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Volume 1
para a Liturgia
Marcelo Silveira
Curso de Violão
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Coleção: Instrumentos Musicais a Serviço da Liturgia – II
Marcelo Silveira
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ARQUIDIOCESE DE CAMPINAS / SP
Arcebispo Metropolitano
Dom Airton José dos Santos
CEMULC
Colaboradores
Dr. Clayton Júnior Dias, organizador
Rita Ely, editoração eletrônica das partituras
Elaine Dias Marchi, revisão
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ÍNDICE
Carta ao professor 07
O uso dos instrumentos musicais na liturgia 09
Breve história do violão 12
Alguns tipos de violão 15
Partes do violão 17
Postura 18
Mãos 20
Conceitos básicos 22
Exercícios 39
Repertório
A treze de maio 54
Alegres vamos à casa do Pai 55
Aleluia – Alleluia 7 56
Aleluia – Louange et glorie 65
Amém 66
Antes da morte e ressurreição de Jesus 90
As nossas mãos se abrem 88
Belém é aqui 49
Bendito e louvado seja o Pai 57
Bendito és Tu, ó Deus criador 67
Bendito sejas, ó Rei da glória 91
Cantar a beleza da vida 58
Cordeiro de Deus 86
Cristo vence 59
Da cepa brotou a rama 68
Do altar de Deus me aproximarei 60
Doce é sentir 50
Eis o tempo de conversão 80
Então da nuvem luminosa 61
Eu sou o pão que vem do céu 81
Eu vim para que todos tenham vida 69
Fonte inexaurível 51
Glória 82
Imaculada 70
Louvor e glória a Ti, Senhor 71
Não fiqueis tristes 72
Noite feliz 87
O Senhor ressurgiu 83
Oh, vinde, enfim, eterno Deus 79
Pecador, agora é tempo 73
Pelos prados e campinas 84
Quando virá, Senhor, o dia 85
Salvador do mundo 74
Santo 52
5
Senhor, eis aqui o teu povo 75
Senhor, que viestes salvar 89
Senhor, vem salvar teu povo 76
Tu és a glória de Jerusalém 62
Vem, ó Senhor, com o teu povo caminhar 53
Vendo Jesus aparecer 63
Vinde, cristãos 64
Viva a mãe de Deus e nossa 77
Vós sois meu Pastor 78
Referências bibliográficas 93
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CARTA AO PROFESSOR
Caro professor,
Esse método de violão é, sobretudo, resultado da experiência que tenho como professor de
música há alguns anos. Também é fruto das diversas reflexões sobre ensino individual e coletivo do
instrumento através de bibliografia especializada; e constituído de uma série de exercícios técnicos
de aprendizado da leitura na partitura que já são consagrados por outros pensadores e mestres do
ensino do violão e que sofreram adaptações e variações para que se pudesse sempre buscar um
melhor aproveitamento de cada aluno.
O presente livro é direcionado ao ensino do violão para a sua utilização na liturgia. Dessa
forma, o repertório nele estudado é uma coleção de canções que podem ser utilizadas nas
celebrações, conforme o uso litúrgico especificado no rodapé das páginas. Portanto, se destina
majoritariamente aos alunos interessados especialmente em usufruir dos conhecimentos musicais
através da liturgia.
Para que o método seja eficiente ao aluno de violão, cabe ao professor tomar certas medidas
enquanto educador. É dever do professor que utiliza esse método estar atento ao que o método
propõe. Ao longo do uso do livro, o professor deve mostrar exemplos em sala de aula, sugerir
atividades musicais, adotar o ensino ao que é sensível à escuta e tratar todos os assuntos com
abrangência.
Obrigado,
Marcelo Silveira
7
8
O USO DOS INSTRUMENTOS MUSICAIS NA LITURGIA
62. Os instrumentos musicais podem ser de grande utilidade nas celebrações sagradas, quer
acompanhando o canto, quer intervenham sós.
“Tenha-se em grande apreço na Igreja latina o órgão de tubos, como instrumento tradicional
e cujo som é capaz de dar às cerimônias do culto um esplendor extraordinário e elevar
poderosamente o espírito para Deus e para as realidades celestiais.
64. O emprego dos instrumentos no acompanhamento dos cânticos pode ser bom para
sustentar as vozes, facilitar a participação e tornar mais profunda a unidade da assembleia. Mas o
som dos instrumentos jamais deve cobrir as vozes ou dificultar a compreensão do texto. Todo o
instrumento se deve calar quando o sacerdote ou um ministro pronunciam em voz alta um texto
que lhes pertença por sua função própria.
65. Nas missas cantadas ou rezadas pode utilizar-se o órgão, ou qualquer outro instrumento
legitimamente admitido para acompanhar o canto do coro e do povo. Pode tocar-se em solo antes
da chegada do sacerdote ao altar, ao ofertório, durante a comunhão e no final da missa.
A mesma regra se pode aplicar, adaptando-a corretamente, nas demais ações sagradas.
66. O toque a solo destes instrumentos não é permitido durante o tempo do Advento e da
Quaresma, durante o Tríduo Sagrado e nos ofícios ou missas de defuntos.
67. É muito desejável que os organistas e demais instrumentistas não sejam apenas peritos
no instrumento que lhes é confiado, mas conheçam e estejam intimamente penetrados pelo espírito
da Liturgia para que, ao exercer o seu ofício, mesmo ao improvisar, enriqueçam a celebração
1
Cf. S. Congr. dos Ritos, Inst. Musicam Sacram (5 de março de 1967).
2
Cf. Conc. Vat. II, Const. Sacrosanctum Concilium, n. 120.
3
Cf. S. Congr. dos Ritos, Inst. Musica sacra et sacra Liturgia, n. 70 (3 de setembro de 1958).
9
segundo a verdadeira natureza de cada um dos seus elementos e favoreçam a participação dos
fiéis.4
Deve fomentar-se por todos os meios o canto litúrgico do povo, utilizando mesmo novas
formas musicais que correspondam à mentalidade dos vários povos e ao gosto atual. (...) Com efeito,
embora a Igreja não exclua da Liturgia qualquer gênero de música sagrada, contudo, nem todos os
gêneros de música, de canto ou de instrumentos musicais podem ser considerados igualmente
apropriados para alimentar a oração e exprimir o mistério de Cristo. Pertence às Conferências
Episcopais tomar decisões mais concretas nesta matéria, e, na falta destas, ao Bispo da diocese
dentro da sua jurisdição. Escolham-se com cuidado, os instrumentos musicais: sejam em número
limitado, adequados ao lugar e à índole da assembleia, favoreçam a piedade e não demasiado
ruidosos.
32. O caráter “presidencial” destas intervenções (do sacerdote celebrante) exige que elas
sejam proferidas em voz alta e clara e escutadas por todos com atenção. Por isso, enquanto o
sacerdote as profere, não haja nenhumas outras orações ou cânticos, nem se ouça o toque do órgão
ou de outros instrumentos musicais.
No tempo do Advento usem-se o órgão e outros instrumentos musicais com a moderação que
convém à índole deste tempo, de modo a não antecipar a alegria do Natal do Senhor.
41. Desde a Quarta-feira de Cinzas até o hino Glória a Deus nas alturas na Vigília pascal, e nas
celebrações dos defuntos, o toque do órgão e dos outros instrumentos usar-se-á somente para
sustentar o canto. Excetua-se, todavia, o domingo Lætare (IV da Quaresma), bem como as
solenidades e as festas.
4
Cf. S. Congr. dos Ritos, Inst. Musicam Sacram, nn. 24-25.
5
Cf. S. Congr. do Culto Divino, Inst. Liturgicæ instaurationes (5 de setembro de 1970).
6
Instrução Geral do Missal Romano, 3ª edição típica (2008).
7
Cf. S. Congr. do Culto Divino, Cerimonial dos Bispos (14 de setembro de 1984).
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Desde o fim do hino Glória a Deus nas alturas na Ceia do Senhor (Quinta-feira Santa) até ao
mesmo hino da Vigília Pascal, o órgão e os outros instrumentos musicais só se podem utilizar para
sustentar o canto.
1.1.9. A nova música para o canto do povo trouxe, como consequência natural, o uso de novos
instrumentos musicais. Sem rejeitar o órgão ou o harmônio, em certas celebrações, o violão, por
exemplo, tem possibilitado um acompanhamento espontâneo e simples, antes inexistente devido à
legislação em vigor.
2.2.4. “Os instrumentos podem ser de grande utilidade na liturgia, quer acompanhando o
canto, quer sem ele” (MS 62), “na medida em que prestam serviço à palavra cantada; ao rito
(explicando-o melhor) e à comunidade em oração; dessa maneira a música instrumental participa
da sacralidade da liturgia e torna-se música sacra por participação. O instrumento por si mesmo,
como prolongamento da voz humana (alma e voz), não é nem sacro nem profano, assim como a voz
humana em si mesma não o é. A classificação de instrumentos em sacros e profanos depende da
relação sociocultural-psicológica mutável quanto ao tempo (na história) e quanto ao lugar (nas
culturas diversas) (cf. SC 12). Se um instrumento consegue integrar-se na liturgia, ajudando-a e
exprimindo-a melhor, especialmente pelo acompanhamento do canto, este instrumento torna-se
sacro, participando da sacralidade da liturgia” (IV ENMS)
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CNBB, Pastoral da Música Sacra (25 de março de 1976).
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BREVE HISTÓRIA DO VIOLÃO
Algumas publicações datam a origem dos instrumentos primitivos ao violão por volta do
século XIV e XV – o período histórico e artístico chamado de Renascimento. Não se sabe se o
instrumento com o nome de “guitarra” foi introduzido na Europa medieval pelos árabes ou se era
nativo do continente por volta do século XIII. Mas sua história fica realmente consolidada durante
o período do Renascimento, no qual surge um instrumento de quatro cordas duplicadas, parecido
com o alaúde e a vihuela.
Ilustração de um alaúde
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A vihuela era um termo que, originalmente, se aplicava a todos os instrumentos de cordas, e
a distinção era feita segundo o método de execução: vihuela de pendola – tocada com palheta,
vihuela de arco – tocada com arco, vihuela de mano – com a mão. Tanto a vihuela quanto o alaúde
foram instrumentos muito importantes para a música ocidental até aproximadamente o século
XVIII.
Ao fim do século XVI, é adicionada à “guitarra” (ou vihuela, ou alguma outra denominação
confusa que não é precisa aos pesquisadores) uma quinta corda e o instrumento agora é conhecido
em toda a Europa por guitarra espanhola, além de ser considerado o instrumento nacional do país.
No fim do século XVIII é adicionada a sexta corda (mi), e as cordas passam de duplas a simples.
Então, em meados do século XIX, o construtor Antônio Torres (1817-1892) torna a caixa
acústica do instrumento mais larga e mais cintada, com a forma de oito que conhecemos
atualmente, assim a posição da execução fica muito melhor e utilizando-se as unhas da mão direita
para ferir as cordas, a sonoridade se torna mais rica, com possibilidades de obter diferentes timbres
das unhas e da polpa do dedo.
“(...) veio com os portugueses do Norte e, chegando aqui, os nossos indígenas se aclimataram
com o violão, gostaram do violão, e logo começaram a estudar violão. Tanto que durante os
próximos anos surgiram muitos violonistas. (...) consta que, a partir de mil quinhentos e pouco,
começaram a surgir muitos violonistas por aqui, inclusive muitos militares tocavam violão.”
Porém, o violonista Francisco Araújo (1954-), professor universitário de música, refuta a ideia
anterior:
“(...) hoje digo com segurança: não foram os portugueses os introdutores do violão no Brasil.
Eles trouxeram a viola, que nada mais era do que a versão lusa da vihuela espanhola do século XVI,
que hoje chamamos de viola caipira. Ela é parecida com o violão, mas tem cordas duplas e uma
afinação diferente.”
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Com grande percurso de transformações na história da música ocidental, hoje o violão tem
algumas variantes (que veremos a seguir), porém podemos geralmente classificá-lo como descrito
no Dicionário Musical Brasileiro, de Mário de Andrade (1893-1945):
VIOLÃO (s. m.) – 1. Instrumento de cordas dedilhadas, constituído por uma caixa de
ressonância de madeira com fundo chato, em forma de oito, e um braço dividido em trastos (ou
trastes) em cuja extremidade suas 6 cordas são fixadas e afinadas por cravelhas (ou tarrachas). As
cordas, de afinação mi-lá-ré-sol-si-mi, são as três mais graves chamadas de bordões e feitas de metal
(hoje em dia, mais encontradas de nylon), sendo as demais cordas feitas de nylon.
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ALGUNS TIPOS DE VIOLÃO
Com o passar dos anos, o violão sofreu diversas transformações. Atualmente é possível
encontrar violões feitos de diversos materiais, tocados de maneiras diferentes e com afinações
distintas a gosto do músico. Abaixo podemos encontrar uma lista breve de algumas das opções
disponíveis nos dias de hoje:
• Violão de cordas de nylon ou o chamado violão de concerto (instrumento para o qual esse
método é dedicado):
Alguns músicos que tocam majoritariamente esse instrumento: Andrés Segovia, Paco de Lucia,
Vicente Amigo, Fábio Zanon, Juliam Bream, Jorge Caballero, Augustin Barrios, Henrique Pinto,
Francisco Tárrega, Sebastião Tapajós, Sérgio e Odair Assad, Badi Assad, Paulinho Nogueira, Raphael
Rabello, Marcelo Kayath, Baden Powell, Garoto, Paulo Bellinati, Marco Pereira, João Gilberto,
Djavan, João Bosco, Guinga, entre tantos outros.
Alguns músicos que tocam majoritariamente esse instrumento: Dino 7 Cordas, Meira, Tute,
Yamandú Costa, Raphael Rabello, Maurício Carrilho, Rogério Caetano, Marcello Gonçalves, Valter
Silva, Valdir Silva, Zé Barbeiro, Luizinho 7 Cordas, Luiz Otávio Braga, entre tantos outros.
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• Violão de cordas de aço:
Alguns músicos que tocam majoritariamente esse instrumento: André Geraissati, Jon Gomm,
Tommy Emmanuel, Martin Taylor, Lenny Breau, Michael Hedges entre tantos outros.
Há também alguns outros modelos não tão comuns, mas ainda assim presentes. São eles:
• Violão de 12 cordas:
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PARTES DO VIOLÃO
Tarracha
Pestana
Traste
Casa
Braço
(tampo harmônico, fundo, aros laterais)
Caixa de Ressonância
Boca
Cordas
Rastilho
Cavalete
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POSTURA
Para melhor execução do violão e para evitar lesões, devemos prestar muita atenção na nossa
postura enquanto tocamos o instrumento. Observe, nas fotos abaixo, algumas formas de sentar e
segurar o violão durante a execução:
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As três primeiras posições das figuras nos mostram a forma na qual grande número dos
violonistas clássicos posicionam seus corpos, braços e mãos. Repare as semelhanças entre as três
imagens acima.
Já nessas duas posições – a primeira mais consagrada pelo flamenco (Ramón Montoya) e a
segunda nos lembrando os violonistas populares brasileiros – nos mostram como o violão pode se
acomodar em nossos corpos dependendo do músico e dos propósitos.
A postura é realmente um assunto importante para o violonista. É através dela que podemos
nos sentir confortáveis em tocar o instrumento. É através dela também que podemos desenvolver
nossa técnica.
Como visto nas ilustrações, há várias formas e posturas para tocar o violão. Após a
EXPLICAÇÃO e DEMONSTRAÇÃO do professor, é possível definir melhor qual dessas posições é mais
adequada para você.
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MÃOS
Antes de partirmos para o violão, observe a nomenclatura utilizada quando nos referimos aos
dedos que tocam o instrumento:
p – polegar
i – indicador
m – médio
a – anelar
Também observe como devemos posicionar nossas mãos ao tocar o violão, para que
tenhamos melhor sonoridade, firmeza e relaxamento.
MÃO DIREITA
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MÃO ESQUERDA
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CONCEITOS BÁSICOS
Para melhor entendimento sobre nossas aulas e nosso instrumento, é preciso estar atento a
determinados “termos” musicais e o que eles representam. Como diz Almir Chediak (1950-2003)
em seu livro “Harmonia e Improvisação”:
1 – Música
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A PARTITURA
Entraremos em um assunto que deve ser estudado juntamente com a prática do instrumento.
A partitura por si só é uma representação gráfica e não sonora da música, portanto é de extrema
importância que o professor e os alunos experimentem juntos as sonoridades, notas, acordes e
ritmos, criando a relação mais clara entre som e notação musical.
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PENTAGRAMA
Para que possamos escrever os sons em várias alturas, adicionamos as linhas suplementares,
observe:
Clave de Sol:
Clave de Fá:
Clave de Dó:
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Portanto, abaixo a representação das notas em uma oitava:
Para a escrita e leitura da partitura no violão utilizaremos na maioria das vezes a clave de Sol.
Observe abaixo onde se escreve cada nota das cordas soltas do instrumento:
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DURAÇÕES
Através da audição, podemos perceber que as notas possuem durações diferentes. Há notas
que duram muito pouco e notas que são longas e ficam soando por um tempo maior. Há também
períodos de silêncio, que são chamados de pausas. Na partitura é possível representar o valor das
notas e suas pausas através das diferentes figuras:
Valores Valores das haste
Nomes
dos sons pausas
colchete
Semibreve cabeça
Mínima ◊
Semínima
Colcheia
Semicolcheia
Fusa
Semifusa
Podemos atribuir o valor de “1” para a figura de Semibreve (como o valor inteiro), assim as
outras figuras corresponderão a ela desta forma:
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= 1/2
= 1/16
Quer dizer que a figura Mínima tem metade da duração da figura Semibreve. E que a figura
Semínima tem ¼ de duração da figura Semibreve. Melhor representado pela tabela abaixo:
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COMPASSOS
O compasso divide a música em diversas partes com a mesma duração. Por exemplo, a maioria
das músicas do gênero pop que encontramos nos dias de hoje possuem 4 tempos por compasso.
Faremos alguns exercícios iniciais para podermos identificar nas músicas quantos tempos por
compasso elas têm. O professor o ajudará nesse processo.
O compasso é representado por uma fração, no início da pauta após a clave, cujo numerador
indica o número de tempos em cada compasso, e o denominador é o símbolo do valor de cada
tempo (unidade de tempo – U. T.), onde:
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Compasso simples:
É quando a unidade de tempo é divisível por dois (quatro, oito, etc.) valores iguais.
Exemplos:
Compasso composto:
É quando a unidade de tempo é um valor divisível por três e representada por uma figura
pontuada.
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Exemplos:
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AS NOTAS NA PARTITURA
Lembrem-se: as notas escritas em uma partitura podem ser tocadas por todos os
instrumentos (desde que correspondam à tessitura dos instrumentos) e em cada um deles o músico
precisa saber onde elas estão localizadas no próprio instrumento.
Com a ajuda do professor, vamos localizar as notas das cordas soltas do violão na partitura:
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ACIDENTES E COMO LOCALIZÁ-LOS NO VIOLÃO
Além das sete notas musicais que já conhecemos, há também o que chamamos de acidentes,
que são utilizados quando uma nota é alterada em meio-tom do seu ponto inicial. Portanto, vamos
aprender um pouco sobre os intervalos, como classificá-los e como encontrar esses acidentes no
braço do violão.
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Na partitura, representamos os acidentes com as figuras de sustenido (altera a nota original
em meio tom, ou em um semitom com movimento ascendente) e bemol (altera a nota original em
meio tom, ou em um semitom com movimento descendente). Observe abaixo alguns exemplos:
Î BEQUADRO – Anula acidentes anteriores, fazendo a nota voltar ao seu estado natural.
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Porém, agora precisamos encontrar essas notas no braço do violão. A figura abaixo nos
ajudará a entender:
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Exercícios
37
38
39
40
41
42
43
44
45
46
Repertório
47
48
49
50
51
52
53
54
55
56
57
58
59
60
61
62
63
64
65
66
67
68
69
70
71
72
73
74
75
76
77
78
79
80
81
82
83
84
85
86
87
88
89
90
91
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARRETO, Robson e TOURINHO, Cristina. Oficina de Violão. Quarteto Editora. Salvador, 2003.
CHEDIAK, Almir. Harmonia e Improvisação, Vol. 1 e 2. Lumiar Editora, 7ª edição revisada. Rio de
Janeiro, 1986.
NOAD, Frederick. Solo Guitar Playing, Vol. 1. Amsco Publications, fourth edition. Estados Unidos,
2009.
NOAD, Frederick. The Complete Idiot’s Guide To Playing the Guitar. Alpha, second edition. Estados
Unidos, 2002.
TAUBKIN, Myriam. Violões do Brasil. Editora Senac São Paulo, 2ª edição. São Paulo, 2007.
VV. AA. Documentos sobre a música litúrgica. São Paulo: Paulus, 2005.
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