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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS


FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÉNCIAS HUMANAS
DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA
DISCIPLINA: HISTÓRIA DAS IDEIAS POLÍTICAS E SOCIAIS
PROFESSORA: HELOISA MARIA MURGEL STARLING
CARGA HORÁRIA: 60 h/ª
NÍVEL: GRADUAÇÃO
PERÍODO: primeiro semestre de 2019

EMENTA:
Introduzir o estudante nas práticas historiográficas atuais voltadas para o estudo das
idéias, dos conceitos e das linguagens políticas; estabelecer as relações entre essas
práticas e as matrizes das tradições que informam o pensamento político moderno e
contemporâneo.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO E CRONOGRAMA DE AULAS


Introdução ao estudo da História das Idéias. Temas principais. Formulação original
de um conceito e variedade de significados acumulados ao longo de um tempo
histórico; Tipos de intervenções produzidos por idéias em conflito no contexto
intelectual e no debate político de uma época; Os procedimentos de formação de uma
linguagem política: retórica, maneiras de falar sobre política, vocabulário.
Aulas. Março
Dias: 8; 15; 22;
Leituras recomendadas
CALVINO, Ítalo. “Por que ler os clássicos”. In: Por que ler os clássicos. São Paulo,
Companhia das Letras, 1993;
FERES JÚNIOR, João (org.) Léxico da história dos conceitos políticos do Brasil. Belo
Horizonte: Editora UFMG, 2009;
JASMIN, Marcelo & FERES JÚNIOR, João (org.). “História dos conceitos: dois
momentos de um encontro intelectual”. In: História dos conceitos: debates e
perspectivas. Rio de Janeiro: Editora PUC-Rio: Edições Loyola: IUPERJ, 2006;
KOSSELECK, R. Futuro passado: contribuição à semântica dos tempos históricos. Rio
de Janeiro: Contraponto/Editora PUC Rio, 2006;
KOSELLECK, Reinhart. Estratos do tempo; estudos sobre história. Rio de Janeiro:
Contraponto; Editora PUC-Rio, 2014;
POCOCK, J. G. A. Historia de las ideas, un estado del arte. Prismas revista de historia
intelectual. N. 5, 2001;
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POCOCK, J. G. A. Linguagens do ideário político. São Paulo: EDUSP, 2003. (p. 9 a


83).
ROSSI, Paolo. O passado, a memória, o esquecimento: seis ensaios da história das
idéias. São Paulo: Editora UNESP, 2010;
SKINNER, Quentin. Significado y comprensión em la historia de las ideas. Prismas
Revista de historia intelectual. N. 4, 2000;
SKINNER, Quentin. As fundações do pensamento político moderno. São Paulo:
Companhia das Letras, 1999
SKINNER, Quentin. Ambrogio Lorenzetti: the artist as political philosopher.
Cambridge: Cambridge University Press, 2007;
A tradição republicana. Temas principais. A forma de governo e a boa gestão da coisa
pública; O republicanismo: repertório normativo para produção de leis e políticas
públicas; A liberdade republicana; O outro da República: formas contemporâneas da
tirania.
Aulas. Março/Abril
Dias: 29; 5; 12; 26
Leituras recomendadas
ARENDT, Hannah. Origens do totalitarismo. São Paulo: Companhia das Letras, 1990;
ARENDT, Hannah. Da revolução. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1988;
ARENDT, Hannah. Liberdade para ser livre. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2018;
ARENDT, Hannah. Ação e a busca da felicidade. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo,
2018 (capitulo I);
BIGNOTTO, Newton. Maquiavel Republicano. São Paulo, Loyola, 1985. (cap. II e III);
BIGNOTTO, Newton (Org.). Matrizes do republicanismo. Belo Horizonte: Ed. UFMG,
2013;
BIGNOTTO, Newton. As aventuras da virtude: as idéias republicanas na França do
século XVIII. São Paulo: Companhia das Letras, 2010 (cap. 2 e 3);
BIGNOTTO, Newton (org.). Pensar a república. Belo Horizonte, Editora UFMG,
2000;
CARDOSO, Sérgio (org). Retorno ao republicanismo. Belo Horizonte, Editora UFMG,
2004;
LAFER, Celso. A reconstrução dos direitos humanos: um diálogo com o pensamento de
Hannah Arendt. São Paulo: Companhia das Letras, 2009;
MAQUIAVEL, Nicolau. O príncipe. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1983;
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MAQUIAVEL, Nicolau. Discursos sobre a primeira década de Tito Lívio. São Paulo:
Martins Fontes, 2007;
MONTESQUIEU, C. L. de S. O espírito das leis. São Paulo: Editora Abril, l985.
(Livros 1,2,3,5,8,11);
SNYDER, Timothy. Sobre a tirania; vinte lições do século XX para o presente. São
Paulo: Companhia das Letras, 2017;
SKINNER, Quentin. Liberdade antes do liberalismo. São Paulo: Editora UNESP. 1999;
STAROBINSKI, Jean. Montesquieu. São Paulo: Companhia das Letras, 1990.
A tradição liberal. Temas principais. O Contratualismo e o problema da boa ordem
política; O liberalismo e o desafio das desigualdades; Ultraliberalismo: um liberalismo
antiliberal? O interesse bem compreendido; Bens públicos e o efeito carona; Custos
gerais da participação.
Aulas. Maio
Dias: 3; 10; 17
Leituras recomendadas
FONSECA, Eduardo Giannetti. Vícios privados, benefícios públicos? A ética na riqueza
das nações. São Paulo: Companhia das Letras, 1993;
HOBBES, Thomas. O leviatã ou matéria, forma e poder de um estado eclesiástico e
civil. São Paulo: Abril Cultural, 1979. (Introdução; Primeira Parte; Cap. XVII, XVIII,
XXI, XXV, XXVI);
LAMOUNIER, Bolívar. Liberais e antiliberais; a luta ideológica do nosso tempo. São
Paulo: Companhia das Letras, 2016;
LASLETT, P. “A teoria política e social dos Dois Tratados sobre o Governo”. In:
QUIRINO, C. G. & SOUZA, M. T. S. (org.) O pensamento político clássico. São Paulo:
T. A. Queirós, 1980;
LOCKE, John. Segundo tratado do governo. São Paulo: Abril Cultural, 1973. (Cap. III,
V, VII, IX, XI, XIX);
RAWLS, John. Uma teoria da justiça. São Paulo: Martins Fontes, 2002;
RIBEIRO, Renato J. Ao leitor sem medo: Hobbes escrevendo para além de seu tempo.
Belo Horizonte: Editora UFMG, 1999. (Cap. 1 e 3);
SKINNER, Quentin. Hobbes e a liberdade republicana. São Paulo: Editora UNESP,
2010. (Cap. 1, 5 e 6);
A tradição socialista. Temas principais. Socialismo e utopia; A teoria da vanguarda;
Marx, a crítica ao capitalismo e a questão da modernidade; Stalinismo: as formas
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totalitárias; a espontaneidade revolucionária; O partido e o moderno príncipe;


Comunismo libertário e melancolia de esquerda; Crise e insurreição.
Aulas. Maio/Junho
Dias: 24; 31; 7; 14; 28
Leituras recomendadas
AGGIO, Alberto (org.). Gramsci; a vitalidade de um pensamento. São Paulo: Editora
UNESP, 1998;
BERMAN, Marshall. Tudo que é sólido desmancha no ar. São Paulo: Companhia das
Letras, 1986. (cap. II);
GRAMSCI, Antonio. Obras escolhidas. São Paulo: Martins Fontes; 1978 (“A ciência e
o príncipe moderno”; “Problemas Culturais”);
HOBSBAWM, Eric. Como mudar o mundo; Marx e o marxismo. São Paulo:
Companhia das Letras, 2011 (parte II);
JEFFRIES, Stuart. Grande hotel abismo; a Escola de Frankfurt e seus personagens.
São Paulo: Companhia das Letras, 2018
LEFORT, Claude. “Releitura do manifesto comunista”. In: Pensando o político. Rio de
Janeiro: Paz e Terra, 1991;
LOUREIRO, Isabel Maria. Os dilemas da ação revolucionária. São Paulo: Editora
UNESP, 1995;
MARX, K & ENGELS, F. O manifesto comunista. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1996;
STALLYBRASS, Peter. O casaco de Marx; roupas, memória, dor. Belo Horizonte:
Autêntica, 2012;
WILSON, Edmund. Rumo à Estação Finlândia. São Paulo: Companhia das Letras,
2006.
A tradição democrática. Temas principais. Poder soberano: quem é o povo? A
democracia como uma forma de governo: regras, instituições e procedimentos; A
democracia como forma de sociedade: os valores democráticos; o plebeísmo e o ideal
normativo democrático; Cidadania e catálogo de direitos; Como a democracia chega ao
fim.
CASTELLS, Manuel. Ruptura; a crise da democracia liberal. Rio de Janeiro: Zahar,
2017;
DAHLL, Robert. A Democracia e seus críticos. São Paulo: Martins Fontes, 2012;
JASMIN, Marcelo. Alexis de Tocqueville; a historiografia como ciência da política.
Rio de Janeiro: ACESS, 1997 (capítulos 3 e 4);
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LEVITSKY, Steven & ZIBLATT, Daniel. Como as democracias morrem. Rio de


Janeiro: Zahar, 2018;
MILL, John Stuart. Sobre a liberdade. Porto Alegre: L&PM, 2018;
OSBORNE, Roger. Do povo para o povo; uma nova história da Democracia. Rio de
Janeiro: Bertrand Brasil, 2013;
QUIRINO, Célia Galvão. Dos infortúnios da igualdade ao gozo da liberdade; uma
análise do pensamento político de Alexis de Tocqueville. São Paulo: Discurso Editorial,
2001 (capítulos I, II, III);
TODOROV, Tzvetan. Os inimigos íntimos da Democracia. São Paulo: Companhia das
Letras, 2012;
TOCQUEVILLE, A. de. Democracia na América. Belo Horizonte, Itatiaia, 1977.
(Introdução: p. 11/23; Livro I – Parte 2: cap. VII; Livro I – Parte 3: cap. I a VI; Livro II
– Parte 4: cap. I a VII);
VIDAL-NAQUET, Pierre. Os gregos, os historiadores, a democracia; o grande desvio.
São Paulo: Companhia das Letras, 2002 (Parte II);
METODOLOGIA DE ENSINO
Aula Expositiva; Seminário, Palestra, Conferencia e/ou Debate Temático; Leitura
orientada
Recursos complementares: filmes; vídeos; fotografias; ambiente virtual.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Provas (Questões abertas);
Trabalhos acadêmicos: Resenhas (fílmicas ou textuais); Ensaio temático; Fichamento
(livros); Relatórios (Seminário, Palestra, Conferencia)
OBSERVAÇÕES:
1. Não serão aceitas entregas de provas e/ou trabalhos fora do prazo combinado com a
turma. 2. Não serão aceitos provas ou trabalhos entregues nas seguintes circunstâncias:
Secretaria do Departamento de História; Escaninho do professor, pesquisador do Projeto
República e/ou Secretaria do Projeto República; Sob a porta do gabinete do professor;
Via e-mail.

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