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JEQUITINHONHA E MUCURI
INSTITUTO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA - ICT
CENTRO DE ESTUDOS EM GEOCIÊNCIAS – CEGEO
TOPOGRAFIA GERAL
EGE208
APOSTILA DE AULAS
1 – INTRODUÇÃO.....................................................................................................3
2 - LIMITES DE APLICAÇÃO....................................................................................4
3 – DIVISÕES DA TOPOGRAFIA.............................................................................4
4- REPRESENTAÇÕES DA SUPERFÍCIE TOPOGRÁFICA....................................5
5 – FORMA DA TERRA.............................................................................................6
6 – SISTEMA DE COORDENADAS GLOBAIS.........................................................9
7 - REFERENCIAL ALTIMÉTRICO (ALTITUDES)..................................................15
8 – ANGULOS DE ORIENTAÇÃO...........................................................................16
9 - INSTRUMENTOS DE TOPOGRAFIA................................................................19
10 - MEDIDAS ANGULARES..................................................................................28
Exercícios................................................................................................................33
11 - TAQUEOMETRIA OU ESTADIMETRIA............................................................34
12 - MÉTODOS DE LEVANTAMENTOS PLANIMÉTRICOS..................................37
12.1 - LEVANTAMENTO POR IRRADIAÇÃO......................................................39
12.2 - LEVANTAMENTO POR INTERSEÇÃO.....................................................40
12.3 - LEVANTAMENTO POR CAMINHAMENTO DA POLIGONAL...................41
12.4 - CÁLCULOS DE CORREÇÃO DA POLIGONAL........................................45
13 - AVALIAÇÃO DE ÁREAS DE FIGURAS PLANAS............................................48
13.1 - MÉTODO DE EQUIVALÊNCIAS GRÁFICAS............................................48
13.2 - MÉTODO DO GABARITO.........................................................................50
13.3 - MÉTODO MECÂNICO OU ELETRÔNICO................................................51
13.4 - MÉTODO ANALÍTICO...............................................................................53
Exercícios.............................................................................................................54
1 – INTRODUÇÃO
Este curso de Topografia tem por objetivo familiarizar o estudante de
ciências Agrárias com as técnicas de medição de terrenos e os instrumentos
adequados para os diversos tipos de levantamentos topográficos. Assim como os
métodos de representação de contornos e posições tridimensionais de superfícies
irregulares a partir de planos ortogonais, no formato de Plantas Topográficas.
TOPOGRAFIA é um termo composto de duas raízes gregas: Topos – lugar,
terreno e Graphen – descrição.
Tem a finalidade de determinar contorno de áreas e posições relativas,
tanto no fundo dos mares quanto no interior de minas subterrâneas, relacionadas
a uma porção da superfície terrestre, limitada pela curvatura resultante da
esfericidade do planeta.
Desta forma, um Levantamento Topográfico é essencial para qualquer
projeto ou obra a ser realizada numa superfície de terreno. Pode ser realizados
por engenheiros, arquitetos e vários outros profissionais que atuam nas ciências
da terra, presentes atualmente em trabalhos de obras viárias, núcleos
habitacionais, edifícios, aeroportos, hidrovias, usinas hidrelétricas,
telecomunicações, sistemas de distribuição de águas, planejamento urbano,
paisagismo, irrigação, drenagem, culturas, reflorestamentos e entre muitos outros
serviços que alavancam o desenvolvimento de um País.
2 - LIMITES DE APLICAÇÃO
As técnicas de levantamento topográfico são limitadas pela curvatura
resultante da esfericidade do planeta. Devido a esta curvatura, a atuação da
topografia é limitada a uma extensão terrestre de aproximadamente 30 km de raio,
ou até onde esta curvatura pode ser desprezada.
Fora deste limite é necessário o apoio da GEODÉSIA, que utiliza
instrumentos e métodos semelhantes aos da topografia, porém mais elaborados e
precisos, para cálculos de superfícies maiores de terreno, quando a curvatura da
terra tem que ser considerada.
A Geodésia se utiliza dos mesmos equipamentos e praticamente dos
mesmos métodos para o mapeamento de grandes superfícies (cidades, estados,
países ou continentes). Por isto, muitas vezes se confundem, entretanto a
Geodésia é uma ciência muito mais abrangente, podendo ser a Topografia ser
tratada como capítulo desta ciência.
Desta forma, tem-se:
PLANO TOPOGRÁFICO A B’ C’
S Φ
SUP. ESFÉRICA B
DA TERRA
RT
3 – DIVISÕES DA TOPOGRAFIA
Os métodos de medições na topografia podem ser dividida em:
Levantamentos Planimétricos: compreendendo um conjunto de operações
necessárias para a determinação de pontos e feições do terreno, com
representação bidimensional, ou seja, projetados sobre um plano horizontal de
referencia, através de suas coordenadas X e Y.
Levantamentos Altimétricos: compreendendo o conjunto de operações
necessárias para a determinação de pontos e feições do terreno, projetados sobre
um plano horizontal com plano de referencia vertical ou nível através de suas
coordenadas X, Y, e Z (representação tridimensional).
Ao conjunto de métodos abrangidos pela Planimetria e pela Altimetria dá-se
o nome de Topometria ou Planialtimetria.
A Topologia, a partir dos dados obtidos na topometria, estuda as formas da
superfície terrestre e as leis que regem o modelado.
Os levantamentos planimétricos e/ou altimétricos são definidos e
executados em função das especificações dos projetos. Assim alguns projetos
poderão exigir levantamentos altimétricos, planimétricos ou planialtimétricos,
dependendo da obra ou infraestrutura a ser implantada.
4- A SUPERFÍCIE TOPOGRÁFICA
Nela encontram-se não somente seus limites como também suas
particularidades naturais e artificiais, que serão projetadas sobre um plano
considerado horizontal. A esta projeção ou imagem figurada do terreno dá-se o
nome de Planta Topográfica.
TEODOLITOS
São instrumentos básicos utilizados para medir ângulos horizontais e
verticais, podendo medir também pequenas distâncias de forma indireta, utilizando
miras falantes e estádias. É constituído essencialmente por:
Parte fixa (base): que permite solidarizar o instrumento com um dispositivo sobre o
terreno (tripé, pilar).
Parte móvel: que roda em torno de um eixo perpendicular a base (Principal).
Luneta: é um telescópio que gira livremente sobre dois eixos, para observar
qualquer ponto do espaço. É composto por uma objetiva, a ocular e os fios
estadimétricos.
Eixos: São três os eixos essenciais do instrumento, por construção todos
perpendiculares entre si.
Eixo Principal: Passa pelo centro ótico da luneta e pelo centro do limbo
horizontal, sendo-lhe perpendicular.
Eixo Secundário: Eixo de suporte da luneta, perpendicular ao eixo principal.
Cruza o centro ótico da luneta e passa pelo centro do limbo vertical.
Eixo Ótico ou Eixo de Colimação ou Eixo da Luneta: Formado pela reta
imaginária que une o centro da ocular da luneta ao centro da objetiva.
Eixo secundário
Centro do teodolito
Leitura vertical
(limbo)
Leitura horizontal
(limbo)
Limbos Graduados: São dois círculos de metal ou de cristal, perpendiculares entre
si por construção, com graduação altamente precisa para medição dos ângulos
horizontais e verticais.
Limbo Horizontal graduado de 00 a 3600 ou de 0 a 400 grados.
Limbo Vertical graduado de 00 a 900 ou 00 a 3600 ou 0 a 400 grados.
TEODOLITOS ÓTICOS/MECÂNICOS
Geração de instrumentos de precisão consistindo de um conjunto de
goniômetros azimutais (mede ângulos horizontais) e eclímetros (mede ângulos
verticais) permitindo leitura simultânea das medidas.
Estes possuem ajustes de limbos e nivelamento manual, podendo ser
distinguido o Trânsito (mecânico e de leitura externa) muito antigo e ultrapassado
(ex. Keffel e Esser, Berger ou Gurley “Standard”) e os óticos (prismático e com
leitura interna).
Na série de Teodolitos óticos/mecânicos destacam-se os reiteradores ou
repetidores com lunetas giratórias ou reversíveis completamente ou somente no
lado da ocular (Wild T1, Wild T2). Destinam-se aos levantamentos clássicos,
inclusive poligonação. Os limbos são observados num só ponto da ocular.
Utilizado para poligonação e taqueometria, peso reduzido, leitura dos limbos
rápida e segura e de construção simples.
TEODOLITOS ELETRÔNICOS
O impacto da microeletrônica nos teodolitos concentra-se quase que
exclusivamente no sistema de leitura dos círculos graduados e no sistema do
sensor eletrônico que compensa automaticamente a inclinação do equipamento,
levando-o à horizontal.
Como é algo praticamente inexistente na leitura técnica nacional,
descrevemos esse sistema com alguns detalhes, pensando naquele que não se
contentam com uma "topografia de caixa-preta" ou do "apertou, usou".
Os principais componentes físicos de um sistema de medição eletrônica
são dois: um círculo de cristal com regiões claras e escuras (transparentes e
opacas) codificadas através de um processo de fotolitografia, e fotodiodos
detectores da luz que atravessam esse círculo graduado.
Para entender o princípio de funcionamento podemos pensar, de maneira
simplificada, num círculo de vidro com uma série de traços opacos igualmente
espaçados e com espessura igual a este espaçamento e com espessura igual a
este espaçamento. Colocando uma fonte de luz de um lado do círculo e um
fotodetector do outro, é possível "contar" o numero de pulsos "claro/escuro" que
ocorrem quando o teodolito é girado, de uma posição a outra, para medir um
ângulo. Esse número de pulso pode ser então convertido e mostrado de forma
digital em um visor.
Uma pequena conta ajuda a entender o processo. Suponhamos um círculo
graduado de 8 cm de raio, que terá então um perímetro de uns 500 mm. Podemos
pensar em traços de 0,5 mm de espessura de tal forma que tenhamos um traço
claro e um escuro em cada milímetro de 1000 no total, equivalendo aos 360º do
círculo. Isso leva a conclusão de que cada pulso (claro ou escuro) corresponde a
uns 20 minutos de arco, que seria a "precisão", não muito boa, de nosso hipotético
equipamento.
ESTAÇÃO TOTAL
As Estações Totais Eletrônicas vieram para revolucionar a Topografia, e
simplificar os trabalhos de campo e escritório. A Estação Total nada mais é que um
Distanciômetro germinado com um Teodolito Eletrônico equipado com cartões
magnéticos ou coletores de dados eliminando as tradicionais cadernetas de
campo.
Neste sistema os dados são transferidos diretamente ao Computador que
processa os dados e registra em disquetes os quais saíram diretamente ao Ploter
onde processarão os mapas. As equipes de campo passam de cinco operários
para três, tornando os trabalhos mais barato, limpos e precisos. Apesar de serem
instrumentos caros, se tornam viáveis em função das grandes vantagens que eles
nos oferecem.
NÍVEL ÓTICO
Estes aparelhos definem linhas de visada horizontais com ajuda de uma
mira graduada (Mira falante), baseado num sistema óptico semelhante ao dos
teodolitos. Utilizado para serviços de nivelamento Geométrico, consistindo de uma
luneta fixada sobre uma barra horizontal com ajuste de nível montado na
articulação e suportado por um bastão ou tripé.
Ainda são encontrados os tipos Digital e a laser, o primeiro com medição
eletrônica e registro automático de distâncias horizontais e verticais com auxílio de
uma régua graduada com código de barras (escala binária). Os níveis a laser são
níveis automáticos cujo funcionamento está baseado na tecnologia do
infravermelho.
MIRAS
É uma régua de madeira, alumínio ou PVC de 4 ou 5 metros, graduada em
m, dm, cm e mm; utilizada na determinação de distâncias horizontais e verticais
entre pontos.
BALIZAS
Hastes metálicas destinadas a materialização do ponto da estação para a
vertical do lugar, durante as visadas dos ângulos horizontais. Geralmente
constituída de metal com 2 metros de comprimentos pintadas nas cores vermelho
(contraste com a atmosfera) e branca (contraste com a vegetação).
BÚSSOLA
Aparelho para medição de ângulos horizontais, consistindo de uma agulha
imantada que repousa sobre um pivô no centro de um limbo graduado. Mede
ângulo formado pelas linhas do terreno (alinhamentos) com a direção do
meridiano magnético da terra. Possui as limitações perturbadoras da força
magnética que não permite obter boa precisão, por isto os limbos tem graduação
somente até 30’. As perturbações podem ocorrer por influência da proximidade de
minérios de ferro, trilhos, cercas de arame, rede elétrica e outros materiais
metálicos. É utilizada na medição de rumos ou azimutes e conseqüentemente
variações angulares no plano horizontal.
Princípio de Funcionamento - agulha imantada que aponta para o N magnético
permite medir por visadas horizontais o rumo em graus com relação ao N
magnético (projetado no plano horizontal). A diferença angular entre N verdadeiro
(Nv) e magnético (Nm) é a declinação magnética que varia com o ponto na
superfície terrestre e com a data. Sendo conhecida a declinação, pode-se corrigir
a medida angular do rumo somando-se ou subtraindo-se este valor para se ter o
rumo verdadeiro.
Na bússola de geólogo isto é feito fisicamente desviando o N da bússola da
linha de visada no valor angular da declinação através de um parafuso de
compensação da declinação. Isto acertado não é necessário mais se preocupar
em corrigir o valor da declinação para obter o rumo com o N verdadeiro naquela
área, pois as medidas já são compensadas com o valor da declinação marcada na
bússola.
Querendo-se determinar, também a altitude, faz-se necessário nestas
visadas usar o clinômetro da bússola; assim, tendo-se a distancia "d" medida em
mapa (cateto) e o angulo "a" vertical obtém-se a diferença de cota "h" (outro
cateto), nossa incógnita é: h = tang a x d.
ALTÍMETRO
O altímetro é largamente usado em serviços topográficos expeditos, em
reconhecimento geológico, como auxiliar na localização em campo. Pode ser
encontrado na forma analógica ou digital.
Consiste de uma câmara metálica com vácuo que permite medir as
variações de pressão atmosférica através de ponteiro. Há uma correlação entre
pressão atmosférica (coluna de ar acima do ponto que está sendo medido
altimetricamente) e a altitude do ponto registrada no limbo.
ALTÍMETRO ANALÓGICO ALTÍMETRO DIGITAL
CLINÔMETRO
O clinômetro mede ângulos no plano vertical. É usado para levantamentos
topográficos expeditos (cálculo de altitude); para medidas geológicas como valor
de mergulho de uma camada ou de uma lineação; para o cálculo da altura de um
paredão cujo topo seja inacessível. Muitos tipos de bússolas incorporam um
clinômetro que permite medir os ângulos no plano vertical através de limbo
graduado em GRAUS (º) e em GRADIENTES (%).
Funciona com uma bolha de nível com braço perpendicular que gira em
torno do limbo graduado o qual, por sua vez, relaciona-se à linha de visada ou
superfície de contato com o plano que se quer medir a inclinação.
DIASTÍMETROS
Todo e qualquer instrumento destinado à medição direta de distânciais. Os
mais usuais em Topografia são: Trenas, Fitas de aço e a corrente do agrimensor.
Medição Direta: Quando o instrumento de medida é aplicado diretamente sobre o
terreno.
10 - MEDIDAS ANGULARES
O Goniômetro é o instrumento utilizado para a medição de ângulos. O
teodolito é um goniômetro de luneta aperfeiçoado, que mede ângulos horizontais e
verticais. Os ângulos medidos em Topografia podem ser classificados em:
• ÂNGULOS HORIZONTAIS
– INTERNOS
– EXTERNOS
– DEFLEXÃO
• ÂNGULOS VERTICAIS
– COM ORIGEM NO HORIZONTE
– COM ORIGEM NO ZÊNITE OU NO NADIR
b) Externos
Para a medida de um ângulo horizontal externo a dois alinhamentos
consecutivos de uma poligonal fechada, o aparelho deve ser estacionado,
nivelado e centrado com perfeição, sobre um dos pontos que a definem:
Executar a pontaria (fina) sobre o ponto a ré (primeiro alinhamento);
Zerar o círculo horizontal do aparelho nesta posição (procedimento padrão ® Hz =
000°00'00");
Liberar e girar o aparelho (sentido horário ou anti-horário), executando a pontaria
(fina) sobre o ponto a vante (segundo alinhamento);
Anotar ou registrar o ângulo (Hz) marcado no visor LCD que corresponde ao
ângulo horizontal externo medido.
Método da Repetição
Este método consiste em visar, sucessivamente, os alinhamentos
a vante e a ré de um determinado ponto ou estação, fixando o ângulo horizontal
lido e tomando-o como partida para a medida seguinte (ESPARTEL 1977,
DOMINGUES 1979).
A luneta do aparelho é apontada para o ponto a vante (pontaria
fina) e o círculo horizontal do mesmo é zerado;
Em seguida, o aparelho é liberado e a luneta é apontada
(pontaria fina) para o ponto a ré;
O ângulo horizontal resultante é anotado ou registrado;
O aparelho é liberado e a luneta é novamente apontada para o
ponto a vante;
O ângulo de partida utilizado neste momento para a segunda
medida do ângulo horizontal não é mais zero, e sim, o ângulo anotado ou registrado
anteriormente;
Libera-se novamente o aparelho e aponta-se para o ponto a ré;
Um novo ângulo horizontal é anotado ou registrado.
O processo se repete um número n de vezes.
A este processo de medir sucessivamente várias vezes o mesmo ângulo
horizontal denomina-se série de leituras.
As séries são compostas, normalmente, de 3 a 8 leituras, dependendo da
precisão exigida para o levantamento.
O valor final do ângulo horizontal, para os alinhamentos medidos, é dado
pela seguinte relação:
Onde:
Hzn: é a última leitura do ângulo horizontal (na ré).
Hz1: é a leitura do primeiro ângulo de partida utilizado (na vante).
n: número de leituras efetuadas.
Ângulos Verticais
Como descrito anteriormente, a medida dos ângulos verticais, em
alguns aparelhos, poderá ser feita da seguinte maneira:
7 – Para a leitura dos ângulos horizontais de uma poligonal foi aplicado o método
da repetição e obteve-se a seguinte série de leituras (Sentido horário, de vante
para ré):
Hz 1 = 000 00’ 00”
Hz 1 = 330 45’ 10”
Hz 1 = 670 30’ 22”
Hz 1 = 1010 15’ 36”
Determine o ângulo Horizontal final entre os alinhamentos.
11 - TAQUEOMETRIA OU ESTADIMETRIA
Medidas de distâncias horizontais e diferenças de nível, calculadas em função
da medida e outras grandezas, não necessitando percorrê-las para compará-las
com a grandeza padrão.
Leitura através do retículo ou estádia do teodolito, composto por fios
estadimétricos, sobre uma mira topográfica, para posterior cálculo das distâncias
verticais e horizontais. O princípio básico da medição por taqueometria é a
semelhança de triângulos.
DH = 100 x H + C
DH = 100 x H x sen2Z
Leitura indireta de distâncias verticais ou diferenças de nível (DN)
QS = RS + RM -MQ
QS = DIFERENÇA DE NÍVEL
RS = I = ALTURA DO INSTRUMENTO
MQ = M = Fm = LEITURA DO RETÍCULO MÉDIO Fm = Fs + Fi
2
Do triângulo ORM tem-se:
RM = OR x Tg a
RM = DH x Tg a
RM= (100 x H x cos2 a + C) Tg a
RM = 100 x H (sen 2a)/2 + C x tg a
RM = 50 x h x sen 2a
DN = 50 x H x sen 2Z+ I – Fm
12 - MÉTODOS DE LEVANTAMENTOS PLANIMÉTRICOS
RECONHECIMENTO DA ÁREA
Antes de iniciar a fase de medições e necessário percorrer a área escolher
os locais adequados para piquetear os vértices da poligonal principal ou
secundária. Os vértices devem ser escolhidos em locais de boa visibilidade que
permitam visualizar todos os pontos e feições topográficas a serem medidos. Esta
operação permite os trabalhos de medição evitando medidas desnecessárias.
ORIENTAÇÃO INICIAL.
Conforme visto o levantamento deve ser orientado em relação ao norte
assim deve ser feita a medição do rumo ou azumite verdadeiro/ magnético de um
alinhamento da poligonal geralmente do primeiro lado da poligonal.
3. COMPENSAÇÃO ANGULAR:
C = - EFA/n
8. TOLERÂNCIA LINEAR
É o valor permitido para o erro, variável com a finalidade do trabalho.
Costuma-se adotar as faixas de escalas abaixo:
-Levantamentos rurais : 1:500 a 1:1000
-Levantamentos urbanos: 1:2000 a 1:5000
9. COMPENSAÇÃO LINEAR:
Se o erro estiver dentro da tolerância, as coordenadas de cada ponto
medido devem ser compensadas com uma correção proporcional ao
caminhamento dado por:
–
Cx (n) = - Pp . Ex/Pt
–
Cy (n) = - Pp . Ey/Pt
Onde:
•
Cx (n)= Correção da abcissa (x) no ponto n
•
Cy (n)= Correção da ordenada (y) no ponto n
•
Pp = Perímetro caminhado (somatório parcial dos lados) desde a
origem até o ponto n
•
Pt = Perímetro total (somatório total dos lados poligonais)
onde,
bE = b1 + bn (soma das bases externas: trapézios extremos) e,
bI = b2 + ... + bn-1 (soma das bases internas)
Nestes casos, a precisão da área obtida é tanto maior quanto menor for o
valor de (h).
13.2 - MÉTODO DO GABARITO
Por Faixas:
Este é um gabarito que consiste de linhas horizontais traçadas a intervalos
regulares, ou seja, espaçadas entre si de um mesmo valor gerando várias faixas
consecutivas.
Assim, para a determinação da área de uma figura basta posicionar o
gabarito sobre a mesma e, com o auxílio de uma mesa de luz e uma régua, medir
o comprimento das linhas que interceptam os seus limites.
A figura a seguir ilustra os comprimentos medidos com régua referentes às
linhas do gabarito que interceptaram o perímetro de uma determinada figura
traçada sobre um mapa.
para i = 1, 2, ... , n
Como para o método anterior, a precisão da área obtida é tanto maior
quanto menor for o valor de (h).
Por quadrículas:
Este é um gabarito que consiste de linhas horizontais e verticais traçadas a
intervalos regulares gerando um conjunto de quadrículas.
Assim como para o método anterior, a medida da área de uma figura é
determinada posicionando-se o gabarito sobre a figura e, com o auxílio de uma
mesa de luz, contar o número de quadrículas contidas pela mesma.
A precisão da área obtida por este método é tanto maior quanto menor for a
área da quadrícula.
1.Determine a área total de uma figura qualquer, em cm², sabendo-se que esta foi
dividida em duas figuras geométricas conhecidas. São elas:
trapézio base maior(b) = 23,5cm; base menor(a) = 15,7cm; altura(h) = 5,3cm
triângulo qualquer lado(a) = 6,6cm; lado(b) = 5,3cm; lado(c) = 8,3cm
2.Determine a área de uma figura, pelo método de Gauss, sabendo que a mesma
é definida por seis pontos cujas coordenadas são:
Ponto X Y
1 100mm 100mm
2 223mm 167mm
3 304mm 017mm
4 128mm -79mm
5 002mm -56mm
6 -41mm 023mm
Considerando que esta figura está delimitada sobre uma planta na escala 1:2.000,
determine o valor da sua área real (m²).
3.Qual seria o valor da área de uma figura de 1,83g de peso sabendo-se que uma
amostra de 10cm x 15cm, no mesmo tipo de papel, tem peso igual a 0,76g?