assumindo uma superfície
impermeável lisa, a mancha espalhar-se-ia numa camada fina de cerca de 80m a partir do poço num
período de 30 minutos. Embora os dados disponíveis sobre falhas de poços não forneçam orientação
quanto ao tempo necessário para controlar uma explosão típica, é prática comum assumir uma emissão de
30 minutos. Se for considerada uma visão conservadora e o período de emissão descontrolada for
estendido por vários dias, a área coberta pela mancha de líquido aumentaria proporcionalmente ao tempo.

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A hipótese de um solo impermeável é uma limitação do modelo EFFECTS. Tomando em consideração a


natureza arenosa dos solos a Leste do Rio Govuro, a taxa provável de absorção de fluidos é alta e é
provável que haja uma absorção significativa para os solos e água subterrânea, assumindo-se um período
alargado de emissão. A rota que o fluxo poderá seguir está fora do âmbito deste relatório mas é
considerada em maior detalhe no Estudo Especializado 3, “Avaliação de Impacto Geohidrológico”.

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ABREVIATURAS E ACRÓNIMOS

Clarão de Um clarão de fogo é a combustão de um vapor inflamável com a mistura de are onde a chama
Fogo passa pela mistura a uma taxa inferior que a velocidade sónica de forma que se produz uma
sobrepressão com danos insignificantes.
Deflagração Deflagração é a reacção química de uma substância, em que a frente de reacção avança para a
substância que não reagiu a uma velocidade menor que a do som.

Detonação Detonação é a libertação de energia causada pela reacção química extremamente rápida de uma
substância em que a frente de reacção de uma substância é determinada pela compressão acima
da temperatura de auto-ignição.

Explosão Uma explosão é a liberação de energia que causa uma interrupção da pressão ou onda de
explosão.

Explosão da A explosão resultante da ignição de uma nuvem previamente misturada de vapor inflamável, gás,
Nuvem de ou pulverização com ar, em que as chamas sobem a velocidades suficientemente altas para
Vapor produzir uma sobrepressão significativa.

Frequência A frequência é o número e vezes que um resultado pode ocorrer num determinado período de
tempo.

Fonte de Uma fonte de ignição é a fonte de temperatura e energia suficiente para iniciar uma combustão.
Ignição

Jacto O jacto é o fluxo de material que sai de um orifício com um impulso significativo.

Jacto de O Jacto de fogo/chama é a combustão de material que sai de um orifício com significante impulso.
Fogo/Chama
LFL Lower Flammable Limit (Limite Inflamável Inferior – LII) ver Limites Inflamáveis
Limites Limites inflamáveis são um intervalo das quantidades de gás ou vapor no ar que poderão arder ou
inflamáveis explodir caso exista chama ou outra fonte de inflamação. A parte mais baixa deste intervalo é
chamada de Limite Inferior Inflamável. Da mesma forma, o ponto mais alto deste intervalo é
chamado de Limite Superior Inflamável.

Líquido A Lei Sul Africana de Saúde e Segurança, (South African Occupational Health and Safety) Lei 85
Inflamável de 1993, define um líquido inflamável, como qualquer líquido que produz um vapor que forma
uma mistura explosiva com o ar e inclui qualquer líquido com um ponto de inflamação de menos de
55º C. Os produtos inflamáveis foram classificados de acordo com seus pontos de inflamação e
pontos de ebulição, o que, em última instância determina a propensão de se inflamar. As distâncias
de separação descritas nos diversos códigos dependem da classificação de inflamabilidade.

Classe Descrição
0 Gás de Petróleo Liquefeito
IA Líquidos que têm um ponto de inflamação abaixo de 23ºC e um ponto de ebulição abaixo
de 35ºC
IB Líquidos que têm um ponto de inflamação abaixo de 23ºC e de ebulição de 35ºC ou mais
IC Líquidos que têm um ponto de inflamação de 23ºC e mais, mas abaixo de 38ºC
II Líquidos que têm um ponto de inflamação de 38ºC e mais, mas abaixo de 60.5ºC
IIA Líquidos que têm um ponto de inflamação de 60.5ºC e mais, mas abaixo de 93ºC
MMscfd Million standard cubic feet per day (Milhões de metros cúbicos padrão por dia)
Perda de Perda de contenção é a ocorrência que resulta na emissão de material para a atmosfera
Contenção

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stopd Barris de armazenagem de petróleo por dia. Trata-se de uma medida de petróleo tratado
armazenado em depósitos de armazenagem. Um metro cúbico é de cerca de 6,29 barris de
armazenagem.
TVDSS In a non – deviated vertical well, measured depth is true depth (TVD). TVDSS is measured depth
below well elevation and has a negative (-) associated with it. (Em um poço vertical sem desvios, a
profundidade medida é a profundidade verdadeira (TVD). TVDSS é a profundidade medida abaixo
da elevação do poço e tem um sinal negativo (-) associado)

UFL Upper Flammable Limit (Limite Superior Inflamável (ver Limites Inflamáveis))

VCE Ver Explosão de Nuvem de Vapor

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Índice

1.0  INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................................... 1 

1.1  Visão Geral do Projecto ................................................................................................................................ 1 

1.2  Descrição do Projecto................................................................................................................................... 3 

1.2.1  Os Poços ................................................................................................................................................ 3 

1.2.2  As Linhas de Fluxo ................................................................................................................................. 3 

1.2.3  O 5º Trem de Processamento de Gás (Projecto de APP de Gás) .......................................................... 3 

1.2.4  O APP dos Líquidos e a Planta de GPL.................................................................................................. 3 

1.2.5  Planta Autónoma de GPL ....................................................................................................................... 4 

2.0  ÂMBITO DO TRABALHO.......................................................................................................................................... 5 

3.0  DESCRIÇÃO DO RESERVATÓRIO DE PETRÓLEO ............................................................................................... 6 

3.1  Composição dos Fluidos Produzidos............................................................................................................ 6 

3.2  Taxas de Produção....................................................................................................................................... 7 

3.3  Pressões de Explosão do Poço .................................................................................................................... 7 

4.0  METODOLOGIA ........................................................................................................................................................ 8 

5.0  RESULTADOS DA MODELAGEM ............................................................................................................................ 9 

5.1  Incêndios e Jactos de Fogo .......................................................................................................................... 9 

5.2  Manchas Líquidas....................................................................................................................................... 11 

5.2.1  Emissão desimpedida ........................................................................................................................... 11 

5.2.2  Emissão Impedida ................................................................................................................................ 11 

5.3  Probabilidade de Explosão de Poço ........................................................................................................... 14 

6.0  CONCLUSÕES ........................................................................................................................................................ 14 

7.0  REFERÊNCIAS ....................................................................................................................................................... 15 

TABELAS
Tabela 3-1: Propriedades dos Reservatórios G6 e G10 das Areias de Inhassoro .............................................................. 6 

Tabela 3-2: Propriedades dos fluidos para os reservatórios G6 e G10 ............................................................................... 6 

FIGURAS
Figura 1-1: Elementos do proposto Estabelecimento do APP e Projecto de GPL .............................................................. 2 

Figura 5-1: O LFL da emissão do reservatório G6 para ventos de alta e baixa velocidade ................................................ 9 

Figura 5-2: O /LFL/LII da emissão do reservatório G10 para ventos de alta e baixa velocidade ........................................ 9 

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Figura 5-3: Fluxo da radiação térmica na direcção do vento a partir do jacto de fogo no reservatório G6 durante
ventos de velocidades alta e baixa................................................................................................................... 10 

Figura 5-4: Fluxo da radiação térmica na direcção do vento a partir de um jacto de fogo no reservatório G10
durante ventos de velocidades alta e baixa. .................................................................................................... 10 

Figura 5-5: Raio estimativo de cada componente versus o tempo para o derrame de um hidrocarboneto líquido
do Poço G6 ...................................................................................................................................................... 11 

Figura 5-6: Raio estimativo de cada componente versus o tempo para o derrame de um hidrocarboneto líquido
do Poço G10 .................................................................................................................................................... 12 

Figura 5-7: Raio estimado para cada cadeia de grandes componentes de carbono em função do tempo para um
derrame de um hidrocarboneto líquido do poço G6 ......................................................................................... 13 

Figura 5-8: Estimativa de raio para cada grande cadeia de componentes de carbono em função do tempo para
um derrame de um hidrocarboneto líquido do poço G10 ................................................................................. 13 

ANEXOS
ANEXO A 
Curricula Vitae 

ANEXO B 
Limitações do Documento 

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1.0 INTRODUÇÃO
1.1 Visão Geral do Projecto
A Sasol Petroleum Moçambique (SPM) tem um Acordo de Partilha de Produção (APP) com o Governo de
Moçambique e a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos. Por sua vez, foi celebrado um Contrato de
Produção de Petróleo (CPP) entre a Sasol Petroleum Temane (SPT) e seus parceiros (Companhia
Moçambicana de Hidrocarbonetos (CMH), o IFC e o Governo de Moçambique, que abrange os activos
actualmente produtivos dos campos de Temane e Pande.
As licenças da APP e do CPP sobrepõem-se umas às outras em grande medida, em ambas as áreas de
Pande e Temane. A licença de CPP aplica-se a formações específicas com hidrocarbonetos dentro dessas
áreas. A licença de APP cobre todas as outras formações nas áreas geográficas de Temane e Pande que
estão neste momento a ser consideradas para desenvolvimento e incluem também outros campos e
perspectivas onde foram abertos poços de exploração e avaliação, mas que ainda não foram declarados
comerciais.

A planta de processamento de gás da Sasol, conhecida por Unidade Central de Processamento (CPF), está
situada a 40 km a Noroeste de Vilanculos. Actualmente, toda a produção da Sasol é exportada a partir da
CPF por via de um gasoduto, que é em grande parte destinada para uso na África do Sul, ou como
condensado, que é transportado para a Beira para posterior embarque. Uma proporção cada vez mais
crescente do gás está a ser utilizada em Moçambique, tanto para fins industriais como de geração de
energia. Na província de Inhambane, o gás é fornecido à Central Eléctrica da EDM, movida à gás, que gera
a electricidade fornecida a Inhassoro, Vilanculos e áreas circunvizinhas.
Desde que a planta foi estabelecida pela primeira vez em 2002, a Sasol ampliou a CPF e pôs em operação
novos poços de gás nos campos de gás de Pande e Temane. Actualmente, a CPF é composta por quatro
trens de processamento de gás, alimentados por vinte e quatro poços de produção, em terra, doze dos
quais estão no campo de Temane e doze no campo de Pande.
O Projecto de Desenvolvimento no âmbito do APP e Projecto de GPL (doravante aqui referido como "o
Projecto") envolve a expansão da CPF para processar gás adicional, condensado e petróleo da área
definida no Contrato de Partilha de Produção (APP) com o Governo de Moçambique. O projecto vai
aumentar significativamente a capacidade da Sasol de processar gás e líquidos e pode incluir a
possibilidade de produzir Gás de Petróleo Liquefeito (GPL), que substituiria uma grande parte das 15.000 a
20.000 toneladas/ano, que actualmente são importados a um custo significativo para Moçambique.
O Projecto consiste em duas componentes principais:

ƒ A Fase 1 do Desenvolvimento do APP de Gás (o "Projecto de Gás), que comporta seis poços de
produção no Campo de Temane e um trem adicional (o 5º) de gás na CPF, projectado para
processar o gás adicional e condensado dos poços e localizado dentro do espaço da planta
existente;

ƒ A Fase 1 do Desenvolvimento do APP de Líquidos (o "Projecto de Líquidos '), que comporta doze
poços de produção de petróleo e um poço de recolha de dados no campo Inhassoro, e uma nova
Planta de Processamento de Líquidos e de Gás de Petróleo Liquefeito (GPL), situada do lado
Nordeste da CPF. A planta deverá produzir 15 mil barris de armazenamento de petróleo por dia
(stbopd) e 20.000 toneladas de GPL por ano. Alternativamente, a planta de GPL poderá ser
desenvolvida como uma unidade independente dentro da área da CPF, juntamente com o Projecto
de APP de Gás.
Todos os poços de gás e petróleo estarão ligados à CPF por tubagem enterrada conhecida pelo termo
‘linhas de fluxo’, num desenho semelhante à tubagem que actualmente fornece gás à planta. As novas
linhas de fluxo deverão, tanto quanto possível, seguir as linhas de acesso já existentes e na secção através
do Rio Govuro, serão ligadas a condutas já existentes, que atravessam o canal e foram montados durante o
projecto de construção em 2002, como forma de evitar mais perturbação causada por mais travessias.

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A Figura 1-1 mostra todos os elementos do Projecto do APP proposto, incluindo os novos poços de gás e
petróleo, linhas de fluxo e instalações de produção.

Figura 1-1: Elementos do proposto Estabelecimento do APP e Projecto de GPL

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1.2 Descrição do Projecto


1.2.1 Os Poços
A localização dos propostos poços de petróleo e gás está ilustrada na Figura 1-1. Serão semelhantes aos
poços de Temane e Pande já existentes, com uma infra estrutura de superfície que consiste numa cabeça
do poço (ou "árvore de Natal") centrada numa área segura e limpa de cerca de 100m x 100m. Não haverá
libertação de fluidos ou gases para a atmosfera (ventilação) nas cabeças dos poços durante as operações
normais - todos os fluidos extraídos serão transferidos através das linhas de fluxo para a CPF para
processamento
O posicionamento dos poços foi determinado com base em estudos preliminares de engenharia e poderá
estar sujeito a algumas mudanças durante as pesquisas detalhadas do projecto. Três dos poços de
produção a serem abertos no campo de Inhassoro ainda não foram posicionados e não estão ilustrados na
figura.

1.2.2 As Linhas de Fluxo


Os fluidos dos poços serão canalizados para a Central Colectora em Inhassoro (Projecto de APP de
Líquidos) ou para a CPF (Projecto de APP de Gás) por novas linhas de fluxo, enterradas no solo a cerca de
1m de profundidade e, principalmente seguindo canais, estradas e outras linhas de fluxo já existentes
Figura 1-1. Uma estrada de acesso permanente definitiva de cascalho será construída para acesso de
serviços de manutenção ao longo das linhas de fluxo nos poucos lugares onde o acesso rodoviário não
existe. A (Figura 1-1 destaca onde as linhas irão cruzar o Rio Govuro, ligando-se a secções já existentes de
tubagem extra que foram colocados sob o rio Govuro, em 2002, a fim de evitar a repetição de obras de
construção no canal do rio. Para o projecto de gás, um poço (T-19A) fica a leste do rio Govuro e usará uma
linha de fluxo livre através do rio. Para o projecto de líquidos, todos os poços de petróleo se encontram a
leste do rio Govuro. Estes serão combinados na Central Colectora em Inhassoro, a partir da qual um único
gasoduto vai transportar os fluidos, ligando-se a outro gasoduto de apoio já existente em todo o Rio Govuro
e, em seguida, o seu encaminhamento para a frente para a nova planta ao lado da CPF.

1.2.3 O 5º Trem de Processamento de Gás (Projecto de APP de Gás)


A actual provisão de separação de gás/líquido na CPF e os quatro trens de processamento serão
complementados por equipamento adicional, acrescentado em paralelo e ligado ao mesmo dispositivo de
distribuição. O novo equipamento estará localizado dentro dos limites da CPF. Um novo separador de
produção e um novo separador de líquidos serão adicionados, da mesa forma que as unidades existentes.
Um novo trem de processamento de gás será adicionado, este trem vai ser da mesma capacidade que os
trens existentes (150) MMscfd e equipamentos muito semelhantes serão fornecidos.
Todo o condensado estabilizado será enviado para os tanques de armazenamento na CPF. Não são
fornecidos tanques adicionais. O condensado será exportado por camião cisterna.
As unidades de compressão de baixa pressão (LP) e de alta pressão (HP) na CPF serão ampliadas com a
adição de uma nova unidade de cada. As unidades de compressão e auxiliares serão idênticas às unidades
já existentes.
A grande produção de água na CPF, resultante do APP do Projecto de Desenvolvimento de gás será
tratada e eliminada pelos sistemas existentes na CPF. Outros sistemas de serviços públicos, tais como
água, ar e nitrogénio, serão incrementados para que a nova planta de gás não seja limitada pelo
fornecimento de serviços públicos. Não são necessários novos sistemas de geração de energia para apoiar
o APP da planta de gás. Não serão adicionados novos sistemas de queima.

1.2.4 O APP dos Líquidos e a Planta de GPL


A Planta Integrada de Produção de Líquidos e de GPL no âmbito do APPficará baseada numa produção de
15.000 stbopd de petróleo e 40MMscfd de gás. Esta planta estará localizada numa nova área adjacente à
actual CPF à Nordeste. A nova planta compreende dois trens de tratamento que funcionam em paralelo,
cada um vai processar aproximadamente 50% da entrada de líquidos; um trem de 7500 stbopd de GPL que

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fará um máximo de 20.000 tpa de GPL (para além do petróleo estabilizado) e um trem de estabilização de
petróleo de 7.500 stbopd que produzirá apenas petróleo estabilizado e nenhum GPL.
As instalações de recepção do APP de Líquidos serão compostas de ligações para um receptor provisório
do gasoduto, seguido de um receptor de Lamas de depuração. Os líquidos do depurador de lamas serão
encaminhados para um separador de petróleo-água que separa o petróleo da água e remove o gás residual
também.
O fluxo do petróleo separado será encaminhado para dois trens de processamento de petróleo configurados
de forma diferente, para a estabilização. O primeiro é um trem de GPL de 7500 stbopd, que produz 20.000
tpa de GPL para além de petróleo estabilizado. O segundo é um trem de estabilização de petróleo de 7.500
stbopd, que produz apenas petróleo estabilizado e nenhum GPL. O petróleo estabilizado será enviado para
quatro novos tanques de armazenamento de petróleo de 15.000 bbl. Vão ser fornecidos quatro novos cais
de carga para camiões-cisterna. O GPL será armazenado acima do nível do solo em quatro compartimentos
de armazenamento de GPL e exportado a partir de dois cais de carga de camiões cisterna de GPL.
O gás proveniente do depurador e separador de lamas será combinado com o gás do trem de GPL e do
estabilizador para ser usado como gás combustível de baixa pressão e o remanescente encaminhado para
o sistema de tratamento de gás da CPF.
A água produzida será tratada num novo sistema de tratamento de água e enviada para um poço de
eliminação já existente.

1.2.5 Planta Autónoma de GPL


A viabilidade financeira Projecto de Desenvolvimento de Líquidos, no âmbito do APP, ainda está a ser
avaliada na Fase Conceitual do Projecto de Engenharia(FEED). Uma alternativa a ser considerada na AIA é
uma planta independente de GPL, localizada no 5º Trem de Processamento de Gás dentro da área da
actual CPF. Os compartimentos de armazenamento de GPL e os cais de carga de GPL permaneceriam na
área identificada para todo o APP da Planta de Líquidos e GPL. Neste caso, a planta de GPL iria processar,
em média, 1.500 stbcpd de condensado para produzir cerca de 5.000 toneladas de GPL por ano.

A planta irá processar o condensado não estabilizado proveniente da CPF. Isso vai ser encaminhado para
um recipiente (flash vessel) de GPL, projectado para maximizar a recuperação do GPL. O líquido não
estabilizado será então canalizado para o processo de produção de GPL que irá separar os componentes
mais pesados dos mais leves, produzindo GPL a partir da camada superior e condensado a partir da
camada do fundo.
O condensado estabilizado será enviado para os tanques de armazenamento existentes na CPF onde será
armazenado para exportação por camião cisterna. O GPL será armazenado em três tanques de
armazenamento de GPL montados acima do solo, localizados fora dos limites da actual CPF, no mesmo
local que os propostos tanques de armazenamento para o Projecto de Desenvolvimento de Líquidos no
Âmbito do APP e a Planta de GPL descrita na Secção 2.4 acima. Um dos tanques será utilizado para
depósito de GPL sem especificações.
Uma parte do gás saído do processo será usada como gás combustível de baixa pressão, enquanto o
remanescente será encaminhado para a CPF para tratamento e exportação. Os pequenos volumes de água
separados no processo serão devolvidos para o sistema de tratamento de água produzida na CPF
Os serviços de apoio serão fornecidos pelos sistemas já existentes na CPF.

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2.0 ÂMBITO DO TRABALHO


Os poços de petróleo que apoiarão o Projecto de Desenvolvimento no âmbito do Acordo de Partilha de
Produção (APP) e Projecto de Produção de Gás de Petróleo Liquefeito (GPL) incluem os reservatórios G6 e
G10. O G6 é um campo de gás com um tipo de petróleo leve, enquanto o G10 é uma acumulação de
petróleo. Uma vez que os novos poços de petróleo vão produzir uma proporção muito maior de
hidrocarbonetos líquidos que os poços de gás e condensado existentes, há uma preocupação sobre os
possíveis impactos causados por uma explosão de poço em áreas onde as partículas perdidas poderiam
ser transmitidas, quer por vazamento, inundação terrestre ou infiltração subterrânea em habitats aquáticos
críticos, com a consequente mortalidade de espécies aquáticas.
O objectivo do estudo especializado é modelar o provável alcance de uma explosão e, levando em
consideração as possíveis rotas de transporte, determinar a probabilidade de uma ameaça significativa para
os recursos aquáticos. No EPDA, o poço I-G6PX-1 foi apontado como uma preocupação específica, uma
vez que este está a 90m de um dos vários riachos costeiros que desaguam no mar.

Além disso, o modelo foi utilizado para determinar o risco potencial para os seres humanos, no caso de um
acidente extremo, que poderia resultar de um incêndio ou de uma explosão.

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RISCO, EXPLOSÃO DE POÇO

3.0 DESCRIÇÃO DO RESERVATÓRIO DE PETRÓLEO


Os aspectos relevantes da Base do Reservatório SPI (2013) encontram-se resumidos nas seguintes
subsecções.
Serão perfurados onze novos poços no reservatório de Inhassoro, como parte do Projecto de
Desenvolvimento de um APP e GPL. Os poços estarão localizados dentro dos limites dos campos G6 e G10
cujas propriedades são fornecidas na Tabela 3-1.
Tabela 3-1: Propriedades dos Reservatórios G6 e G10 das Areias de Inhassoro
Propriedade Unidades Areia G6 Areia G10

Profundidade média TVDSS em m 1163 1480


Pressão inicial do psia 1613 2173
reservatório (bara) (111.2) (150)
Pressão na cabeça da
psia 1425 770
tubagem selada.
(bara) (98.3) (53.1)

Temperatura no °F 124.5 138


Reservatório (°C) (51.4) (59)

3.1 Composição dos Fluidos Produzidos


As propriedades dos fluidos para os horizontes G6 e G10 de Inhassoro encontram-se demonstrados na
Tabela 3-2. Os fluidos com cadeias de carbono alcano de C12e inferior estão expressos em componentes
verdadeiros, enquanto componentes com maior número de carbono estão representados por pseudo-
componentes.
Tabela 3-2: Propriedades dos fluidos para os reservatórios G6 e G10
Composição do Fluido da Areia Composição do Fluido da Areia
Componente
G6 (Base Seca; Mol. %) G10 (Base Seca; Mol. %)

CO2 0.00 0.00


N2 0.98 0.42
C1 30.64 9.01
C2 8.08 3.02
C3 5.66 9.76
iC4 2.49 7.66
nC4 3.12 10.29
iC5 2.24 5.28
nC5 2.26 4.69
nC6 4.98 13.33
nC7 5.17 12.37
nC8 6.07 7.12
nC9 3.35 4.24
nC10 3.24 3.15

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RISCO, EXPLOSÃO DE POÇO

Composição do Fluido da Areia Composição do Fluido da Areia


Componente
G6 (Base Seca; Mol. %) G10 (Base Seca; Mol. %)

nC11 2.22 2.27


nC12 1.60 1.66
m-c-C5 1.77
Benzeno 0.16
c-C6 2.94
m-c-C6 5.00
Touleno 0.75
e-benzeno 0.21
m-xyleno 0.66
o-xyleno 0.32
C13–C16 (pseudo componente) 3.79 3.65
C17–C59 (pseudo componente) 2.30 2.08
Total 100.00 100.00

3.2 Taxas de Produção


A taxa média assumida de produção de cada poço será de 1,500 stbopd de petróleo e entre 0.7 e 1.2
MMscfd de gás.

3.3 Pressões de Explosão do Poço


Uma emissão descontrolada de fluidos do poço (ou “explosão”) pode ocorrer por várias razões. Para este
estudo interessam a explosão de superfície, em que os vapores e líquidos são emitidos para a atmosfera.
Durante a perfuração, isto deve-se essencialmente à perca de controlo da pressão do poço.
As explosões de poços podem ocorrer durante a construção ou operação. Muitas razões foram registadas
para estas explosões. Para a finalidade do presente estudo, aceita-se que os poços serão desenhados com
a experiência e conhecimento do engenheiro do reservatório e que um considerável conjunto de evidências
sobre o comportamento dos campos de Temane e Inhassoro já foi adquirido. Isto implicaria que na falta de
factores externos, as explosões de poços seriam muito provavelmente associados a falhas na manga do
poço ou elevador (raiser) do que de erros no desenho ou então devido a pressões inesperadas e
incontroláveis.
A pressão esperada nos poços está descrita no SPI (2013). A pressão inicial do reservatório é medida no
reservatório, a 1-1.4km abaixo da superfície. A pressão inicial à cabeça da tubulação é a pressão máxima à
superfície quando o poço está fechado. Esta é também a pressão máxima de uma explosão de um poço.
Note-se que existe uma diferença de pressão entre o reservatório a cerca de 1-1,4 km abaixo da superfície
e a pressão da cabeça de tubulação fechada, medida ao nível do solo. Esta diferença de pressão é
principalmente devido à diferença nas alturas das pressões medidas.
Com o historial dos poços à volta, bem como o conhecimento dos autores do SPI (2013), não devemos
esperar grandes variações da pressão à cabeça da tubagem dos poços para o projecto em curso. Este
estudo usou a pressão à cabeça da tubagem como a pressão provável do material emitido.

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RISCO, EXPLOSÃO DE POÇO

4.0 METODOLOGIA
O programa informático (software) usado para o estudo foi o PHAST v. 6.7 para as simulações com vários
componentes, das fracções flash. Os raios da mancha de evaporação foram calculados usando o modelo
EFFECTS v.9.0.18. Tomando em consideração as pressões do poço, o tamanho do furo e a natureza dos
fluidos (tal como descrito na Tabela 2-2) os modelos foram usados para calcular:

ƒ A dimensão de um incêndio no caso de uma ignição de uma emissão descontrolada (veja o prefácio
para uma definição de incêndio);

ƒ A extensão de um jacto de fogo em caso de inflamação de uma emissão descontrolada (veja o


prefácio para a definição de jacto de fogo)

ƒ A extensão do raio de uma mancha de líquido, assumindo uma emissão livre vertical a partir do furo
do poço; e

ƒ A extensão do raio de uma mancha de líquido assumindo impedimento no furo do poço ou outras
obstruções.
Os modelos de programas informáticos são baseados em fluxos externos, fogo, explosões e modelos de
dispersões internacionalmente reconhecidos e desenvolvidos por empresas internacionalmente
reconhecidas. Contudo, os modelos de programas informáticos são limitados ao 2D, a simulações estáticas
sem tomar em consideração o terreno à volta. A simulação estática não considera condições transitórias
nem mudanças na composição do fluido. Enquanto o modelo abrange um fluxo de duas fazes, este não
cobre emissões de líquidos lamacentos intermitentes que podem alterar o tamanho e composição das
manchas de líquidos que possam ser formadas como resultado de tais lamas.
Os modelos assumem que o solo é plano e impermeável. Quanto à evaporação, os componentes
individuais dos fluidos são considerados separadamente sem que os impactos combinados dos
componentes afectem cada um deles. Estes devem ser somados.

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RISCO, EXPLOSÃO DE POÇO

5.0 RESULTADOS DA MODELAGEM


5.1 Incêndios e Jactos de Fogo
Os hidrocarbonetos ardem numa mistura de oxigénio e só pegam fogo num intervalo muito estreito,
conhecido como os limites inferiores e superiores inflamáveis. A ejecção descontrolada de gás, líquidos
finos e vapor a partir do poço, sob pressões de cerca de 100 bars, resultam assim numa nuvem de vapor,
que se propaga por altitudes consideráveis. Contudo, a parte inflamável desta nuvem, será limitada à parte
que se situa entre os limites superior e inferior de inflamabilidade. As Figuras 5-1 e 5-2 ilustram o alcance
vertical ou horizontal do incêndio que resultaria da inflamação da nuvem e sob condições de menor e maior
velocidade do vento. Os gráficos mostram que a emissão é inicialmente ditada pelo ímpeto, mas que após
alguma distância é inclinada consoante o vento. Dado que o buraco do poço está centrado numa área de
poço que é uma área desmatada com uma dimensão de aproximadamente 100 m x 100 m, a
probabiliddade de que a chama venha a pegar fogo na vegetação por trás desta área é muito reduzida
Não foram previstas quaisquer explosões de nuvens de vapor.

Figura 5-1: O LFL da emissão do reservatório G6 para ventos de alta e baixa velocidade

Figura 5-2: O /LFL/LII da emissão do reservatório G10 para ventos de alta e baixa velocidade

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RISCO, EXPLOSÃO DE POÇO

Um incêndio duraria pouco tempo e seria substituído por um jacto de fogo ao longo da emissão. O jacto de
fogo normalmente segue-se a um incêndio. A radiação térmica a favor do vento a partir de um jacto de fogo
a uma velocidade alta e baixa do vento para um único poço nas formações G6 e G10, respectivamente,
está ilustrada na Figura 5-3 e Figura 5-4. A radiação térmica de 12,5 kW/m2 seria o limite inferior para
incendiar a vegetação, que se estenderia por aproximadamente 26-28m a partir da emissão na direcção do
vento. Enquanto esta se estende mais que a combustão instantânea, ela ainda fica contida bem dentro da
área limpa da plataforma do poço, o que indica que a probabilidade global de propagação do fogo para além
da plataforma é pequena.

Figura 5-3: Fluxo da radiação térmica na direcção do vento a partir do jacto de fogo no reservatório G6 durante ventos
de velocidades alta e baixa.

Figura 5-4: Fluxo da radiação térmica na direcção do vento a partir de um jacto de fogo no reservatório G10 durante
ventos de velocidades alta e baixa.

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RISCO, EXPLOSÃO DE POÇO

5.2 Manchas Líquidas


5.2.1 Emissão desimpedida
O modelo estabelece que uma explosão de um poço com furo completo resulta em emissão vertical sem
queda de líquidos para o solo. Isto significa que o jacto de líquido em alta pressão proveniente do poço
resultará em nuvem de vapor que se dissipará na atmosfera, desde que não se incendeie.

5.2.2 Emissão Impedida


O modelo de “emissão com obstrução” assume que uma obstrução impede a descarga vertical desimpedida
dos fluidos do poço, o que resulta em o fluxo ser desviado de volta para o solo. Neste caso, formar-se-ia
uma mancha/poça de hidrocarbonetos líquidos, que se espalharia para além do poço. O volume do fluxo
seria reduzido pela evaporação das partículas mais leves do hidrocarboneto, que são altamente voláteis. O
modelo toma isto em consideração. O raio estimado da mancha, assumindo-se uma dispersão concêntrica
para fora do poço, nenhuma absorção dos solos e a emissão com duração de 30 minutos (1,800 segundos),
seria de 36m – 36.5m para os poços G6 E G10 respectivamente. Na fase inicial da emissão o fluido deverá
comportar-se como a água, como um fluxo de poucos milímetros de profundidade. A maior parte dos
componentes mais leves evaporariam numa hora, enquanto alguns dos componentes mais pesados
manter-se-iam no solo após 24 horas. A Figura 5-5 e Figura 5-6 ilustram o raio individual de cada
componente de fluido que devem ser somados para dar a medida global da mancha. Assumindo-se que a
emissão é controlada entre meia hora a uma hora, o resto dos componentes voláteis da fracção líquida
evaporam e o tamanho de cada mancha reduz-se gradualmente na falta de uma fonte contínua.

Figura 5-5: Raio estimativo de cada componente versus o tempo para o derrame de um hidrocarboneto líquido do Poço
G6

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RISCO, EXPLOSÃO DE POÇO

Figura 5-6: Raio estimativo de cada componente versus o tempo para o derrame de um hidrocarboneto líquido do Poço
G10

Após 7 dias (assumindo-se que o fonte de emissão foi tapada após 30 minutos), apenas restariam cadeias
de carbonos de alcanos C12 ou acima destes, sendo que todos os outros componentes se evaporariam, tal
como ilustrado na Figura 5-7 e Figura 5-8 para um único poço G6 E G10, respectivamente. As pequenas
quantidades de pseudo-componentes de C13 e acima destes iriam, muito provavelmente, formar uma fina
camada de alcatrão viscoso que permaneceria na superfície e com pouca evaporação.
Estas simulações assumem que os hidrocarbonetos permaneceriam na superfície para evaporação. Na
realidade, este não é o caso. A hipótese de uma superfície impermeável é uma limitação do modelo
EFFECTS. Tomando em consideração a natureza dos solos a Leste do Rio Govuro, a taxa provável de
absorção dos fluidos é alta e não se considera provável uma grande inundação para além da plataforma do
poço (mesmo assumindo uma emissão prolongada por vários dias). É também razoável assumir que o
levantamento de uma berma para conter quaisquer fluxos de líquidos que escapem da plataforma poderia
ser realizada de forma simples e rápida, o que significa que quaisquer fluxos que não tenham sido
absorvidos pelos solos poderiam ser contidos perto da plataforma do poço.
Embora os dados disponíveis sobre falhas de poços não forneçam informação sobre o tempo que leva a
controlar uma explosão típica, a prática padrão é assumir 30 minutos de emissão (RIVM, 2009). Caso se
faça uma análise conservadora e o período de emissão descontrolada for estendido por vários dias, a área
coberta pela mancha de líquido aumentaria proporcionalmente ao tempo.

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RISCO, EXPLOSÃO DE POÇO

Figura 5-7: Raio estimado para cada cadeia de grandes componentes de carbono em função do tempo para um
derrame de um hidrocarboneto líquido do poço G6

Figura 5-8: Estimativa de raio para cada grande cadeia de componentes de carbono em função do tempo para um
derrame de um hidrocarboneto líquido do poço G10

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RISCO, EXPLOSÃO DE POÇO

5.3 Probabilidade de Explosão de Poço


A Alberta Energy and Utilities mantém uma extensa base de dados de incidentes internacionais de
perfuração em terra relatados. De 1979-1990 a frequência de poços foi considerada como sendo 1.1x10˗3
(um em 1100) por poço. Para o período 2002-2006, a frequência de explosões de poços foi considerada
como sendo 4.4x10˗4 (um em 44.000) por poço. Isto é aproximadamente 40% das explosões
correspondentes de perfuração offshore. Note-se que a maioria dos poços perfurados em Alberta eram
ácidos, isto é, continham sulfureto de hidrogénio que tem propriedades tóxicas e potencialmente corrosivas.
A probabilidade de explosões de poços para poços contendo líquidos doces, como no caso dos poços G6 e
G10, ou seja, nenhum sulfureto de hidrogénio é, provavelmente, menor do que os valores citados.

6.0 CONCLUSÕES
A ignição da nuvem de vapor associada à explosão de um poço resultará num incêndio e jacto de fogo que
têm o potencial para causar letalidade na plataforma do poço. Sob condições de vento forte, um jacto de
fogo das emissões iniciais poderá resultar em ferimentos e na ignição da vegetação para além da área do
poço de 100m x 100m.
Se não houver obstrução da descarga e o poço ejectar mais ou menos verticalmente sem ignição, o modelo
prevê que não haverá vazamento, dado que os fluidos do poço na nuvem de vapor irão dissipar-se na
atmosfera. Uma suposição conservadora, dada a possibilidade de algum escorrimento, é que haverá uma
atomização muito reduzida e sob estas circunstâncias, formar-se-ia uma mancha líquida. O raio estimado da
mancha, assumindo-se uma dispersão concêntrica para fora do poço, nenhuma absorção dos solos e a
emissão com duração de 30 minutos. Num espaço de algumas horas irá ocorrer a evaporação dos
componentes mais leves de hidrocarbonetos, enquanto os fluidos remanescentes, com a excepção de
compomente mais reduzido de óleo pesado viscoso irá evaporar dentro do prazo de 7 dias. Estas
simulações são baseadas nas suposições de que os hidrocarbonetos irão permanecer na superfície. Na
realidade, provavelmente não é isso o que irá acontecer. A suposição de uma superfície impermeável
constitui uma limitação ao modelo EFFECTS. Tomando em consideração a natureza arenosa dos
Arenossolos a este do Rio Govuro, a taxa provável de absorção dos fluidos é elevada e significante no fluxo
que se alarga por terra para além da área do poço é considerada como sendo improvável (mesmo fazendo
a suposição uma descarga prolongada durante vários dias). .
A rota que o fluxo poderá seguir está fora do âmbito deste relatório mas é considerada em maior detalhe no
Estudo Especializado 3, “Avaliação de Impacto Geohidrológico”.

Julho de 2014
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RISCO, EXPLOSÃO DE POÇO

7.0 REFERÊNCIAS
OGP (2010). Blowout Frequencies. Report No. 434-2.
RIVM (2009). Reference Manual BEVI Risk Assessments. Edition 3.2.Bilthoven, the Netherlands:
National Institute of Public Health and the Environment (RIVM).
SASOL PETROLEUM INTERNATIONAL (2013). Mozambique PSA Surface Facilities Basis of
Design.Document No. MSDP1301-GEN-0000-08001-BOD- 0003 Ver. 0.

Julho de 2014
ReportNo.1302793 - 10712 - 15 (Port) 15
RISCO, EXPLOSÃO DE POÇO

GOLDER ASSOCIADOS MOÇAMBIQUE LIMITADA

Dr. M P Oberholzer

No. de Reg. 2002/007104/07


Directores: R Hounsome, G Michau, RGM Heath

A Golder, Golder Associates e o desenho do globo da GA são marcas registadas da Golder Associates Corporation.

Julho de 2014
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RISCO, EXPLOSÃO DE POÇO

ANEXO A
Curricula Vitae

Julho de 201
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CURRICULUM VITAE (CV) FOR PROPOSED PROFESSIONAL STAFF

MICHAEL PAUL OBERHOLZER

Proposed Position: Risk Assessor

Name of Firm: Riscom (Pty) Ltd

Name of Staff: Michael Paul Oberholzer

Profession: Chemical Engineer

Date of Birth: 20 August 1959

Years with Firm/Entity: 10

Nationality: South African

Membership in Professional Societies:

 Registered Professional Engineer (Registration No.: 910085) with the Engineering


Council of South Africa
 Member of the South African Institute of Chemical Engineers
 Member of the Institute of Chemical Engineers (UK))
 Approved Inspection Authority for MHI Risk Assessments South Africa
 Technical Steering Committee for Risk Assessments

Detailed Tasks Assigned:

Key Qualifications:

Michael Oberholzer is currently a director of Riscom. He is a registered Professional


Engineer holding a BSc (Chemical Engineering) from the University of the Witwatersrand.
Mike has over 20 years experience with Dow Chemicals and Sentrachem in all aspects of
project implementation including Process Engineering Manger, Project Manager and
Commissioning Manager. Since leaving Dow, Mike has concentrated on process safety and
completed a number of risk assessments studies and Process Hazard Analysis in various
industries including offshore assignments in the oil & gas, chemical, petrochemical,
agrochemicals, mining, nuclear and food industries.

Relevant projects include the following:

NUCLEAR
2008 to present Safety report for marine and land based incidents for proposed nuclear
sites
2008 Safety report for aircraft accidents into nuclear facility
2008 Appointed to conduct risk assessment of Fuel Plant, Pelindaba
2006 Risk assessment of Tank Farm, for PBMR
2005 Consequence analysis of Fuel Plant Layout, Pelindba
2003-2005 Chairman of Hazop Studies for PBMR

OIL & GAS


2012 Lead Process Engineer for risk assessment of LPG installations for
Trellidor at Durban
2011 Lead Process Engineer for risk assessment of LPG installations for
Afripak at Durban
2010 -2011 Lead Process Engineer for risk assessment of LPG installations for
Monsanto at Brits and Groblersdal
2009 Lead Process Engineer for risk assessment of a compressed natural
gas plant, Gauteng
2006 Process Engineer for an Emergency Plan and Oil Spill Contingency for
Petronas with regards to offshore drilling, Mozambique.
2006 Lead Process Engineer for the determination of hazardous areas from
releases of H2S from vents and pipelines
2005 Process Engineer for flare studies for Total facilities in Angola. The
studies consisted of calculating the radiation from flares at various
locations and the subsequence evaluation of the safety distances from
the flares. The study included air dispersion for H2S in the event of
flame-out.

TANK FARM TERMINALS


2012 Lead Process Engineer for quantitative risk assessment for Kenmare
Moma Mine, Mozambique
2012 Lead Process Engineer for quantitative risk assessment for Golder
Africa study regarding LPG and fuels tank farm near Heidelberg,
Gauteng
2012 Lead Process Engineer for quantitative risk assessment for ERM
study regarding LPG and fuels tank farm at Coega, Eastern Cape
2012 Lead Process Engineer for quantitative risk assessment for CSIR
study regarding LPG and fuels tank farm at Coega, Eastern Cape
2012 Lead Process Engineer for quantitative risk assessment for BPs fuel
depots at Langlaagte
2011 Lead Process Engineer for quantitative risk assessment for BPs fuel
depots at Pretoria
2010 Lead Process Engineer for quantitative risk assessment for Transnet
Pipelines fuel depots around South Africa
2008 Lead Process Engineer for quantitative risk assessment for multi
product tank farms, Island View Complex, Durban.
2007 Lead Process Engineer for quantitative risk assessments petroleum
tank farm, Western Cape.
2004 Lead Process Engineer for “Fatal Flaw” analysis for PetroSA to
determine the suitability of s proposed design on an existing site. The
study covered separation distances, domino effects and minimum
instrumentation to meet acceptable risks using LOPA Analysis.
2004 Lead Process Engineer for quantitative risk assessment for petroleum
tank farms, Island View Complex, Durban.

POWER PLANTS
2012 Lead Process Engineer for the risk assessment for Matla Power
Station in the Witbank areas
2010 Lead Process Engineer for the risk assessment of coal based power
plants in the Witbank areas
2009 Lead Process Engineer for the risk assessment of coal based power
plants in the Waterberg areas
2008 Lead Process Engineer for the risk assessment of proposed gas fired
power plants in Mozambique.
2008 Lead Process Engineer for the risk assessment of the conversion of
the peaking power to a CCGT plant located at Atlantis, Western Cape.
2006 Lead Process Engineer for the risk assessment of coal based power
plants near Witbank and Vaal South.
2006 Lead Process Engineer for the risk assessment of proposed peaking
power plants in KZN and Eastern Cape.
2006 Lead Process Engineer for the risk assessment of the expansion of the
peaking power plant located at Atlantis, Western Cape.

CHEMICALS
2012 Lead Process Engineer for quantitative risk assessment for Isegen’s
facilities at Durban and Germiston
2012 Lead Process Engineer for quantitative risk assessment for a MAP
plant, Richards Bay
2012 Lead Process Engineer for quantitative risk assessment, Occupied
Building risk assessment and hazardous area classification for
Synthomer, Durban
2012 Lead Process Engineer for quantitative risk assessment for new
hydrogen fluoride and tri aluminium fluoride plant, Richards Bay
2011 Lead Process Engineer for quantitative risk assessment for Rainbow
Chickens’ processing plant at Rustenburg
2011 Lead Process Engineer for quantitative risk assessment for steel plant
at Witbank
2011 Lead Process Engineer for quantitative risk assessment for steel plant
at Saldanha Bay
2011 Lead Process Engineer for quantitative risk assessment for platinum
refinery, Springs
2011 Lead Process Engineer for quantitative risk assessment for new
hydrogen fluoride and tri aluminium fluoride plant, Gauteng
2009 Lead Process Engineer for quantitative risk assessment for Shell
Chemicals, Durban
2009 Lead Process Engineer for quantitative risk assessment for Unico,
Durban
2008 Lead Process Engineer for quantitative risk assessment for Revertex,
Durban
2007 Lead Process Engineer for quantitative risk assessments of a new
Chlor-Alkali facility, Eastern Cape
2002-2008 Lead Process Engineer for quantitative risk assessments of ammonia
refrigeration plants throughout South Africa.
2007 Lead Process Engineer for quantitative risk assessments of alkylation
plant, KZN
2006 Lead process Engineer for a quantitative risk assessment of a 900 t
butane storage facility in Durban. This study considered fires and
explosions from an accidental loss of containment of material.
2005 Lead Process Engineer, quantitative risk assessment for Impala
Platinum BMR expansion. This included the consequent modelling of
fires and explosions of flammable liquid and gases as well as air
dispersion of toxic gases.
2005 Lead Process Engineer, Quantitative risk assessment for NCP
Chlorchem expansion. This included the consequent modelling of fires
and explosions of flammable liquid and gases as well as air dispersion
of toxic gases.
2005 Lead Process Engineer, quantitative risk assessment for Dow
Chemical’s facilities at Canelands, Chloorkop, Sasolburg and Berlin.
This included the consequent modelling of fires and explosions of large
flammables and toxic gases
2003 Lead Process Engineer, quantitative risk assessment for PetroSA
converting floating roof tanks into MTBE storage tanks at the refinery
and export terminal.

REFINERY
2009 Lead Process Engineer, quantitative risk assessment for a refinery
expansion, Suriname
2006 Lead Process Engineer for the fire zoning classification of Saudi
Aramco’s Luberef facility, Saudi Arabia. The study defined the fire
zones as per the requirements of Saudi Aramco.
2006 Lead Process Engineer for the building Risk Assessment of the Saudi
Aramco Lubref facility, Saudi Aramco. The study consisted of a full
quantitative risk assessment as per API 752.

HAZOP AND LOPA STUDIES


2010 to present Hazop Chairman for BP Sothern Africa
2010 Hazop Chairman for Sasol projects at Secunda and Sasolburg
2009 Hazop Chairman for cogeneration plant. Rustenburg
2008 Hazop Chairman for a new section of Ashantigold Tanzania
2007 to 2010 Hazop Chairman for a chrome chemical facility, KZN
2007 Hazop Chairman for chlorine expansion, Gauteng
2007 LOPA study for large LPG installation and chemicals, Durban
2004-2004 Hazop Chairman for project upgrades at petroleum tank farms
2003-2005 Chairman of Hazop Studies of proposed nuclear installation at PBMR
2002 to 2004 Lead Process Engineer (facilitator), Hazard and Operability study for
Chevron on 8 oil platforms off the coast of Cabinda.
Education:

 BSc (Chemical Engineering), University of the Witwatersrand, South Africa, 1982.

Employment Record:

2002 to date Director, Riscom, South Africa


Involved in Process Safety consulting including MHI Risk Assessments
and facilitating Process Hazard Analysis studies (Hazop, SIL & LOPA)
2001 – 2002 Managing Member, Penoc Consulting, South Africa
Involved in Process Engineering Project Management and Process Safety
Consulting for various projects
1995 – 2001 Process Manager for Dow Chemicals, South Africa
Managed the cost estimation, project approvals, process designs and
commissioning of various plants within the group.
1993 – 1995 Technical Manager for Sentrachem, Durban South Africa.
Managed the Technical Department of a facility conducting technical
investigations, projects and continual plant improvements.
1986– 1993 Process Engineer for Sentrachem, Germiston, South Africa
This involved conducting plant investigations, design of new plants,
installing and commissioning new equipment.

Languages:
Speaking Reading Writing
English (first) Excellent Excellent Excellent
Afrikaans Good Good Average

Certification:

I, the undersigned, certify that to the best of my knowledge and belief, these data correctly
describe me, my qualifications, and my experience.

……………………………………………………………………………………Date: 1 March 2013

Full name of staff member: Michael Paul Oberholzer


RISCO, EXPLOSÃO DE POÇO

ANEXO B
Limitações do Documento

Julho de 201
ReportNo.1302793 - 10712 - 15 (Port)
RISCO, EXPLOSÃO DE POÇO

LIMITAÇÕES DO DOCUMENTO
O presente documento foi providenciado pela Golder Associados Moçambique Lda. (Golder) sujeito às
limitações seguintes:
i) Por definição a AIA é um processo preditivoque ocorre na fase mais cedo possível do processo de
desenvolvimento do projecto. O principal benefício de realizar uma AIA numa fase logo de início é que
os resultados da AIA podem ser usados para influenciar o desenho do projecto. Ao mesmo tempo, os
regulamentos aplicáveis à AIA exigem que seja obtida autorização antes de se iniciar qualquer
actividade e determinam também que a AIA deve estar finalizada numa fase inicial do processo de
desenvolvimento do projecto. Embora estes requisitos sejam importantes, estes impõem uma limitação
importante à AIA, que é o facto de que a AIA é baseada no que é em grande parte um desenho básico
e não um desenho detalhado.

ii) A transição de desenho básico para desenho detalhado, e as limitações resultantes sobre a informação
que se encontra disponível é um facto amplamente reconhecido no processo da AIA. Na realidade os
profissionais envolvidos na Avaliação dos Impactos Ambientais irão directamente visar obter
informação que é vital para a AIA, mas que tipicamente só se encontra disponível durante o desenho
detalhado do projecto. Por exemplo, os dados relativos a todos os aspectos ambientais devem estar
disponíveis para a realização da AIA, e estes incluem emissões atmosféricas, descarga de águas
residuais, tipos e quantidades de resíduos sólidos e outra informação semelhante. Nos casos em que
esta informação não se encontre directamente disponível, o profissional da AIA irá usar suposições
conservadoras com base nos ‘piores casos possíveis’ a fim de assegurar que os impactos sejam
exagerados em vez de serem subestimados na AIA.

iii) O âmbito e o período de Serviços da Golder são conforme se encontram descritos na proposta da
Golder, e estão sujeitos a restrições e a limitações. O presente Documento foi elaborado com a
finalidade específica delineada na proposta da Golder, e não é aceite qualquer responsabilidade pelo
uso do presente Documento, no todo ou em parte, em outros contextos ou para quaisquer outros fins.

iv) Nos casos em que os dados fornecidos pelo cliente ou por outras fontes externas tenham sido usados,
incluindo dados de pesquisa anterior realizada no local, foi feita a suposição de que a informação está
correcta a menos que de outra forma especificado. A Golder não aceita qualquer responsabilidade por
dados incompletos ou inexactos que tenham sido disponibilizados por outras partes.

v) O decorrer do tempo afecta a informação e a avaliação apresentada no presente Documento. As


opiniões da Golder são baseadas em informação que existia na altura em que foi elaborado este
Documento.

vi) Como resultado do que foi descrito acima, a informação detalhada específica ao local do projecto só se
torna disponível à medida que o gasoduto vá sendo progressivamente estabelecido e é óbvio que tal
limita a informação que se encontra disponível na altura da finalização da AIA. Este facto não deve ser
considerado como debilitando a integralidade da AIA, mas serve simplesmente para facilitar o
entendimento de que certa informação não está directamente disponível na altura em que a AIA foi
finalizada. É importante sublinhar nesta altura do processo que a finalidade principal da uma AIA é a
tomada de decisão. Constitui assim encargo e responsabilidade dos profissionais envolvidos na AIA
certificarem-se que identificaram e avaliaram na AIA, todas as questões que são relevantes para a
tomada de decisão. Foram envidados esforços significantes na recolha das fontes para fins da
presente AIA, não de toda a informação, mas certamente de toda a informação necessária para
proporcionar a tomada de uma decisão eficaz.

vii) O Cliente concorda que só avançará com a apresentação de quaisquer reclamações e com vista a
procurar recuperar perdas, danos ou outras responsabilidades da parte da Golder Associados
Moçambique Lda. e não de qualquer das empresas afiliadas à Golder. Na medida do que é permitido
em termos da lei, o Cliente reconhece e concorda que não terá qualquer recurso legal e renuncia a
qualquer despesa, perda, reclamação, demanda ou instauração de caso contra as empresas afiliadas
da Golder, seus trabalhadores, técnicos e directores.

Julho de 201
ReportNo.1302793 - 10712 - 15 (Port)
RISCO, EXPLOSÃO DE POÇO

viii) Qualquer uso do presente Documento por uma terceira parte, ou qualquer consideração sobre o
Documento ou decisões tomadas com base no mesmo, constituem a responsabilidade única das
terceiras partes em questão. A Golder não aceita qualquer responsabilização por danos, caso existam
alguns, incorridos por qualquer terceira parte como resultado de decisões ou acções tomadas com
base no presente Documento.
GOLDER ASSOCIADOS MOÇAMBIQUE LDA.

Julho de 201
ReportNo.1302793 - 10712 - 15 (Port)
Golder Associados Moçambique Limitada
Avenida Patrice Lumumba Nº 577
Cidade de Maputo
Moçambique
T: [+258] (21) 301 292

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