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MÉTODOS ADEQUADOS DE SOLUÇÃO DE CONFLITOS

AMANDA BARBOSA
Juíza do Trabalho do TRT da 15ª Região
Coordenadora do CEJUSC de Ribeirão Preto
Coordenadora da Divisão de Execução de Ribeirão Preto
Mestre em Direito pela USP-RP
Docente da Escola Judicial da 15ª Região e em cursos de pós graduação
Autora
1. Concepção sociológica do Direito

DIREITO

O QUE É?

PARA QUE SERVE?


Fato social que se materializa em
normas de conduta de caráter
“universal”, abstrato, obrigatório e
mutável, adotadas pelo grupo social
para regular as relações, visando
prevenir e solucionar conflitos.
2.1. GESTÃO DE CONFLITOS:

2.1.1. Autotutela

2.2.2. Autocomposição (renúncia, aceitação


ou transação)
Sem atuação de um terceiro

Atenção: transação ≠ renúncia!


2.1.3- Heterocomposição: assistência ou transferência da
decisão a um terceiro

A. Jurisdição: poder-dever do Estado de revelar o direito incidente


sobre determinada situação concreta trazida a seu exame, efetivando a
solução jurídica encontrada a respeito. Essa função é atribuída a um
terceiro imparcial regularmente investido nessa autoridade (juiz), o qual
formula a norma jurídica do caso concreto, que atua imperativamente e em
substituição da vontade das partes, com aptidão para se tornar definitiva.
“Crise” do Judiciário:
- Qualidade da prestação jurisdicional;
- Tempestividade;
- Adequação aos tipos de conflitos
- Índice de cumprimento voluntário das sentenças,
- Custos etc.
Idealização de formas “alternativas”

Nesse contexto, inevitável que o Judiciário passasse a rever o seu


papel e o seu modo de atuação na sociedade, momento no qual se abriu
espaço para a discussão de soluções complementares, mais céleres,
informais e aptas ao atendimento dos anseios dessa sociedade
“instantânea”, na qual o tempo é valor imprescindível e irrenunciável.

É nesse pano de fundo que se fortalece a discussão sobre os meios


“alternativos” de resolução de conflitos, entre eles a conciliação e
mediação.
CONCEPÇÃO AMPLIADA DE
ACESSO À JUSTIÇA
A concepção ampliada de acesso à justiça, a qual significa, entre
outros aspectos, a superação do unidirecionamento da demanda por
solução de conflitos ao Estado ou, no mínimo, a disponibilização pelo
Estado de instrumentos distintos da jurisdição para a gestão daqueles.
Cuida da agregação ao modelo jurisdicional de solução de conflitos,
de outros métodos, sobretudo não adversarias e potencialmente mais
satisfatórios, a depender de fatores como as características do conflito
e as pessoas envolvidas. Em resumo, esse o fundamento, não apenas
teórico, mas psicossocial e mesmo ético (no sentido de suporte
valorativo), do movimento global de reformulação do sistema de
gestão de conflitos.
(Barbosa, Amanda. Conflitos individuais do Trabalho e Métodos
Autocompositivos de gestão: é possível conciliar? Revista do Tribunal
Regional do Trabalho da 15ª Região, nº 53, 2018, p.231.)

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