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INTRODUÇÃO
1
Jamile Lyra é esposa de pastor e mãe de quatro filhos. Cursou o Instituto Bíblico do Norte e psicologia na UFPE
Uma vez que Deus deu ao seres humanos o privilégio de gerarem filhos e a
responsabilidade de educá-los, podemos deduzir que todos nós recebemos uma
herança familiar de nossos pais. Quando voltamos nossos olhos para eles, podemos
perceber claramente o investimento que fizeram em nós e conseqüentemente o tipo
de herança que nos deixaram. Analise alguns exemplos:
Como isto acontece? A mídia lança mão de um dos pilares que tem sustentado
a sociedade pós-moderna, o relativismo em tudo. Eles encaram os princípios
que regem os relacionamentos familiares de forma tão relativa que torna
impossível a existência de modelos. É colocada sobre cada um a
responsabilidade de estabelecer para si mesmo o que é certo ou errado.
Você poderia me dizer: mas o divórcio, o desrespeito entre pais e filhos e até o
homossexualismo não são problemas que surgiram nos últimos anos. Esses
problemas já existiam e foram abordados pelo próprio Deus com a nação de
Israel no Antigo Testamento. Tal afirmação é verdadeira. Porém, o que temos
visto é a utilização da mídia como instrumento de educação da sociedade, e
isto inclui seus filhos, em como proceder diante de tais realidades, e dando a
elas novo significado e valor. É pura ignorância achar que a criança pelo muito
ouvir e ver tais configurações, não venha a aceitar que elas se tornem parte de
uma “normalidade” do seu tempo ao invés de entendê-las como um desvio do
ideal. A exposição em massa e constante formará o conceito que as
configurações familiares em questão são opções aceitáveis e não uma
estrutura familiar doentia e destrutiva.
8. Moral banalizada
Para verificar isto, basta observar como a imoralidade tem sido freqüentemente
usada para dar sentido aos programas humorísticos, muitas vezes
ridicularizando aqueles que dela não se utiliza!
Após ter concluído a leitura responda: Este texto se refere a uma regra ou
principio de Deus? Por quê? Se você chegou à conclusão que neste texto temos um
princípio, você está certo. Não temos como negar que s palavras ali escritas pelo
apóstolo Paulo é um dos princípios que Deus estabeleceu para os pais. Como
conseqüência imediata, sua aplicação não está presa a uma época, é atemporal,
todos devem obedecer, é normativo, e é valido para qualquer cultura no planeta terra
onde houver ser humano, é supracultural. Você também deve ter concluído que Deus
é o Pai por excelência, o qual se preocupa em ensinar, corrigir e abençoar seus filhos
(Hb 12:7-10), e é daí que o princípio procede.
(1) É forte e estável por ter Deus como seu autor e reflete a Trindade - O
padrão de relacionamento familiar estabelecido por Deus tem como modelo
a própria Trindade. Antes de criar o homem e a mulher, Deus determinou
como seríamos: “façamos à nossa imagem e semelhança” Gn 1:26 e 27.
Semelhantes a Deus significa que homem e mulher refletiriam a própria
Trindade que os criava (Façamos). É pertinente indagar: Que
características tem o relacionamento entre as três pessoas da trindade?
Indivisíbilidade
Conhecimento profundo
Unidade nos projetos e ações
Harmonia plena.
Se somos imagem e semelhança do Deus Triúno e harmonioso por que
temos tantos erros nos relacionamentos? A Bíblia também revela que o
pecado que cometemos danificou os relacionamentos. A bênção de
relacionamentos perfeitos foi perdida com a entrada do pecado na raça
humana. Uma vez que o ser humano desviou seus olhos do criador,
afastando-se do propósito para o qual foi criado, consequentemente
também desviou seus olhos do outro, tornando-se essencialmente um ser
egoísta (Ef 2:1-3). Entretanto, a boa notícia é que em Cristo, os que crêem
nele como Senhor e Salvador foram feitos novas criaturas (II Co 5:17), suas
mentes foram renovadas e, portanto, foram divinamente capacitados de não
somente entender, mas também experimentar o que Deus planejou para a
família. Assim, descobrimos que o relacionamento familiar planejado por
Deus reflete a própria Trindade, e há nele, portanto, uma inevitável força em
seus laços.
(3) Deus atua e garante os resultados - Creio que o maior desejo dos pais
cristãos consiste em não fracassar ao procurar criar seus filhos na disciplina
e ensinamentos bíblicos. Eles desejam ter sucesso nesta tarefa. Para tal, é
preciso, porém, ter em mente o conceito de sucesso como aquilo que
reflete o ideal de Deus, e não a definição de sucesso assimilada pela nossa
sociedade. Releia a descrição que você sonhou para cada um dos seus
filhos e responda: Seus sonhos refletem o ideal divino ou já se misturaram
com o conceito de sucesso na nossa sociedade?
Leia Provérbios 22:6 – “Eduque a criança no caminho em que deve andar e
até o fim da vida não se desviará dele”.
Creio que neste texto nos deparamos com uma promessa de êxito na
educação de nossos filhos. Se educarmos corretamente nossos filhos,
teremos a garantia de que eles permanecerão fiéis ao Senhor. Em outras
palavras, os pais que aplicarem com dedicação os princípios bíblicos na
educação de seus filhos verão o efeito positivo no caráter deles.
Por esta razão você deve orar a Deus e decidir instruir seu filho, usando
todos os meios disponíveis para imprimir perpetuamente no seu coração as
verdades do evangelho.
Os resultados desse investimento serão sempre positivos, não apenas por
conta de seus esforços como pais cristãos, mas porque Deus é fiel em suas
promessas e os seus princípios são infalíveis. Aplicar um princípio divino
não é tentar acertar, é acertar!
(4) Pais falhos não inibem a ação do Deus gracioso - Com a nossa exposição
da responsabilidade dos pais na formação do caráter dos filhos, não
queremos afirmar que o Senhor graciosamente não poderá restaurará um
adulto, cujos pais falharam na sua educação. Se assim crêssemos,
estaríamos desconsiderando por completo a soberania e a graça de Deus.
Todavia, quando falamos da graça divina estamos falando de favor não
merecido. Não há promessa na Bíblia que Deus corrigirá as consequências
dos erros cometidos por desconhecimento ou desobediência, mesmo que
sejam cristãos. Portanto, não há garantia alguma que Deus usará de
misericórdia para com os seus filhos quando você não se dedica a aplicar
A configuração criada por Deus para a família, bem como a maneira como ela
se estabelece, permitem que os pais se envolvam na vida dos filhos o bastante para
garantir que nenhuma outra influência seja mais forte que a sua. Para que você
entenda melhor as implicações dessa verdade, vamos avaliar as bases desta
afirmação.
Se você fizer isto, quando seus filhos estiverem sob a influência da mídia, de
seus colegas e até mesmo de seus parentes não crentes, o que lhe governará e lhe
servirá de guia para o julgamento do que é certo ou errado, bom ou mal será o que
você com pai ou mãe tiver construído. Você é a mais forte influência que seu filho
pode receber. Não deixe de usá-la.
No inicio desse artigo pedi para você escrever em um papel o que gostaria de
vê em seus filhos ou o que gostaria de vê-los realizando quando saísse do seu
convívio para formar suas próprias famílias.
Pegue novamente esse mesmo papel e responda para você mesmo: Para que
seus filhos se tornem pessoas com estas características, necessitarão de sabedoria e
de compreensão das coisas? Se sua resposta for “sim”, abra a sua bíblia em Pv 9:10
e descubra por onde começar.
(2) Reverência
Reverência é o respeito diante da absoluta santidade de Deus. Uma das
maneiras práticas de você contribuir para o exercício desta reverência em seus filhos
consiste no modo como você permite que o nome de Deus seja usado no seu dia a
dia. Um exemplo mais comum é a expressão: “ai meu Deus!”, quando na realidade
não estão pedindo socorro a Deus. Ou quando se utilizam dos mesmos termos
pejorativos e desrespeitosos da mídia: “o cara lá de cima”. Quando isto acontecer, ou
algo do gênero, não deixe de chamar a atenção do seu filho para a santidade do
nome de Deus.
Um uso indevido do nome santo de Deus e de Cristo é uma ótima oportunidade
para você comentar com eles o fato de que os escribas judeus, os quais tinham a
função de produzir cópias da bíblia, sempre que iam escrever o nome de Deus, a
cópia era interrompida para trocar a pena, pois para escrever o nome de Deus eles
usavam uma pena especifica. Aproveite para também mostrar o mandamento do
Senhor em Êxodo 20.7: “Não use o meu nome sem o respeito que ele merece.”
Você também está reforçando o conceito de reverência quando fica atento ao
comportamento de seus filhos durante os cultos comunitários. Não estou dizendo com
isto que devemos exigir deles um comportamento semelhante ao de uma pessoa
adulta, pois por sua imaturidade ainda não possuem capacidade de se manterem
atentos por um tempo prolongado. Porém, filhos cristãos necessitam aprender a
distinguir um ambiente onde o nome de Deus está sendo adorado e outro ambiente
qualquer.
Vivenciei uma prática com meus filhos e creio poder ajudar nessa área.
Quando meus filhos eram bem pequenos eu costumava levar para a igreja uma
sacola com alguns lápis e livretos com histórias bíblicas para colorir (a Sociedade
Bíblica tem vários desses livros e são bem acessíveis), comprados por mim
especialmente para essa ocasião. À medida que iam crescendo, eles começaram a
me pedir para sentar junto com outros amiguinhos durante o culto, ao que eu
1. Quando agirem de forma errada, isto não apenas contraria você, mas
primeiramente desobedecem a Deus que tudo vê. E para isso você precisa
mostrar na bíblia o erro que eles cometeram.
2. A desobediência produz sempre um prejuízo, grande ou pequeno, para a
vida deles.
3. Deus não deseja impedir que eles gozem a vida, os ensinos divinos visam
protegê-los de tristezas e sofrimentos ao estabelecer para eles princípios
certos e bons. (Ex.: O se guardar sexualmente para o casamento.)
4. Não há nada melhor do que as orientações divinas para se desfrutar a vida.
Leia o Salmo 11.8 – “Os ensinos do Senhor são certos e alegram o
coração. Os seus ensinamentos são claros e iluminam a sua mente.”
Apresentar o filho a Deus como preparado para toda boa obra – Todo
esforço dos pais não deve ser apenas canalizado para apresentar seus
filhos capacitados para a viver na nossa sociedade. O conhecimento que
lhes oferecemos e os princípios de Deus que lhes ensinamos precisam ser
canalizados para uma prática de primeiro oferecer-se como obreiro
capacitado para servir a Deus. Não importa como, a vocação é um
chamado divino, seja o filho professor, pastor, engenheiro, comerciante etc.
O objetivo central é preparar bem nossos filhos para servir o Reino de
Deus. O maior e melhor exemplo disso é o próprio Jesus: “Eu não vim para
ser servido mas para servir.” (Mc 10:45)
CONCLUSÃO
1. Você tem sede de estar com Deus, conhecer a Deus, servir a Deus, honrá-lo
em tudo?
2. O compromisso que você hoje tem com Cristo é o mesmo que você espera ver
na vida de seus filhos?