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Imigrantes

Os imigrantes

Portugueses, espanhóis, italianos, alemães, austríacos, entre outros povos, são atraídos
pelas propagandas divulgadas em seus países, que acenam com uma vida melhor para
quem quiser se aventurar nos trópicos

O governo incentiva ainda a imigração estrangeira para as províncias do sul do país, que
se tornam estratégicas depois da Guerra do Paraguai. No caso, o objetivo é menos o de
substituir a mão-de-obra escrava do que o de povoar áreas de densidade demográfica
muito baixa. Até a proclamação da República (1889), mais de 1,5 milhão de imigrantes
portugueses, espanhóis, italianos, alemães e eslavos, entre outros, chegam ao Brasil. A
maioria vai para as plantações de café do Sudeste, mas muitos se dirigem às colônias do
Paraná, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul.

Espanhóis

Os espanhóis começaram a imigrar para o Brasil em razão dos problemas no país de


origem e das possibilidades de trabalho que, bem ou mal, lhes eram oferecidas. Muitos
agricultores, proprietários de minifúndios, partiram da Galícia; outros vieram da
Andaluzia, onde eram, principalmente, trabalhadores agrícolas.

Nos primeiros tempos, ou seja, a partir da década de 80 do século XIX, os espanhóis


foram encaminhados, sobretudo, para trabalhar nas fazendas de café no estado de São
Paulo. Embora a grande maioria dos espanhóis tenha se fixado, a princípio, no campo,
onde ganharam posições como pequenos e médios proprietários, a presença urbana da
etnia não é desprezível.

Italianos

Os italianos começaram a imigrar em número significativo para o Brasil a partir


da década de 70 do século XIX, italianos dessa região predominaram na corrente
imigratória. A partir daí, os italianos do Centro-sul ou do Sul se tornaram dominantes.

As grandes áreas de atração de imigrantes italianos para o Brasil foram os estados de


São Paulo, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. Considerando o período 1884-1972. As
condições de estabelecimento dos italianos foram bastante diversas.

Japoneses

A primeira leva de japoneses chegou ao Brasil em 1908, através de um esquema de


imigração subsidiada. Houve oposição inicial à imigração dessa etnia, que acabou sendo
aceita como uma alternativa as dificuldades impostas pelo governo italiano à imigração
subsidiada de italianos para o Brasil. Os japoneses concentraram-se no estado de São
Paulo, correspondendo a 92,5% o número de japoneses que entrou nesse estado, entre
1909 e 1972. Os japoneses foram destinados inicialmente as fazendas de café, mas
gradativamente tornaram-se pequenos e médios proprietários rurais. Dentre todos os
grupos imigrantes foram os que se concentraram por período mais longo nas atividades
rurais, em que se destacaram pela diversificação da produção dos hortifrutigranjeiros.
Portugueses

Como “descobridores” do Brasil, vieram para a colônia desde seus primeiros tempos de
existência. Mesmo considerando-se apenas o período posterior à Independência (1822),
os portugueses representam a etnia imigrante mais numerosa. Foram atraídos pelas
dificuldades econômicas no país de origem e pelas afinidades lingüísticas. Dedicaram-
se tanto a atividades rurais como urbanas e, mais do que qualquer outra etnia,
espalharam-se por várias regiões do Brasil. O Rio de Janeiro constitui o maior centro
urbano concentrador de portugueses e seus descendentes.

Alemães

Os primeiros imigrantes alemães chegaram ao Brasil logo após a Independência, dentro


de um programa de colonização idealizado pelo governo brasileiro, que visava o
desenvolvimento da agricultura e a ocupação do território no Sul do País. A primeira
colônia alemã foi fundada em 1824, com o nome de São Leopoldo, no Rio Grande do
Sul, numa área de terras públicas do Vale do Rio dos Sinos. Entre as colônias mais
conhecidas estão aquelas que passaram por um processo de desenvolvimento econômico
com a industrialização – caso de Blumenau, Joinville e Brusque, em Santa Catarina, e
São Leopoldo, Novo Hamburgo e Ijuí, no Rio Grande do Sul – para citar alguns
exemplos. Houve ainda estabelecimento de alemães em algumas colônias do Espírito
Santo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo – todas pouco expressivas. Por outro
lado, uma parte dos imigrantes – sobretudo após a Primeira Guerra Mundial – se
estabeleceu em cidades maiores como Porto Alegre, Curitiba e São Paulo.

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