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Seminário Teológico da

Assembléia de Deus em
Belém-PA

TRADIÇÃO,EDUCAÇÃO E PENTECOSTES

APOCALIPSE

Professor: Marinaldo Carvalho

Aluna: Diana Flexa Thó dos Santos

Belém

2010

Seminário Teológico da

Assembléia de Deus em Belém-PA


TRADIÇÃO,EDUCAÇÃO E PENTECOSTES

APOCALIPSE

Trabalho a ser entregue ao professor

Marinaldo Carvalho da disciplina Os Evangelhos

para obtenção de nota parcial.

Belém

2010

INTRODUÇÃO
Apocalipse! Talvez o livro menos lido em todo o Novo Testamento. É provável
que a maioria dos cristãos nunca tenham lido esse livro, ou, se o leram, o fizeram
apenas nos três primeiros capítulos. Possivelmente esse desprezo para com o
Apocalipse deve-se à visão que as pessoas têm dele.

O Apocalipse, com muita certeza, é o livro que mais abusos tem sofrido no
decorrer da História e, como decorrência, é o livro que tem despertado reações sempre
as mais antagônicas possíveis. Há aqueles que o amam por seu conteúdo, beleza, e
imagens fortes. Por outro lado, outros sentem um verdadeiro “pavor” do livro por não
compreenderem-no e devido a estudos ou sermões ouvidos que revelavam uma
perspectiva de análise equivocada.
CENA DE ABERTURA NO CÉU - cp. 4 e 5.

Estes dois capítulos falam sobre Deus (cp. 4) e Jesus Cristo (cp. 5), e têm a mesma
estrutura:

A visão do trono de Deus:

v 1: depois de ouvir o conteúdo das cartas às sete igrejas, João volta para seu estado
normal de consciência. Ele não está ainda “no Espírito”. Quando uma pessoa tem uma
visão, ela ainda pode permanecer sensível ao que se passa ao seu redor. Estevão estava
consciente da presença dos homens maus que o apedrejavam quando viu os céus se
abrindo e o Filho do Homem em pé à mão direita de Deus (At 7.54-60, Mt 3.16). agora
João está atônito, vendo a porta do céu aberta e Jesus lhe chamando: “sobe para aqui, e
te mostrarei o que deve acontecer depois dessas coisas”. “Depois” aqui significa no
futuro.

v 2: “achei-me em espírito”. Certamente o que João está para ver, no céu, será uma
visão, não literal. Ele não está vendo que existem coisas como descreverá mais a frente,
mas ele descreve sua visão, da forma mais humana possível, ou seja, o que ele vê não é
humano, mas ele precisa de expressões humanas para descreve-los.
“O trono”: o termo “trono” aparece 17 vezes nos capítulos 4 e 5. ele não está na
terra, mas no céu.ele é santo, separado, único, governamental, soberano.
“O arco-íris”: significa que a tempestade para Seu povo já passou, agora vem a
bonança e o renovo.

v 3: “é semelhante no aspecto”. João não diz que o que ele vê assentado no trono “é”,
mas “semelhante” (forma humana de expressão) a:
Jaspe: Pedra semipreciosa de várias cores, geralmente marrom ou vermelha, mas
também amarela, verde ou branca (Êx 28.20; Ap 21.11).
Sardônio: Pedra semipreciosa alaranjada ou vermelha(Ap 4.3).
Esmeralda: Pedra preciosa de cor verde, muito apreciada desde os tempos antigos (Ap
21.19).

v 4: “Vinte e quatro tronos”: 24 é o número de uma cifra completa, que sugere os doze
patriarcas da tribos de Israel (1º)Rúben, 2º)Simeão, 3º)Levi, 4º)Judá, 5º)Issacar,
6º)Zebulom, 7º)Gade, 8º)Dãm, 9º)Naftali, 10º)Benjamin, 11º)Efraim, 12º)Manassés)e os
doze apóstolos (André; Bartolomeu (Natanael); Tiago (Filho de Alfeu); Tiago (Filho de
Zebedeu); João; Judas (não o iscariotes); Judas Iscariotes;Mateus; Filipe; Simão
Pedro; Simão Zelote; Tomé; Matias (Substituindo a Judas); simbolizando dessa maneira
a unidade dos salvos em todos os tempos (Ef 2.11-22) podem ser anjos que participam
no governo do universo (Sl 89.7, Is 24-23, Ex 24.11)
“Coroas de Ouro na cabeça”: esse é o simbolismo de que esas pessoas assentadas nos
vinte e quatro tronos são vencedoras, receberam a coroa da glória (1Pe 5.4, Ap 3.4-5).
v 5: “Sete tochas”: tochas eram lâmpadas portáteis da época. João tem a visão de algo
que se parece com tocha, pois ilumina, clareia. “Sete Espíritos”: o Espírito Santo é
apresentado na Bíblia “como fogo” (Ez 8.2, At 2.3). Sete simboliza a plenitude da glória
de Deus pela ação de Seu Espírito.

v 6: “Mar de vidro”: simboliza a separação entre Deus e o homem. Cristal:


simboliza a glória divina, que somente os fieis, purificados pelo sangue do Cordeiro
poderão nele pisar. Quatro seres viventes: pode simbolizar uma figura da
grandeza da criação de Deus que incessantemente glorifica ao Criador.

v 7: “Seres viventes”: para entender melhor essa visão, você deve estudar os capítulos
1 e 10 de Ezequiel. Comparando essas duas visões paralelas temos:
·nas duas passagens os seres são chamados de “viventes” (Ez 1.5, Ap 4.6)
·nas duas passagens o número simbólico é o mesmo, “quatro” (Ez 1.5, Ap 4.6)
·nas duas passagens as aparências se identificam: homem, leão, boi e águia. (Ez 1.10,
Ap 4.7)
·nas duas passagens eles estão associados ao trono (Ez 1.26, Ap 4.6)
·nas duas passagens o fogo se move de um lado para outro próximo a eles (Ez 1.13, Ap
4.5)
·nas duas passagens eles estão cheios de olhos (Ez 1.18, 10.12, Ap 4.8)
·nas duas passagens um arco-íris cerca o trono (Ez 1.28, Ap 4.3)

Em Ezequiel 10.20 lemos que os seres viventes são “querubins”. Dessa forma, podemos
crer que aqui, em apocalipse, esses seres são querubins também. Querubins são uma
ordem muito elevada de anjos, os mais poderosos. Eles guardavam as coisas sagradas de
Deus (Gn 3.24, Ex 25.20). Dessa forma é razoável que eles estejam tão próximos do
trono, no santo dos santos, um lugar da glória de Deus (Ex 25.20).

v 8: “Proclamando”: toda a obra de Deus foi criada com a finalidade de adora-lo


eternamente. Tudo que Ele criou foi para Sua própria glória. Assim, tanto na terra
quanto no céu, nesse mundo, quanto na eternidade daremos glórias incessantes ao
Senhor eternamente, pois para isso fomos criados.
A VISÃO DO LIVRO (5)

O capítulo 5 começa falando de um “livro” selado com sete selos, que está nas
mãos de Deus (v.1). Que livro é esse? É o livro que contém o domínio de Deus sobre
todas as coisas, bem como a definição da libertação do seu povo e a punição
daqueles que se voltam contra a igreja e seu Senhor. Portanto, tudo o que acontece
no Apocalipse é a revelação do conteúdo do livro.

Os “sete selos” que mantém o livro fechado (possivelmente um pergaminho ou papiro)


e que são abertos no capítulo 6 e 8 não fazem parte do conteúdo do livro, mas formam
uma preliminar à abertura do mesmo.

João chora muito porque ninguém pode abrir o livro e, sendo assim, não há nenhuma
certeza quanto ao futuro (v.4). Porém um dos anciãos apresenta Jesus no v.5 como “leão
da tribo de Judá” (Gn 49,9-10 que fala do reinado provindo da tribo de Judá) e “raiz de
Davi” (Is 11,1 indicando que o Messias viria da família de Davi). Essas duas descrições
mostram Jesus em seu caráter real e vencedor. Por outro lado, no v.6 Ele é apresentado
como “Cordeiro como tinha sido morto”, que demonstra o caráter sacrificial da obra de
Jesus. Esse aspecto é enfatizado nos dois cânticos que citam a morte de dEle (v.9 e 12).
Há aqui, possivelmente, a apresentação de Jesus como aquele que vence através da
morte como modelo para os crentes (2,10).

Finalmente, Jesus toma o livro (v.8) e no capítulo 6 ele começa a abrir os selos. É
importante notarmos aqui que a visão do trono de Deus e de Jesus representa o passado,
o momento da exaltação de Jesus à direita de Deus através da ressurreição e a posse de
seu domínio sobre todo o universo.
CONCLUSÃO

O objetivo da visão nos capítulos 4 e 5 é fornecer confiança e força para os


crentes diante dos problemas que virão. Eles, por serem cristãos, não estariam livres de
pagar o preço pela sua fé. Mas era importante saber que, no final de tudo, Deus estava
controlando a situação e que Jesus traria o consolo a eles e a punição aos seus
perseguidores.

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