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Primeiramente temos que saber como a energia é gerada, certo? Ate o dia de hoje
através das apresentações já vista dos nossos colegas de classe sobre energia solar , sobre
energia gerada por uma hidrelétrica, por uma termelétrica , energia eólica, e entre outras.
Obs; a energia solar passou a energia nuclear e se tornou a sétima matriz predominante
de energia no brasil.
Sabendo que uma usina termonuclear precisa estar ao lado de uma grande reserva de
água, que as torres de energia eólica devem estar em locais afastados, onde possam
captar bastante vento, como morros e descampados, que uma usina nuclear deve estar
longe da população para diminuir os riscos em um desastre é perfeitamente
compreensível qual a função das linhas de transmissão, certo? Elas devem criar uma
malha suficientemente capaz de distribuir a energia gerada até nós, os consumidores
finais.
O primeiro estágio desse transporte é feito através das torres de transmissão, aquelas de
metal, altas e enormes que comportam vários fios de alta tensão, revestidos e isolados
para suportar a carga. Por oferecerem um risco maior (elas transportam muita energia –
por isso chama-se alta tensão) não são instaladas dentro dos centros urbanos, exceto no
caminho até uma central que pode estar no seu bairro ou no bairro vizinho.
O processo continua até que a energia chegue às subestações de distribuição. São elas as
responsáveis pela recepção da energia, rebaixamento da tensão e encaminhamento
correto aos destinatários. Ao contrário das subestações de transmissão, estas, de
distribuição, podem estar no seu bairro ou em algum bairro vizinho, sem problemas.
Também dotadas de chaves, disjuntores, equipamentos de medição e proteção, elas
foram pensadas para se integrarem ao meio urbano e populoso.
Achou simples? Então veja esse dado: O Brasil tem mais de 100 mil quilômetros de
linhas, somente de transmissão, sem contar a distribuição. Impressionante, certo?
Imagine a dificuldade que é para manter tudo isso funcionando 100%, sem erros ou
falhas. Bom, na maioria do tempo é isso que acontece, mas às vezes problemas surgem
e é isso que vamos ver agora. O porquê do sistema de distribuição brasileiro ter dado
problemas.
Se você está no Brasil então certamente sentiu na pele, literalmente, esta onda de calor.
Cidades estão atingindo facilmente a casa dos 40° enquanto a sensação térmica chega a
mais de 50. Agora imagine uma cidade com 5 milhões de habitantes, onde existem 300
mil aparelhos de ar condicionado, todos eles ligados, mais computadores, televisores,
carregadores, lâmpadas, chuveiros elétricos, etc. etc. etc.
No dia da queda o consumo alcançou uma marca recorde: 51.596 MW causando uma
sobrecarga no sistema. Então o país não tem como nos fornecer energia elétrica em
quantidade suficiente? Não é bem isso. Com certeza você sabe que o calor não é nossa
maior preocupação climática no momento, correto? Não? Então pense um pouco mais.
Lembrou da falta de chuva? Lembrou que a cidade de São Paulo está praticamente sem
água?
Exato, por isso nossa maior fonte de geração de energia, a energia hidrelétrica está
comprometida, tendo que ser usada a energia termonuclear, por exemplo. A região
sudeste, que foi a grande “causadora” do blecaute está com apenas 19% da sua
capacidade, quando era esperado estar com 40% para esta época do ano.
Aliado a esta falta de chuvas houve um problema de transmissão entre uma linha de
transmissão norte-sul da hidrelétrica de Furnas, que não teria conseguido transportar a
energia elétrica adequadamente da região Norte para as regiões Sul e Sudeste. Devido a
esta falha na rede, o sistema teria sofrido uma alteração de frequência, que então, por
medidas preventivas de segurança, o ONS – Operador Nacional do Sistema Elétrico –
mandou desligar 11 usinas de geração (vulgarmente podemos comparar ao seu
computador que é desligado automaticamente, para se preservar, quando alcança uma
certa temperatura), incluindo a termonuclear Angra I.
Mas fique calmo, mesmo com a estiagem de chuvas não corremos o risco de ficar sem o
vídeo game. Termoelétricas estão sendo ligadas para suprir com folga a necessidade
energética do país e esse problema não repetir-se-á, desde que, logicamente, não
tenhamos mais problemas técnicos ou humanos pela frente.
É necessário dizer também que blecautes podem ocorrer a qualquer momento por
problemas diversos, como por exemplo um raio que atinge uma torre de transmissão,
rompimento de cabos, etc. Como vimos acima, o Brasil tem mais de 100 mil km deles,
tudo isso para evitar, justamente, que se uma torre se torne um problema, a energia
possa “fazer a volta” e chegar ao seu destino por um outro caminho. Aliás, problemas
técnicos deste tipo são mais comuns do que se pensa. Geradores estragam todos os dias,
a notoriedade, no entanto, só acontece quando toma proporções nacionais, como foi no
caso dessa semana.
Ufa. Fiquemos calmos, o ar condicionado está garantido. Opiniões? Deixem nos
comentários abaixo.