Métodos

Anticoceptivos
Naturais

Carolina Lana
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A pílula anticoncepcional foi inventada há apenas 50

anos e gerou uma revolução no âmbito da liberdade
sexual feminina. Se por um lado, abriu novos horizontes
para o planejamento de natalidade e a independência
familiar e econômica das mulheres, por outro, representou
alguns passos atrás no autoconhecimento dos ciclos
femininos e na percepção da fertilidade.

A pílula se apresenta como uma forma de você

controlar a sua vida. O irônico é que ela não só controla
sua vida, você passa ser controlada por um medicamento.
Os hormônios sintéticos camuflam toda a sua conexão
com seu ciclo interno. É uma forma de “castrar” as
mulheres, diminuir a TPM, as cólicas, as dores e
desconfortos, acabar com a oscilação emocional e até
com a menstruação.

É para deixar você mais estável

emocionalmente, afinal de contas
menstruar é um incômodo não é
mesmo?! Mentira!
Menstruar é uma coisa exclusiva da mulher, um dom
só seu! Então porque se livrar de algo tão bonito? Algo
que faz de você uma mulher única. Ninguém tem o mesmo
ciclo que você e nem sente as mesmas coisas que você
durante as fases do mês. Só você tem acesso a isso, se
se permitir viver livremente.

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Conhecer o funcionamento do seu corpo e valorizar os

ritmos mensais do seu ciclo, criando a partir disso uma
oportunidade para o autoconhecimento e o cuidado de si
própria, acessando o poder que o seu ciclo te revela, isso
sim é liberdade!

Os anticoncepcionais são um composto químico que

contém hormônios sintéticos que agem no corpo como se
fossem estrogênio e testosterona, para impedir que
aconteça a ovulação. Eles também agem nas paredes do
útero, impedindo que ele abrigue um óvulo fecundado.
Hoje em dia já temos consciência dos inúmeros efeitos
colaterais produzidos por esse medicamento, como
trombose, diminuição da libido, aumento do peso, entre
outros. Outro contra é que ele não previne Doenças
Sexualmente Transmissíveis.

Muitas mulheres têm procurado alternativas não

hormonais para se prevenirem contra DSTs e não
engravidarem. Infelizmente, a indicação de contraceptivos
hormonais cresce cada dia mais. Qualquer sintoma de
TPM ou desequilíbrio hormonal já é motivo para a
indicação de anticoncepcionais.

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Métodos Contraceptivos
não hormonais
Camisinha

A camisinha é um método contraceptivo do tipo

barreira. Feita de látex ou poliuretano, impede a
ascensão dos espermatozoides ao útero, prevenindo
a gravidez indesejada. Temos a versão masculina e a
feminina. Na versão masculina, uma capa fina de
látex, colocada no pênis ereto antes de iniciar a
relação, retém o esperma durante o ato sexual para
que esse não chegue ao útero. A versão feminina
possui cerca de 15 centímetros de comprimento e
dois anéis flexíveis de diferentes tamanhos que são
unidos, formando um tubo, fechado de um lado para
que o espermatozoide não encontre passagem.

Em geral, a camisinha feminina tem uma aparência

estranha, principalmente na primeira vez em que
entramos em contato com ela. Mas é interessante que
as mulheres se familiarizarem com ela também, afinal
foi feita para elas e tem a mesma eficácia da versão
masculina.

Muitas pessoas acham ruim o uso da camisinha,

pois ela diminui o contato com a pele, mas é, de
longe, o método mais seguro e o único que você
consegue
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saber se falhou na hora, ou seja, você consegue

tomar uma providência, ou não, logo depois da
relação.

Para quem usa a caminha somente nos

finalmentes, a prevenção contra DSTs (doenças
sexualmente transmissíveis) acaba indo por água
abaixo, já que a pele e os fluidos já tiveram contato
anterior. Vale a pena fazer um esforço para usá-la
da forma ideal e quebrar a ideia de que com
camisinha é ruim.

Uma dica para fortalecer a eficácia da camisinha é

o uso de espermicida, uma substância química que
imobiliza e destrói os espermatozoides durante a
relação sexual. Os espermicidas podem ser em
creme, gel, supositório, spray e espuma e devem ser
introduzidos na vagina antes da relação sexual.

Esponja Contraceptiva

A Esponja Contraceptiva é um método de barreira

similar ao Diafragma. É um dispositivo macio, em
forma de disco, feito de espuma de poliuretano e
com uma alça para facilitar a sua remoção. A
esponja contém espermicida* e deve ser umedecida
antes de ser inserida no canal vaginal, funcionando
com método de barreira impedindo a passagem dos
espermatozoides.
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A esponja é totalmente imperceptível tanto para o

homem quanto para a mulher e deve ser inserida em
torno de 15 minutos antes da relação sexual. Após
inserida ela ativa o efeito contraceptivo por 24 horas
independente do numero de relações sexuais que
aconteça durante aquele período. Deve ser retirada
apenas após 6 horas da última relação, sendo
importante não exceder um total de 30 horas de uso.

Para remover basta puxar a alça, com as mãos

devidamente higienizadas. Diferente do Diafragma
que possui vários tamanhos a esponja está
disponibilizada apenas em um único tamanho. O
espermicida contido nela é liberado de 24 horas
após inserido. Não deve ser usado durante a
menstruação. Em alguns casos pode provocar
irritação vaginal.

Diafragma

O diafragma é um anel flexível e com bordas firmes,

normalmente revestido de látex, que é introduzido no
canal vaginal antes da relação sexual. Ele impede o
encontro dos espermatozoides com o óvulo. Apesar
de poder ser usado por até 3 anos, ele deve ser
trocado imediatamente caso ocorra algum furo,
estiver ficando enrugado ou caso a mulher engravide
ou ganhe peso.

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O uso desse contraceptivo é indicado para mulheres

que já tiveram relações sexuais e não possuem
infecção urinária, do colo do útero ou da vagina.
Mulheres virgens, com alergia a látex, ou que
tenham problema no colo do útero, não podem usar
o diafragma.

Achar um profissional que faça a medição do

diafragma é bem difícil hoje em dia. Existem alguns
centros coletivos naturalistas e algumas ginecologistas
mais humanistas que fazem essa medição e até
ensinam a mulher a fazer a medição nela e em
amigas. Em grandes cidades como São Paulo, isso é
mais comum, infelizmente, em outras cidades, ainda é
um tabu.

Outra coisa sobre o diafragma é que é recomendado

o uso de espermicida. O espermicida pode ser inserido
na vagina, ou você pode envolver o diafragma na
substância antes de introduzi-lo.

A retirada do diafragma pode ser feita até 12 horas

após a relação, mas não antes de 6 horas depois da
relação. Em alguns casos pode provocar irritação
vaginal.

Antes de ser usado novamente o Diafragma deve

ser higienizado com sabão neutro.

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Diu de Cobre

Dos métodos alternativos, este é o mais invasivo. O

DIU é um dispositivo intrauterino de plástico revestido
com cobre e precisa ser colocado por um médico. É
um procedimento simples e rápido, podendo ser feito
em ambulatório. Ele impede a nidação do ovulo
fecundado, ou seja, a implantação do óvulo fecundado
no útero. É nesse ponto que entra a polêmica
sobre este dispositivo. Para alguns ele é abortivo, e
para outros, pelo fato do óvulo fecundado não ter
chegado ao útero, esse título não pode ser atribuído,
uma vez que a gravidez só é consolidada após a
implantação do embrião no útero.

O DIU pode durar até 10 anos, sendo sua retirada é

simples e rápida. Há pesquisas que apontam que com
o tempo seu uso pode causar infertilidade, mas isso
vai depender do organismo da mulher e deverá ser
consultado com o médico que irá fazer a inserção. Há
possibilidade de rejeição.

Vale lembrar que nenhum método contraceptivo

está isento de riscos. Cabe a você escutar e sentir seu
corpo e procurar as informações sobre cada método
para, assim, decidir qual é o melhor para você.

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Compreendo e respeito que os anticoncepcionais

hormonais ainda sejam muito usados, por serem
uma opção mais cômoda e segura. Mas você deve
se questionar sobre a importância de saber
conscientemente o que está introduzindo em seu
corpo e na Mãe Terra, afinal de contas, esses
resíduos são dispensados na Terra.

Capuz Cervical

O Capuz Cervical é um outro método de barreira

feito de borracha látex rígido e tem o formato de
abóboda. O ideal é usa-lo juntamente com o
espermicida*, espalhando-o na borda do capuz antes
de introduzi-lo no canal vaginal.

Assim como o Diafragma o Capuz Cervical possui

vários tamanhos sendo necessário uma consulta
médica para fazer a medição correta. Deve ser
inserido 15 minutos antes da relação e ali deve
permanecer por pelo menos 6 horas depois da
relação.

Com o tempo o Capuz pode perder o seu formato

original, apresentar fissuras, manchas ou buracos,
comprometendo sua eficácia, você deve consultar o
médico e adquirir um novo. Não deve ser usado
durante a menstruação. Em alguns casos pode
provocar irritação vaginal.
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Espermicida

O Espermicida impede a chegada dos

espermatozoides ao útero, podendo ser encontrado
em forma de gel, creme, pomada, supositório, spray,
espuma e etc. A aplicação deverá ser feita até meia
hora antes da relação sexual.

Geralmente é utilizado combinado com outros

métodos como DIU ou com os métodos de barreira.
O tempo de ação do produto é aproximadamente 2
horas e em relações mais longas recomenda-se a
reaplicação do produto.

É pouco recomendado pois sua eficiência

utilizado sozinho é menor que os outros métodos e
não protege de DSTs, apresenta um alto indice da
falha e pode causar irritação vaginal e peniana.

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