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Curso de Mestrado em Educação

para a Saúde - 2010 (2ºS)

Educação Permanente e Pedagogia


Comunitária

Prof. Steven Casteleiro


stevencasteleiro@gmail.com

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Conteúdos Programáticos

Educação Permanente (29/10/2010)


A Educação de Adultos – Algumas especificidades

O Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências

Pedagogia Comunitária (05/11/2010)


Conceitos e Áreas de Actuação

A Pedagogia Social - Educação Social

Alguns Problemas Sociais e a Escola: (13/11/2010)


Indisciplina na sala de aula;
Insucesso Escolar;
Videojogos e Violência;
Bullying;
Alimentação e Saúde;
Prevenção DST / Comportamentos de Risco / Gravidez na Adolescência;
Outros
2
Educação de Adultos –
Especificidades Próprias

3
Educação de Adultos – Algumas Especificidades

Educação de Jovens e Adultos

Falta de Formação
Específica dos Educadores

Transposição inadequada do Ausência/Baixa expressão de


modelo de escola e dos conteúdos sobre Educação de
métodos de ensino e Adultos na formação inicial de
aprendizagem de crianças e professores
adolescentes

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Educação de Adultos – Algumas Especificidades

Educação de Jovens e Adultos

Constituição de um Campo
Pedagógico de acção

Organização de saberes e
práticas em torno de princípios
e objectivos

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Educação de Adultos – Algumas Especificidades

Educação de Jovens e Adultos

“Estas são as minhas crianças…”

Problemas

Lado Professora (Educadora)


- Transposição intuitiva do modelo de educação infantil adquirido

Lado Alunos (Educandos)


- Alunos (adultos) que ocupam um lugar que aparentemente não se
parece adequar a eles…

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Educação de Adultos – Algumas Especificidades

Educação de Jovens e Adultos

• Perspectiva assistencialista e infantilizada da Educação de Jovens e


Adultos;

• Acção de carácter voluntário, marcada pelo “favor”, a “missão” e a


“solidariedade”;

• Políticas do Estado que contribuem para cristalizar as ideias anteriores.

Distanciamento da Educação
de Jovens e Adultos de um
Estatuto Próprio

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Educação de Adultos – Algumas Especificidades

Construção de uma identidade na


Modalidade Educativa - Educação de Jovens
e Adultos (Segundo Joia et al, 1999)

- Reconhecimento dos Jovens e Adultos com baixa escolaridade como


segmentos excluídos do sistema educativo e dos órgãos de poder;

- Enfoque nas necessidades dos Jovens e Adultos (inserção no mercado de


trabalho);

- Especificidades de aprendizagem de Jovens e Adultos – conhecimentos


práticos e competências resultantes da actividade profissional que devem ser
valorizados do ponto de vista educativo.

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Educação de Adultos – Algumas Especificidades

Construção de uma identidade na


Modalidade Educativa - Educação de Jovens
e Adultos

-É cada vez mais claro para os profissionais da formação de adultos que as


competências não se adquirem pela acção exclusiva dos pedagogos;

-A formação de Adultos é uma forma de intervenção social e económica que


ajuda a colmatar défices de escolaridade, permitindo o acesso a melhores
condições sócio – profissionais;

- Permite reduzir a marginalização no mercado de trabalho daqueles que


não prolongaram a sua formação escolar.

Educação de Adultos como


forma de promoção individual e
social
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Educação de Adultos – Algumas Especificidades

Um pouco de História…dos
países europeus

- Séc. XVII – Estrasburgo – alguém já se interrogava acerca da melhor forma


de ensinar Adultos;

-2ª Metade do século XVIII – criação do conceito moderno de Educação de


Adultos – valorização do Homem e da Razão;

-Emergência dos sistemas públicos de Educação e Formação – Alargamento


dos processos, os conteúdos e os materiais a um público de mais idade;

- Século XIX – desenvolvimento do Ensino Técnico;

-2ª Metade do século XIX multiplicam-se as actividades de natureza


educativa visando as pessoas adultas até ao final da 2ª Guerra Mundial;

- Com o fim da 2ª Guerra Mundial, a UNESCO cria iniciativas para unificar as


diversas modalidades de ofertas educativas para Adultos.
Fonte: GEP – MTSS -2007 10
Educação de Adultos – Algumas Especificidades

Um pouco de História…dos
países europeus

- Em 1976 – Primeira definição de Educação


de Adultos – UNESCO:

“A expressão educação de adultos designa a


totalidade dos processos organizados de
educação, qualquer que seja o conteúdo, o
nível ou o método, quer sejam formais ou
informais, quer prolonguem ou substituam a
educação inicial ministrada nas escolas e
universidades e sob a forma de aprendizagem
profissional (…) fazendo evoluir as suas
atitudes ou o seu comportamento na dupla
perspectiva de um desenvolvimento integral da
pessoa e de uma participação no
desenvolvimento social, económico e cultural
equilibrado e independente”. Fonte: GEP – MTSS -2007
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Educação de Adultos – Algumas Especificidades
Um pouco de História…em Portugal

- Em 1979, publicação pela


Assembleia da República, da Lei nº3
/79, de 10 de Janeiro. Os objectivos
são eliminar o Analfabetismo e
estabelecer as orientações para a
Educação de Adultos;

- Fixam-se os objectivos do PNAEBA


(Plano Nacional de Alfabetização e
Educação Base de Adultos);
- Em 1980 constitui-se o Ensino
Recorrente, através do Despacho
nº21/80 de 4 de Março;

“A modernização do país implica


Educação de 2ª uma ligação profunda entre o ensino
Oportunidade e as actividades produtivas e
sociais”.
Fonte: GEP – MTSS -2007 12
Educação de Adultos – Algumas Especificidades
Um pouco de História…em Portugal

- Aprovação da Lei de Bases do Sistema Educativo (lei nº46/86 de 14 de Outubro):


Quadro geral do sistema educativo em Portugal;

- Nesse ano, Portugal passa a integrar o conjunto da Europa Comunitária


multiplicando-se o influxo financeiro destinado à formação profissional;
participação do 3º sector na qualificação da população activa;

-Em Outubro de 1997 criação de um grupo trabalho com o objectivo de criar uma
estratégia para o Desenvolvimento da Educação de Adultos, após a Conferência
de Hamburgo.
Fonte: GEP – MTSS -2007 13
Educação de Adultos – Algumas Especificidades
Um pouco de História…em Portugal

• Resolução do Conselho de Ministros


nº92/98 de 14 de Julho. A educação e
formação de adultos é considerada
como “um campo privilegiado de
intervenção cívica, um sistema
vocacionado para as parcerias entre o
sector público e privado”;

• Em 1999 perante o elevado deficit de


habilitações escolares da população
portuguesa é criada a ANEFA com o
objectivo de conceber metodologias de
intervenção e construção gradual do

Sistema de Reconhecimento,
Validação e Certificação das
Aprendizagens dos Adultos (RVCC)
Fonte: GEP – MTSS -2007
14
Educação de Adultos – Algumas Especificidades

Um pouco de História…em Portugal

Em 2000 a ANEFA elabora o Referencial de competências – chave.


Educação e Formação de Adultos que serviu de base para a criação dos
Centros de RVCC em articulação com os cursos EFA.

I. Referenciais de Competências – chave


II. Criação dos Cursos EFA
III. Centros de RVCC (CRVCC) – criados em 2001

Em 2001 é criada a portaria 1082-A/2001, de 05 de Setembro –


Criação do Sistema Nacional de RVCC

Em 2002 é extinta a ANEFA As atribuições passam para a DGFV (ME)

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Educação de Adultos – Algumas Especificidades

Aprendizagem ao Longo da Vida (ALV)


(lifelong and lifewide learning) (2)

As políticas Europeias e Mundiais têm vindo a incluir nas suas agendas,


a problemática do reconhecimento institucional das aprendizagens feitas
pelas pessoas em todos os seus contextos de vida.

Novo Paradigma Educativo (ALV) (2)

Aprendizagens Aprendizagens Aprendizagens


Formais Não Formais Informais

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Educação de Adultos – Algumas Especificidades

Aprendizagem ao Longo da Vida (ALV)

“Todas as pessoas têm


capacidade para
aprender ao longo da
sua vida (desde o
nascimento até à
morte)…”

(2) Adopção da terminologia aprendizagem em contextos formais, não formais e informais tal como entendida no Memorando sobre
Aprendizagem ao Longo da Vida, Bruxelas, 2000. Da mesma forma referem-se os conceitos lifelong and lifewide learning tal como
definidos no mesmo documento. 17
Educação de Adultos – Algumas Especificidades

Aprendizagem ao Longo da Vida (ALV)

O cidadão comum reconhece muitas vezes o valor


das aprendizagens não formais e informais que
realiza(aprendizagens de vida) , como é ilustrado
através do uso de expressões populares.

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Reconhecimento, Validação e Certificação de
Competências

Aprendizagem ao Longo da Vida (ALV)

Por reconhecer e certificar ficam todas as competências que o adulto


efectivamente possui e que produz no seu quotidiano.

Com a criação do Sistema Nacional de RVCC (Portaria nº 1082-A/2001,


de 5 de Setembro, DR 206, Série I-B) procura-se valorizar todas as
experiências de vida adquiridas.

Atribuição de uma certificação escolar de nível básico 3,


2 ou 1, equivalente, para todos os efeitos legais, aos 3º,
2º ou 1º CEB.

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Características da população
portuguesa
• 35% da população portuguesa detém o 1º ciclo do Ensino Básico;

• 14,4% da população portuguesa não detém qualquer nível de ensino;

• Apenas 27,3% dos portugueses apresentam formação acima do 3º


ciclo do Ensino Básico;

• 11,3% da população apresenta formação superior (bacharelato e


licenciatura).

Metade da população portuguesa apresenta baixa escolaridade;

A percentagem de indivíduos com baixa escolaridade é mais elevada


que a percentagem de indivíduos com formação superior.

Fonte: INE
20
Reconhecimento, Validação e Certificação de
Competências

Distribuição percentual da população activa, por grupo etário, segundo o


nível de instrução, em 2000. INE -2001 (segundo Duarte, I; 2003)

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Sistema de Reconhecimento, Validação e Certificação de
Competências (escolares e profissionais)

Quem? / Como?

Adultos, maiores de 18 anos em situações de trabalho e de vida;


Desenvolver e divulgar novas metodologias e materiais de
intervenção;
Apoiar projectos de Educação e Formação de Adultos (ensino aberto
e à distância)
Apoiar a formação profissionalizada de formadores (profissionais de
RVCC);
Promover a investigação no âmbito da Educação e Formação de
Adultos.

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Sistema de Reconhecimento, Validação e Certificação de
Competências (escolares e profissionais)

ANEFA /DGFV

Criação gradual de Centros de RVCC com o objectivo da certificação


escolar e / ou profissional, para o 3º CEB (1º, 2º e 3º ciclo);
Lançamento de Centros acreditados pela ANEFA e mais tarde, pela
DGFV – associações empresariais, associações municipais,
associações de desenvolvimento local, escolas, centros de formação
profissional, etc. (públicos e privados);

Construção de uma Rede


de Centros RVCC

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Sistema de Reconhecimento, Validação e Certificação de
Competências

Construção de um
Referencial de
Competências - Chave

Constitui um quadro orientador de todo o


processo de balanço de competências pessoais
e de validação de saberes e competências
adquiridos pelos adultos que recorrem aos
Centros RVCC.

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Funcionamento dos Centros de Reconhecimento, Validação e
Certificação de Competências

O Sistema de RVCC é da responsabilidade da DGFV (1) do Ministério da


Educação e permite que cada adulto, maior de 18 anos possa solicitar o
reconhecimento, a validação e a certificação dos conhecimentos
(escolares, profissionais e outros) que adquiriu em diferentes situações de
vida (pessoal, social e profissional), para efeitos de atribuição de um
certificado de habilitações escolares, tendo em conta as competências
identificadas no Referencial de Competências – Chave.

(1) As competência deste organismo foram absorvidas pela entretanto


criada ANQ – AgenciaNacional para as Qualificações.
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Funcionamento dos Centros de Reconhecimento, Validação e
Certificação de Competências

Organização em 4 Áreas
de Competência - chave

Linguagem e
Comunicação

Matemática para
TIC
a Vida

Referencial
organizado em 3
níveis, Básico, 1, 2 e
3, correspondentes
Cidadania e
ao 1º, 2º e 3º CEB. Empregabilidade

26
Funcionamento dos Centros de Reconhecimento, Validação e
Certificação de Competências

Competências ???

É uma combinatória de capacidades, conhecimentos, aptidões e atitudes


apropriadas a situações específicas, requerendo também 'a disposição para' e 'o
saber como' aprender" (Comissão Europeia, 2004).

Reconhecimento

Consiste no processo de identificação pessoal de competências previamente


adquiridas pelo adulto. Assente na metodologia das histórias de vida. Exige o
acompanhamento por parte dos profissionais do Centro, que ajudam o adulto a
descobrir o que aprendeu em todas as suas situações de vida (reconstrução do
percurso pessoal e profissional).

27
Funcionamento dos Centros de Reconhecimento, Validação e
Certificação de Competências

Validação

Conjunto de actividades que visam apoiar o adulto no processo de avaliação


das suas competências, relativamente às quatro áreas de competência - chave
e aos níveis de certificação escolar, de acordo com o Referencial. Este processo
culmina com a actuação do júri de validação que analisa e avalia o dossier
pessoal do adulto, recorrendo sempre que necessário ao pedido de
demonstração de competências menos bem documentadas.

Certificação

Consiste na confirmação das competências adquiridas, reconhecidas e


validadas, com a emissão oficial de uma Carteira Pessoal de Competências e
do Certificado obtido.

28
Principais actores envolvidos nas sessões de
certificação de competências

29
Funcionamento dos Centros de Reconhecimento, Validação e
Certificação de Competências

A tentativa de captar com rigor a experiência do adulto é


fundamental.

O que é mencionado pelo adulto e trabalhado no processo não é


a experiência em si, mas uma reelaboração possível da sua
experiência - capacidade de reflexão e distanciamento face
ao vivido e capacidade de comunicação.

30
Distribuição dos adultos que procuraram os Centros
de RVCC, em 2001-2002

De acordo com o Anexo Estatístico do Relatório de Execução do


PRODEP III, Gestão Nacional do PRODEP (Segundo Duarte, I; 2003)

31
Alargamento dos Centros de Reconhecimento, Validação e
Certificação de Competências – 12º ano

Em 2006

“o Referencial que agora se apresenta (…) converge para a criação


de condições que, no tempo,
alarguem à população adulta o direito de ver formalmente
reconhecidos os saberes e competências
adquiridos ao longo da vida e, se necessário, completá-los para
efeitos de obtenção de uma certificação
de nível secundário, podendo retomar, a qualquer momento,
processos de educação/formação de acordo
com expectativas pessoais e profissionais”.

Fonte: RCC (DGFV), 2006

32
Alargamento dos Centros de Reconhecimento, Validação e
Certificação de Competências – 12º ano

Iniciativa Novas Oportunidades (CNO)

RVCC Cursos EFA - ES

33
Referencial de Competências – Chave - ES

Pressupostos base no Referencial de CC do Ensino Secundário:

• ALV (UNESCO, 1996) e depois (CE, 2000);

• Saberes, competências e aprendizagem;

• Reconhecimento e Validação de Competências

34
Referencial de Competências – Chave - ES

3 Áreas de Competências – Chave

Cidadania e Profissionalidade (CP)

Sociedade, Tecnologia e Ciência (STC)

Cultura, Língua e Comunicação (CLC)

35
Referencial de Competências
– Chave – ES
(Ex. STC)

Tema abrangente,
presente na vida de
todos

Contexto de
actuação

Área ou situação de
vida na qual as
competências são
geradas(DR)

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Referencial de Competências – Chave – ES
(Ex. STC)

Espera-se que o candidato percorra e trabalhe, nas 3 áreas de competências


– chave, 28 temas (Domínios de Referência) nos 7 núcleos geradores.

Validação do candidato

Em cada núcleo gerador o candidato deve validar 2DR;

Para validar 1 DR o candidato deve demonstrar competências de


qualquer tipologia, sendo uma de nível III (Aplicação / Intervenção). É
assim atribuído 1 crédito.

Para isso, o formador deve recolher critérios de evidência, para os


elementos de complexidade (I, II e III).
37
Constrangimentos dos Centros de RVCC
(segundo Duarte, I; 2003)

• Alguns sectores da opinião pública duvidam da validade de um


certificado de 6 ou 9 anos (Ensino Básico) obtido ao fim de alguns meses
(processo curto e intensivo);

• Instituições educativas e formativas desconfiam desta forma diferente


de obter uma certificação escolar oficial equivalente, para todos os
efeitos, aos diplomas que estas emitem;

• Resistência ao facto dos Centros de RVCC estarem instalados em


instituições públicas ou privadas;

• Limites de financiamento insuficientes;

•Dificuldade na contratação de novos profissionais e ausência de


recursos humanos suficientes para o acompanhamento constante às
equipas de profissionais dos centros;

•Ameaça de desvirtualização de um modelo inovador;

• Instabilidade das políticas educativas.


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Expansão da Rede de CRVCC

Aspectos positivos

Garantir maior cobertura e proximidade das populações;


Equilibrar a certificação com a avaliação mobilizadora e formativa.

Atenção especial aos seguintes aspectos (Segundo Canário,


2005)

Planeamento da expansão da rede – densidade populacional e formação


e acompanhamento das novas equipas;
Dilema entre a qualidade do processo / quantidade de adultos
certificados;
Credibilidade social do trabalho realizado nos Centros.

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Iniciativa Novas Oportunidades: objectivos

Objectivo inicial (2005): certificar até 2010,


1milhão de pessoas;

• Realidade actual: até Julho de 2010 – 353 mil pessoas


receberam o diploma;

• Até Dezembro de 2010 – prevê-se que mais 250 mil pessoas


concluam os estudos.

60% do objectivo concluído


40% do objectivo por cumprir

40
Desafios colocados a Portugal

•Competitividade Económica – melhoria do desempenho da economia em


termos de crescimento e emprego;
melhoria das qualificações dos
trabalhadores para ascender a
empregos mais bem remunerados.

•Mudança Demográfica – envelhecimento da população, necessidade de


integração da população imigrante,
prolongamento da população mais
velha no emprego.

•Inclusão Social – combate à pobreza, educação de adultos como forma


de travar a marginalização dos
excluídos por baixas qualificações.

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Educação de Adultos
Constituição da República

CAPÍTULO I - Direitos, liberdades e garantias pessoais

Artigo 43.º (Liberdade de aprender e ensinar)

1. É garantida a liberdade de aprender e ensinar.


2. O Estado não pode programar a educação e a cultura segundo quaisquer
directrizes filosóficas, estéticas, políticas, ideológicas ou religiosas.
3. O ensino público não será confessional.
4. É garantido o direito de criação de escolas particulares e cooperativas. (…)

Artigo 74.º (Ensino)

1. Todos têm direito ao ensino com garantia do direito à igualdade de oportunidades


de acesso e êxito escolar.
2. Na realização da política de ensino incumbe ao Estado:
a) Assegurar o ensino básico universal, obrigatório e gratuito;
b) Criar um sistema público e desenvolver o sistema geral de educação pré-escolar;
c) Garantir a educação permanente e eliminar o analfabetismo;
d) Garantir a todos os cidadãos, segundo as suas capacidades, o acesso aos graus
mais elevados do ensino, da investigação científica e da criação artística; (…) 42
Referências Bibliográficas

Aprendizagem ao longo da Vida no Debate Nacional sobre Educação. Estudos e


Relatórios (2007). Conselho Nacional de Educação.

A Formação de Educadores e a Constituição da Educação de Jovens e Adultos


como Campo Pedagógico, disponível a partir de:
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0101-
73301999000300010&script=sci_arttext&tlng=in (consultado dia 13 de Setembro
de 2010)

Diálogos através de Paulo Freire, disponível a partir de


http://www.ipfp.pt/publicacoes/N_3%20Dialogos%20atraves%20de%20Paulo%20
Freire.pdf (consultado dia 13 de Setembro de 2010)

Gabinete de Estratégia e Planeamento, Ministério do Trabalho e da Solidariedade


Social (2007) – Aprendizagem ao Longo da Vida. Cadernos Sociedade e
Trabalho, nº10. Lisboa: GEP/CID.

43
Referências Bibliográficas

José Eustáquio Romão, Companheiro de Estrada do Pai da “Pedagogia do


Oprimido”, disponível a partir de:
http://www.apagina.pt/?aba=7&cat=113&doc=8901&mid=2 (consultado dia 15
de Setembro de 2010)

Novas Oportunidades falha metas, disponível a partir de


http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=181299
(consultado dia 15 de Setembro de 2010)

O valor da aprendizagem experiencial dos adultos nos Centros de


Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências, disponível a
partir de
http://www.proformar.org/revista/edicao_3/centros_reconhecimento.pdf
(Consultado dia 03 de Outubro de 2010)

Redes de Cooperação Interorganizacional – o caso das entidades formadoras


do Alentejo Central, disponível a partir de
http://revista-redes.rediris.es/webredes/novedades/rfp.pdf
(consultado dia 03 de Outubro de 2010)
44
Referências Bibliográficas

Referencial de Competências – Chave, para a Educação e Formação de


Adultos. Direcção Geral de Formação Vocacional. Setembro, 2006.

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