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H

DA SÉRIE VÃO ME ESCULHAMBAR HAROLDO é um


ZINE desperio-
MAS NÃO TENHO MEDO. KKKK dicizado, des-
governado, que

A
pretende com-
bater a infâmia
atual com a in-
fâmia de todos
os tempos, com
colaboração de

R
pensadores, po-
etas, ensaistas,

Thais Calazans
artistas plásti-
cos, músicos,
performers,
cujas vidas se

O
fazem em pa- E
D
ralaxe com a
Quem é contra aos direitos humanos não distopia do dia.
I
T
pode ser contido pela censura, mas sim pelo O
debate ou pelo silêncio diante do que dizem R

os idiotas querendo aparecer. Porque a cen- LE E

L
S
sura começa assim, na manhã, depois avança IA A
mais um pouco e quase tudo fica censurado.
Éééééééé. Os fascistas têm o direito de dizer H L
A
o que quiserem. Os idiotas e os picaretas tam- AR N

bém. O que não se pode é proibir. É proibido


OLD
S

D
proibir como foi escrito nos muros em 1968 A
M
na França. Quem tem boca diga o que quiser. O P
Quem quer ficar desmoralizado atualmente A

que diga ser racista, contra o feminismo, o LEI I


O
amor livre e todas as conquistas sociais a fa- A W

O
vor da igualdade e liberdade das pessoas. O I
programa social e político libertário está cada do grupo CON- L
L
vez mais sendo o da maioria. Eu me dou o SERVADO- Y
respeito de não ficar debatendo o que um fas- R I S M O S / A
cista fica dizendo quando eu sei que é um pi- LIBERDADE: M
S
careta querendo ganhar dinheiro fácil e fazer CONVERSAÇÕES
de mim debatendo com ele e assim sendo sua M
h t t p s : // w w w . A
massa de manobra. O silêncio, meu caro Wat- facebook.com/ R
son, é, muitas vezes, o túmulo do espertalhão. ANO 1 - N. 0 groups/con-
T
I
17 NOV 2017 servadoris- N
Ricardo Líper S A LV A D O R mosliberdade/ S
breviário da miséria política
dirija bem explicado às crianças
sua ejaculação
revolucionária
as redes executam uma nova
forma de sujeição em que a
apatia não é mais derivada
uns funcionários pruns
da opressão...mas da ex-
governos mandam ovos
pressão. a intensa e nervosa
uns funcionários pruns conectividade expressiva é
governos mandam beijos a mais bem acabada forma
de servidão voluntária. este
governos sem apelos tiram é o século do “apativismo”.
pelos mandam balas
–––––––

- ovos bem nutridos: fazer o fascismo é a imbecilização


fracassar todos os governos no seio das massas. resultado
do desenvolvimento das co-
municações, é menos um pro-
Orlando Pinho blema ideológico que técni-
co. na alemanha nazista,
floresceu com o cinema, o
rádio, o comício-espetácu-
lo, os cartazes de rua etc.
Thais Calazans não existe novo fascismo –
o conservadorismo é sem-
O liberto, cujas correntes tão lentamente pre atávico. novo é o meio
caem – até parece ser para contrariar a técnico. as redes sociais são
própria gravidade, para afirmar que as ideias simulacros da “cultura” con-
e emoções não são deste mundo físico, que temporânea: infantilização,
as correntes não são só de metais –, quando verborragia, banalização e
olha para trás, e o empurram para o que nunca instantaneidade. nelas, a
antes vira, sobe a passos incertos e tropeços imbecilidade deixou de ser
e, ainda na caverna, vê um brilho forte, anônima.
desconhecido e familiar, ele, o que se quer
liberto, o que persegue a justiça, não teme Washington Drummond

Willyams Martins
aos deuses, mas a seus donos, os homens de
bem, aqueles que agem “em nome de Deus”.

Alan Sampaio
Cada obra-prima traz a mar- Não há nenhum espectro no ar, apenas a agonia
ca do gênio, na medida que de um tempo adoçado pela stevia... Nesse
destrói soberanamente os momento, inclusive, as certezas foram para a
códigos da representação e cucuia, os armários postos de lado e um velho
as leis que governam nossa e discreto tipo de certeza acabou se desvelan-
percepção do real. do: “bem, já que nos descobriram enfim e nos
deram a possibilidade de estarmos fisicamente
Georges Bataille
presentes, vamos desfrutar…” Nesse âmbito
deu-se a hegemonia da voz a quem pouco a
teve, e nos acostumamos a abençoar o pouco e
o precário mesmo tendo voz. Ou seja, nunca de
fato exigimos uma profunda reestruturação da
sociedade brasileira, pois o óbolo, não o bolo,
bastava: cotas, Marias da Penha, partilhas,
bolsas famílias ao invés de reforma agrária,
conselhos populares, orçamento participativo,
auditoria da dívida, reforma tributária. Quem
Washington Drummond

possuía pouco não fez questão de mais. Quem


muito já tinha quis o dobro. Esses últimos, para
tanto, açodaram uma primavera conservadora,
pois até mesmo esses perceberam que seus
detratores eram frágeis, não tinham muita
certeza do que estavam fazendo, cooptados
talvez por tantas abolições, homens cordiais,
anistias, constituintes e cartas aos brasileiros.
Ed Samper
... eles sempre querem ou-
vir sobre alguma coisa; eles
querem ouvir uma con-
ferência objetiva sobre o te-
atro e a peste (...) eu quero
despertá-los. Porque eles
não se dão conta de que
estão mortos. Sua morte é
total, como a surdez e a ce-
gueira. Essa é a agonia que
eu retratei. A minha, sim, e
de todos que estão vivos.
Antonin Artaud

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