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Mestrado em Engenharia Electrónica e Telecomunicações

4ºano, 2º semestre
2013/2014

Comunicações Óticas

Teoria e exercícios resolvidos dos exercícios


propostos pelo docente da cadeira

Discente: Jorge Rodrigues Valente, 2087406


Docente: Prof. Dr. José Batista

Julho de 2014
Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa                                                                            06‐12‐2014                1/86 

Nota prévia - Ao longo deste documento são mencionados, para o aprofundamento da teoria, a
palavra “livro”, tal visa o leitor a consultar o livro “Projeto de sistemas de comunicações ópticas,
José Roberto A. Amazonas, Manole”, mas não sendo indispensável para a compreensão das
resoluções aqui propostas. A todos, bons estudos, sucessos nos exames, e na vida profissional.

Exercício 01 – Considere uma fonte de luz que emite uma potência de saída de 20 dBm . O
acoplamento da fonte à fibra ótica apresenta uma perda de 2 dB . Se utilizarmos fibra ótica com
1 dB / Km de atenuação e se a sensibilidade dos recetores for de 90 dBm , calcule:

a) a distância máxima a que pode ser colocado o recetor;


b) a distância máxima a que podem ser colocados os recetores, se forem 4 e alimentados
no destino por um repartidor de 4 saídas ideal;
c) a alínea b) considerando que o repartidor apresenta uma perda de inserção de 1 dB ;
d) a alínea c) mas para a distância mínima, sabendo que os recetores aceitam um sinal máximo de
70 dBm .

Resolução 01a) dBm é valores absolutos, e dB é valores relativos.


0 dBm  1 mW
3 dBm  2 mW
3 dBm  0,5 mW

É usado em amplificação, ou atenuação, e tem de ter uma gama. Assim, voltando ao exercício,

Pemitida  20 dBm Psensibilidade em RX  90 dBm

Perdaacoplamento  2 dB Perdana Fibra  1 dB / Km

Pemitida  Perdaacoplamento  Psensibilidade em RX


A distância máxima é obtida pela definição: d máxima 
Perdana Fibra

20 dBm  2 dB   90 dBm


Assim temos que d máxima   d máxima  68 Km
1 dB / Km

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Resolução 01b) A potência do sinal é dividido em 4 sinais:

Pentrada 1
Perdano Splitter   lineares. Mas em dB é
Psaída 4

P  1
10. log10  entrada   10. log10  
 Psaída  4

Perdano Splitter  6 dB

Assim temos que


20 dBm  2 dB   6 dB    90 dBm
d máxima   d máxima  62 Km
1 dB / Km

Resolução 01c) Perdarepartidor  1 dB . Assim temos que

20 dBm  2 dB   6 dB    1 dB    90 dBm


d máxima   d máxima  61 Km
1 dB / Km

Resolução 01d) Com Psensibilidade em RX  70 dBm . A distância máxima é obtida pela definição:

Pemitida  Perdaacoplamento  Psensibilidade em RX


d máxima 
Perdana Fibra

Assim temos que


20 dBm  2 dB   6 dB    1 dB    70 dBm
d máxima   d máxima  41 Km
1 dB / Km

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Exercício 02 – Resolva o problema anterior supondo que se trata de uma distribuição de televisão
por cabo em que o emissor tem uma saída de 100 dB V , que o cabo apresenta uma atenuação de 3
dB/km e sabendo que o sinal à entrada dos televisores tem de estar entre 60 e 80 dB V .
a) a distância máxima a que pode ser colocado o recetor;
b) a distância máxima a que podem ser colocados os recetores, se forem 4 e alimentados no destino
por um repartidor de 4 saídas ideal;
c) a alínea b) considerando que o repartidor apresenta uma perda de inserção de 1 dB ;
d) a alínea c) mas para a distância mínima, sabendo que os recetores aceitam um sinal máximo de
80 dB V .
e) exprima em Volt, o valor da tensão à saída do emissor e da tensão mínima à entrada do recetor.

Resolução 02a) Pemitida  100 dB V Gama Psensibilidade em RX   60 ... 80 dBV 

Perdaatenuação  3 dB / Km

Pemitida  Psensibilidade em RX
A distância máxima é obtida pela definição: d máxima 
Perdana Fibra

100 dBV  60 dBV


Assim temos que d máxima   d máxima  13, 33 Km
3 dB / Km

Escolheu-se os 60 dB V , pois é para a melhor situação.

Resolução 02b) A potência do sinal é dividido em 4: Pentrada 1


Perdano Splitter   lineares.
Psaída 4
x
Mas em dB é 10. log10  x   y dB  y dB  1010

P  1
10. log10  entrada   10. log10  
 Psaída  4

Perdano Splitter  6 dB

100 dB V  6 dB  60 dBV
Assim temos que d máxima   d máxima  11,33 Km
3 dB / Km
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Resolução 02c) Perdarepartidor  1 dB e Psensibilidade em RX  60 dB V . Assim temos que

100 dBV  6 dB  1 dB  60 dBV


d máxima   d máxima  11 K m
3 dB / Km

Resolução 02d) Com Psensibilidade em RX  80 dB V . Assim temos que

100 dBV  6 dB  1 dB  80 dBV


d máxima   d máxima  4, 33 Km
3 dB / Km

 x  x y y
Resolução 02e) Sei que 20. log10    y dB   10 V  x  10 .10-6 V
20 20

1 V 
-6
10
100
Assim 100 dB V  10 20  105.10-6 V  101 V  0,1 V 100 mV
60
60 dB V  10 20
 103.10-6 V  103 V  0, 001 V 1 mV
80
80 dB V  10 20
 104.10-6 V  102 V  0, 01 V 10 mV

Exercício 03 – Um feixe de luz atinge uma placa de vidro com um ângulo de 33º medido entre o
feixe e a superfície do vidro. Parte do feixe é refletido e parte é refratado ao atingir o vidro. Se estes
feixes fizerem entre si um ângulo de 90º, qual é o índice de refracção do vidro? Qual é o ângulo
crítico para este vidro?

c c  Velocidade da luz no vácuo


Resolução 03) n  
v v  Velocidade da luz no meio

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Nota 3.1 – o índice de refracção é SEMPRE superior a 1, n  1 , e no ar é nar  1 . Ou seja, é um


parâmetro comparativo, em que sabendo a velocidade a que a luz se move no vácuo (ar) com um
outro meio que se pretenda utilizar.

Lei de Snell diz que n1. sin 1   n2 . sin  2  , em que 1

é o ângulo incidente e  2 o ângulo de refracção.


Ver página 141 do livro.

No nosso caso é:

Nota 3.2 – cuidado com a interpretação com o ponto de incidência, pois o ângulo é como está
representado na figura, e não o simétrico como poderíamos ser levados a esquematizar.

nar , neste exercício, é o índice de refracção do ar, e o nnúcleo é o índice de refracção dentro da fibra

ótica. Assim nar . sin  aceitação   nnúcleo . sin  33º   nar . sin  90º 33º   nnúcleo . sin  33º  

sin  57º 
nnúcleo  .nar  nnúcleo  1,539865  .1 nnúcleo  1, 54
sin  33º 

Nota 3.3 – apesar do valor ser igual, os 33º é o ângulo do raio de luz refratada DENTRO da fibra
ótica, e não na superfície exterior onde incide a luz.

Nota 3.4 – o mecanismo de Reflexão Interna Total é o valor máximo que o ângulo de aceitação
pode ter de modo a evitar ter a situação de haver energia que saia para fora do tubo cilíndrico da
fibra ótica. A reflexão interna total é a base do funcionamento das fibras ópticas, nas quais um raio
de luz entra por uma das extremidades e, após sofrer sucessivas reflexões, escapa pela outra
extremidade.

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Sendo  crítico o ângulo critico, a definição para o seu cálculo é nnúcleo . sin  crítico   nar . sin  90º  .

Cuidado não é nar . sin  crítico   n1.sin  90º  . O ângulo crítico é o de dentro da fibra ótica, ou seja o

ângulo crítico multiplica com o índice de refracção do núcleo (vidro).

A condição de reflexão interna total obriga a que nnúcleo .sin  crítico   nar 

nar  n   1 
 sin  crítico     crítico  arc sin  ar   arc sin    arc sin  0, 649  
nnúcleo  nnúcleo   1, 54 

 crítico  40, 5º

Nota 3.5 – deveria de ser nnúcleo .sin  crítico   nbainha , mas, neste exercício, o ponto de incidência (que

ocorre na fronteira) tenho definido os materiais vidro e ar (não se tem bainha). Assim retiro o índice
“bainha”, e escrevo “ar”.

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Exercício 04 – Uma fibra de vidro com um diâmetro do núcleo suficiente para utilizar ótica
geométrica tem um índice de refração do núcleo de 1,50 e um índice de refração da bainha de 1,47.
Determine:
a) O ângulo crítico núcleo/bainha.
b) A abertura numérica da fibra (NA).
c) O ângulo de aceitação da fibra no ar.

Resolução 04a) Ver página 141 do livro. Para se utilizar o modelo de ótica geométrica, é porque a
fibra é multímodo, logo tem um núcleo superior à 50  m (mas para resolver este exercício, este
pormenor não interessa, é só para se saber!). O  crítico é formado com a normal da fibra ótico, e não
com o seu eixo.

Nota 4.1 – a bainha tem um índice de refração menor do que o do núcleo! Pois assim é possível
confinar e propagar melhor a luz, reduz as perdas por dispersão nas irregularidades da superfície
do núcleo, e aumenta a resistência mecânica da fibra. Também garante uma maior proteção do
núcleo a contaminantes.

Nota 4.2 – neste exercício, apesar de ser o normal, pela 1ª vez aparece-nos três índices de refracção.
E agora como fazer para saber onde usar cada um deles nas definições?
É fácil, basta reflectir no ponto onde se pretende fazer o cálculo. Se é no acoplamento do raio de luz
à fibra de vidro, são os índices de refracção do ar e do vidro e permitem-me calcular o ângulo de
aceitação. Se é para calcular o ângulo critico, já é num ponto de incidência dentro do tubo
cilíndrico (fibra ótica). Nesse ponto utiliza-se os índices de refracção do vidro e da bainha.

nnúcleo .sin crítico   nbainha

nbainha
sin crítico  
nnúcleo

 1, 47 
 crítico  arc sin  
 1,5 

O raio de luz refratado é tangente a superfície de refracção  crítico  78, 52º


devido ao ângulo crítico de incidência.

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Resolução 04b) A abertura numérica é a capacidade de captura, por parte da face do núcleo da fibra,
em deixar entrar parte da luz que incide. Define o ângulo máximo para que a luz se propague pelo
núcleo. Na prática é o valor máximo que o ângulo de aceitação pode ter.

NA  nnúcleo 2  nbainha 2  NA  1,5   1, 47   NA  0, 298


2 2

Ou, como sei o ângulo critico, NA  nnúcleo . cos  crítico  .

 NA 
Resolução 04c) NA  nar . sin  aceitação     aceitação  arc sin     aceitação  17,34º
 na r 

Exercício 05 – Uma fibra ótica tem uma abertura numérica de 0,2 e uma bainha com um índice de
refração de 1,59 . Determine:
a) O ângulo de aceitação da fibra quando mergulhada num óleo com um índice de refração de 1,3.
b) O ângulo crítico núcleo/bainha.

Resolução 05a) Ver página 141 do livro. NA  0, 2 nbainha  1,59 nóleo  1,30

Nota 5.1 – a abertura numérica, de uma guia de onda, define a zona de aceitação, e é uma medida
útil que revela a capacidade de captação de luz da fibra ótica. É adimensional.

Ver slide 44 ao 46.


N A  nóleo . sin  aceitação 

0, 2  1, 30. sin  aceitação 

 0, 2 
 aceitação  arc sin  
 1,30 

 aceitação  8,85º

Os raios vazantes também podem surgir devido ao espalhamento de Rayleigh, que desvia para a
bainha os raios reflectidos pelas bolhas, ou zona de pressão.

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Resolução 05b) Pela equação 5.3, NA2  nnúcleo 2  nbainha 2 , página 142 do livro, fica que

NA2  nnúcleo 2  nbainha 2  nnúcleo  NA2  nbainha 2  nnúcleo  1, 602529251

nbainha n 
Assim sin  crítico     crítico  arc sin  bainha    crítico  82,83º
nnúcleo  nnúcleo 

Exercício 06 – O índice de refração relativo de uma fibra é de 1% . Calcule a abertura numérica


(NA) da fibra se o índice de refração do núcleo for de 1, 46 . Calcule ainda o ângulo crítico
núcleo/bainha.

Resolução 06)   1%  nnúcleo  1, 46 (núcleo), e pretende-se saber  crítico  ? e NA  ?


 é a diferença relativa de índice de refração, e é um parâmetro característico das fibras óticas, que
relaciona o contraste existente entre os dois meios (núcleo e bainha), definindo a capacidade de
captação de luz por parte da fibra. Esta conclusão só é possível obter se usarmos o modelo de ótica
geométrica.

Assim, a abertura numérica é NA  nnúcleo 2  NA  1, 46. 2.0, 01  NA  0, 2065

nnúcleo 2  nbainha 2 n n
Sabendo que   2
   1    núcleo bainha .
2.nnúcleo nnúcleo

Assim .nnúcleo  nnúcleo  nbainha  .nnúcleo  nnúcleo  nbainha  nnúcleo    1  nbainha 

nbainha nbainha
  1     0,99
nnúcleo nnúcleo

nbainha n 
Como sin  crítico     crítico  arc sin  bainha    crítico  81,87º
nnúcleo  nnúcleo 

Ou poderia ter ido por outra definição, NA  nnúcleo . cos  crítico  , ficando:

NA  NA 
cos  crítico     crítico  arc cos  
nnúcleo  nnúcleo 

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Exercício 07 – Uma fibra de índice em degrau tem um ângulo de aceitação de 0,19 rad e um índice
de refração relativo igual a 0,9% . Determine o valor aproximado da velocidade de propagação da
luz no núcleo da fibra.

Resolução 07)   0,9%  0, 009   aceitação  0,19 rad  vnúcleo  ?

c
Sei que nnúcleo  , em que c é a velocidade da luz no vácuo, e que v é a velocidade de
vnúcleo

propagação num meio que não o vácuo. Para saber nnúcleo , vou utilizar a definição NA  nnúcleo 2

(equação 5.6, página 142 do livro). Mas como não me é dado o valor de NA , vou utilizar a definição
N A  nar . sin  aceitação  . E sei que nar  1 .

NA  nar . sin  aceitação  , fica que:


NA
Assim NA  nnúcleo 2  nnúcleo  
2

c. 2  3.108  . 2  0, 009   3.108  . 2   0, 009  


vnúcleo    vnúcleo  2,13.108 m / s
nar . sin  aceitação  1 . sin  0,19 rad  1 .0,188858894
 
Calculadora em radianos !

Exercício 08 – A velocidade da luz no núcleo de uma fibra de índice em degrau é de 2, 01.108 m / s


e o ângulo crítico núcleo/bainha é de 80º . Determine a abertura numérica e o ângulo de aceitação da
fibra no ar.

 2, 01.108 m / s   crítico  80º  aceitação  ?  NA  ?


Step Index
Resolução 08) v núcleo

c
Sei que nnúcleo  Step Index
e
v núcleo

NA  nnúcleo . cos  crítico 

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 c   3.108 
NA   Step Index  . cos crítico     . cos  80º  NA  0, 25991763845
v   2, 01.108 
 núcleo 

Nota 8.1 – quando se utiliza o ângulo critico,  crítico , usa-se o índice de refracção do núcleo e a
função trigonométrica co-seno.

E para se saber o anglo de aceitação, já é com o índice de refracção do ar e a abertura numérica:


 NA 
NA  nar . sin  aceitação    aceitação  arc sin     aceitação  15, 02º
 nar 

Exercício 09 – Uma fonte de luz está mergulhada em água ( n1  1, 33 ) 12 cm abaixo da superfície.

Qual é o raio do maior círculo na superfície da água através do qual a luz pode emergir?

Resolução 09) nÁgua  1,33 e nar  1

 n 
nÁgua . sin crítico   nar . sin  90º   nÁgua . sin crítico   nar  crítico  arcsin  ar 
n 
 Água 

 crítico  48, 75º

sin  crítico 
Assim, e usando a tangente, sabendo o valor do ângulo critico, fica que tg  crítico  
cos  crítico 

Cateto Oposto
Hipotenusa Cateto Oposto Raio
tg  crítico      Raio  tg  crítico  .0,12 
Cateto Adjacente Cateto Adjacente 0,12
Hipotenusa

 Raio  tg  48, 75º  .0,12  Raio  0,1368 m  Raio  13,68 cm

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Exercício 10 – Uma fibra ótica colocada no ar tem uma abertura numérica de 0,4. Compare os
ângulos de aceitação para os raios meridionais e para os raios enviesados, considerando que estes
últimos mudam 100º de direcção em cada reflexão.

Resolução 10) Slides 48 e 49. Os raios meridionais são os raios que atravessam o eixo da fibra, e os
raios enviesados, também designados por raios helicoidais (Skew Rays) ou oblíquos, são aqueles que
não atravessam o eixo da fibra, e são a sua maioria. O estudo dos raios meridionais é apenas
académico, para facilitar a compreensão ao se estudar os raios enviesados. Apresentam uma mudança
de direção de 2 (ângulo gama) em cada reflexão. A sua trajectória é similar a um saca-rolhas. Só
ocorre em fibra multímodos. O ângulo de aceitação pode ser maior quando se usam raios helicoidais.

Assim para raios meridionais, tem-se: NA  nar . sin  aceitação   sin  aceitação  
NA

nar

 NA   0, 4 
  aceitação  arc sin     aceitação  arc sin     aceitação  23, 58º
 nar   1 

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Para raios helicoidais, e em cada reflexão, muda de direcção a cada 100º  2  100º  , então   50º .

É necessário multiplicar o seno, sin  enviesado  , pela mudança de direcção, cos    .

NA
NA  nar . sin enviesado  . cos     sin  enviesado  . cos     
nar

 NA 
 n   NA   0, 4 
 1. cos  50º    arc sin  0, 622  
2 100º
   arc sin  ar
  arc sin  
 n . cos      arc sin 
 cos    
enviesado
 ar   
 
 

2  100 º
 enviesado
 38, 48º

Nota 10.1 – ao se comparar os resultados, percebe-se que com os raios helicoidais, consegue-se
aumentar o ângulo de aceitação.

Exercício 11 – Uma fibra multímodo de índice em degrau tem núcleo e bainha com índices de
refração de 1, 44 e 1, 42 , respectivamente. Calcule o ângulo de aceitação para os raios enviesados
que mudam de direcção de 150º em cada reflexão.

Resolução 11) NA2  nnúcleo 2  nbainha 2  NA  1, 44   1, 42   NA  0, 23916


2 2

Como 2  150º , então   75º .

NA
Assim NA  nar . sin enviesado  . cos     sin  enviesado  . cos     
nar

2 150º  NA   0, 23916  2  150 º


   arc sin    arcsin      67, 53º
enviesado
 nar . cos      1. cos  75º  
enviesado

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Exercício 12 – Um feixe de luz que se propaga no ar incide no núcleo de uma fibra ótica com um
ângulo   34,5º medido entre o feixe e a superfície da extremidade da fibra. Ao atingir a
extremidade da fibra, parte do feixe é refletido e parte é refratado para o interior da fibra. O ângulo
entre o feixe refletido e o refratado é de 90º . A bainha tem um índice de refracção nbainha  1, 44 e o

raio do núcleo é de 30  m .
a) Qual é o valor do índice de refração do núcleo?
b) Calcule a abertura numérica (NA) e o ângulo de aceitação máximo da fibra?
c) Quando a fibra é imersa em água ( nágua  1,33 ), qual é o novo ângulo de aceitação?

d) Considere um raio propagando-se na fibra e incidindo na interface núcleo-bainha segundo o


ângulo crítico. Quantas reflexões sofrem por unidade de comprimento?

Resolução 12a)

sin  55, 5º 
Assim nar . sin  90  34, 5º   nnúcleo . sin  34, 5º   nnúcleo  .nar  nnúcleo  1, 455
sin  34, 5º 

Resolução 12b) NA2  nnúcleo 2  nbainha 2  NA  1, 455  1, 44   NA  0, 20839


2 2

 NA 
NA  nar . sin  aceitação    aceitação  arc sin     aceitação  12, 031º
 nar 

Resolução 12c) Em vez do ar, ser água.


 NA 
NA  nágua . sin  aceitação _ água    aceitação _ água  arc sin    aceitação _ água  9, 014º
n 
 água 

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n 
Resolução 12d) nnúcleo . sin  crítico   nbainha   crítico  arc sin  bainha    crítico  81, 76º
 nnúcleo 

Agora é preciso ter cuidado, e ao contrário do exercício 9, neste exercício, o cateto adjacente é duas
vezes, pois a distância é o período, y. Como o raio do núcleo, a , é de 30  m , então o diâmetro,
cateto adjacente, é de 60  m .

Cateto Oposto y y
tg  crítico      y  tg C  .60.106 
Cateto Adjacente 2.  30  m  60.10 6

 y  tg  81, 76º  .60.106  y  6,905.60.106  y  414, 48.106

y  414, 48  m

Agora, uma reflexão tem 414,32  m , então em cada unidade de comprimento de fibra, 1 metro,
tem:
1
xrefleções   2412 reflecções completa por metro.
414, 48.106

Exercício 13 – Uma fibra ótica de índice em degrau tem um diâmetro do núcleo de 80  m ,


  1,5% e é usada na janela dos 850 nm . Para um índice de refração do núcleo de 1, 48 determine:
a) A frequência normalizada da fibra.
b) O número de modos guiados.

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Resolução 13a)     1, 5%  0, 015  nnúcleo  1, 48

  2a  80 m  80.106 m  0  850 nm  850.109 m

Slide 53, ou equação 5.6, página 142 do livro. NA  nnúcleo 2  NA  1, 48. 2.0, 015 

NA  0, 2563435195

Nota 13.1 – 2 .a   . é o perímetro do tubo cilíndrico do núcleo da fibra ótica, sendo 2a o


diâmetro. E como o diâmetro é superior à 10  m , a fibra ótica é do tipo multímodo.

A definição do número Vcut , frequência normalizada, é, pela equação 5.10, página 147 do livro:


Perímetro

2 .a
Vcut  . nnúcleo 2  nbainha 2
0

Sendo que NA  nnúcleo 2  nbainha 2 . Em que a é o raio do núcleo e 0 o comprimento de onda no

espaço livre da luz transmitida. Assim,

2 .a  .  .80.106
Vcut  .NA  Vcut  .NA  Vcut  .0, 2563435195 
0 0 850.109

Vcut  75, 796

Resolução 13b) O número de modos, M step index , que podem ser propagados, incluindo todas as

polarizações, pode ser aproximado pela equação 5.12, página 148 do livro:

V 2  75, 7954746 
2

Truncado

M step index  cut   2872 , 48 M step index  2872,5 modos


2 2

Nota 13.2 – nunca uma fibra monomodo teria este valor Vc  75,8 . O máximo é Vc  2, 4048 . E ao

ser multímodo, reduz significativamente a taxa de transmissão.

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Exercício 14 – Estime o diâmetro máximo de uma fibra ótica que tem 1  1,5% e n1  1, 48 a

funcionar na janela dos 850 nm , para que só um modo guiado exista. Repita para  2  0,15% .

Resolução 14) Cuidado, pois é “…só um modo guiado…”, logo Vcut  2, 4048 , e o   2a .

1  1, 5%  0, 015  2  0,15%  0, 0015 nnúcleo  1, 48 0  850 nm  850.109 m


Perímetro

2 .a  . Vcut .0
Como Vcut  .NA  Vcut  .n 2  
0 0 núcleo  .nnúcleo 2

Vcut .0 2, 4048.850.109


Assim, para   1,5%     1,5%  2,538 m
1
 .nnúcleo 2.0, 015  .1, 48 2.0, 015 1

Vcut .0 2, 4048.850.109


     8, 026  m
2  0,15%
 .nnúcleo 2.0, 0015  .1, 48 2.0, 0015 2  0,15%

Exercício 15 – Uma F.O. de índice em degrau é constituída com n2  1, 456 e um núcleo cujo índice

de refração é 0,3% mais elevado. Qual é o maior diâmetro do núcleo que permite a operação em
monomodo quando se utilizam os seguintes comprimentos de onda de:
a) 850 nm
b) 1300 nm
c) 1550 nm

Resolução 15 Geral) nbainha  1, 456    0,3%  0, 003  NA  nbainha . 1    . 2.  0,11312

Nota - 2 .a   . é o perímetro do tubo cilíndrico do núcleo da fibra ótica, sendo 2a o diâmetro.


E como é um só modo guiado, fica que Vcut  2, 4048 .


Perímetro

2 .a
Como Vcut  .NA , fica que
0

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   Geral 
Vcut .0

 2, 4048  .0    Geral  6, 766921795.0
0
 .NA  .  0,1131196189  0

Resolução 15a) Para 0  850 nm , fica   850 m  5, 752  m


0

Resolução 15b) Para 0  1 300 nm , fica   1300 m  8, 797  m


0

Resolução 15c) Para 0  1 550 nm , fica   1550 m  10, 489  m


0

Exercício 16 – Uma fibra ótica cuja abertura numérica é de 0,16 , o índice de refração do núcleo de
1, 45 e o seu diâmetro de 60  m é usada com luz de 900 nm . Determine a frequência normalizada e
o número de modos guiados nestas condições.

Resolução 16)   2 a  60  m  60.10 6 m nnúcleo  1, 45 ; não me vai fazer falta!

0  900 nm  900.109 m NA  0,16

Nota 16.1 – 2 .a   . é o perímetro do tubo cilíndrico do núcleo da fibra ótica, sendo 2a o


diâmetro. E como o diâmetro é superior à 10  m , a fibra ótica é do tipo multímodo.

Nota 16.2 – a luz (raio) visto no modelo electromagnético é uma onda electromagnética,
propagando-se na guia de onda de acordo com as equações de Maxwell e as condições fronteira, o
que implica que só se propague um número finito de modos, correspondendo a diferentes
configurações do campo electromagnético. O número de modos depende das
- Dimensões do núcleo;
- Da diferença relativa de índice de refração;
- E do comprimento de onda.

Cada modo tem um comprimento de onda de corte, correspondente a um valor discreto de Vcut .

Este parâmetro permite determinar que numa fibra monomodo, um determinado comprimento de
onda pode transmitir um valor máximo sem sofrer atenuação.

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A definição do número Vcut , frequência normalizada, é, pela equação 5.10, página 147 do livro:


Perímetro 
Perímetro

2 .a  .  .60.106
Vcut  .NA  Vcut  .NA  Vcut  .0,16  Vcut  33, 51
0 0 900.109

Nota 16.3 – Em que a é o raio do núcleo,  o diâmetro, e 0 o comprimento de onda no espaço

livre da luz transmitida. E como é normalizado, a variável da frequência, Vcut , não leva unidade
“Hz”.

O número de modos, M step index , que podem ser propagados, incluindo todas as polarizações, pode ser

aproximado por, equação 5.12, página 148 do livro:

Vcut 2  33,51
2

Truncado

M step index   M step index  561 modos


2 2

Exercício 17 – Uma F.O. multímodo de índice em degrau tem uma diferença relativa de índices de
refracção de 1% e um índice de refração do núcleo de 1,5 . O número de modos guiados a um
comprimento de onda de 1, 3 m é de 1100 . Qual é o diâmetro do núcleo?

Resolução 17) nnúcleo  1, 5    1%  0, 01

Como sei que NA  nnúcleo 2  NA  1,5. 2.0, 01  NA  0, 2121320343

Vcut 2
E que M step index   Vcut  2.M step index  Vcut  2.1100  Vcut  46, 904
2

2 .a V .  46,904  . 1, 3.10  6

E como sei que Vcut  .NA , fica que 2a  cut 0  2a  


0  .NA  .0, 2121320343

  1,3 m  91, 495 m


0

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Exercício 18 – Uma F.O. monomodo de índice em degrau tem um diâmetro do núcleo de 4, 0  m e


um índice de refração de 1, 49 . Estime o menor comprimento de onda da luz supondo que só um
modo é admitido quando a diferença relativa de índices de refração é igual a 2% .

Resolução 18) nnúcleo  1, 49 ,   2a  4, 0  m ,   2%  0, 02 .

E com um diâmetro é inferior à 10  m , a fibra ótica é monomodo, e como é um só modo guiado


(“…que só um modo é admitido …”), fica que a frequência normalizada é Vcut  2, 4048 . E neste

exercício 0  cut off .


Perímetro

2 .a  .
Como sei que Vcut  .NA , e com NA  nnúcleo 2 , fica que 0  .NA . Assim,
0 Vcut

 .   .4.106 
cut off  .  n1 2   cut off  . 1, 49. 2.0, 02   cut off  1 557, 2.109 m
Vcut 2, 4048

cut off  1 557, 2 nm

Nota 18.1 – Reflexão (em física, o fenómeno da reflexão consiste na mudança da direção de
propagação da energia) e é também designado de refracção.
Como o raio do núcleo inferior a 50  m , o modelo de ótica geométrica não responde a todas as
perguntas de novos fenómenos que surgem, é necessário usar o modelo electromagnético.
Este núcleo, desta dimensão, não suporta muitos modos guiados, daí a necessidade, para obter
resultados precisos, recorrer ao modelo electromagnético porque existe vários comprimentos de
onda que são atenuados, daí ser necessário calcular o comprimento de onda de “Cut Off”, cut off .

Exercício 19 – Relativamente ao problema anterior aumente o diâmetro do núcleo para 10  m e


determine  por forma a que se mantenha a propagação de um único modo.

Resolução 19) nnúcleo  1, 49 ,   2a  10  m , e cut off  1 557, 2 nm .

Como é um só modo guiado (“…que só um modo é admitido …”), fica que a frequência normalizada
é Vcut  2, 4048 .

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2 .a
Pela equação 5.10, página 147 do livro, Vcut  .NA , e como neste exercício 0  cut off , fica que
0
2
 .  V .  1  V . 
Vcut  .n 2  2   cut cut off     .  cut cut off  
cut off núcleo  nnúcleo . .  2  nnúcleo . . 

1   2, 4048 . 1557, 2.10  


2
9

   .     0,32%
2 
 1, 49  . .10.106


Nota 19.1 – numa fibra monomodo, o modelo de ótica geométrica (útil na interpretação da reflexão
interna total) já não responde a outros fenómenos existentes, sendo por isso necessário utilizar o
modelo físico electromagnético. No multímodo os próprios comprimentos de onda interferem entre
si.

Nota 19.2 – um índice de refracção alto permite que haja uma melhor propagação. E numa reflexão
é ao contrário. Se  for muito alto, superior a 0,1% , o raio de luz vai todo na bainha.

Exercício 20 – Uma F.O. apresenta um alargamento total dos impulsos de 0,1 s numa distância de
15 km , quando se emitem impulsos RZ. Estime:
a) A taxa máxima de impulsos da ligação sem interferência intersimbólica;
b) A dispersão por km;
c) O produto largura de banda*comprimento da fibra (o asterisco é “vezes”).

Resolução 20a) A partir deste exercício, e até ao exercício 23, vai-se abordar a problemática da
dispersão. Numa guia de onda de fibra ótica tem-se:
- Dispersão modal, também designada por intermodal, multímodo, ou ainda, por
monocromática, é causada pelas diferentes velocidades dos modos de propagação na fibra. Pela
caracterização se depreende que esta dispersão só ocorre nas fibras multímodo.
- Dispersão cromática, também designada por intramodal. Tem se duas situações, uma que é
a dispersão material, ocorre pelo facto de o índice de refracção depender do comprimento de onda,
causando diferenças entre as velocidades dos componentes espectrais da fonte de luz. A outra
situação é designada por dispersão de guia de onda, e em que o fenómeno tem a mesma origem que
a da dispersão material, daí se considerar apenas a designação de dispersão: a cromática.

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1
Ler o slide 89.   0,1 s e L  15 km . A frequência de modulação é f , e o período é T  .
f
Supondo que uma fonte irradie dois comprimentos de onda, 0 e 1 . Considerando que a propagação
se dá em um meio dispersivo, cada um dos comprimentos de onda propagar-se-á com uma
velocidade de grupo diferente, e, no ponto de receção, os dois sinais estarão desfasados. O atraso
relativo entre os dois sinais é igual à metade do período de modulação, isto é:

T
 
2

Sendo BTransmissão a taxa de transmissão por segundo, ou seja, a largura de banda, fica que:

1
BTransmissão  B  , ou seja é a taxa de transmissão ao fim de  segundos , e que num:



- impulso quadrado (forma RZ, unipolar, do impulso) é


1
    
B 1
BTransmissão ìmpulso _ RZ ;
2 2 2.

0, 2
- impulso gaussiano é BTransmissão ìmpulso _ Gaussiano  0, 2 B  .


B
BTransmissão ìmpulso _ RZ  deve-se ao facto de que só metade da largura de banda destinada a cada
2
impulso é que é ocupada. A outra metade não é utilizada. Permite a utilização do impulso da forma
RZ, unipolar, e garante o sincronismo.

1 1 1
Assim, a largura de banda do impulso RZ é BTransmissão ìmpulso _ RZ   
2. 2.  0,1 s  2.0,1.106

BTransmissão ìmpulso _ RZ  5Mbits / s

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Resolução 20b) Se pela distância de 15 km se tem uma dispersão, alargamento temporal do impulso,
de 0,1 s , então ao km é de:

   0,1 s 0,1.10
6
 
        6, 67 ns / km
 L  15 km 15.10 L
3

Resolução 20c) A capacidade de transmissão de uma fibra ótica costuma ser expressa como o
produto da banda passante vezes distância  BTransmissão x Distância  , o que reflecte uma linearização

do alargamento de impulso com o comprimento da fibra. Todavia, no caso das fibras multímodo,
essa relação não é correcta, pois não leva em consideração o fenómeno de acoplamento entre modos.
Portanto, para as fibras multímodo, uma especificação mais adequada da capacidade deveria ser feita
pela expressão BTransmissão x Distância q , em que 0,5  q  1 é um parâmetro determinado
experimentalmente, e em que o valor típico oscila entre os 0,7 e os 0,85, em fibras multímodo de
índice gradual, IG, optimizadas.

Assim com BTransmissão  5Mbits / s , logo BTransmissão 15 km  5Mbits / s.15 km  75 Gbits.m / s .

Exercício 21 – Uma ligação ótica de 6 km é constituída por uma F.O. de índice em degrau com um
índice de refração do núcleo de 1,5 e uma diferença relativa de índices de refração de 1% . Estime:
a) A diferença temporal entre o modo mais rápido e o modo mais lento à saída da fibra;
b) O alargamento eficaz dos impulsos devido à dispersão intermodal;
c) A taxa máxima de transmissão que se pode utilizar na ligação, supondo apenas a dispersão
intermodal;

Resolução 21a)

Figura 1 - Formato de onda (impulso) digitais (código de linha) RZ, unipolar.

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Figura 2 - Fibra ótica de índice gradual, permite diferentes percusros.

Figura 3 - Reflexão total.

distância
Nota 21.1 – como a velocidade é obtida pela distância num determinado tempo, v  , e sei
t
c distância distância.nnúcleo
que vnúcleo  . Assim t   .
nnúcleo vnúcleo c

O tempo de propagação axial (pelo eixo do núcleo da fibra), também designado pelo tempo no modo
lento (mínimo), é dado pela equação 4.22, página 130 do livro:

L L L.nnúcleo
taxial   taxial 
vnúcleo c c
nnúcleo

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A distância total percorrida por um raio de luz na direcção determinada pelo ângulo crítico é

L nnúcleo
 L.
sin  crítico  nbainha

c
Como a velocidade de propagação de fase é , o tempo de propagação de um raio de luz
nnúcleo

segundo o ângulo critico é dado pela equação 4.23, página 130 do livro, taxial máximo
 tcrítico (ou seja, o

tempo no modo rápido – máximo – é calculado com o ângulo critico):

d L
cos   cos   L.nnúcleo
tcrítico   tcrítico 
vnúcleo c c. cos  
nnúcleo

nbainha
Como para o ângulo critico nnúcleo . sin crítico   nbainha  sin  crítico    cos   , fica que:
nnúcleo

d L
cos   cos   L.nnúcleo L.nnúcleo L.nnúcleo nnúcleo
tcrítico      .
vnúcleo c c. cos    nbainha  c nbainha
nnúcleo c.  
 nnúcleo 

L
tcrítico  .nnúcleo 2
c.nbainha

O alargamento de impulso máximo,  , por unidade de comprimento, L , devido à distorção modal,


é
tcrítico  taxial  
  
L L

Nota 21.2 -  é a diferença temporal, alargamento dos impulsos, entre o modo mais rápido e o
modo mais lento à saída da fibra.

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Nota 21.3 - não confundir  , com  , pois  indica espaço temporal, enquanto  é a diferença
relativa de índices de refração.

Assim, a diferença temporal,  , entre o modo mais rápido e o modo mais lento à saída da fibra é:

L.nnúcleo 2 L.nnúcleo L.nnúcleo 2  L.nnúcleo .nbainha


  tcrítico  taxial   
c.nbainha c c.nbainha

  L.
nnúcleo nnúcleo  nbainha
.
n n  n 
 L. núcleo núcleo bainha
c nbainha c.nbainha

Logo
tcrítico  taxial   n n  n 
     núcleo núcleo bainha , equação 4.24, página 130, equação 5.27, página
L L c.nbainha
168.

  n n  n 
Ou seja, o alargamento máximo de impulso multímodo é     núcleo núcleo bainha .
L c.nbainha

nnúcleo  nbainha
Mas como pretendo ter a variação relativa do índice de refração,  , e sei que   ,
nnúcleo
nnúcleo
multiplico tudo por , ficando:
nnúcleo

L.nnúcleo nnúcleo  nbainha nnúcleo L.nnúcleo 2 nnúcleo  nbainha L.nnúcleo 2  nnúcleo  nbainha 
  . .  .  . 
c nbainha nnúcleo c nbainha .nnúcleo c.nbainha  nnúcleo 

Como a diferença dos índice de refracção é muito pequena,   1 , posso afirmar que nnúcleo  nbainha ,
fica que
L.nnúcleo
  . e em que   tcrítico  taxial
c

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Sabendo que NA2  nnúcleo 2 .2 , e usando a equação 5.28, página 168 do livro, e devido à variação
relativa do índice de refração,  , o alargamento de impulso multímodo pode ser expresso pela
equação:

  .2 nnúcleo
2
N A2 n L.nnúcleo
    núcleo  .    .
 L  2.nnúcleo .c 2.nnúcleo .c c c

Nota 21.4 - numa guia de onda multímodo, todos os três mecanismos de alargamento de impulso
existem em simultâneo: dispersão material, dispersão de guia de onda e distorção modal.

Depois deste raciocínio teórico, vou passar a resolução do exercício.


Assim e com nnúcleo  1,5 ,   1%  0, 01 e d  6 km , fica que:

L.nnúcleo 6.103  .1,5


  .  . 0, 01   300 ns
c 3.108
impulso RZ _ unipolar

(pois é, resolve numa linha, mas é bom ter-se a teoria!)

Resolução 21b) Alargamento de impulso eficaz (rms) gera um impulso gaussiano a partir de um
original rectangular. Equação 5.32, página 171 do livro:


Modal_ID
1 1 nnúcleo
RZ _ rms
 . . .
L 2 3
c
impulso gaussiano !

Em que  
Modal_ID Modal_ID
rms RZ _ rms
, é um impulso gaussiano, obtido pelo alargamento temporal eficaz de

um impulso RZ unipolar. Este tipo de alargamento dos impulsos é devido fenómeno intermodal;

L.nnúcleo . 6.10  .1,5. 0,01


3

Assim,   
Modal_ID
  86, 6 ns
Modal_ID
RZ _ rms
2 3.c 2 3. 3.108  RZ _ rms

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1  300 ns B
Resolução 21c) Para B  , sendo   300 ns , é BTransmissão ìmpulso _ RZ  
 2
1
  
 300 ns 1 1 1
BTransmissão ìmpulso _ RZ  
2 2. 2.  300 ns  2.300.109

 300 ns
BTransmissão ìmpulso _ RZ  1, 7 Mbits / s

Agora muito cuidado, pois ao se calcular com atraso eficazes, é sempre impulsos gaussianos.

Como   86, 6 ns , é sendo o impulso um impulso gaussiano, fica que:


Modal_ID
RZ _ rms


Modal_ID
86,6 ns 0, 2 0, 2 
Modal_ID
86,6 ns
BTransmissão ìmpulso
RZ _ rms
  BTransmissão ìmpul
RZ _ rms
 2,31Mbits / s
_ Gaussiano

Modal_ID
RZ _ rms
86, 6 ns  so _ Gaussiano

Nota 21.5 – o alargamento de impulso eficaz traduz-se SEMPRE num impulso gaussiano, daí o
cuidado na escolha da definição sobre a taxa de transmissão. Consultar o exercício 20.

Nota 21.6 – o alargamento de impulso é diferente da diferença temporal. Para calcular o


alargamento de impulso é necessário saber-se a diferença temporal e a forma do sinal.

Exercício 22 – Uma F.O. apresenta um parâmetro de dispersão material de M  78,5 ps nm 1km 1


no comprimento de onda dos 850 nm . Estime o alargamento eficaz dos impulsos por km, devido
à dispersão material, no caso do emissor óptico ser:
a) Um LED com uma largura espectral eficaz de 15 nm e comprimento de onda central de 850 nm ;
b) Um díodo LASER a emitir a 850 nm e largura espectral eficaz relativa   0 de 0,0018.

Resolução 22a) Cuidado com a pergunta, pois é dito “Estime o alargamento eficaz dos impulsos por
km …”. Ou seja tem-se aqui um dado para resolver o exercício, que é L .

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Como o LED tem uma largura espectral eficaz,   , de 15 nm , o parâmetro de dispersão material de

78, 5 ps /  nm.km  , e um comprimento de onda de 0  850 nm , fica que (equação 5.33, página 172

do livro, ou pelo slide 80):


 Cromática    .L.  M  M '

-  Cromática , sendo a dispersão cromática, é o resultado da acção conjunta dos fenómenos de dispersão
material e de guia de onda, que contribui para o alargamento do impulso;
-      , é largura eficaz espectral da fonte luz (ótica). Também é designado por banda
fraccionária, e é em nano metros;
- L , o comprimento da guia de onda em quilómetros;
- M , é coeficiente de dispersão material da fibra, e este valor está definido para cada comprimento
de onda, 0 , em segundo por nano metro quilómetro;
- M ' , é coeficiente de dispersão de guia de onda, em segundo por nano metro quilómetro.

Nota 22.1 – o M ' (dispersão de guia de onda) é muito inferior ao M (dispersão material), daí nunca
ser considerado. Mas ele existe.

Assim, fica que  Cromática    .L.  M  0  

  Cromática  15 nm  . 1 km  . 78,5 ps / nm . km  


     Cromática 
 15 nm
 1 177,5 ps

Resolução 22b) Se   0  0, 0018     0, 0018.850.109     1,53 nm .

Assim fica que,  Cromática    .L.  M  M '   Cromática    .L.  M  0  

  Cromática  1,53 nm  . 1 km  . 78,5 ps / nm . km  


     Cromática 
 1,53 nm
 120,1 ps

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Exercício 23 – Uma F.O. multímodo de índice em degrau tem uma abertura numérica de 0,3 e um
índice de refração no eixo do núcleo de 1, 45 . O parâmetro de dispersão material da fibra é de

250 ps  nm.km  o que torna a dispersão material dominante na dispersão intramodal. Calcule:

a) O alargamento total eficaz dos impulsos por km quando se utiliza um LED de largura espectral de
50 nm .
b) O produto largura de banda * (vezes!) comprimento considerando a utilização de um código RZ.

Resolução 23a) Com nnúcleo  1, 45 , M  250 ps /  nm.km  ,    50 nm , e NA = 0,3. Com

-  
Modal_ID Modal_ID
RZ _ rms RZ _ rms
, sendo o alargamento eficaz dos impulsos devido fenómeno intermodal. O

formato do impulso é uma gaussiana;


- 
Total
da Fibra
, sendo o alargamento rms (eficaz) total de impulso;

As outras legendas estão no exercício 22.

O alargamento eficaz dos impulsos devido a acção conjunta dos fenómenos de dispersão material e
de guia de onda é:

 Cromática    .L.  M  0    Cromática  50 nm  . 1 km  .  250 ps /  nm . km   

 Cromática  12, 5 ns

Para calcular o alargamento eficaz (rms) dos impulsos devido fenómeno intermodal de um impulso
gaussiano, utiliza-se a equação 5.32, página 171 do livro, e sabendo de que NA  nnúcleo 2 

NA2
 NA2  nnúcleo 2 .2   
2.nnúcleo 2

1.103  . 0,3
2
L.nnúcleo . L. nnúcleo NA2 L.NA2
Assim,     
Modal_ID
RZ _ rms
.
2 3.c 2 3.c 2.nnúcleo 2
4. 3.nnúcleo .c 4. 3.1, 45.3.108

  29,863 ns
Modal_ID
RZ _ rms

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E o alargamento rms, eficaz, total (fenómeno intermodal, mais fenómeno de dispersão material e de
guia de onda) de impulso é, então, dado por (eq 5.35 do livro, página 174):

 Cromática  12,5  s    29,863 ns 


2
        
Total 2 Modal_ID Total 2 2
da Fibra  RZ _ rms  da Fibra

  32, 374 ns
Total
da Fibra

Resolução 23b) Cuidado que a pergunta tem rasteira! É dito que o sinal enviado é do tipo RZ
(unipolar), mas com a dispersão modal (pois a fibra é multímodo!), ela transforma-se num sinal de
impulso gaussiano, e o impulso gaussiano tem a seguinte definição:

0, 2
BTransmissão ìmpulso _ Gaussiano  0, 2.B 



Total
32,374  s 0, 2
BTransmissão ìmpuls
da Fibra
  6 177 797 bits / s .
o _ Gaussiano
32, 374  s

Ver apontamento na resolução 20c). O produto largura de banda * (vezes!) comprimento:

Fica, BTransmissão 1km  6,17 Mbits / s.1 km BTransmissão 1km  6,17 Gbits.m / s

Exercício 24 – Uma fibra ótica tem um núcleo com índice de refração de 1,5. Dois segmentos deste
tipo de fibra são colocados de uma forma perfeitamente alinhada, havendo uma pequena separação
entre os seus extremos. As superfícies de corte são perpendiculares aos seus eixos. Calcule as perdas
óticas em dB nesta junção devido à reflexão de Fresnel.

Resolução 24) Este exercício, e os que seguem, até ao 32, visam sensibilizar para as diferentes perdas
que existem quando se utiliza a fibra ótica num projecto de um sistema de comunicação.
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Assim, tem-se perdas por:


- Reflexão Fresnel, exercício 24 e 25;
- Por emenda, exercício 27;
- Pela abertura numérica, exercício 28;
- Pelo afastamento das faces, num conector, exercício 29 e 30;
- Por desalinhamento dos núcleo, e aqui a que ter em conta com o facto de ser:
- Índice em degrau, exercício 31 e índice gradual, exercício 32;

Assim sendo, e voltando a este exercício, a refletância, R, é a razão entre a intensidade do feixe
reflectido e a intensidade do feixe incidente. Dado que a intensidade de um feixe ótico é proporcional
ao quadrado do campo eléctrico, então a refletância é igual ao quadrado do coeficiente de reflexão.
Equação 3.45, página 99 do livro,
2
n  n 
R 1 2  1 2
 n1  n2 

Temos duas situações. A primeira consiste na refletância que ocorre quando o raio de luz sai da fibra
em entra em contacto com o ar (vidro-ar). A segunda situação é quando o raio de luz transita do ar
para dentro da fibra (ar-fibra).

2
1,5  1, 0 
1ª situação - a refletância de uma interface vidro-ar é R vidro  ar   
1,5  1, 0 
2
 0,5 
 R vidro  ar     R vidro  ar  0, 04  R vidro  ar  4%
 2,5 

2
1, 0  1,5 
2ª situação - a refletância de uma interface ar-vidro é R ar  vidro   
1, 0  1,5 
2
 0,5 
 R ar vidro     R ar vidro  0, 04  R ar  vidro  4%
 2,5 

Figura 4 - Reflexão de Fresnel, 1ª interface: fibra-ar. Figura 5 - Reflexão de Fresnel , 2ª interface: ar-fibra.

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Nota 24.1 – O afastamento visível nas figuras foram exageradas de forma a ajudar na interpretação
dos fenómenos que se está a analisar. Na 1ª interface, o resultado indica que 4% da potência
incidente é reflectida (volta a entrar para dentro da mesma fibra) e, consequentemente, 96% é
transmitida para o ar. Na 2ª interface passa-se o mesmo, só que desta vez é do ar para a fibra.

Considera-se que as fibras estão alinhadas. Assim as perdas lineares na fibra ótica, LossFiber , são:

 100  4 %  . 100  4 %   0, 96.  0,96 


Psensibilidade em RX
LossFiber  Loss Fiber  0, 9216
Pemitida      
1ª reflectância 2ª reflectância

Nota 24.2 – nunca poderia ser 0,92, pois não é 100%-4%-4%, mas sim 100%-4%-(4% de 96%).

Nota 24.3 – aqui, neste exercício, o LossFiber é também conhecido por factor de transmissão na

interface vidro-ar e depois ar-vidro, é Fvidro  ar  0,9216 .

Nota 24.4 – aqui, neste exercício, também não foi tido em consideração o espaçamento, conceito que
será abordado no exercício 29. Pois se fosse considerado, o 2º coeficiente seria 0,96  x.

O valor em dB é:
P 
LossFiber dB
 10. log10  sensibilidade em RX   10. log10  0,9216 LossFiber dB
 0,3546 dB
 Pemitida 

Ou seja, na transição da primeira fibra para a segunda, têm-se uma perda de 0,3546 dB .

Exercício 25 – Resolva o problema anterior onde a separação entre as duas fibras foi preenchida com
um gel com um índice de refração de 1,3.

Resolução 25) Temos duas situações. A primeira consiste na refletância que ocorre quando o raio de
luz sai da fibra em entra em contacto com o gel (vidro-gel). A segunda situação é quando o raio de
luz transita do gel para dentro da fibra (gel-fibra).

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2
1,5  1,3 
1ª situação - a refletância de uma interface vidro-gel é R 1 2    
1, 5  1,3 
2
 0, 2 
 R 1 2    R 1 2  0, 005102040  R 1 2  0,51%
 2,8 

2
1,3  1,5 
2ª situação - a refletância de uma interface gel-vidro R 21    
1, 3  1,5 
2
 0, 2 
 R 21      R 21  0, 005102040  R 2 1  0,51%
 2,8 

Figura 6 - Reflexão de Fresnel, 1ª interface: fibra-gel. Figura 7 - Reflexão de Fresnel , 2ª interface: gel-fibra.

Nota 25.1 – O afastamento visível nas figuras foram exageradas de forma a ajudar na interpretação
dos fenómenos que se está a analisar. Na 1ª interface, o resultado indica que 0,5% da potência
incidente é reflectida (volta a entrar para dentro da mesma fibra) e, consequentemente, 99,5% é
transmitida para o ar. Na 2ª interface passa-se o mesmo, só que desta vez é do ar para a fibra.

Considera-se que as fibras estão alinhadas. Assim as perdas lineares, Loss Fiber LF , são:

 100  0,5102040 %  . 100  0,5102040 %  


Psensibilidade em RX
LossFiber 
Pemitida      
1ª reflectância 2ª reflectância

 LossFiber  0,99489796.  0,99489796   Loss Fiber  0, 989822

Factor de transmissão na interface vidro-gel e depois gel-vidro, é Fvidro  gel  0,9898 .

O valor em dB é:
P 
LossFiber dB
 10. log10  sensibilidade em RX   10. log10  0,989822 LossFiber dB
 0, 0444 dB
 Pemitida 

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Nota 25.2 - na transição da primeira fibra para a segunda, têm-se uma perda de 0,3546 dB . Ou
seja a colocação de gel permite reduzir as perdas (menos reflexão de Fresnel) por comparação com
o ar. Também aqui, neste exercício, também não foi tido em consideração o espaçamento, conceito
que será abordado no exercício 29. Pois se fosse considerado, o 2º coeficiente seria 0,99489796  x.

Exercício 26 – Um feixe de luz propaga-se ao longo do eixo de uma fibra ótica a que se provocou
uma curvatura. Qual é o menor valor do raio de curvatura R para que no ponto A exista uma reflexão
total do feixe quando d  10 m .

Resolução 26) Ver exercício 4 e consultar a página 204 do livro.

O raio, do circulo, é a minha hipotenusa, e o cateto oposto é o valor do raio menos o raio da fibra.
d
OB 
sin  crítico   2
OA

d
R
sin  crítico   2
R

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R  5.106
sin  crítico    R. sin crítico   R  5.106  R. sin  crítico   R  5.106 
R

5.10 6 5.10 6
 R.  sin  crítico   1  5.10 6  R     R  760  m
 nbainha  6, 587.10 3
  1
 nnúcleo 

Exercício 27 – Determine a perda em dB de uma emenda em que a luz passa de uma F.O. multímodo
62,5 /125  m para outra de 50 /125  m .

Resolução 27) Ver página 368 do livro. O exercício 27 e 28 formam um conjunto. Na prática
também se faz a separação de forma a facilitar os cálculos. Depois é só somar as perdas provocadas
pelo facto dos núcleos não serem iguais e pela abertura numérica também ser diferente.

Este exercício, tem por objectivo fazer-se uma emenda entre dois núcleos diferentes, um com 62,5 ,
e outro com 50 . Na prática isso não se faz. Serve apenas para se ter a sensibilidade do problema que
existe nas emendas das fibras, em que as secções NUNCA são iguais, por mais pequeno que seja a
diferença.

A única variável que se assume que são iguais é a do material utilizado.

Assim, as perdas na fibra devido as secções das fibras óticas não serem iguais é:

   recetor 
2

10. log10   para  recetor   emissor


   emissor 
diâmetro  
Perdana Fibra dB

 0 para  recetor   emissor



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2
diâmetro    recetor   50 
2

Assim, LossFiber  10. log10    10. log10  


  emissor   62, 5 
dB

  50/62.5
LossFiber dB
 1,938 dB

Exercício 28 – Determine a perda em dB de uma emenda em que a luz passa de uma fibra ótica
multímodo de abertura numérica 0,4 para uma outra de abertura numérica 0,3.

Resolução 28) Ver página 369 do livro. As perdas na fibra devido as aberturas numéricas não serem
iguais é

  NA recetor 
2

10. log10   para NA recetor  NA emissor


  NA emissor 


NA
Perdana Fibra dB
 0 para NA recetor  NA emissor


2
 NA recetor   0,3 
2

 10. log10    10. log10 


NA
Assim, Perdana Fibra 
 0, 4 
dB
 NA emissor 
0 ,3
NA 
Perdana Fibra dB
0,4
 2, 498 dB

Exercício 29 – Estime a relação entre a potência emitida e colectada quando duas fibras de índice em
degrau, com um raio do núcleo r e ângulo de abertura,  abertura , têm um afastamento de s. Não
considere as perdas devido à reflexão de Fresnel.

Resolução 29) Ver página 371 do livro. Num conector, tem-se, além do Reflexão de Fresnel,
também o problema das faces não estarem encostados e de alinhamento (esta situação será abordada

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nos exercício seguintes, 31 e 32). O exercício 29 irá forcar-se numa situação em que as faces não
estão encostadas, conforme figura seguinte, em que o distânciamento entre essas faces foi exagerado:

O raio de luz, ao sair da fibra da esquerda, vai abrir em leque, e parte vai embater na interface da
fibra da direita. A castanha esta representada a secção do conector. A vermelho tracejado esta
representado o eixo do conjunto.
O desenho que segue também foi exagerado nas dimensões da abertura de forma a facilitar a
interpretação do fenómeno que ocorre quando as faces não estão encostadas. A fibra do lado
esquerdo faz de emissor, e o do lado direito de recetor:

Figura 8 - Duas fibras face a face, com o corte longitudinal e de perfil.

Figura 9 - Quando o raio de luz sai da fibra emissora, abre em leque, aumentando a área da bainha.

Figura 10 - Assim, parte da energia vai para fora do núcleo.

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Figura 11 - No corte em perfil é possível observar que a área da "bainha" aumentou significativamente.

Agora que se percebeu o fenómeno em estudo neste exercício, vou passar a referenciação das
variáveis envolvidas:

A definição que caracteriza a área do círculo é  .raio 2 .

Para calcular a área para onde é projetado TODA a potência do raio de luz é  .RB 2 .
A área que recebe parte da potência emitida pela fibra da esquerda para permitir continuar a
transmitir é  .RA2 . Assim, fica que:

Cateto Oposto x
tg  abertura     x  tg  abertura  .S
Cateto Adjacente S

Árearecebida   .RA2   .a 2 , pois neste tema, o raio é representado por a .

 Áreaemitida   .RB 2  RB  RA  x   Áreaemitida   . a  x 


2

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Precebida Árearecebida
Existe uma relação, que é  .
Pemitida Áreaemitida

Precebida  .a 2 a2
Assim, LossFiber _ Gap    .

 . a  tg  abertura  .S    a  tg  abertura  .S  
2 2
Pemitida

2
 a 
Em dB é LossFiber _ Gap  10. log10   .
 a  tg  abertura  .S  
dB

Notas 29.1 - Perdana Fibra  LossFiber .

Exercício 30 – Determine a perda em dB introduzida quando duas fibras de índice em degrau com
um núcleo de diâmetro 50  m e NA = 0,3 se encontram afastadas de 10  m .

Resolução 30) S  10 m e o raio da secção da fibra ótica é a  25.106 .


Como nada me é dito acerca do meio exterior, pressupõem-se que seja ar, logo n0  1 .

NA  0, 2 
NA  nar . sin  abertura   sin  abertura     abertura  arcsin     abertura  17, 458º
nar  1 

Utilizando a definição calculado no exercício 29, fica que:

 a 
2
 25.106 
LossFiber _ Gap  10. log10    20. log10  
dB
 a  
 tg   .S 
   25.10  tg 17, 458º  . 10.10   
6
 6

abertura
 

LossFiber _ Gap  1, 029 dB


dB

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Exercício 31 – Determine a perda em dB quando duas fibras multímodo de índice em degrau com
um núcleo de diâmetro de 50  m se encontram desalinhadas estando os eixos desviados de 10  m .

Resolução 31) Ver página 370 do livro. Este exercício vai permitir estimar as perdas considerando o
fenómeno provocado pelo desalinhamento dos eixos. Por isso, e de forma a se poder perceber este
fenómeno, não serão acrescentados (considerados) outras fontes de perturbação (atenuações).

Agora que se percebeu o fenómeno em estudo neste exercício, vou passar a referenciação das
variáveis envolvidas:

Lendo a página 219, do livro “Optical Fiber Communications”, 3rd edition, by Gerd Keiser, tem-se:

   
  2
 S   S  
2 2

2.   . arcos    S.      
2    2  2 
2 
step index Precebida AreaComun   2  
LossFiber _ untidy   
Pemitida  .raio 2 
2

 . 
2

2  S   
2
step index
  S S 
LossFiber _ untidy  10.log10 . arcos    . 1    
dB         
  

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Página 400, do livro, dão logo a definição para estimar as perdas é em dB.

Ver site http://paginas.fe.up.pt/~hsalgado/co/como_05_juntas&conectores.pdf, slide 13.

2  2 
S S S 
 10.log10  . arcos    . 1     
step index
LossFiber _ untidy
dB         
  

  2 
step index 2   10.106   10.106   10.106    
LossFiber _ untidy  10. log10  . arcos   . 1  
dB    50.106    50.106    50.106    
       
 

Cuidado ao calcular arcos  0, 2  na calculadora, pois é preciso seleccionar o MODO de cálculo

“Radianos”!

2 
 10. log10  . arcos  0, 2   0,195959179  
step index
LossFiber _ untidy
dB
 

 10. log10  0, 74706 


step index step index
LossFiber _ untidy LossFiber _ untidy  1, 266 dB
dB dB

Exercício 32 – Determine a perda em dB quando duas fibras multímodo de índice gradual de perfil
parabólico com um núcleo de diâmetro de 50  m se encontram desalinhadas estando os eixos
desviados de 10  m .

Resolução 32) Ver página 401 do livro. Este exercício é igual ao exercício anterior (32 –
desalinhamento dos eixos), mas aqui o índice de refracção é gradual (IG). A definição para estimar
as perdas é diferente. Com   50 m .

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gradual index  16.S  2.S


LossFiber _ untidy  10. log10 1  se existir a relação  0, 4 .
dB
 3. .  

gradual index
Assim, como respeitamos a condição imposta, LossFiber _ untidy  1,8 dB .
dB

Exercício 33 – Considere um LED planar de GaAs com um índice de refracção de 3, 6 . A luz


emitida pelo LED é acoplada a uma fibra de índice em degrau com uma NA  0, 2 , um índice de
refração de 1, 4 e um raio do núcleo superior ao da superfície emissora do LED. Estime:
a) A percentagem de potência ótica gerada internamente que é emitida para o ar quando o factor de
transmissão na interface cristal-ar é de 0, 68 .
b) A eficiência de acoplamento da luz à fibra considerando que o início da fibra se encontra próximo
do LED.
c) O módulo das perdas em dB relativamente à potência ótica emitida e a que é acoplada à fibra.
d) O módulo das perdas em dB relativamente à potência ótica que é gerada internamente e a que é
acoplada à fibra.

Resolução 33a) quando é dito: “…e um raio do núcleo superior ao da superfície emissora do LED”, é
para informar que não há perdas na área de transição da luz radiada.

Com nnúcleo  1, 4 , nCristal  nLED  3, 6 , Fcristal  ar  0, 68 , e NA  0, 2 .


Sendo
- Fcristal  ar , factor de transmissão na interface cristal-ar;

- nCristal  nLED , o índice de refração do LED (cristal);

- PG _ Int , a potência ótica gerada internamente;

- Pacoplada , potência emitida para dentro do núcleo da fibra ótica, acoplada, “sensibilidade” do núcleo,

ou ainda de outra forma, a potência que o núcleo da fibra ótica é capaz de capturar;
I  h.c
- Psaída  Pótica   LED . , potência de saída do LED;
 eV  0

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- R , é a taxa de recombinação;
- Rr , é a taxa de recombinação radiactiva;

- Rnr , é a taxa de recombinação não radiactiva;

- n , é a densidade de portadoras injectados;


 r . nr
-  ef  , é o tempo de vida médio efectivo dos portadores;
 r   nr
-  r , é o tempo médio de espera de um portador por uma recombinação radiactiva;

-  nr , é o tempo médio de espera de um portador por uma recombinação não radiactiva;

-  LED  Couple , eficiência quântica (de acoplamento) do LED;

Rr 1 
-  Interna    ef , eficiência quântica (rendimento) interno, e é a razão entre o
Rr  Rnr 1   r r
 nr
número de fotões gerados pelo dispositivo e o número de pares de electrões-lacunas, injectados na
região ativa (ou seja, é a energia gasta para a produção de fotões, de forma estimulada);
-  Externa   Extraction . Interna , eficiência quântica (rendimento) externo, e é a razão entre o número de
fotões emitidos pelo dispositivo e o número de pares de electrões-lacunas, injectados na região ativa
(ou seja, nem todos os fotões produzidos chegam a ser utilizados no acoplamento);
1  r   nr
-   el   , é a banda passante eléctrica;
 ef  r . nr

Ler os slides do sítio:


http://course.ee.ust.hk/elec342/notes/Lecture%2011_Light-emitting%20diodes%20(LEDs).pdf

Consultando a página 159 do livro “Optical Fiber


Communications”, 3ª edição do Gerd Keiser, tem-se que:
1  volume
 Externa   T    2 . sin    d
4 0

Em que T   é o coeficiente de transmissão de Fresnel, e

este coeficiente depende do ângulo de incidência,  .

Este coeficiente é, na realidade, simplificado por esta definição:

4  nA .nB 
2
n  n 
T    1  R A  B  1  A B  
 nA  nB   nA  nB 
2

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4nnúcleo
Como nar  1 , fica T    . Assim fica que
 nnúcleo  1
2

1  volume  4n 
 Externa    núcleo
2
 2 .sin    d
4 0
  nnúcleo  1 

1
E que de forma simplificada, se obtêm  Externa  . Assim fica que
nnúcleo  nnúcleo  1
2

 ef PG _ Int PG _ Int
Pacoplada  .PG _ Int   Externa .PG _ Int  
r nnúcleo  nnúcleo  1 1, 4 1, 4  1
2 2

ERRADO!

Pois temos DOIS núcleos, um da fibra ótica, e outro do LED emissor!

E o cálculo deve de ser feito considerando o núcleo do cristal (LED).

4  nLED .nar 
2
n n 
Assim fica que T    1  R LED ar  1   LED ar  
 nLED  nar   nLED  nar 
2

4nLED 1  volume  4n 
Como nar  1 , fica T    . Fica que  Externa    LED
2
 2 . sin    d
 nLED  1 4   nLED  1 
2 0

1
E que de forma simplificada, se obtêm  Externa  . Logo:
nLED  nLED  1
2

 ef PG _ Int PG _ Int
Pacoplada  .PG _ Int   Externa .PG _ Int  
r nLED  nLED  1 3, 6  3, 6  1
2 2

Pacoplada  0, 0131.PG _ Int

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Ou seja, apenas 1, 31% da potência ótica gerada internamente, PG _ Int , é emitida para dentro
(acoplada, Pacoplada ) do núcleo da fibra.

I LED I h.c
Nota 33.1 – PG _ Int  .Pótica  LED .
e e 0

Poderia ter utilizado o factor de transmissão na interface cristal-ar;


F 2    0, 68 . 12 
cristal  ar .nar
Pacoplada   Externa .PG _ Int  2  G _ Int
.P  2  G _ Int
.P  0, 0131.PG _ Int
 4.  nLED .nar    4.  3, 6.1 

Pacoplada  1, 31% PG _ Int

Resolução 33b) Consultando a página 294 do livro, sei que a expressão da eficiência de acoplamento
entre o LED e a fibra ótica, e em que o ângulo de aceitação é  aceitação , é

 aceitação
 I 0 . cos   . sin   d
 sin 2  aceitação 

 LED  aceitação


 2
I 0 . cos   . sin   d

2

O ângulo de aceitação da fibra ótica corresponde ao ângulo de semiabertura,  , cujo seno é a


abertura numérica da fibra. Assim, e pela definição, posso afirmar que a eficiência de acoplamento é
dada pela razão entre a potência luminosa emitida num hemisfério e a potência luminosa captada
pelo cone de aceitação.

 LED   NA    0, 2   0, 04  LED  4%
2 2

Ou seja, apenas 4% da potência ótica, mas cuidado, não é da gerada, mas sim da potência acoplada.
Considerando que não há espaço entre a superfície do LED (cristal) e a interface da fibra, não
havendo assim reflexões.

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
Fibra ótica  4%
Resolução 33c) As perdas lineares são LossFiber 
Pacoplada

100%    0, 04
Psaída
 100% LED
Cristal
100%

O significado de
 4%  é que dos 100% emitidos, só 4% são acoplados à fibra, e
100% 
100%  100% 
significa que dos 100% gerados, 100% são emitidos.

O valor em dB é LossFiber dB
 10. log10 LED   13,9794 LossFiber dB
 14 dB

Pemitida 1,31% PG _ Int


Resolução 33d) As perdas lineares são LossFiber    1,31%  0, 0131
PG _ Int PG _ Int

P 
O valor em dB é LossFiber  10. log10  emitida   18, 827 LossFiber  18,8 dB
 PG _ Int 
dB dB

Exercício 34 – Um LED de GaAs com uma banda proibida de Eg  1, 42eV e operando à

temperatura ambiente ( 300º K ) é usado num transmissor digital. A corrente que circula no LED é
modulada por impulsos de 30 mA quando se transmite o dígito “1” e 0 mA para o dígito “0”. A
eficiência quântica do LED é de  LED  0,1 e a energia dos fotões variam numa faixa de

E ph  3,5kT .

a) Calcule o comprimento de onda central de emissão do LED e a sua largura espectral.


b) Calcule a potência ótica que é emitida quando se transmite um dígito 1.

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c) A luz proveniente do LED é acoplada a uma fibra monomodo de comprimento de 40 km com um


parâmetro de dispersão material de 60 ps  nm.km  no comprimento de onda de emissão do LED.

Qual é a dispersão da ligação.


d) Se a temperatura de operação do LED baixar para 50º K , qual é o novo valor de dispersão da
ligação.

Resolução 34a) Com uma energia de banda proibida de Eg  1, 42eV , a (faixa de variação da)
eV

energia dos fotões (totais) é de E ph  E fotões  3,5kT , e em que a temperatura de ambiente é

T  300º K .
23 34
As constantes a saber são k  1,381.10
 J /
K h  6,
 626.10
 Js e  1,
 602.10

19
 C.
Constante de Boltzmann Constante de Planck Carga do elétrão

Consultando a página 158 do livro “Optical Fiber Communications”, 3ª edição do Gerd Keiser.
A presença de irradiação num determinado comprimento de onda depende apenas da disponibilidade
de estados ocupados por electrões na banda de condução, e de estados ocupados por lacunas na
banda de valência, cuja diferença de energia, Eg , e para CADA fotão, seja igual à:

h.c h.c
Eg  E ph  E fotões   0 
joules 0 Eg

(também está no slide 130, ou consultar a equação 6.84, da página 304 do livro)

Cuidado, pois as unidades da energia de banda proibida tem que estar em joules e é dado Eg !
eV

Como faço para converter, tendo as unidades em Coulomb, para Joule!!?


Primeiro não há nada para converter. E depois, não há como converter pois são grandezas
diferentes, o Coulomb é uma unidade de carga elétrica, já o Joule é uma unidade de energia
mecânica (trabalho, logo são grandezas físicas cujas dimensão quântica é diferente). Uma carga
elétrica e (Coulomb) está num campo elétrico, a energia necessária para levá-la a um outro ponto
do campo onde o potencial difere de delta volts ( V ), é dada por E  e x V onde V é o potencial
elétrico dado em Volts. Como estas unidades estão todas no Sistema Internacional não há fator de
conversão.

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Ou seja a definição de um electrão-Volt ( eV ) é a energia cinética ganha por um electrão quando


atravessa a diferença de potencial eléctrico, V , de 1 V. Temos a seguinte relação:

1 eV .1 C  1 J

Assim E g  Eg .e  1, 42 eV .1, 602.10 19 C  Eg  2, 27484.10 19 J


joules eV joules

É o valor da energia de CADA fotão. Ver slide 132.

Continuando, Eg  h. f c 
h.c
 0 
h.c

 6, 626.10 34

J s . 3.108 m / s 
joules 0 Eg 2, 27484.10 19
J
joules

0  873,82 nm

0 0 0 2 3,5kT
E a largura espectral,   ou   , é    .E ph  .E ph  .E ph  0 2 . 
Eg h.c h.c h.c
joules
0


0 873,82 nm
  873,82 nm  .
2 
3, 5 1,381.1023 J / K   300º K   55, 69987912.10 9
m
T 300 º K
 3.10 8
m / s  .  6, 626.10 J s  34

0 873,82 nm
 T  300º K
 55, 7 nm

Nota 34.1 – podemos concluir que a largura espectral depende da temperatura, pois todos os outros
parâmetros são fixo, ou constantes, na definição. Ou seja, a variação da energia dos fotões, E ph ,

depende da temperatura.

Nota 34.2 – 0º K  273,15C , logo 300º K  26, 85º C .

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Resolução 34b) Com uma eficiência quântica de LED de  LED  0,1 ;


A corrente que circula no LED é modulada por impulsos:
- Para o digito “1” tem-se que I LED1  30 mA ;

- Para o digito “0” tem-se que I LED0  0 mA ;

h.c
A energia de um fotão é E ph  h. f c  h.v  . Ver slide 172.
0
A máxima de potência ótica que pode ser gerada por um LED corresponde a situação em que a carga
de cada electrão injectado, e  eV  , é convertido em um fotão de energia e pode ser expresso pela

equação:

h.c I  h.c
Pótica   Rr  Rnr  .  Pótica   LED .
0  eV  0

 Pótica  1 h.c 1 
6,626.1034 J s . 3.108 m / s  
   .  .
 LED  máx
I eV 0 1, 602.10 19
J 0

 Pótica  1, 24.10 6 1, 24  W  J J
    ou  s  
 I LED  máx 0 0  m  A  C C
 s 

(equação 6.64, página 297 do livro).

Assim, e cuidado com as unidades do comprimento de onda, pois a definição está para o micro
metro, e o valor que se obteve na alínea a foi o nanómetro (é preciso por isso multiplicar por mil):
1, 24 1, 24 1, 24
Pótica  I LED .  I LED1 .   30 mA  . Pótica  42,57 mW
máx máx
0  m 0  m 873 820  m máx

PG _ Int   LED . Pótica máx


 0,1.  42,57 mW  PG _ Int  4, 26 mW

Nota 33.1 – Pótica máx


é a potência ótica que poderá ser gerada pelo LED, a que corresponde a

situação de que em cada electrão injectado, de carga e , é convertido em fotão, mas que na prática

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esta dependente da eficiência do LED, a que é designada por potência ótica gerada internamente.
Este fenómeno, de redução do valor da potência, deve-se ao processo interno de recombinação não-
radiactiva, reabsorção, recombinações superficiais, e reflexões internas.

Resolução 34c) Como o LED tem um parâmetro de dispersão material de 60 ps /  nm.km  , uma

largura espectral eficaz,      , de 55, 7 nm , para uma distancia de 40 km , e utilizando a


equação 5.33, página 172 do livro, o pelo slide 80):

 Cromática    .L.  M  M '

-  Cromática , sendo a dispersão cromática, é o resultado da acção conjunta dos fenómenos de dispersão
material e de guia de onda, que contribui para o alargamento do impulso;
-      , é largura eficaz espectral da fonte luz (ótica). Também é designado por banda
fraccionária, e é em nano metros;
- L , o comprimento da guia de onda em quilómetros;
- M , é coeficiente de dispersão material da fibra, e este valor está definido para cada comprimento
de onda, 0 , em segundo por nano metro quilómetro;
- M ' , é coeficiente de dispersão de guia de onda, em segundo por nano metro quilómetro.

Nota 34.2 – o M ' (dispersão de guia de onda) é muito inferior ao M (dispersão material), daí nunca
ser considerado. Mas ele existe.

Assim, fica que  Cromática  55 nm  .  40 km  . 60 ps / nm . km  0       Cromática  132 ns

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E ph 3,5kT
Resolução 34d) Como E ph é a energia de CADA fotão,    0 2 .  0 2 . 
c.h c.h

0 873,82 nm
  T 50º K   873,82 nm  .
2 
3, 5 1,381.1023 J / K   50º K   9, 283313187.10 9
m
 3.10 8
m / s  .  6, 626.10 J s 
34

0 873,82 nm
 T  50º K
 9, 28 nm

Então  Cromática    9,28 nm  


 9, 28 nm  .  40 km  . 60 ps / nm . km  0   

 Cromática    9,28 nm
 22, 28 ns

Exercício 35 – Um LED opera a 850 nm e acopla uma potência de 20 dBm , quando se envia um
símbolo binário "1". A fibra ótica tem um comprimento igual a 25 Km e uma atenuação de
1, 2 dB / Km . O sinal ótico no fim da fibra é detetado por um fotodetetor com uma eficiência
quântica de 0, 7 . A perda de acoplamento entre a fibra e o fotodetetor é de 2 dB . Sabendo que o
sistema opera a 500 Mbits / s , qual é o número mais provável de eletrões gerados no fotodetetor
quando este recebe um bit "1"?

Resolução 35) Com Pemitida  20 dBm BTransmissão  500 Mbits / s

Perdana Fibra  1, 2 dB / Km Perdaacoplamento  2 dB

0  850 nm L  25 km  LED  0, 7

As perdas na extremidade da fibra são  L  25 km


 Perdana Fibra L  25 km
 1, 2 dB / Km x 25 km

 L  25 km
 30 dB

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Assim, Precebida dBm


 Pemitida  Perdatotais  Pemitida   L  25 km
 Perdaacoplamento 

Precebida dBm
 20 dBm  30 dB  2 dB Precebida dBm
 52 dBm

Nota 35.1 – Definição dos símbolos/variáveis utilizados:



fc

Pótica c
E ph  Lineares
 h. f c  h. é a energia de CADA fotão.
rph 0

c
E ph  N ph .E ph  N ph .h. é a energia total de uma gama (  , quantidade / conjunto) de fotões.
0
1
Também é E ph  Precebida Lineares
x T , em que o T  .
BTransmissão

Precebida rph
Pótica Lineares
 Lineares
. é a potência ótica incidente.
BTransmissão N ph

N elect relect
 LED   é a eficiência quântica, e depende também do comprimento de onda, daí o
N ph rph

infravermelho ter pouca energia, e o ultra violeta ter mais energia (o ultra violeta em demasia
queima a pele).
Pótica Pótica Pótica 0
rph  Lineares
 Lineares
 Lineares
 Pótica . é a taxa de fotões incidentes (número de
 E ph E ph h. f c Lineares
h.c

fotões por segundo).


Pótica
relect   LED .rph   LED . Lineares
é a taxa de eletrões recolhidos (número de eletrões por segundo).
h. f c

r Precebida Lineares rph Precebida Lineares 0


N ph  Precebida Lineares .T . ph  .  . , é a quantidade de fotões
  Pótica BTransmissão Pótica BTransmissão h.c
E ph

incidentes.
Pótica
I ph  relect .e   LED .rph .e   LED . Lineares
.e é a corrente produzida pelo fotodetetor (fotocorrente).
h. f c

I ph  LED .e  LED .e 0  A 
R pin    .  W  é a responsividade, e é uma característica de desempenho
Pótica h. f c h c
do fotodetetor (e que é diferente da eficiência quântica).

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h.c Precebida
Como sei que N ph .  Lineares
, e calculei a potência recebida em dBm , preciso de converter
0 BTransmissão
para valores lineares.

 Precebida Lineares  y
Como sei que 20. log10    y dBmW  Precebida  10 .10-3 W , assim fica:
10

 103 
Lineares

52

Precebida Lineares
 10 10
.10-3 W  6,31.106.10-3 W

Precebida Lineares
 6,31 nW

Cuidado com as unidades das potências!

Assim

N ph 
Precebida Lineares
.
0

 6,31.10 9
W
.
850.10 9 m
BTransmissão h.c 
500.106 bits / s 6, 626.10 34 J s . 3.108 m / s  

N ph  53,96

É a quantidade (média) de fotões necessários para receber um bit “1”.

Para se saber a quantidade de electrões, consultei a página 294 do livro. A eficiência do acoplamento
N elect relect
é  LED   , assim
N ph rph

N elect   LED .N ph  0, 7.  53,96 

N elect  37,77

Nota 35.2 – Este valor é um valor académico, pois na prática o que importa é a corrente produzida.

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Exercício 36 – Um sistema de comunicações utiliza um díodo laser de 0  1 300 nm e com uma


potência de saída de 1 mW para uma corrente de alimentação de 40 mA. A taxa de transmissão é de
2,5 Gb/s e a fibra utilizada tem   0, 25 dB / km . O receptor digital necessita de 200 fotões
na Fibra
ao km

para detecção do símbolo binário “1” para um BER  109 . Calcule:


a) a potência mínima no receptor em dBm ;
b) o máximo comprimento da fibra que pode ser utilizado. Suponha apenas a contribuição da
atenuação.

1
Resolução 36a) A energia de um fotão total é E ph  Precebida x T , em que o T 
BTransmissão

E ph c
Assim, Precebida   E ph x BTransmissão  N ph .h. f c .BTransmissão  N ph .h. .BTransmissão .
Lineares
T 0

3.10 m / s  . 2,5.10
8

Precebida 
  200  . 6, 626.10 34
J s .  9
bits / s   76, 45.109
Lineares
1,3.10 m 
6

Precebida Lineares
 76, 45 nW

 Precebida Lineares 
Valor em dBm é Precebida  10. log10   Precebida  41,17 dBm
dBm
 10 3 
dBm

Resolução 36b) Pemitida dBm


 Psensibilidade em RX dBm
 Perdana Fibra dBm . Como sei que 1 mW  0 dBm , fica

que
Precebida P 41,17 dBm  0
 Pemitida  Lmáx . ao km  Lmáx  
na Fibra dBm emitida dBm
Precebida
 ao km
dBm dBm na Fibra
0, 25 dB / km

Lmáx  164, 68 km

Nota 36.1 – O valor da corrente de alimentação, 40 mA, e a taxa de erros, BER  109 eram dados
que não interessavam para resolver este exercício.

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Exercício 37 – Suponha que se quer construir uma ligação de fibra ótica numa distância de 80 km.
Dois tipos de fibra estão disponíveis com as seguintes características: fibra monomodo com
M  17 ps  nm.km  e fibra compensadora de dispersão (DCF) com M  100 ps  nm.km  .

Sabendo que a largura espectral eficaz da fonte é de 2 nm encontre a taxa máxima de transmissão da
ligação considerando impulsos gaussianos e a utilização de um código RZ, para:
a) 80 km de fibra monomodo;
b) 80 km de fibra monomodo seguidos de 6 km de fibra compensadora de dispersão colocada no
receptor.

Resolução 37a) Como o LED tem uma largura espectral eficaz,   , de 2 nm , o parâmetro de

dispersão material de 17 ps /  nm.km  , fica que (equação 5.33, página 172 do livro, ou pelo slide 80):

 Cromática    .L.  M  M '

-  Cromática , sendo a dispersão cromática, é o resultado da acção conjunta dos fenómenos de dispersão
material e de guia de onda, que contribui para o alargamento do impulso;
-      , é largura eficaz espectral da fonte luz (ótica). Também é designado por banda
fraccionária, e é em nano metros;
- L , o comprimento da guia de onda em quilómetros;
- M , é coeficiente de dispersão material da fibra, e este valor está definido para cada comprimento
de onda, 0 , em segundo por nano metro quilómetro;
- M ' , é coeficiente de dispersão de guia de onda, em segundo por nano metro quilómetro.

Nota 37.1 – o M ' (dispersão de guia de onda) é muito inferior ao M (dispersão material), daí nunca
ser considerado. Mas ele existe.

Assim, fica que  Cromática    .L.  M  0    Cromática   2 nm  . 80 km  . 17 ps / nm . km  


   

 Cromática   2 720 ps
 2 nm

Nota 37.2 – Cuidado que a pergunta tem rasteira! É dito que o sinal utiliza um código do tipo RZ
(unipolar), mas a transmissão é um sinal de impulso gaussiano.

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O impulso gaussiano tem a seguinte definição:

0, 2
BTransmissão ìmpulso _ Gaussiano  0, 2.B 


  2 720 ps 0, 2
BTransmissão ìmpCromática
ulso _ Gaussiano
  73,529 Mbits / s .
2 720 ps

Resolução 37b)  Cromática    .  L.M SMF


 L.M DCF  


  Cromática   2 nm  . 80 km  . 17 ps / nm . km 
  
  6 km  .  100 ps / nm . km 
 SMF    DCF    

Nota 37.3 - Muito cuidado com o sinal da dispersão material da fibra DCF. Também não faria
sentido não ser negativo!

  Cromática   2  . 1 360 ps SMF 60 0 ps DCF   2 .  72 0 p s   1 520 p s 

 Cromática  1, 52 ns

0, 2
Assim BTransmissão ìmpulso _ Gaussiano  BTransmissão ìmpulso _ Gaussiano
 131, 579 Mbits / s
1 520 ps

Exercício 38 – Um sistema de fibra ótica utiliza uma ligação de 50 km de fibra e requer no mínimo
0,3 W no recetor. A perda na fibra é de 0, 4 dB / km . A fibra tem emendas por fusão em cada 5 km
com 0, 02 dB de perda e um conector com 0,3 dB de perda em cada uma das extremidades da
ligação.
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a) Calcule a perda na fibra e nas emendas. Qual é a perda total nesta ligação incluindo a perda nos
conectores.
b) Determine o mínimo de potência em Watt e em dBm que tem de ser lançados na ligação para que
seja possível detectar o sinal.
c) Assumindo que a potência do transmissor é de 2mW, qual é a máxima distância da ligação.

Resolução 38a)

Assim, as perdas totais somam a totalidades dos valores que contribuem parcialmente:

PerdaTotais dB
 Perda propagação  PerdaConetor dB
dB

Perda
 p
ropagação dB

PerdaBobina dB
  
 
 B   0,
PerdaTotais dB
 N Segmentos . 0, 4 dB x 5 km  0,
  02
 d
   0
2 dB  0,3 dB x 2 
 
 PerdaEmendas dB  PerdaEmendas dB PerdaConetor dB

PerdaTotais dB
 10.  2 dB x 5 km  0, 02 dB   0, 02 dB   0,3 dB x 2 

PerdaTotais dB
 20, 78 dB

Nota 38.1 – o 2º termo, " 0, 02 dB " , é devido ao facto de que o número de emendas é sempre
inferior em uma unidade ao número de bobinas utilizadas no troço.

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Cálculo das perdas parciais que contribuem para a atenuação do sinal:

Perdano comprimento linear  0, 4 dB x 50 Perdano comprimento linear  20 dB


dB dB

50
Número de segmentos, N Segmentos   10 .
5
Número de emendas, N Emendas  N Segmentos  1  9 .

PerdaEmendas dB
 0, 02 dB x 9 PerdaEmendas dB
 0,18 dB

PerdaConetor dB
 0,3 dB x 2 PerdaConetor dB
 0, 6 dB

Resolução 38b) É “…o mínimo de potência …” ou “potência mínima”?


“… lançados …”?!?! Agora a potência (de radiação) é lançada?! Injectada talvez.

Vou primeiro calcular o valor em dBm da sensibilidade do recetor:


 Psensibilidade em RX   0, 3 W 
Psensibilidade em RX  10. log10  Lineares
  10. log10  3 
 10
dBm
 dBm 

Psensibilidade em RX dBm
 35, 23 dBm

Assim a potência do laser deverá ser no mínimo superior à:

Pemitida dBm
 Psensibilidade em RX dBm
 PerdaTotais dB
 35, 23 dBm  20, 78 dB

Pemitida dBm
 14, 45 dBm

Agora a mesma potência emitida, mas em valores lineares, sabendo que:


 Pemitida Lineares  y
10. log10    y dBmW  Pemitida  1010.10-3 W ,
 103 
Lineares

assim fica que:


14,45

Pemitida Lineares
 10 10
.10-3 W  35,89.10 3.10-3 W Pemitida Lineares
 35,89 W

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Resolução 38c) Vou primeiro calcular o valor em dBm da potência transmitida:

 Pemitida Lineares   2 mW 
Pemitida  10. log10    10. log10  3  Pemitida  3, 01 dBm
 10 
dBm dBm
 dBm 

Agora vou ter N Segmentos  1 segmentos, com o último segmento  1 a ter um comprimento L .

Assim fica que:


Pemitida dBm
 PerdaTotais dB
 Psensibilidade em RX dBm

Pemitida   Perda propagação  PerdaConetor  PerdaTroço _ L   Psensibilidade em RX


dBm  dB dB dB  dBm

Na 1ª situação vou supor que L  0 de forma a calcular uma variável de cada vez, fica que

  Perda propagação


 dB
 
 PerdaBobina dB 
   
   
3, 01 dBm   N Segmentos .  0, 4 dB x 5 km  0,  02
 d B
  
   0, 3 dB x 2    35, 23 dBm
   
  PerdaEmendas dB  PerdaConetor dB 
 
 
 

 N Segmentos .  0, 4 dB x 5 km  0, 02 dB   3, 01 dBm   0, 3 dB x 2   35, 23 dBm

Perda
 
Bobina dB

N Segmentos .  2, 02 dB   3, 01 dBm  0, 6 dB  35, 23 dBm

3, 01 dBm  0, 6 dB  35, 23 dBm 37, 64 dB


N Segmentos    N Segmentos  18, 63
2, 02 dB 2, 02 dB

Tem de ser um número inteiro e arredondado para baixo: N Segmentos  18

Agora já consigo calcular o valor do L . Vou por isso considerar os 18 segmentos (bobinas de 5 km).

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  Perda propagação


 dB
 
  
   
3, 01 dBm   N Segmentos .  0, 4dB x 5 km  0, 0
2 d B    0, 3 dB x 2    0, 4 dB x L    35, 23 dBm
            

 PerdaBobina dB PerdaEmendas dB  PerdaConetor dB  PerdaTroço _ L
dB 
 
 

3, 01 dBm  18.  0, 4 dB x 5 km  0, 02 dB    0, 3 dB x 2    0, 4 dB x L    35, 23 dB m

0, 4 dB x L  3, 01 dBm   0,3 dB x 2  35, 23 dBm  18.  0, 4 dB x 5 km  0, 02 dB 

1, 28 dBkm
L L  3 198 m
0, 4 dB
Assim, o comprimento total é de Ltotal  N Segmentos x 5 km + L  Ltotal  18 x 5 km + 3, 2 km

Ltotal  93, 2 km

Poderia ter feito de outra forma para calcular o número de segmentos (inteiros) possíveis:
 Pemitida Lineares 
 3 
10. log10    Perda
10
 Psensibilidade em RX Lineares  Conetor dB
 2 mW 
  10.log10    0, 3 dB x 2 
 103   0,3 W 
N Segmentos  
Perda propagação  PerdaEmendas dB 0, 4 dB x 5 km  0, 02 dB

dB
 dB / km

E para o valor do L :
   
 
Pemitida Lineares
 10. log10    PerdaConetor   N Segmentos . Perda propagação  PerdaEmendas
 Psensibilidade em RX Lineares 
dB dB
 
dB

L
 dB / km

 
 dB / km

  2 mW    
 10. log10     0,3 dB x 2  
 18 0, 4 d B x 5 km  0, 02 dB
  0, 3 W    
L  
0, 4 dB

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Exercício 39 – Dimensione uma ligação de 200 km, em termos de atenuação e dispersão, a


140 Mbits / s no comprimento de onda 1 310 nm e 1 550 nm sabendo que a fibra ótica utilizada é do
tipo monomodo e tem as seguintes características:

0 1 310 nm 1 550 nm

Atenuação  dB / km 0,45 0,3

Dispersão  ps  nm.km   4 20

A fibra apresenta-se em rolos de 5 km.


A atenuação em cada emenda é de 0, 02 dB .
Os conectores introduzem uma atenuação de 0,5 dB .
A margem de segurança é de 3 dB .

As características dos outros componentes eletro-óticos são:

Transmissor ótico: LASER


Potência Pe _ P  10 dBm e a largura espectral eficaz de 2 nm .

Receptor ótico: Díodo PIN;


9
PRX  40 dBm a BTransmissão ìmpulso _ Gaussiano
 140 Mbits / s com BER  10 .

Repetidores Regenerativos - Têm uma sensibilidade de 35 dBm e o LASER de saída apresenta
um nível de 15 dBm com uma largura espectral eficaz de 2 nm .

Resolução 39a) Este exercício consiste em dimensionar um circuito de comunicações, com


transmissão guiada por fibra ótica, considerando os requisitos de atenuação, e de dispersão, ao longo
do percurso, que originam ruído e erros no descodificador (recetor).
Como se pode constatar pelo exercício 38c), em que os parâmetros são muito parecidos, o sistema irá
necessitar de regeneradores. Logo, numa primeira fase, será a sensibilidade do recetor do
regenerador que deverei considerar. Assim vou começar por calcular a que distância a que deverá
estar instalado o regenerador.
Variáveis que irei utilizar neste exercício:
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F1 - Na primeira fase e diz respeito ao traçado entre o emissor e o 1º regenerador.


F 2 - Na segunda fase e diz respeito ao traçado entre dois regeneradores,
F3 - Na terceira fase e diz respeito ao traçado entre o último regenerador e o recetor.
MS - Considerando agora uma nova margem de segurança, M Seg _ 2 .

_ T - É o valor do comprimento total do traçado

13 - Para o comprimento de onda 0  1 310 nm .


15 - Para o comprimento de onda 0  1 550 nm .

N - Número de segmentos (quantidade de bobinas necessárias) do traçado, com bobinas inteiras de


5km. Assim:
F1
N 13 _ MS MS - Na primeira fase, é o número de segmentos do traçado entre o emissor e o 1º

regenerador, para 0  1 310 nm , e com a nova margem de segurança M Seg _ 2 .

L - Comprimento do troço inferior aos 5 km. Assim:


F1
L 13 _ MS - Na primeira fase, é o comprimento do último troço do traçado entre o emissor e o 1º

regenerador, para 0  1 310 nm , e com a nova margem de segurança M Seg _ 2 .


F1
L 13 _ T - Comprimento total (completo) do traçado entre o emissor e o 1º regenerador.

RUltimo - É o comprimento total do traçado entre o penúltimo e último regenerador.

RRQt - É o comprimento total do traçado entre o primeiro e último regenerador.

BTransmissão ìmpulso _ Gaussiano


- É a largura de banda do impulso gaussiano que se está a utilizar.

 Cromática L1  46,267 km
- É a dispersão cromática, com a margem de segurança M Seg .

 Cromática L 240,675 km - É a dispersão cromática, com a margem de segurança M Seg _ 2 .

As potências (de emissão, de receção e de atenuação) tanto podem ser em valores lineares, com em
dB, conforme o contexto. Assim:

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Pe _ P - É o valor da potência emitida a partir da fonte emissora principal.

Pe _ REG - É o valor da potência emitida a partir da fonte emissora principal.

PRX - É o valor da sensibilidade mínima do recetor principal.

PRX _ REG - É o valor da sensibilidade mínima do regenerador.

PTot - É o valor total de todas as atenuações que contribuem para a degradação do sinal.

Pprop - É o valor das perdas ao longo de um determinado traçado completo.

PCon - É o valor das perdas no(s) conetor(es).

PBob - É o valor das perdas no comprimento de cabo na bobina.

PEme - É o valor das perdas na emenda de dois cabos.

PTr _ L - É o valor das perdas no traçado que não consumi uma bobina completa.

M Seg - É a margem de segurança definida para cada laço/troço completo.

M Seg _ Extra - É a margem de segurança disponível para se poder distribuir pelo traçado completo
(200 km).
M Seg _ 2 - É a nova margem de segurança, acrescida de um valor parcial que lhe foi atribuída devido

a divisão do M Seg _ Extra , e definida para cada laço/troço completo.

Vou começar para o 0  1 310 nm

Os requisitos de atenuação dependem das perdas na propagação, perdas nos conectores e margem
de segurança (que é determinada pelo projectista).

Fase 1 (1 310 nm) - Vou considerar  N 13  1 segmentos, com o último segmento  1 a ter um
F1
 
F1
comprimento L 13 . O traçado diz respeito a distância que separa a fonte emissora das comunicações

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com o primeiro regenerador. As perdas por propagação, Pprop , dizem respeito ao traçado. Assim fica

que, em dB , Pe _ P  Pprop  M Seg  PCon  PRX _ REG 

Pprop  Pe _ P  PRX _ REG  M Seg  PCon   10 dBm   35 dBm   3 dB  0, 5 dB x 2

Pprop  21 dB
dB

Inicialmente vou considerar apenas o consumo de bobinas inteiras (5 km), ou seja L 13  0, e como,
F1

em dB , a atenuação na propagação, Pprop , é:

   
  N 13 .  0,  F1 
B   0, 45 dB x L 13
  0, 
F1
Pprop 45 dB x 5 km 0
2 d
dB       
 PBob PEme   PTr _ L 

21 dB
 21 dB  N 13 .2, 27 dB  N 13   9, 25 
F1 F1

2, 27 dB

N 13  9
F1
Tem de ser um número inteiro e arredondado para baixo:

F1
Agora já consigo calcular o valor do último troço da 1ª fase, L 13 . Vou por isso considerar os 9

segmentos (quantidade de bobinas necessária). Assim:

   
 21 dB  N 13 .  0,     0, 45 dB x L 13  
F1 F1
45 dB x 5 km 0, 02 d B
   
      
 PBob PEme   PTr _ L 

 0, 45 dB x L 13  21 dB  9.  0, 45 dB x 5 km  0, 02 dB  
F1

L 13 
F1  21  20, 43 dBkm  0,57 dBkm
L 13  1, 267 km
F1

0, 45 dB 0, 45 dB

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L 13_ T  N 13 x 5 km + L 13
F1 F1 F1 F1
Assim, o comprimento total, L 13 _ T , é:

L 13_ T  9 x 5 km + 1, 267 km
F1

L 13 _ T  46, 267 km
F1

Ou seja, a distância entre a fonte emissora e o primeiro regenerador é de 46, 267 km .

Fase 2 (1 310 nm) - Nesta fase não posso extrapolar, uma vez que as potências do regenerador são
diferentes, tanto do emissor como do recetor. Mas o procedimento é igual, só que considera se a
potência do emissor sendo Pe _ REG  15 dBm e a sensibilidade do recetor como sendo de

PRX _ REG  35 dBm .

Vou, outra vez, considerar  N 13  1 segmentos, e vou apenas considerar o consumo de bobinas
F2
 

inteiras (5 km), ou seja, o último segmento do traçado que separa os 2 regeneradores, L 13  0 .


F2

Assim, sendo M Seg a margem de segurança, fica que, em dB :

Pe _ REG  Pprop  M Seg  PCon  PRX _ REG

Pprop  
15
   
dBm 35 dBm   3

dB   0,5 dB x 2 
  
Pe _ REG M Seg
PRX _ REG PCon

Pprop  16 dB
dB

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Inicialmente não vou considerar o troço que não consome uma bobina inteira (5 km), ou seja
L 13  0, fica que:
F2

 
  N 13 .  0,    
F2
Pprop 4 5 dB x 5 km 0, 0 2 dB
 P 0
dB     
 PBob PEme Tr _ L

16 dB
 16 dB  N 13 .2, 27 dB  N 13   7, 05 
F2 F2

2, 27 dB

N 13  7
F2
Tem de ser um número inteiro e arredondado para baixo:

F2
Agora já consigo calcular o valor do último troço da 2ª fase, L 13 . Vou por isso considerar os 7

segmentos (quantidades de bobinas de 5 km).

 N 13 .  PBob  PEme  P 
F2
Pprop dB dB Tr _ L dB
dB

 16 dB  N 13 .  0, 45 dB x 5 km  0, 02 dB   0, 45 dB x L 13
F2
 F2
 

 0, 45 dB x L 13  16 dB  7 .  0, 45 dB x 5 km  0, 02 dB  
F2

0,11 dBkm
 L 13  
F2
L 13  0, 245 km
F2

0, 45 dB

L 13 _ T  N 13 x 5 km + L 13
F2 F2 F2 F2
Assim, o comprimento total, L 13 _ T , é de

L 13 _ T  7 x 5 km + 0, 245 km
F2

L 13 _ T  35, 245 km
F2

Ou seja, a distância entre regeneradores é de 35, 245 km .

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Fase 3 (1 310 nm) - Agora calcular para o último troço, ou seja o ÚLTIMO regenerador e o recetor
principal, com Pe _ REG  15 dBm , e PRX dBm
 40 dBm .
dBm

Vou, outra vez, considerar  N 13  1 segmentos, com o último a ter um comprimento L 13 . Assim
F3 F3
 
fica que, em dB ,
Pe _ REG  Pprop  M Seg  PCon  PRX  Pprop  Pe _ REG  PRX  M Seg  PCon 

 Pprop  15 dBm   40 dBm   3 dB   0, 5 dB x 2   Pprop  21 dB


dB dB

Não vou, outra vez, considerar o troço que não consome uma bobina inteira (5 km), ou seja L 13  0,
F3

fica que:
 
  N 13 .  0,   
F3
Pprop 4 5 d B x 5 km 0, 02 dB
dB      
 PBob PEme 

21 dB
 21 dB  N 13 .2, 27 dB  N 13   9, 25 
F3 F3

2, 27 dB

N 13  9
F3
Tem de ser um número inteiro e arredondado para baixo:

F3
Agora já consigo calcular o valor do último troço da 3ª fase, L 13 . Vou por isso considerar os 9

segmentos (quantidades de bobinas de 5 km).

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 N 13 .  PBob  PEme  P  PCon 


F3
Pprop dB dB Tr _ L dB dB
dB

 21 dB  N 13 .  0, 45 dB x 5 km  0, 02 dB   0, 45 dB x L 13
F3
 F3
 

 0, 45 dB x L 13  21 dB  9.  0, 45 dB x 5 km  0, 02 dB  
F3

0,57 dBkm
 L 13  
F3
L 13  1, 267 km
F3

0, 45 dB

L 13 _ T  N 13 x 5 km + L 13  9 x 5 km + 1, 267 km
F3 F3 F3 F3
Assim, o comprimento total, L 13 _ T , é de

L 13 _ T  46, 267 km
F3

Ou seja, a distância entre o último regenerador e o recetor é de 46, 267 km .

Nota 39.1 - Cuidado, pois os valores obtidos na fase 1 e 3 são iguais, mas foi coincidência. Pois
apesar da potência do emissor da fonte ser mais potente que o do regenerador, e a sensibilidade da
receção do regenerador é inferior ao do recetor principal. E como a diferença é igual, 5 dBm, os
requisitos de atenuação são os mesmos.

Na primeira fase calculei a distância a que deverá estar o 1º regenerador, e como se viu na fase 3, é
igual ao ÚLTIMO troço, ou seja do último regenerador até ao recetor principal.

Assim este dois traçados somam L 13 _ T  L 13 _ T  46, 267 km  46, 267 km  92, 53 km , mas ainda me
F1 F3

falta 107, 47 km ,  200  92,53 km . Como os regeneradores deverão ter um espaçamento limitado

aos L 13_ T  35, 245 km (visto na fase 2), vou necessitar de pelo menos :
F2

107, 47 km
RRQt   1  3, 049  1  4
35, 245 km

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Necessito por isso de regenerar o sistema mais 4 vezes (pois tem que arredondar para cima, daí o
" 1" ). Haverá um dos traçados, o penúltimo (pois o último já foi calculado juntamente com o
primeiro), que terá um afastamento de:

RUltimo   200  46, 267  46, 267  3.  35, 245   km RUltimo  1, 731 km

Agora vou esquematizar:

Agora vou analisar o troço dos 1 731 m (entre o regenerador 4 e 5). Posso agora, e devo, de reduzir
as outras distâncias, o que poderá permitir resolver problemas de dispersão modal se vier a ser o
caso. Assim:

Critérios que irei utilizar:


- Não posso distribuir as perdas no troço de 1 731 m, pois é uma característica desse traçado:
1,731
 x   
0, 45 dB 0,5 dB x 2 
 
PTr _ L PCon

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- Tenho uma margem de segurança extra (valor diferente e superior a 3 dB ), M Seg _ Extra , que posso

redistribuir por todos os traçados. Assim o valor máximo que posso redistribuir é o total disponível
num traçado menos o valor característico do traçado, que é:

M Seg _ Extra   15 dBm   35 dBm   3 dB   1,731 x 0, 45 dB   0, 5 dB x 2  

M Seg _ Extra  15, 221 dB

Ou seja, estes 15, 221 dB é a potência total (máxima) que me “sobrou” do troço dos 1 731 m, e que

posso (e devo) distribuir pelo total dos 6 percursos (incluindo o de 1 731m). E sendo M Seg _ 2 a nova

margem de segurança. Fica que:

M Seg _ Extra 15, 221 dB


M Seg _ 2   M Seg   3 dB  5,537 dB
6 6

Tenho agora uma nova margem de segurança, M Seg _ 2 , mais folgada comparada com o valor inicial

pois tenho mais 2,537 dB por cada troço. Isto vai-me obrigar a refazer os cálculos de forma a
encontrar os novos valores de distância entre os diversos dispositivos, melhorando assim o sistema,
sem o encarecer, pois será utilizando a mesma distância total (200 km) e a mesma quantidade de
dispositivos. Assim, e repetindo os cálculos, fica que:

1º percurso – Só vou calcular onde ocorre a mudança, que é na potência disponível para a
atenuação, ver no inicio da página 64. Notar que 2,537 dB , é o valor de potência que já não posso
atribuir para as perdas.

O traçado que era inicialmente de L 13 _ T  L 13 _ T  L1  46, 267 km vai passar a ser L 13 _ T


F1 F3 F1 _ MS
e

 L 13 _ T .
F3 _ MS

21 dB
1º preciso de saber a quantidade de bobinas (segmentos), agora em vez de ser N 13 
F1
, vai
2, 27 dB
passar a ser:

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21 dB  2,537 dB 18, 463 dB


N 13_ MS    8, 134
F1

2, 27 dB 2, 27 dB

N 13 _ MS  8
F1
Tem de ser um número inteiro e arredondado para baixo:

Sabendo a quantidade de segmentos, já consigo calcular o valor (do comprimento) do último troço:

 
Pprop  8.  0, 45 d B x 5 k m  0, 0 2 dB  Pprop  19,16 dB
dB       dB
 PBob PEme 

 
 
 Pprop  M Seg _ 2   0, 45 dB x L 13 _ MS   PRX
F1
Como, Pe _ P
   
dBm dB dBm

 PTr _ L 

Fica que L 13_ MS 


F1  10 dBm   19,16 dB    5,537 dB   35 dBm
L 13 _ MS  0, 675 km
F1

0, 45 dB

L 13 _ T  N 13 _ MS x 5 km + L 13 _ MS
F1 _ MS F1 _ MS F1 F1
Assim, o novo comprimento total, L 13 _ T , é:

L 13 _ T  8 x 5 km + 0, 675 km
F1 _ MS

L 13 _ T  40, 675 km
F1 _ MS

2º percurso – Só vou calcular onde ocorre a mudança, que é na potência disponível para a
atenuação, ver no inicio da página 66.

O traçado que era inicialmente de L 13 _ T  35, 245 km vai passar a ser L 13 _ T .


F2 F 2 _ MS

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16 dB
1º preciso de saber a quantidade de bobinas (segmentos), agora em vez de ser N 13 
F2
, vai
2, 27 dB
passar a ser:
16 dB  2,537 dB 13, 463 dB
N 13 _MS    5, 931
F2

2, 27 dB 2, 27 dB

N 13 _ MS  5
F2
Tem de ser um número inteiro e arredondado para baixo:

Sabendo a quantidade de segmentos, já consigo calcular o valor (do comprimento) do último troço:

 
Pprop  5.  0, 45 d B x 5 k m  0, 0 2 dB  Pprop  12,35 dB
dB       dB
 PBob PEme 


Como, em dB , Pe _ P  Pprop  M Seg _ 2  0, 45 dB x L 13 _ MS
F2
  PRX _ REG

Fica que L 13_ MS 


F2  15 dBm   12,35 dB    5,537 dB   35 dBm
L 13 _ MS  4, 697 km
F2

0, 45 dB

 N 13 _ MS x 5 km + L 13 _ MS
F 2 _ MS F2 _ MS F2 F2
Assim, o novo comprimento total, L 13 _ T , é: L 13 _ T

 5 x 5 km + 4, 697 km
F 2 _ MS
L 13 _ T

 29, 697 km
F 2 _ MS
L 13 _ T

3º percurso – Outro traçado de 46, 267 km .

L 13 _ MS  0, 675 km
F3
Como já tinha visto anteriormente, é igual ao 1º percurso, logo

 40, 675 km
F3 _ MS F 3 _ MS
Também o novo comprimento total, L 13 _ T , é: L 13 _ T

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Assim, as novas distâncias entre os diferentes dispositivos é resumidamente:

A 1ª e última (pois é igual a 1ª) ligação fica com um comprimento de

8 percursos de 5 km => 40,000 km


1 percurso de 0, 675 km => 0, 675 km
Soma um total de => 40,675 km

1º percurso:

Último percurso:

E a ligação entre repetidores fica com um comprimento de

5 percursos de 5 km => 25,000 km


1 percurso de 4, 697 km => 4, 697 km
Soma um total de => 29,697 km

A ligação onde se tinha um comprimento de 1 731 m, vai passar a ficar com 29,697 km.

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Esquematizando:

Requisitos de Dispersão modal

Agora vou calcular a dispersão modal. Primeiro preciso de saber qual é o valor maximo que o meu
sistema suporta. Mesmo que um sinal gerado, e enviado, seja do tipo RZ (unipolar), como tem
dispersão modal, ela transforma-se num sinal com o formato de um impulso gaussiano, e o impulso
gaussiano tem a seguinte definição:

0, 2 0, 2 0, 2
BTransmissão ìmpulso _ Gaussiano    Cromática    Cromática  1 428, 57 ps
 B 140.106

Agora considerando o pior caso, tanto para a primeira fase, com a margem de segurança de
M Seg  3 dB , e depois para a margem de segurança de M Seg _ 2  5,537 dB . A primeira fase não têm

importancia, é só para se poder comparar valores para se ter uma noção das alterações dos
parametros, pois o do redimensionamento do circuito têm que apresentar melhores valores.

Assim, na situação em que se tinha como margem de segurança os 3 dB , e como já foi dito, para o
pior caso, que é para a distância de 46, 267 km . O LED tem uma largura espectral eficaz,   , de

2 nm , o parâmetro de dispersão material de 4 ps /  nm.km  , fica que (equação 5.33, página 172 do

livro, ou pelo slide 80):

 Cromática    .L.  M  M ' 

Nota 39.2 – Consultar exercício 34 e 37.

 Cromática   2 nm  .  46, 267 km  .  4 ps /  nm . km     Cromática L1  46,267 km


 370,14 ps

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Pelos valores obtidos, o sistema não teria problemas em funcionar, uma vez que:

 Cromática L1  46,267 km
  Cromática

Agora vou agora calcular a (nova) dispersão modal, em que houve um redimensionamento do
traçado, devido a nova margem de segurança introduzida, M Seg _ 2  5,537 dB , de forma a confirmar

que se obteve mesmo melhores resultados. Considero novamento para o pior caso, que é para a
distância de 40, 675 km :

 Cromática   2 nm  .  40, 675 km  .  4 ps /  nm . km     Cromática L 2  40,675 km


 325, 4 ps

De facto, como era de esperar, obtive melhores resultados, sem encarecer o sistema, apenas
redimensionando as distâncias entre regeneradores:

Antes Agora
 Cromática L1  46,267 km
 370,14 ps  Cromática L 240,675 km  325, 4 ps

Fim (!) dos cálculos para o 0  1 310 nm , que começou na página 64.

Resolução 39b) Agora vou realizar os cálculos para o 0  1 550 nm

Fase 1 (1 550 nm) - Vou considerar  N 15  1 segmentos, com o último segmento  1 a ter um
F1
 
F1
comprimento L 15 . As perdas de propagação, Pprop , dizem respeito apenas ao comprimento da fibra.

Assim fica que, em dB , Pe _ P  Pprop  M Seg  PCon  PRX _ REG  Pprop  Pe _ P  PRX _ REG  M Seg  PCon
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Pprop   10 dBm   35 dBm   3 dB   0, 5 dB x 2  Pprop  21 dB


dB dB

Inicialmente vou considerar apenas o consumo de bobinas inteiras (5 km), ou seja, L 15  0 :


F1

   
 Pprop
F1

 N 15 . 0
, 3 dB m  0,
x 5 k  
B  0, 3 dB x L 15
F1 

dB   02
 d
  
  
 PBob PEme   PTr _ L 

21 dB
 21 dB  N 15 .1,52 dB  N 15   13, 816 
F1 F1

1,52 dB

N 15  13
F1
Tem de ser um número inteiro e arredondado para baixo:

F1
Agora já consigo calcular o valor do último troço da 1ª fase, L 15 . Vou por isso considerar os 13

segmentos (quantidade de bobinas necessária), fica que:

   
 
21 dB  N 15 . 0,3   F1 
  0, B  0,3 dB x L 15 
F1
dB x 5 km 02 d
      
  
 PBob PEme   PTr _ L 

 0, 3 dB x L 15  21 dB  13 .  0, 3 dB x 5 km  0, 02 dB  
F1

1, 24 dBkm
L 15 
F1
L 15  4,133 km
F1

0,3 dB

L 15 _ T  N 15 x 5 km + L 15
F1 F1 F1 F1
Assim, o comprimento total, L 15 _ T , é:

L 15 _ T  13 x 5 km + 4,133 km
F1

L 15 _ T  69,133 km
F1

Ou seja, a distância entre a fonte emissora e o primeiro regenerador é de 69,133 km .

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Fase 2 (1 550 nm) - Agora para o próximo passo não posso extrapolar, uma vez que a potência do
regenerador é diferente do emissor da fonte. Sendo mais baixo, a distância terá que ser menor. Mas o
procedimento é igual, só que vou ter em conta que potência do emissor é Pe _ REG  15 dBm e a

sensibilidade do recetor como sendo de PRX _ REG  35 dBm .

Vou, outra vez, considerar  N 15  1 segmentos, com o último segmento a ter um comprimento
F2
 
F2
L 15 . Assim fica que, M Seg sendo a margem de segurança:

Pe _ REG  Pprop  M Seg  PCon  PRX _ REG


dBm dB dB m

 Pprop   15 dBm   35 dBm   3 dB   0, 5 dB x 2   Pprop  16 dB


dB dB

Inicialmente não vou considerar o troço que não consome uma bobina inteira (5 km), ou seja
L 15  0, fica que:
F2

 
  N 15 .  0,   
F2
Pprop 3 d B x 5 km 0, 02 dB
dB      
 PBob PEme 

16 dB
 16 dB  N 15 .1,52 dB  N 15   10, 526 
F2 F2

1,52 dB

N 15  10
F2
Tem de ser um número inteiro e arredondado para baixo:

F2
Agora já consigo calcular o valor do último troço da 2ª fase, L 15 . Vou por isso considerar os 10

segmentos (quantidades de bobinas de 5 km).

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 N 15 .  PBob  PEme  P
F2
Pprop dB dB Tr _ L dB
dB

 16 dB  N 15 .  0,3 dB x 5 km  0, 02 dB   0,3 dB x L 15
F2
 F2
 

 0, 3 dB x L 15  16 dB  10 .  0, 3 dB x 5 km  0, 02 dB  
F2

0,8 dBkm
L 15 
F2
L 15  2, 667 km
F2

0,3 dB

F2
L 15 _ T  N º Seg .
F2 F2 Fase_ 2
Assim, o comprimento total, L 15 _ T , é de x 5 km + L 1550
15

L 15 _ T  10 x 5 km + 2, 667 km
F2

L 15 _ T  52, 667 km
F2

Ou seja, a distância entre regeneradores é de 52, 667 km .

Fase 3 (1 550 nm) - Como já tinha visto anteriormente, é igual ao 1º percurso, logo é

L 15 _ T  69,133 km
F3

Na fase 1 e 3, calculei a distância a que deverá estar o 1º regenerador e para o último. Sendo assim,

eu ainda só calculei para L 15 _ T  L 15 _ T  69,133 km  69,133 km , ainda me falta calcular para


F1 F3

61, 734 km ,  200  138, 27  km  . Como os regeneradores deverão têm um espaçamento limitado

61, 734 km
aos L 15 _ T  52, 667 km , vou necessitar de pelo menos RRQt   1  1, 172  1  2 .
F2

52, 667 km

Necessito por isso de regenerar o sistema 2 vezes. Haverá um dos traçados que terá um afastamento
de:
RUltimo   200  2.  69,133   1.  52, 66 7   km RUltimo  9, 067 km

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Esquematizando:

Vou agora analisar o troço dos 9, 067 km .

Critérios que irei utilizar:


- Não posso distribuir as perdas no troço de 9 067 m, pois é uma característica desse traçado,
e cuidado, apesar da distância ser superior ao comprimento da bobina, não posso, aqui, considerar a
emenda, pois esta não é uma característica do traçado, mas sim do meu procedimento.

   
PTr _ L PCon

9,067 x 0,3 dB   0,5 dB x 2 

- Tenho uma margem de segurança extra (valor diferente e superior a 3 dB ), M Seg _ Extra . Assim o

valor máximo que posso redistribuir é o total disponível num traçado menos o valor característico do
traçado, que é:
M Seg _ Extra   15 dBm   35 dBm   3 dB    9,067 x 0, 3 dB   0, 5 dB x 2  

M Seg _ Extra  13, 280 dB

Ou seja, estes 13, 280 dB é a potência total (máxima) que me “sobrou” do troço dos 9 067 m, e que

posso (e devo) distribuindo pelo total dos 4 percursos (incluindo o de 9 067 m), e sendo M Seg _ 2 a

nova margem de segurança. Fica que:


M Seg _ Extra 13, 280 dB
M Seg _ 2   M Seg  3 M Seg _ 2  6, 32 dB
4 4

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Tenho agora uma nova margem de segurança, M Seg _ 2 , mais folgada e com um valor de mais

3,32 dB . Isto vai-me obrigar a refazer os cálculos de forma a encontrar os novos valores de distância
entre os diversos dispositivos, melhorando assim o sistema, sem o encarecer, pois será utilizando a
mesma distância total (200 km) e a mesma quantidade de dispositivos.

Assim, e repetindo os cálculos, fica que:

1º percurso – Só vou calcular onde ocorre a mudança, que é na potência disponível para a
atenuação. Notar que 3,32 dB , é o valor de potência que já não posso atribuir para as perdas.

O traçado que era inicialmente de L 15 _ T  L 15 _ T  L1  69,133 km vai passar a ser L 15 _ MS .


F1 F3 F1

21 dB
1º preciso de saber a quantidade de bobinas (segmentos), agora em vez de ser N 15 
F1
, vai
1, 52 dB
passar a ser:
21 dB  3,32 dB 17, 68 dB
N 15_ MS    11, 63
F1

1,52 dB 1,52 dB

N 15 _ MS  11
F1
Tem de ser um número inteiro e arredondado para baixo:

Sabendo a quantidade de segmentos, já consigo calcular o valor (do comprimento) do último troço:

 
Pprop  11.  0, 3 d B x 5 k m  0, 02 dB  Pprop  17, 72 dB
dB       dB
 PBob PEme 

 
 
 Pprop  M Seg _ 2   0,3 dB x L 15 _ MS   PRX
F1
Como Pe _ P
 
dBm dB dBm

 PTr _ L 

Fica que L 15 _ MS 
F1  10 dBm   17, 72 dB    6,32 dB   35 dBm
L 15 _ MS  3, 2 km
F1

0,3 dB

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F1
L 15 _ T  N º Seg .
Fase_1_ DM F1 _ MS F1
Assim, o novo comprimento total, L 1550 _ total , é: x 5 km + L 15 _ MS
15 _ MS

L 15 _ T  11 x 5 km + 3, 2 km
F1 _ MS

L 15 _ T  58, 2 km
F1_ MS

2º percurso – Só vou calcular onde ocorre a mudança, que é na potência disponível para a
atenuação, ver meio da página 64.

O traçado que era inicialmente de L 15 _ T  52, 667 km vai passar a ser L 15 _ MS .


F2 F2

16 dB
1º preciso de saber a quantidade de bobinas (segmentos), agora em vez de ser N 15 
F2
, vai
1, 52 dB
passar a ser:
16 dB  3,32 dB 12, 68 dB
N 15 _ MS    8, 342
F2

1,52 dB 1,52 dB

N 15 _ MS  8
F2
Tem de ser um número inteiro e arredondado para baixo:

Sabendo a quantidade de segmentos, já consigo calcular o valor (do comprimento) do último troço:

 
Pprop  8.  0, 3 d B x 5 km  0, 02 d B  Pprop  12,35 dB
dB       dB
 PBob PEme 

Como, Pe _ REG
dBm
 Pprop
dB

 M Seg _ 2  0,3 dB x L 15 _ MS  PRX
F2
 dBm

Fica que L 15 _ MS 
F2  15 dBm   12, 35 dB    6, 32 dB   35 dBm
L 15 _ MS  1, 733 km
F2

0,3 dB

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 N 15 _ MS x 5 km + L 15 _ MS
F 2 _ MS F 2 _ MS F2 F2
Assim, o novo comprimento total, L 15 _ T , é: L 15 _ T

 8 x 5 km + 1, 733 km
F 2 _ MS
L 15 _ T

 41, 733 km
F 2 _ MS
L 15 _ T

3º percurso – O anterior traçado era de 69,133 km .

L 15 _ MS  L 15 _ MS  3, 2 km
F1 F3
Como já tinha visto anteriormente, é igual ao 1º percurso, logo

 58, 2 km
F3 _ MS F3 _ MS
Também o novo comprimento total, L 15 _ T , é: L 15 _ T

Assim, as novas distâncias entre os diferentes dispositivos é resumidamente:

A 1ª e ultima (pois é igual a 1ª) ligação fica com um comprimento de


11 percursos de 5 km => 55,000 km
1 percurso de 3, 2 km => 3, 200 km
Soma um total de => 58,200 km

1º percurso:

Último percurso:

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E a ligação entre repetidores fica com um comprimento de


8 percursos de 5 km => 40,000 km
1 percurso de 1, 733 km => 1, 733 km
Soma um total de => 41,733 km

A ligação onde se tinha um comprimento de 9 067 m, vai passar a ficar com 41,733 km.

Agora vou esquematizar:

Requisitos de Dispersão modal

Vou proceder de igual forma como procedi para o comprimento de onda 0  1 310 nm .
O valor maximo que o meu sistema suporta é o mesmo, pois está dependente da taxa de transmissão,
e esta contiua a ser a mesma,  Cromática  1 428, 57 ns , e a largura espectral é do mesmo valor, 2 nm .

Mas muda o parâmetro de dispersão material, que é de 20 ps /  nm.km  .

Na primeira fase, o pior caso é para a distância de 69,133 km :

 Cromática    .L.  M  0    Cromática   2 nm  . 69,133 km  .  20 ps /  nm . km   

 Cromática L1  69,133 km
 2 765,32 ps

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Como  Cromática L1  69,133 km


  Cromática , nunca poderia ter aceitado o primeiro dimensionamento. Vou

agora verificar se com o redimensionamento os valores são aceitáveis.

Assim , no redimensionamento, o pior caso é para a distância de 58, 2 km :

 Cromática   2 nm  . 58, 2 km  .  20 ps /  nm . km   

 Cromática L 2  58,2 km
 2 328 ps

De facto, obteve-se melhores resultados, sem encarecer o sistema, apenas reorganizando as distâncias
entre regeneradores:

Antes Agora
 Cromática L1  69,133 km
 2 765, 32 ps  Cromática L 258,2 km  2 328 ps

Mas como se pode observar, a melhoria não foi suficiente.

Devido a dispersão modal elevada, 20 ps /  nm.km  na utilização deste comprimento de onda, teria

que ponderar outras soluções de forma a resolver este problema de dispersão modal. Como por
exemplo, poderia ponderar na escolha do laser, em que este teria que ter uma limitação na sua largura
espectral a um valor inferior à    1, 228 nm , ou outra solução plausível, seria a de limitar a
distância máxima entre cada ponto de regeneração à 35,714 km.

Fim (!) dos cálculos para o 0  1 550 nm , que começou na página 76.

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