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Qual o impacto da depressão?

A depressão é um dos problemas psicológicos mais comumente encontrados na população geral, afetando quase
todas as pessoas, seja como vivência própria ou acometendo algum familiar. A cada ano, aproximadamente 17
milhões de pessoas, nos EUA, passa por algum período de depressão clinicamente significativa. O impacto disso,
no sofrimento humano, não pode ser estimado. A depressão pode interferir com o funcionamento do indivíduo, no
dia-a-dia, e frequentemente causa problemas relacionados ao emprego, às relações sociais e familiares. Além
disso, a depressão causa dor não somente ao paciente, como também às pessoas próximas a ele. A depressão,
quando mais grave, pode até destruir a vida familiar, além da vida do indivíduo acometido.

O impacto da depressão pode ser relacionado pelos itens abaixo:

 Leva a importante dor emocional;


 Altera a vida de milhares de pessoas;

 Afeta o relacionamento com familiares e amigos;

 Reduz a produtividade no trabalho e leva a faltas freqüentes;

 Impacto significativo na economia do país.

No que consiste a depressão?

A depressão é uma doença psiquiátrica, caracterizada por alteração da maneira como a pessoa pensa e sente,
além de afetar o comportamento social da pessoa e o seu senso de bem-estar físico. Todas as pessoas
experimentam momentos de tristeza, eventualmente. Porém, isso não é depressão. Às vezes, nos sentimos
cansados no trabalho, ou mesmo desencorajados quando nos defrontamos com algum problema grave. Isso,
também, não é depressão. Esses sentimentos comumente desaparecem em alguns dias/semanas, assim que nos
ajustamos ao estresse. Porém, quando esses sentimentos perduram, aumentam em intensidade, e começam a
interferir no trabalho, na vida estudantil ou nos relacionamentos sociais (incluindo o familiar), pode-se tratar da
doença depressão.

A depressão pode ocorrer em qualquer pessoa, e uma vez diagnosticada pode ser tratada com sucesso.
Infelizmente, nem sempre a depressão é identificada, porque muitos dos sintomas podem simular outras doenças,
como distúrbios do sono e da alimentação. O primeiro passo para o tratamento é o diagnóstico correto.

Estima-se que quase dois terços das pessoas com depressão não são tratadas adequadamente, porque:

 Os sintomas não são reconhecidos como sendo de depressão;


 Pessoas deprimidas são vistas como fracas ou preguiçosas;

 O estigma social leva os pacientes a não buscar tratamento;

 Os sintomas podem ser tão incapacitantes que impedem o paciente de procurar ajuda;

 Muitos sintomas são encarados como sendo devidos a outras doenças;

 Algumas vezes, são tratados os sintomas individualmente, e não a causa de base.

A depressão clínica é um problema bastante comum, e muitas pessoas acometidas nunca procuram tratamento,
ou são diagnosticadas incorretamente. Isso é uma pena, já que aproximadamente 80% dos pacientes podem
apresentar melhora significativa dos sintomas e da qualidade de vida com o tratamento adequado.

Quais as características da depressão?

A depressão é uma doença que afeta todo o organismo, incluindo a mente e os pensamentos. Ela afeta a forma
como a pessoa come, dorme, o que ela pensa e sente sobre si mesma e sobre as outras coisas. A depressão não
é o mesmo que melancolia, nem um sinal de fraqueza pessoal. A pessoa com depressão não consegue,
simplesmente, melhorar o humor, convivendo com as outras pessoas. Não adianta dizer a ela para ficar alegre,
para olhar o lado bom da vida. Isso não dá resultado. Sem o tratamento correto, os sintomas podem durar por
semanas, meses, anos.

Os sintomas de depressão variam entre os indivíduos, dependendo também da gravidade do quadro.

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 Alterações nos pensamentos: os pacientes relatam problemas de concentração e tomada de decisões.
Alguns pacientes também queixam de perda de memória recente e de lapsos de memória freqüentes.
Pensamentos negativos são característicos da depressão. São comuns também: pessimismo, baixa auto-
estima, sensação excessiva de culpa e autocrítica. Nos casos mais graves, os pacientes apresentam
pensamentos autodestrutivos (vontade de suicidar).
 Alterações nos sentimentos: a pessoa se sente triste sem nenhum motivo identificável. Alguns pacientes
relatam que não sentem mais prazer na realização de atividades que anteriormente sentiam. Pode haver
falta de motivação, e a pessoa fica mais apática. Às vezes, está presente irritabilidade, e o paciente pode
ter dificuldade em controlar seu temperamento. Em graus mais graves, o paciente sente-se sem
esperança e desamparado.

 Alterações no comportamento: essas alterações refletem as emoções negativas que o paciente está
sentindo. O paciente age de maneira apática, porque é assim que ele se sente. Alguns não se sentem
confortáveis na presença de outras pessoas, de maneira que evitam situações sociais. Alguns pacientes
apresentam mudanças em relação ao apetite, podendo esse estar aumentado ou diminuído. Devido à
tristeza crônica, é comum a presença de choro constante. Os pacientes costumam reclamar de tudo, e
são comuns os acessos de raiva e ira. O desejo sexual pode desaparecer, o que resulta em ausência de
atividade sexual. Nos casos mais graves, a pessoa passa a negligenciar a si mesma, evitando realizar até
mesmo atividades de higiene pessoal. Evidentemente, esses pacientes não costumam ter produtividade
no trabalho, nem mesmo em casa. Alguns pacientes não conseguem nem se levantar da cama, pela
manhã.

 Alterações no bem-estar físico: comumente, os pacientes queixam-se de fadiga crônica, embora passem
boa parte do dia dormindo. Alguns pacientes não conseguem dormir, ou o sono é leve e não reparador.
Eles ficam acordados por horas, ou acordam várias vezes durante a noite. Em outros casos, os pacientes
costumam dormir em excesso, inclusive durante o dia, embora continuem tendo a sensação de estarem
cansados. Muitos perdem o apetite, sentem-se fadigados e se queixam de dores por todo o corpo.

Agora, imagine esses sintomas durando semanas a meses; imagine ter esses sentimentos/sensações quase o
tempo todo. A depressão ocorre quando esses sintomas estão presentes por várias semanas. É claro que, se você
notar algum desses sintomas, deve procurar um médico para que ele avalie se você realmente tem depressão.

A depressão é uma doença muito grave?

O transtorno depressivo maior é uma doença tão grave quanto a hipertensão arterial ("pressão alta") e o diabetes
mellitus. Em 1990, foi publicado um estudo realizado no mundo inteiro, no qual foi observado que a principal causa
de incapacidade para as atividades do dia-a-dia era a depressão. Esses achados sugerem que os transtornos
depressivos estão associados a baixo desempenho físico e social. Além disso, a depressão aumenta o risco de
mortalidade, devido ao suicídio, aos acidentes e piora de outras doenças associadas.

depressão é uma doença extremamente comum, mas, infelizmente, dois terços dos pacientes afetados não são
tratados adequadamente pois não têm a doença diagnosticada ou não conseguem ajuda médica. Os sintomas
incluem distúrbios do sono, insatisfação com as atividades diárias, desânimo, dificuldade de concentração e
muitos outros.

Todo mundo passa por períodos de desânimo. Os sentimentos de pesar e dor que acompanham estes períodos
geralmente são necessários e transitórios, e podem até mesmo representar uma oportunidade de crescimento
pessoal. Todavia, quando a depressão persiste e começa a prejudicar a vida diária, isto pode ser o indício de uma
doença depressiva, e não somente um quadro passageiro de melancolia. A gravidade, a duração e a presença de
outros sintomas são os fatores que distinguem a tristeza normal de um distúrbio depressivo.

A maioria das pessoas deprimidas não procura auxílio médico. Nos idosos, devido à relação complexa entre
depressão, medicações e doenças graves, é especialmente importante não deixar de detectar este distúrbio. Ao
contrário do que acontecia no passado, hoje a depressão é reconhecida como uma doença.

Quais são os tipos de depressão?

Existem 5 tipos principais de Depressão: Depressão Maior, Depressão Crônica Leve (ou Distimia), Depressão
Atípica, Distúrbio Afetivo Sasonal, Tensão Pré-menstrual e Pesar.

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Depressão Maior

Os pacientes com este tipo de depressão apresentam pelo menos 5 dos sintomas listados a seguir, por um
período não inferior a duas semanas:

1. Desânimo na maioria dos dias e na maior parte do dia (em adolescentes e crianças há um predomínio da
irritabilidade).
2. Falta de prazer nas atividades diárias.

3. Perda do apetite e/ou diminuição do peso.

4. Distúrbios do sono – desde insônia até sono excessivo – quase todo dia.

5. Sensação de agitação ou languidez intensa

6. Fadiga constante

7. Sentimento de culpa constante

8. Dificuldade de concentração

9. Idéias recorrentes de suicídio ou morte

Além destes critérios, devem ser observados outros pontos importantes: os sintomas citados anteriormente não
devem estar associados a episódios maníacos (como na doença bipolar); devem comprometer atividades
importantes (como o trabalho ou os relacionamentos pessoais); não devem ser causados por drogas, álcool ou
qualquer outra substância; e devem ser diferenciados de sentimentos comuns de tristeza. Geralmente, os
episódios de depressão duram cerca de vinte semanas.

Os sintomas da depressão nas crianças podem ser diferentes daqueles dos adultos, incluindo tristeza persistente,
incapacidade de se divertir com suas atividades favoritas, irritabilidade acentuada, queixas freqüentes de
problemas como dores de cabeça e cólicas abdominais, mau desempenho escolar, desânimo, concentração ruim
ou alterações nos padrões de sono e de alimentação.

Depressão Crônica (Distimia)

A depressão crônica leve, ou Distimia, caracteriza-se por vários sintomas também presentes na Depressão Maior,
mas eles são menos intensos e duram muito mais tempo – pelo menos 2 anos. Os sintomas são descritos como
uma "leve tristeza" que se estende na maioria das atividades

Em geral, não se observa distúrbios no apetite ou no desejo sexual, mania, agitação ou comportamento
sendentário. Pensamentos suicidas não são comuns. Talvez devido à duração dos sintomas, os pacientes com
depressão crônica não apresentam grandes alterações no humor ou nas atividades diárias, apesar de se sentirem
mais desanimados e pessimistas. Os pacientes crônicos podem sofrer episódios de Depressão Maior (estes casos
são conhecidos como depressão dupla).

Depressão Atípica

As pessoas com esta variedade geralmente comem demais, dormem muito, sentem-se muito enfadadas e
apresentam um sentimento forte de rejeição.

Distúrbio Afetivo Sasonal (DAS)

Este distúrbio caracteriza-se por episódios anuais de depressão durante o outono ou o inverno, que podem
desaparecer na primavera ou no verão – quando então tendem a apresentar uma fase maníaca.

Outros sintomas incluem fadiga, tendência a comer muito doce e dormir demais no inverno, mas uma minoria
come menos do que o costume e sofre de insônia.

Tensão Pré-menstrual (TPM)

Há depressão acentuada, irritabilidade e tensão antes da menstruação. Afeta entre 3% e 8% das mulheres em
idade fértil. O diagnóstico baseia-se na presença de pelo menos 5 dos sintomas descritos no tópico Depressão

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Maior na maioria dos ciclos menstruais, havendo uma piora dos sintomas cerca de uma semana antes da chegada
do fluxo menstrual, melhorando logo após a passagem da menstruação.

Pesar

Os sintomas de Pesar e da depressão possuem muito em comum. Na verdade, pode ser difícil diferenciá-los. O
Pesar, contudo, é considerado uma reposta emocional saudável e importante quando se lida com perdas.
Normalmente é limitado.

Nas pessoas sem outros distúrbios emocionais, o sentimento de aflição dura entre três e seis meses. A pessoa
passa por uma sucessão de emoções que incluem choque e negação, solidão, desespero, alienação social e
raiva. O período de recuperação consome outros 3-6 meses. Após esse tempo, se o sentimento de pesar ainda é
muito intenso, ele pode afetar a saúde da pessoa ou predispô-la ao desenvolvimento de uma depressão
propriamente dita.

Quais são as causas da depressão?

Fatores Psico-sociais

As pessoas que já experimentaram períodos de depressão relatam um acontecimento estressante como o fator
precipitante da doença. A perda recente de uma pessoa amada é o fato mais citado, mas todas as grandes perdas
(e mesmo as pequenas) causam um certo pesar.

Acontecimentos traumáticos, como a perda súbita de um ente querido, ou mesmo eventos naturais como
enchentes, podem causar uma depressão imediata, sendo necessário um longo período de recuperação. A
maioria das pessoas supera este estado sem se tornar cronicamente deprimida. Alguns fatores genéticos ou
biológicos podem explicar a maior vulnerabilidade de certas pessoas. A existência ou a ausência de uma forte
malha social ou familiar também influenciam – positiva ou negativamente – na recuperação.

Fatores Biológicos

Alterações nos níveis de neurotransmissores (principalmente serotonina, acetilcolina, dopamina, epinefrina e


norepinefrina) relacionam-se à susceptibilidade para depressão. Alguns hormônios também podem ter um papel
importante – ainda que isto não esteja muito claro. Ainda, atrofias em certas áreas do cérebro (particularmente no
lobo pré-frontal) responsáveis pelo controle das emoções e produção de serotonina são responsáveis por
distúrbios depressivos importantes.

Outras possíveis causas de depressão

Medicamentos como betabloqueadores, corticosteróides, anti-histamínicos, analgésicos e anti-parkinsonianos


podem causar depressão, bem como a retirada de qualquer medicação utilizada no longo prazo.

Existem fatores de risco para depressão?

Sim, existem. Qualquer pessoa que já passou por um episódio de Depressão Maior possui uma chance de 50% de
apresentar outro episódio – podendo acumular 4 a 5 episódios por toda a vida. Algumas pessoas apresentam
crises depressivas recorrentes separados por vários anos de sanidade mental. Outras passam por crises repetidas
separadas por breves períodos normais. Infelizmente, cerca de 35% das pessoas apresentam uma depressão
crônica que nunca desaparece, nem mesmo com o tratamento adequado.

O problema parece estar crescendo. Neste século, cada geração teve mais episódios de depressão que a anterior,
e cada vez em idade mais tenra.

Mulheres

A correspondência de casos de depressão entre mulheres e homens é de 2:1. Não se sabe exatamente porquê
isto ocorre – hereditariedade, desequilíbrios hormonais, maneira de lidar com as próprias emoções, maior
facilidade em diagnosticar depressão em mulheres, pior situação sócio-econômica, abuso físico e sexual, etc.

Estima-se que uma em cada 4 mulheres apresentará um episódio de depressão ao longo de sua vida. A maioria
das mulheres deprimidas encontra-se entre 25 e 40 anos, é casada e tem filhos para criar. A depressão é mais
comum nos dois extremos sócio-econômicos e naquelas que fazem uso abusivo de medicamentos.

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Crianças

Acontecimentos desagradáveis na escola ou em casa podem desencadear uma crise depressiva, esta, porém,
quando dura mais de duas semanas, torna-se preocupante. Crianças deprimidas tornam-se irritadiças, cansadas
ou ansiosas. Podem perder o interesse em suas atividades habituais, recusar a ir para a escola ou se auto-agredir
(batendo a cabeça contra a parede, por exemplo). Até mesmo crianças de 5 ou 6 anos de idade podem tentar o
suicídio.

Em geral, a depressão dura cerca de 7 meses, e as chances da criança vir a apresentar um novo período
depressivo são grandes. A consulta médica é imprescindível para se confirmar o diagnóstico de depressão e,
principalmente, excluir a possibilidade de outras doenças.

Algumas crianças e adolescentes podem necessitar de medicamentos antidepressivos, mas os remédios devem
ser utilizados como parte de um tratamento que inclua acompanhamento psicoterápico. Entretanto, ainda existe
muita controvérsia quanto ao uso de antidepressivos nesta faixa etária. Em geral, os antidepressivos tricíclicos são
a primeira escolha, pois seus efeitos já são bastante conhecidos. A principal preocupação com seu uso é o risco
de morte, principalmente decorrente de problemas cardíacos, que tem sido associada ao uso de desipramina (um
tipo de tricíclico) em jovens hiperativos.

Adolescentes

Muitas pessoas experimentam sua primeira grande crise de depressão durante a adolescência, ainda que não o
saibam. Comumente ocorre entre os 15 e 19 anos de idade e o suicídio é sempre uma preocupação nesse grupo.
Pode manifestar-se como baixa auto-estima, consumo de drogas e/ou abuso de álcool, abandono da escola,
problemas com a autoridade, comportamento anti-social, pessimista, supersensível, pouco cooperativo ou
agressivo. Uma vez que estes padrões de atitude são, até certo ponto, considerados normais por nós em um
adolescente, não é de se espantar que muitos casos de depressão neste grupo permaneçam não-diagnosticados e
sem tratamento adequado.

Depressão em Adolescentes: sinais de alarme para o risco de suicídio

 Tentativas anteriores: jovens que tentam  Armas em casa: pode facilitar o suicídio de
suicidar-se permanecem vulneráveis por um adolescente problemático.
vários anos, especialmente nos primeiros
três meses após a tentativa.  Violência familiar: ensina aos jovens que a
maneira mais fácil de resolver qualquer
 Antecedentes psiquiátricos: o risco é maior conflito é através da violência.
em pacientes que já foram internados para
tratamento psiquiátrico.  Falta de comunicação: a incapacidade de
discutir raiva e sentimentos desconfortáveis
 Insucesso pessoal: metas muito difíceis e com a família podem levar ao suicídio.
críticas rígidas podem desencadear uma
espiral descendente que terminará no
 Abuso de drogas: alguns adolescentes
suicídio.
fazem uso de drogas ou álcool para escapar
da depressão, mas isto pode apenas
 Perdas recentes: a morte de um ente aumentar o risco de suicídio.
querido ou de um amigo, divórcio, gravidez
indesejada ou o fim de um namoro podem
fazer com que o adolescente se sinta tão
perdido que o suicídio lhe pareça como a
única saída.

Idosos

Este é outro grupo onde a depressão é mal interpretada. Estima-se que cerca de 20% das pessoas acima de 65
anos de idade apresentem distúrbios depressivos. Na verdade, a depressão é 4 vezes mais comum nesta faixa
etária que na população em geral, e o risco de suicídio para pessoas com mais de 65 anos é 15 vezes maior.

A depressão não faz parte do envelhecimento, apesar de se acreditar justamente o contrário. Uma vez que esta
doença causa dificuldade de concentração, indiferença, problemas de memória e desorientação, freqüentemente
ela não é percebida, sendo confundida com senilidade. Cerca de 12% dos idosos com diagnóstico de demência na
verdade estão deprimidos (associações entre demência e depressão também são possíveis).

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Além disso, muitas das doenças que acometem os idosos podem se manifestar como depressão: doença de
Parkinson, doença de Cushing, doenças da tireóide, doenças pulmonares, deficiências de vitaminas, câncer e
derrame. Uma vez que o metabolismo diminui com a idade, geralmente os idosos necessitam de uma dose menor
de antidepressivos para obter uma boa resposta.

Qual a gravidade da depressão?

A preocupação com o suicídio ou ameaça de suicídio, especialmente vinda de alguém sabidamente infeliz ou que
tenha sofrido uma perda recente, deve ser considerada séria.

Estima-se que a depressão contribua para cerca de 50% de todos os suicídios e é uma causa importante de morte
entre jovens. Na velhice, os homens respondem por cerca de 80% dos casos de suicídio – o maior risco encontra-
se entre os divorciados ou viúvos.

A depressão exerce um efeito importante na piora de várias doenças e pode até mesmo predispor a pessoa a
outros males. Estudos recentes indicam que a depressão pode influenciar aspectos do sistema imune, coagulação
sanguínea, pressão arterial, vasos sanguíneos e ritmo cardíaco - em alguns casos, até mesmo prejudica a
resposta aos medicamentos utilizados para controlar uma doença cardíaca. A saúde dos idosos deprimidos que
são hospitalizados tende a piorar, e sua recuperação é mais lenta.

Existe uma forte associação entre depressão e aumento na incidência e na gravidade de derrames e ataques
cardíacos. A depressão aumenta a autocrítica e diminui o desejo sexual, além de ter um efeito direto sobre o
sistema nervoso, podendo acarretar problemas de ereção. Por outro lado, disfunções eréteis podem causar
depressão, e as duas condições podem terminar perpetuando-se. A pessoa deprimida possui um maior risco de
alcoolismo, tabagismo e abuso de outras drogas.

Como a depressão é tratada?

A despeito da eficácia do tratamento, mais de dois terços das pessoas com depressão não serão tratados. Mesmo
nos EUA, pesquisas indicam que apenas 3% dos idosos com depressão estejam sendo adequadamente tratados.
Imagine no Brasil...

Algumas vezes, o distúrbio é sério o suficiente para necessitar hospitalização, mas na maioria dos casos o
tratamento pode ser realizado no consultório ou ambulatório. Psiquiatras são médicos e são os únicos que podem
prescrever medicamentos, mas muitos Psicólogos possuem acordos com psiquiatras para medicar seus
pacientes.

A confiança do paciente em seu médico ou psicólogo é o componente mais importante do tratamento. Não se sinta
embaraçado em dizer ao seu analista que você não se sente à vontade com ele, e troque de profissional se não se
sentir confiante.

A maioria dos adultos necessita de antidepressivos e psicoterapia – estes variam de caso para caso. Nos casos
que não conseguem sucesso com esta abordagem, a terapia com eletrochoques pode ser uma boa opção. Existe
muito preconceito com respeito a esta ferramenta terapêutica, mas pesquisas desenvolveram técnicas e medidas
de segurança que tornaram os eletrochoques uma forma de tratamento bastante eficaz, desde que indicada
apropriadamente. Os casos que não respondem ao tratamento eletroconvulsivo podem ser triados para cirurgia.

Crianças e adolescentes respondem melhor a psicoterapia que ao uso de remédios. Quando se necessita lançar
mão de uma droga, os inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRS) são os mais indicados. Os
medicamentos são mantidos inicialmente por 6 meses, quando se inicia a fase de manutenção, que pode durar um
ano ou mais.

Em idosos, se dá preferência ao uso de ISRS, pois seus efeitos colaterais são menos intensos que aqueles dos
tricíclicos. Contudo, devido aos benefícios ainda modestos destes medicamentos e o risco de queda, os
especialistas recomendam psicoterapia para os casos leves e moderados. Idosos com depressão grave
respondem melhor ao uso de antidepressivos tricíclicos – mas estes devem ser usados com cautela devido ao
risco de doença cardíaca e outros efeitos indesejáveis.

Como reconhecer essa doença

A depressão representa uma das doenças mais comuns da era moderna, mas já é conhecida desde a antiguidade.
É um mal que acomete homens, mulheres e crianças, de todas as etnias e classes sociais, mas é duas vezes

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mais comum nas mulheres. Sentimentos de infelicidade, inutilidade, culpa e vazio são normais e ocorrem em
todas as pessoas após acontecimentos indesejáveis. Geralmente desaparecem algum tempo depois, não devendo
ser encarados como depressão. Entretanto, deve-se ficar atento quando esses sentimentos se tornam graves e
duram várias semanas".

O que é a depressão?

A depressão é uma doença caracterizada por um estado de humor deprimido. A pessoa fica angustiada,
desanimada, sente-se sem energia e uma tristeza profunda, às vezes acompanhada de tédio e indiferença.
Quando os sentimentos são muitos e confusos, o indivíduo pode ter a impressão de que não tem sentimentos. As
atividades normais do dia-a-dia passam a não ter mais importância e a pessoa passa a encarar até as tarefas
mais simples como se fossem um grande esforço.

A vida perde a cor e a pessoa perde o interesse por tudo, inclusive seus hobbies preferidos, amigos e até o sexo.
Há mudança do apetite (que pode aumentar ou diminuir), alterações do sono (sendo mais comum a insônia).
Geralmente a pessoa deprimida prefere ficar isolada, num lugar onde possa ficar só. Assim, doença interfere com
o trabalho e a vida da pessoa, podendo mudar até a maneira como o indivíduo pensa e/ou age.

A doença se manifesta quando há uma alteração na comunicação entre as células cerebrais, os neurônios,
causando um desequilíbrio químico-fisiológico. Essa comunicação é realizada por substâncias chamadas
neurotransmissores. No caso da depressão, são importantes duas dessas substâncias: a serotonina e a
noradrenalina. Elas estão envolvidas em todos os processos responsáveis pelos sintomas da doença.

O que causa a depressão?

Na doença depressiva nem sempre é possível descobrir quais acontecimentos levaram ao seu desenvolvimento.
Na maioria das vezes é uma doença com apresenta múltiplas causas, que interagem umas com as outras levando
à sua apresentação clínica. Acredita-se que haja uma base hereditária, já que pessoas com história familiar de
depressão apresentam maiores chances de desenvolver a doença. Associados a isso, podemos ter os seguintes
fatores:

• Acontecimentos na vida que levam a grande entristecimento: morte na família, crise e separação matrimonial,
menopausa, parto, etc
• Modo de encarar a vida, de forma pessimista, negativista
• Estresse
• Problemas sociais como desemprego, solidão

Esses fatores citados acima podem desencadear a doença em pessoas predispostas ou então levar por si só à
depressão.

Quem apresenta maior risco de desenvolver a depressão?

Alguns indivíduos apresentam maior risco de desenvolver depressão, como por exemplo:

• Pessoas que já tiveram depressão


• Pessoas que têm familiares com depressão
• Pessoas que convivem freqüentemente com eventos adversos
• Pessoas com problemas de relacionamento
• Aqueles que sofrem de isolamento social, como: idosos, desempregados, marginalizados, minorias étnicas,
mães solteiras
• Doentes ou incapacitados
• Mulheres nos 18 meses seguintes a um parto
• Pessoas que abusam de drogas, medicamentos, álcool

Como reconhecer a depressão

Como dito anteriormente, os critérios para o diagnóstico da depressão baseiam-se principalmente na intensidade e
duração dos sintomas. Em geral, os pacientes apresentam:

• Sentimentos de inutilidade, desamparo ou falta de esperança


• Humor depressivo ou irritabilidade, ansiedade
• Dormir mais ou menos que o normal
• Comer mais ou menos que o normal

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• Dificuldade em concentrar-se ou em tomar decisões
• Perda de interesse em participar de atividades
• Redução da libido (desejo sexual)
• Recusa em estar com outras pessoas
• Sentimentos exagerados de culpa, tristeza ou mágoa
• Perda de energia ou sentimento de cansaço
• Pensamentos de morte e suicídio

Importante lembrar que a depressão pode manifestar-se também por sintomas físicos, como dores de estômago,
dores de cabeça, dores pelo corpo e nas costas, pressão no peito, entre outros.

Tratamento

Ao contrário do que algumas pessoas pensam, a depressão tem cura. É importante que ao perceber os sintomas,
a pessoa procure atendimento médico pois quanto antes for iniciado o tratamento mais rápido o doente voltará à
sua vida normal. O tratamento pode ser realizado com o uso de antidepressivos, psicoterapia ou com a
associação dos dois. É fundamental o apoio e a participação de familiares e amigos no sucesso do tratamento.

Os antidepressivos constituem um grupo de medicamentos que têm o objetivo de restabelecer o equilíbrio da


comunicação dos neurônios. Atualmente temos vários tipos de antidepressivos, cada um com sua indicação
específica. Alguns exemplos são:

• Amitriptilina, nortriptilina, imipramina


• Fluoxetina, paroxetina, sertralina

Os antidepressivos de um modo geral não causam sonolência, nem dependência e não precisam ser tomados
para o resto da vida. Uma característica importante é que o início dos efeitos não é imediato, necessitando de um
período de aproximadamente 3 a 4 semanas para começar a mostrar resultados. Da mesma forma, deve-se ter
em mente que o tratamento da depressão é demorado, levando em média de 4 a 6 meses, podendo estender-se
até um ano ou mais. Isso tudo vai depender da gravidade da doença e da resposta do paciente ao tratamento.

A psicoterapia é de extrema importância pois ajuda a pessoa a reconhecer a doença e que precisa de ajuda, e a
identificar pontos importantes que possam ter contribuído para o desenvolvimento da depressão, ao mesmo tempo
em que possibilita a elaboração de estratégias para driblar esses fatores. Associada aos antidepressivos, leva a
excelentes resultados.

Um amigo ou familiar está com depressão, o que fazer?

Em primeiro lugar deve-se compreender que a pessoa não tem culpa de estar deprimida, e que ela não pode
simplesmente sair dela. Tentar animar a pessoa deprimida, mostrando as coisas boas da vida, na maioria das
vezes só piora as coisas. Você se sentirá frustrado e a pessoa deprimida se sentirá mais culpada ainda. Algumas
atitudes, entretanto, podem ser extremamente úteis:

• Escutar a pessoa deprimida: encorajar a pessoa a falar sobre seus sentimentos, oferecer apoio; não tente
resolver os problemas dela, apenas escute
• Não critique, pois as pessoas deprimidas são muito sensíveis e isso pode fazê-las desmoronar
• Não tome a depressão do outro como sua culpa
• Não pressione
• Não assuma as responsabilidades dela
• Não perca a paciência, a pessoa deprimida pode estar irritável
• Ofereça simpatia e compreensão

Quais as causas da depressão?

As causas da depressão não são completamente esclarecidas, sendo resultado provavelmente da combinação de
fatores genéticos, biológicos e ambientais. Você já deve ter ouvido falar que na depressão ocorre um desequilíbrio
químico no cérebro, sugerindo que a depressão seria uma doença orgânica, e não psicológica. No entanto, todos
os transtornos psicológicos podem apresentar sintomas físicos, assim como as doenças orgânicas também
apresentam algum componente relacionado à mente. É verdade que ocorrem desequilíbrios químicos cerebrais,
nos pacientes com depressão, que geralmente desaparecem com o tratamento psicoterápico, mesmo quando o
paciente não faz uso de medicamentos para corrigir esses distúrbios. Isso sugere que o desequilíbrio químico
seria uma resposta do organismo à depressão psicológica.

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Alguns tipos de depressão acometem membros da mesma família, o que indica a possibilidade de uma
vulnerabilidade genética/hereditária. Parece ser esse o caso do chamado transtorno bipolar e, em menor grau, do
transtorno depressivo maior. Alguns estudos realizados com famílias, nas quais existem membros acometidos pelo
transtorno bipolar, em cada geração, mostraram que os indivíduos acometidos apresentam alguma alteração
genética que os não-acometidos não apresentam.

No entanto, o contrário não é verdadeiro. Nem todas as pessoas com possível vulnerabilidade genética
desenvolvem o transtorno. Fatores adicionais, ditos ambientais, como o estresse, e outros fatores psicológicos
parecem estar envolvidos no desencadeamento da doença. Do mesmo modo, o transtorno depressivo maior
também parece ocorrer em famílias, geração após geração, mas não com uma freqüência que sugira uma causa
orgânica. Além disso, o transtorno também ocorre em indivíduos que não apresentam história familiar de
depressão. Assim, embora existam alguns fatores biológicos que contribuam para a ocorrência da depressão, ela
é um distúrbio claramente psicológico.

Diversos fatores psicológicos parecem ter um papel na probabilidade de desenvolvimento de depressão,


especialmente as formas graves. Provavelmente, esses fatores são os principais responsáveis por outras formas
de depressão leve e moderada, principalmente a chamada depressão reativa. Esse tipo de depressão é
geralmente diagnosticado como um distúrbio de ajuste, durante o tratamento.

Pessoas com baixa auto-estima, que vêem o mundo e a si mesmas com pessimismo ou que são facilmente
arrebatadas pelo estresse, estão mais propensas ao desenvolvimento de depressão. Os profissionais da
psicologia frequentemente descrevem fatores de aprendizado social, como sendo significativos no
desenvolvimento da depressão, bem como outros fatores psicológicos. As pessoas aprendem formas bem e mal-
adaptadas de manejo do estresse e de resposta aos problemas enfrentados no ambiente familiar, na escola e nos
ambientes social e profissional. Esses fatores, relacionados ao ambiente, influenciam o desenvolvimento
psicológico e a forma como as pessoas tentam resolver seus problemas, à medida que eles surgem. Esses fatores
de aprendizado social também explicam porque os problemas psicológicos parecem ocorrer mais frequentemente
em membros da mesma família. Se uma criança cresce em um ambiente pessimista, no qual o desencorajamento
é comum, e o encorajamento é raro, ela vai desenvolver uma propensão à depressão.

Uma perda grave, doenças crônicas, problemas de relacionamento, estresse no trabalho, crises na família,
problemas financeiros ou qualquer alteração na vida, que não seja bem-vinda, podem desencadear um episódio
de depressão. Frequentemente, uma combinação de fatores biológicos, psicológicos e ambientais, estão
envolvidos no desenvolvimento dos transtornos depressivos, bem como de outros problemas psicológicos.

Quais os fatores de risco para depressão?

1) Sexo e Depressão

- Depressão em mulheres: estima-se que, em qualquer momento de suas vidas, cerca de 5% a 9% das mulheres
apresentam um episódio depressivo, comparada a uma porcentagem de 1% a 3% entre os homens. Além desse
maior risco de desenvolvimento de depressão, em comparação aos homens, as mulheres são mais propensas a
desenvolver múltiplos tipos de transtornos depressivos, como a distimia e o transtorno depressivo maior.

- Depressão em homens: a depressão não é uma doença rara em homens. De fato, sabe-se que meninos, no
início da adolescência, apresentam maior risco de depressão do que as meninas da mesma idade. Homens idosos
também apresentam risco muito maior de suicídio e, como as mulheres, apresentam risco de complicações de
saúde devidas à depressão. Os estudos mostram que os homens, mais freqüentemente, tentam mascarar sua
depressão com o uso de bebidas alcoólicas, o que pode ser responsável pela menor taxa relatada de depressão
em homens. Foram sugeridos os seguintes indicadores para a identificação de homens com depressão:

 Baixa tolerância ao estresse;


 Comportamento impulsivo, com ocorrência de "acessos";

 História de abuso de álcool ou outras substâncias;

 História familiar de depressão, alcoolismo ou suicídio.

2) Idade e Depressão

- Depressão em crianças e adolescentes: um estudo realizado na Austrália mostrou que 2,1% das meninas e 3,7%
dos meninos com idade entre 6 e 12 anos vivenciaram episódio depressivo no decorrer de um ano. Antes da

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puberdade, a depressão é mais comum entre os meninos; após essa fase, torna-se mais comum entre as
meninas.

- Depressão em idosos: estima-se que aproximadamente um terço dos idosos apresente transtorno depressivo.

3) Status Socioeconômico

De uma maneira geral, pertencer a um grupo com menor poder aquisitivo representa um fator de risco importante
para o desenvolvimento de depressão. O dinheiro, é claro, garante acesso a cuidados médicos de qualidade, mas
isso não explica completamente o fato de as pessoas mais pobres apresentarem mais frequentemente transtornos
depressivos. Indivíduos de qualquer nível socioeconômico apresentam risco de depressão, caso apresentem
alguma doença crônica ou sejam socialmente isolados.

4) História Familiar

A presença de depressão, em membros da família, aumenta o risco de depressão nos outros membros.
Pesquisadores têm relatado que a ocorrência de episódio depressivo com duração de um a dois meses é capaz
de aumentar o risco de depressão nos filhos. Quanto mais grave a depressão materna, maior o risco de depressão
na criança. Em um ciclo perpetuador, ter depressão durante a infância aumenta o risco de depressão na idade
adulta. Além disso, sabe-se que os companheiros de pacientes deprimidos também apresentam risco aumentado
de desenvolver essa doença.

5) Conseqüências de Perdas e Traumas

Pacientes que apresentaram episódios depressivos graves, freqüentemente relatam um evento estressante como
precipitador da doença. A ocorrência de eventos graves, durante a infância, aumenta o risco de depressão na
idade adulta. A separação dos pais, a ocorrência de abuso físico e experiências de medo, estão especialmente
associados ao desenvolvimento de depressão, na idade adulta.

A ocorrência de eventos estressantes, na idade adulta, também é capaz de desencadear um episódio depressivo.
A perda de um companheiro (por exemplo, um divórcio ou morte) é um fator de risco para depressão. De fato, a
perda do ente amado é o fator desencadeante mais frequentemente relatado pelos pacientes. Porém, todas as
perdas importantes causam reações de tristeza. Os indivíduos que desenvolvem depressão após uma perda,
provavelmente apresentam fatores predisponentes (genéticos e/ou ambientais). A existência ou ausência de
relacionamentos fortes, com familiares e amigos têm efeito positivo ou negativo, respectivamente, na recuperação
de um episódio depressivo. Muitas pessoas conseguem lidar com isso e acabam não desenvolvendo depressão
crônica.

6) Doenças Associadas

- Doenças graves ou crônicas: qualquer doença crônica ou grave, que ameaça a vida ou está fora do controle do
indivíduo doente, pode levar à depressão.

- Doença da tireóide: as doenças da tireóide podem causar depressão, porém muitas vezes não são detectadas.

- Dores de cabeça: parece existir uma forte associação entre as dores de cabeça e a depressão.

- Acidente vascular encefálico ("derrame"). A ocorrência de um acidente vascular encefálico aumenta o risco de
depressão.

7) Tabagismo

Existe uma forte associação entre o tabagismo e a suscetibilidade à depressão. As pessoas propensas a
desenvolver depressão apresentam uma chance de 25% de desenvolver essa doença quando param de fumar,
sendo que esse risco permanece aumentado por alguns meses. Além disso, os pacientes com depressão e
tabagistas apresentam menor chance de parar de fumar. Por isso, o antidepressivo bupropion tem-se mostrado útil
em ajudar os tabagistas a pararem de fumar.

8) Transtorno de Ansiedade

A depressão ocorre comumente, em pacientes portadores de transtornos ansiosos. Quase 100% dos pacientes
com depressão apresentam ansiedade concomitante.

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9) Insônia e Distúrbios do Sono

Os distúrbios do sono são parte dos sintomas da depressão, e mais de 90% dos pacientes deprimidos apresentam
insônia. Embora o estresse e a depressão sejam causas de insônia, a insônia pode causar aumento da atividade
de hormônios e de vias cerebrais que podem produzir problemas emocionais. Mes

Como é feito o diagnóstico de depressão?

Muitos pacientes com depressão não procuram atendimento especializado, com psiquiatria, permanecendo em
acompanhamento com o clínico geral. No entanto, às vezes é difícil para esse profissional reconhecer esse
problema em alguns casos. Além disso, os próprios pacientes tendem a ser incapazes de assumir seu problema.
Em um estudo, observou-se que, embora 21% dos pacientes que consultaram com seu médico, estivessem
deprimidos, apenas 1% descreveu seu problema como sendo depressão.

Outro problema é que a depressão pode ser confundida com outras doenças. Por exemplo, a perda de peso e a
fadiga, que podem estar presentes na depressão, estão associadas a várias doenças, algumas tão graves como
os cânceres. Embora nem todos os pacientes que consultam de rotina devam ser rastreados para a presença de
depressão, aqueles que apresentem fatores de risco devem ser avaliados. Pacientes com as seguintes
características devem ser adequadamente rastreados para depressão:

 História prévia ou familiar de depressão;


 Pacientes portadores de várias doenças concomitantes;

 Pacientes com sintomas variados sem causa definida;

 Pacientes com dor crônica;

 Pacientes que consultam com seu médico com freqüência maior do que a esperada.

1) Testes de Rastreamento

Um especialista em saúde mental (psiquiatra, psicólogo) é o profissional mais adequado para a definição do
diagnóstico de depressão. Eles estão aptos a aplicar questionários de rastreamento, embora se saiba que esses
testes são limitados e que, em grande parte das vezes, os profissionais definem o diagnóstico de depressão com
base nos sintomas apresentados pelo paciente e outros critérios.

2) Descartando Tristeza e Solidão

- Tristeza: os sintomas de tristeza (luto) são muito parecidos com os de depressão, de forma que às vezes pode
ser muito difícil diferenciar as duas situações. A tristeza é considerada uma reação normal e importante, na
vivência da perda. Ele segue, geralmente, um curso característico:

 A tristeza normal, ou luto, tem uma duração limitada, de forma que em indivíduos sem outros problemas
emocionais, essa tristeza dura entre três e seis meses.
 A pessoa que apresenta esse fenômeno de tristeza costuma passar por fases definidas como: choque e
negação, isolamento/solidão, desespero, alienação social e raiva.

 O período de recuperação, no qual a pessoa volta a viver normalmente, dura aproximadamente o mesmo
tempo que o período de tristeza.

Se, após esse período, a tristeza ainda for grave, ela pode afetar a saúde da pessoa ou aumentar o risco de
depressão. Alguns autores recomendam que esses indivíduos sejam diagnosticados como tendo um "distúrbio do
luto complicado", merecendo tratamento específico.

- Solidão: é condição frequentemente confundida com depressão. Enquanto a depressão e a solidão andam lado a
lado, alguns autores recomendam que os indivíduos com solidão sejam tratados eficazmente como deprimidos. A
solidão debilitante caracteriza-se por sofrimento extremo, sentimento de vazio, expectativas irreais sobre a vida e
sentimento de alienação do convívio com os outros. As pessoas tímidas apresentam maior propensão à solidão.

Quais as complicações da depressão?

De uma forma geral, a depressão é uma doença crônica que se caracteriza por períodos de piora e melhora dos
sintomas. Estima-se que 33% dos pacientes que apresentam um episódio depressivo apresentarão novo episódio

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dentro de um ano após a interrupção do tratamento, e mais de 50% apresentarão recorrência em algum momento
de sua vida. O risco de recorrência é maior quando o primeiro episódio é mais grave e dura mais tempo, bem
como se o paciente já teve algum episódio de recorrência.

1) Risco de Suicídio

Aproximadamente 90% dos casos de suicídio são devidos a causas tratáveis, mais comumente a depressão e o
abuso de drogas. Os pacientes deprimidos apresentam um risco de suicídio que chega a 15%, sendo maior entre
aqueles que estão hospitalizados. Os homens com depressão são mais propícios a cometer suicídio, quando
comparados às mulheres, sendo o suicídio mais comum em pacientes com idade superior a 60 anos. Vale lembrar
que a ideação suicida deve ser tratada agressivamente, em qualquer pessoa.

2) Efeitos na Saúde Física

O transtorno depressivo maior parece estar associado à redução do tempo de vida, em idosos e outros pacientes
com doenças graves, independentemente da doença concomitante. Mesmo o transtorno depressivo menor parece
estar associado a menor sobrevida, em homens (mas não em mulheres). Nesse contexto, parece que a redução
da prática de atividade física e de convívio social, estão associados a essa piora na doença física concomitante.
Alguns autores acreditam que a depressão produza algumas alterações que biológicas que poderiam ser
responsáveis por seus efeitos deletérios na saúde física: os baixos níveis de serotonina ativariam respostas
orgânicas de estresse, que causariam problemas da coagulação do sangue, inflamação e lesão nos órgãos.

- Doenças cardíacas: a depressão aumenta a ocorrência e a gravidade dos ataques cardíacos, de acidente
vascular encefálico ("derrame"), e morte após esses eventos.

- Idosos: a depressão está associada a declínio do funcionamento cerebral e à osteoporose, nesses pacientes.

- Obesidade: apresenta fatores de risco em comum com a depressão, como o baixo nível socioeconômico e o
sedentarismo.

- Aumento da sensação de dor: a depressão se associa a relato de dor mais intensa, em pacientes portadores de
doenças que se apresentam com dor crônica (como artrite e fibromialgia).

- Câncer: ainda não se conhece muito bem a associação entre depressão e câncer, porém sabe-se que a
depressão e a ansiedade pioram em muito a qualidade de vida dos pacientes portadores de doenças malignas.

3) Impacto nas Atividades do Dia-a-Dia e nos Relacionamentos

- Efeitos da depressão dos pais nas crianças: quando os pais apresentam depressão, as crianças podem sofrer
impacto significativo, além do aumento do risco de depressão na idade adulta. Parece que ela está associada ao
aumento do risco de várias outras doenças.

- Efeitos no casamento: em um estudo, observou-se que metade dos pacientes que apresentavam depressão
antes ou durante o primeiro casamento divorciava-se, em comparação a uma porcentagem de 36% entre os
indivíduos sem depressão. Os (as) companheiros (as) de pacientes deprimidos (as) apresentam risco aumentado
de depressão.

- Efeitos no trabalho: é bem reconhecido que a depressão afeta a vida profissional do paciente. Aumenta bastante
o risco de desemprego e de baixa renda.

4) Abuso de Substâncias

- Abuso de álcool e outras drogas: estima-se que um quarto dos pacientes alcoólatras, ou usuários de outras
drogas, apresentam também depressão. Ainda não está bem definida a relação entre depressão e alcoolismo, se
um é causa do outro ou se eles compartilham da mesma base biológica.

- Tabagismo: a depressão é um fator de risco bem conhecido para tabagismo, além de aumentar o risco de início
precoce desse vício. A nicotina ativa receptores no cérebro que podem melhorar o humor, em determinadas
pessoas.

Há muito já se sabe da relação entre os processos depressivos e alterações sexuais, dentre as quais, mais
comumente a diminuição do apetite sexual, também chamada de libido. Essa relação pode passar despercebida

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pelo fato de haver uma melhora do quadro sexual ao se tratar a depressão. Para se ter uma idéia, uma pesquisa
nacional nos EUA em 1994, revelou que cerca de 30% das mulheres e 17% dos homens, entre 18 a 59 anos de
idade, tinham uma diminuição do interesse sexual naquele ano. Pessoas com problemas depressivos ou
distúrbios de humor bipolar têm tais índices ainda maiores. Um estudo feito com pacientes deprimidos demonstrou
que mais de 70% deles tinham diminuição de libido sendo esse um dos piores sintomas do distúrbio. Outro estudo
demonstrou um aumento na prevalência de distúrbios afetivos em pessoas com desejo sexual reprimido.

Introdução

Independente de sua relação causa-efeito, depressão e diminuição da libido estão associadas. No intuito de se
definir uma conduta mais objetiva nessas situações, os Drs. Robert L. Phillips e James R. Slaughter, da Escola de
Medicina da Universidade de Columbia – EUA, desenvolveram um estudo a respeito do tratamento e da
abordagem da depressão relacionada com diminuição do desejo sexual. Um resumo desse estudo foi publicado
na revista médica American Family Physician deste ano.

O Estudo

É comum as pessoas terem dificuldades para transcorrer sobre seus problemas e insatisfações sexuais
(diminuição da libido, impotência, incapacidade de obter orgasmo) com o médico se esse não for direto à questão.
Os efeitos sexuais de diversos remédios prescritos pelos médicos também são muitas vezes ocultados. Algumas
vezes, tais alterações não são percebidas enquanto os parceiros não as queixam, ou com freqüência, são
responsabilizadas pela racionalização com bases em problemas, valores ou práticas sociais e, assim, passam por
um longo tempo sem serem questionadas ou resolvidas. Por isso, percebe-se que um importante fator de
dificuldade diagnóstica é o não questionamento dos médicos sobre tais problemas. Num estudo com pacientes em
uso de um antidepressivo específico, houve uma chance quatro vezes maior dos pacientes falarem sobre
problemas sexuais se indagados pelos médicos. Há uma estreita relação entre a gravidade da depressão e da
diminuição da libido.

Antes, durante e depois do tratamento

Antes de começar o tratamento para depressão, é importante que o médico tenha uma idéia real das funções
sexuais do paciente o que necessitará ao mesmo tempo, que o próprio paciente esteja atento a isso. Assim pode-
se perceber com maior facilidade, alterações na função sexual após o início da terapia medicamentosa.

Todas as pessoas que vão ser tratadas e que obtêm uma melhora da depressão após o tratamento, mas que
mantém as alterações sexuais, devem expor ao médico as seguintes informações, caso sejam elas verdadeiras:

- uso de outras medicações: drogas antipsicóticas (haloperidol, thioridazine, risperidone); cimetidina; drogas para
diminuir a pressão arterial; em fim, quaisquer outros medicamentos em uso;

- contraceptivos orais hormonais em mulheres no fim do período reprodutivo; mulheres sob o uso de reposição
hormonal pós-menopausa;

- fatores estressantes psicológicos e sociais;

- uso de álcool e drogas ilícitas como cocaína, narcóticos e quaisquer outras drogas.

Um importante número de medicamentos antidepressivos pode levar a uma diminuição da libido apesar da
melhora do quadro depressivo. Em um estudo, cerca de metade dos pacientes relataram tais alterações quando
utilizando um grupo específico de drogas (Fluoxetina, Paroxetina, Fluvoxamina, Celexa e Sertralina). Mesmo com
a descoberta de novas drogas mais específicas contra a depressão, as drogas já utilizadas têm sido também
usadas para o tratamento de alguns tipos de dor, podendo levar a tais efeitos na função sexual desses pacientes.

Quando a libido continua diminuída mesmo com o tratamento do processo depressivo, pode-se tentar uma
diminuição da dose do antidepressivo utilizado. Tem-se percebido uma ausência de alteração no quadro
depressivo quando essas doses são abaixadas. Não há grandes evidências de que a retirada da droga por um ou
dois dias possa melhorar tais problemas podendo ao contrário, piorar o quadro depressivo. Caso a redução da
dosagem dos antidepressivos não mantenha o tratamento adequado para a depressão, deve-se pensar em outra
droga aliada à já utilizada, ou no lugar dessa.

Conclusão

É importante lembrar que diante de um quadro depressivo, seja ele devido a distúrbios sexuais ou o oposto ou
ainda sem essa relação causa-efeito, diversas abordagens podem ser propostas de acordo com cada caso e com
a experiência do médico ou terapeuta em questão, antes que sejam indicados medicamentos antidepressivos. A
vida por si só proporciona momentos de tristeza, desânimo, introspecção, em fim, diminuição de energia vital

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como um todo. As drogas antidepressivas podem agir, muitas vezes, como aliviadoras de sintomas, não agindo na
raiz do problema, que assim, pode retornar com diversos outros sintomas, não necessariamente psíquicos
(especialmente em crianças, adolescentes e idosos). Existem situações, no entanto, que estão relacionadas com
alterações bioquímicas cerebrais que diminuem certos neurotransmissores (partículas que levam informações
cerebrais para as diversas áreas do cérebro) levando a quadros depressivos mais intensos e irresponsivos a
terapias não medicamentosas, quando então estão indicadas as drogas. Essas também estão prescritas no caso
de depressões graves associadas com risco de vida (suicídio). Todas as situações graves devem ser familiares
aos terapeutas não-médicos para que os mesmos possam encaminhar tais pacientes aos médicos, em tempo
hábil. Da mesma forma, é importante que os médicos interpretem o quadro depressivo como um todo, colocando-o
dentro da história de vida da pessoa. Somente dessa forma, poderá ele, diferenciar uma depressão reacional a
situações estressantes, de uma doença mais grave e que necessitará de uma intervenção mais proeminente.
Deve ser lembrado também, que por vezes, as próprias pessoas demandam o uso de remédios pelo fato de não
estarem dispostas a descobrir e enfrentar as situações estressantes da vida naquele momento.

Entretanto, há várias correntes de estudo, cada qual com sua teoria e sua abordagem terapêutica, o que
transforma tal assunto nos mais complexos em se tratando de saúde mental, física e social, nessa época histórica
de tantas mudanças de valores culturais e individuais. Assim sendo, parece ser de extrema importância, uma boa
relação entre o médico/terapeuta e seu paciente, aí está calcada a semente do sucesso terapêutico.

Os sinais de depressão observados em pessoas de meia-idade e pessoas idosas podem corresponder a mais do
que uma simples perda de interesse pela vida - a depressão nestas pessoas pode ser um indicativo de que elas
tiveram um derrame cerebral (acidente vascular cerebral).

De acordo com um novo estudo, publicado na revista Stroke: Journal of the American Heart Association, de
outubro de 1999, um grupo de pesquisadores da Duke University Medical Center em Durham, Carolina do Norte,
Estados Unidos, uma alteração do cérebro denominada "derrame silencioso" foi associada à depressão observada
em pessoas à partir dos 50 anos de idade.

Um "derrame silencioso" ocorre quando pequenos vasos cerebrais se rompem ou são ocluídos por coágulos; tem
o nome de "silencioso" porque não se acompanham pelos sinais clássicos de um derrame, tais como cefaléia
(dores de cabeça) tonteiras, ou perda de movimentos.

Na realidade, as pessoas não se dão conta de que tiveram um derrame. Com o passar do tempo, as células do
cérebro irrigadas pelo vaso comprometido acabam por morrer - podem então surgir problemas de memória, da
concentração, e da marcha.

A ocorrência de depressão pode indicar que um derrame tenha ocorrido nestes pacientes.

Para chegar a esta conlusão, os autores, liderados pelo Dr. David C. Steffens, avaliaram 3.660 pessoas de ambos
o sexos, e que foram submetidas a uma entrevista padronizada, a exame clínico, e a um estudo de ressonância
magnética cerebral. Examinou-se a associação entre o número de lesões encontradas nas substâncias branca e
cinzenta do cérebro e os sintomas de depressão observados nestas pessoas.

Verificou-se que havia uma relação direta entre o número de lesões dos gânglios basais e a ocorrência de
depressão - estas lesões foram aparentemente causadas por pequenos derrames cerebrais.

Diferentemente de quando ocorre nas pessoas mais jovens, a depressão no idoso pode ser caracteristicamente
marcada pela apatia e por uma perda de interesse nas atividades habituais, ao invés de um quadro de tristeza
como nos jovens.

Assim, nem os pacientes, ou os familiares, ou mesmo os médicos, encontra nestas características sinais de
depressão clínica - os autores recomendam, assim, que as pessoas com risco de desenvolverem quadros de
acidente vascular cerebral sejam cuidadosamente observadas quanto a estes sintomas.

A depressão pós-parto tem as mesmas características de uma depressão normal, ou seja, a pessoa sente uma
tristeza muito grande de caráter prolongado, com perda de auto estima, perda de motivação para a vida, podendo
até mesmo tentar o suicídio. Em casos mais graves da depressão pós-parto, algumas mulheres apresentam
tendência ao abandono do recém nascido ou mesmo ao seu extermínio, afirma.

Fisicamente, sintomas como alterações gastroinstestinais, com ressecamento de boca, de intestino, dores de
cabeça, insônias podem ser indícios de uma depressão. Para ser considerado depressão pós-parto é necessário
que ela ocorre até o sexto mês após o parto. Essa depressão é prolongada e normalmente necessita de
medicamento e acompanhamento psiquiátrico para controlar, pois não é um caso autolimitante.

Conseqüências

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Médicos e familiares devem ficar bem atentos aos sintomas para não se confundirem no diagnóstico. No período
pós-parto inicial é comum à mulher passar por um quadro de depressão leve, que não traz maiores
conseqüências.

Na literatura americana essa depressão leve é denominada de "blues post partum" e atinge 50% das mulheres.
Nesses casos o que ocorre é uma vontade de chorar, um "baixo astral" que começa entre o segundo e o quarto
dia após o parto e é auto limitante, logo melhora. Não existe um tempo determinado de duração, geralmente vai de
4 a 5 semanas.

A possibilidade de uma "blues post partum" evoluir para um quadro de depressão pós-parto propriamente dito é
mínima. Um caso típico de depressão pós-parto já começa com características mais severas.

Indícios

Saber se a mãe terá ou não depressão após o parto, antes do nascimento do bebê é muito difícil. As mulheres
com tendência depressivas anterior à gravidez requerem mais atenção dos familiares. A situação da gestação
também é um fator a ser avaliado. Uma gravidez rejeitada, ou uma gestação em que houve problemas mais sérios
a nível pessoal pode provocar uma associação do problema com o bebê. Tais fatores também podem
desencadear um quadro depressivo caso a mãe acredite que a gravidez foi um mal. Depois do nascimento o que
tem de ser observado é a intensidade dos sintomas.

Não existe um trabalho específico para prevenção de depressão pós-parto, mas o pré-natal, além de orientar a
mãe e prevenir uma série de doenças e problemas com a mamãe e o bebê, também serve como prevenção de
uma depressão pós-parto. Durante o pré-natal os médicos procuram dar segurança à mãe tanto em termos
orgânicos como psicológicos. Fazendo com que a gravidez da paciente seja tranqüila e com um grau de
informação significativo, considera-se que o pré-natal é um fator de prevenção contra a depressão pós-parto.

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