You are on page 1of 13

Faculdade São Francisco de Barreiras - FASB

Marcus Vinícius Aguiar Faria – 2019.1

Direito da Criança e do Adolescente

Constituição Federal de 1988: “criança e adolescente”, “infância”, “jovens” e


“menores” são expressões mencionados nos seguintes dispositivos:
Art. 5º, XXXI e L
Art. 6º, caput
Art. 7º, XXV e XXXIII
Art. 14, §1º, c
Art. 24, XV
Art. 203, I e II
Art. 208, IV
Art. 227, caput e §§1º ao 8º
Art. 228
Art. 229
ADCT, art. 10, II, b
ADCT, art. 95

Tratados Internacionais sobre Direito da Criança


Sistema Global homogôneo ou comum: para todos as pessoas indistintamente
1. Carta da ONU, 1945
2. Declaração Universal de Direitos Humanos, 1948 (art. 25.2)
4. Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos, 1966 (Decreto 592/1992: arts. 6.5;
14; 24.1 a 24.3)
5. Pacto Internacional de Direitos Sociais, Econômicos e Culturais, 1966 (Decreto
591/1992: arts. 10.3; 12.2)
6. Convenção contra a Tortura e Outros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanas
ou Degradantes, 1989
7. Declaração de Direitos Humanos de Viena, 1993 (itens 18; 21; 23; 29; Título 4: itens
45 a 52; 89).
8. Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, 2006 (Decreto
6.949/2009: arts. 3º, 4º e 7º).
Protocolo Facultativo à Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência
(Decreto 6.949/2009)
Sistema Global heterogêneo ou especial: para o grupo vulnerável específico das crianças.
1. Convenções da OIT, 1919 (138, 1973, e Recomendação 146, 1976 [Decreto
4.134/2002 – Idade Mínima para o Emprego]; 182, 1999, e Recomendação 190, 1999
[Decreto 6.481/2008 – Piores Formas de Trabalho Infantil e Ação Imediata de Eliminação
– Lista TIP])
2. Convenção de Genebra, 1924 (início da doutrina da proteção integral)
3. Declaração Universal dos Direitos da Criança, 1959 (10 princípios)
4. Convenção de Haia sobre os aspectos civis do Sequestro Internacional de
Crianças, 1980 (Decreto 3.413/2000)
5. Regras Mínimas da ONU para a Administração da Justiça Juvenil – Regras de
Beijing, 1985 (Resolução ONU 40/33)
6. Convenção Internacional sobre Direitos da Criança, 1989 (Decreto 99.710/1990)
Protocolo Facultativo relativo ao envolvimento de crianças em conflitos armados,
2000 (Decreto 5.006/2004)
Protocolo Facultativo referente à venda de crianças, prostituição e pornografia
infantis, 2000 (Decreto 5.007/2004)
Protocolo Facultativo relativo aos procedimentos de comunicação, 2011 (Brasil
assinou em 28.02.2012; Decreto legislativo 85/2017);
7. Regras da ONU para a Proteção dos Menores Privados de Liberdade – Regras de
Havana, 1990 (Resolução ONU 45/113);
Faculdade São Francisco de Barreiras - FASB
Marcus Vinícius Aguiar Faria – 2019.1

8. Diretrizes da ONU para a Prevenção da Delinquência Juvenil – Normas de Riyad,


1990 (Resolução ONU 45/112);
9. Regras Mínimas da ONU para elaboração de Medidas não Privativas de
Liberdade – Regras de Tóquio, 1991 (Resolução ONU 45/110)
10. Resolução da ONU sobre Violência na Família, 1991 (Resolução ONU 45/114)
11. Resolução da ONU sobre Crianças em Atividades Criminais, 1991 (Resolução
ONU 45/115);
12. Convenção de Haia relativa à proteção das crianças e à cooperação em matéria
de adoção internacional, 1993 (Decreto 3.087/1999)
13. Convenção sobre a Cobrança Internacional de Alimentos para Crianças e
Outros Membros da Família e o Protocolo sobre a Lei Aplicável às Obrigações de
Prestar Alimentos, 2007 (Decreto 9.176/2017).
Sistema Regional interamericano
1. Carta da OAE, 1945 (Decreto 30.544/1952)
2. Declaração Americana de Direitos Humanos, 1948 (art. VII)
3. Convenção Americana de Direitos Humanos, 1969 (Decreto 678/1992: arts. 19 e 27)

Declaração Universal dos Direitos da Criança, de 1959


- Preâmbulo: “a humanidade deve à criança o melhor de seus esforços”; “que a criança tenha
uma infância feliz”.
- Princípios:
1º: a criança gozará de todos os direitos, sem distinção;
2º: proteção social, a fim de lhe facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual
e social; os melhores interesses da criança;
3º: direito a um nome e a uma nacionalidade;
4º: benefícios da previdência social; direito à saúde; cuidados pré e pós-natal; direitos à
alimentação, recreação e assistência médica adequados;
5º: proteção e cuidados especiais à criança deficiente;
6º: a criança precisa de amor e compreensão; a criança em tenra idade não será apartada da
mãe; ajuda oficial para manutenção dos filhos em famílias numerosas;
7º: direito à educação; tornar-se um membro útil da sociedade; terá ampla oportunidade
para brincar e divertir-se.
8º: absoluta prioridade em receber proteção e socorro;
9º: proteção contra quaisquer formas de negligência, crueldade e exploração; não será
objeto de tráfico; não será empregada antes da idade mínima conveniente;
10º: proteção contra atos que possam suscitar discriminação; direito de ser criada num
ambiente de compreensão, de tolerância, de amizade entre os povos, de paz e de fraternidade
universal e em plena consciência que seu esforço e aptidão devem ser postos a serviços de seus
semelhantes.

Convenção de Haia sobre os aspectos civis do Sequestro Internacional de Crianças


de 1980
- Em língua inglesa, usou-se o termo “abduction” (translado ilícito de uma pessoa) para outro país, mediante
força ou fraude. Em língua portuguesa, preferiu-se o termo “sequestro”, mas com significado diverso do
crime de sequestro.
- Retorno da Criança ao seu país de residência habitual ou Repatriação de Criança.
Objetivos: a) o retorno imediato de crianças ilicitamente transportada para outro país ou nele retida; b) o
respeito aos direitos de guarda e de visita (art. 1º);
- Transferência ou retenção ilícita de criança: violação ao direito de guarda (art. 3º)
- Essa Convenção não se aplica a pessoas com 16 anos ou mais (art. 4º);
- Direito de guarda: cuidados com a criança e, inclusive, decisão sobre o lugar da sua residência.
Direito de visita: levar uma criança, por um período limitado, para um lugar diferente de onde habitualmente
reside (art. 5º);
Faculdade São Francisco de Barreiras - FASB
Marcus Vinícius Aguiar Faria – 2019.1

- A Autoridade Central Administrativa Federal (ACAF), no Brasil, é a Secretaria Especial de Direitos


Humanos (art. 6º);
- ACAF estrangeira aciona a ACAF brasileira, que, por sua vez, aciona a Interpol, se houver resistência,
aciona a AGU, para que a União proponha ação de busca, apreensão e restituição de criança, na Justiça
Federal. A União tem legitimidade ordinária, e não legitimidade extraordinária. Nessa ação, é obrigatória a
perícia psicológica e assistencial. O MPF atua como custos legis. As custas, despesas e honorários correm
por conta da União.
- Prazo de 6 semanas para que a ACAF do país requerido informe sobre alguma medida de urgência adotada
(art. 11º);
- Regra: retorno imediato da criança, quando há menos de 1 ano, entre “a data da transferência ou da
retenção indevidas e a data do início do processo perante a autoridade judicial ou administrativa do Estado
Contratante onde a criança se encontrar”; ou quando há mais tempo e não houve as hipóteses excepcionais
(art. 12);
- Exceções: após um ano, quando provado que a criança está integrada ao novo meio (art. 12); ou quando
o requerente não exercia efetivamente o direito de guarda ou havia consentido com a transferência ou
retenção (art. 13, a); ou quando existir um risco grave de a criança, no seu retorno, ficar sujeito a perigos
de ordem física ou psíquica, ou, de qualquer outro modo, ficar numa situação intolerável (art. 13, b); ou
quando a criança, que atingiu já idade e grau de maturidade tais que seja apropriado, recusar-se a retornar
(art. 13).
- Não se pode tomar decisão sobre o fundo do direito de guarda, na decisão sobre o retorno ou não da
criança. Nem uma decisão sobre a guarda deve, como regra, influenciar na decisão sobre o retorno ou não
(arts. 16 e 17).

Convenção Internacional sobre Direitos da Criança de 1989


- Preâmbulo: relembra toda a normativa internacional e destaca a proteção especial à pessoal em
desenvolvimento;
- Parte I: direitos humanos internacionais da criança:
1. Criança: pessoa com menos de 18 anos (art. 1º);
2. Interesse maior da criança (art. 3º);
3. Para efetivar direitos sociais da criança pode pedir cooperação internacional (art. 4º);
4. direito de ser ouvido (art. 12);
5. ambos os pais têm obrigações comuns (art. 18);
6. adoção e Kafalah (do direito islâmico) (art. 20);
7. proteção à criança com deficiência (art. 23);
8. melhor padrão de saúde possível (art. 24);
9. exame periódico de avaliação quando internada (art. 25);
10. previdência social (art. 26);
11. pensão alimentícia (art. 27);
12. direito à educação (ensinos primário ao superior) (art. 28);
13. diretrizes educacionais: i) desenvolver a personalidade; ii) respeitar os direitos humanos;
iii) respeitar os seus pais, valores e cultura; iv) ser preparado para uma vida responsável; v)
respeito ao meio ambiente (art. 29);
14. proteção às minorias (art. 30);
15. direito de brincar (art. 31);
16. proteção contra a exploração econômica (art. 32);
17. proteção contra as drogas (art. 33);
18. proteção contra o abuso sexual (art. 34);
19. proteção contra o tráfico de crianças (art. 35);
20. proibição de tortura, pena de morte e prisão perpétua: i) a privação da liberdade deve ser o
último recurso e breve; ii) ficará separado dos adultos; iii) rápido acesso à assistência jurídica (art.
37);
21. cuidados com crianças em conflito armado, respeito ao direito humanitário internacional e
não recrutar menores de 15 anos (art. 38);
Faculdade São Francisco de Barreiras - FASB
Marcus Vinícius Aguiar Faria – 2019.1

22. recuperação e reintegração dos abandonados (art. 39);


23. princípio da legalidade dos atos infracionais (art. 40):
- garantias: presunção de inocência; ser informado da acusação; assistência jurídica;
julgamento sem demora por juiz natural; contraditório; duplo grau de jurisdição; intérprete
se falar língua estrangeira; e respeito à sua vida;
- instituições e autoridades específicas;
- idade mínimas para responsabilidade penal e infracional;
- medidas socioeducativas;
24. princípio da norma mais favorável à criança (art. 41).
- Parte II
1. Comitê para os Direitos da Criança (art. 43);
2. São 10 especialistas: (Wanderlino Nogueira Neto, do MPBA, eleito 2012; reeleito em
2016; morreu 2018)
- integridade moral e competência na área;
- eleições a cada 2 anos, para 05 especialistas; votação secreta; cada Estado indica; lista.
- mandato de 4 anos;
- reuniões na ONU, com disponibilidade de pessoal e material;
- remuneração, mediante emolumentos, pela ONU.
3. Relatórios dos Estados: (art. 44);
- medidas e progressos,
- a cada 5 anos,
- indicar as circunstâncias e dificuldades,
- o Comitê submeterá esses Relatórios ao Conselho Econômico e Social da ONU;
- Os Estados deverão tornar seus relatórios amplamente públicos.
4. Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) (art. 45)
- o Comitê encaminhará os relatórios dos Estados para disponibilização de recursos;
- o Comitê poderá recomendar à ONU estudos concretos e poderá fazer recomendações aos
Estados.
- Parte III:
- disposições gerais: assinatura, ratificação, reservas, denúncias etc. (arts. 46 a 54). Apenas os
EUA, Somália e Sudão do Sul não assinaram esse tratado internacional.

Condenações em Tribunais Internacionais:


- Sistema Global:
Brasil: Caso Alyne da Silva Pimentel Teixeira v. Brasil, 2011, no Comitê da
Convenção para a Eliminação de todas as formas de Discriminação contra a Mulher
das Nações Unidas (Comitê CEDAW) (Em 2002, a jovem de 27 anos, afrodescendente
e de baixa renda, grávida da menina Ester, foi vítima de omissão de socorro e
atendimento em maternidade pública no RJ e, após horas de espera com fortes dores,
foi submetida cirurgia para retirada da placenta e, como o quadro se agravou, teve que
ser transferida para outro hospital público e, como ficou sofrendo hemorragia por 24
horas, até que fosse transferida, morreu).
- Sistema Interamericano:
Brasil: 1) Caso de los niños y adolescentes privados de libertad en el “complexo do
Tatuapé” de FEBEM, 2005 (adolescentes foram mortos na entidade); Caso dos
Meninos Emasculados do Maranhão, 2005 (entre 1991 a 2003, no Maranhão, 28
meninos entre 8 a 15 anos, foram mortos e os órgãos genitais foram mutilados. Maior
caso de serial killer no Brasil); Caso Jailton Neri da Fonseca v. Brasil, 2004 (menino
de 13 anos foi morto por PMs do RJ, em 1992)
Faculdade São Francisco de Barreiras - FASB
Marcus Vinícius Aguiar Faria – 2019.1

Paraguai: Caso The “Children’s Rehabilitation Institute” v. Paraguay, 2006


(adolescentes foram mortos na entidade);
Argentina: Caso Bulacio v. Argentina, 2003 (adolescente preso pela Polícia Federal
argentina, agredido, faleceu em razão do traumatismo craneano, enterrado antes que
os pais e o juiz de menores soubesse); Caso Furlán v. Argentina, 2012 (criança de 14
anos entrou em prédio de treinamento militar para se divertir e uma peça de 50kg caiu
em sua cabeça. Por causa das sequelas, tentou suicídio. Sobreviveu e pediu
indenização).
Guatemala: Caso Villagrán Morales e Outros v. Guatemala “Caso dos Meninos de
Rua”, 1999 (sequestro, tortura e assassinato de 5 adolescentes, em situação de rua, por
agentes de segurança estatais).
Chile: Caso Atala Riffo niñas v. Chile, 2012 (mãe de 3 filhas menores perdeu a guarda
para o pai porque mantinha união homoafetiva).

Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA (Lei 8.069/90: 267 arts.)


Comissão que redigiu o ECA: Antônio Fernando do Amaral e Silva; Antônio
Carlos Gomes da Costa; Paulo Afonso Garrido de Paula; Edson Sêda; Maria de
Lourdes Trassi Teixeira; Ruth Pistori; Cesare de Florio la Rocca.

Tramitação: Projeto de Lei 5.172/90 (Deputado Nelson Aguiar, PDT/ES; Senador


Ronan Tito, PMDB/MG), no CN; e sancionado pelo PR Fernando Collor, em
13.07.1990 (28 anos).

03 Revoluções do ECA, conforme Antônio Carlos Gomes da Costa: 1) quanto


ao conteúdo: previu direitos fundamentais específicos da criança e do adolescente;
2) quanto ao método: substituiu o “assistencialismo” pelo “garantismo”, isto é, pela
“exigibilidade jurídica de direitos”, cujo órgão especial, na rede, é o Conselho
Tutelar; 3) quanto à gestão: substituiu a centralização de poderes no juiz de menores
para a descentralização e gestão compartilhada e democrática em todas as esferas,
com a participação da sociedade e da família.

03 Sistemas de Garantia do ECA, conforme João Batista Costa Saraiva (fls.


90/91): 1) Sistema Primário: políticas públicas de atendimento (arts. 86 a 97,
ECA); 2) Sistema Secundário: medidas de prevenção/proteção (arts. 101 e 102,
ECA); 3) Sistema Terciário: medidas socioeducativas (art. 112, ECA).

Estatuto da Criança e do Adolescente


Parte Geral
I – Das Disposições Preliminares
II – Dos Direitos Fundamentais
1. Do direito à vida e à saúde
2. Do direito à liberdade, ao respeito e à dignidade
3. Do direito à convivência familiar e comunitária
3.1. Disposições Gerais
3.2. Da Família Natural
3.3. Da Família Substituta
3.3.1. Disposições Gerais
3.3.2. Da Guarda
Faculdade São Francisco de Barreiras - FASB
Marcus Vinícius Aguiar Faria – 2019.1

3.3.3. Da Tutela
3.3.4. Da Adoção
4. Do direito à educação, à cultura, ao esporte e ao lazer
5. Do direito à profissionalização e à proteção no trabalho
III – Da Prevenção
1. Disposições Gerais
2. Prevenção especial
2.1. Da informação, cultura, lazer, esportes, diversões e espetáculos
2.2. Dos produtos e serviços
2.3. Da autorização para viajar
Parte especial
I – Da Política de Atendimento
1. Disposições gerais
2. Das Entidades de Atendimento
2.1. Disposições gerais
2.2. Da fiscalização das entidades
II – Das Medidas de Proteção
1. Disposições gerais
2. Das medidas específicas de proteção
III – Da Prática de Ato Infracional
1. Disposições gerais
2. Direitos individuais
3. Garantias processuais
4. Das medidas socioeducativas
4.1. Disposições gerais
4.2. Advertência
4.3. Da obrigação de reparar o dano
4.4. Da prestação de serviços à comunidade
4.5. Da liberdade assistida
4.6. Do regime de semiliberdade
4.7. Da internação
5. Da Remissão
IV – Das medidas pertinentes aos pais ou responsáveis
V – Do Conselho Tutelar
1. Disposições gerais
2. Das atribuições do Conselho
3. Da competência
4. Da escolha dos Conselheiros
5. Dos impedimentos
VI – Do acesso à Justiça
1. Disposições gerais
2. Da Justiça da Infância e da Juventude
2.1. Disposições gerais
2.2. Do juiz
2.3. Dos serviços auxiliares
3. Dos procedimentos
3.1. Disposições gerais
3.2. Da perda e da suspensão do poder familiar
3.3. Da destituição da tutela
3.4. Da colocação em família substituta
3.5. Da apuração de ato infracional atribuído a adolescente
3.6. Da apuração de irregularidades em entidade de atendimento
3.7. Da apuração de infração administrativa às normas de proteção à criança e ao
adolescente
3.8. Da habilitação de pretendentes à adoção
4. Dos Recursos
Faculdade São Francisco de Barreiras - FASB
Marcus Vinícius Aguiar Faria – 2019.1

5. Do Ministério Público
6. Do Advogado
7. Da proteção judicial dos interesses individuais, difusos e coletivos
VII – Dos crimes e das infrações administrativas
1. Dos crimes
1.1. Disposições gerais
1.2. Dos crimes em espécie
2. Das infrações administrativas
Disposições Finais e Transitórias

Lei do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo – SINASE (Lei 12.594/12:


90 arts.)
I – Do sistema nacional de atendimento socioeducativo (Sinase)
1. Disposições gerais
2. Das competências
3. Dos planos de atendimento socioeducativos
4. Dos programas de atendimento
4.1. Disposições gerais
4.2. Dos programas de meio aberto
4.3. Dos programas de privação da liberdade
5. Da avaliação e acompanhamento da gestão do atendimento socioeducativo
6. Da responsabilização dos gestores, operadores e entidades de atendimento
7. Do financiamento e das prioridades
II – Da execução das medidas socioeducativas
1. Disposições gerais
2. Dos procedimentos
3. Dos direitos individuais
4. Do plano individual de atendimento (PIA)
5. Da atenção integral à saúde de adolescente em cumprimento de medida socioeducativa
5.1. Disposições gerais
5.2. Do atendimento a adolescente com transtorno mental e com dependência de
álcool e de substância psicoativa
6. Das visitas a adolescente em cumprimento de medida de internação
7. Dos regimes disciplinares
8. Da capacitação para o trabalho
III – Disposições finais e transitórias

Estatuto da Juventude (Lei 12.852/13: 48 arts.)


I – Dos direitos e das políticas públicas de juventude
1. Dos princípios e diretrizes das políticas públicas de juventude
1.1. Dos princípios
1.2. Diretrizes gerais
2. Dos direitos dos jovens
2.1. Do direito à cidadania, à participação social e política e à representação juvenil
2.2. Do direito à educação
2.3. Do direito à profissionalização, ao trabalho e à renda
2.4. Do direito à diversidade e à igualdade
2.5. Do direito à saúde
2.6. Do direito à cultura
2.7. Do direito à comunicação e à liberdade de expressão
2.8. Do direito ao desporto e ao lazer
2.9. Do direito ao território e à mobilidade
2.10. Do direito à sustentabilidade e ao meio ambiente
2.11. Do direito à segurança pública e ao acesso à justiça
Faculdade São Francisco de Barreiras - FASB
Marcus Vinícius Aguiar Faria – 2019.1

II – Do sistema nacional de juventude


1. Do Sistema Nacional de Juventude – SINAJUVE
2. Competências
3. Dos conselhos de juventude

Resoluções do CONANDA (Lei 8.242/91 e Decreto 5.089/04: SDH da Presidência, 28


Conselheiros, mandato de 2 anos, serviço relevante não-remunerado; há 204 resoluções)

Resoluções e Cadastros do CNJ (Cadastro Nacional da Adoção - CNA [7.158 crianças;


38.000 interessados], Cadastro Nacional de Crianças Acolhidas – CNCA; Cadastro
Nacional de Adolescentes em Conflito com a Lei - CNACL)
Resolução CNJ 54/2008: criou o CNA
Resolução CNJ 77/2009: inspeção em estabelecimentos e criou o CNACL
Resolução CNJ 93/2009: atualizou o CNA e criou o CNCA
Resolução CNJ 94/2009: criou as Coordenadorias da Infância e Juventude
nos TJs
Resolução CNJ 131/2011: autorização de viagem para o exterior

Resolução do CNAS/CONANDA n. 01/2017: estabelece diretrizes políticas e


metodológicas para o atendimento de crianças e adolescentes em situação de rua, no
âmbito da Política de Assistência Social (Decreto n. 7.053/2009, sobre a Política Nacional
para a População em Situação de Rua e seu Comitê Intersetorial de Acompanhamento e
Monitoramento; Resolução CONANDA n. 187/2017, sobre orientações técnicas para
educadores sociais de rua em programas, projetos e serviços com crianças e adolescentes
em situação de rua).

II - Estado da Bahia (pesquisa desatualizada; última atualização em 2016.1)

Constituição do Estado da Bahia, de 1989


Art. 4º, XII e XV (Além dos direitos e garantias, previstos na Constituição Federal ou
decorrentes do regime e dos princípios que ela adota, é assegurado, pelas leis e pelos atos dos
agentes públicos, o seguinte: XII – às presidiárias e detentas serão proporcionadas condições
para que possam permanecer com seus filhos durante o período de amamentação; (...) XV -
a criança ou adolescente, quando detido, terá o direito de: a) comunicar-se com a família ou
pessoa que indicar; b) permanecer calado e ter assistência da família e de advogado; c)
identificar os responsáveis pela sua condução)
Art. 12, XV (Incumbe ainda ao Estado, concorrentemente com a União, legislar sobre: XV
– proteção à infância e à juventude)
Art. 41, IX (São direitos dos servidores públicos civis, além dos previstos na Constituição
Federal: IX – licença à gestante, nos termos da Constituição Federal, extensiva à servidora
que vier a adotar criança, perdurando o benefício até que se complete cento e vinte dias do
nascimento;
Art. 70, XXIII (Cabe à Assembleia Legislativa, com a sanção do Governador, legislar sobre
todas as matérias de competência do Estado, especial sobre: XXIII – direitos da infância, da
juventude)
Art. 138, VII e IX (Compete ao Ministério Público: VII – proteger o menor desamparado,
zelando pela sua segurança e seus direitos, encaminhando-o e assistindo-o junto aos órgãos
competentes; (...) IX – fiscalização os estabelecimentos que abriguem menores)
Faculdade São Francisco de Barreiras - FASB
Marcus Vinícius Aguiar Faria – 2019.1

Art. 247, IV (Lei disporá sobre o sistema estadual de ensino, tomando por base o dever do
Estado com a educação, a ser efetivado mediante a garantia de: IV – atendimento em creche
e pré-escola às crianças de zero a seis anos de idade, portadores de deficiência física, mental
e sensorial, em período regular de oito horas, com programa suplementar de material escolar,
transporte, alimentação e assistência à saúde).
Art. 279, IV e §§1º a 3º (A família receberá, na forma da lei, proteção do Estado que,
isoladamente ou em cooperação com outras instituições, manterá programas destinados a
assegurar: IV – o acolhimento de mulheres, crianças e adolescentes, vítimas de violência
familiar e extrafamiliar, preferencialmente em casas especializadas, incluindo as portadores
de gravidez não desejada, assegurando treinamento profissionalizante e destinação da
criança, em organismos do Estado ou através de procedimentos adicionais.§1º. O Estado
reconhecerá a maternidade e a paternidade como relevantes funções sociais, assegurando aos
pais os meios necessários ao acesso a creches e ao provimento da educação, saúde,
alimentação e segurança de seus filhos; §2º. As questões relativas às formas de dissolução do
casamento, pensão alimentícia, guarda e adoção dos filhos, reconhecimento de paternidade e
violência contra a mulher serão tratadas em juizados especiais, na forma da lei; §3º. A família
ou entidade familiar será sempre o espaço preferencial para o atendimento da criança, do
adolescente (...)).
Art. 283, §§1º ao 7º (É dever do Estado promover ações que visem assegurar à criança e ao
adolescente, com prioridade, o direito à vida, saúde, respeito, liberdade, convivência familiar
e comunitária, profissionalização, lazer, educação e alimentação, além de coloca-los a salvo
de toda forma de violência, crueldade, discriminação e exploração.
§1º - O Estado estimulará, na forma da lei, o acolhimento ou a guarda de criança ou
adolescente órfão ou abandonado.
§2º - O Estado destinará recursos à assistência materno-infantil e atendimento especializado
à criança e ao adolescente dependentes e drogas e similares, visando à prevenção e sua
integração na comunidade.
§3º - As ações do Estado, de proteção à infância e à juventude, serão organizadas, na forma
da lei, com base nas seguintes diretrizes:
I – descentralização do atendimento;
II – valorização dos vínculos familiares e comunitários;
III – participação da sociedade, mediante organizações representativas, na formulação de
políticas e programas, bem como no acompanhamento e fiscalização de sua execução.
§4º - O Estado estimulará, por meio de apoio técnico, programas sócio-educativos destinados
aos carentes, de responsabilidade de entidades beneficentes.
§5º - O Conselho Estadual da Criança e do Adolescente, que formulará a política da infância
e da adolescência, terá competência e composição estabelecidas em lei, sendo assegurada
participação majoritária a representantes da sociedade civil.
§6º - À criança ou adolescente, a quem se atribui ato infracional ou que s encontre em situação
irregular, será assegurada assistência por profissional habilitado, sendo sua representação
conferida ao Ministério Público.
§7º. Nos juizados de menores, onde houver quadro regular de advogados, será deferida a
estes a defesa da criança ou adolescente infrator ou em situação irregular.)
Lei estadual 6.975/96 (Fundo estadual de atendimento à criança e ao adolescente –
FECRIANÇA, sob gestão do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente
– CECA).

Lei estadual 6.074/1991 (Fundação da Criança e do Adolescente – FUNDAC [Secretaria


de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social do Estado da Bahia], para
medidas socioeducativas de semiliberdade e internação).
FUNDAC (71 3116 2914)
Pronto Atendimento ao Adolescente Infrator (71 3116 2954)
Comunidades de Atendimento Socioeducativo – CASEs:
Faculdade São Francisco de Barreiras - FASB
Marcus Vinícius Aguiar Faria – 2019.1

06 Cases de Internação:
Case Salvador, 1978, 150 adolescentes, em Salvador (71 3116 9081)
Case CIA, 1998, 90 adolescentes, em Salvador (71 3301 1901)
Case Salvador Feminina, 35 adolescentes, em Salvador (71 3116 1777)
Case Irmã Dulce, 2014, 72 adolescentes, em Camaçari (71 3454 0850)
Case Juiz Melo Matos, 1998, em reforma, 80 adolescentes, em Feira de
Santana (75 3622 4519)
Case Zilda Arns, 2011, 90 adolescentes, em Feira de Santana (75 3622
8732)
03 Unidades de Semiliberdade:
Unidade em Vitória da Conquista (Case Navaranda)
Unidade em Juazeiro (Case Gey Espinheira)
Unidade em Salvador (Case Brotas)
01 Centro de Educação Especial
Unidade Elcy Freire, em Salvador

Centro de Defesa da Criança e do Adolescente Yves de Roussan – CEDECA, 1991,


instituição sem fins lucrativos.

Comissão Estadual Judiciária de Adoção – CEJA (Autoridade Central Estadual – Bahia),


vinculado à Corregedoria do TJBA.

Centro de Apoio Operacional da Criança e do Adolescente – CAOCA, do MPBA, 2011


(Ato Normativo 018/2011, MPBA).

III – Município de Barreiras (pesquisa desatualizada; última atualização em 2016.1)

Lei municipal 1.207/2016 (remuneração de R$ 2.000,00 para Conselheiros Tutelares)

Lei municipal 1.178/2015 (cria o programa de prevenção ao câncer de pele “Sol Amigo
da Infância”, como atividade extracurricular no ensino de educação infantil e
fundamental)

Lei municipal 1.171/2015 (obrigatoriedade das empresas de comunicação de veicularem


informações sobre crianças e adolescentes desaparecidos, em tempo real pela Polícia).

Lei municipal 1.157/2015 (obrigatoriedade de alguns estabelecimentos de afixarem


cartazes informativos sobre a proibição da venda de bebidas alcoólicas e cigarros a
menores de 18 anos)

Lei municipal 1.080/2014 (obrigatoriedade de contratação de adolescentes aprendizes


pelas empresas vencedoras de licitação)
Faculdade São Francisco de Barreiras - FASB
Marcus Vinícius Aguiar Faria – 2019.1

Lei municipal 1.079/2014 (criação da Frente Parlamentar em defesa dos direitos da


infância e da juventude)

Lei municipal 1.075/2014 (obrigatoriedade de alguns estabelecimentos de afixarem


placas sobre o combate à exploração sexual de crianças e adolescentes)

Lei municipal 1.041/2013 (inclusão do conteúdo do Direito da Criança e do Adolescente


na proposta curricular do ensino fundamental da rede municipal de educação)

Lei municipal 954/2011 (notificação compulsória do uso de álcool e drogas por crianças
e adolescentes)

Lei municipal 958/2011 (obrigatoriedade da presença de um exemplar do ECA nas


Secretarias e Bibliotecas das escolas públicas; e realização de palestras e trabalhos)

Lei municipal 944/2011 (critérios para a concessão de “Benefício Eventual” de


Assistência Social, em situações emergenciais, calamidade pública e circunstâncias
temporárias, de acordo com a Lei federal 8.742/93; renda média familiar igual ou inferior
a ¼ do salário mínimo; auxílios funeral, natalidade, viagem, alimentação e
documentação; Fundo Municipal de Assistência Social, gerido pela Secretaria de
Trabalho e Promoção Social)

Lei municipal 828/2009 (limite de idade, 07 anos, para crianças com direito a gratuidade
nos transportes coletivos na cidade)

Lei municipal 798/2008 (passe livre no transporte coletivo para Conselheiros Tutelares,
quando em serviço das políticas de atendimento às crianças e aos adolescentes; Carteira
de Conselheiro Tutelar)

Lei municipal 731/2006 (dia 16 de julho como Dia do Conselheiro Tutelar em Barreiras)

Lei municipal 032/2006 (declara a utilidade pública da Associação de Amparo ao Menor


Carente – AMEC)

Lei municipal 700/2005 (cassação de alvarás de funcionamento de estabelecimentos que


permitirem a prostituição de crianças e de adolescentes)

Lei municipal 598/2003 (dia 18 de maio como Dia de Combate à Exploração Sexual de
Crianças e Adolescentes)

Lei municipal 584/2003 (obrigatoriedade dos hospitais públicos e particulares


orientarem as gestantes, nas hipóteses autorizadas de aborto, sobre os efeitos colaterais e
métodos utilizados; e de comunicar ao Juizado da Criança e do Adolescente)

Lei municipal 005/2001 (declara a utilidade pública do Lar Batista David Gomes)
Faculdade São Francisco de Barreiras - FASB
Marcus Vinícius Aguiar Faria – 2019.1

Lei municipal 500/2000 (cria o Centro de Auxílio à Gestante Carente)

Lei municipal 366/1997 (criação do Centro de Atenção Integral à Criança – CAIC, para
educação, saúde, esporte, nutrição, cultura e cidadania de crianças e adolescentes)

Lei municipal 020/1997 (declara a utilidade pública do Centro de Defesa da Criança e


do Adolescente – CDCA)

Lei municipal 336/1996 (participação de meninos e meninas de rua nos projetos da


Prefeitura, mediante organização do CDCA)

Lei municipal 254/1994 (identificação de meninos e meninas em situação de risco, nas


ruas, pontos comerciais e feiras livres; e capacitação deles para o mercado de trabalho)

Lei Orgânica do Município de Barreiras, 1990 (art. 126. O Município promoverá


programas de assistência à criança (...). §1º. Os programas serão estabelecidos com a
colaboração das entidades assistenciais que visam a proteção e educação da criança (...).
§2]. O Município, diretamente ou em colaboração, criará entidades de apoio ao menor.)

Rede Municipal de Atendimento em Barreiras/BA:


Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente – CDCA de
Barreiras/BA, 1990

Conselho Tutelar de Barreiras

Promotoria da Infância e da Juventude da Comarca de Barreiras

Vara da Infância e da Juventude da Comarca de Barreiras

Projetos e Entidades de Acolhimento em Barreiras/BA:


Projeto Cata-Vento, da Diocese de Barreiras/BA, desde 1991, com 07 unidades, Centro
Social e Educacional, na cidade.

Lar Batista David Gomes, há mais de 50 anos, capacidade para 20 crianças

Centro de Atenção Integral à Criança – CAIC

Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais - APAE

Associação de Amparo ao Menor Carente - AMEC

Casa de Recuperação Monte de Sião

* Esse documento precisa ser atualizado. Alimentei esse documento há mais de 2 anos.
Tente você mesmo atualizá-lo. Quando eu tiver tempo farei isso também. Att., Marcus.
Faculdade São Francisco de Barreiras - FASB
Marcus Vinícius Aguiar Faria – 2019.1

You might also like