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RIBEIRÃO PRETO
2018
JANE APARECIDA BATISTA MENEZES
RIBEIRÃO PRETO
2018
Ficha catalográfica preparada pelo Centro de Processamento
técnico da Biblioteca Central da UNAERP
CDD 624
JANE APARECIDA BATISTA MENEZES
Banca Examinadora
Obrigada a todos!
RESUMO
From the growing concern about the generation, destination and disposal of
construction waste, concern that worrienment both environmental quality issues, and
of the country's economic area, this study aimed to analyze the current scenario of the
management of construction waste (CW) in the subsector East 2, in the city of Ribeirão
Preto. The main difficulties for the management of this waste were identified, to discuss
mechanisms to minimize them. Based on data collected through city hall documents
and interviews conducted in domestic works of this sector of study, it was verified on
the existence of voluntary delivery points (VDP) of CW for the residentes, and it was
evaluated the mechanisms of destination of these residues of the domiciliar works of
the districts of the study sector. Based on the analysis of results, it was possible to
identify the real scenario of the works, with regard to the CW destination systems of
the city of Ribeirão Preto. It has been identified above all, the lack of knowledge about
the impacts that these waste can cause if disposal incorrectly, as well as the lack of
knowledge about the correct locations for the disposal of theses waste. Another point
identified is the lack of inspections by public agencies regarding the correct allocation
and disposal of CW, which brings limitations to the correct administration and
management of CW in the municipality. Finally, through the theoretical study carried
out, and with the questionnaires and interviews applied, it was possible to verify that
the current management of construction waste in subsector East 2 needs improvement
and support for the achievement of a correct and integrated management in the
municipality as a whole, guaranteeing environmental health. As management
improvement, it was pointed out the reduction of waste generation, with a correct
management of the steps of the works; the dissemination and transmission of
knowledge on the subject of solid waste to the residents; the correct segregation and
destination of CW and increase the number of areas for VDP, facilitating logistics and
reducing the costs of this destination by the residents.
1 INTRODUÇÃO
1.2 HIPÓTESE
1.3 OBJETIVOS
1.4 JUSTIFICATIVA
2 REVISÃO BIBLIOGRAFICA
A cada 100 litros de água coletado e tratado, em média, apenas 63 litros são
consumidos. Ou seja 37% da agua no Brasil é perdida, seja com vazamentos,
roubos e ligações clandestinas, falta de medição ou medições incorretas no
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Conforme citado acima o autor deixa claro que para redução de resíduos, não
depende somente da gestão dos municípios, há outros fatores que podem influenciar
nessa questão. Sob o ponto de vista que os resíduos sólidos oferecem riscos ao meio
ambiente, deve-se aplicar conceitos e métodos que possam contribuir
significativamente para redução da quantidade de resíduos gerados em função de
minimizar o impacto ambiental causado. Afinal, trata-se de um problema de grande
proporção que vem sendo discutido desde o final do século XX, essas questões são,
contudo, obviamente preocupantes a gestão pública.
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Pode-se dizer que com a falta de coleta regular dos resíduos sólidos aumenta-
se a preocupação, pois os mesmos são normalmente dispostos diretamente no meio
ambiente. Neste contexto, fica claro que o poder público deve tomar providência
imediata. O mais preocupante, contudo, é constatar que a população parece não se
envolver muito nessas questões que é para bem próprio.
Conforme ilustrado acima, percebe-se que nas regiões Sul e Sudeste é maior
o índice de resíduos sólidos coletados seletivamente. Nas demais régios o índice de
coleta é muito pequeno, deve-se as condições socioeconômicas da população. Em
comparação com os dados apresentados a seguir apresenta-se a Figura 4, em que
mostra a coleta seletiva nas regiões do Brasil em 2016.
32
Conforme ilustrado acima, percebe-se que nas regiões Sul e Sudeste, ainda se
mantém com maior o índice de resíduos sólidos coletados seletivamente com 81%
nessas regiões. Na região sudeste houve aumento de 408 municípios para 434, já na
região sul o número diminuiu de 454 municípios para 421, na região norte também
reduziu de 21 municípios para 14, já nas regiões centro-oeste e nordeste os números
de municípios com serviços de coleta seletiva aumentaram de 31 para 84 e de 80 para
102, respectivamente. Na região centro-oeste o aumento foi considerável, e um bom
indicativo, mas ainda necessita de mais atenção nessa área se comprada com as
regiões sul e sudeste.
2.3.5.1 Reciclagem
2.3.5.2 Compostagem
2.3.5.3 Incineração
Conforme citado acima o autor deixa claro que a incineração é um método que
contribui significativamente para a redução de resíduos sólidos e não causa dados ao
meio ambiente desde que utilizado corretamente. Um dos problemas que se enfrenta
em relação aos resíduos sólidos e a falta de área para disposição final dos rejeitos,
para tanto, a incineração reduz esse problema visando a preservação do meio
ambiente.
35
Conforme citado acima o autor deixa claro que, para cada tipo de resíduo solido
gerado espera-se que tenha a destinação adequada. A prefeitura do município
gerencia os resíduos sólidos urbanos e os demais resíduos, obriga-se a fonte
geradora a tratar desde a geração até a disposição final.
Conforme descrito por Carvalho (2015), para que promova a disposição final
adequada dos resíduos sólidos, aplica-se processos e técnicas afim de proporcionar
a esses resíduos, condições necessárias de lançamento no solo. Com isso, após
esse processo os resíduos sólidos podem ser dispostos conforme especificado em
normas, visando a preservação do meio ambiente e saúde pública.
Para Teixeira (2009) existem três maneiras em que são dispostos os resíduos
sólidos: lixão, aterro controlado ou aterro sanitário. A seguir apresenta-se de forma
sucinta as diferenças entre as maneiras de disposição final do resíduo solido:
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2.3.6.1 O lixão
Para Fogoça (2017), o aterro sanitário recebe cobertura por solo e após é
compactado, com isso auxilia no controle de vetores e de oxigênio afim de que evite
o aumento de bactérias. Em complemento (Teixeira, 2009, p. 44), descreve que o
aterro sanitário deve conter “impermeabilização de fundo, drenagem e tratamento de
chorume, drenagem e tratamento de gases, drenagem de águas pluviais,
compactação; e, cobertura diária do resíduo”. Com isso o aterro sanitário é o único
meio de disposição de resíduos sólidos no solo, que é de maneira adequada, pois
toma as devidas providencias para redução do impacto ambiental e zela pela saúde
pública.
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Conforme citado acima, o autor deixa claro que, há vários fatores e etapas que
influenciam para se obter o funcionamento adequado do aterro sanitário. Vista que,
esses parâmetros são indispensáveis para que se garanta o cumprimento das normas
afim de preservar os recursos naturais e a saúde pública.
A seguir apresenta-se na figura 5 o panorama do Brasil referente as maneiras
de disposição final dos resíduos sólidos em comparação nos anos de 2015 e 2016.
Nos gráficos apresentados acima verifica-se que nos anos de 2015 a 2016 não
houve muita mudança de quantidade referente as maneiras de disposição de resíduos
sólidos. Ainda de acordo com a pesquisa apenas 58,4% dos resíduos sólidos urbanos,
no ano de 2016 são destinados ao aterro sanitário. Portanto pode-se constatar que o
Brasil enfrenta um grande problema, pois os demais 41,6% são dispostos de maneiras
inadequadas ou lançados diretamente no meio ambiente. Vale destacar que 17,4 %
desses resíduos foram para lixão em 2016 em que não tem critério algum para
lançamento.
No próximo tópico descreve sobre a lei nº 12.305/10 Política Nacional de
Resíduos Sólidos, que estabelece princípios e técnicas para a gestão e
gerenciamento dos resíduos sólidos.
Para Machado (2015), devido ao grande volume de resíduos gerados nas áreas
urbanas, se dispostos inadequadamente, podem causar transtornos a saúde pública
ao meio ambiente, a sobrecarga de serviços municipais de limpeza pública, além de
uma má aparecia para o município. Para tanto o RCC possui matéria orgânica,
produtos tóxicos e químicos em sua composição, além das diversas embalagens que
pode servir para acumulo de água, com isso pode colaborar com a proliferação de
insetos que provocam doenças.
Diante de tal relevância no que diz respeito a geração, tratamento e disposição
final dos resíduos da construção civil, conforme descrito no art. 3º da resolução do
CONAMA nº 307, de 5 de julho de 2002, classifica-os:
2.6.3 Caracterização
0,568 kg/hab/dia. Nas regiões norte e centro-oeste houve redução na coleta de RCD
de 2016 em relação a 2015. Em que a região norte coletou em 2015 4.736 t/dia com
índice de 0,271 kg/hab/dia e em 2016 4.720 t/dia com índice de 0,260 kg/hab/dia, já
na região centro-oeste a coleta de RDC em 2015 foi de 13.916 t/dia com índice de
0,901 kg/hab/dia e em 2016 as coletas foram de 13.813 com índice de 0,882
kg/hab/dia. E por fim na região nordeste do pais as coletas de RCD foram de 24.310
t/dia em 2015 com índice de 0,430 kg/hab/dia e no ano de 2016 foram de 24.387 t/dia
com índice de 0,428 kg/hab/dia. Com isso, percebe-se que a quantidade de RCC
coletado é grande se somado todas as regiões dá um volume de 123.721 t/dia com
índice de 0,605 kg/hab/dia em 2015 e 123.619 t/dia em 2016 com índice de 0,600
kg/hab/dia.
Ainda para Karpinsk (2009), a indústria da construção civil tem possibilidade de
reciclar boa parte do seu resíduo gerado, porém não consegue reduzir a quantidade
de materiais, já que isso afetaria o tempo de vida útil da construção. Já os demais
setores industriais conseguem reduzir a utilização, assim diminuiu a quantidade de
resíduo gerado. Para a construção a melhor opção e reciclagem dos materiais, pois
usa-se como agregados.
No próximo tópico, será apresentado de forma sucinta sobre a reciclagem do
RCC.
De acordo com Machado (2014), depois que é feita a coleta seletiva desses
resíduos, é feito a triagem dentro da usina de modo que elimine quaisquer outros
resíduos e deixe somente os da classe A, após os mesmos passam pela etapa de
trituração. Na próxima etapa para pelo processo de granulação, que consiste na
separação dos novos materiais. Em uma nova etapa esses materiais podem ser
utilizados como matéria prima para fabricar outros produtos, tais como, tijolos, bloco
de cimento, etc.
O próximo tópico é dedicado a sucinta descrição sobre disposição final do RCC,
pois os resíduos que não se reciclam, ou seja, os rejeitos, deve ser feita a disposição
adequada.
Segundo Lima e Lima (2009), dá-se a destinação adequada dos RCC conforme
a classificação dos mesmos. O da classe A são levados para locais de triagem,
transbordo, reciclagem ou aterros destinados ao RCC. No entanto os resíduos classe
B tem as opções de serem comercializados, encaminhado a cooperativas ou
destinado a coleta seletiva, em que se comercializa, recicla, ou podem ser utilizados
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obrigações para com o meio ambiente e órgãos fiscalizadores. Nesse contexto fica
claro que o setor da construção civil tem papel de estrema importância em relação do
gerenciamento dos resíduos, gera inúmeros benefícios, não só para o meio ambiente
ou saúde pública e sim para a própria empresa geradora dos resíduos.
3 MATERIAS E MÉTODOS
Como bem nos assegura Rampazzo (2005), pode-se dizer que a pesquisa é a
busca por solução de algum problema independente da área de estudo, em que na
sua construção utiliza-se métodos científicos. Neste contexto, fica claro que se obtém
novos conhecimentos. O mais preocupante, contudo, é constatar que no seu
desenvolvimento tem vários processos, em que pode ser demorado e complexo para
atingir o resultado final.
Segundo (MARCONI e LAKATOS, 2003, P. 160) "Estuda um problema relativo
ao conhecimento científico ou à sua aplicabilidade”. Essa pesquisa tem como natureza
básica, devido a finalidade de ampliação do conhecimento cientifico na área em
questão.
Conforme verificado por Ciribelli, M. C. (2003), a pesquisa exploratória utiliza-
se de fontes bibliográficas. Nesse contexto, fica claro que a pesquisa se baseia em
estudos já realizados e que podem contribuir para aprofundar em um novo estudo. Já,
a pesquisa descritiva, baseia-se em fatos que se utiliza de coleta de dados,
questionários, entrevistas, observações em campo, sem que haja interferência nos
mesmos.
A pesquisa em questão é classificada como exploratória e descritiva, pois
baseia-se em livros, artigos, sites, em concomitância com fatos observados,
questionários e entrevistas. Com isso o estudo em questão, é complementado.
MARCONI e LAKATOS (2003), descreve que a abordagem qualitativa se trata
das interpretações que o investigador faz sobre os fatos, de modo que é conceituado
em forma de resumo. Não é exagero afirmar que se é dada devida importância a essa
forma de abordagem, em consequência da quantidade de informações em muitas das
vezes há necessidade de abordagem quantitativa, onde os dados recolhidos são
interpretados através de gráficos.
Conforme citado acima, a pesquisa trata-se de uma abordagem de carácter
qualitativo e quantitativo, pois é realizada através de questionários com questões
fechadas, observações em campo e entrevista. O método de análise utilizado é o
hipotético-dedutivo devido partir de um problema e ter uma hipótese em questão.
Pode-se dizer que o levantamento realizado através de um estudo de caso
baseia-se em questionários, observações, entrevistas de uma ou mais pessoas ou de
um ou mais casos, desde de que seja um caso real e atual. Neste contexto, para
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Creswell, (2014) fica claro que é um estudo importante que pode contribuir para
detalhar algo de interesse em comum. O mais preocupante, contudo, é constatar que
o estudo de caso qualitativo e quantitativo bem realizado, requer um conhecimento
mais minucioso, onde o pesquisador utiliza de diversas formas de coleta de dados.
Para o estudo em questão foram utilizados questionários, entrevista e
observações de fatos atuais, com isso o mesmo se caracteriza como um estudo de
caso qualitativo e quantitativo. Através dos dados obtidos, foi possível reunir
informações comuns, a partir das respostas dos entrevistados, possibilitando a
visualização do real cenário acerca da disposição dos RCC no setor de estudo (região
do município onde fez-se os levantamentos de informação), conforme apresenta-se
adiante.
Os questionários, a entrevista e a observação em campo foram os instrumentos
utilizados para a coleta de dados. Estes questionários, foram de aplicação direta, onde
pode-se observar se realmente as respostas condiziam com a realidade no local, a
partir da observação do entrevistador. Outro instrumento de coleta de dados, foi a
revisão de literatura baseada em livros, artigos e sites, que contribuiu como base para
a construção do conhecimento inicial.
Conforme Marconi e Lakatos (2003, p. 159): Os principais tipos de documentos
são:
bibliográfica em livros, sites, artigos, normas e legislação, em que foi necessária para
a realização da revisão bibliográfica, afim de proporcionar uma compreensão mais
detalhada sobre o assunto abordado. Para tanto, o estudo de caso foi indispensável
para que se pudesse visualizar na prática se realmente os procedimentos e técnicas
adotadas para o gerenciamento dos RCC estão em conformidade com as normas
vigentes.
O estudo de caso foi realizado através de questionários de forma direta aos
munícipes, onde abordava questões sobre a separação, coleta e destinação dos
resíduos. Além disso, foi feita observação diretamente em campo em um dos locais
onde foi criado o projeto, caracterizado como caçambas sociais pelo departamento de
limpeza urbana do município, em que os munícipes podem dispor uma pequena
quantidade de resíduos separadamente e realizada visita na usina de reciclagem dos
RCC da prefeitura de Ribeirão Preto.
No desenvolvimento deste estudo foram utilizadas como principais fontes de
coleta, tais como sites portal dos resíduos sólidos e trata brasil, normas da ABNT,
resoluções, livros da biblioteca da UNAERP e do Google livros. As seleções foram
feitas de acordo com conteúdo abordado em cada um atendendo a necessidade para
realização deste estudo. Dentre os conteúdos utilizados se destaca que as datas das
publicações ficam entre 1993 com normas da ABNT NBR 12980 a 2017 com
informações adquiridas dos sites trata brasil e portal resíduos sólidos, sendo que o
idioma dos artigos em português do Brasil.
Para obtenção de dados reais e atuais sobre tema, foi realizado estudo de caso
de maneira direta com observações sobre o sistema de destinação e disposição dos
RCC, em observação e questionários aos munícipes de Ribeirão Preto, em pequenas
obras de construção e reforma, localizadas no subsetor leste 2, englobando os bairros
Jardim Paulistano, Paulista, Macedo e Parque Bandeirantes. O questionário aplicado
a essa parcela do município é composto por 6 questões fechadas em multiplica
escolha, em que abordava questões sobre a separação, coleta e destinação dos RCC.
Esse estudo foi realizado em contribuição futura, para um estudo mais amplo.
Levando-se em consideração esses aspectos estudados, os questionários e
observações em campos foram elaboradas de modo a atingir os objetivos geral e
específicos. As observações em campos, ou seja, as visitas nos locais destinado a
entrega voluntaria de resíduos, a entrevista realizada com moradora do Jardim
Procópio e conversa com moradores ao redor desses locais, e a visita realizada na
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usina de reciclagem dos RCC da prefeitura de Ribeirão Preto, tudo isso contribuiu na
análise do atual gerenciamento de resíduos da construção civil no município de
Ribeirão Preto. Os questionários aplicados aos munícipes do subsetor L2, foram
pensados de modo que pudesse avaliar o gerenciamento dos RCC em pequenas
obras de construção e reformas. Consequentemente, identificar e avaliar as possíveis
dificuldades encontradas para o gerenciamento adequado e apontar o processo
utilizado dentro desses empreendimentos. Com isso, propor medidas de melhorias de
modo que possa minimizar os possíveis impactos ambientais causados pela
disposição inadequada dos RCC pelos munícipes.
Foi elaborado um fluxograma para detalhar com mais clareza as etapas
realizadas deste estudo. Na figura 8, apresenta as etapas realizadas na metodologia
para coleta e análises dos dados.
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
De acordo com censo IBGE 2010, Ribeirão Preto é composta por uma
população de 604.682 habitantes com área de 65,916 km² em que o subsetor - 2 (L-
2), possui população de 22.463 habitantes e 10.470 domicílios, de acordo com Figura
10, com densidade demográfica de 5.488,23 habitante/km², composta por 3,7% da
população total do município de acordo com Figura 11.
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Nos dias mais atuais, Ribeirão Preto contém taxa de 682.302 habitantes, de
acordo com estimativa IBGE 2017 e conta com 34 municípios em que forma a região
metropolitana, aprovada em 2016. Com o crescimento da região, grandes mudanças
no setor público e muitos empreendimentos, a atenção está voltada a mais nova
metrópole. Com isso cresce a preocupação em relação aos RCC, que aumenta
gradativamente, em consequência, a poluição da paisagem urbana e a degradação
ao meio ambiente.
A área dentro do município de Ribeirão Preto escolhida para a realização do
estudo, foi a região do subsetor leste 2, é uma região determinada como Zona Mista,
cuja ocupação se deve às atividades de habitação, comércio e serviços.
visão que eles têm numa perspectiva de preservação do meio ambiente. Verificou-se
também no município a existência de pontos de entregas voluntarias e o modo como
é feito esse processo, através da entrevista com uma moradora do bairro do setor de
estudo, próximo a um dos seis pontos de entregas para detalhar o processo. Este
estudo foi realizado de modo que posteriormente possa extrapolar como base para
novos estudos no município Ribeirão Preto e em outras cidades com condições
semelhantes. A seguir apresenta a localização dos seis PEV’S existentes no
município, podendo perceber a relação da distância da área de estudo o subsetor 2
até esses pontos e ainda mais, a relação da área de Ribeirão Preto a quantidade de
PEV´S existentes.
10
Quantidade de respostas
80%
8
20%
2
0%
0
Inicial Intermediária Final
Fase
Figura 18. Questão 01 - Fase da obra que gera mais resíduos
Fonte: Autora, 2018
10
8
70%
Números de respostas
4
30%
2
0%
0%
0
A B C D
De acordo com gráfico da Figura 19, as respostas obtidas foram que na maioria,
ou seja 70% dos resíduos não são separados, se contrata serviços de caçambas e é
tudo jogado na mesma sem critério algum, como que se contrata o serviço, acredita-
se que os resíduos terão uma destinação adequada. Entretanto 30% dos
entrevistados responderam que fazem a separação de acordo a tipologia, pois não há
grandes dificuldades na segregação se realizada por etapas. Já a alternativa B, não
foi seleciona, acredita-se que poucos entrevistados seriam fies as respostas se
realmente jogassem os RCC em uns locais quaisquer. Em sequência a alternativa D,
acredita-se que seja por falta de divulgação dos PEV’s.
Com base nos dados apresentados percebe-se a importância da informação
da conscientização dos munícipes, para que possa auxiliar o gerenciamento dos
resíduos. Não é só em grandes empreendimentos que se deve ter a preocupação,
pois pequenos geradores também tem sua contribuição. Muitos dos entrevistados
falaram que contratam serviço de caçambas, já para não se preocupar com a
destinação dos RCC. Porém mesmo que em escala menor, aos munícipes tem uma
parcela de contribuição na disposição inadequada dos RCC, pois a não separação
pode influenciar para a disposição inadequadamente, em consequência a colaboração
com surgimento de agentes nocivos tanto a saúde pública quanto ao meio ambiente.
69
10%
Sim, já usei
30%
A. Em caçambas
B. Em carriolas
C. Caminhões
D. Outros. Descrever
E. Não consigo mensurar
73
Caçambas
14 Caminhões
12
12
10 11
Quantidade
10
8
6
6 6
4 5 5
4
2 3 3
2
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Obra
5) Você sabe o risco que esses resíduos podem causar ao meio ambiente e
saúde pública, se dispostos inadequadamente?
10
80%
Quantidade de respostas
20%
2
0% 0%
0
Sim, por isso que faço a Sim, mas jogo em Sim, mas sempre contrato Não, mas gostaria de
destinação correta qualquer local proximo serviços de caçambas esclarecimento
Figura 28. Questão 05 - Visão dos munícipes sobre a disposição inadequada aos
RCC
Fonte: Autora, 2018.
De acordo com gráfico da Figura 28, a maioria dos entrevistados, ou seja, 80%
responderam que sabem os riscos que os RCC podem causar, porém não se
preocupam, pois em grande parte das obras em que fazem, contratam os serviços de
caçambas para coletar. Com isso acreditam que sua responsabilidade acabou ali, sem
se preocupar com a destinação final desses resíduos. Já os 20% restantes
responderam que sabem os riscos e por esse motivo, fazem a disposição adequada.
Percebe-se, conforme as respostas obtidas, que mesmo as pessoas que diz
possuir conhecimento sobre os riscos que os RCC podem causar, não fazem
corretamente ou não foram sinceras quanto as respostas. Pois, as mesmas podem
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não saber o grau da intensidade dos riscos ou acreditam que essas pequenas
contribuições podem não ser tão prejudiciais se comparadas aos grandes
empreendimentos.
A sexta questão busca identificar e analisar as dificuldades encontradas para
se obter o gerenciamento adequado dos RCC.
A. Na separação, usa-se um tempo que poderia ser usado nas demais fases da
construção
B. O custo para recolhimento de pouco volume não compensa, é mais fácil jogar
em qualquer lugar
C. Os locais para a entrega voluntária são muito distantes, além disso muitas das
vezes não tenho transporte para levar
D. Não há dificuldades
10
8
Quantidade de respostas
60%
6
4
30%
2
10%
0%
0
Na separação, Devido custo para Os PEV's são Não há dificuldades
devido desperdicio recolhimento distantes e nem
do tempo sempre há transporte
Figura 29. Questão 06 - Dificuldade para se obter o gerenciamento correto
dos RCC
Fonte: Autora, 2018.
De acordo com gráfico da Figura 29, a maioria dos entrevistados, ou seja, 60%
responderam que para a separação dos RCC ‘perde-se’ um tempo que poderia ser
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usado nas demais fases da construção. Em que se perde muito tempo de trabalho e
que acaba perdendo em dinheiro dependendo do contrato firmado com o proprietário.
Com isso, optam por contratar caçambas pois acreditam que certamente darão a
destinação adequada para cada resíduo. Desses entrevistados, alguns justificaram
que é complicado separar, pois dependo da obra, pouca gente é demandada para o
trabalho, com isso torna-se difícil reservar um tempo para segregação dos RCC.
Outros justificaram que não é possível, devido a obra ser pequena, alegando que a
geração dos RCC é pequena, não havendo necessidade de fazer a correta separação,
o que também demandaria mais caçambas para esta segregação, o que não
compensaria financeiramente conforme 10% das respostas.
E 30% dos entrevistados responderam que não há dificuldade quanto a
separação e destinação adequada dos RCC, pois é separado por etapas e com isso
torna mais fácil. Além de que contratam serviço de caçambas e custo sai mais em
conta por caçamba se separado.
A alternativa C não foi selecionada por nenhum entrevistado. Acredita-se que
a falta de conhecimento sobre a existência de PEV’s e da preservação ambiental pode
justificar a escolha das respostas.
Percebe-se, conforme as respostas obtidas, que tem inúmeros fatores levam
as pessoas a não contribuir para se ter gerenciamento adequado.
Pode-se observar de acordo os dados apresentados, que o gerenciamento dos
RCC no subsetor leste 2, não está seguindo conforme as normas prescritas no plano
de gerenciamento de RCC do município. Pois, 70% dos entrevistados responderam
que os resíduos não são separados, somente contratam serviços de caçambas e é
tudo jogado na mesma caçamba sem critério algum, como mostra no exemplo da
Figura 24, em que mostra caçamba que contem até produtos classificados como
perigosos jogados na mesma caçamba junto com os demais resíduos. Em
conseguinte, 80% responderam que tem conhecimento sobre os riscos que os RCC
podem causar se tiverem destinação inadequada, porém não se preocupam pois já
contratam serviços para coleta acreditando que a contratação do serviço de caçamba
para a retirada desses resíduos, as suas responsabilidades acabaram ali e não há
mais com que se preocupar.
Em que 60% justificaram jogar todos os resíduos juntos, com a justificativa
destas tarefas ocasionarem atrasos nas demais etapas da obra. Apenas 20% dos
entrevistados responderam que conhecem os riscos que os RCC podem causar e que
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por esse motivo fazem a segregação para que cada resíduo tenha sua destinação
adequada.
Vale destacar, que com a análise realizada, foi percebido que na maioria dos
casos os procedimentos e técnicas adotadas pelos munícipes não estão sendo
executadas conforme as normas vigentes. Com isso as observações in loco foram de
grande importância ao estudo, onde verificou-se que alguns entrevistados ou por falta
de conhecimento, medo ou simplesmente por vergonha de falar a verdade,
responderam ao questionário alternativas que não condizia com sua realidade.
Percebe-se assim que é importante a criação de uma política voltada para estes
‘pequenos gerados’, que, conforme observado, geram ao final uma quantidade
considerável de RCC, que deve receber adequada destinação.
Figura 35. Resíduos que não são classificados como RCC segregados.
Fonte: Autora, 2018
Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto no bairro Adelino Simioni. Com isso os resíduos
são levados e dado tratamento, no próximo subcapitulo detalha melhor esse processo.
acham que aquela área é destinada a descartar todo tipo de resíduos, comparando o
local a um lixão.
Na sequência, são apresentados os resultados obtidos através da visita
realizada na usina de reciclagem de RCC da prefeitura do município, afim de analisar
o sistema de destinação dos resíduos utilizada pelo município.
Após os materiais serem triados, os grosseiros ainda passam por mais uma
etapa, em que a máquina britadeira, equipamento mostrado na Figura 41, faz a
trituração dos mesmos e são separados em grandes montes como mostra na Figura
42.
86
Alguns rejeitos são levados para aterro sanitário, mas a grande maioria se
mantem ali mesmo, porém essa área é destinada ao transbordo e triagem, os resíduos
só poderiam ficar até receber a destinação adequada. Segundo o funcionário, 2 anos
atrás a quantidade de rejeito era ainda maior. A Figura 46, mostra uma área limpa e
89
vazia, que no passado era uma montanha de rejeito que ali eram dispostos, conforme
relatado pelo funcionário da Usina de reciclagem de RCC de Ribeirão Preto.
Figura 46. Área limpa em que continha grande volume de rejeito disposto - Usina de
reciclagem de RCC de Ribeirão Preto.
Fonte: Autora, 2018
5 CONCLUSÕES
Chamou a atenção que 80% dos entrevistados dizem saber dos riscos que os
RCC podem causar se destinados de forma inadequada, porém não se preocupam,
pois em grande parte das obras em que fazem, contratam os serviços de caçambas
para coletar. Com isso acreditam que sua responsabilidade acabou ali, sem se
preocupar com a destinação final desses resíduos. Isto demonstra a falta de
conhecimento sobre as políticas de gestão de resíduos sólidos, que também trata
sobre a ‘responsabilidade compartilhada’, na qual tanto os fabricantes, como os
consumidores e os titulares pelos serviços públicos (no caso a prefeitura municipal),
onde cada qual possui sua parcela de responsabilidade pelos resíduos sólidos
gerados.
Verifica-se também sobre perspectiva dos trabalhadores das obras que têm a
visão que com a separação dos RCC ‘perde-se’ um tempo que poderia ser usado nas
demais fases da construção. Outra alegação é sobre a dificuldade nesta segregação
dos RCC, conforme relatado: “pois dependo da obra, pouca gente é demandada para
o trabalho, com isso torna-se difícil reservar um tempo para segregação dos RCC”.
Outros justificaram que não é possível, devido a obra ser pequena, alegando que a
geração dos RCC é pequena, não havendo necessidade de fazer a correta separação,
o que também demandaria mais caçambas para esta segregação, o que não
compensaria financeiramente. Verifica-se assim a necessidade de treinamento destes
profissionais, abordando sobretudo a importância, não somente da gestão das obras
como um todo, mas também sobre a preservação ambiental e os impactos que
podem ser causados.
Observou-se também que há algum conhecimento sobre a existência dos
PEV’S no município, caracterizado como projeto Caçambas sociais, porém foi
considerado pela maioria como ‘inviável’ devido à distância e a logística de entrega
desses resíduos. Desta forma, verifica-se a necessidade de criação de novas
unidades de PEV’s, bem como a criação de uma logística adequada para os RCC.
Verifica-se também a necessidade de um acompanhamento e fiscalização
das PEV’s já existentes, com treinamento dos funcionários e melhor organização dos
trabalhos.
Nesse sentido, pôde-se observar que há políticas de gestão adequadas para
os resíduos sólidos, em particular para os RCC, entretanto, o gerenciamento tem sido
negligenciado e deve sofrer melhorias no município como um todo.
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REFERÊNCIAS
COUTO, F. Definição de lixo resíduos sólidos. In: ______ Cidade Sustentável: Lixo
Lucrativo. Iguarapava: Sociedade Editorial Ndjira, 2012. p. 18-19.
NBR 10004. Resíduos Sólidos - Classificação, Rio de Janeiro, 5 maio 2004a. 71p.
NUNES, R.. Transbordo de resíduos sólidos. Revista Pensar Engenharia, Belo
Horizonte , v. 3, p. 1-18, janeiro 2015.
PANORAMA dos Resíduos Sólidos no Brasil. Abrelpe, 2016. Disponivel em: <
http://www.abrelpe.org.br >. Acesso em: 31 maio 2018.
APÊNDICE
5) Você sabe o risco que esses resíduos podem causar ao meio ambiente e
saúde pública, se dispostos inadequadamente?
a) ( ) Sim, por isso que faço a destinação adequada
b) ( ) Sim, porém fica difícil entregar nos pontos de entregas voluntarias (PEV’s),
por isso jogo em qualquer lugar que seja mais próximo da obra
c) ( ) Sim, porém não me preocupo, pois eu contrato serviço e acredito que eles
dão destinação adequada
d) ( ) Não, mas gostaria de ter mais informações para me esclarecer