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GEOMETRIA I
autor
ERNANI JOSE ANTUNES
1ª edição
SESES
rio de janeiro 2016
Conselho editorial luis claudio dallier, roberto paes e paola gil de almeida
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida
por quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em
qualquer sistema ou banco de dados sem permissão escrita da Editora. Copyright seses, 2016.
cdd 516.3
Prefácio 7
1. Noções Primitivas 9
1.1 Introdução à Geometria Plana 10
1.2 Um pouco de história 10
1.3 Geometria de incidência 14
1.4 Axiomas de incidência 15
2. Ângulos 21
3. Polígonos 29
4. Triângulos 37
4.1 Introdução 38
4.2 Condição de existência de um triângulo 38
4.3 Classificação dos triângulos 39
4.4 Natureza de um triângulo 41
4.5 Congruência de triângulos 41
4.6 Ceviana de um triângulo 42
4.7 Teorema da bissetriz interna 44
4.8 Teorema da bissetriz Externa 44
4.9 Teorema de Thales 45
5. Quadriláteros 51
5.1 Introdução 52
5.2 Paralelogramos 53
5.3 Paralelogramos especiais 54
6. Semelhanças 61
6.1 Introdução 62
6.2 Casos de semelhança de triângulos 63
6.3 Relações entre os lados e os ângulos de triângulos semelhantes 64
6.4 Semelhança de triângulos retângulos 65
6.5 Base média de um triângulo 66
6.6 Polígonos semelhantes 66
8.1 Introdução 82
8.2 As relações métricas no triângulo qualquer 85
8.3 Lei dos senos 86
8.4 Natureza de um triângulo 87
9. Circunferência e círculo 93
A Geometria, nesse contexto, tem um importante papel, visto que seu estu-
do contribui para o desenvolvimento do raciocínio lógico, estimula a criativida-
de, o desenvolvimento de estratégias, entre outras competências. Por esse mo-
tivo, pretendemos oferecer um livro que leve você a perceber as várias relações
existentes com outras áreas de conhecimento e suas implicações na atualidade.
Neste livro há uma diversidade de assuntos, que em geral, fazem parte de
situações do cotidiano, bem como os conteúdos básicos e necessários para o
Ensino Fundamental e Médio.
Há também no fim de cada capítulo, exercícios com respostas que possibi-
litarão verificar a aprendizagem em diversas situações dentro de cada assunto.
O capítulo 1 se divide em três unidades que estudará os conceitos primitivos
da geometria.
O capítulo 2 estudará os diversos tipos de ângulos.
O capítulo 3 refere-se aos conceitos e peculiaridades dos polígonos e o ca-
pítulo 4 aos tipos de triângulos e com atenção a o conceito de congruência de
triângulos
Ao final do livro, encerraremos esta obra com o cálculo de área das figuras
planas onde daremos um enfoque nas aplicações em diversos setores.
Por fim, é importante ressaltar, que esta obra foi produzida com o objetivo
de contribuir para um melhor ensino desta disciplina. Por isso, espero que, ao
utilizá-lo, realize um papel ativo na construção de seu conhecimento matemá-
tico, lembrando que, além da formação do cidadão, existe a preocupação com
a preparação para o Ensino Superior e o desenvolvimento lógico e analítico do
aluno.
Bons estudos!
7
1
Noções Primitivas
1. Noções primitivas
1.1 Introdução à Geometria Plana
A palavra “geometria” vem do grego geometrein (geo, “terra”, e me- trein, “me-
dida”); originalmente geometria era a ciência de medição da terra. O historia-
dor Herodotus (século 5 a.C.), credita ao povo egípcio pelo início do estudo da
geometria, porém outras civilizações antigas (babilônios, hindu e chineses)
também possuíam muito conhecimento da geometria.
Os Elementos de Euclides é um tratado matemático e geométrico consistin-
do de 13 livros escrito pelo matemático grego Euclides em Alexandria por volta
de 300 a.C. Os 4 primeiros livros, que hoje pode ser pensando como capítulos,
tratam da Geometria Plana conhecida da época, enquanto os demais tratam
da teoria dos números, dos incomensuráveis e da geometria espacial.
Esta aula está segmentada em duas partes. Na primeira parte vamos apre-
sentar para você, caro aluno, os postulados de Euclides e veremos porque se faz
necessário introduzir outros postulados a fim de que se obtenha uma geome-
tria sólida, sem “lacunas” nos resultados.
OBJETIVOS
• Reconhecer a importância dos entes primitivos para a construção da geometria;
• Compreender e utilizar os postulados ou axiomas da geometria.
10 • capítulo 1
4. Coisas que coincidem uma com a outra são iguais.
5. O todo é maior do que qualquer uma de suas partes.
capítulo 1 • 11
A primeira proposição do segue abaixo:
Proposição 1. Existe um triângulo equilátero com um lado igual a um seg-
mento de reta dado.
Demonstração
• Passo 1: Pelo Postulado 3, podemos traçar um círculo com centro em uma
extremidade do segmento de reta e raio igual a este segmento.
• Passo 2: Como no passo 1, podemos traçar um outro círculo com centro
na outra extremidade e mesmo raio.
• Passo 3: Tome um dos pontos de interseção dos dois círculos como o ter-
ceiro vértice do triângulo procurado.
12 • capítulo 1
Na simbologia atual podemos representar a Proposição 28 da seguinte forma.
α + β = 180° ⇒ m ∩ n = Ø
r
m
α
β n
m ∩ n = Ø ⇒ α + β = 180°?
A resposta a essa pergunta é complexa e levou mais de dois mil anos para ser
entendida completamente. De fato, esta recíproca é exatamente o conteúdo do
Postulado 5.
Postulado 5: Sejam duas retas m e n cortadas por uma terceira reta r. Se a
soma dos ângulos formados (ver figura) é menor do que 180 graus, então m e
n não são paralelas. Além disso, elas se intersectam do lado dos ângulos cuja
soma é menor do que 180 graus.
n
α
β m
capítulo 1 • 13
Esta foi a forma como Euclides enunciou o Postulado 5. Na simbologia atual
podemos representar a Preposição 28 da seguinte forma.
α + β < 180° ⇒ m ∩ n ƒ= Ø
Iremos iniciar nosso estudo axiomático da Geometria Euclidiana Plana. Nas se-
ções anteriores, vimos que os postulados de Euclides não são suficientes para
demonstrar todos os resultados da geometria plana. De fato, vimos que nos Ele-
mentos de Euclides existem lacunas impossíveis de se preencher somente com
o conteúdo dos Elementos.
O que iremos fazer neste é axiomatizar a geometria de tal forma que não
deixemos lacunas. Iremos usar um conjunto de axiomas que serão suficientes
para demonstrar todos os resultados conhecidos desde o ensino fundamental.
Não podemos definir todos os termos que iremos usar. De fato, para definir
um termo devemos usar um outro, e para defini-los devemos usar outros ter-
mos, e assim por diante. Se não fosse permitido deixar alguns termos indefini-
dos, estaríamos envolvidos em um processo infinito.
Euclides definiu linha como aquilo que tem comprimento sem largura e pon-
to como aquilo que não tem parte. Duas definições não muito úteis. Para enten-
dê-las é necessário ter em mente uma linha e um ponto. Consideraremos alguns
termos, chamados de primitivos ou elementares, sem precisar defini-los.
14 • capítulo 1
São eles:
1. ponto;
2. reta;
3. pertencer a (dois pontos pertencem a uma única reta);
4. está entre (o ponto C está entre A e B).
Figura 1.4 –
A B
Figura 1.5 –
capítulo 1 • 15
Definição: Duas retas intersectam-se quando elas possuem um ponto em co-
mum. Se elas não possuem nenhum ponto em comum, elas são ditas paralelas.
r
P m
n
s
Conclusão
16 • capítulo 1
Plano Reta Q r
Ponto
β P
A
• A reta r acima pode ser representada assim: PQ
• Ponto, reto e plano, não tem dimensões.
• Representa-se um ponto por uma letra maiúscula do nosso alfabeto, uma
reta por uma letra minúscula e um plano por uma letra do alfabeto grego.
• Dois pontos distintos determinam uma única reta.
• Numa reta existem infinitos pontos.
• Num plano há infinitos pontos.
• Três pontos determinam um único plano que passa por eles.
• Se uma reta tem dois pontos distintos num plano, então a reta está conti-
da nesse plano.
• Duas retas contidas num mesmo plano são ditas coplanares, caso perten-
çam a planos distintos, são denominadas reversas.
• Duas retas r e s, contidas num mesmo plano, podem ser:
concorrentes, se têm um único ponto em comum;
r
P
s
r s = {P}
r s = {}
capítulo 1 • 17
Segmento de reta
P
P Q é a medida desse segmento
Semirreta
P Q X
r
• Duas semirretas são opostas se estão na mesma reta, têm mesma origem
e sentidos contrários.
A Q B
r OA e OB são semirretas opostas
18 • capítulo 1
ATIVIDADES
01. Construa o que se pede:
a) Semirreta de origem A e que passa por B.
A B
X
Y
capítulo 1 • 19
04. Cada segmento que você vê em um sólido chama-se aresta. Quantas arestas há em
cada uma dessas figuras espaciais?
a) b)
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DOLCE, Osvaldo; POMPEO, José Nicolau. Fundamentos de Matemática Elementar - Geometria
Plana. 7. ed. São Paulo: Atual, 1999.
RIBEIRO, Jackson. Matemática – Ciência e Linguagem. 1.ed. São Paulo: Scipione, 2007. V. Único.
BARBOSA, João Lucas Marques. Geometria euclidiana plana. 9. ed. Rio de Janeiro: SBM, 2006.
BARBOSA, Madsen. Descobrindo a geometria fractal: para a sala de aula. Belo Horizonte:
Autêntica, 2005.
FRANCO, Valdeni Soliani; BARROS, Rui Marcos de Oliveira; GERONIMO, João Roberto. Geometria
euclidiana plana: um estudo sobre cabri-geometre. São Paulo: EDUEM, 2007.
GARCIA, Antônio Carlos de Almeida; CASTILHO, João Carlos Amarante. Geometria plana e
espacial. Rio de Janeiro: Ciência Moderna, 2006.
IEZZI, Gelson et al. Matemática. 4. ed. São Paulo: Atual, 2007. V. 5.
20 • capítulo 1
2
Ângulos
2. Ângulos
2.1 Definição, notação e elementos
É uma região do plano limitada por duas semirretas de mesma origem. Na fi-
gura abaixo temos o ângulo de lados AB e AC vértice A, cuja representação é:
BAC, BÂC ou Â, que representa o ângulo convexo, salvo menção contrária.
B
Região interna do
A ângulo convexo
BÂC
Ângulos adjacentes – Dois ângulos consecutivos que não têm pontos inter-
nos comuns.
A
B
AÔC e BÔC são adjacentes
C
O
Ângulos opostos pelo vértice (o.p.v.) – Dois ângulos α e β são o.p.v. se os la-
dos de α são as semirretas opostas dos lados de β.
A
C OA e OD são semirretas opostas
O
α
β OC o OD são semirretas opostas
B
D
22 • capítulo 2
OBJETIVOS
• Identificar os ângulos, suas relações e suas operações.
C O A
AÔB e BÔC são suplementares
adjacentes.
O A
A O B
BÔA é um ângulo raso
capítulo 2 • 23
Ângulo obtuso – Ângulo maior que um reto e menor que um raso.
24 • capítulo 2
2.4 Bissetriz e um ângulo
B
PB = PC
P bissetriz PÂB = PÂC
A
AP é bissetriz
C
d
c
a
e f
h g
b
i j
capítulo 2 • 25
ATIVIDADES
01. Calcule x em cada uma das figuras.
a) b) c)
5x
2x 5x 3x
4x
4x 7x
02. Às 12h, um matemático telefonou para seu filho e disse: “Encontre-me em casa antes
das 13h, quando os ponteiros do relógio estiverem alinhados em sentidos opostos”. Dos
horários abaixo, o que mais se aproxima do horário desse encontro é:
a) 12h30min d) 12h32min43s
b) 12h31min20s e) 12h33min30s
c) 12h32min8s
x 20°
x = ____________________ y = ______________________
06. A medida de um ângulo mais a metade da medida do seu complemento é igual a 75º.
Quanto mede esse ângulo?
26 • capítulo 2
07. A medida do suplemento de um ângulo é igual ao triplo da medida do complemento
desse mesmo ângulo. Quanto mede esse ângulo?
2
08. Somando da medida de um ângulo com a medida do seu complemento, obtemos 74º.
3
Quanto mede esse ângulo?
09. Determine o valor de x nas figuras abaixo, sabendo que as retas r e s são paralelas:
a) d)
5x + 20°
r r
3x – 10°
110° 2x + 50°
s s
b) e)
r r
2x + 10° 2x + 30°
3x – 50° 3x – 20°
s s
c) f)
x + 15°
r 2x + 30°
r
2x – 6° 3x + 20°
s
s
capítulo 2 • 27
10. Sendo r//s, na figura abaixo. O valor de x + y + z é igual a:
y
r a) 137º
x 127º b) 53º
c) 45º
42º z d) 125º
s
e) 200º
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DOLCE, Osvaldo; POMPEO, José Nicolau. Fundamentos de Matemática Elementar - Geometria
Plana. 7. ed. São Paulo: Atual, 1999.
RIBEIRO, Jackson. Matemática – Ciência e Linguagem. 1.ed. São Paulo: Scipione, 2007. V. Único.
BARBOSA, João Lucas Marques. Geometria euclidiana plana. 9. ed. Rio de Janeiro: SBM, 2006.
BARBOSA, Madsen. Descobrindo a geometria fractal: para a sala de aula. Belo Horizonte:
Autêntica, 2005.
FRANCO, Valdeni Soliani; BARROS, Rui Marcos de Oliveira; GERONIMO, João Roberto. Geometria
euclidiana plana: um estudo sobre cabri-geometre. São Paulo: EDUEM, 2007.
GARCIA, Antônio Carlos de Almeida; CASTILHO, João Carlos Amarante. Geometria plana e
espacial. Rio de Janeiro: Ciência Moderna, 2006.
IEZZI, Gelson et al. Matemática. 4. ed. São Paulo: Atual, 2007. V. 5.
28 • capítulo 2
3
Polígonos
3. Polígonos
3.1 Introdução – linha poligonal
Dados n pontos distintos de um mesmo plano (V1, V2, ..., Vn) com (n ≥ 3), onde
três pontos consecutivos nunca são colineares, chama-se polígono à reunião
dos segmentos consecutivos V1 V2 , V2 V3 , ..., Vn-1 Vn , Vn V1 , .
A A C
D
E
D
Note que no polígono convexo, qualquer reta determinada por dois segmen-
tos consecutivos deixa todos os demais (n – 2) vértices num mesmo semiplano,
o que não ocorre no polígono côncavo.
r
A
D A C
E
D
r
OBJETIVOS
Identificar os polígonos, suas denominações e suas respectivas propriedades.
30 • capítulo 3
3.2 Superfície poligonal
A A C
D
E D
F B
E
C
Vértices: A, B, C, D, E e F.
Lados: São os segmentos AB, BC, CD, DE, EF e FA. Diagonais: Quaisquer seg-
mentos que ligam dois vértices não consecutivos. Ex: AB e BE .
capítulo 3 • 31
Sobre polígonos convexos de n lados (n ≥ 3), temos
n ( n − 3)
d=
2
Si = ( n − 2 ) ⋅ 180
Se = 360
a i + ae = 180
em que :
d é o número de diagonais;
Si é a soma das medidas dos ângulos internos;
Se é a soma das medidas dos ângulo externos;
ai é a medida de um ângulo interno;
ae é a medida do ângulo externo adjacente a ai.
Si ( n − 2 ) ⋅ 180
ai = =
n n
Se 360
a=
e =
n n
32 • capítulo 3
Um polígono é regular quando tem os lados congruentes e os ângu-
los congruentes.
Veja:
Quadrado : ( regular )
1. Lados congruentes
2. Ângulos congruentes
Já vimos que o polígono regular tem os lados iguais e os ângulos também iguais.
Polígono inscrito no círculo é o polígono, cujos vértices ficam na circunfe-
rência. Os lados são cordas. O círculo diz-se circunscrito ao polígono.
capítulo 3 • 33
3.5 Generalidades
Apótema
Ângulo cêntrico do polígono regular é o ângulo formado por dois raios con-
360
secutivos do mesmo polígono. O valor do ângulo cêntrico é , sendo n o
n
número de lados.
Procedimentos de Ensino
Aulas interativas, em ambiente virtual de aprendizagem, nas quais o conhecimento
é exposto ao aluno de acordo com um desenho didático planejado para adequar o
meio de entrega ao conhecimento particular da disciplina. Na sala de aula virtual, a
metodologia de entrega de conteúdo contempla, além dos conceitos e temáticas das
aulas propriamente ditas, leitura de textos pertinentes ao assunto, hipertextos, links
orientados, estudos de caso, atividades animadas de aplicação do conhecimento,
simuladores virtuais, quiz interativo, simulados, biblioteca virtual etc.
34 • capítulo 3
ATIVIDADES
01. (UECE) Na figura estão desenhados um hexágono regular, um quadrado e um triângulo.
A medida do ângulo x é:
a) 45º
b) 60º
x
c) 62º 30’
d) 75º
02. A soma dos ângulos internos de um polígono convexo é 1080º. Calcule o número de
diagonais desse polígono.
03. Um polígono regular possui 30 diagonais que não passam pelo centro. Quanto mede
cada ângulo interno?
06. O lado de um quadrado inscrito numa circunferência mede 10 2 cm. Calcule o raio
da circunferência.
REFLEXÃO
A avaliação da disciplina segue as normas regimentais da Instituição. Nesta disciplina, o aluno
será avaliado por sua participação cooperativa e colaborativa, bem como pelo seu desempenho
nas avaliações presenciais (AV e AVS), sendo a cada uma delas atribuído o grau de 0,0 (zero)
a 8,0 (oito). O docente/tutor responsável pela turma avaliará a participação do aluno nos fóruns
de discussão temáticos, a qual será atribuído grau de 0,0 (zero) a 2,0 (dois), tendo por parâmetro
capítulo 3 • 35
as métricas de pertinência e interatividade da/na intervenção do aluno. Com relação ao segundo
critério, os instrumentos para avaliação da aprendizagem serão construídos a partir de itens de
teste: questões objetivas e discursivas que compõem o banco de questões da disciplina, classifi-
cadas em diferentes níveis de complexidade e diferentes níveis cognitivos Para cada disciplina do
curso estudada, o discente realiza uma prova (AV), com todo o conteúdo estudado e discutido nas
aulas transmitidas via web, aulas online, fóruns de discussão e demais atividades e estratégias
de ensino. Será considerado aprovado na disciplina o aluno que obtiver nota igual ou superior a
6,0 (seis). Este resultado será a soma de uma das provas presenciais (AV ou AVS) com a nota
de participação nos fóruns temáticos de discussão do conteúdo. As avaliações presenciais serão
realizadas no polo de origem do aluno, de acordo com o calendário acadêmico institucional.
LEITURA
Além dos recursos físicos oferecidos pela sala de aula tradicional, como quadro branco, é provei-
toso fazer uso do Laboratório de informática com acesso a jornais, revistas, vídeos e jogos virtuais.
Recomendamos a leitura do capítulo referente à Forma Algébrica de um Número Com-
plexo no material didático.
As Bibliografias Básicas e Complementares propostas no Plano de Ensino do curso,
indubitavelmente, deverão sempre ser objeto de constantes consultas para os estudos e
desenvolvimento do Plano de Aula.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DOLCE, Osvaldo; POMPEO, José Nicolau. Fundamentos de Matemática Elementar - Geometria
Plana. 7. ed. São Paulo: Atual, 1999.
RIBEIRO, Jackson. Matemática – Ciência e Linguagem. 1.ed. São Paulo: Scipione, 2007. V. Único.
BARBOSA, João Lucas Marques. Geometria euclidiana plana. 9. ed. Rio de Janeiro: SBM, 2006.
BARBOSA, Madsen. Descobrindo a geometria fractal: para a sala de aula. Belo Horizonte:
Autêntica, 2005.
FRANCO, Valdeni Soliani; BARROS, Rui Marcos de Oliveira; GERONIMO, João Roberto. Geometria
euclidiana plana: um estudo sobre cabri-geometre. São Paulo: EDUEM, 2007.
GARCIA, Antônio Carlos de Almeida; CASTILHO, João Carlos Amarante. Geometria plana e
espacial. Rio de Janeiro: Ciência Moderna, 2006.
IEZZI, Gelson et al. Matemática. 4. ed. São Paulo: Atual, 2007. V. 5.
36 • capítulo 3
4
Triângulos
4. Triângulos
4.1 Introdução
Â
Na figura acima, temos:
Vértices: A, B e C
Lados: B C
eC
Ângulos internos: Â, B . B C
OBJETIVOS
• Identificar a condição de existência de um triângulo e as principais cevianas.
• Classificar os diversos tipos de triângulos.
• Verificar as relações de congruência de triângulo.
• Resolver os diversos problemas envolvendo triângulo.
Num triângulo, a medida de cada lado deve ser maior que o módulo da diferen-
ça e menor que a soma das medidas dos outros dois.
C
|a – c| < b < a + c
b a |a – b| < c < a + b
|b – c| < a < b + c
A c B
38 • capítulo 4
4.3 Classificação dos triângulos
A B
70°
50° 60°
B C
135°
B C
capítulo 4 • 39
II. Quanto aos lados
a) Triângulo escaleno – é aquele onde as medidas dos lados são to-
das distintas.
A
B C
AB ≠ BC ≠ CA ≠ AB
b) Triângulo isósceles – é aquele que possui dois lados congruentes.
B C
60°
60° 60°
B C
AB = BC = CA
• Todo triângulo equilátero é também equiângulo, ou seja, tem todos os ân-
gulos congruentes.
40 • capítulo 4
4.4 Natureza de um triângulo
A A’
B C B’ C’
C C’
A B A’ B’
capítulo 4 • 41
4.6 Ceviana de um triângulo
B M C
AM é mediana
B S C
AS é bissetriz
A B A
B H C A C B C H
AH é altura AB é altura AH é altura
relativa a BC relativa a AC relativa a BC
42 • capítulo 4
Baricentro – é o ponto de encontro das medianas de um triângulo.
A
M3
G M2
B M1 C
O ponto G é o baricentro
Propriedade: GA = 2 ⋅ GM1
GB = 2 ⋅ GM2
GC = 2 ⋅ GM3
H3
O H2
B H1 C
O ponto O é o ortocentro
S3 S2
I
B S1 C
O ponto I é o incento
capítulo 4 • 43
Mediatriz – é qualquer reta que seja perpendicular a um dos lados de um
triângulo e que contenha o seu ponto médio.
m n
B S C
a=m+n
c
b
= C
B a D
y
B
A
r
AM é mediana, pois BM MC
AB é bissetriz, pois BÂS SÂC
AH é altura, pois B^HA = 90°
r é mediatriz
B H S M C
Ponto médio
44 • capítulo 4
• Todo triângulo possui três medianas, três bissetrizes internas e
três alturas.
• A altura pode ser um segmento externo ao triângulo ou até mesmo um dos
lados desse triângulo.
• O ortocentro e o circuncentro podem se situar no exterior do triângulo.
• Cada ponto de uma mediatriz é equidistante dos extremos do seu seg-
mento o qual ela é perpendicular no ponto médio.
• Num triângulo isósceles, a mediana coincide com a altura e com a bisse-
triz relativa à base e, têm como reta suporte, a mediatriz.
• Num triângulo equilátero, a mediana relativa a qualquer lado, coincide
com a altura e com a bissetriz, assim o baricentro coincide com o incentro, com
o ortocentro e com o circuncentro.
• A mediana relativa à hipotenusa de um triângulo retângulo é igual à me-
tade da hipotenusa.
β α
β α
B C
M
BC
AM = BM = MC =
2
A A’
B B’ A B = A’B’
BC B’C’
C C’
capítulo 4 • 45
Exemplo:
Resolva problema abaixo utilizando Teorema de Thales.
a b c
3 4x+1 2 3
=
3x 4x + 1
8x + 2 = 9 x
x=2
2 3x
ATIVIDADES
01. Sobre as sentenças
I. O triângulo CDE é isósceles.
II. O triângulo ABE é equilátero.
III. AE é bissetriz do ângulo BÂD. É verdade que :
a) somente a I é falsa. d) são todas falsas.
b) somente a II é falsa. e) são todas verdadeiras.
c) somente a III é falsa.
02. Um dos ângulos internos de um triângulo isósceles mede 100°. Qual é a medida do
ângulo agudo formado pelas bissetrizes dos outros ângulos internos?
a) 20° d) 80°
b) 40° e) 40°
c) 60°
03. No triângulo ABC da figura, = 60º e = 20º. Qual o valor do ângulo HÂS formado pela
altura e a bissetriz ?
B H S C
46 • capítulo 4
04. (CESESP) Dentre os quatro centros principais do triângulo qualquer, há dois deles que
podem se situar no seu exterior, conforme o tipo de triângulo. Assinale a alternativa em que
os mesmos são citados.
a) O baricentro e o ortocentro. d) O circuncentro e o ortocentro.
b) O baricentro e o incentro. e) O incentro e o ortocentro.
c) O circuncentro e o incentro.
05. (UFF) O triângulo MNP é tal que ângulo M = 80° e ângulo P=60°.
A medida do ângulo formado pela bissetriz do ângulo interno N com a bissetriz do ângulo
externo P é:
a) 20° d) 50°
b) 30° e) 60°
c) 40°
06. No triângulo ABC da figura é altura e é a bissetriz do ângulo, determine, sendo dados
BÂH = 30º e = 40º.
B
H C
b) 75º
c) 70º
N a
d) 65º
e) 60º
40°
B C
M
capítulo 4 • 47
08. Na figura, o triângulo ABC é retângulo em A e M é o ponto médio do lado BC.
Então a medida de α, em graus, é:
a) 80º A
b) 90º
c) 100º
d) 110º
α 40°
e) 120º
B M C
10. Num triângulo retângulo ABC a altura Image forma com a mediana Image um ângulo de
22º. Calcule [B – C].
a) 11º A
b) 22º
c) 30º
F
d) 34º
e) 56
C M S B
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DOLCE, Osvaldo; POMPEO, José Nicolau. Fundamentos de Matemática Elementar - Geometria
Plana. 7. ed. São Paulo: Atual, 1999.
RIBEIRO, Jackson. Matemática – Ciência e Linguagem. 1.ed. São Paulo: Scipione, 2007. V. Único.
BARBOSA, João Lucas Marques. Geometria euclidiana plana. 9. ed. Rio de Janeiro: SBM, 2006.
BARBOSA, Madsen. Descobrindo a geometria fractal: para a sala de aula. Belo Horizonte:
Autêntica, 2005.
48 • capítulo 4
FRANCO, Valdeni Soliani; BARROS, Rui Marcos de Oliveira; GERONIMO, João Roberto. Geometria
euclidiana plana: um estudo sobre cabri-geometre. São Paulo: EDUEM, 2007.
GARCIA, Antônio Carlos de Almeida; CASTILHO, João Carlos Amarante. Geometria plana e
espacial. Rio de Janeiro: Ciência Moderna, 2006.
IEZZI, Gelson et al. Matemática. 4. ed. São Paulo: Atual, 2007. V. 5.
capítulo 4 • 49
50 • capítulo 4
5
Quadriláteros
5. Quadriláteros
5.1 Introdução
b b b
h h h
B B B
52 • capítulo 5
P b Q
M N
S B R
M e N são pontos médios
MN é a base média, tal que:
MN = B + b
2
OBJETIVOS
• Classificar os diversos quadriláteros.
• Identificar as propriedades dos diversos quadriláteros.
• Resolver problemas envolvendo ângulos internos e externos de um quadrilátero.
• Identificar um quadrilátero inscritível e circunscritível.
5.2 Paralelogramos
A B
AB // DC
e
AD // BC
D C
capítulo 5 • 53
Todo paralelogramo satisfaz às seguintes propriedades:
• Os lados opostos são congruentes, assim como os ângulos inter-
nos opostos.
α
β
β
α
A B
M
D C
A B
 B C D = 90°
e
AC BD
D C
54 • capítulo 5
Losango – Tem todos os lados congruentes e, as diagonais perpendiculares
e bissetrizes dos ângulos internos.
A
AB BC CD DA
e
D B
AC BD
T
Observação
1. Polígono inscrito:
• Nos polígonos inscritos todos os ângulos terão de ser inscritos.
• Em um polígono convexo inscrito que tenha um número par de vértices, a
soma dos ângulos de lugar par é igual à soma dos ângulos de lugar ímpar.
• O centro da circunferência circunscrita a um polígono inscrito terá de
equidistar de seus vértices, encontrando-se, por isso, na interseção das media-
trizes de seus lados .
2. Polígono circunscrito:
• Nos polígonos circunscritos todos os ângulos terão de ser circunscritos.
• O centro da circunferência inscrita a um polígono circunscrito terá de
equidistar de todos os seus lados e por esta razão terá de ser o ponto comum
de todas as bissetrizes de seus ângulos. Um quadrilátero pode ser circunscrito
a uma circunferência se ocorrer tangência entre seus lados e a circunferência.
capítulo 5 • 55
Observe a figura a seguir:
P A Q
D B
S C R
ATIVIDADES
01. Determine o valor de x na figura envolvendo um quadrilátero circunscrito a
uma circunferência.
2x
24
34
26
56 • capítulo 5
02. Determine a medida dos lados do quadrilátero circunscrito à circunferência de acordo
com a figura a seguir.
4x
4x + 8
12x – 44
8x – 12
05. Num paralelogramo, os ângulos agudos medem a metade dos ângulos obtusos. Deter-
mine as medidas dos ângulos desse paralelogramo.
capítulo 5 • 57
06. Assinale a afirmativa incorreta:
a) Em todo paralelogramo não retângulo, a diagonal oposta aos ângulos agudos é menor
do que a outra;
b) É reto o ângulo formado pelas bissetrizes de dois ângulos consecutivos de
um paralelogramo;
c) As bissetrizes de dois ângulos opostos de um paralelogramo são paralelas.
d) Ligando-se os pontos médios dos lados de um triângulo, este fica decomposto em qua-
tro triângulos congruentes.
e) Todas as afirmativas anteriores são incorretas.
130°
C
A x
58 • capítulo 5
09. Considere as seguintes proposições:
• todo quadrado é um losango;
• todo quadrado é um retângulo;
• todo retângulo é um paralelogramo;
• todo triângulo equilátero é isósceles.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DOLCE, Osvaldo; POMPEO, José Nicolau. Fundamentos de Matemática Elementar - Geometria
Plana. 7. ed. São Paulo: Atual, 1999.
RIBEIRO, Jackson. Matemática – Ciência e Linguagem. 1.ed. São Paulo: Scipione, 2007. V. Único.
BARBOSA, João Lucas Marques. Geometria euclidiana plana. 9. ed. Rio de Janeiro: SBM, 2006.
BARBOSA, Madsen. Descobrindo a geometria fractal: para a sala de aula. Belo Horizonte:
Autêntica, 2005.
FRANCO, Valdeni Soliani; BARROS, Rui Marcos de Oliveira; GERONIMO, João Roberto. Geometria
euclidiana plana: um estudo sobre cabri-geometre. São Paulo: EDUEM, 2007.
GARCIA, Antônio Carlos de Almeida; CASTILHO, João Carlos Amarante. Geometria plana e
espacial. Rio de Janeiro: Ciência Moderna, 2006.
IEZZI, Gelson et al. Matemática. 4. ed. São Paulo: Atual, 2007. V. 5.
capítulo 5 • 59
60 • capítulo 5
6
Semelhanças
6. Semelhanças
6.1 Introdução
Dizemos que dois triângulos são semelhantes quando seus ângulos são, res-
pectivamente, iguais e seus lados homólogos proporcionais.
Para identificar os lados homólogos basta verificar aqueles que se opõem a
ângulos iguais.
Os lados homólogos são aqueles que se opõem a ângulos iguais. Aos ângu-
los respectivamente iguais, também se dá o nome de ângulos homólogos e os
vértices respectivos dizem-se vértices homólogos.
D
h
~ h’
B C E F
∆ABC ~ ∆DEF, pois:
Â=D
AB BC CA h
B=E e = = = = r (razão de semelhança)
AB EF FD h’
C=F
D E
B C
DE // BC, então: ∆ ABC ~ ∆ ADE
62 • capítulo 6
OBJETIVOS
• Identificar as condições de semelhança entre polígonos e triângulos semelhantes.
• Verificar e utilizar os casos de semelhança.
D E
B C
B’
B
c’ a’
c a
A’ C’
b
A C
b
a b c
Considerando proporcionais = = , então ABC é semelhante a A’B’C’.
a b c
capítulo 6 • 63
3. Dois lados proporcionais e o ângulo por eles formado igual.
B’
B
c’ a’
c a
A’ b’ C’
A b C
a c
Supondo que = e que os ângulos B e B’ são congruentes, então ABC é
a c
semelhante a A’B’C’.
B’
a’
c’
B
A’ b’ C’
a
c
A b C
A’, B’ e C’ são os ângulos opostos aos lados a’, b’ e c’, respectivamente ho-
mólogos a a, b e c.
64 • capítulo 6
Logo, possuem medidas congruentes a A, B e C, medidas dos lados opostos
a ângulos de mesma medida em triângulos semelhantes são proporcionais.
B’
B
c’ a’
a
c
A’ b’ C’
C
A b
C
C’
a a’
b’
b
A’ c’ B’
A c B
AB AC
Se = , pode-se afirmar que ABC é semelhante a A’B’C’.
AB A C
capítulo 6 • 65
6.5 Base média de um triângulo
C
MN // BC
M N MN = AB
2
A B
Exemplo:
Observe agora os seguintes retângulos, será que eles são semelhantes?
3 cm
2 cm
4 cm 6 cm
66 • capítulo 6
Como as duas figuras são retângulos, então, a amplitude todos os ângulos
internos é 90°, logo, os ângulos são geometricamente iguais.
Logo, os lados são diretamente proporcionais.
Deste modo, podemos afirmar que as duas figuras são semelhantes.
A razão de semelhança é 1,5.
ATIVIDADES
01. Os pares de polígonos são semelhantes. Calcule x em cada caso.
a)
10
12
5
x
6
3
8 4
b)
6 0,8
3
2 4
9 6
02. Dois terrenos retangulares são semelhantes e a razão entre seus lados é . Se o terreno
maior tem 50 metros de frente e seu contorno (perímetro) mede 400 metros, determine:
a) as dimensões do terreno menor;
b) a dimensão do contorno (perímetro) do terreno menor.
capítulo 6 • 67
03. Os lados de um triângulo medem 12 cm, 18 cm e 20,4 cm. O maior lado de um triângulo
semelhante ao primeiro mede 15,3 cm. Determine:
a) o perímetro do segundo triângulo;
b) a área do segundo triângulo sabendo que a área do primeiro é 23,04 cm2.
04. Você sabe que dois quadrados são sempre semelhantes. Se o lado de um quadrado
mede 52 cm e o perímetro do outro quadrado é 520 cm, qual é a razão de semelhança do
quadrado menor para o maior?
05. A planta de uma casa foi feita na escala (razão de semelhança), o que significa que
cada 1 cm no desenho representa 50 cm no real. Uma dependência retangular dessa casa
tem, na planta, dimensões de 8 cm e 14 cm. Quais as dimensões reais dessa dependência
da casa?
06. Um prédio projeta uma sombra de 40 metros ao mesmo tempo em que um poste de
2 metros projeta uma sombra de 5 metros. Então, a altura do prédio é:
a) 10 m d) 16 m
b) 12 m e) 19 m
c) 14 m
07. Uma torre projeta uma sombra de 40 metros, ao mesmo tempo que um bastão de 2 m
projeta uma sombra de 5 m. Então, a altura da torre é:
a) 10 m d) 16 m
b) 12 m e) 20 m
c) 14 m
08. Dentre os vários feitos do notável matemático grego Tales de Mileto, destaca-se um em
que ele se propôs a medir a altura de uma pirâmide egípcia sem escalar o monumento. Em
um dia de sol escaldante, na presença do rei Amasis, Tales posicionou-se ao lado da pirâmi-
de, cravando verticalmente uma haste no solo. A seguir, mediu o comprimento h da haste e o
comprimento s da sombra projetada por ela; calculou também a distância S entre o centro da
pirâmide e o ponto mais distante da sombra projetada pelo monumento, conforme mostra a
figura. A partir dessa situação, Tales calculou a medida H da altura da pirâmide, para espanto
do rei e de todas as pessoas presentes.
68 • capítulo 6
Supondo que os comprimentos medidos por Tales foram: h = 1 m; s = 2 m e S = 120 m,
podemos afirmar corretamente que a medida H da altura da pirâmide é:
H
~ h
s
S
09. (UFMG) Em determinada hora do dia, o sol projeta a sombra de um poste de iluminação
sobre o piso plano de uma quadra de vôlei. Neste instante, a sombra mede 16 m. Simultanea-
mente, um poste de 2,7 m, que sustenta a rede, tem sua sombra projetada sobre a mesma
quadra. Neste momento, essa sombra mede 4,8 m. A altura do poste de iluminação é de
a) 8,0 m b) 8,5 m c) 9,0 m d) 7,5 m
capítulo 6 • 69
12. Considerando a figura abaixo, o valor de x é igual a:
a) 8,5 m A
12 cm
b) 12 m
x
c) 6,5 m
d) 16 m E
e) 10,5 m
B D 3 cm C
14 cm
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DOLCE, Osvaldo; POMPEO, José Nicolau. Fundamentos de Matemática Elementar - Geometria
Plana. 7. ed. São Paulo: Atual, 1999.
RIBEIRO, Jackson. Matemática – Ciência e Linguagem. 1.ed. São Paulo: Scipione, 2007. V. Único.
BARBOSA, João Lucas Marques. Geometria euclidiana plana. 9. ed. Rio de Janeiro: SBM, 2006.
BARBOSA, Madsen. Descobrindo a geometria fractal: para a sala de aula. Belo Horizonte:
Autêntica, 2005.
FRANCO, Valdeni Soliani; BARROS, Rui Marcos de Oliveira; GERONIMO, João Roberto. Geometria
euclidiana plana: um estudo sobre cabri-geometre. São Paulo: EDUEM, 2007.
GARCIA, Antônio Carlos de Almeida; CASTILHO, João Carlos Amarante. Geometria plana e
espacial. Rio de Janeiro: Ciência Moderna, 2006.
IEZZI, Gelson et al. Matemática. 4. ed. São Paulo: Atual, 2007. V. 5.
70 • capítulo 6
7
Relações métricas
no triângulo
retângulo
7. Relações métricas no triângulo retângulo
7.1 Projeção ortogonal
P’
α
F’
α
Exemplo
O agrupamento das projeções ortogonais dos pontos da figura é a projeção
ortogonal da mesma num plano.
Vejamos o modelo:
Na figura, o retângulo é a projeção ortogonal do cilindro num plano para-
lelo ao eixo. Já o círculo é a projeção do mesmo cilindro num plano paralelo à
base. Assim:
72 • capítulo 7
OBJETIVOS
• Identificar o conceito de projeção ortogonal.
• Aplicar as relações métricas no triângulo retângulo nos diversos problemas.
• Aplicar as relações métricas e trigonométricas num triângulo qualquer.
A projeção ortogonal de uma reta num plano é a união das projeções ortogonais
dos pontos da reta neste plano.
I. Uma vez que a reta for perpendicular ao plano, a sua projeção ortogonal
será um ponto.
r α
P
α
r'
capítulo 7 • 73
7.3 As relações métricas no triângulo retângulo
c b
α β
B a C
a = hipotenusa; b, c = catetos
β’ α’
c b
h
α β
B n H a m C
a=n+m
c b
α β
B a C
74 • capítulo 7
H
m
h
α' β'
A’ b’ C’
H’
n h’
α’’ β’’
B’ c’ A’’
cm = bh
c b a 2
= = b = ma
h m b cb = ah
ch = nb
c b a
= = bc = h a
n h c 2
c = na
h2 = mn
h m b
= = mc = b h
n h c
h c = b n
capítulo 7 • 75
Assim, podemos afirmar que em todo triângulo retângulo:
I. O quadrado de cada cateto vale o produto da sua projeção sobre a hipo-
tenusa pela hipotenusa.
II. O produto da hipotenusa pela altura relativa a ela vale o produto
dos catetos.
III. O quadrado da altura relativa à hipotenusa vale o produto entre as pro-
jeções dos catetos sobre a hipotenusa.
EXEMPLO
Em um triangulo retângulo, sua altura(h) é = 5 e sua hipotenusa(a) é =26. Calcule o cateto
b (cateto maior).
No exercício dado, sabemos que:
h=5
a = 26
Observe que nenhuma das relações métricas envolve apenas essas duas medidas
vamos ter que encontrar um caminho.
Façamos, primeiro:
m+n=a
m + n = 26
n = 26 – m (I)
b² = a · m (onde m é a maior das projeções)
b² = 26m (II)
c² = a · n
c² = 26 n ⇒ c² = 26(26 - m) ⇒ c² = 676 - 26 m (III)
76 • capítulo 7
b·c=a·h
b · c = 26 · 5
b · c = 130
eleva ao quadrado:
b² c² = 16.900
substitui (II) e (III)
26 m ( 676 – 26 m) = 16.900
17.576 m – 676 m² = 16.900
b² = 26m (II)
b² = 25 · 26 ⇒ b = 5 26 m que é o cateto maior
como a = m + n
n=1
c² = 26n ⇒ c² = 26 ⇒ c= 26 m que é o cateto menor
capítulo 7 • 77
como
m = 26 - n (II)
m = 26 - 1
m = 25
ATIVIDADES
01. A figura mostra um edifício que tem 15 m de altura, com uma escada colocada a 8 m de
sua base ligada ao topo do edifício. O comprimento dessa escada é de:
a) 12 m
b) 30 m
c) 15 m 15 m
d) 17 m
e) 20 m
8m
02. Aplicando as relações métricas nos triângulos retângulos abaixo, determine o valor de x:
a) b)
6 b
n 12 3 9
78 • capítulo 7
c) d)
b
2 6 c
y h
3 2 4
x
a
03. Um cateto de um triângulo retângulo tem o dobro da medida do outro cateto. Encontre a
razão entre o maior e o menor dos segmentos determinados pela altura sobre a hipotenusa.
05. A figura representa a vista frontal de uma casa. Determine as medidas x, y e h das di-
mensões do telhado dessa casa.
x y
h
4m 6m
06. Em um triângulo retângulo, os catetos medem 7cm e 24 cm. Determine a medida da:
a) hipotenusa;
b) altura relativa à hipotenusa.
capítulo 7 • 79
07. Em um mapa, as cidades A, B e C são os vértices de um triângulo retângulo e o ângulo
reto está em A. A estrada AB tem 80 km e a estrada BC tem 100 km. Um rio impede a cons-
trução de uma estrada que ligue diretamente a cidade A com a cidade C. Por esse motivo,
projetou-se uma estrada saindo de A e perpendicular à estrada BC, para que ela seja a mais
curta possível. Qual será o comprimento da estrada que será construída?
E D
6 2 x
A x B C
09. Determine:
a) a medida x indicada na figura;
b) a área do retângulo BCDE.
ATIVIDADES
DOLCE, Osvaldo; POMPEO, José Nicolau. Fundamentos de Matemática Elementar - Geometria
Plana. 7. ed. São Paulo: Atual, 1999.
RIBEIRO, Jackson. Matemática – Ciência e Linguagem. 1.ed. São Paulo: Scipione, 2007. V. Único.
BARBOSA, João Lucas Marques. Geometria euclidiana plana. 9. ed. Rio de Janeiro: SBM, 2006.
BARBOSA, Madsen. Descobrindo a geometria fractal: para a sala de aula. Belo Horizonte:
Autêntica, 2005.
FRANCO, Valdeni Soliani; BARROS, Rui Marcos de Oliveira; GERONIMO, João Roberto. Geometria
euclidiana plana: um estudo sobre cabri-geometre. São Paulo: EDUEM, 2007.
GARCIA, Antônio Carlos de Almeida; CASTILHO, João Carlos Amarante. Geometria plana e
espacial. Rio de Janeiro: Ciência Moderna, 2006.
IEZZI, Gelson et al. Matemática. 4. ed. São Paulo: Atual, 2007. V. 5.
80 • capítulo 7
8
Relações métricas e
trigonométricas no
triângulo retângulo
qualquer
8. Relações métricas e trigonométricas no
triângulo retângulo qualquer
8.1 Introdução
α
hipotenusa
cateto
β
cateto
82 • capítulo 8
A tangente de um ângulo no triângulo retângulo é a razão entre o cateto
oposto e o cateto adjacente.
cateto oposto
tan gente =
cateto adjacente
α
c
b
β
a
Para o ângulo α:
cateto oposto a
sen α = =
hipotenusa c
cateto adjacente b
cos α = =
hipotenusa c
cateto oposto a
tg α = =
cateto adjacente b
Para o ângulo β:
cateto oposto b
sen β = =
hipotenusa c
cateto adjacente a
cos β = =
hipotenusa c
cateto oposto b
tg β = =
cateto adjacente a
OBJETIVOS
• Utilizar as relações métricas no triângulo qualquer.
• Aplicar a lei dos cossenos e lei dos senos em diversos problemas.
capítulo 8 • 83
EXEMPLO
01. Determine os valores de seno, cosseno e tangente dos ângulos agudos do triângulo
abaixo.
α
5
3
β
4
4 3
sen α = sen β =
5 5
3 4
cos α = cos β =
5 5
4 3
tg α = tg β =
3 4
1
02. Sabendo que sen α = , determine o valor de x no triângulo retângulo abaixo:
2
α
x
β
8
8
sen α =
x
1 8
=
2 x
x = 16
84 • capítulo 8
Arcos notáveis
3 2 1
COS
2 2 2
3
TG 1 3
3
a
b h
A m c–m B
H
c
capítulo 8 • 85
No triângulo ACH, temos que:
m
b2 = h2 + m2 (II) e cos A = → m = b cos A ( III )
b
a2 = b2 + c2 – 2 · b · c · cos A
b2 = a2 + c2 – 2 · a · c · cos B
c2 = a2 + b2 – 2 · a · b · cos C
As três igualdades anteriores são chamadas de Lei dos Cossenos, que diz:
“Num triângulo qualquer, o quadrado de um lado é igual à soma dos qua-
drados dos outros dois lados menos o dobro do produto desses lados pelo cos-
seno do ângulo por eles formado”. Lembre-se que a Lei dos cossenos vale para
qualquer triângulo.
a b c
= = = 2r
sen A sen C
sen B
Demonstração:
D
r
B a C
86 • capítulo 8
Para demonstrar a lei dos senos, tomamos um triânguloABC qualquer ins-
crito em uma circunferência de raio r. A partir do ponto B pode-se encontrar
um ponto diametralmente oposto D, e, ligando a formamos um novo triângulo
BCD retângulo em C.
Da figura, podemos perceber também que A =D porque determinam na
circunferência uma mesma corda BC . Desta forma, podemos relacionar:
= a ⇒ b = 2r
sen D ⇒ a = 2R sen A
2r
sen A
e C
Fazendo todo este mesmo processo para os ângulos B teremos
as relações:
b c
= 2= re 2r
sen B
sen C
a b c
= = = 2r
sen A sen B sen C
capítulo 8 • 87
EXEMPLO
01. Um triângulo cujos lados medem 3 cm, 4 cm e 5 cm é Retângulo:
52 = 32 + 42
Justificando ⇒ 25= 9 +16
25=25
62 <42 + 52
Justificando ⇒ 36<16 + 25
36<41
10 cm x
60°
A 15 cm B
88 • capítulo 8
05. Determine o valor de y no triângulo obtusângulo abaixo.
A
y
7 cm 120°
B 5 cm C
Solução: Lembrando que a lei dos cossenos também é válida para o triângulo obtusân-
gulo, temos que:
2 2 2
y = 7 + 5 − 2 ⋅ 7 ⋅ 5 ⋅ cos 120
2
(
y = 49 + 25 − 70 ⋅ cos 60
)
2 1
y = 49 + 25 − 70 ⋅
2
2
y = 74 + 35
2
y =109
y = 109
120°
100m
45°
A x C
3
sen120º = sen(180º – 120º) = sen60º = ou 0,865
2
2
sen45º = ou 0,705
2
x 100 x 100
=
⇒ = ⇒ 0, 707x = 86, 6 ⇒ x ≅ 122, 5
sen 60 sen 45 0, 866 0, 707
capítulo 8 • 89
ATIVIDADES
01. O triângulo cujos lados medem 5 cm, 12 cm e 13 cm:
a) é acutângulo c) é obtusângulo
b) é retângulo d) não existe
a) 6
X 5 b) 7
c) 8
3,8 d) 9
10
a) 7
x b) 8
5 c) 9
d) 10
1 4
90 • capítulo 8
07. O perímetro do triângulo ABC da figura é:
a) 22
b) 23
X 5
c) 24
102,2
d) 25
REFLEXÃO
A aplicação da trigonometria, baseado no triângulo retângulo, se dá na vida prática de vá-
rias maneiras. Várias aplicações poderiam ser citadas. Entre estas, duas serão especificadas
a seguir:
a) Tanto na engenharia civil, quando se torna necessário conhecer as distâncias e altu-
ra dos elementos físicos(prédios, ruas, montanhas, etc) quanto na engenharia dos astros,
quando se torna necessário conhecer as distâncias de elementos físicos no espaço sideral,
temos longo emprego da trigonometria. Os projetos de engenharia, que são elaborados para
resolver as questões citadas, baseiam-se sempre num modelo matemático, que empregará
as relações métricas em um triângulo retângulo.
b) Em relação às aplicações da trigonometria nos fundamentos da Física, podemos destacar
o estudo da Estática. Os sistemas de forças que atuam em um corpo estático e que tem larga
aplicação no nosso dia a dia, são realizados com o auxílio dos elementos da trigonometria.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DOLCE, Osvaldo; POMPEO, José Nicolau. Fundamentos de Matemática Elementar - Geometria
Plana. 7. ed. São Paulo: Atual, 1999.
RIBEIRO, Jackson. Matemática – Ciência e Linguagem. 1.ed. São Paulo: Scipione, 2007. V. Único.
BARBOSA, João Lucas Marques. Geometria euclidiana plana. 9. ed. Rio de Janeiro: SBM, 2006.
BARBOSA, Madsen. Descobrindo a geometria fractal: para a sala de aula. Belo Horizonte:
Autêntica, 2005.
capítulo 8 • 91
FRANCO, Valdeni Soliani; BARROS, Rui Marcos de Oliveira; GERONIMO, João Roberto. Geometria
euclidiana plana: um estudo sobre cabri-geometre. São Paulo: EDUEM, 2007.
GARCIA, Antônio Carlos de Almeida; CASTILHO, João Carlos Amarante. Geometria plana e
espacial. Rio de Janeiro: Ciência Moderna, 2006.
IEZZI, Gelson et al. Matemática. 4. ed. São Paulo: Atual, 2007. V. 5.
92 • capítulo 8
9
Circunferência e
círculo
9. Circunferência e círculo
9.1 Estrutura de conteúdo
A
AÔB é ângulo central
α B AB é o arco correspondente
O α = AB
A
ACB é ângulo central
B AB é o arco correspondente
α
α = AB
C 2
t é tangente é secante
t CÂB é ângulo de segmento
AB é o arco correspondente
α = AB
s 2
A α B
94 • capítulo 9
Ângulo excêntrico interior é um ângulo formado por duas cordas que se in-
terceptam no interior da circunferência em um ponto distinto do centro.
A
C
APB = CPD = α é ângulo exterior α P
α = |AB – CD | D
2
B
OBJETIVOS
• Identificar os ângulos na circunferência.
• Utilizar as Relações Métricas no Círculo.
• Resolução de Problemas usando relações métricas no círculo e a potência de um ponto.
• Verificar as propriedades dos polígonos regulares.
• Calcular o lado e o apótema dos principais polígonos regulares.
• Aplicar as diversas propriedades do círculo e dos polígonos regulares em problemas diversos.
capítulo 9 • 95
EXEMPLO
Calcule os ângulos pedidos abaixo nos itens abaixo:
I.
a) m(AB)
C B b) m(AMB)
)
c) m( BC
50°
50° )
d) m( ADC
O A
Solução:
M
a) m(AB)= 50º
b) m(AMB) = 360º - 50º = 310º
) =70
c) m( BC
) = 360º – 120º = 240º
d) m( ADC
II.
Solução:
x + 30 = 2x – 10
2x – 10°
x – 2x = -10 – 30
x + 30°
– x = –40 (–1)x = 40
III.
Solução:
a + 115º = 180º
a = 180º – 115º
50° a = 65
x + 50
x 115° =a
2
x + 50
= 65
2
x + 50 = 130
x = 130 - 50
x = 80º
96 • capítulo 9
IV.
Solução :
100 − x
20 =
2
100° x 20° 40 = 100 – x
100 – x = 40
–x = 40 – 100
–x = –60 (–1 )
x = 60
P AB e CD cordas
B
C
capítulo 9 • 97
• Se uma secante AB e uma tangente a uma circunferência num ponto T se
cortam externamente num ponto P, a medida do segmento PT é igual à média
geométrica dos segmentos PA e PB.
PT2 = PA · PB
T
P A B
9.3.1 Propriedade
EXEMPLO
Nos exemplos abaixo, calcule x:
I.
Solução:
A
3x · (x + 1) = (4x – 1) · x
3x D 3x2 + 3x = 4x2 – x
x
P 4x2 – 3x2 – 3x – x = 0 ⇒ x2 – 4x = 0
x(x – 4) = 0 ⇒ x = 0 ou x = 4
4x – 1 x+1
B CD = (4x – 1) + x ⇒ CD = 5x – 1
C CD = 5 · 4 – 1 ⇒ CD = 19
98 • capítulo 9
II. Na figura, tem-se: PA = 2 AB , PO = 17 cm e OC = 5 cm. Determine o valor de AB .
A A
B x B
x
O C P 5 O 5 C 12 P
Solução:
B
Solução:
3 2
(3 2 )
2
= 2x2 = 9 • 2 ⇒ x2 = 9 ⇒ x = 3
A
O
C
IV.
Solução:
A 4 · (4 + 5) = 3 · (3 + x)
5
B
4 4 · 9 = 9 + 3x
P 36 – 9 = 3x
3
C 3x = 27
x
D x=9
capítulo 9 • 99
ATIVIDADES
01. Na figura, o ponto O é o centro da circunferência e AS é bissetriz do ângulo BAC.
A
O valor de α é:
a) 25°
α b) 20°
40°
B S O A c) 15°
d) 10°
e) 5°
A
a) 20°
x b) 30°
c) 35°
D
O E
d) 55°
70° e) 70°
C
03. (UFMG) Na figura abaixo, a circunferência tem centro O e o seu raio tem a mesma
medida do segmento BC. Sejam α a medida do ângulo AOD e β a medida do ângulo ACD.
Uma relação entre α e β é:
5
a) α= β
2 A
b) α = 3β B
α β
D O C
7
c) α= β
2
d) α = 2β
3
e) α = β
2
100 • capítulo 9
04. Na figura, BC é um diâmetro da circunferência de centro O.
A
O valor de α é:
a) 20°
70°
B C b) 25°
O
c) 30°
α d) 35°
e) 40°
P
05. Na figura a seguir, os arcos QMP e MTQ medem, respectivamente, 170° e 130°. Então,
o arco MSN mede:
P
a) 60°
b) 80°
S M
c) 100°
N T
d) 110°
e) 70°
Q
A
144
E
25
P
x
T
07. Na figura ABC representa o trecho de uma estrada que cruza o pátio circular de centro
O e raio r. Se AC = 2r = AO, determine BC.
C
B
O A
capítulo 9 • 101
08. Uma corda AB, que mede 18 cm, corta urna corda CD de tal forma que os segmentos
determinados sobre CD medem x e 2x cm, respectivamente. Sabendo que a corda CD mede
12 cm, calcule as medidas dos segmentos determinados sobre a corda AB.
A B P
O
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DOLCE, Osvaldo; POMPEO, José Nicolau. Fundamentos de Matemática Elementar - Geometria
Plana. 7. ed. São Paulo: Atual, 1999.
RIBEIRO, Jackson. Matemática – Ciência e Linguagem. 1.ed. São Paulo: Scipione, 2007. V. Único.
BARBOSA, João Lucas Marques. Geometria euclidiana plana. 9. ed. Rio de Janeiro: SBM, 2006.
BARBOSA, Madsen. Descobrindo a geometria fractal: para a sala de aula. Belo Horizonte:
Autêntica, 2005.
FRANCO, Valdeni Soliani; BARROS, Rui Marcos de Oliveira; GERONIMO, João Roberto. Geometria
euclidiana plana: um estudo sobre cabri-geometre. São Paulo: EDUEM, 2007.
GARCIA, Antônio Carlos de Almeida; CASTILHO, João Carlos Amarante. Geometria plana e
espacial. Rio de Janeiro: Ciência Moderna, 2006.
IEZZI, Gelson et al. Matemática. 4. ed. São Paulo: Atual, 2007. V. 5.
102 • capítulo 9
10
Polígonos regulares
10. Polígonos regulares
Os Polígonos Regulares são bastante aplicados em várias situações práticas
como, por exemplo, no revestimento de pisos ou paredes, em calçamento de
ruas etc.
OBJETIVOS
• Identificar as propriedades dos polígonos regulares.
• Realizar o cálculo do lado e apótema do triângulo equilátero,quadrado e hexágono regular
em diversos problemas.
Quadrado : ( regular )
1. Lados congruentes
2. Ângulos congruentes
104 • capítulo 10
10.2 Polígono regular inscrito e circunscrito
Já vimos que o polígono regular tem os lados iguais e os ângulos também iguais.
Polígono inscrito no círculo é o polígono, cujos vértices ficam na circunfe-
rência. Os lados são cordas. O círculo diz-se circunscrito ao polígono.
10.3 Generalidades
Apótema
capítulo 10 • 105
Ângulo cêntrico do polígono regular é o ângulo formado por dois raios con-
360
secutivos do mesmo polígono. O valor do ângulo cêntrico é , sendo n o
n
número de lados.
1. Quadrado:
Cálculo da medida do lado (L4) :
F ⇒ No ∆COD, temos :
L24 = R 2 + R 2
O R L24 = 2R 2
E C
R L
4 L 4 = 2R 2
L4 = R 2
D
106 • capítulo 10
EXEMPLO
Calcular a medida do lado e do apótema do quadrado inscrito numa circunferência de raio
8 cm.
Solução :
L4 a) L4 = R 2
L4 = 8 2
AP4 8
R 2
b) AP4 =
2
8 2
AP4 = =4 2
2
2. Hexágono Regular :
Cálculo da medida do lado (L6):
⇒ O ∆AOB é Equilátero
O ⇒ Logo :
R R OA = OB = AB
⇒ Então :
A B
L6 = R
L6
⇒ No ∆MOB temos :
2
R
AP62 + = R 2
O 2
R2
R R AP62 = R 2 −
AP6 4
A M B 3R 2
AP6 =
R 4
2 R 3
AP6 =
2
capítulo 10 • 107
EXEMPLO
Calcular a medida do lado e do apótema do hexágono regular inscrito numa circunferência
de raio 12 cm.
Solução :
a) Como
L6 = R, então : L6 =12
8 R 3 12 3
b) AP6 = = =6 3
2 2
3. Triângulo Equilátero:
Cálculo da medida do lado (L3):
A ⇒ No ∆ABD, temos :
L26 + R 2 = ( 2R )
2
L3
O L23 + R 2 = 4R 2
2R
L3 = 3R 2
C B
R L3 = 3R 2
D L3 = R 3
A
⇒ O quadrilátero BCDO é um losango, pois os
lados s ã o congruentes ( medem R ) .
O
AP3 OD R
B C ⇒ Logo : AP3 = ⇒ AP3 =
2 2
108 • capítulo 10
EXEMPLO
Calcular a medida do lado e do apótema do triângulo equilátero inscrito numa circunferência
de raio 10 cm.
Solução :
10
a) L3 = R 3 ⇒ L3 =10 3
R 10
b) AP3 = = ⇒ AP3 =5
2 2
Inscritos:
180
L n = 2 ⋅ R ⋅ sen
n
180
APn = R ⋅ cos
n
180
L 4 = 2 R sen
4
= 2 ⋅ R ⋅ sen 45
( )
( )
Sendo : sen 45 =
2
2
2
Então : L 4 = 2 ⋅ R ⋅ ⇒ L4 = R ⋅ 2
2
capítulo 10 • 109
• Cálculo do apótema:
180
AP4 = R ⋅ cos
4
( )
= R ⋅ cos 45
( )
Sendo : cos 45 =
2
2
2 R⋅ 2
Então : AP4 = R ⋅ ⇒ AP4 =
2 2
b) Hexágono regular: (n = 6)
• Cálculo do lado:
180
L6 = 2 ⋅ R ⋅ sen
n
( )
= 2 ⋅ R ⋅ sen 30
( )
Sendo : sen 30 =
1
2
1
Então : L6 = 2 ⋅ R ⋅ ⇒ L6 = R
2
• Cálculo do apótema:
180
AP6 = R ⋅ cos
n
( )
= R ⋅ cos 30
( )
Sendo : cos 30 =
2
3
1
Então : AP4 = R ⋅
2
180
L3 = 2 ⋅ R ⋅ sen
n
( )
= 2 ⋅ R ⋅ sen 60
( )
Sendo : sen 60 =
2
3
3
Então : L3 = 2 ⋅ R ⋅ ⇒ L3 = R ⋅ 3
2
110 • capítulo 10
• Cálculo do apótema:
180
AP6 = R ⋅ cos
n
( )
= R ⋅ cos 60
( )
Sendo : cos 60 =
1
2
1 R
Então : AP3 = R ⋅ ⇒ AP3 =
2 2
1. Quadrado:
L4 = 2 ⋅ R AP4 = R
2. Hexágono regular:
2⋅R⋅ 3
L6 = AP6 = R
3
3. Triângulo equilátero:
L3 = 2 ⋅ R ⋅ 3 AP3 = R
Quadrado
A a m r 2
= ⇒A⋅ = r ⋅ r 2 ⇒ A = 2r
A M 2
r
capítulo 10 • 111
Hexágono regular
A
A 3 A 3
M= ⇒r=
2 2
Generalização
M = r : apótema
a m
A: lado do hexágono regular =
A M
10.8.1 Demonstração
A a
a M
Q b
B AB + CD = a + b + c + d
d b
AD + CB = a + d + c + b
D
P AB + CD = AD + CB
d e
N e
C
112 • capítulo 10
EXEMPLO
01. Sabendo-se que o perímetro do hexágono regular inscrito numa circunferência é igual a
24 cm. Calcule a medida do seu apótema.
a
P = 24cm
6a = 24 → a = 4 cm
a 3 4 3
r m= ⇒m= = 4 3 cm
m 2 2
02. Determine a área do círculo inscrito num triângulo equilátero de perímetro igual a 9 cm.
3A = 9 3 ⇒ A = 3 3 cm
A = 2r 3 ⇒ 3 3 = 2r 3
3
r = cm
2
2
3 9π
A0 = π •r2 = π • =
r 2 4 cm2
x
x
15 15
9 9 r y
r r
12 r 12 y
r + x = 9 (I)
x + y = 15 (II) ⇒ 2 (r + x + y ) = 36 ⇒ r + x + y = 18 (IV )
r + y = 12 (III)
r + 15 = 18 ⇒ r = 3 ⇒ d = 6 cm
capítulo 10 • 113
04. Determine o perímetro do quadrilátero ABCD circunscrito.
D x+1 C
3x 2x
A 3x + 1 B
1. Teorema de Pitot
2. (3x) + (2x) = (3x + 1) + (x + 1) ⇒ 5x = 4x + 2 ⇒ x = 2
180
L n = 2 R tg
n
AP4 = R
ATIVIDADES
01. Um quadrado tem o apótema medindo 5 cm. Calcule o perímetro desse quadrado ins-
crito na circunferência.
02. Num círculo estão inscritos um hexágono regular e um triângulo equilátero. A soma do
quadrado do número que representa a medida do apótema do hexágono com o número que
representa o apótema do triângulo, vale 310. Calcular o lado do hexágono e o do triângulo.
04. Calcule o apótema de um triângulo equilátero inscrito numa circunferência de raio 28 cm.
114 • capítulo 10
05. O apótema de um triângulo equilátero inscrito numa circunferência mede 3 cm. Quan-
to mede o seu lado?
06. Num círculo estão inscritos um quadrado, um triângulo equilátero e um hexágono regular
cuja soma de seus perímetros vale 168,3 m. Calcular os apótemas das três figuras.
07. O lado do quadrado inscrito numa circunferência mede 4 cm. O lado do triângulo equilá-
tero inscrito na mesma circunferência mede:
a) 2 3 b) 2 6 c) 3 2 d) 6 2
08. A distância entre dois lados paralelos de um hexágono regular inscrito numa circun-
ferência é definida por (a + 2) · 3 m . Assim sendo, o raio dessa circunferência tem
por expressão:
a) 2 3 m c) (a + 2) m
a+2
b) a 3 m d) m
2
10. Determine o perímetro do triângulo ADE, sabendo que o perímetro do triângulo ABC
vale 10 cm, a base BC mede 4 cm e que o círculo está inscrito no quadrilátero BCDE.
D E
C B
capítulo 10 • 115
11. Calcule o apótema de um quadrado inscrito numa circunferência de raio 7 2 cm.
12. O lado de um quadrado inscrito numa circunferência mede 10 2 cm. Calcule o raio
da circunferência.
15. O lado de um quadrado inscrito numa circunferência mede 4 cm. Calcule o raio
da circunferência.
REFLEXÃO
A aplicação da trigonometria, baseado no triângulo retângulo, se dá na vida prática de vá-
rias maneiras. Várias aplicações poderiam ser citadas. Entre estas, duas serão especificadas
a seguir:
a) Tanto na engenharia civil, quando se torna necessário conhecer as distâncias e altu-
ra dos elementos físicos (prédios, ruas, montanha etc), quanto na engenharia dos astros,
quando se torna necessário conhecer as distâncias de elementos físicos no espaço sideral,
temos longo emprego da trigonometria. Os projetos de engenharia, que são elaborados para
resolver as questões citadas, baseiam-se sempre num modelo matemático, que empregará
as relações métricas em um triângulo retângulo.
b) Aplicações da trigonometria nos fundamentos da Física, podemos destacar o estudo da
Estática. Os sistemas de forças que atuam em um corpo estático e que tem larga aplicação
no nosso dia a dia, são realizados com o auxílio dos elementos da trigonometria
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DOLCE, Osvaldo; POMPEO, José Nicolau. Fundamentos de Matemática Elementar - Geometria
Plana. 7. ed. São Paulo: Atual, 1999.
RIBEIRO, Jackson. Matemática – Ciência e Linguagem. 1.ed. São Paulo: Scipione, 2007. V. Único.
BARBOSA, João Lucas Marques. Geometria euclidiana plana. 9. ed. Rio de Janeiro: SBM, 2006.
116 • capítulo 10
BARBOSA, Madsen. Descobrindo a geometria fractal: para a sala de aula. Belo Horizonte:
Autêntica, 2005.
FRANCO, Valdeni Soliani; BARROS, Rui Marcos de Oliveira; GERONIMO, João Roberto. Geometria
euclidiana plana: um estudo sobre cabri-geometre. São Paulo: EDUEM, 2007.
GARCIA, Antônio Carlos de Almeida; CASTILHO, João Carlos Amarante. Geometria plana e
espacial. Rio de Janeiro: Ciência Moderna, 2006.
IEZZI, Gelson et al. Matemática. 4. ed. São Paulo: Atual, 2007. V. 5.
capítulo 10 • 117
118 • capítulo 10
11
Área das principais
figuras planas
11. Área das principais figuras planas
Na geometria plana, estudamos a área de superfícies bidimensional, ou seja,
que possuem duas dimensões. Ao obtermos a medida de uma superfície, es-
tamos realizando o cálculo de área, que utiliza como unidade fundamental de
medida o metro quadrado (m²). Figuras planas são aquelas que se situam num
único plano.
OBJETIVOS
• Identificar as propriedades das figuras equivalentes.
• Utilizar os diversos teoremas envolvendo área de figuras planas.
• Calcular as diversas áreas de figuras planas utilizando suas relações matemáticas.
• Aplicar as relações matemáticas, envolvendo áreas de figuras planas, em proble-
mas diversos.
Retângulo
A=b·h
120 • capítulo 11
Paralelogramo
a h
A=b·h
A = a · b · sen α
α
b
Quadrado
l
A = 2
Losango
l
α d A = 2 ⋅ sen α
ou
l
D⋅d
A=
D 2
Trapézio
( B + b) ⋅ h
h A=
2
capítulo 11 • 121
Triângulo
h b⋅h
A=
2
• Triângulo equilátero
l l 2 3
A=
4
• Triângulo retângulo
b⋅c
c A=
2
a c
A = p( p − a )( p − b)( p − c)
a+b+c
onde p =
b 2
122 • capítulo 11
• Em função de dois lados e do ângulo entre eles
a 1
A= ⋅ a ⋅ b ⋅ sen α
2
α
b
R
a c a⋅b⋅c
A=
O 4R
a c A=p⋅R
a+b+c
R onde p =
2
b
A = p ⋅ a, onde p = n ⋅
O
ou
α R 1
a A = ⋅ n ⋅ R 2 ⋅ sen α
2
capítulo 11 • 123
Hexágono regular
2 3
A=6⋅
4
Círculo
R A = π ⋅ R2
onde π = 3,14
Coroa circular
r
O
A=π (R2 − r2 )
R
Setor circular
R π ⋅ R 2 ⋅α
A= , α em graus
α l 360
O ou
⋅R
A= , α em radianos
2
124 • capítulo 11
Segmento circular
R
α l Aseg = Asetor − A triângulo
O
R
A A’
r
B C
S1 = S2
S1 S2
a a
Observação: Quando duas figuras possuem mesma área, dizemos que elas
são equivalentes. Portanto, o enunciado desta propriedade pode ser: uma me-
diana divide o triângulo em dois outros equivalentes.
Mediana – é o segmento de reta que une um vértice ao ponto médio do
lado oposto.
capítulo 11 • 125
a) O baricentro divide cada mediana em dois segmentos na razão de 2
para 1.
Justificativa: Considerando a figura anterior, como M é médio de AB e N é
médio de AC, teremos:
A5
A4
A6 A3
G
A1 A2
B
C
S a
=
S’ a’
S S’
a a’
126 • capítulo 11
Propriedade 4: A razão entre as áreas de triângulos semelhantes é igual ao
quadrado da razão de semelhança. Observe, na figura a seguir, dois triângulos
semelhantes com bases a e a’ e alturas h e h’.
a h
k = =
a’ h’
S ah/2 a h
= = k k = k2.
S’ ah/2’ a’ h’
h’
h
a a’
Exemplo 1: O triângulo ABC da figura abaixo tem área igual a 30. O lado BC
está dividido em quatro partes iguais, pelos pontos D, E e F, e o lado AC está di-
vidido em três partes iguais pelos pontos G e H. Qual é a área do triângulo GDE?
A A
G G
10
H 10 H
10
B D E F C B D E F C
G
10
5 5 5 5
B D E F C
capítulo 11 • 127
Exemplo 2: É dado um triângulo ABC e um ponto P do lado AC mais próximo
de A que de C. Traçar uma reta por P que divida o triângulo ABC em duas partes
de mesma área.
A A
P
P
B C D B M C
10 9
A
2
B 6
senα
T ( ) ( )
12 ⋅ 15 ⋅
= 2 = (6 ) ⋅ (5) = 2
A sen α (5) ⋅ (3)
(10 ) ⋅ ( 9 ) ⋅
2
128 • capítulo 11
Exemplo 4: Seja ABCD um quadrado de lado 1 e sejam M e N os pontos mé-
dios dos lados BC e CD, respectivamente. Traçando os segmentos AM, AN e NB,
calcule as áreas das cinco partes em que o quadrado ficou dividido.
D N C D N C
1/2
1 3/4
M x M
3x/2
P Q
5x/2 1/2
1/4
A B A 1/2 R 1/2 B
S
S
A x M B
156
capítulo 11 • 129
EXEMPLO
01. (UESPI) Um trabalhador gasta 3 horas para limpar um terreno circular de 6 metros de
raio. Se o terreno tivesse 12 metros de raio, quanto tempo o trabalhador gastaria para limpar
tal terreno?
a) 6 h d) 18 h
b) 9 h e) 20 h
c) 12 h
Solução:
Primeiramente, vamos calcular a área dos dois terrenos, A1 e A2:
A1 = πr² = 6²π = 36π m²
A2 = πr² = 12²π = 144π m²
Pelo enunciado, o trabalhador gasta 3 horas para limpar um terreno de 36π m² e x horas
para limpar um terreno de 144π m².
Por meio de uma regra de três simples, temos:
3h 36π m²
xh 144π m²
432π
36π · x = 3 · 144π ⇒ x = 432 π ⇒ x = ⇒ x = 12 h
36π
02. (PUC-RIO) Num retângulo de perímetro 60, a base é duas vezes a altura. Então a área é:
a) 200 d) 50
b) 300 e) 30
c) 100
Solução:
a + a + b + b = 60
2a + 2b = 60 → 2(a + b) = 60
a + b = 30
Se a = 2b, então:
2b + b = 30 → b = 10 e a = 20
Área do retângulo é dado por: A = b · a
A = 10 · 20 = 200
130 • capítulo 11
03. (ENEM) Para o reflorestamento de uma área, deve-se cercar totalmente, com tela, os
lados de um terreno, exceto o lado margeado pelo rio, conforme a figura. Cada rolo de tela
que será comprado para confecção da cerca contém 48 metros de comprimento.
a) 6 d) 11
b) 7 e) 12
c) 8
Solução:
Como o lado margeado pelo rio não será cercado, serão necessários 81 + 190 + 81 =
352 metros de tela para cercar. O rolo possui 48 metros de comprimento, logo serão neces-
sários 352 : 48 = 7,33 rolos. Como só é possível comprar rolos inteiros de tela, deverão ser
comprados 8 rolos para que possa ser cercado todo o terreno.
Resposta: C
04. Encontre a razão entre os valores numéricos da altura relativa a base e da área de um
triângulo isósceles ABC de lados AB = AC = 5 cm e BC = 8 cm.
Solução:
1. Cálculo da altura :
A
5†= h†+4†→ h†= 9 → h = 3
2. Cálculo da área do triângulo :
5 5
h BC ⋅ AD 8 ⋅3
A= →A= → A =12
2 2
4 4
B C 3. Calculando a razão, temos :
D
h 3 h 1
8 = → =
A 12 A 4
a) 2π
α b) π
c) 3πp
r R
d) 2
e) 1
capítulo 11 • 131
Solução: ( π • R2 ) • 6π
= π • R = π ( 6 ) = 36 π = 3π
2 2
I. Área (setor maior) =
2π 12 12 12
( π • r2 ) • 6π ( )
2
= π •r = π 2 6 24π
2
II. Área (setor menor) = = = 2π
2π 12 12 12
A área hachurada é A = 3π – 2π = π.
ATIVIDADES
01. Na figura, M e N são pontos médios dos lados AB e BC do retângulo ABCD e os seg-
mentos DM e DN interceptam a diagonal AC em P e Q. Se a área do retângulo é 60, calcule
a área do triângulo DPQ.
02. Determine a área do triângulo sombreado em função da área k do triângulo ABC nos
casos a seguir, sabendo que os pontos assinalados em cada lado os dividem em partes iguais
(congruentes).
A M B
P
N
Q
D C
a) b)
A A
B C B C
132 • capítulo 11
c) d)
A A
B C B C
03. Determine a área da região sombreada em função da área k do paralelogramo ABC nos
casos a seguir, sabendo que os pontos assinalados em cada lado os dividem em partes de
medidas iguais.
a) b)
A B A B
D D C
C
A B
D M C
C B
capítulo 11 • 133
06. Se os pontos R, S, T, U, V e X dividem AB , BC e AC , respectivamente, em três partes
iguais, determine a área do triângulo sombreado em função da área k do triângulo ABC.
R X
S V
B T U C
07. (UERJ) Considere uma placa retangular ABCD de acrílico, cuja diagonal AC mede 40
cm. Um estudante, para construir um par de esquadros, fez dois cortes retos nessa placa nas
direções AE e AC, de modo que DÂE=45º e BÂC=30º, conforme ilustrado a seguir. Após
isso, o estudante descartou a parte triangular CAE, restando os dois esquadros. Admitindo
3 = 1,7 que a espessura do acrílico seja desprezível e que a área, em cm², do triângulo
CAE equivale a:
A B a) 80
b) 100
c) 140
d) 180
D E C
08. (ENEM) O tangram é um jogo oriental antigo, uma espécie de quebra-cabeça, cons-
tituído de sete peças: 5 triângulos retângulos e isósceles, 1 paralelogramo e 1 quadrado.
Essas peças são obtidas recortando-se um quadrado de acordo com o esquema da figura 1.
Utilizando-se todas as sete peças, é possível representar uma grande diversidade de formas,
como as exemplificadas nas figuras 2 e 3. Se o lado AB do hexágono mostrado na figura 2
mede 2 cm, então a área da figura 3, que representa uma “casinha”, é igual a:
B
a) 4 cm2
A b) 8 cm2
c) 12 cm2
d) 14 cm2
e) 16 cm2
134 • capítulo 11
09. (ENEM) Uma empresa produz tampas circulares de alumínio para tanques cilíndricos a
partir de chapas quadradas de 2 metros de lado, conforme a figura. Para 1 tampa grande, a
empresa produz 4 tampas médias e 16 tampas pequenas. As sobras de material da produção
diária das tampas grandes, médias e pequenas dessa empresa são doadas, respectivamente,
a três entidades: I, II e III, para efetuarem reciclagem do material. A partir dessas informações,
pode-se concluir que:
Área do círculo:
2m πr2
2m
10. (UERJ) Um tabuleiro retangular com pregos dispostos em linhas e colunas igualmente
espaçadas foi usado em uma aula sobre área de polígonos. A figura abaixo representa o
tabuleiro com um elástico fixado em quatro pregos indicados pelos pontos A, B, C e D.
Considere u a unidade de área equivalente ao menor quadrado que pode ser construído com
vértices em quatro pregos do tabuleiro.
D
C
capítulo 11 • 135
11. (UERJ) Considere um setor circular AOC, cujo ângulo central θ é medido em radianos.
A reta que tangencia o círculo no extremo P do diâmetro CP encontra o prolongamento do
diâmetro AB em um ponto Q, como ilustra a figura.
A
O θ
B
Q P
Sabendo que o ângulo θ satisfaz a igualdade tg θ = 2θ, calcule a razão entre a área do setor
AOC e a área do triângulo OPQ.
12. (ENEM) Ao morrer, o pai de João, Pedro e José deixou como herança um terreno retan-
gular com medidas de 3 km · 2 km que contém uma área de extração de ouro delimitada por
um quarto de círculo de raio 1 km a partir do canto inferior esquerdo da propriedade. Dado o
maior valor da área de extração de ouro, os irmãos acordaram em repartir a propriedade de
modo que cada um ficasse com a terça parte da área de extração, conforme mostra a figu-
ra. Em relação à partilha proposta, constata-se que a porcentagem da área do terreno que
3
coube a João corresponde, aproximadamente, a: (considere = 0,58)
3
3 km
a) 50%
b) 43%
João
Pedro 2 km c) 37%
1 km d) 33%
José
e) 19%
1 km
13. (UFPE) A figura a seguir ilustra um triângulo e sete semicircunferências com diâme-
tros de mesma medida. As semicircunferências adjacentes se interceptam em um dos seus
extremos, que também é ponto do triângulo. Se o perímetro do triângulo é 28, qual o raio
das semicircunferências?
136 • capítulo 11
a) 7
b) 6
c) 4
d) 2
e) 1
14. (UFG) O ponto mais baixo de uma roda gigante circular de raio R metros dista 1m do
solo. A roda está girando com 3 crianças que estão, duas a duas, à mesma distância. A altura
de duas delas, no momento em que a outra está no ponto mais alto, é:
1 R +2 R+ 2
a) R + m c) m e) m
2 2 2
R +1
b)
2
m d) (R + 2 ) m
15. (UFC) Os lados AC e CD dos triângulos equiláteros ABC e CED medem, respectiva-
mente, 6 m e 3m. Os segmentos AC e CD estão numa reta r, são consecutivos e DC mede
9 m. Se os vértices B e E estão no mesmo semiplano determinado por r, então o perímetro,
em metros, do quadrilátero ABED é igual a:
2 3
(
a) 3 6 + 3 ) c) 3 7 +
2
e) 3 7 +
2
5 2
b) 3 6 + d) 3 8 −
3 4
capítulo 11 • 137
17. (UFPE) Todos os triângulos da figura abaixo são equiláteros e o hexágono central é
regular. Se AB = 3, qual é a área total do polígono estrelado?
A
a) 2 3 d) 4
D E
b) 3 3 e) 3 3
2
c) 3
B C
19. A área de um triângulo isósceles cujos lados iguais medem 4, e dois de seus ângulos
medem 45º, corresponde a:
20. Um triângulo UPE é retângulo, as medidas de seus lados são expressas, em centímetros,
por números naturais e formam uma progressão aritmética de razão 5. Quanto mede a área
do triângulo UPE?
a) 15 cm2 d) 150 cm2
b) 25 cm2 e) 300 cm2
c) 125 cm2
REFLEXÃO
Se analisarmos a história, encontraremos relatos que explicam como as terras que margea-
vam os rios (Rio Nilo no Egito Antigo) eram divididas para serem cultivadas, desenvolvendo
dessa forma a agricultura nessa área. Este exemplo é uma aplicação da geometria para
resolver um problema do cotidiano dos egípcios.
Havia no Egito a necessidade de demarcação dos lados de terrenos, a ideia da área para
que houvesse o pagamento de tributos ao faraó e para divisão entre herdeiros; a ideia de
volume na irrigação; a construção de templos, etc.
Dessa forma, a geometria nesta época era tida como necessidade, aplicada aos proble-
mas diários dessas pessoas. O conhecimento matemático surgiu a partir da obrigação de
resolver tal problema.
138 • capítulo 11
Segundo Boyer, no Papiro de Ahmes existem problemas que utilizam o cálculo da medi-
da de área, com o uso de composição e decomposição de figuras.
Euclides, geômetra grego, traz em sua obra “Os Elementos” a ideia que se duas figuras
planas se coincidem por superposição estas serão iguais (equivalentes). Foram os gregos que
transformaram a geometria empírica dos egípcios e babilônicos na geometria demonstrativa.
Alguns professores definem o perímetro apenas como "soma da medida dos lados". Com
esta definição, o que poderíamos dizer sobre o perímetro de uma circunferência ou de uma
curva qualquer? Retificando podemos afirmar que perímetro é a medida do contorno de uma
determinada figura. Devemos utilizar diferentes estratégias e aplicá-las em circunstâncias
variadas para fazer com que os alunos compreendam de fato essa definição.
O mesmo ocorre com o conceito de área, que, muitas vezes, se restringe ao cálculo da
área de um retângulo, em que mais uma vez é dito que se deve "multiplicar a medida dos la-
dos"; apenas no 4º ciclo, o ensino da área se estende para outros polígonos, mas a prioridade
é o uso de fórmulas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
PÓLYA, G. 10 mandamentos para professores de Matemática. Universityof British Columbia,
Vancouver and Victoria (3) 1959, p. 61-69.
PÓLYA, G. A Arte de Resolver Problemas. Trad. Heitor Lisboa de Araújo. Rio de Janeiro: Editora
Interciência, 1978.
PÓLYA, G. O ensino por meios de problemas. RPM - SBM,1995.
SCHOENFELD, A. (1985). Mathematical Problem Solving. New York: Academic Press.
STANIC, G. M. A.; KILPATRICK, J. Historical Perspectives on Problem Solving in the
Mathematics Curriculum. In: Charles, R. I.; Silver, E. A. (Eds.) The Teaching and Assessing of
Mathematical Problem Solving. Reston: NCTM, p. 1-22, 1990
GABARITO
Capítulo 1
01.
02.
03.
capítulo 11 • 139
04.
Capítulo 2
01.
a) 30º
b) 20º
c) 12º
02. A
03. 120º
04. 20º e 160º
05.
I. 65º
II. 15º
III. 140º
06. 60º
07. 45º
08. 48º
09.
a) 40º
b) 55º
c) 21º
d) 0º
e) x = 50º
f) 38º
10. A
Capítulo 3
01.
02.
03.
04.
05. 7 cm
06. 10 cm
140 • capítulo 11
Capítulo 4
01. E
02. B
03. 20º
04. D
05. C
06. 110°
07. B
08. A
09. A
10. B
Capítulo 5
01. 16
02. 24, 36, 28 e 32
03. A
04. C
05. 60°, 60°, 120° e 120°
06. E
07. x = 25°; y = 65°
08. D
09. B
Capítulo 6
01.
a) x = 6
b) x = 1,2
02.
a) 20 m e 60 m
b) 160 m
03.
a) p = 37,8
capítulo 11 • 141
b) A = 13 11 cm2
04. 2,5
05. 400 cm e 700 cm
06. C
07. D
08. A
09. C
10.
a) 9M
b) 13
2
11. C
12. A
Capítulo 7
01. D
02.
a) n=3
b) b = 6
c) x = 8 e y = 15
d) a = 6; b = 2 6 ;c=2 3 eh=2 2
03. 4
04. 1,92cm
05. h = 2 6 m; x = 2 10 m; y = 2 15 m
06.
a) 25 cm
b) 6,72 cm
07. 48 km
08.
a) x = 6
b) A = 72
Capítulo 8
01.
02.
142 • capítulo 11
03.
04.
05.
06.
07.
Capítulo 9
01. 40 cm
02. 20 cm e 34,6 cm
03. 8 cm
04. 14 cm
05. 6 cm
06. AP4 = 7,05 m; AP3 = 5 m; AP6 = 8,65 m
07. B
08. C
09. A
10. 2p = 2
11. 7 cm
12. 10 cm
13. 25 2 cm
14. 8 cm
15. 2 2 cm
Capítulo 10
01.
02.
03.
04.
05.
06.
07.
08.
09.
10.
capítulo 11 • 143
Capítulo 11
01. 10
02.
k
a)
3
2k
b)
5
3k
c)
8
11k
d)
24
03.
17k
a)
60
k
b)
3
S
04.
12
8k
05.
39
k
06.
7
07. C
08. B
09. E
10. 25,5 u
1
11.
2
12. E
13. D
14. C
15. A
16.
17. B
18. 24 cm2
19. 8 u.a.
20. D
144 • capítulo 11