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O presente artigo aborda um tema recorrente no atual cenário brasileiro, a

dispensa coletiva envolvendo um grande número de trabalhadores,


examinando o valor social do trabalho e da dignidade humana descritos na
Constituição Federal de 1988.
Em primeiro plano é feita uma análise entre a crise econômica atual e a
despensa coletiva e em segundo lugar é feita uma análise reflexiva a respeito
da preservação dos empregos, sob a ótica dos princípios constitucionais do
valor social do trabalho e da dignidade humana.
A atual crise global favorece o desemprego, fatores político, econômicos e
sociais corroboram para tal fenômeno, há uma exigência cada vez maior de
trabalhadores extremamente qualificados e também há fator tecnológico, que
cada vez mais está pronto para ocupar postos de trabalho.
O artigo nos mostra que na visão de alguns a diminuição das garantias sociais
não se dá apenas em razão da atual crise, mas sim em decorrência da
concorrência internacional, a mudança na natureza do trabalho também
contribui para a insegurança dos trabalhadores, uma vez que é cada vez mais
difícil de se encontrar empregos com jornadas integrais e com duração
indeterminada.
Fica evidente que o Direito do Trabalho se torna cada vez mais suscetível às
transformações decorrentes da globalização.
Na segunda parte do artigo são elencadas as garantias a classe trabalhadora
que são elencadas na Constituição Federal de 1988, entretanto, é demonstrado
que os atuais fatores econômicos e políticos impedem que referidos diretos
sejam efetivados, uma vez que o Direito do Trabalho é menosprezado pelos
próprios juristas.
A dignidade do trabalhador deve ter reflexão na aplicação das normas legais e
nas condições contratuais do trabalho, uma vez que o trabalho sem as
condições mínimas, sem a dignidade, pode rebaixar o ser humano a uma
condição análoga de um escravo ou a de um animal.
Fica evidenciado que é de suma importância a observância das normas legais
e a dignidade inerentes ao trabalho, a proteção social ao trabalhador deve
existir mesmo em momentos de crise econômica, as garantias mínimas são um
instrumento de alcance no plano social da dignidade humana.
É demonstrado no artigo a dispensa coletiva no cenário brasileiro, em 1988 a
Constituição Federal elencou em seu artigo 7º a garantia de pleno emprego a
todos os trabalhadores, sejam eles rurais ou urbanos, nos termos da lei a
relação de emprego deve ser preservada, caso contrário a lei preverá uma
indenização compensatória aos trabalhadores.
Atualmente, o empregador tem direito de dispensar o empregado desde que
arque com as reparações econômicas pertinentes.
No cenário atual brasileiro as empresas praticam as chamadas dispensas
coletivas, isto é, demitem por simples manifestação unilateral e potestativa de
vontade.
O artigo nos demonstra que o ordenamento jurídico ainda carece acerca de
regulamentação para tal fenômeno.
Atualmente o ordenamento jurídico permite ao empregador reduzir a jornada de
trabalho em até 30 % de empresas que estejam enfrentando dificuldades
financeiras.
A falta de legislação especifica torna ainda mais complexo o tema, trazendo
diversos questionamentos sobre o tema, um deles o próprio conceito de
dispensa coletiva.
O referido artigo traz como tema a (des)necessidade de regulamentação da
dispensa coletiva no Brasil, o barateamento da dispensa, ou seja, a falta de
regulamentação, é um dos principais fatores de desemprego atualmente, uma
das medidas para então evitar tal fenômeno é a limitação do direito de
dispensar.
Neste contexto é de suma importância a atualização do Direito do Trabalho
para se poder enfrentar os desafios do próximo milênio, dentre eles o crescente
desemprego.
É também evidencia no artigo que a solução para tal fenômeno não deve se
prender ao campo econômico, cabe ao Direito do Trabalho ditar regras com
base na predominância do interesse social e dos Direitos Humanos.
Sendo assim, fica claro que a proteção contra a dispensa coletiva é de suma
importância no cenário atual, o ato de se extinguir contratos de trabalho de
maneira massiva deve ser delimitado pelos direitos fundamentais do
trabalhador à luz do Direito Constitucional.
Se a dispensa individual deve observar o papel social do trabalho a coletiva
neste caso deve ser tratada com muito mais cuidado, uma vez que afeta de
forma considerável um grande grupo, com reflexos ainda maiores na
sociedade.
O presente artigo evidencio, a luz de princípios constitucionais, os valores e
regras em relação a proteção empregatícia.
Evidenciou como o direito brasileiro não trata de assuntos fundamentais como
a dispensa coletiva de trabalhadores e que em consequência disso prevalece
uma insegurança em relação ao emprego.

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