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03.08.2016
Trauma
CASO 1:
1) Seguir o ABCDE.
2) Sim, por TCE grave (Glasgow <=8).
3) Cricotireoidostomia Cirúrgica.
Se presença de fratura de laringe indicaria uma traqueostomia.
4) Cricotireoidostomia por punção.
5) Carbonarcose (retenção de CO2).
ATENDIMENTO INICIAL
Primeira ação frente a um atendimento de trauma GARANTIR A SEGURANÇA DA CENA!
Ambiente Extrahospitalar: Avaliar se a cena é segura, realizar sinalização
Ambiente Intrahospitalar: Utilizar a paramentação adequada
A Coluna cervical + Via aérea
B Respiração
C Circulação + Controle da hemorragia
D Disfunção neurológica
E Exposição + Controle do ambiente
SIM NÃO
Fonação preservada
Afastar corpo estranho
Oferecer O2 12l/min
(letra B) Via aérea artificial
Tipo de VA
Definitiva (protege a VA natural do paciente, logo apresenta um balonete insuflado dentro da
traqueia). Tipos de VA definitiva:
Intubação orotraqueal
Intubação nasotraqueal O paciente deve ser cooperativo
Cricotireoidostomia Cirúrgica
Traqueostomia Sempre considerar como procedimento eletivo, quase nunca em
pacientes vítimas de trauma
Temporária (não protege a VA natural). Tipos de VA temporária:
Cricotireoidostomia por punção
Não ouso ou não consigo intubar Distorção anatômica (fraturas), incapacidade de visualização,
sangramento
Cricotireoidostomia Cirúrgica
Cricotireoidostomia Cirúrgica
Incisão da membrana cricotireoidea e coloca-se um balonete dentro da traquéia Via Aérea Definitiva
Traqueostomia
A única grande indicação é a fratura de laringe (presença de rouquidão, enfisema subcutâneo e fratura pela
palpação). Na ultima edição do Sabiston e do ACLS PODE tentar a Intubação Orotraqueal inicialmente na
fratura de laringe e se não conseguir realiza-se a traqueostomia.
B: Respiração
1. Oferecer O2
2. Exame do aparelho respiratório
3. Oxímetro de pulso
Se não for observado nenhum problema, apenas esses passos são realizados.
C: Circulação + Controle da Hemorragia
Todo paciente vítima de trauma encontra-se, até que se prove ao contrário, em “choque hemorrágico
hipovolêmico”.
Principalmente fratura de tórax, abdome, pelve e ossos longos.
1. Acesso venoso PERIFÉRICO
a. Veia central (com jelco 14 – 16), dissecção safena, punção intraóssea
2. Reposição com cristalóide (SF 0,9% ou Ringer Lactato)
a. Volume no Adulto Até 1 – 2 litros
b. Volume na criança 20 ml/kg
AVALIAÇÃO DA RESPOSTA
Resposta rápida Resposta Transitória Resposta Mínima ou ausente
Perda de 10 – 20% Perda de 20 – 40% Perda > 40%
SINAIS VITAIS Não necessita de Talvez seja necessário Deve realizar hemoderivados
hemoconcentrado hemoconcentrado ou de forma imediata e cirurgia
cirurgia provavelmente
Adulto (0,5ml/kg/dia)
DIURESE Criança (1ml/kg/dia) Deve-se sondar o paciente
< 1 ano (2ml/kg/h)
Se sangue no meato, hematoma perineal, retenção urinária, fraturas de pelve, deslocamento cefálico da
próstata Sinais de lesão de uretra NÃO SONDAR o paciente.
Para a confirmação de lesão deve-se utilizar uma Uretrocistografia Retrógrada.
Fraturas de pelve
Pensar quando encontrar sinais característicos de lesão de uretra.
Testar a estabilidade da pelve UMA única vez.
Fratura de “livro aberto” (open book) Sangramento venoso contínuo
D: Disfunção Neurológica
1. Escala de glasgow
2. Avaliar pupilas
3. Movimentos das extremidades
CASO 2:
1) Pneumotórax Hipertensivo.
2) Não.
3) Toracocentese de alívio.
4) Drenagem em selo d’água.
5) Lesão de brônquio fonte (pneumotórax hipertensivo drenou não melhorou primeiro ver a
posição do dreno presença de fuga aérea muito expressiva).
6) Broncoscopia.
7) Conduta imediata Colocação de um segundo drenou ou IOT seletiva
Conduta definitiva Toracotomia com reparo da lesão
TRAUMA DE TÓRAX
1. Pneumotórax
2. Tórax Instável e Contusão Pulmonar
3. Hemotórax
4. Tamponamento cardíaco
Pneumotórax
Pneumotórax Hipertensivo
A principal causa é ventilação com pressão positiva com paciente com lesão pleuropulmonar.
Trauma contuso “Lesão em saco de papel”
Os alvéolos se enchem de ar e no impacto há lesão de múltiplos alvéolos. Durante a respiração o ar sai
pelos alvéolos lesados, formando uma bolha de ar que comprime o pulmão lesado.
o Clínica:
Murmúrio diminuído ou abolido
Hipertimpanismo Acometimento ventilatório e
Desvio de traquéia hemodinâmico
Turgência jugular
Hipotensão
Exame de imagem NÃO é realizado Diagnóstico é CLÍNICO.
o Conduta:
1. Imediata
a. Toracocentese de alívio 2º EIC na Linha Hemiclavicular do lado acometido na borda superior
da costela inferior.
2. Definitiva
a. Toracostomia (drenagem em selo d’água)
Pneumotórax Aberto
É necessário que haja uma lesão > 2/3 de diâmetro da traquéia.
Durante a inspiração, há distensão da caixa torácica com diminuição da pressão intratorácica.
Quando ocorre uma lesão grande, o ar na inspiração entra na caixa torácica através da lesão, por ser um
espaço de menor resistência.
o Clínica:
Não há balanço de mediastino, apenas distúrbio ventilatório.
Hipertimpanismo
Ausculta com murmúrio reduzido
o Conduta:
1. Imediata
a. Curativo de 3 pontas (diminui o diâmetro da lesão aumentando a resistência)
2. Definitiva
a. Toracostomia
o Clínica:
Dor importante
Respiração paradoxal
Na inspiração há distensão da caixa torácica diminuindo a pressão no interior. Mas, na presença de um
segmento instável, ele retrai enquanto a caixa torácica expande e na expiração o segmento se expande.
Não mata diretamente. Entretanto, o paciente pode entrar em Insuficiência Respiratória, devido à dor
intensa ou morrer por Contusão Pulmonar.
o Conduta:
Acompanhamento e controle da dor.
Contusão Pulmonar
Inicialmente só realizamos acompanhamento, entretanto se o paciente mantiver a hipóxia (satO2 < 90% ou
PaO2 <=65) IOT.
Hemotórax
Presença de sangue no espaço pleural.
Ocorre por lesão dos vasos Intercostais ou do parênquima.
Geralmente o sangramento é autolimitado.
o Clínica:
Murmúrio diminuído
Macicez à percussão
Hipotensão por choque hemorrágico hipovolêmico, dependendo do sangramento
o Conduta:
1. Drenagem em selo d’água Pode infectar ou causar dor intensa.
2. Toracotomia Toda vez que o sangramento não for autolimitado, só a drenagem não será
suficiente. Indicações:
a. Hemotórax maciço > 1500 ml
Indicações clássicas
b. Drenagem constante (> 200 ml/h)
c. Necessidade persistente de transfusão
Toracotomia de Reanimação
Quando o paciente evolui para PCR e a reanimação torácica NÃO é suficiente Toracotomia.
Indicações:
Lesão penetrante
Sinais de vida (pupilas reagentes, ECG com atividade organizada ou movimentos de extremidades)
Tamponamento Cardíaco
Geralmente entre o coração e o pericárdio há um espaço virtual. Quando há uma lesão do coração, o
sangue extravasa para o saco pericárdico e o pericárdio não se distende facilmente, logo o coração fica
“apertado”.
o Clínica:
O paciente não consegue receber o retorno venoso.
Turgência jugular
Hipotensão Tríade de BECK
Hipofonese de bulhas
o Diagnóstico:
Clínica + FAST
o Conduta:
1. Imediata
a. Pericardiocentese (10 – 20 ml)
2. Definitiva
a. Toracotomia com reparo da lesão
A conduta atual é realizar inicialmente a Toracotomia com reparo da lesão, sendo a pericardiocentese
apenas uma conduta PROVISÓRIA.
CASO 3:
1) Tamponamento cardíaco.
2) Pericardiocentese.
3) FAST.
4) Toracotomia com reparo da lesão.
CASO 4:
1) Hemotórax. Lesão de vasos intercostais ou parênquima.
2) Não, drenagem imediata < 1500 ml.
3) Sim, drenagem persistente de 200 – 300 ml por hora.
CASO 5:
1) Fígado.
2) Não. Abdome não é cirúrgico
3) Intestino delgado. Nesse caso teríamos indicação de laparotomia.
TRAUMA ABDOMINAL
o Tipos de lesão e principal víscera acometida:
Contuso Baço
Penetrante (aberto) Fígado
Fogo (PAF) Intestino Delgado
Arma Branca Fígado
Sinal do “cinto de segurança” Intestino Delgado
o Exames complementares:
Tomografia computadorizada
Avalia as lesões específicas e o retroperitônio.
Apenas na ESTABILIDADE HEMODINÂMICA.
CASO 6:
1) Laparotomia. Trauma abdominal contuso + peritonite.
2) Baço.
3) Fratura de arcos costais e sinal de Kher (dor referida escapular).
4) TC para avaliar possíveis lesões.
CASO 6:
1) Escala de Coma de Glasgow.
2) Hematoma epidural agudo Imagem biconvexa.
3) Artéria meníngea média.
4) Intervalo lúcido.
5) Hematoma subdural agudo.
6) Idoso, alcoólatra e coagulopatia.
7) Dranegm do hematoma. Desvio >= 5 mm da linha média.
LESÕES CEREBRAIS
Lesões cerebrais difusas
CONCUSSÃO CEREBRAL LESÃO AXONAL DIFUSA (LAD)
“Nocaute”. “Lesão por cisalhamento”.
o Clínica: o Clínica:
Perda súbita da consciência (por até 6 horas). Perda súbita da consciência que dura por mais de 6
o Conduta: horas.
Observação. Atenção: Glasgow baixo + TC inocente