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Jamie Begley

DANGEROUS
LOVE
Jamie Begley

Disponibilização: Eva

Tradução: Juzita, Rezinha, Drika, Carol, Dani

Revisão: Faby e Lu Marriot

Leitura Final e Formatação: Eva

Abril/2019

DANGEROUS
LOVE
Jamie Begley

Não existe nada que Shade não saiba sobre sua esposa, ou pelo menos ele pensa assim. Quando
outro homem quis Lily, isso não é uma surpresa. Ela não contar a ele é que é inesperado.
Seu ‘Anjo’ tinha sido enviado do céu só para ele, não para outro que estava tentando roubar o que
é dele.
Algumas lições precisam ser aprendidas da maneira mais difícil e ‘quando você queima, você
aprende’ era sua lição favorita para ensinar.

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Heaven Sent

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Capítulo 1

“O que você dará ao Razer no dia dos namorados?” Lily


pergunta para sua irmã Beth, que está vasculhando outra pilha
de roupas que ela guardou no armário do quarto dos seus
gêmeos.

“Ainda não decidi. O que você vai dar ao Shade?”

“Eu pensei que você poderia me dar algumas ideias”, Lily


confessa.

Comprar qualquer coisa para o marido dela, Shade, é


difícil. Ele prefere comprar suas próprias roupas, odeia doces e
além da sua aliança de casamento, ele não usa joias.

“Poderíamos perguntar ao Razer”, Beth sugere. “Isso pode


também me dar algumas ideias para o presente dele.”

“Isso é o que fizemos no natal. Ele gostou do casaco que eu


dei, mas quero fazer algo especial para o dia dos namorados.”

“Compre uma camisola sexy para você; Isso o fará ganhar


o dia”, Beth brinca, colocando uma pilha de jeans dos meninos
em uma caixa.

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Lily cora, desviando o olhar da sua irmã. Ela nunca se


sentiu confortável para discutir qualquer parte da vida intima
dela e de Shade com Beth ou qualquer uma de suas amigas. Ela
sempre foi reservada, e apesar do seu casamento e filhos, isso
não mudou esse aspecto da sua personalidade.

Ela alcança uma camiseta que caiu da cama e coloca de


volta na pilha de roupas. “Eu estava pensando em dar para ele
um relógio novo.”

Beth olha para ela, como se estivesse refletindo sobre a


ideia, antes de dizer, “Essa pode ser uma boa escolha. Se você
mudar de ideia, me avise. Razer também poderia ganhar um
novo.”

“Eu aviso sim.” Lily estende a mão para a camiseta que está
prestes a cair novamente. “Não posso acreditar o quão rápido
Noah e Chance estão crescendo.”

“Eu também não. Parece que acabei de comprar essas


roupas.” Ela pega mais algumas camisetas e coloca sobre os
jeans. “Essa é a última delas. O que você não vai usar, leve para
o brechó.”

“Você tem certeza? Elas ainda parecem novas.”

“Tenho certeza. Os meninos cresceram muito, então não


há necessidade de mantê-las armazenadas, acumulando poeira.”

“E se você decidir ter mais filhos?”

Lily desvia os olhos da roupa para ver uma expressão


estranha no rosto da irmã.

“Dois garotos são suficientes para Razer e para mim. Os


garotos ainda dão muito trabalho. Nós não temos energia
suficiente para ter outro filho.”

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“Eu não acredito nisso. Razer e você são pais maravilhosos.


Beth, eu sei que quando você teve os gêmeos foi uma experiência
traumática...”

“Foi um pesadelo”, sua irmã interrompe. “Sobre o qual eu


não quero falar.”

Lily não a culpa. A noite em que Beth teve os gêmeos foi


um pesadelo. Ela e Beth passaram a noite na casa de Evie. Evie
organizou um chá de bebê para Beth enquanto os homens
passavam a noite na cabana de Cash.

Graças a Deus, Beth dormiu no sofá no andar de baixo e


ouviu alguém tentando abrir a porta da frente e a de trás. Isso
salvou suas vidas. Subindo as escadas, ela deu a elas preciosos
segundos ao entrar no quarto que Lily estava dormindo. A sorte
delas acabou, porém, quando Beth entrou em trabalho de parto.
Se Shade não soubesse o quanto Lily ficava assustada com as
tempestades e decidisse voltar para vê-la, a noite teria terminado
de maneira muito diferente. Nem ela e nem Beth estariam
sentadas no seu quarto agora, separando as roupas de Noah e
Chance, então, sim, Lily pode entender por que Beth nunca fala
sobre o pesadelo horrível que ela passou durante aquela noite.

“Quem vai cuidar dos garotos para você? Evie se ofereceu


para ficar com John e Clint, mas se você não puder encontrar
alguém, eu posso ficar com Noah e Chance”, Lily oferece.

“Razer e eu decidimos passar a noite em casa com os


meninos. Eles estarão tão elétricos depois do casamento e de
brincar com Rocky que eu me sentiria mal por deixá-los com
alguém.”

“Você tem certeza? Nós não nos importaríamos.” Lily sorri.


“Shade é muito bom em mantê-los controlados.”

“Não, você e Shade aproveitem o dia dos namorados. Razer


e eu não temos nada de especial planejado para esse dia de
qualquer maneira.” Ela encolhe os ombros.

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“Shade e eu também não. Ele geralmente me leva ao


Cracker Barrel, mas como vamos comer na recepção da T.A.,
então não iremos.”

Beth levanta uma sobrancelha para ela. “Então, por que


você planejou chamar uma babá?”

Lily sorri para ela. “Shade quer manter nossas opções em


aberto.”

Fechando a caixa depois de terminar de separar as roupas,


Beth olha para o relógio ao lado da cama de Noah. “Você não
deveria voltar ao brechó? É quase uma.”

O sorriso de Lily desaparece. “Eu pedi ao Pastor Dean para


assumir a loja até as duas.”

“Por quê? Você nunca pede para ele cuidar da loja.”

Ela encolhe os ombros. “Eu planejei almoçar com Shade,


mas ele estava em uma reunião com Viper.”

Sentindo o olhar da sua irmã, ela se levanta da cama. “Se


você tem certeza de que não quer as roupas, elas serão úteis para
John. Eu agradeço por elas.”

“De nada.”

Erguendo a caixa em seus braços, ela a leva ao andar de


baixo com Beth logo atrás dela. Sentindo o olhar curioso de Beth
enquanto ela segue até a porta.

“Lily… você tem certeza de que nada está errado? Você está
chateada que Shade não foi capaz de almoçar com você?”

“Claro que não. Está tudo bem.” Vendo a descrença na


expressão de sua irmã, Lily libera um braço para abraçá-la.
“Sério mesmo, nada está errado. É melhor eu ir; Eu quero
almoçar antes de voltar ao trabalho.”

“Até mais.”

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Lily vai para casa. Assim que entra, ela coloca a caixa ao
lado da porta antes de ir para a cozinha. Ela tem uma receita
nova que quer fazer na panela elétrica antes de voltar ao trabalho.

Quando coloca o último dos ingredientes dentro da panela


ela ouve a porta da frente abrir, em seguida, fechar. Olhando
naquela direção, vê o marido tirando o casaco.

“Como foi a sua reunião com Viper?” Ela pergunta.

“Boa.”

Sentindo-o deslizar seus braços fortes ao redor da sua


cintura, ela se inclina contra ele enquanto coloca a tampa na
panela elétrica.

“Eu preferia ter almoçado com você.”

Virando-se em seus braços, ela coloca os braços ao redor


do pescoço dele. “Eu acabei de fazer sanduíches, então você não
perdeu muito.”

“Sinto falta de passar um tempo sozinho com você.”

Ela estremece quando Shade beija seu pescoço até a


orelha. “Eu também. Tenho saudades dos almoços que
costumávamos compartilhar quando eu trabalhava na fábrica.”

Shade levanta a cabeça e olha para ela. “Não é assim que


me lembro. Você tentava escapar deles.”

“Somente quando eu não estava apaixonada por você.”

“Você estava apaixonada por mim; simplesmente não sabia


disso.”

“Eu não iria tão longe.” Ela sorri do orgulho arrogante de


seu marido, amando tanto o homem sorrindo para ela que quer
se beliscar para ter certeza de que está realmente em seus braços.

Sua expressão de repente se transforma, demonstrando a


cautela que ela está acostumada. “O que há de errado?”

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“Nada. Eu fiz um sanduíche para você; está na geladeira.”

“Vou comer depois que você me disser o que está errado.”

“Nada está errado, além de precisar voltar ao brechó.


Estarei de volta em algumas horas.” Saindo dos braços de Shade,
ela começa a vestir o casaco.

“Engraçado, não me lembro da última vez que você saiu no


meio do dia para almoçar comigo.”

Sentindo-se nervosa, ela começa a abotoar o casaco. “Nem


eu. Foi por isso que pedi ao Pastor Dean para vigiar a loja, então
nós poderíamos fazer isso.”

Shade estreita os olhos para ela. “Por que você não pediu
para Willa ou Rachel?”

“Eu não queria incomodar Willa; ela esteve muito ocupada


ultimamente com o casamento da T.A., e não queria pedir a
Rachel para vir à cidade com Ema e Jaxon. Jax está com febre e
ela já pediu para trocar amanhã pelo meu dia de folga.”

Lily engole com dificuldade enquanto Shade cruza os


braços sobre o peito e se encosta no balcão para estudá-la.

“Com todo mundo tão ocupado, você ainda queria


almoçar?”

Sorrindo alegre, ela caminha de volta para ele. “Você está


ficando muito tempo fora ultimamente, cuidando de Ginny, eu só
queria passar mais tempo com você antes que precise se ausentar
de novo.” Lily tenta desesperadamente proteger suas emoções,
temendo que Shade veja o medo que ela está escondendo dele.
Então, dando um beijo rápido em seus lábios, ela solta uma
risada. “É melhor eu ir. Vejo você a noite.”

Saindo dos braços de Shade, ela segue para a porta.

“Lily.”

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Por cima do ombro, ela nota que Shade não se afastou do


balcão.

“Cuide-se.”

Assentindo, ela passa pela porta e a fecha. Ela não deixou


de notar o aviso sutil dele. Shade sempre foi capaz de sentir
quando algo a incomoda. Por enquanto, porém, ele está dando a
ela a oportunidade de contar o que é. Se ela não conseguir se
recompor, na próxima vez que ele perguntar, Shade não vai parar
até que saiba o motivo.

Colocando as luvas, ela precisa parar no meio do caminho


que leva ao estacionamento quando uma delas cai no chão.
Pegando-a com a mão trêmula, ela finalmente consegue colocá-
la antes de procurar no bolso do casaco as chaves do carro. Seus
pensamentos se dispersaram e ela não notou que havia dois
pares de olhos observando-a sair.

O ar está frio, fazendo-a desejar que a primavera chegue


logo, ansiosa pela manhã em que sairá pela porta da frente e
ouvirá os pássaros cantando de novo. Normalmente, ela ama o
inverno pela neve, mas por alguma razão, este ano, a visão
sombria das árvores sem suas folhas traz uma tristeza que é
inexplicável para ela.

O dia dos namorados será daqui a dois dias. Ela gostaria


de ter uma ideia melhor para o presente de Shade, além de um
relógio. Ela está casada com ele por tempo suficiente para que
possa ter uma ideia melhor…

Ela está entrando no carro quando um SUV para no


estacionamento. Prestes a acenar para o motorista antes de sair
com seu carro, um pensamento repentino ocorre a ela. Sem se
dar tempo para mudar de ideia, fecha a porta do carro e vai até
Killyama quando ela sai do veículo.

“Ei garota, qual é a boa?” Killyama a cumprimenta, indo


para o banco de trás para tirar a filha da cadeirinha.

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“Eu quero saber se você pode me ajudar com um problema


que tenho?”

“Você está me pedindo ajuda em vez de Shade ou Beth?”

Lily assente. “Se você não se importar?”

“Cadela, com quem você acha que está falando? Eu amo


dar conselhos.”

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Capítulo 2

Lily olha para a porta quando a campainha toca, alertando-


a de que um cliente está entrando. Colocando o suéter masculino
dobrado na prateleira que ela está organizando, ela caminha em
direção ao balcão no meio do brechó.

Ela não dá um sorriso acolhedor para o homem que se


aproxima do balcão e lamenta por não ter mantido o Pastor Dean
falando mais tempo antes dele sair e subir as escadas até a igreja.

Sua pele arrepia com o sorriso no rosto de Harvey Green


quando ele para.

“Senti sua falta quando eu passei aqui esta manhã.”

“Eu almocei com Shade.” Lily mantém os olhos nele,


recusando-se a ter medo do homem que está transformando o
trabalho que ela sempre amou em um que ela teme, desde o
momento em que chega até que é capaz de encerrar o dia. “Por
que você está aqui? Deixei as latas de leite e fraldas para Lucky
entregar a você.”

“Eu os peguei, mas queria perguntar se seria possível


conseguir algumas coisas para Nicole?”

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“Por que você não pediu quando veio mais cedo?”

“É difícil para um homem admitir que precise pedir ajuda


para conseguir algo para a sua mulher no dia dos namorados.”

A simpatia que ela sempre mostrava a cada pessoa


necessitada que passava pela porta está ausente, permanecendo
indiferente sob o olhar avaliador de Harvey. Lily sabe que ele está
esperando o quanto pode para pressioná-la antes que ela exija
que ele saia da loja. É um jogo de gato e rato que ela se recusa a
jogar com ele.

“Então você deveria ter engolido seu orgulho. Eu te disse


para não voltar mais aqui. Não me importo de dar a Nicole o leite,
fraldas ou qualquer outra coisa que ela precise para ela e para o
bebê... desde que ela mesma venha buscar.”

Lily fica tensa quando Harvey contorna o balcão para se


encostar e olhar para ela. A maneira como ele está focado nela
lhe provoca arrepios.

“Por quê? Você fica excitada quando eu entro na loja?”

Ela quer vomitar com a cantada. “Não, isso não me deixa


excitada. Isso me enoja.”

Quando ele se afasta do balcão, ela pega o grande


grampeador que está ao lado da caixa registradora. Os olhos dele
seguem o movimento, seu sorriso se torna um que faz seu
estômago revirar de medo.

“Sua puta, você sabe que me quer. Não sei por que está
fingindo.”

Ela olha para ele furiosamente, segurando firme o


grampeador. “Não estou fingindo. Eu sou casada. E mesmo que
não fosse eu não ia querer você. Nicole o ama. Quebraria o
coração dela saber como você está agindo.”

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“Por que você não conta a ela?” Diversão curva seus lábios.
“Eu vou te dizer por quê. Você me quer tanto quanto eu te quero.”

“Não é por isso que não conto a ela. Se Nicole soubesse


como você está me tratando, não voltaria à loja e ela precisa das
fraldas e do leite.”

“Não é por isso e você sabe disso.”

Lily só pode olhar para o homem, indignada por sua


arrogância. “Você é estúpido assim? Eu não disse nada ao Pastor
Dean, mas direi se você não parar.”

“Se você fosse dizer alguma coisa ao Pastor, já teria dito.


Ele foi muito amigável comigo esta manhã, então você não abriu
essa boca sexy para dizer uma palavra sobre mim.” Com um
dedo, ele toca sua bochecha.

Afastando bruscamente o rosto, ela dá um passo para trás


e levanta o grampeador de modo ameaçador. “Não se atreva a me
tocar.”

Riso não era a reação que ela esperava.

Sua raiva quase a faz querer dar um soco no rosto cheio de


luxúria dele, enquanto sente os efeitos dentro do seu corpo,
anunciando o início de um ataque de pânico. Faz anos desde que
ela teve um, mas, como uma amiga indesejada, ela sente os sinais
se aproximando, com a pele ficando úmida e sua respiração
acelerando.

“Saia, Harvey. Agora. Se você tentar voltar à loja, eu ligarei


para Knox.”

“Ligar para Knox é a última coisa que você fará. Você não
quer que seu marido descubra o que está acontecendo entre nós.”

O homem é maluco.

“Não há nada acontecendo entre nós!” Ela grita.

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Ela cometeu um erro terrível. Deveria ter falado com o


Pastor Dean antes de chegar ao ponto que está enfrentando
agora.

“Harvey, eu só queria muito ajudar a Nicole. Se você


interpretou mal minhas intenções, então isso não é culpa minha;
é sua. Eu nunca, em nenhum momento, lhe dei qualquer sinal
de que estou interessada em você, além de ajudar Nicole e seu
filho. Estou te dando uma última chance, Harvey. Use
sabiamente. Se Shade descobrir que você tem me incomodado...”
Lily respira fundo para se acalmar, com medo de desmaiar se não
conseguir se conter. A última coisa que ela quer fazer é parecer
fraca diante do homem instável.

Ela ainda não consegue entender como o homem com


quem ela cursou o ensino médio mudou tão drasticamente.
Quando ele entrou no brechó com Nicole, ela não se lembraria
dele se Nicole não a tivesse lembrado de que eles frequentaram o
colégio juntos. Além de um cortês ‘olá’ para ele, ela dirigiu sua
atenção para Nicole, que preencheu a papelada enquanto Lily
segurava o bebê.

Harvey não falou com ela naquele dia, saiu com um


discreto adeus, suas únicas palavras para ela. Depois que ela
aprovou Nicole para a assistência, o problema com Harvey
começou. Durante as duas primeiras semanas, Nicole e Harvey
vieram para receber sua ajuda, mas na terceira semana ele
começou a aparecer sozinho.

No começo, Lily foi amigável, certa de que estava errada


que o novo pai estava de fato flertando com ela. A maior parte da
população da cidade era cautelosa com Shade, então ela
realmente pensou que estava enganada com o comportamento
abertamente amigável de Harvey. Quando ele começou a tentar
tocar o braço dela, porém, ela rapidamente e firmemente puxou
o dela para longe, sua simpatia desaparecendo.

Depois disso, tudo piorou.

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Ela sabia que deveria ter falado com o Pastor Dean, mas
também sabia como ele era protetor, e qualquer ajuda a Nicole
seria cortada. Mais importante, ele contaria a Shade. Ela não
queria que Harvey se machucasse; só queria que ele parasse de
flertar com ela. Claramente, ela cometeu um erro terrível ao não
ligar para Nicole e, independentemente de seus sentimentos,
deixou claro que, a menos que fosse ela a ir à loja, nenhuma outra
ajuda seria dada.

O problema é que ela não poderia machucar a mulher. Lily


se lembrava dela no ensino médio. Ela era doce e gentil e
certamente não merecia que o pai do seu filho flertasse com
alguém que estava apenas tentando ajudar sua pequena família.

“Você sabe o que eu penso, Lily? Acho que você tem tanto
medo do seu marido que não quer admitir o quanto está atraída
por mim.”

Qualquer sensação de desmaio que ela sentia desaparece


em um piscar de olhos.

“Eu não tenho medo do meu marido. Você é quem deve


temer. Saia, Harvey. Agora.”

Lily endireita o corpo, preparada para atacá-lo. Ela pode


notar pelo brilho determinado em seus olhos que ele fará um
movimento. Ela promete a si mesma que se ele der um passo em
sua direção, vai acertá-lo com o grampeador.

Harvey deve ter ficado irritado por ela não estar lá quando
ele apareceu hoje de manhã, perdendo o senso de cautela que
antes o impedia. Lily está pronta, porém, para responder a
qualquer movimento de Harvey, quando o sino sobre a porta toca
fazendo os dois se virarem para a porta.

Ela empalidece ao ver o homem que está caminhando em


direção ao balcão, a expressão impenetrável de Shade voltada
para ela.

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Embora assustada com a aparência inesperada do marido,


o medo dentro dela evapora. Shade sempre foi capaz de acalmar
seu nervosismo, fazendo-a se sentir segura e amada.

Harvey pode ter o dobro do peso de Shade e ter dez anos a


menos, mas se pensou que isso lhe daria uma vantagem sobre o
marido dela, estava cometendo um erro.

Um erro fatal.

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Capítulo 3

Ela coloca o grampeador no balcão enquanto ele se


aproxima dela, sentindo a tensão dentro dela acalmar agora que
Shade é uma barreira entre ela e Harvey.

“Eu precisava apresentar alguns documentos no tribunal


para Viper e pensei em parar aqui e ver você antes de ir para
casa.”

Lily nota que a atenção de Shade não está mais nela, uma
vez que ele está ao seu lado, está fixada em Harvey.

“Estou feliz. Eu posso precisar da sua ajuda para mover


algumas caixas de doações.”

Os dois homens olham um para o outro, o que a faz tentar


quebrar a tensão que está praticamente estalando entre eles.

“Shade, este é Harvey...”

“Já nos conhecemos. Não, Harvey?” O marido interrompe


a apresentação. “Ele trabalhou na fábrica por alguns meses antes
de Jewell demiti-lo.”

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A revelação de que Harvey trabalhou na fábrica é


inesperada. Nem Nicole e nem Harvey mencionaram esse fato.
Não teria feito diferença para a ajuda que recebem da igreja,
então não faz sentido eles não mencionarem isso, especialmente
quando Lily sugeriu que se candidatassem a empregos na igreja.

Harvey encara Shade. “Jewell não limpa a bunda a menos


que você mande.”

Lily fica tensa com as palavras duras vindas do homem que


está na frente deles. De modo repugnante, ela está começando a
perceber que Harvey tem rancor contra o seu marido e a está
usando como vingança. Seu cristianismo é a única coisa que
mantém sua boca fechada ao ódio que Harvey não está tentando
esconder.

Shade, por outro lado, está examinando friamente Harvey


como se ele fosse uma mosca irritante que ele não se incomodará
em afastar. Ela está acostumada com a capacidade do marido
enigmático de esconder suas reações.

Quando um arrepio frio percorre suas costas, ela


instintivamente estende a mão, colocando calmamente no braço
de Shade. “Harvey já estava saindo.”

“Essa seria uma jogada inteligente.”

Ela aperta a mão no braço de Shade quando Harvey não


faz nenhum movimento para sair. Prendendo a respiração, ela
pode sentir a tensão crescente entre os dois homens.

Quando ela está prestes a pegar o celular para ligar para


Knox, a expressão cheia de ódio de Harvey se transforma em algo
mais amável.

“Foi bom vê-lo novamente, Shade. Lily, vejo você na


semana que vem.”

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Lily notou a provocação oculta que Harvey não tentou


esconder de sua voz. Ela engole com dificuldade, sabendo que se
ela ouviu, Shade também percebeu.

Lily olha para as costas de Harvey enquanto ele se afasta


do balcão e sai da loja, esperando até que a porta se feche atrás
dele antes de tirar a mão do braço de Shade. Ela se arrepende
disso rapidamente porque precisa encará-lo.

“O que Harvey estava fazendo aqui?”

“Ele vem à loja uma vez por semana para pegar o leite de
seu bebê”, ela responde imediatamente.

Sua menção de que Harvey tem uma criança pequena não


suaviza as feições de Shade.

“Ele não estava carregando nada quando saiu.”

“Ele veio quando eu saí mais cedo e o Pastor Dean estava


aqui.”

“Isso não explica por que ele estava aqui agora.”

“Ele estava me pedindo ajuda para encontrar um presente


do dia dos namorados para Nicole.”

“Você tem medo dele.”

“Ele me assusta. Eu estava pedindo para ele sair e mandar


Nicole de agora em diante.” Lily é incapaz de mentir para o
marido.

O olhar no rosto do marido a assusta. O movimento súbito


dele se virando para a porta faz com que ela se apresse em
impedi-lo.

“Eu cuidei disso, Shade. Ele não vai voltar.”

“Não, ele não vai.”

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O tom agressivo em sua voz a faz levantar a mão para


cobrir seu rosto, atraindo seu olhar para o dela. “Você sabe o que
eu quero para o dia dos namorados?”

Sua mandíbula flexiona. Ela se apressa em contar a ele


enquanto ele tenta se desviar dela.

“Eu não quero que você o machuque.”

“Esse é um presente que você não vai ganhar.”

“Por favor... Shade”, ela implora. “Harvey não vale o


problema que ele causaria a nossa família.”

“Cuidar dele não causará nenhum problema”, ele diz


severamente.

“E se causar? John está na escola agora. E se você for preso


e John descobrir? Você realmente quer que nosso filho descubra
que ele pode resolver seus problemas usando os punhos?”

“Não é os meus punhos que pretendo usar em Harvey.”

Sua resposta fria a faz tremer.

“Ele não vale a pena. Ele obviamente está tentando me usar


para se vingar de você. Não o deixe ter sucesso.”

Ele estreita os olhos para ela. “Há quanto tempo ele está
incomodando você?”

Ela não tem medo que seu marido a machuque, mas sabe
que a resposta que está prestes a dar aumentará a sua raiva.

“Por cerca de três semanas, mas nunca foi tão ruim quanto
hoje ou eu teria dito algo para você. Ele só me deixou
desconfortável. Já disse a ele que, a menos que fosse Nicole que
viesse, eu não seria mais capaz de fornecer nenhum serviço. Eu
não confiei nele que seria Nicole que apareceria hoje e pedi ao
Pastor Dean para cuidar da loja.”

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“Você disse ao Lucky por que queria que ele cuidasse da


loja?”

“Não”, ela admite.

“Por que não?” Shade não levanta a voz para ela, mas ela
pode ver que ele não está feliz com sua admissão.

“Eu sabia que ele diria a você. Achei que tinha colocado um
ponto final no comportamento de Harvey. Eu estava errada.”

“O que ele fez?”

“Ele acha que estou atraída por ele. Ele sabe que não estou.
Claramente, ele está simplesmente querendo vingança contra
você porque acha que foi o responsável pela demissão dele.”

“Eu fui. Jewell não queria demiti-lo porque ela sabia que
ele seria pai. Eu disse a ela para demiti-lo ou o salário dele seria
retirado do dela.”

A alma gentil de Lily está angustiada com a reação fria dele


de forçar Jewell a demitir Harvey.

“Ele recebeu várias chances. Tudo o que tinha que fazer


era se esforçar para fazer o trabalho. Ele chegava atrasado, perdia
itens de várias encomendas que os clientes compravam e mandou
os amigos baterem o ponto dele quando decidia sair mais cedo, o
que era uma ocorrência regular com ele. Os Last Riders fazem
caridade, mas eles não administram uma.”

Lily assente. “O que você fará?”

“Você quer saber de verdade?”

Ela quer, e não quer.

“Nicole é muito doce.”

“Tenho certeza que ela é. Harvey tem o hábito de escolher


mulheres doces para ficar longe de problemas. Desta vez ele
escolheu a mulher errada. Ele arriscou que você não diria nada

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para mim e quando apareceu mais cedo hoje com Lucky, ele
soube que fez você fugir com medo, mas que você não alertou
Lucky sobre a maneira que ele estava agindo em relação a você.
Harvey arriscou, infelizmente para ele...” Ele muda sua expressão
quando ela não pode conter seu medo conturbado sobre o que
Shade faria. “Ele calculou mal. Enquanto ele não dá a mínima
para sua mulher, eu me importo.”

“Shade, por favor, não.”

“Onde estão as caixas que você falou?”

Com a mudança de assunto, Shade deixou claro que


encerrou a discussão sobre Harvey.

Mostrando-lhe as caixas cheias demais, ela aponta para


onde quer que sejam empilhadas ao lado do balcão.

Esperando nervosa que Shade dê um sermão sobre como


ela lidou com Harvey, ela inconscientemente começa a torcer as
mãos. Lágrimas enchem seus olhos, ela então começa a ir em
busca de cabides quando um puxão em seus longos cabelos a faz
se virar para vê-lo casualmente segurando uma longa mecha
presa em sua mão.

“Venha aqui.”

Caminhando para ele, ela para na sua frente.

“Você está bem?”

“Não quero que você fique bravo comigo.”

“Eu não estou bravo com você. Estou com raiva de Harvey.”

Seus olhos se arregalam. “Você não está?”

“Não, eu não estou.”

Lily solta um suspiro de alívio. “Obrigada.”

“Pelo quê?”

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“Por ser tão compreensivo.”

“Harvey é o culpado, não você. Ele percebeu que você tem


um coração mole e tentou tirar proveito. Infelizmente para ele, eu
não tenho um coração mole. Eu soube quando você chegou em
casa que algo estava errado. Faz muito tempo desde que eu vi
medo em seus olhos.” Shade estende a mão e gentilmente acaricia
sua bochecha, seus lábios curvados em um meio sorriso. “Eu não
planejo matá-lo, se é isso que você está preocupada.”

“Eu não achei que você o mataria.”

“Apenas acabarei com ele?”

Ela cora com culpa.

“Eu não vou. Não vou colocar minha mão nele. Isso faz você
se sentir melhor?”

Feliz, ela sorri para ele. “Sim.”

“Bom. Agora, você precisa de mais ajuda antes que eu vá


embora?”

Seu sorriso desaparece. “Onde você vai?”

“Tenho alguns assuntos do Viper para cuidar. Por quê?”

“Eu pensei que você me faria companhia até a hora de


fechar.” Ela não tenta esconder sua decepção por ele deixá-la
sozinha.

“Você tem medo de ficar aqui sozinha?”

“Claro que não.”

“Bom.” Shade afasta a mão da bochecha dela. “Porque


Harvey não incomodará mais você. Quer eu esteja aqui ou não,
você estará sob minha proteção e não deixarei ninguém te
machucar. Você acredita em mim?”

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“Sim. Mas o que você está planejando fazer?” Não há


dúvida em sua mente que Shade já tem um plano.

“Não se preocupe com isso. Eu vou resolver isso.”

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Capítulo 4

Shade entra no bar escuro, acenando para Mick logo que


passa pela porta. Ele não esperava que o bar estivesse cheio a
essa hora do dia, e não está. Os clientes de Mick enchem o bar
local só daqui a uma hora, quando fazem uma parada antes de
voltar para casa.

Observando, ele procura através do salão pelo homem cujo


carro está estacionado do lado de fora. Ao ver Harvey sentado em
uma mesa contra a parede, ele silenciosamente segue em sua
direção.

Sem pedir, Shade se senta em frente a Harvey,


aproveitando a satisfação no rosto de Harvey de que ele o
enfureceu o suficiente para que Shade o procurasse.

Assim que ele se senta, Mick se aproxima.

“Posso servir algo para você, Shade?”

“Não.”

O dono do bar sai, deixando os dois homens sozinhos.

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“Se você veio aqui para me ameaçar por causa de Lily, você
pode ir se foder. Eu não tenho medo de você.”

“Eu não vim aqui para ameaçar você.” Shade se recosta na


cadeira, cuidadosamente colocando as mãos na cintura quando
tudo o que ele quer fazer é rasgar o filho da puta em um milhão
de pedaços. “Eu vim aqui para lhe poupar o trabalho de planejar
fazer mais tentativas de chegar a um raio de oito quilômetros da
minha esposa.”

“O que você vai fazer se eu me aproximar? Você não pode


fazer nada sobre isso.”

Shade estreita os olhos para o homem sentado à sua frente,


continuando a falar como se Harvey nunca tivesse falado. “Você
se preocupa com Nicole e seu filho?”

“Se você vai me ameaçar com eles, isso não vai funcionar
também.” Harvey sorri presunçosamente, mostrando dentes
podres.

“Não. Eu não uso mulheres e crianças como munição


quando quero atingir alguém.”

Shade sabe que atingiu um ponto fraco quando Harvey


agarra sua caneca de cerveja como se quisesse jogá-la contra ele.

“A única razão pela qual os mencionei é que, se você


continuar com isso, então deve fazer alguns planos para eles
quando você desaparecer.”

“Você ouviu isso, Mick? Ele acabou de me ameaçar!”

“Eu não ouvi nada.”

Com o canto do olho, Shade percebe que Mick vai para o


outro lado do bar.

“Aquela buceta gostosa é boa demais para você.” Com


crescente ressentimento, Harvey fica vermelho quando sua raiva
aumenta.

DANGEROUS
LOVE
Jamie Begley

“Homens melhores do que você disse isso para mim antes.


Você quer saber o quanto eu me importei quando eles disseram?”
Seus lábios se contorcem em zombaria. “O fato é que ela é minha.
Outro é que você não é homem o suficiente para vir até mim por
ser demitido e pensou em usar a Lily para me atrair. Qual era o
plano? Provocar uma briga comigo por causa de Lily, assim você
poderia usar isso como motivo por ter sido demitido? Ou você
estava disposto a levar a surra que está tentando provocar, então
você pode me processar? Conseguir uma indenização gorda e
ficar sem fazer nada pelo resto da sua vida?” Shade encolhe os
ombros quando nota que os olhos de Harvey se arregalam para a
última opção.

“É sua culpa que ninguém na cidade me contrata!”

“Você não conseguiu encontrar outro emprego por dois


motivos. Um, você precisa procurar por um emprego e dois,
quando você recebe uma oferta, precisa aceitá-la. Knox lhe
ofereceu um emprego como zelador na delegacia de polícia, que
você recusou, mesmo recebendo mais dinheiro do que ganhava
trabalhando para os Last Riders.”

“Eu não vou esfregar chão ou latas de lixo vazias.”

“Por quê? Porque isso não lhe daria a habilidade de roubar


de outro negócio como fez no Last Riders? Você acha que eu não
faria trabalho braçal se precisasse alimentar minha mulher e
meu filho? Eu esvaziaria penicos se precisasse. Mas essa é a
diferença entre você e eu. Não me importo de trabalhar pelo que
tenho. Ao contrário de você, que quer pegar o que não é seu ou
ganhar sem fazer nada.”

“Eu não roubei.”

“Não minta. Eu encontrei os itens à venda no eBay que você


roubou, posso provar isso, então não se sente aí e finja que você
não o fez. Isso o faz parecer patético — e você é — mas eu não
exibiria isso mais do que você já fez.”

DANGEROUS
LOVE
Jamie Begley

Sua ridicularização obtém a reação que ele estava


esperando. Harvey levanta-se tão rápido que sua cadeira cai para
trás.

“Você está com inveja que Lily me quer!”

As sobrancelhas de Shade se erguem de forma divertida ao


ouvir o grito de Harvey.

“Eu tenho fotos de nós juntos!”

Ele precisa usar todo o seu treinamento militar para não


puxar a arma guardada sob o casaco e colocar uma bala entre os
olhos de Harvey. Em vez disso, ele dá um sorriso sombrio.

“Prove.”

Com um comportamento astuto, Harvey volta a se sentar.


“Não. Eu tenho planos para quem vou mostrá-las.”

“Deixe-me adivinhar; quer que eu te pague por fotos que


não existem?”

“Elas existem.” Harvey abaixa a voz com discrição, sem


querer chamar mais atenção para si. “Mesmo que não seja ela, o
que eu não estou dizendo que não é, se eu libera-las pela cidade,
para vários dos meus amigos e disser que é a Lily, eles acreditarão
em mim.”

“Não, eles não vão.”

O sorriso apodrecido de Harvey fica entusiasmado. “Mesmo


que não, Lily vai pensar que eles acreditarão, vou me certificar de
que Lily saiba que as fotos estão circulando pela cidade.”

“Oh, eu tenho certeza que você vai”, Shade diz.

“Claro que gosto da Lily. Ela é uma boa transa, mas, porra,
você poderia poupá-la de muita mágoa se visse as coisas do meu
jeito.”

DANGEROUS
LOVE
Jamie Begley

“E o seu jeito envolve dinheiro pelo seu silêncio? É isso que


você está dizendo?”

“Eu quero meu emprego de volta. Claro que também


precisaria de um aumento.”

“Tenho certeza que você gostaria disso, mas isso não vai
acontecer.”

“Então eu acho que já encerramos a conversa, não é?”

“Sim, nós encerramos.” Shade se levanta, colocando as


palmas das mãos sobre a mesa enquanto fica de pé ao lado do
idiota chantagista. “Você deveria pedir um hambúrguer. Mick faz
o melhor da cidade.” Endireitando-se, Shade tira uma nota de
cem dólares e a coloca sobre a mesa, aproveitando a luz
gananciosa que aparece nos olhos de Harvey.

“Para que é isso?”

“Para o que você quiser comprar. Vamos apenas dizer que


Jewell se esqueceu de lhe dar sua indenização.”

“Isso significa que você está disposto a chegar a um acordo


sobre as fotos?”

“Isso significa ter uma cerveja e hambúrguer de mim. Eles


serão seus últimos.”

DANGEROUS
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Jamie Begley

Capítulo 5

“Há algo errado com o bolo?”

Com a pergunta de Willa, Lily percebe que não comeu o


bolo que está segurando na mão.

“Não, eu estava esperando para ver onde Shade queria se


sentar, mas ele parece ter desaparecido.”

“Eu passei por Shade e Rider quando estavam indo para a


garagem. Eles querem ver a nova moto que Colton construiu.”

O medo que sentiu quando não conseguiu encontrar Shade


diminui. Não desaparece completamente, no entanto, devido à
maneira como o marido agia desde que entrou no brechó e
descobriu Harvey importunando-a.

Ele não mencionou isso novamente depois de deixá-la na


loja. Na verdade, quando ela tentou falar sobre isso de novo
naquela noite, Shade mudou de assunto.

Vendo que Willa ainda está olhando-a com expectativa, ela


levanta o garfo e dá uma mordida no bolo.

DANGEROUS
LOVE
Jamie Begley

“Está delicioso”, ela diz, forçando-se a sorrir


tranquilamente. “É quase tão bom quanto o que você fez para
mim.”

Radiante, Willa começa a falar sobre como a cerimônia foi


linda.

“Ela foi uma noiva linda”, Lily concorda, seus pensamentos


ainda em Shade.

“Dalton não parecia mal também.”

Ambas as mulheres coram quando Dalton sorri para elas.


Como se sentindo que elas falavam sobre ele, ele deixa a sala de
jantar, segurando uma porção generosa do seu bolo de
casamento.

Os olhos delas não são os únicos olhares femininos


seguindo-o pela sala. O carisma da estrela de cinema é como um
ímã para as mulheres. E ele ser legal, dificulta resistir a ele.

Timidamente olhando para longe do sorriso dele, Lily


encontra os olhos do seu marido. Ela não foi a única a ser pega
olhando. Willa também foi.

Enquanto a expressão de Lucky é indulgente e especulativa


ao ver sua esposa olhando para outro homem, Shade está tenso.
A luxúria a atinge com grande surpresa. Sempre é assim, quando
ele olha para ela como se pudesse ler sua mente.

Shade é possessivo, dominante e protetor com ela. São


características que estabilizaram os ataques de pânico que a
acorrentaram até que ele a libertou. Ele manteve todos os seus
medos e ansiedades afastados, sabendo que qualquer coisa ou
alguém que pudesse prejudicá-la seria resolvida por ele.

Ela ficou mais madura e mais forte durante o casamento.


Ao mesmo tempo, um homem como Harvey provocou um
completo ataque de pânico nela. Agora, ela não está com medo
dele. Apenas sente pena por ele cortejar sua própria morte.

DANGEROUS
LOVE
Jamie Begley

Lily não tem ilusões sobre o que Shade é capaz. Ela teve a
prova diante de seus olhos quando uma mulher que estava
apaixonada por ele tentou chantageá-la para deixá-lo. Ela tentou
deixá-lo para sua própria segurança, mas Shade disse algo que
sempre ficou com ela. Se você me deixar, eu posso morrer. Ouvi-
lo colocar em palavras a mesma sensação que ela sentia, cada
passo longe dele destruiu sua alma.

A chegada repentina de John a impediu de sair, e mesmo


sabendo do que Shade é capaz, ela nunca considerou deixá-lo
novamente. Foi preciso muito exame de consciência para
encontrar a resposta. Ela encontrou sua resposta em uma
passagem da Bíblia que o Pastor Dean deixou em seu quarto de
hospital quando a visitou depois do nascimento de John.

Ela viu a Bíblia sobre a mesa ao lado da sua cama e a abriu


na página com um marcador de livro indicando.

(Salmo 10;17-18)

Ó SENHOR Deus, tu ouvirás as orações dos que são


perseguidos e lhes darás coragem. Tu ouvirás os gritos dos
oprimidos e dos necessitados e julgarás a favor deles para que
seres humanos, que são mortais, nunca mais espalhem o terror.

Lily ainda se lembra de ter lido aquele verso e olhado para


o outro lado do quarto enquanto Shade segurava John e viu o
amor em sua expressão. O amor que ele lhe mostrou quando
levantou o olhar e a viu observando-o.

Deus lhe deu um guerreiro. Um guerreiro que às vezes fazia


o trabalho sujo que ninguém mais queria fazer porque a
sociedade ou a própria consciência não permitiam. Um guerreiro
que acreditava que suas ações eram marcadas por uma alma que
nunca mereceria amor. Dela ou de Deus.

Ela o ama. Deus, como ela o ama.

DANGEROUS
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Jamie Begley

Movendo-se para o seu lado, ela usa o garfo para cortar um


pedaço de bolo antes de levá-lo a boca dele.

Seu olhar encontra o dela quando ele abre a boca.

“Você gostou?”

Seu marido não olha para Willa com a pergunta. “Quase


tanto quanto o que você fez para mim e Lily.”

“Ela disse a mesma coisa.”

O riso de Willa não quebra o feitiço entre eles, cada um


perdido no silencioso duelo de desejo que aumenta entre eles.

“Você quer mais?”

“Sim.”

Lily lhe dá outro pedaço.

“Willa, eu não me importaria de comer do seu.”

Lily cora ao ouvir o pedido rouco de Lucky.

“Pegue seu próprio pedaço.”

Lily não pode deixar de rir, interrompendo o momento que


ela compartilha com Shade, mudando seu foco para a expressão
de Lucky.

“Eu ficaria feliz em pegar para você um pedaço”, Lily


oferece.

“Deixa pra lá. Se eu comer outra fatia, não serei capaz de


entrar na minha calça favorita.”

“Desculpe. Eu preciso verificar algo na cozinha.”

Lily observa sua amiga sair com um rubor intenso em suas


bochechas.

“Desculpe”, os olhos de Lucky estão seguindo as costas de


sua esposa. “Eu tenho algo que preciso verificar.”

DANGEROUS
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Jamie Begley

“Eu acho que não quero saber o que Lucky vai verificar,
não é?” Ela pergunta a Shade depois que Lucky se afasta.

“Provavelmente não”, Shade concorda, movendo a mão


para sua cintura para puxá-la mais perto dele.

Tentando não se perder de novo, ela limpa a garganta. “O


que você quer fazer pelo resto do dia?”

“É o Dia dos namorados; você escolhe. Você quer ir ao seu


restaurante favorito depois que sairmos daqui?”

“Nós já comemos”, ela o lembra. Seus mamilos contraem


em resposta às pequenas carícias que ela pode sentir através do
tecido de seu vestido. “Você ainda está com fome?”

“Não.”

“Nem eu.”

“Você acha Dalton atraente?”

A pergunta inesperada não a perturba.

“Ele é muito bonito. Mas eu o acho particularmente


atraente? Não. Ele não é meu tipo.”

“Ele não é um cowboy, com certeza.”

“Não é por isso que não me sinto atraída por ele.”

“Não é?”

“Não. Não me sinto atraída por ele, porque ele não é você.”

Ela sente a mão dele apertar sua cintura.

“Eu sei como quero passar o resto do dia.”

“Eu também.”

Shade pega o prato dela, colocando-o na mesa antes de


guiá-la em direção à porta.

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Jamie Begley

“Eu preciso dizer a T.A. que estamos saindo.”

“Ela está ali. Acene para ela. Ela entenderá a mensagem.”

“Eu não posso ser rude.”

“Então eu faço isso. Não tenho problema com isso.”

Lily para, dando-lhe um sorriso reprovador. “Só me deixe


dizer adeus. Você pode dizer a Dalton que vamos embora.”

“Você tem três minutos.”

“Eu só preciso de dois.”

Quando ela começa a afastar, ele agarra a sua mão.


Assustada, ela se vira, arregalando os olhos para ele.

“Dois minutos. Eu te encontro na porta.”

Lily o observa enquanto libera sua mão, e Shade contorna


a orla da multidão, tentando escapar das conversas. Ela está
muito ansiosa para ir embora.

Seus lábios se curvam em um sorriso quando ela se


aproxima. Normalmente, são as amigas de T.A. que se destacam
quando estão juntas. Hoje é T.A.

A mulher está brilhando de felicidade. Seu vestido é branco


e sexy, fazendo Lily desejar ter usado algo especial para Shade.

Aproximando-se, Lily a abraça. “Você está muito linda.


Dalton tem sorte por ter te convencido a casar com ele.”

T.A. olha para ela surpresa. “Todo mundo me falou quão


sortuda eu sou.”

Lily balança a cabeça, soltando sua amiga. “Dalton é


abençoado por ter você. Você é a pessoa mais sincera que
conheço. Você se arriscou, apesar de saber que Sex Piston,
Killyama ou Crazy Bitch importunariam você por tentar. Você é
uma em um milhão e Dalton reconheceu o quão especial você é.”

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Jamie Begley

“Por favor, não me faça chorar. Você vai estragar minha


maquiagem.”

Lily dá outro abraço nela. “Não chore. Você me fará chorar.”

As duas se afastam, rindo.

“Eu vim te dizer que Shade e eu estamos saindo...” Lily olha


como T.A. está incrivelmente linda e toma outra decisão. Ela
pensa no presente perfeito para o dia dos namorados para o
marido... Se fosse corajosa o suficiente para ver o resultado. “Mas
eu mudei de ideia.”

“Você vai ficar um pouco mais?”

“Você se importaria de me fazer um grande favor? Eu sei


que é o seu grande dia, mas levaria apenas alguns minutos.” Lily
abaixa a voz, vendo Sex Piston e Crazy Bitch se aproximando
delas.

T.A. também fala baixo. “O que você precisa que eu faça?”

“Mantenha Shade ocupado por alguns minutos enquanto


eu saio.”

“Claro. Sem problemas.”

Sorrindo, Lily aproveita a oportunidade para sair pela


multidão enquanto a atenção de Shade está concentrada em
Dalton.

“Claro que eu vou querer um favor em troca.”

Lily percebe o olhar astuto nos olhos de T.A. Greer Porter


sempre teve a mesma expressão quando queria alguma coisa.

“O que você quer?”

“Até onde as tatuagens de Shade vão lá embaixo?”

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Jamie Begley

Capítulo 6

Shade para na porta, verificando a sala mais uma vez. Lily


estava conversando com T.A. em um segundo, e no seguinte,
havia desaparecido quando Sex Piston, Crazy Bitch, Killyama e
sua mãe Peyton a cercaram dentro do seu grupo. Ele a perdeu de
vista quando saiu do lado de Dalton para contornar a multidão e
quando olhou novamente, as mulheres se dispersaram em outros
pequenos grupos.

Ela saiu para esperar por ele no SUV?

Abrindo a porta, ele vai para fora, vendo que seu carro não
está no estacionamento. Ela foi embora sozinha.

Ele pega o telefone e manda uma mensagem para ela, sem


entender o raciocínio dela em não esperar. Não esperando que
atenda, porém, quando ela está dirigindo, ele volta para dentro
da casa. Ninguém parece pronto para ir embora enquanto a
música de uma banda toca no quintal.

Sentindo a vibração de seu telefone, ele vê que Lily


respondeu sua mensagem. Não é possível ela ter chegado na casa
deles tão rápido.

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Jamie Begley

Não queria esperar.

Olhando para a mensagem, sua preocupação muda para


irritação.

Não querendo enviar outra mensagem enquanto ela está


dirigindo, ele manda uma mensagem para o único irmão que não
está aqui e não tem planos para o dia.

Preciso de uma carona.

Peça a outra pessoa.

Venha me buscar na recepção.

Eu posso ver onde você está. Dê-me cinco.

“Shade, você se importaria de ajudar Dalton a trazer


minhas malas aqui para baixo?”

Prestes a sair para esperar, Shade range os dentes para o


pedido de T.A.

“Ele acabou de subir. Eu não quero que ele machuque as


costas. Ele vai precisar delas hoje à noite.” Ela pisca.

“Claro.”

Ele disfarça sua irritação e sobe as escadas.

“Eu disse a T.A. que não precisava de ajuda”, Dalton diz,


saindo do quarto carregando duas malas e uma mochila.

Shade pega uma dele. “Ela está preocupada com suas


costas.”

Com seu comentário, Dalton lhe entrega a outra mala


também.

Shade ergue uma sobrancelha zombeteira.

“Estou apenas sendo cauteloso. Não sou mais tão jovem.”

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Jamie Begley

“Você parece em boa forma para mim.” Shade balança a


cabeça em direção aos degraus, fazendo sinal para ele ir primeiro.

“Eu costumava pensar assim. Agora acho que ela está


tentando lucrar com minha apólice de seguro.”

“As duas malas são dela?”

“Sim. Minhas coisas estão na mochila.”

“Pode ser que ela esteja competindo.”

Dalton para na escada para olhar de volta para ele.


“Competindo contra quem?”

Shade encolhe os ombros. “Pode escolher. Não pode ser


fácil para ela ter tantas mulheres correndo atrás de você. Este
não é seu primeiro casamento também. Não só ela sabe que você
foi muito feliz, mas era uma modelo famosa. O que você faria se
fosse ao contrário?”

Dalton empalidece ao pensar que ele poderia estar certo.

“Jesus”, ele murmura. “O que devo fazer?”

“Você está perguntando à pessoa errada. Eu não tenho


problemas nas costas.”

Quando Dalton permanece imóvel, Shade suspira irritado.


Ele quer chegar em casa e ver por que Lily o deixou para trás.

“Você come toda vez que está com fome ou em intervalos


regulares?”

“O quê?” Confuso, Dalton olha para ele sem expressão.

“Você come panquecas toda vez que alguém oferece para


você? Mesmo quando há nozes e chantilly tentando você? Só
porque ela decide que essas panquecas são boas demais para
negar, não significa que você precise aceitar.” Decidido a ser
ainda mais direto para se poupar de mais irritação, ele explica,
“Quando T.A. quer foder, você não precisa fazer uma refeição

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Jamie Begley

completa toda vez. Existem outras maneiras de mantê-la


satisfeita sem causar sua morte. Se isso não funcionar, Greer
Porter vende uma bebida proteica que lhe dará a resistência de
um coelho. Knox garante que é muito boa.”

Fazendo sua única boa ação do dia, ele dá a Dalton um


forte aceno de cabeça. “Minha carona está esperando.”

“Desculpa.” Dalton finalmente começa a se mover.

Quando chegam ao final da escada, Shade para


brevemente perto de Gavin. “Eu volto já.”

“Eu não tenho o dia todo.”

Shade ignora o comentário rude, levando as malas para a


garagem. Então, deixa Dalton para guardar a bagagem no porta-
malas do seu carro alugado e volta para dentro e encontra Gavin
não mais em pé onde o deixou.

Pensando que Gavin saiu, ele está prestes a sair quando o


vê saindo pela porta do pátio. Virando em sua direção, Shade o
segue, notando que Gavin deve ter sido atraído pela música.

“Estou procurando por você

Chamando por você

Esperando por você

Orando por você

Você pode me ouvir?

Oh, por que você não pode me ouvir?”

Chegando no pátio, Shade vê que o Mouth2Mouth havia se


instalado no final da piscina e os convidados do casamento estão
ao redor ouvindo.

Avistando Gavin, ele segue até o lado dele.

“Estou pronto.”

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Jamie Begley

“Ela é aquela que você e os irmãos estão protegendo?”


Gavin pergunta sem tirar os olhos da mulher cantando.

“Sim.”

Se questionado, qualquer um em Treepoint diria que Shade


era um bastardo de coração frio, mas até mesmo seu coração frio
sentia simpatia pelo homem ferido ao seu lado.

Gavin viveu anos de inferno e humilhação, apenas para


descobrir que a liberdade pela qual lutou tanto não era um
bálsamo para as feridas irregulares que marcaram
permanentemente sua alma.

“Eu posso ver porque ele a quer.”

Gavin não mostrou nenhum interesse quando os Last


Riders tiveram uma reunião para discutir sobre a proteção de
Ginny. Não que ele tivesse participado de alguma das reuniões.
Embora ele morasse no clube, Gavin permanecia recluso em seu
quarto ou saía em corridas de moto que se estendiam por vários
dias de ausência.

Os dias em que ele se afastava eram de tortura para Viper,


sem saber se Gavin voltaria ou se ele teria caído com sua moto
em uma das montanhas que cercam a pequena cidade deles.
Cada membro do clube tentou sem sucesso romper a parede em
que Gavin havia se cercado.

Shade espera até a música terminar antes de falar.

“Você quer que eu o apresente a ela?”

Gavin volta sua atenção para ele. “Não. Está pronto?”

Shade levanta uma sobrancelha zombeteira. “Eu te disse


que estava.”

Shade está acostumado que a maioria das pessoas


mantenha uma grande distância dele, mas com Gavin, eles
praticamente congelavam, como se tivessem medo de um leão

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Jamie Begley

selvagem se libertar de sua gaiola, encontrando-os no cardápio


do jantar. O que eles não sabiam era que, a menos que ele
estivesse protegendo outra pessoa, Gavin queria ficar longe deles.

O irmão que havia sido arrastado do buraco do inferno em


que foi forçado a sobreviver não era o mesmo que ele serviu junto
no exército. Naquela época, Gavin era feliz e despreocupado,
sempre pronto para diversão, no entanto, nenhum outro era
melhor para recorrer quando tudo se complicava.

Os outros soldados sabiam que, quando Gavin estava em


uma missão, ele não entrava para falhar. Ele não deixaria
nenhum dos outros homens arriscar sua segurança sem colocar
a sua na linha primeiro. Proteger os outros era uma parte tão
intrínseca dele, que o ajudou a sobreviver ao seu cativeiro.

Shade entra na caminhonete que Gavin pediu emprestada


para levá-lo de volta ao clube. Nenhum deles fala no curto trajeto.
Quando ele está saindo Gavin quebra o silêncio.

“Quando ela vai embora?”

“Ginny?”

“Qual dos homens está na vez de observá-la?”

“Rider na liderança e Nickel.”

Shade estuda o irmão. Ele havia pedido várias vezes a


Gavin que se revezasse com vários membros que se ofereceram
para proteger Ginny. O trabalho de encontrar o perseguidor dela
estava demorando muito mais do que esperavam e isso aumentou
sua preocupação de que o filho da puta estava escondido,
esperando que eles baixassem a guarda. Viper sentia o mesmo,
foi por isso que ele ou Rider foram enviados.

“Quando ela vai?”

Estas foram a maior quantidade de palavras ditas nos


últimos dois meses. Gavin nunca iniciava conversas, e quando

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Jamie Begley

ele falava, geralmente eram rudes sim ou não, se não ignorar uma
pergunta feita a ele.

“Ela e a banda irão embora no final da semana.”

Quando Gavin abre a porta da caminhonete e sai, Shade


faz o mesmo, caminhando em direção à sua casa enquanto Gavin
segue na direção da casa de Viper. Mas então Shade bloqueia seu
caminho.

“Rider pode precisar de uma pausa.”

“Então dê a ele. Eu não dou a mínima para o que você faz.”

Rangendo os dentes, Shade dá um passo para o lado,


deixando Gavin seguir seu caminho, assim como todos os irmãos,
sempre que o assunto era sobre ele pegar um turno, não queria
perturbá-lo.

Ginny foi a primeira mulher que despertou interesse em


Gavin desde que ele voltou para o clube. Shade desejou ter
apresentado os dois.

Vários anos atrás, Ginny trabalhou para os Last Riders por


um tempo. Durante esse tempo, Shade percebeu várias facetas
de sua personalidade. Ela praticamente deu respeito àqueles que
mereciam, ignorando aqueles que não o mereciam. Ela havia
enfrentado mais de uma pessoa que achava que sua
personalidade educada lhes permitiria desrespeitá-la. Ela não era
de confronto, mas também não recuava.

Teria sido interessante testemunhar a reação de Gavin se


tivessem sido apresentados. Ele também estava curioso para
saber como ela teria reagido a Gavin.

Subindo os degraus até a porta da frente, ele a abre,


esperando ver Lily. No entanto, a sala vazia o faz caminhar pela
casa em busca dela.

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Jamie Begley

Ficando preocupado, ele volta para o andar de baixo. Pega


seu telefone e manda uma mensagem para Lily.

Onde você está?

Estou no bar da Rosie.

O que você está fazendo aí?

Esperando por você.

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Jamie Begley

Capítulo 7

Lily torce suas mãos enquanto olha pela janela em direção


ao estacionamento, esperando por Shade. A música que Mick
ligou para ela antes de ir embora está tocando, aumentando a
ansiedade que está sentindo.

Ela cora, lembrando-se da expressão divertida no rosto de


Mick quando ela apareceu depois de ligar para ele perguntando
se poderia alugar o bar dele pelas próximas duas horas. Ela
estava grata que ele não perguntou o motivo quando ela chegou,
apenas lhe disse onde a chave da porta estava quando eles
terminassem.

Correndo para a porta agora, seus dedos se atrapalham


com a fechadura antes de rapidamente tirar o enorme sobretudo
de Shade que ela usou para cobrir o que está vestindo. Colocando
o sobretudo sobre uma das mesas, ela corre para o meio da pista
de dança, fingindo indiferença enquanto seu marido entra no bar.

Escondendo seu receio ao ouvir o som da trava voltando no


lugar, ela freneticamente começa a focar na batida da música
enquanto gira no poste no meio da pista de dança.

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Jamie Begley

Quando ele para na beira da pista de dança, ela se inclina


sedutoramente contra o poste. “Sente-se.”

A raiva irradiava dele quando entrou, mas ela está casada


com Shade por tempo suficiente para ver que ele desejava vê-la
mais do que ceder ao seu desejo de espancá-la por tê-lo deixado
na casa de T.A.

Quando Shade pega uma cadeira, levando-a para a pista


de dança, ela habilmente coloca o braço ao redor do poste.
Girando, ela segura firmemente enquanto inclina a parte superior
do corpo para longe do poste. Com a mão livre, ela toca o chão
enquanto faz círculos.

“O que você está fazendo?”

Lily gira até parar, encostando-se novamente no poste.


“Dando-lhe seu presente. Você gosta disso?”

Ela vê sua resposta antes que ele fale.

“Sim. Como você conseguiu que Mick fechasse?”

“Eu aluguei por duas horas.”

“Por quanto?”

“Isso importa?”

“Não. Só quero saber para poder dar gorjeta a ele.”

“Você já deu. Eu usei seu cartão de crédito.”

Ela enrosca sua longa perna ao redor do poste enquanto


inclina para trás, estendendo a mão para o chão novamente
enquanto observa sua reação de cabeça para baixo.

Seus olhos seguem para os seios que mal ficam confinados


dentro do sutiã vermelho que está sob a camisola vermelha de
comprimento médio e fina.

“Você deu a ele uma gorjeta generosa?”

DANGEROUS
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Jamie Begley

“Sim.”

“Bom.”

Lily usa os músculos do abdômen para se erguer, virando-


se de costas para ele. Quando a música sedutora acelera, ela
balança os quadris, deslizando para baixo até que sua bunda
descansa nos saltos antes de subir lentamente.

“Venha aqui.”

Virando-se para encará-lo novamente, ela olha séria para


ele. “Não.”

Provocando o marido, ela volta para o chão, tentando


desesperadamente não corar quando seus olhos seguem para a
tela visível entre suas coxas.

“Você me deixou sem uma carona na recepção.” Seus olhos


se voltam para o sobretudo que estava sobre a mesa. “Eu
esperava você em casa quando cheguei lá.”

Sua confiança começa a aumentar com o baixo timbre da


voz dele.

“Você está com raiva de mim?”

“Eu não estou satisfeito.”

Ela caminha na direção dele de forma provocante. “Bom.”

É difícil continuar demonstrando indiferença. O brilho de


desejo que ela pode ver cobrir os olhos de Shade faz seus mamilos
endurecerem. Ele está sentado confortavelmente em sua cadeira.
A protuberância grossa na virilha de seu jeans a faz segurar um
gemido. Ela quer se ajoelhar e pedir-lhe para deixá-la o tocar.

Ela adora ser submissa a Shade, fica excitada pelos jogos


que jogam. Deixando de lado suas próprias preferências, Lily está
determinada a fazer disso um dia só para ele.

DANGEROUS
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Jamie Begley

Colocando um pé com o salto alto na cadeira entre as


pernas dele, ela se inclina, exibindo seus seios a apenas alguns
centímetros de sua boca.

Shade estende a mão, passando os dedos pelos mamilos


endurecidos.

“Uh-uh” Ela rapidamente estende a mão, afastando a dele.


“Existem três regras. Regra um: não toque.” Ela se vira e se senta
na coxa dele para colocar os braços ao redor do seu pescoço.
“Regra dois: não fale.” Beijando o canto de sua boca, ela lambe
ali antes de se levantar. Sedutora, ela então lentamente remove
sua camisola até que está em pé na frente dele usando apenas os
sapatos, calcinha e sutiã. “Regra três...” seus lábios se curvam
com um sorriso pecaminoso quando a próxima música, Kiss it
Better começa a tocar, “você precisa fazer tudo o que eu digo, e
eu poderia, só poderia, dar-lhe um presente.”

“Qual é?”

Demonstrando que ele já quebrou a regra número dois, ela


começa a dançar mais longe dele, retornando ao poste.
Envolvendo a perna nele, ela começa a subir. Chegando ao topo,
ela olha para ele maliciosamente enquanto lentamente desce até
o chão acompanhada pela letra da música sensual tocando. O
rosto de Shade está sério enquanto a observa.

Alcançando o chão, ela desliza na direção dele. Lambendo


o lábio inferior, ela vê a protuberância crescer sob o seu jeans.
Satisfeita, Lily se vira abruptamente para esticar o pé esquerdo.
Curvando-se, ela graciosamente toca o dedo do pé, ouvindo a
batida da música. Ela então se estica e estende o pé direito,
inclinando-se para repetir a mesma manobra.

Deslizando ao redor, ela captura seus olhos quando junta


as duas mãos atrás da cabeça, a ação empurra seus seios para
frente. Ela agacha e abaixa as mãos, colocando-as sobre as coxas
dele. Ela usa o impulso para se erguer antes de se mover para o

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Jamie Begley

lado dele. Erguendo a perna, ela coloca o salto de volta na


cadeira.

“Você sente falta de vir aqui ver as strippers como antes de


se casar comigo?”

Seus olhos se estreitam para ela.

“Bom garoto”, ela diz, acariciando sua mandíbula quando


ele não responde.

Levantando o pé, ela joga as pernas sobre as dele até que


está de pé sobre ele. Saltando na ponta dos pés, ela sobe e desce,
esfregando a virilha sobre o pau dele em movimentos rápidos e
provocantes. Seus longos cabelos negros caem sobre o rosto,
felizmente escondendo sua expressão. Ela pode sentir sua buceta
se tornando escorregadia e necessitada. Seus movimentos a
provocam tanto quanto Shade.

Girando seus quadris, ela solta um suspiro irregular,


forçando-se a controlar seu próprio desejo como Shade está
fazendo.

Sentando-se nele com um balanço de seus quadris, ela


aperta suas coxas ao redor dele enquanto alcança o chão.
Situando suas mãos para suportar seu peso, ela afrouxa as
pernas, virando a parte inferior do corpo.

Em suas mãos, ela joga o cabelo para trás, olhando para


Shade. Ele está olhando fixamente para sua bunda.

“Você não quer me espancar?” Ela o provoca, querendo


quebrar seu silêncio.

Ele aperta seus lábios. Apesar de sua provocação, ele fica


imóvel.

“Você está sendo muito bom.”

Respirando fundo, ela bravamente desliza a mão


intimamente entre as coxas até a virilha, passando a mão sobre

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Jamie Begley

a calcinha duas vezes antes de se virar e sentar no chão. Ela


então leva as mãos aos quadris, empurrando um pouco a
calcinha para baixo, enquanto ergue os quadris para removê-las.
Lily está orgulhosa de sua destreza enquanto manobra a calcinha
sobre um salto e depois o outro, mostrando sua virilha a cada
vez.

Segurando a calcinha com um dedo, ela se levanta para


ficar de pé, dando o passo necessário para se aproximar de
Shade.

Enganchando outro dedo no outro lado da calcinha, ela a


empurra ao redor da cabeça dele para descansar em seu pescoço.
Apertando os dedos, ela se aproxima ainda mais da boca de
Shade, dando um beijo prolongado ali.

“Como eu estou? Estou sendo atrevida o bastante para


você?” Ela pergunta contra os lábios dele. Então, aproximando-
se mais do corpo dele, ela pressiona sua buceta na protuberância
dele dura como pedra. “Ou você quer mais?”

Sua mandíbula fica tensa.

Dando-lhe outro beijo, ela deixa a calcinha pendurada em


seu pescoço enquanto move ambas as mãos atrás das costas para
desabotoar o sutiã. Deixando-o cair no chão, ela desliza pelo
corpo de Shade até que está de joelhos entre as pernas dele.

Cuidadosamente desabotoa sua calça jeans, e abaixa o


zíper. Abrindo o material de seu jeans, ela passa a língua sobre a
cabeça do seu pau. Sem lhe dar qualquer aviso, ela chupa a
cabeça enquanto acaricia suas coxas.

Através dos cílios, ela o vê agarrar as laterais da cadeira.

Abrindo mais sua calça jeans, ela acaricia seu pau com a
língua mais um pouco antes de o deslizar para fora de sua boca,
em seguida, beija a tatuagem em sua pélvis.

“Eu fiz tão bem quanto Chasity?”

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Jamie Begley

Ela sorri contra sua pele para seu gemido frustrado por
não poder falar.

“Você não achou que eu descobriria sobre ela, não é? Eu


até a vi fazendo compras na cidade algumas vezes.” Deslizando a
boca para o outro quadril de Shade, ela pressiona outro beijo na
tatuagem que ele tem ali. “Ela é até mesmo a razão que você
colocou o poste de stripper no clube antes de você me conhecer.”

“É um pecado que eu esteja com ciúmes dela?” Lily


descansa a bochecha na pele que acabou de beijar. “Porque eu
estou. Estou com ciúmes de todas as mulheres com quem você
já fez amor, porque estou esperando o dia em que acordarei e
descobrirei que nossa vida e tudo o mais nela era apenas um
lindo sonho. Um sonho que todo dia eu acordo com medo de
descobrir que nunca existiu.” Erguendo sua bochecha, ela desliza
sobre sua pele de volta para seu pau. “Então eu toco em você e
consigo outro dia da minha loucura.”

Ela amorosamente desliza sua boca pelo comprimento de


seu pau. “Eu prefiro ser insana...” ela dá uma risada zombeteira
“e viver em um quarto acolchoado do que viver sem você.”

Quando ela chupa seu pau, ela sente a tensão em seu


corpo, seus músculos em suas coxas contraindo sob suas mãos
como se ele estivesse se impedindo de alcançá-la.

Ele não é o único afetado enquanto ela o provoca com o


lento golpe de sua língua, sugando-o mais em sua boca.

Colocando-se mais perto dele sobre os joelhos, ela esfrega


os seios nas coxas dele enquanto tenta deixar Shade tão louco
quanto ela.

Ela olha para ele através dos cílios. Sua expressão soa
sinos de alarme em sua cabeça enquanto ela chupa seu pau.

Shade é um mestre no controle. Várias vezes em seu


casamento, ela chegou perto de quebrar o controle dele... ou o

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tanto que ele deixaria. Desta vez, no entanto, ela conseguiu


contornar o controle que ele exercia sobre si mesmo.

O desejo arde de seus olhos azuis, prometendo retaliação


quando seu domínio sobre ele terminar.

Deliberadamente, ela deixa seu pau sair de sua boca.


“Papai parece zangado comigo.”

Seu rosto fica tenso. “Eu não sou seu maldito pai.”

Dando um suspiro melancólico, ela se levanta de forma


fluida, afastando-se dele.

“Você falou e eu estava me divertindo muito.” Fingindo


reclamar, ela coloca uma mão firme em seu ombro enquanto
anda ao redor dele, seus dedos indo para a calcinha que está no
pescoço dele. Puxando-a, ela abaixa a cabeça para sussurrar em
seu ouvido, “Sinta-se livre para usar minha palavra segura, se
quiser. Não? Eu achava que o Dom gostava de ser chamado de
papai? Eu sei que você não é meu pai. Você é meu marido. Ou
você não é? Eu poderia estar sonhando com tudo isso. Estou?”

Quando ele permanece em silêncio desta vez, ela morde o


lóbulo da orelha dele.

“Você está sendo um bom marido.”

Soltando a calcinha, ela se agacha a seus pés novamente.


Segura seu pau duro e o leva na boca novamente. Desta vez, ela
não o provoca e o atormenta.

Apertando a mão nele enquanto o chupa, ela para de


brincar, dando a ele o atrito e a sucção que precisa. Ele está
segurando sua cadeira com tanta força que ela está com medo
dele quebrá-la em pedaços.

“Eu amo o seu gosto.”

Shade empurra seu pau para cima, dizendo a ela para


parar de falar da única maneira que pode.

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Indo mais para baixo sobre ele, ela se ajusta a suas


estocadas, ciente de que ele está se segurando, não querendo
domina-la.

Soltando seu pau, ela move a mão para os testículos dele,


dando um beliscão suave enquanto ao mesmo tempo desliza em
seu pau. Ele quase sai da cadeira.

Indo mais rápido, ela começa a acariciar seus testículos,


chupando-o o mais profundamente que pode. Espremendo-o com
seus músculos da garganta, ela o sente inchar ainda mais
quando ele empurra mais forte em sua boca.

Olhando para cima, ela vê o amor inconfundível olhando


para ela enquanto ele goza, seu corpo convulsionando sob o toque
dela.

Lily dá um sorriso satisfeito quando se levanta. “Você está


pronto para o seu presente?”

Vendo a expressão intrigada em seu rosto, ela ri.

“A lap dance e o boquete não eram seus presentes. Isto é.”


Nua, ela dá alguns passos para trás e depois se ajoelha. “Eu te
amo, e não há outro homem na face da terra para quem eu faria
isso... além de você.”

Deixando cair a cabeça, ela está prestes a colocar a testa


no chão quando sente ser empurrada para cima nos braços de
Shade. Automaticamente, ela circula suas pernas ao redor de sua
cintura enquanto ele a beija com paixão desenfreada.

Ofegando, ela afasta a boca. Ela nunca viu Shade tão


visivelmente abalado.

“Você teve que ir no meu baú privado para pegar essa


calcinha.”

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“Sim, eu fui”, ela admite, sabendo exatamente que tipo de


problema ela ia estar com seu marido. Foi por isso que ela fez
isso. “O que você vai fazer sobre isso?”

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Capítulo 8

Shade quer rir da tentativa deliberada de Lily de conseguir


uma surra. Em qualquer outro momento, ele teria aceitado o
presente que ela tentava dar, mas o medo que ela expressou
sobre ser louca o abalou profundamente.

Ele a ouviu uma vez antes falar com Jo.

“Você está muito feliz, não é?”

Lily parou de sacudir um elefante de brinquedo com a


melancolia na voz de Jo que ela não conseguia esconder. Seus
olhos violeta levantaram-se para os dela. “Tanto que eu tenho
medo às vezes.”

“Por quê?”

Lily deu um gracioso encolher de ombros. “E se Shade


acordar um dia e perceber que ele não me ama, que outra mulher
pode dar a ele o que eu não posso.” Enquanto falava, ela olhou
para baixo e passou a mão sobre a delicada tatuagem da

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miosótis1 que estava na parte inferior do seu antebraço. “É meio


surreal como estou feliz. Não pode durar para sempre, pode?”

Lily ainda não acredita que o que eles têm vai durar. Casais
criados em famílias amorosas tem os mesmos medos sobre seus
relacionamentos, mas a infância traumática de Lily amplia o dela.

Ele não foi um escoteiro no passado. Ela testemunhou a


vida que ele viveu, apesar de suas tentativas de protegê-la.
Lamentavelmente, é inevitável que ela ainda ouça e fique
magoada com histórias que circulam pela cidade.

Levando-a através da pista de dança, ele senta-se no bar,


usando sua bota para empurrar os banquinhos para fora do
caminho. Colocando uma mão em cada lado dela, ele conclui que
nunca será capaz de convencer sua esposa com palavras de que
o que eles têm vai durar. Ele tem que convencê-la de outra
maneira, uma que ela saiba no fundo de sua alma que é real,
apesar da sua ansiedade dizer que não é.

Deslizando seus lábios com os dela, ele se força a se


afastar.

“Se você acabar em uma cela acolchoada, querida, você não


estará sozinha. Estarei lá com você.”

Recuando mais alguns passos, ele começa a desabotoar


lentamente a camisa preta que usa com seu terno para o
casamento de T.A. Ele só teve tempo de trocar de roupa antes de
sair de casa quando recebeu uma mensagem para encontrá-la.

“Chasity não podia se comparar com você em seu melhor


dia. Não há concurso onde isso está em causa. Você não tem que
me dar uma lap dance para provar isso. Não só ela não tem a sua
bunda, mas ela também não é você.”

1
Miosótis, é um gênero de plantas pertencente à família Boraginaceae. Suas flores são

DANGEROUS
também habitualmente chamados não-me-esqueça.

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Com sua camisa desabotoada, ele a coloca


meticulosamente na mesa ao lado do casaco de Lily. Sentando-
se à mesma mesa, ele tira as botas e as meias. De pé, ele tira o
jeans já solto para ficar nu.

Caminhando de volta para ela, ele levanta o dedo para um


mamilo, torcendo impiedosamente a ponta entre seus dedos.
“Você sente isso?”

Seus olhos violetas se arregalam.

Observando sua expressão, ele mantém a sua implacável.

“Sim.”

“Mesmo? Então eu devo estar fazendo algo errado se você


acredita que esteve sonhando com nosso casamento.” Ele levanta
a outra mão para o outro mamilo e começa a torcer também. “Eu
tenho sido muito fácil com você, Anjo. Quando sairmos por esta
porta esta noite, você não terá dúvidas de que isso não é um
sonho.”

Sem misericórdia, ele solta um mamilo. Seu suspiro de


alívio é de curta duração antes de seus dentes o morder, trazendo
outro suspiro para seus lábios.

Mordendo, ele exerce pressão suficiente, medindo


cuidadosamente cada nuance e som para se certificar de que não
está levando-a além de um limiar que ela não poderia suportar.
Ele quer levá-la a um nível que ela não esteve antes, mas não a
queria usando a palavra segura que pararia o que ele está
tentando provar.

“Se vivermos nos próximos cinquenta anos ou morrermos


amanhã, faremos isso juntos, independentemente. Em um
maldito sonho ou na vida real, posso garantir isso. Você pode
apostar nisso.”

“Você não pode saber disso. Você não é Deus.”

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“Eu sei que não sou Deus.” Ele dá a ela um sorriso


zombeteiro. “Não é a primeira vez que você me acusa de pensar
isso. Acho que teremos que esperar e ver, não vamos? Deus pode
não dar a mínima para mim, mas ele sempre vai querer fazer seu
anjo favorito feliz. Quem estará lá para você voar com segurança
se não eu?”

Os olhos luminosos de Lily olham para ele. “Eu te amo


muito.”

Shade solta seu mamilo, lambuzando a protuberância


saliente com um golpe suave de sua língua. “Por que você acha
que eu te amo menos do que você me ama? Você me compara a
outros homens?”

Ela revira os olhos para ele. “Não há comparação entre você


e outros homens.”

“Evie, Bliss não concordariam. Simplesmente não há


comparação em seus olhos e sinto o mesmo em relação às
mulheres. Anjo, aquele mundo fodido em que você teve que viver
quando cresceu não existe mais. Essa é a parte que não é mais
real. Eu posso ficar aqui até ficar com a cara azul e fazer amor
com você um milhão de vezes, mas até que você saiba no fundo
do seu coração, nunca estará completamente livre desse
pesadelo.”

Lily abaixa o olhar, sem vontade de encontrar o dele.

Tentar convencer Lily, quando ela prefere esconder seus


medos, é um exercício de futilidade. Foi assim que Harvey ganhou
vantagem com ela. Ela tinha se machucado tanto quando crescia
que não suportava machucar ninguém, mesmo que merecesse.
Felizmente, ele não tem o mesmo problema.

Chegando a essa conclusão, ele sabe o que tem que fazer.

Retornando, ele coloca uma pequena distância entre eles.


“Anjo, olhe para mim. Não há outra mulher na porra do mundo

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pela qual eu faria isso, nem com uma arma apontada para a
cabeça.”

Certificando-se de que ela está o olhando, ele cai de joelhos.


Curvando-se, ele coloca a testa no chão.

Ignorando seus protestos, ele estica seus braços e mãos até


que esteja apoiado como um perfeito submisso.

“Não, Shade! Isso não é o que eu quero!”

“Então o que você quer?” Shade se levanta para ficar


sentado e olhar para ela. “Diga-me o que você quer e eu farei.
Qualquer coisa, tudo e como você quiser. Eu farei isso para te
fazer feliz porque, Anjo, qualquer coisa diferente disso não
funciona para mim. “

Ela olha para ele, apaixonada que a única coisa que ele
quer é sua felicidade. É humilhante e tão inesperadamente doce
vindo de Shade, suas palavras tem o mesmo efeito que se ele
tivesse escrito um poema para ela. “Você nunca fez isso antes.”
Não é uma pergunta; é uma declaração cheia de admiração.

Leva cada pedaço de sua força de vontade para não ir até


ela e enxugar as lágrimas que deslizam por suas bochechas.
“Nunca.”

Lily estende os braços para ele. “Venha aqui por favor.”

“Não pergunte. Ordene.”

“Venha aqui.”

Shade dá um passo à frente, sentindo seus braços


envolvendo-o.

“O que você quer que eu faça agora?”

“Eu quero que você me beije.”

É toda a merda que ele pode fazer para não fodê-la.

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Lily está olhando para ele com uma emoção que ele
reconhece no seu interior. Ela quer que ele tome o controle, mas
por mais que queira dar a ela o que ela quer, ele não pode.

Seus medos são reais em sua cabeça, e em vez de diminuir


no tempo em que estão casados, tornou-se pior.

A mão dele ao lado dela se fecha em punho. A parte difícil


é saber que ele é responsável em parte por agravar seus medos.

Viper e ele chegaram à conclusão no ano passado de que o


perseguidor que apontava para Ginny era mais esperto do que
eles previam. Ginny estava cercada pela segurança da
Mouth2Mouth, mas permaneceu sob a proteção dos Last Riders,
e eles não deixariam ninguém machucar a mulher. Ele e Rider
estavam sempre ao lado dela.

O sacrifício em seu casamento durou tanto tempo que


agora ele não pode mais negar as repercussões. Algo terá que
mudar em relação à proteção de Ginny. Ele passar tempo longe
da sua esposa e filhos acabou. Ele é fiel aos Last Riders, mas se
tivesse que escolher, Lily tinha que vir em primeiro lugar.

“Como? Como isso?” Shade coloca um pequeno beijo em


seus lábios. “Ou assim?” O segundo beijo que ele dá a ela não é
suave. É duro, exigente e tudo menos gentil.

Moldando sua boca com a dele, ele gira a boca sobre a dela
para aprofundar. Inalar o aroma exótico de seu perfume restaura
o fogo que ela acabou de apagar.

“Sim”, ela choraminga.

“O que você quer agora?”

“Toque-me.”

Ele intencionalmente se assegurou de que apenas seus


lábios estejam tocando os dela.

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Despertar sua esposa para mostrar um lado mais assertivo


de sua personalidade está despertando seus próprios instintos
para conquistar. Ele começa a contar seus batimentos cardíacos
para esmagar o desejo de satisfazer a necessidade que está
aparente em sua expressão.

“Aqui?” Shade coloca uma mão gentil em seu seio. “Ou


aqui?” Ele move a mão para entre as suas coxas, fazendo o
contato mínimo antes de devolver a mão para o balcão ao seu
lado.

“Lá.”

Um soluço abafado faz sua língua girar contra a dela.

“Qual deles? No seu seio ou sua buceta?” Sua voz se torna


implacável. “Diga-me.”

“Minha buceta.”

“Diga-me.”

Tornando-se frustrada, ela crava as unhas nas costas dele.


“Toque minha buceta!”

Segurando o riso, ele imediatamente leva a mão para sua


buceta. Esfregando a pele suave, ele sente sua súbita inspiração
enquanto ela para de respirar.

“É assim que você quer que eu toque em você?”

“Mais forte.”

“Eu não posso ouvir você.”

“Faça isso mais forte!”

Ele deixa seus dedos mais firmes, dando a ela o atrito que
está desejando.

“Assim é melhor?”

“Deus, sim!” ela choraminga.

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Com dedos treinados, ele coloca a bunda dela se


contorcendo no topo do balcão. Fodendo a boca dela com a
língua, ele deixa seus dedos violarem a entrada da sua buceta.
Dirigindo um dedo solitário através da pele cremosa sem
hesitação para fodê-la com o dedo, com um desejo implacável que
está cobrando seu preço sobre dele.

Removendo os dedos da sua buceta, ele descansa a mão


escorregadia na coxa dela.

“Não pare!”

Ele move a mão de volta para ela, aumentando o ritmo de


seus dedos dentro dela. Ele pode sentir por seus estremecimentos
que ela está perto de gozar.

Mais uma vez, ele para.

“Não faça isso!” Ela grita para ele, batendo nas costas dele
com seu pequeno punho.

Ele volta para sua buceta, apenas lhe dando três deslizes
do seu dedo antes de parar.

Agarrando seu pulso, ela o coloca de volta onde quer.

Desta vez, ela só recebe um deslize antes dele parar dentro


dela.

“Shade!”

É difícil resistir aos pedidos dela, mas ele quer nada mais
do que satisfazer o desejo que está rasgando Lily em pequenos
fragmentos de necessidade.

“Você está sofrendo, Anjo?”

“Sim!” Ela agarra o braço dele, tentando fazer com que ele
se mova dentro dela novamente.

Shade ignora seus esforços.

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“Você tem certeza?”

“Sim!” Ela grita.

“Isso é real o suficiente para você?” Ele questiona, quase


em seu próprio ponto de ruptura.

Seu rosto se enruga quando ela começa a chorar. “Sim!”

Satisfeito, ele tira a mão do seu braço e puxa a mão da sua


buceta para tirá-la do balcão. Ao mesmo tempo, senta-se na
banqueta de bar mais próxima dele.

Encontrando seus olhos, ele a segura sobre seu pau antes


de puxá-la sobre ele. Seus longos cabelos negros caem ao redor
deles, formando um casulo ao redor de seus rostos.

Ele gira a banqueta do bar até que suas costas ficam


apoiadas no balcão enquanto ele levanta e abaixa Lily sobre si
enquanto ela segura firmemente seus ombros.

Shade solta sua cintura, esticando os braços nas laterais


do bar, mostrando a ela que ela é forte o suficiente para se
impedir de cair.

Sacudindo o cabelo para trás, olhos violetas o encaram


com uma riqueza de amor que ele conhece profundamente, ele
nunca será capaz de voltar para o mundo sombrio em que ele
existia antes dela.

“Eu te amo. Não há um dia que passe que eu não agradeça


a Deus por você. E Anjo, você sabe que não sou um homem de
orações.” Sua cabeça cai para trás, tentando lutar contra o clímax
que está tão perto. Ele quer jogá-la no balcão e bater o pau nela
com tanta força que não terá dúvidas de que não é a merda de
uma ilusão.

Seus movimentos desinibidos o impedem de aproximá-la


dele. É difícil não a segurar em seus braços protetores para evitar
que ela caia, mas Lily precisa perceber que se tornou forte o

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suficiente para voar, que ela não é mais a garotinha aterrorizada


por sua mãe.

Seus movimentos ficam mais selvagens e mais rápidos.


Seus seios arfam com o esforço enquanto ela salta no colo dele.
É só quando ela para de tremer, então afunda no peito dele, que
ele se mexe.

Segurando-a, ele desliza do banco, levando-a para a mesa


mais próxima. Colocando-a no topo, ele se coloca entre suas
coxas, empurrando seu pau dentro de sua buceta. Seus quadris
mergulham em seu pau o mais alto que ele pode ir antes de puxar
para fora e bater dentro dela novamente.

“Nunca diga que isso não é foda de verdade novamente.”


Ele ferozmente faz amor com sua esposa, levando-a para outro
orgasmo que faz as pernas dela envolver sua cintura, as pontas
de seus saltos apunhalando-o na bunda com cada estocada.

“Eu não vou.”

Shade segura sua mandíbula com a mão firme. “A única


loucura em você é que você me ama.”

Enrolando os dedos nos dela, ele os prende ao lado de sua


cabeça na mesa enquanto ele entra em seu corpo, atingindo o
clímax que ele estava segurando.

“Não pense por um segundo que, quando chegarmos em


casa, eu não punirei você por ir ao meu baú.”

Seus braços cedem quando ele goza, esmagando-a com seu


peso. Ele deixa as sensações surgirem através dele.

Pegando seu olhar, Shade não esconde nada, deixa que ela
veja como o afeta.

“Não há outra mulher que possa se comparar a você. Se eu


viver mil vidas diferentes, nenhuma delas valeria a pena viver
sem você.”

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Jamie Begley

Sentando-a, ele lhe dá um olhar severo para ficar parada


enquanto ele vai até a mesa para pegar o casaco dela. De pé na
frente dela, ele a segura para ela vestir. Uma vez que ela faz, ele
fecha e abotoa para ela, puxando seu cabelo com cuidado debaixo
do colarinho.

Veste-se uma vez que a cobriu, depois junta as roupas que


tirou para a lap dance. Ele então meticulosamente endireita as
cadeiras e usa um pano para limpar o balcão antes de tirar um
maço de notas da sua carteira e colocá-lo na caixa registradora
de Mick.

“Eu te disse que paguei Mick e dei-lhe uma gorjeta”, ela o


lembra quando ele sai de trás do balcão.

Enganchando um braço ao redor de seus ombros, ele a


puxa para o calor de seu corpo, preparando-a para o que ele está
prestes a lhe dizer. “Por quanto tempo você disse que alugou o
bar?”

“Duas horas.”

“Não enlouqueça, mas o estacionamento está cheio. Mick


está lá fora tentando manter todo mundo fora.”

“Quanto tempo eu ultrapassei?”

“Uma hora.”

Lily enterra o rosto contra o lado do peito dele,


envergonhada. “Eu não posso sair na frente dessas pessoas!” Ela
geme. “Eles saberão o que estávamos fazendo!”

“Anjo, não se preocupe com isso. A maioria deles são Last


Riders. Eles sabem que eu te fodo o tempo todo.”

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Capítulo 9

“Deixe-me sair daqui! Isso está violando meus direitos


constitucionais!”

Shade ouve os gritos enquanto abre a porta de metal para


as celas da delegacia.

“Deixe-me sair!”

Fechando a porta atrás de si, Shade caminha até a cela no


final para ver o homem com rosto vermelho que está tentando
espremer sua cara através das grades. Seus olhos furiosos o fitam
com ódio quando avista Shade.

“Filho da puta, eu sabia que você estava por trás disso.


Quando sair daqui, vou possuir os malditos Last Riders.”

Shade lhe dá um sorrisinho zombeteiro. “Você acha?”

“Eu sei que sim.” Harvey sacode a porta da cela. “Eu vou
processar vocês, seus filhos da puta, por cada centavo que vocês
possuem! Você terá que usar folhas para limpar sua bunda
quando eu terminar com você. Estive preso aqui por dois dias.
Eu nem sequer pude dar um telefonema.”

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Jamie Begley

“Seu advogado nomeado ainda não apareceu?” Encolhendo


os ombros, ele estuda o homem que deveria beijar o chão por
ainda estar respirando.

“Você sabe que ele não vem!”

“Como eu deveria saber isso? Knox é o xerife, não eu. Eu


só parei para vê-lo quando ele me disse que você estava aqui.
Knox nem foi quem te prendeu. Foi o Greer Porter. Knox está
apenas fazendo o trabalho dele. Você é o único responsável por
dirigir bêbado e agredir Greer.”

“Porque ele me parou sem motivo.”

“Você passou de 1,0 de álcool. Não só isso, mas você tinha


uma garrafa aberta ao seu lado, e isso é o quê? Sua terceira
infração.” Clicando a língua no céu da boca, Shade lhe dá um
sorriso sombrio. “Você é o único que fodeu tudo. Eu não enfiei as
bebidas na sua garganta.”

Harvey sacode as grades. Quando isso não funciona, ele


estende a mão, tentando agarrá-lo. “Você me deu o dinheiro.”

“Eu te dei dinheiro para comprar um hambúrguer, não


para ficar bêbado”, Shade o interrompe. “Você poderia ter
comprado o hambúrguer, aceitado o troco e gasto com seu filho
ou sua mulher. Não me culpe por você ser um idiota.”

Afastando-se, os xingamentos de Harvey enchem as celas


da delegacia. Em vez de partir, como Harvey achava que ele faria,
Shade pega uma cadeira dobrável de metal e a carrega de volta
para se sentar em frente à cela de Harvey. Shade fica observando
Harvey em silêncio até o homem perder a energia.

“Você terminou?”

“Filho da puta!”

“Você disse isso inúmeras vezes. Você está pronto para


calar a boca para que eu possa falar? Não dou a mínima para o

DANGEROUS
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Jamie Begley

que você me chama, ou quantas vezes me diz como vai me foder.


Pessoalmente, acho que você é um filho da puta estúpido, mas
ei, se quer ficar aqui e trocar insultos o dia todo, eu posso fazer
isso, ou você pode calar a boca e me ouvir. Mais uma vez, essa é
a sua escolha. Espero que você tome uma decisão mais sensata
desta vez.”

O xingamento para.

“Legal.” Shade se inclina para frente, observando a reação


que ele apostou com Viper que conseguiria.

“Quem é ele?”

A boca de Harvey se abre e depois se fecha antes de se


afastar cautelosamente da grade. “Quem é o quê?”

“Mesmo?” Shade fica desapontado que o filho da puta


estúpido está facilitando para ele. “É assim que você quer jogar?”

“Eu não sei do que você está falando!”

Sarcasticamente, Shade cruza uma perna sobre a outra,


despreocupadamente se inclinando para trás como se fosse
indiferente à mentira dele.

“Eu não!”

“Harvey, você é o filho da puta mais idiota do mundo ou


alguém te pagou para me irritar. Agora, nós dois sabemos que
você é idiota pra caralho, e que você quase me enganou por um
segundo. Mas você é inteligente o suficiente para conseguir uma
ajuda desde que foi demitido, então por que você morderia a mão
que o alimentou só para tentar sujar o bom nome de Lily apenas
para me chantagear?”

“Eu —”

“Cale-se. Estou falando.” Shade continua falando


friamente como se Harvey não o tivesse interrompido. “Você
trabalhou comigo na fábrica. Você sabia que eu não pagaria.

DANGEROUS
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Jamie Begley

Como disse, quase me enganou. Você não seria o primeiro a


entrar com um processo falso contra a empresa ou a tentar
extorquir dinheiro de um de nós. Você quase me pegou. A coisa
é, porra, ao contrário de você, eu amo minha mulher, mas a única
coisa que você esqueceu é do seu filho. Eu me lembro de quando
você mostrou aquela foto quando ele nasceu. Com aquele
menino, você se importa.”

Shade lhe dá um sorriso satisfeito quando Harvey fica


pálido.

“Você não machucaria meu bebê.”

“Não, eu não faria isso. Você está certo sobre isso. Não é
culpa do garoto que você seja o pai dele.” Shade enfia a mão no
bolso da jaqueta e tira um celular. Deslizando pelas telas, ele dá
para Harvey.

“Ligue para Nicole. Há apenas dois minutos disponíveis.


Seja rápido.”

Harvey pega o celular na mão trêmula. Eles se encaram


enquanto toca.

“Ela não está respondendo.”

“Não, ela não está, e ela não vai.”

“O que você fez? Se você machucou minha...”

“Eu não toquei neles. Eu apenas tornei possível que eles


nunca mais vejam sua bunda sem valor novamente.”

“Onde ele está!”

“Seu filho? Está com a mãe, é claro.”

“Você não pode simplesmente fazê-los desaparecer. Eu


tenho direitos como pai!”

“Quem disse que você é o pai? Nicole certamente não disse.


Você disse a ela para manter seu nome fora da certidão de

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nascimento para que ela pudesse obter um cheque do governo.


Se entendi corretamente, suas palavras exatas para a assistente
social pública é que ela não sabia quem é o pai, que foi uma noite
e não tinha como descobrir quem era.”

“Isso é besteira. O DNA provará que ele é meu!”

“Você tem que encontrá-los primeiro, então você terá que


encontrar um advogado. Como você vai pagar por isso? Você nem
sequer tem um emprego. Mesmo que o garoto saia como sendo
seu, você terá que reembolsar o Estado pelas despesas médicas
e pensão alimentícia. Caso você não saiba, isso é fraude.”

“Eles não podem provar que eu sabia. Eu poderia ter


acabado de descobrir.”

“Porra, você precisa olhar por cima da sua cabeça.” Shade


aponta para a câmera em ângulo na cela de Harvey. “Nossa
conversa está sendo gravada. Você sabia que o bebê era seu e
deliberadamente mandou Nicole mentir. Como eu disse, isso é
fraude.”

Harvey tenta alcançar através das barras para ele.

Shade lhe dá um sorriso maligno. “Você não sabe o quanto


eu gostaria que você pudesse me alcançar. A única razão pela
qual você ainda está respirando é porque eu tenho um uso
melhor para você em vez de ser comida de vermes. “

Harvey olha para a câmera novamente.

“Não se preocupe que Knox ainda esteja ouvindo. Esta


parte não fará parte da fita que ele entregará ao promotor.”

Harvey cai contra a porta da cela. “O que você quer?”

“Eu quero saber quem te pagou para usar Lily para chegar
até mim?”

Quando Harvey começa a abrir a boca, Shade percebe que


ele vai mentir.

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“Antes de começar a mentir, deixe-me pará-lo. Eu sei que


o novo trailer que você deu entrada no mês passado não veio do
seu trabalho. Nem que você vendeu maconha ou drogas por aí.
Greer Porter sabe quem está vendendo o quê e onde, então não
se preocupe em seguir esse caminho. Você tem duas opções. Só
duas. Diga-me o que eu quero saber ou você nunca mais verá o
seu filho. Ficará sentado nesta cela até que o inferno congele.”

“Ele disse que me mataria se eu contasse.”

“Dê-me um nome.”

“Eu não tenho um.” Harvey rigidamente se senta ao lado


da cama.

“Como ele te deu o dinheiro?”

“Estava sobre o banco da minha caminhonete quando saí


em uma manhã.”

“Quanto ele te deu?”

“Dez mil. Disse-me que me daria a mesma quantia todo


mês para que você não voltasse para Nashville.”

“Como ele entrou em contato com você?”

“Ele me ligou.”

“Como ele conseguiu o seu número?”

“Eu não sei. Eu não perguntei. No começo, pensei que era


uma piada, até ele me dar o dinheiro. Eu estava tão sem dinheiro
que realmente não me importei. Só queria o dinheiro. Posso ir
para casa agora? Eu te contei tudo.”

Shade olha para ele insensivelmente. “Você não tem mais


uma casa. Eles não te contaram? Quem ligou seu trailer à
tubulação de gás fez um trabalho de merda. Não sobrou nada.
Espero que você tenha um seguro. Se não tem, sinto muito pela
sua sorte.”

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Harvey pula do beliche e, em três passos, seu corpo atinge


as grades da cela com tanta força que tremem.

Shade dá um sorriso que encobre a sua irritação.

Sem medo da mão que está se estendendo para ele, ele se


levanta e a golpeia, agarrando o topo do macacão prisional de
Harvey, em seguida, esmaga seu rosto nas grades de ferro.

“Seu merdinha, eu pagaria por aquele trailer integralmente


e te daria dez mil por mês se você tivesse vindo até mim. Tudo
que você tinha que fazer era me dizer que alguém queria que você
assediasse Lily para me manter aqui e eu teria cuidado de você.”
Shade o empurra para trás, em seguida, bate seu rosto nas
grades novamente como uma boneca de pano. “Fazer a coisa
certa nunca te ocorreu, porque você é um merda. Espero que você
tenha tirado muitas fotos do seu filho, porque ele vai crescer
antes de você vê-lo novamente.” Esmagando-o nas grades mais
uma vez, ele o joga para trás.

Shade nem espera que Harvey caia no chão antes de se


afastar.

“Espera! Você não pode simplesmente me deixar aqui!”

“Observe-me.”

Shade levanta o punho para bater na porta para Knox


deixá-lo sair quando Harvey se desespera.

“Diga-me o que fazer e eu farei!”

Shade faz uma pausa com o pedido desesperado.

“Eu farei qualquer coisa que você quiser.”

Shade volta para a cela.

“Você é inútil para mim. Quem te pagou, terá visto Greer


trazê-lo para cá. Ele saberá que você falou comigo. Quando eu
sair daqui, irei ao restaurante e me certificarei de deixar uma ou

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duas dicas de que vou pagar por um advogado para você. Vamos
esperar que quem o pagou não seja um homem de palavra. Se
sim, você está fodido.”

“Ele vai me matar.”

“Por que você tem medo de alguém que não conhece? Você
me conhece e não teve medo de me enfrentar.”

“Isso é diferente. Ele prometeu me proteger. Ele disse que


me protegeria.”

“Você não pode ser tão estúpido.”

“Eu estraguei tudo! Você não acha que sei disso? Apenas
me diga o que quer que eu faça para consertar isso e farei!”

“Você acha que pode apagar a forma como tratou minha


esposa? Que você ameaçou mostrar falsas fotos nuas dela para
uma comunidade que Lily ama? Eu poderia ter dado a outra face
se tivesse mantido o alvo em mim, mas você não o fez. Usou a
Lily como um peão, bem ciente do quanto ela significa para mim.
Essas são consequências que você vai se arrepender pelo resto
da sua vida de merda. Vou me certificar disso. Até que eu decida
encerrar sua infelicidade, vai fazer exatamente o que quero e
exatamente por quanto tempo eu quiser. Você entende o
significado disso? Se não, é um jogo justo quem vai te matar
primeiro: eu ou quem quer que seja que te pagou. “

Shade se vira e começa a se afastar novamente.

“Você não vai me tirar daqui?”

“Não, vou almoçar no restaurante com Greer. Você vai se


sentar aí até eu ter certeza de que todos na cidade saibam quem
está pagando suas contas legais.”

“Você vai me matar por ser um informante!”

Shade friamente bate na porta, querendo sair. “Esse é o


plano.”

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Capítulo 10

Shade atravessa a rua para o restaurante. Entrando, ele


passa os olhos sobre o movimentado restaurante, avistando os
homens que procura.

Tomando a cadeira ao lado de Rider, ele encontra a


expressão sombria de Viper com um breve aceno de cabeça.

“Você disse a Harvey que os Last Riders cuidariam de suas


contas legais?” O presidente dos Last Riders não tenta manter a
voz baixa.

“Eu disse. Ele chorou de gratidão quando o deixei.”

“Os Last Riders sempre cuidam de si.” Viper faz sinal para
a garçonete que se aproxima para encher as canecas dele e de
Rider, seu comentário colocando um alvo nas costas de Harvey.
“Você quer um copo?”

“Sim.”

A garçonete sai para pegar uma caneca depois de


reabastecer os dois na mesa. Eles permanecem em silêncio até a
garçonete retornar, depois sai para esperar seus outros clientes.

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“Você perguntou a Greer se havia alguém novo na cidade?”


Viper pergunta para que apenas os que estão em sua mesa
possam ouvir. Shade faz o mesmo.

“Ele disse, faça a sua escolha. Que a cidade está cheia de


estranhos para o casamento de Dalton e T.A.”

“Quem quer que seja, obviamente, vê você como o principal


obstáculo para chegar a Ginny.”

Tanto ele quanto Viper olham para Rider, que leva para a
boca o que restou do seu sundae de chocolate.

Encolhendo os ombros, ele dá um sorriso arrogante. “Eu te


disse que ser palhaço tem suas vantagens.”

“Eu não seria tão presunçoso.” Viper empurra a caneca de


café para longe. “Quando ele não puder se livrar de Shade, então
irá para você. Estou realmente surpreso por ele não ter te
procurado primeiro. Jo é tão acessível quanto Lily.”

Rider continua comendo, imperturbado pelo aviso de Viper.

“Ninguém vai à sua casa, a menos que seja um dos Last


Riders a nos visitar, e ela só trabalha em nossos veículos.
Ninguém chega perto dela o suficiente para causar problemas.
Mesmo que tentassem, não funcionária com o Wizard
observando-a e o bebê quando eu saio.”

Shade aperta as mãos sobre a colher na caneca de café.


Rider fez um trabalho melhor em proteger Jo do que ele.

A percepção disso, é como se alguém tivesse aberto seu


peito e removido seu coração com um puxão. Harvey escorregou
através da fenda, uma que nunca seria acessível novamente.

“Eu não voltarei para Nashville. Um dos outros irmãos terá


que tomar o meu lugar. Terminei. Farei o que puder aqui, mas
não conte mais comigo para isso.”

Shade espera pela reação de Viper e Rider.

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Todos os irmãos são bons, mas o pensamento metódico que


apenas outro assassino poderia antecipar, somente ele e Rider,
isso deixaria Ginny vulnerável.

“Eu quero ajudar Ginny, mas me separar de Jo


constantemente para que eu possa tomar o lugar de Shade é um
não. Nós queremos protegê-la tanto quanto você, mas não há
nenhuma maneira que eu saia mês após mês. Wizard pode tomar
o lugar de Shade. Encontrarei outro irmão para cuidar de Jo
quando eu sair.”

“O Wizard é bom o suficiente para lidar com qualquer coisa


que o filho da puta jogue nele”, Shade concorda.

“Ser bom não está sendo o suficiente. Estou cansado dessa


besteira. Eu fiz de Wizard o novo presidente em Ohio por uma
razão. Eu preciso dele sempre lá, não a cada dois meses. Não
posso mandar Moon de volta para Ohio; ele dá mais problemas
do que ele vale, e é pior quando o envio para Nashville. Kaden já
disse que não o quer de volta.”

Shade tentou manter Moon longe das cantoras de Kaden


sem sucesso. Ele é um imã para as mulheres, e não tem problema
em aproveitar todas as oportunidades dadas.

Os homens ficam sentados, cada um perdido em seus


próprios pensamentos a respeito de como manter Gina segura e,
ao mesmo tempo, retornar a suas vidas normais.

“Todos nós sabemos quem você deve enviar.” Shade é o


primeiro a expressar seus pensamentos em voz alta.

Viper balança a cabeça. “Ele não fará isso. Eu já


perguntei.”

“Não pergunte. Ordene.”

“Eu concordo”, Rider responde. “Gavin pode sacudir a


árvore e pegar o perseguidor de Gina de surpresa.”

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“Ordenar a Gavin qualquer coisa é difícil. Ele só vai para o


seu quarto ou foge.”

Shade está cansado de andar na ponta dos pés em torno


de um assunto delicado. Nada mudará no que diz respeito ao
comportamento de Gavin até que a pessoa certa o estimule a se
importar novamente. Essa pessoa está sentada ao lado dele.

“Estou feliz que você concorda. Você vai dizer a ele.”

Rider deixa cair a colher na taça de sorvete. “Não, você vai


falar com ele.”

Shade olha para ele impiedosamente. “O único que pode


fazer com que Gavin faça algo que ele não quer é você. Tem que
ser você.”

“Eu disse não.”

“Então você pode muito bem se mudar para Nashville,


porque Ginny não vai voltar para cá até ter certeza de que Willa
e as outras mulheres estão seguras. Ela já disse que não voltará
a Queen City quando o contrato da Mouth2Mouth terminar em
quatro meses. Ela está procurando por um novo lugar para morar
sem contar a ninguém sua intenção. Ela está cansada de viver
acuada.”

“Como você sabe?”

“Penni. Ela acha que Ginny vai juntar suas coisas e fugir
assim que o contrato acabar, se não antes.”

“Foda-se”, Rider resmunga. “Ela vai correr para as mãos do


perseguidor se fugir.”

“Ela está disposta a aproveitar essa chance para proteger


as pessoas que ama.”

“Você não está dizendo isso só para me fazer falar com


Gavin?”

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“Faça com que Knox mostre a conta corrente dela. Nas


últimas duas semanas, ela está tirando grandes somas de
dinheiro que estava guardando para uma casa. Ela está
acumulando dinheiro para poder desaparecer.”

“Foda-se.” Rider joga o guardanapo na mesa. “Eu


assumirei este mês novamente. Vou pensar em algo...”

“Fale com Gavin.”

“Ele não fala mais comigo do que com Viper. Os únicos com
quem ele fala são Colton, Peyton e Diamond.”

Shade pode dizer pela expressão teimosa de Rider que ele


não tentará convencer Gavin a ajudar.

Ele está cansado de bater a cabeça contra um muro de


pedra para conseguir que Rider se abra sobre o verdadeiro
problema entre ele e Gavin.

O clube terá que resolver o problema sozinho. Lily é sua


principal prioridade. Ele não dará a alguém outra chance de usá-
la como peão, apesar do quanto quer proteger Ginny.

O perseguidor conseguiu seu objetivo.

Viper pega a conta que a garçonete deixa na mesa


enquanto se levanta. Lá fora, os homens pegam suas motos
quando avistam Greer Porter atravessando a rua da delegacia.

Shade fica tentado a ligar a moto e ir embora,


especialmente porque a atitude rabugenta de Greer sempre lhe
dá dor de cabeça. Já tendo que falar com ele uma vez hoje, ele
está determinado a ficar quieto e deixar Viper lidar com o idiota
detestável.

“Tarde, Viper.”

“Greer.”

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“Lembrei-me de algo depois que Shade saiu. Ele perguntou


se eu notei alguém novo na cidade. Eu disse a ele que, com aquele
cara famoso que a T.A. casou, muitas pessoas entraram e saíram
nas últimas duas semanas.”

“Então?”

“Cerca de um mês atrás, Knox me pediu para entregar uma


peça a Jo para a moto que ela estava trabalhando para ele.
Quando estava voltando para a garagem dela, vi uma
caminhonete Xterra preta estacionada do outro lado da rua. Eu
pensei que alguém tivesse estacionado lá para caçar na floresta.
Eles haviam recuado o suficiente para quase não os ver.”

O semblante geralmente despreocupado de Rider sofre


uma mudança dramática. “Quem era?”

“Como diabos eu deveria saber? Eu ia dar uma olhada


depois que deixei a peça para Jo, mas ele sumiu quando eu
voltei.”

“Você deveria ter verificado primeiro!” Rider grita.

Shade balança a cabeça para Rider, tentando chamar sua


atenção. É tarde demais. Ele ofendeu Greer gritando com ele e
você não quer ofender Greer. Isso só faz dele um idiota maior.

Greer dá a Rider um foda-se com o dedo e começa a


atravessar a rua.

“Espere, Greer! Ignore-o. Ele só está preocupado com Jo e


Crux”, Viper o chama de volta.

Greer dá a Rider um olhar furioso quando retorna. “Ele


grita comigo de novo, e essa espingarda na minha caminhonete
vai causar algum estrago.”

Rider aperta o guidão. Shade sabe que está o matando


fazer o que ele tem que fazer a seguir.

“Desculpe-me”, Rider resmunga.

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Greer dá a Rider seu sorriso sorrateiro que mais de um


irmão queria tirar da sua cara.

“Como eu disse antes, e fui rudemente interrompido, ele


sumiu quando eu voltei. Eu achei que eles estavam apenas
caçando ou procurando por ginseng. Essa parte da mata tem
vários lugares onde eles podem desenterrar a raiz. Não seria a
primeira vez que vejo pessoas saindo de lá com suas cestas
cheias.”

“Você acha que é isso que eles estavam fazendo?”

“Eu achei que sim, mas depois que conversei com Shade,
lembrei de outra coisa.”

“O quê?” Rider dispara quando Greer não explica de


imediato o que ele lembra.

Shade sabe que é um mau sinal quando o mercenário


Porter pendura o coldre da sua arma na cintura. Ele não fica
desapontado.

“Não consegui levar Holly a um bom jantar com bife por um


tempo. King não me deixa voltar ao seu restaurante.”

“Eu vou falar com ele”, Rider diz.

“Faça isso. É claro que, mesmo que ele deixe, eu não


poderia exatamente pagar um daqueles jantares chiques de
qualquer maneira.”

Shade tem que desviar o olhar antes de começar a rir ao


ver Rider tentando evitar estrangular Greer.

“Vai ser o meu prazer pagá-lo.”

“Eu gosto de algumas cervejas com o meu jantar.”

Tensão está praticamente saindo da gola do Rider.

“Peça o que você quiser. Será meu prazer.”

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Shade acha que Rider exagerou com o prazer, mas fica fora
das negociações. Sua carteira já levou muitos golpes quando ele
precisou da ajuda de Greer. Rider pode gastar seu próprio
dinheiro pelas informações.

“Naturalmente, não posso levar minha mulher para sair


com a aparência que tenho. Eu vou precisar de um corte de
cabelo.”

“Naturalmente, cuidarei disso também. Dê a conta ao Knox


e eu reembolsarei você. Algo mais?”

Greer engata o coldre da arma novamente. “Agora que você


mencionou, Bubba foi demitido da padaria. Ele poderia ter um
emprego. Eu ficaria muito grato. O primo da Jessie está prestes
a nos jogar fora de casa porque ele não quer contar ao pai que foi
demitido.”

Shade está prestes a dizer não, quando Rider responde


antes dele.

“Diga a ele para ir à fábrica amanhã, e vou me certificar de


que encontremos um emprego para ele.”

Finalmente satisfeito que teve a última concessão deles, ele


oferece a informação que ele reteve.

“Lembrei-me que a Xterra tinha um adesivo no para-


choque. É um daqueles que Muller coloca em seus carros de
aluguel. Eu já liguei para Muller; eles terão uma lista de nomes
daqueles que alugaram carros naquele dia esperando por você.”

Greer fez a maior parte do trabalho para eles.

“Obrigado, Greer.” Rider, a contragosto, força as palavras


para fora.

Greer encolhe os ombros. “Eu teria dado a informação de


graça se você não tivesse gritado comigo. Da próxima vez,
controle suas maneiras.”

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Os três homens observam com vários graus de irritação o


Porter ir embora.

Shade não pôde esconder o riso por mais tempo.

“Eu tentei avisá-lo”, ele estimula a raiva de Rider ainda


mais. Rider não suporta ser superado.

A mão de Rider está tremendo quando ele liga a moto. “Eu


tinha um cavalo quando era criança. Era tão arisco que ninguém
poderia montá-lo. Mordia qualquer um que chegasse muito perto.
Um dia, ele arrancou um pedaço da mão do meu pai. Levou
dezesseis pontos. Ele estava tão bravo que atirou nele quando
voltou da sala de emergência. Eu não pude entender o motivo.
Agora eu entendo. Se Greer fizer essa porcaria novamente, ele
atravessará a ponte do arco-íris da mesma maneira que o cavalo.”

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Capítulo 11

“Mãe! Clint continua pegando a minha lancheira.”

“Clint, deixe as coisas do seu irmão em paz.” Lily passa um


pente pelo cabelo do filho mais novo. “Eu disse a você que
coloquei as mesmas coisas em sua lancheira, igual a de John.”

Ela sorri quando a criança de três anos se mexe sob sua


mão, tentando alcançar a lancheira azul-escuro no balcão. Ele
está sempre tentando superar seu irmão mais velho.

“Ele pegou a última banana”, Clint reclama, ficando na


ponta dos pés para alcançá-la novamente.

Lily empurra a lancheira mais para trás, sabendo que está


incomodando John. “Ele não pegou. Eu coloquei na lancheira
dele. Você não gosta de bananas.”

“Eu também quero”, ele argumenta teimosamente.

“Ele pode comer a banana se quiser, mamãe. Posso pegar


a maçã.” John tenta, de forma amigável, pôr fim à birra de Clint.

“Vocês dois comerão o que sua mãe colocou em suas


lancheiras.”

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“Sim senhor”, John reconhece a ordem de seu pai, indo


para a sala de estar para preparar suas coisas para a escola.

Lily assiste com os olhos cheios de alegria quando


diferentes emoções correm pelo rosto de Clint enquanto ele
debate se obedece como John ou tenta argumentar.

“Agora, Clint.”

É uma batalha de curta duração.

“Sim senhor.”

Lily segura o café de Shade quando Clint corre para a sala,


fazendo uma careta quando um segundo depois ela ouve o início
de outra discussão.

Seu marido lhe dá um beijo antes de pegar o café para


parar discussão que aumenta.

Feliz que ele irá lidar com a briga, ela termina de fechar as
lancheiras do almoço, incluindo a sua, antes de ir para a outra
sala quando vê uma mensagem de texto acendendo a frente do
telefone.

“Beth está pronta.” Entregando a John sua lancheira, ela


dá um beijo rápido em sua bochecha. “Eu te amo.”

“Amo você também.”

Segurando a porta aberta, ela vê quando John corre para


fora, onde Beth está esperando para levá-lo à escola com Noah e
Chance. Ela deixará Clint em sua pré-escola antes de ir trabalhar
no brechó.

Fechando a porta, ela se vira para ver Clint sentado no


sofá, aconchegado ao lado de Shade. Ambos os meninos adoram
o pai. Ela não tem dúvida do amor deles por ela, mas eles são
filhos do pai deles.

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John é como uma réplica em miniatura de Shade. Ele não


é tão extrovertido quanto Clint, que tem mais a personalidade da
sua tia Penni do que de seus pais. Ele também compartilha as
mesmas feições de Shade.

Ela adora seus filhos, mas anseia por uma garotinha.

Quando estava grávida de Clint, eles esperavam uma


garota. Eles tinham até decorado o berçário em rosa com
babados. Ambos ficaram surpresos com outro filho.

“Posso ficar em casa com você hoje?”

“Hoje não. Eu tenho que trabalhar na fábrica. Se Jessie me


der um bom relatório pelo resto da semana, você pode ficar em
casa comigo na sexta-feira.”

“Uau!” Clint pula no colo do pai para abraçá-lo com força.

Lily coloca o casaco e o abotoa. “Se você não quer ir para a


creche, pode passar o dia comigo na loja”, ela oferece, calçando
as luvas. “Você pode me ajudar a abrir as caixas.”

“Tudo bem. Eu vou para a escola.” Clint pula para colocar


a jaqueta que ela segura para ele.

Lily tenta esconder sua decepção. “Você costumava


implorar para passar o dia comigo.”

“É a minha vez de escolher o livro que a Sra. Jessie vai ler


antes da hora de dormir.”

Resistindo ao impulso de perguntar a ele novamente, ela


desliza sua touca sobre o cabelo preto.

Erguendo os olhos quando termina, ela cora com o olhar


perceptivo de Shade que facilmente lê como ela quer que Clint
passe o dia com ela.

Ela junta as coisas de Clint e as suas enquanto Clint


espera na porta. Ela sente falta de Shade quando ele está longe,

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querendo passar mais tempo com Clint porque ele não consegue
entender por que seu pai tem que estar longe. Ela até deixou John
ficar mais uma hora à noite, deitando ao lado dele em sua cama,
conversando sobre o que ele quisesse.

Com tudo em suas mãos, ela vai dar um beijo de adeus em


Shade. Curvando-se, dá-lhe um beijo rápido e está prestes a se
afastar quando ele leva a mão ao seu pescoço, segurando-a no
lugar. O beijo que ele lhe dá não é nada rápido.

Ele separa os lábios dela com a sua língua, aprofundando


para girar provocativamente. Ela está ofegante quando ele a solta.

“Eu tenho que treinar um novo funcionário esta manhã,


mas que tal eu parar e levar você para almoçar?”

Ela alegremente olha para ele. “Eu adoraria isso. Quem


você contratou?” Ela pergunta curiosa enquanto caminha até a
porta.

“Bubba Hayes.”

Lily para perto da porta, atordoada.

“Você contratou Bubba!” Seu marido acaba de fazer o seu


dia. “Eu amo Bubba!” Voltando ao marido, ela lhe dá um grande
abraço. Shade, por outro lado, parece que ela arruinou o dia dele.

“Amor é uma palavra forte para ser usada com um homem


que você não conhece.”

Lily carinhosamente revira os olhos com o tom ciumento


do marido.

“Eu conheço Bubba muito bem. Fiquei tão chateada


quando descobri que ele foi demitido. Acho que ele foi demitido
porque doou o pão para as cestas de Ação de Graças e Natal. Os
pães que ele doou não estavam velhos também. Ele doou
centenas deles. E você o viu várias vezes.”

“Eu o vi na padaria”, ele concorda.

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Lily olha por cima do ombro em direção a Clint antes de


voltar para Shade. “Ele é voluntário no Natal para se vestir para
as crianças.” Ela franze as sobrancelhas para conseguir sua
compreensão.

“Ele é o Papa—”

“Shh!” Ela alegremente abraça Shade novamente. “Viu?


Você também ama o Bubba!”

“Eu não diria amor.” Shade fica ainda mais ciumento.

“Oh, você vai quando o conhecer.” Ela acena com


indiferença e dá a ele um olhar severo. “Seja legal com ele.”

“Eu sou sempre legal.”

“Você é educado quando quer, mas quero que você seja


legal com Bubba. Por favor. Você vai ferir seus sentimentos se
disser algo ruim para ele. Ele é muito sensível.”

Sentindo-se indecisa, ela não sabe se deve ficar ou ir


embora. “Talvez eu deva levar Clint para a creche e voltar. Eu
poderia apresentar Bubba a todos e fazê-lo se sentir mais
confortável.”

“Lily, vá trabalhar. Eu vou ser legal.”

Ela olha para ele com ceticismo.

“Eu prometo.”

“Tudo bem, isso me faz sentir melhor.” Aliviada, ela vai


abrir a porta. “Certifique-se de que todo mundo seja legal com
ele, ok?”

Shade parece que comeu algo azedo, mas concorda.

A luz do sol brilhante do lado de fora ilumina seus passos.

“É um dia lindo, não é?” Ela fala com Clint enquanto


seguem pelo caminho em direção ao estacionamento.

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“Está sim. Mamãe, você me ama tanto quanto ama o


Bubba?”

Lily coloca a mão em seu ombro. “Eu te amo mais que o


Bubba.”

Há uma característica que Clint herdou de seu pai. Seu


filho é muito possessivo com suas afeições.

“Eu amo Bubba como um amigo ou como um irmão mais


velho. Você é meu bebê. Você sempre terá um lugar especial no
meu coração.”

“Eu não sou mais um bebê.”

Lily abre a porta traseira do carro para ele subir,


certificando-se de que o assento do carro está bem preso. Então,
depois de colocar as lancheiras do almoço no banco ao lado dele,
ela senta no banco da frente.

“Não, você não é”, ela continua a conversa depois de ligar


o carro.

Esperando até que esteja na estrada para a cidade, ela


lança um rápido olhar pelo espelho retrovisor, ainda vendo sua
testa franzida.

“Não importa quantos anos você tenha, sempre será meu


bebê. Assim como o John é. Quando digo bebê, isso não significa
um bebezinho; significa que, apesar de quantos anos você tenha,
eu sempre amarei você da mesma maneira que amei na primeira
vez em que o médico lhe entregou a mim.”

Tranquilizado, Clint começa a falar sobre qual livro ele


escolheria para a hora de dormir. Lily ouve calmamente enquanto
dirige.

Chegando à cidade, ela para no sinal vermelho. Com


atenção, ela olha novamente no espelho retrovisor para Clint

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enquanto ele fala, vendo duas motos chegando atrás do seu SUV
enquanto espera que a luz mude.

Reconhecendo os motociclistas, ela acena para o Wizard e


Nickel. Nenhum dos homens responde, as viseiras escuras do
capacete escondem suas feições.

Quando a luz fica verde, ela os vê seguindo até chegar à


creche de Jessie. Então eles entram no estacionamento do
restaurante.

Leva apenas alguns minutos para levar Clint para dentro,


onde Jessie está ocupada com o descanso de seus alunos.
Quando ela sai, Nickel e Wizard ainda estão sentados do lado de
fora. Perguntando-se por que eles não entraram no restaurante,
ela vai até o brechó.

O seu almoço, que ela não comeria mais, já que Shade a


levará para almoçar fora, vai guardar para amanhã — em uma
pequena bolsa térmica que ela comprou.

Acendendo as luzes enquanto entra pela porta, ela se vira


para fechar a porta e vê Wizard e Nickel sentados no final do
estacionamento.

Confusa a respeito de por que eles estão sentados lá, ela ia


lhes perguntar, mas o telefone tocando a faz correr para o balcão.

Passou-se uma hora antes que ela tivesse tempo de


recuperar o fôlego, lidando com telefonemas e três clientes que
entraram, a quem ela respondeu perguntas sobre como se
qualificar para seus serviços.

Ela está pendurando casacos quando se lembra de Wizard


e Nickel.

Olhando pela janela, ela vê que eles não estão mais lá.
Pensando que estava fazendo um grande alarde por nada, que os
homens que pareciam estar vigiando-a, era sua imaginação, ela
volta ao trabalho.

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“O mundo não gira em torno de você, Lily,” ela zomba de si


mesma em voz alta.

Ela está ensacando roupas que estavam muito ruins para


serem úteis para qualquer um quando o sino sobre a porta toca.

O medo corre por sua espinha e seu sangue fica frio como
gelo sobre um lago quando ela vê o homem que entra,
caminhando em direção ao balcão. Ela estende a mão para o
telefone para ligar para Knox, mas então sua coragem surge. Se
ela teve coragem o suficiente para dançar na frente de Shade
quando nunca acreditou ser capaz disso, poderia lidar com
Harvey.

“Fora.”

Ele para no meio da loja. “Eu só quero falar”

“Você não tem nada a dizer que eu queira ouvir. Os serviços


desta loja não estão mais disponíveis para você ou para Nicole.
Não me sinto mais confortável em estar na loja com você, pedi a
Nicole que ela não mais lhe enviasse. Já que você está aqui,
nenhum dos serviços da igreja estará disponível.” Preparada para
se defender fisicamente e verbalmente, fica chocada quando
Harvey não tenta se aproximar.

“Eu posso entender. Eu vim pedir desculpas pelo meu


comportamento. Nicole pegou o bebê e me deixou. Ela partiu,
então você não nos verá novamente. Você não sabe o quão mal
me sinto sobre como te tratei. Sinto muito.”

Lily não baixa a guarda, movendo a mão e alcançando uma


haste de ferro da cortina. Se ele der um passo mais perto dela,
ela vai quebrar a cabeça dele.

Em silêncio, ela o assiste sair, aliviada por nunca mais ter


que o ver novamente. Ela só espera que Nicole encontre um
ambiente mais amoroso para criar seu filho.

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Jamie Begley

Aliviada que ele foi embora, ela pega a haste de ferro da


cortina para levá-la para a seção da loja quando esbarra em um
corpo rígido.

Ela dá um grito assustado, levantando a haste para acertar


o homem que a assustou.

“Sou eu, Lily!” O Pastor Dean mal consegue pegar a haste


antes que ela o atinja com o metal pesado.

“Você me assustou pra caramba!” Tremendo, ela larga a


haste no chão quando começa a tremer com o quão perto chegou
de machucá-lo. “Quando você desceu?”

Foi por isso que Harvey se desculpou?

O momento de bem-estar por ter enfrentado Harvey


começa a desaparecer.

“Acabei de chegar aqui.” Intrigado, o Pastor Dean nota sua


pergunta brusca. “Você está bem? Eu precisava do meu laptop
antigo que está no depósito, mas posso ficar se algo estiver
errado.”

Em sua resposta inocente, ela afasta suas dúvidas. “Estou


bem. Só estou sendo ridícula.”

“Você tem certeza?”

“Tenho certeza.”

Assentindo com a cabeça, o Pastor Dean vai ao depósito


enquanto ela termina de ensacar as roupas gastas. Ela está
amarrando a sacola quando ele volta com o laptop.

“Estou voltando para o meu escritório. Se você precisar de


alguma coisa, apenas me mande uma mensagem, ok?”

“Estou bem. Desculpe-me, quase bati em você.”

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Jamie Begley

“Eu deveria ter dito a você que estava aqui. Da próxima vez,
terei mais cuidado ao passar por você.” Piscando, ele sobe os
degraus até a igreja.

Lily usa a calmaria para endireitar as prateleiras e


organizar novas roupas. Ela tinha acabado de terminar quando
Shade chega.

“Está pronta?” Ele pergunta quando a vê saindo por entre


duas grandes prateleiras.

“Sim.” Indo para ele, ela estende a mão para lhe dar um
beijo. “Eu só preciso pegar minha bolsa e colocar o sinal de que
estarei de volta em uma hora.”

Tirando a placa que está embaixo da caixa registradora, ela


permanece imóvel enquanto ele espera ansiosamente.

“Harvey veio hoje.”

Seus penetrantes olhos azuis pousam nos dela. “Por que


ele veio aqui? Você ligou para Knox ou Lucky para ficar com
você?”

Lily observa sua reação com cuidado. “Não. Eu não


precisei. Ele pediu desculpas e saiu. Demorou dois minutos.”

“Ele se desculpou? Bom, então não terei que matá-lo.” Ele


diz isso de uma maneira brincalhona, mas ela não tem certeza se
ele está brincando.

“Ele veio aqui para se desculpar comigo porque você o


obrigou?”

“Porque você pensaria isso?”

“Porque o rosto dele estava machucado. Parece que ele


esteve em uma briga. Você brigou com ele?”

“Eu não briguei com ele.”

“Ele parecia ter sido espancado.”

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Jamie Begley

“Eu não bati nele.”

“Tem certeza?”

“Lily, eu saberia se tivesse ou não.”

“Você o fez vir aqui e se desculpar comigo?”

Shade levanta uma sobrancelha. “Você me conhece melhor


que isso. Eu não o quero perto de você, desculpando-se ou não.”

Ela acredita nele.

“Eu tenho que admitir, estou aliviada. Talvez ele esteja


virando uma nova página porque Nicole e o bebê se foram.”

“Ela finalmente conseguiu um cérebro?”

“Parece isso.” Tomando seu braço, ela estende a mão para


lhe dar outro beijo. “Estou feliz que você se conteve com Harvey.”

Trancando a loja atrás deles depois que coloca a placa, ela


continua segurando seu braço enquanto caminham em direção
ao restaurante.

“Como foi o primeiro dia de Bubba?”

“Ele está indo bem. O meu, por outro lado, foi um


desastre.”

“Por quê?”

“Porque você me fez ser legal em vez de demiti-lo depois


que ele quebrou a máquina de pipoca.”

“Você não foi mal com ele, não é?”

“Eu? O que quer dizer? Eu não sei como ser malvado,” ele
brinca, segurando a porta aberta para ela.

“Por ter um dia tão ruim, parece que você está de bom
humor.”

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Jamie Begley

Seu bom humor é contagiante. Sorrindo para ele, ela pensa


novamente no quanto ama seu marido. Ele é tão doce e gentil
quando quer.

“Vejo isso da seguinte maneira: não pode piorar.”

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Capítulo 12

Duas horas depois, Shade estava xingando a si mesmo por


dizer que seu dia não poderia piorar. Ele foi de ruim para um
desastre.

Tornou-se evidente que ele desafiou o destino quando


voltou do almoço para encontrar Jewell o esperando. Bubba
começou uma discussão com outro trabalhador que saiu,
ameaçando processar os Last Riders por contratar um maníaco.

Erguendo os olhos da escrivaninha quando ouve a porta se


abrir, Shade vê Jewell entrar, fechar a porta e colocar
furiosamente as mãos nos quadris.

“Bubba quebrou o elevador no caminhão de entrega.”

“Como diabos ele fez isso?”

“Ele o sobrecarregou. Vários dos pacotes foram danificados


e terão que ser reembalados. Nós teremos sorte se conseguirmos
fazer isso hoje. Isso também nos atrasará amanhã. Demita-o.”

“Não posso. Eu lhe disse que o Rider o contratou como um


favor para Greer.”

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Jamie Begley

“Do jeito que está indo, Bubba fará a fábrica falir dentro de
um mês.”

“Não posso demiti-lo. Lily descobriu que Bubba começou


hoje. Ela o ama.”

“Quem foi o idiota que disse a ela? Eu vou chutar...”

“Eu disse.”

“Estamos muito ferrados!” Ela grita para ele.

“Acalme-se. Vou mandar uma mensagem para Train e


consertar o elevador. Você chama Nickel e Moon. Diga-lhes para
reembalarem os pacotes e lhes darei um bônus.”

Jewell se acalma. “Isso não vai resolver o problema. O que


vamos fazer com o Bubba?”

“Encontrarei outro trabalho para ele fazer. Um que não


envolva máquinas.”

“Boa sorte, porque se ele quebrar mais uma coisa, eu vou


quebrá-lo.” Ela pega uma bola de estresse que está em sua mesa.

“Ponha isso de volta”, ele ordena, sabendo que ela não a


pegou para aliviar a frustração de lidar com os erros de Bubba.

“Qual é. Eu não vou machucá-lo muito. Sua conversa sobre


homenzinhos verdes está me deixando louca. Eu só queria calá-
lo até a hora de sairmos.”

“Ponha de volta.”

“Ele nem me deixou colocá-lo na folha de pagamento. Ele


quer receber em dinheiro.”

“Então, dê-lhe o dinheiro. Coloque isso de volta. Se você o


machucar, ele dirá a Lily. Então ela ficará chateada, e então eu
ficarei chateado. Você quer que eu fique chateado?”

Jewell coloca a bola de volta.

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“O que quer que você encontre para ele fazer, certifique-se


de que seja onde eu não possa ouvir sobre aqueles malditos
homens verdes novamente.”

“Eu terei uma conversa com ele.”

“Quanto antes melhor.”

Ele estremece quando ela sai do escritório e bate a porta.

Abrindo a gaveta ao seu lado, ele pega um vidro de


ibuprofeno. Ele pega dois para tomar, então decide pegar três.
Em seguida, envia uma mensagem para Train, pedindo que ele
conserte o elevador, depois envia uma mensagem para Razer.
Satisfeito quando as duas respostas foram sim, ele se acomoda
na cadeira do escritório e volta a trabalhar no inventário que
precisa ser refeito.

Quando a porta se abre de novo, ele olha para cima, feliz


por ter tomado a pílula extra.

Recostando-se na cadeira, ele cruza os braços, esperando


que Gavin lhe diga por que ele está tão zangado.

“Viper quer que eu assuma a vigilância sobre Ginny.”


Colocando as mãos na mesa, ele se eleva sobre Shade
ameaçadoramente. “Encontre outra pessoa.”

“Não.” Shade fica parado. Ele não quer entrar em uma


briga física com Gavin, mas o filho da puta precisa despertar, e
ele está cansado de ter idiotas ao seu redor. “Todos os irmãos
carregaram suas responsabilidades por tempo suficiente. Todos
no clube assumem suas próprias responsabilidades. É hora de
você começar a assumir as suas novamente.”

“Então, começarei a trabalhar na fábrica ou me revezar na


sala de segurança.”

“Eu não preciso de você para trabalhar na fábrica. Estamos


sobrecarregados agora. Não preciso de você trabalhando na sala

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de segurança — Rider e eu podemos cuidar disso. O que não


podemos mais fazer é deixar nossas mulheres e crianças
desprotegidas enquanto você corre com sua moto, esquivando-se
de suas responsabilidades.”

“Ela não é minha responsabilidade.”

“Ela é agora. Se você não fizer isso, então Rider ou eu


iremos. Mas se algo acontecer com Lily ou Jo, você quer essas
responsabilidades?”

“Não”, ele responde com relutância.

“Então eu acho que você fará as malas.”

“Eu não vou fazer isso!” Com um tapa de sua mão grande,
o conteúdo da mesa cai no chão.

Shade ainda assim não se mexe.

“Isso foi desnecessário e você vai limpar essa bagunça. Se


esse computador estiver quebrado, você comprará outro.”

“Vá para o inferno!”

É difícil, mas Shade consegue controlar sua expressão. A


expressão torturada no rosto de Gavin é difícil de aceitar sem
ceder e deixar Gavin sair dessa.

“Ginny é uma menina doce. Você vai gostar dela.”

Gavin chuta o computador contra a parede.

“Se não posso me proteger, como diabos eu poderei


protegê-la?” Ele grita para ele.

“Você é mais velho e mais sábio. Ninguém podia passar por


você antes. Você foi o primeiro que viu através do Rider. Você
sabia do que eu era capaz depois de me encontrar por dois
minutos e avisou Viper. Você viu através de Delara e avisou Rider.
Se você não tivesse percebido o que ela ia fazer, muitos soldados
não teriam conseguido voltar.”

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Jamie Begley

Gavin levanta a enorme mesa e a deixa cair novamente.

Shade teve o suficiente. Algo ruim aconteceu para Gavin


reagir tão fortemente. Ele está tão furioso que perdeu o controle
da realidade.

Shade não lhe dá oportunidade de reagir, chocando-se


contra Gavin com tanta força que ele é empurrado contra a
parede, derrubando os quadros.

“Que porra é essa?” Jewell começa a correr, ouvindo os


sons da luta.

“Saia!” Shade grita com ela.

Ela mal consegue sair, pois a porta é fechada novamente


quando Shade se vê jogado nela.

“Eu não vou!” Gavin grita.

Shade pula e corre para ele, empurrando-o em cima da


mesa. Segurando-o com um braço em sua garganta, ele usa
impiedosamente seu peso para cortar seu suprimento de
oxigênio.

“Você vai, porra!” Grunhindo em seu rosto virado, Shade


deixa claro sua ordem.

“Eu não sei o que diabos te levou a isso e eu não me


importo! Viper mandou você ir, e você obedecerá essa porra do
jeito que cada um de nós obedece! Você acha que passou pelo
inferno?” Ele pressiona mais forte. “Seu desaparecimento quase
destruiu Viper! Ele se culpou. Ele ainda se culpa! Toda vez que
olha para esse corte de cabelo fodido, as cicatrizes em suas costas
e pulsos, isso o mata. Estou farto de vê-lo pagar pelo seu erro.”

“Sim, irmão, você cometeu um grande erro. Admita isso,


descubra por que o fez e nunca mais faça isso!” Shade levanta o
braço, mas apenas por tempo suficiente para bater sua cabeça
na mesa.

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Jamie Begley

“Agora tire sua bunda da minha vista e pegue suas malas,


ou então Deus me ajude, vou amarrá-lo e colocá-lo naquele
maldito avião eu mesmo! Você me entendeu?” Com outro golpe
em sua cabeça, Shade o liberta.

Ele se afasta de Gavin, esperando o homem pular e atacá-


lo novamente. Ele não faz isso. Ele apenas fica lá, olhando para
o teto, piscando, franzindo a testa.

Shade começa a pensar que o machucou ao bater sua


cabeça na mesa, mas de repente Gavin sai cambaleando da mesa,
indo para a porta.

Shade fica surpreso quando ele não a abre, mas em vez


disso se encosta contra ela, com a mão na maçaneta.

“Eu não posso fazer isso.”

Shade se prepara. Não será fácil, mas ele não vai recuar e
deixar Gavin pular fora. Ele já teve muitas chances de se
consertar. É hora de tirar isso das mãos dele.

“Você pode e vai. Viper confiou em você uma vez antes,


quando você veio para Treepoint para iniciar a fábrica, mesmo
que ele quisesse que você o esperasse,” ele o lembra friamente.
“Ele está confiando em você novamente para fazer este trabalho
para ele, e você não irá decepcioná-lo desta vez.”

Shade o vê acenar com a cabeça contra a porta.

“Eu não vou.” Endireitando-se, ele abre a porta e sai,


deixando a porta aberta.

Shade caminha até a porta, observando-o sair.

“Ele está bem?” Jewell pergunta, chegando ao seu lado.

“Não”, Shade responde. Ele não sabe se seu amigo ficará


bem novamente. Gavin é um homem quebrado. Seu corpo e
mente ainda suportam as feridas da sua tortura e sempre o fará.
Até que as feridas, tanto mental quanto físicas, acabem e não

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Jamie Begley

possam mais machucá-lo, ele continuará a lutar uma batalha


inexistente.

Todos os seus captores estão mortos. Ele não tem ninguém


para lutar, exceto aqueles que ainda existem em sua memória.
Somente quando ele aceitar essa verdade, Gavin será finalmente
livre.

“Você quer que eu limpe a bagunça que ele fez?” Jewell se


oferece, vendo a destruição atrás dele.

“Não, deixe Bubba fazer isso. Não há mais nada para


quebrar.”

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Jamie Begley

Capítulo 13

Lily entra pela porta da frente, esperando ver Shade, John


e Clint brincando na sala de estar, esperando-a chegar em casa.
O único ali é Shade, sentado no sofá, olhando para a televisão
desligada.

Ela está acostumada com as risadas e vozes infantis altas,


então o silêncio na sala é ensurdecedor.

Tirando o casaco, ela então o guarda, com medo de que


algo ruim tenha acontecido com a expressão mortificada de
Shade.

“Algo está errado? Aconteceu alguma coisa?” Deixando cair


sua bolsa na cadeira, ela quer ir até ele, mas algo a segura,
sentindo que ele não quer ser tocado. “Onde estão os meninos?”

“Eu perguntei a Razer se os meninos poderiam ficar com


ele hoje à noite.”

“Por quê?”

“Eu precisava da noite longe deles. Quero que você vá


passar a noite lá também.”

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Lily morde o lábio trêmulo. Shade nunca pediu a ela para


passar uma noite longe dele antes.

“Fiz algo de errado?”

“Não, eu fiz.” Shade desvia os olhos da televisão para


encontrar os dela. “Você me disse outro dia que está com medo
que eu pare de te amar. Anjo, você nunca deveria ter me amado
pra começar. Você não tem noção do homem que eu sou. Você
não pode ver isso, porque você é tudo que eu não sou.”

“Shade…”

“Eu não sou gentil, não sou legal, não me importo com
ninguém além de nós. Quão fodido é isso?”

“Não é fodido. É por isso que eu me apaixonei por você. Eu


sabia que você colocaria nossos filhos e eu em primeiro lugar.”

“Eu não coloquei você em primeiro lugar desde que comecei


a cuidar de Ginny. Deixei aquele cara maluco pensar que poderia
se livrar de assediar você. Deixei você duvidar novamente.”

“Shade… por favor, não. Todos nós nos sacrificamos para


manter Ginny segura. Nós votamos. Nós escolhemos mantê-la
segura e nós estamos fazendo isso.”

“Eu nem percebi que você está grávida até almoçarmos.”

Sua voz rouca a faz piscar as lágrimas.

“Como você descobriu?”

“Você não bebeu café no almoço. Você sempre toma café


com sua torta. Nas duas vezes que você esteve grávida, eu sabia.
Desta vez, eu não tinha a mínima ideia.”

“Não havia como você saber. Eu só descobri ontem. É por


isso que eu queria passar o dia com Clint. Quero passar o
máximo de tempo possível com eles antes que o bebê venha e eles

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tenham que me dividir. Meus homens são um pouco super


possessivos.”

Shade não sorri com sua tentativa de humor.

“Você está com raiva por eu estar grávida? Nós


conversamos sobre ter outro bebê...”

Ele balança a cabeça para ela. “Não, não estou com raiva
de você. Estou péssimo com o que acabei de fazer a Gavin.”

“O que você fez?” Ela sussurra.

“Eu o forcei a assumir a segurança de Ginny. Rider e eu


ficaremos aqui. Nós não vamos mais sair. Ele não queria ir.”

“Se Gavin não quisesse ir, ele não iria.”

“Eu não agi corretamente para fazê-lo ir.”

“Eu não presumi que você fez. Isso pode ser um choque
para você, mas sei que os únicos com quem você age
corretamente é comigo e os meninos.”

“Shade, por que você acha que relutei em me apaixonar por


você? Qualquer um com a metade de um cérebro pode ver que
você é um homem perigoso. Eu vi mulheres atravessando as ruas
com seus filhos quando viram você andando pela calçada.”

“Quando você entrou no clube naquela noite e viu a festa,


deveria ter ido mais longe do que voltar para a faculdade. Você
deveria ter corrido até que estivesse fora do meu alcance.”

“Isso teria me feito bem?” Ela pergunta suavemente.

“Não, porque eu sou um bastardo sem coração.”

“Você é tudo menos sem coração. Você é perigoso? Sim.


Mas sem coração, você não é. Se não tivesse coração, você não
teria esperado até eu me apaixonar por você antes de fazer amor
comigo. Você não teria se importado que minha mente estivesse
perturbada; você teria se aproveitado. Você não o fez. Eu vi você

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sair a cada dois meses para proteger Gina, sabendo o quanto você
sofria em nos deixar. Eu posso contar cem vezes você sacrificando
o que queria para ajudar os outros no clube. Não só o clube, mas
as pessoas da cidade. Não, às vezes você não faz o correto, mas
você sempre” — ela levanta a voz com veemência até praticamente
gritar com ele. — “sempre fez o que você acha correto. Eu nunca
vou acreditar que você não fez o que é melhor para Gavin, apesar
do quanto queria ficar aqui conosco. Se você realmente não
acredita que não é do seu interesse, ligue e fale para ele voltar.
Se você não quiser mais nos deixar aqui sozinhos, então os
meninos e eu iremos a Nashville com você.”

“Eu não posso te pedir para sair da loja. Você vai se


preocupar com as pessoas que dependem de você. Vai sentir falta
de Beth.”

“Eu vou, mas os meninos e eu nos ajustaremos.”

“Não vou arrancar você e os meninos daqui porque estou


colocando os Last Riders sobre a minha família.”

“Você não está. Você não estaria nos arrancando. Nossa


família não está ligada a nenhum terreno. Nossa família não é
uma casa que você construiu ou posses. Você não sabe o quanto
amamos você?” Ela começa a puxar o vestido, levantando a
bainha para que pudesse retirá-lo.

“Anjo...”

Deixando seu vestido cair no chão, ela alcança atrás de si


para soltar o sutiã, em seguida, desliza sua calcinha.

Shade vê quando ela pega o vestido e as roupas íntimas e


as coloca na mesa de café na frente dele.

Indo para o meio da sala, ela olha para ele, sem vergonha
de mostrar todo o amor que ela sente por ele em seus olhos.
“Onde você for, eu sempre seguirei.”

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Jamie Begley

Ficando de joelhos, mantendo as costas retas, ela se


ajoelha diante do marido. Deitando a testa no tapete, ela estica
os braços diante de si, submetendo-se a Shade, dando-lhe
controle total sobre ela e sua vida. Não porque ele é mais forte ou
exigiu, mas porque ela finalmente entende profundamente em
sua alma que o amor de Shade não vai a lugar nenhum.

Ele não acordará um dia e descobrirá que não a ama. Seu


amor é verdadeiro e fiel. Não ameaçava e nem procurava dominar.
Ele colocou em suas mãos a decisão de segui-lo. Com uma
palavra, ela poderia se soltar quando quisesse seguir sua própria
direção.

O amor de Shade é firme, forte e duradouro. Para sempre.


Como o dela.

“Senhor, você quer que eu vá para a casa de Beth?”

Shade grosseiramente limpa a garganta. “Não, siga-me.”

Lily obedientemente o segue enquanto ele sobe as escadas.


Parando na frente da sua cama, ela espera pacientemente por
suas instruções. Não há medo nela pelo que ele fará ou pedirá
quando tirar suas roupas.

Ela traça suas tatuagens com os olhos enquanto Shade vai


para o baú onde ele mantém seus brinquedos. Não há um pedaço
da sua pele que não esteja coberta por uma tatuagem. Seu
marido vive em um mundo sombrio criado por ele mesmo. A
única vez que ela realmente acredita que ele sai das sombras é
quando tem que proteger alguém com quem ele se importa ou
quando eles estão em seu quarto. Então o verdadeiro Shade
aparece. Impiedoso e inabalável, ele a leva à beira de um reino
que ela só quer encontrar com ele.

Descobrir que estão esperando um bebê e que ele não


soube mais cedo que Harvey a importunava o desestruturou,

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Jamie Begley

uma vez que tudo isso passou despercebido. Gavin assumir o seu
trabalho para proteger Gina foi muito difícil de aceitar. Shade não
deixa um trabalho no meio do caminho, e não ter encontrado o
perseguidor é uma afronta ao orgulho de Shade. Mas ela sabe por
que ele queria que ela fosse para a casa de Beth.

Os homens amam Gavin. Eles estão em modo de proteção


desde que ele foi recuperado. Para Shade entrar e arrancar o
escudo que o protege não deve ter sido fácil. Não só ele expôs a
vulnerabilidade de Gavin para conseguir que ele fizesse o que
queria, mas Shade expôs a sua também. Ele saiu do seu mundo
sombrio para conseguir que Gavin desse os primeiros passos em
direção à cura. Como quando ele precisava ser duro com Clint e
John, tinha feito o que acreditava ser do melhor interesse de
Gavin.

Ser amado por Shade tem suas vantagens e desvantagens.


Ele sempre faz o que é certo, não importando o quanto machuca,
tanto a pessoa que ele tenta ajudar quanto a si mesmo, porque,
intrinsecamente, Shade é um protetor. Ele jogou Gavin fora do
seu ninho seguro para que ele possa voar novamente. E ele voará
novamente. Shade cuidará disso, mesmo que ele lute contra ele
a cada centímetro do caminho.

Ele salvou sua sanidade, dando-lhe asas que ela nem sabia
usar.

“Eu posso ter ficado ocupado nos últimos dias, mas não
me esqueci da punição que devo a você.”

“Punição?” Perplexa, ela tira os olhos das costas firmes de


Shade. “Eu tenho sido boa.”

“Eu disse que você poderia falar?”

“Não senhor.” Ela inclina a cabeça, observando-o por


debaixo dos cílios. Ela espera ansiosamente que ele abra seu baú.

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“Como você abriu o meu baú trancado para tirar sua


calcinha?”

“Eu peguei as chaves quando você estava no chuveiro.” Ela


sabia quando fez isso que haveria punição quando ele
descobrisse. Era outro presente do Dia dos Namorados para ele.

“Você simplesmente não pode ficar longe de problemas,


pode? Primeiro, você rouba minhas chaves para pegar algo que
me pertence.”

Ela sabia que quando falasse isso faria sua punição pior.
“Tecnicamente, elas são minhas.”

Seu marido adora quando ela finge ser uma pirralha.

Ele estala a língua para ela, fechando a primeira gaveta, ele


abre a gaveta de baixo. Shade tira vários itens antes de fechar a
gaveta, depois os coloca na cama antes de se mover para ficar na
frente dela. Cruzando os braços sobre o peito, ele a estuda.

É difícil não se mexer, mas ela permanece imóvel, sabendo


que isso lhe daria outra razão para castigá-la. O Dia dos
Namorados acabou; não há necessidade de paparicá-lo e estragá-
lo.

“Eu tive um dia terrível. Descobri que terei outro bebê e


minha esposa teve várias oportunidades para me contar. Tive que
ser gentil com um homem que está tentando acabar com os Last
Riders em seu primeiro dia de trabalho. E então, para colocar
uma cereja em cima desse dia terrível, tive uma discussão com
um homem que eu preferiria cortar o braço direito do que
enfrentá-lo. Sabe o que foi mais irritante?”

Lily espera até que Shade lhe dê um breve aceno de cabeça


antes de responder.

“Bubba. Ele é um pouco avoado.”

“Anjo, ele é tão avoado que não está mais no planeta Terra.”

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Lily tem que morder o lábio para não rir. Ele praticamente
resumiu como todos na cidade pensavam sobre Bubba. Ela não
mencionou que os irmãos de Bubba são tão estranhos quanto
ele. Ela não acha que Shade quer ouvir isso. A chance de
qualquer um deles conseguir um emprego com os Last Riders fica
entre zero e inexistente depois deles passarem o dia com Bubba.

“Você sabia que ele enlouquece quando vê alguém vestido


de verde?”

Mais uma vez, ela espera até que ele acene antes de
responder.

“Eu deveria ter mencionado isso.”

“Provavelmente”, ele diz sarcasticamente. “Ele quase


arrancou a cabeça de Rex quando ele chegou para pegar as
encomendas. Então, como Rex ficou aterrorizado com Bubba, ele
se recusou a ir ao caminhão e fez Bubba carregar tudo.”

“Ele é aquele pequenino?” Ela pergunta curiosa antes que


pudesse se conter, lamentando assim que fala quando Shade
pega um dos itens na cama.

“Ele é pequeno pra caralho, e Jewell disse que Rex


apresentará acusações de agressão e quer uma compensação
física e moral antes de voltar ao trabalho.”

“Bubba reage sem pensar quando sente medo.”

Shade usa a alça do remo para levantar seu queixo. “Aquele


filho da puta não estava com medo. Você quer saber como sei
disso?”

Lily aperta os lábios, rezando a Deus que ela não risse da


expressão descontente de Shade.

“Ele quer ser pago apenas em dinheiro. Agora me diga uma


coisa: qual é a cor do dinheiro?”

Ela espera o aceno dele antes de responder.

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“Verde.”

“Está certo. Maldito verde.” Shade usa a ponta do remo


para virá-la para encarar a cama. “E eu tive que colocar um
sorriso o tempo todo em vez de demiti-lo porque prometi a você
que seria legal. Suba na cama.”

Levantando um joelho, ela sobe na cama.

“Pare.”

Ele a para no final da cama, seu corpo apoiado no colchão.


Incapaz de vê-lo nessa posição, borboletas voam em seu
estômago, antecipando o estalo do remo em seu traseiro.

Ela fica tensa quando sente o remo seguindo a linha da sua


espinha, depois descendo pelo braço até ser colocado na cama ao
lado da sua mão.

Ela vê quando a mão dele vai para os outros itens na cama,


lambendo os lábios secos quando vê o que ele escolheu.

“Abra mais as pernas”, ele ordena ao colocar uma algema


no tornozelo dela, em seguida, prende a outra extremidade a uma
das colunas da cama. Tirando outra algema da cama, coloca-a
na perna oposta.

“Agora, essa não é uma visão bonita.”

Sentindo-o pegar o seu cabelo em uma mão, ela tenta


infrutiferamente não se virar para ver o que ele está fazendo.

A palma da mão dele pousa em seu traseiro. O calor do


tapa envia uma onda de calor entre suas coxas.

“Olhos para frente.”

Shade continua a fazer o que estava fazendo com o cabelo


dela. Ela finalmente descobre que ele está trançando seus longos
cabelos com algo que ele tirou da cama.

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Concentrando-se, ela sente a fina tira de couro sendo


entrelaçada em seu cabelo. Quando ele termina com seu cabelo,
Shade desliza a tira de couro sob seu corpo, cruzando cada seio
até que estão firmemente envoltos em um círculo de couro.

Quando ele se inclina sobre ela, Lily sente sua respiração


se espalhando pelas suas costas, cada um de seus mamilos
formiga em resposta em resposta. Shade desliza a mão mais
abaixo em seu corpo e entre suas coxas, envolvendo cada uma de
suas coxas.

Shade está aproveitando, usando a longa tira de couro para


conter seus movimentos.

Ela pula assustada quando ele coloca a outra ponta da tira


sobre seu ombro. Olhando para baixo, ela vê que a ponta tem
franjas finas.

Shade apoia a palma da mão no traseiro dela, apertando a


bochecha antes de dar uma leve batidinha. Suas mãos ficam
mais ásperas quando ele a posiciona exatamente do jeito que
quer.

“Não se mova”, ele resmunga enquanto ela começa a tremer


quando ele move os dedos do seu monte para acariciar seu
clitóris. Ela não consegue conter seus gemidos quando ele a abre
com um dedo ao mesmo tempo em que levanta o couro que está
preso sobre os seios dela como um sutiã. Seus seios parecem
queimar quando ele os puxa enquanto passa o dedo nela.

Quando ela começa a se divertir, ele solta o couro e tira o


dedo.

“Faça isso novamente.”

Uma pancada forte em seu traseiro é sua penalidade por


falar.

“Eu tenho algo melhor.”

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Jamie Begley

Lily está tremendo tanto que mal consegue se segurar em


suas mãos, querendo afundar na cama. A sensação do seu pau
entrando nela faz suas unhas se enrolarem no cobertor.

Uma vez completamente dentro dela, Shade alcança a


outra extremidade da tira de couro, sensualmente arrastando-a
no seu ombro, pelas costas, para segurá-la provocativamente
sobre sua bunda.

Cada movimento do couro puxa suas coxas, seios e


cabelos. As sensações em cascata com o pau de Shade dentro
dela a fazem implorar fervorosamente para que ele seja mais
rápido, em vez do ritmo lento que ele estabeleceu para ela.

Ela quer se mover apaixonadamente contra ele, mas toda


vez que o fazia, ele batia nela com as franjas, enviando uma dor
aguda que a fazia querer se mover de novo, para que ele fizesse
mais. Repetidamente, ela levanta os quadris só para sentir a
picada do couro.

Ela está tão perdida no que Shade está fazendo que ele
precisa repetir sua pergunta duas vezes.

“Se você pudesse foder em qualquer lugar que você


quisesse, onde seria?”

Quando ela não consegue pensar rápido o suficiente, ele


puxa o couro com mais força, usando-o na outra bochecha da
sua bunda.

“O bar do Mick.”

“Você gostou na outra noite?”

“Sim”, ela choraminga.

“Então valeu o dinheiro que eu gastei com isso?”

“Oh, sim! Podemos fazer isso de novo no próximo dia dos


namorados?”

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Jamie Begley

“Não se Bubba me falir antes disso. Do jeito que ele está


indo, não poderei pagar a faculdade para uma criança, muito
menos três.”

Sua gargalhada é cortada por outro golpe em sua bunda.

“Não foi engraçado.”

“Não senhor.” Gentilmente, ela tenta acalmá-lo, mais


interessada no que ele está fazendo com ela do que com Bubba.
Ela se preocuparia com ele ser demitido depois que Shade a
deixasse gozar, se ele alguma vez o fizesse.

Shade prolonga a agonia requintada de apertar e soltar a


tira de couro até que ela não consegue conter seus pedidos.

“Por favor, Shade...”

“Você sente muito por roubar as minhas chaves?”

“Sinto muito...”, ela se desculpa, dando um grito de


frustração quando ele para de se mover dentro dela.

“Eu não acredito em você.”

“Eu sinto muito. Nunca tocarei nas suas chaves


novamente!”

Ele começa a mover seu pau novamente, apertando a tira


em sua mão e puxando sua cabeça para trás, ao mesmo tempo
que seus seios são empurrados para cima.

“Você colocou a calcinha de volta?”

“Sim, logo depois que a lavei.”

“Como você conseguiu abrir se estava trancado? Deixe-me


adivinhar, você o abriu quando eu estava no chuveiro?”

“Sim senhor.”

“Você sabe que será a última vez que eu tomo banho


sozinho?”

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Jamie Begley

“Sim senhor.” Ela não diz a ele que é um castigo com o qual
ela poderia viver.

Shade pressiona o peito contra as costas dela, envolvendo-


a nos braços e levando as mãos para cobrir seu abdômen.

“Obrigado por me dar outro filho.”

Lily teve de piscar através do súbito brilho de lágrimas. “O


prazer é meu.”

Ela sente a tira afrouxar, dando-lhe liberdade de


movimento.

Shade levanta seu corpo para virá-la e olhar em seu rosto


enquanto ele se posiciona novamente dentro dela. Seus impulsos
aceleram quando ele engancha uma de suas coxas sobre as dele
enquanto ficam lado a lado na cama.

Ele agarra sua bochecha para puxá-la para mais perto


dele, suas pélvis rangendo juntas para encontrar a satisfação que
está fora de alcance. Ela goza primeiro, sua buceta apertando-o
enquanto ele a empala o mais profundamente que pode, fazendo-
a voar no esquecimento e levá-lo com ela.

A euforia que Shade dá a ela finalmente diminui o


suficiente para que consiga levantar os cílios para olhá-lo.

“Você me tira o fôlego”, ele murmura, olhando para ela.

Enrolando os braços ao redor de seu pescoço, ela desliza


os lábios ao longo de sua mandíbula. “É assim que me sinto toda
vez que você diz que me ama.”

Beijando-a, ele se aproxima mais até que as costas dela


estejam no colchão.

Envolvendo ambas as coxas em torno de seus quadris, ela


o sente ficar duro novamente. Ela está prestes a brincar que
precisa recuperar o fôlego quando ouve a porta da frente bater e
passos correrem na sala de estar.

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Jamie Begley

Tanto os dela quanto os olhos de Shade se lançam para a


porta aberta do quarto.

“Você não trancou a porta?” Ele sussurra, pulando da


cama.

Frenética, Lily não se incomoda em responder, tentando se


cobrir na cama, fazendo os brinquedos de Shade voarem.
Horrorizada que um ou ambos os meninos entrem no quarto, ela
tira o cabelo do rosto e vê Shade se inclinar nu contra a porta
fechada.

Ele olha para ela como se ela fosse tão maluca quanto
Bubba. “Você deveria ter corrido para a porta também! E se eu
não chegasse a tempo?”

Lily puxa um travesseiro, colocando-o atrás das costas


enquanto empurra o remo de madeira da cama com o pé.

“Não havia como você deixar os garotos verem seus


brinquedos.” Lily usa uma unha rosa para tirar um brinquedo de
plástico turquesa do quadril. “O que é isso?” Ela pergunta
curiosa. “Eu não vi isso antes.”

Shade tranca a porta, caminhando em direção a ela com


passos silenciosos. “Deixe-me te mostrar—”

“Mãe!” John grita do outro lado da porta. “Clint derramou


o Kool-Aid2 de Noah em sua camisa.”

“Vá para o banheiro. Estarei lá em um segundo”, Lily


responde, afastando o cobertor de cima dela.

“Fique aí. Eu vou levar...” Shade lhe dá um sorriso ansioso,


olhando o brinquedo. Ele parece com John quando ganhou seu
Xbox no Natal.

“Mãe!”

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2 Kool-Aid é uma marca de mistura de bebidas em pó ou liquida com sabores.

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Jamie Begley

“O quê!” Shade grita em frustração, tentando puxar sua


calça jeans sobre seu pau duro.

“Ele derramou um pouco em mim também!”

“John!”

“Eu sei, vá para o banheiro.”

Lily espera até que os garotos estejam se afastando da


porta antes de olhar para Shade interrogativamente. “Você quer
que eu guarde os brinquedos para você?”

“Não, vou vestir os pijamas neles antes de mandá-los de


volta para o Razer. Então vou mandar uma mensagem para ele e
garantir que os mantenha lá dessa vez, não importa quantos
copos de Kool-Aid Clint derrube.”

“E então?” Ela pergunta sem fôlego, vendo que ele ainda


está com problemas para fechar o jeans.

“Então, Anjo, eu vou mostrar exatamente como esse


brinquedo funciona.”

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Jamie Begley

Ice nunca acreditou em felizes para sempre... até se apaixonar por Grace. Ele colocou um anel em seu
dedo, tentando amarrá-la antes que ela caísse em si e percebesse que não havia nada nele para ser
redimido. Então, ele não ficou surpreso que o casamento deles estivesse arruinado.
Ela pode estar perseguindo o arco-íris, tentando encontrar o homem que acredita que ele é, mas arco-
íris nunca duraram e Ice nunca fingiu ser qualquer coisa, além do que ele é — um predador de sangue
frio.
Ela não percebeu que você não tem que perseguir algo que já foi capturado.

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Jamie Begley

Chasing Rainbows

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Jamie Begley

Capítulo 1

“Você viu o Ice?”

Grace se vira quando seu irmão Dax entra na sala de jantar


formal da casa nova do seu pai. “Não. A última vez que o vi foi
esta manhã, quando ele saiu para pegar o smoking. Eu fiquei
ajudando Willa e Ginny a preparar a recepção.”

Dax franze a testa. “O fotógrafo quer começar a tirar fotos


dos padrinhos do papai.”

“Vou mandar uma mensagem para ele e ver onde ele


está...”

“Apenas ligue; será mais rápido.”

“Deixei meu telefone na cozinha.” Consciente de seu irmão


seguindo-a, ela mantém sua expressão neutra enquanto se
dirigem para a cozinha. Se ela disser ao seu irmão que não quer
falar com o marido, isso despertará um alarme tanto nele quanto
em seu pai. Embora, nenhum deles tenha perdido a crescente
frieza entre ela e Ice.

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Jamie Begley

No último ano, eles tentaram sutilmente encontrar a razão


para isso, mas ela os manteve no escuro, esquivando-se das suas
perguntas tanto quanto possível, quando pode. Quando não
conseguia, usava uma variedade de desculpas que apontavam
para longe da verdadeira razão pela qual seu casamento está
desmoronando.

Dando sorrisos rápidos para Willa e Ginny, ela pega o


telefone no balcão e aperta nervosamente o número de Ice. Eles
brigaram essa manhã quando acordaram. Quando Ice não estava
disposto a terminar a discussão, ela entrou no banheiro da suíte
e bateu a porta. Se estivessem em sua própria casa, ele nunca a
teria deixado escapar dessa. Mas porque estão na casa do pai
dela, ele foi embora, batendo a porta do quarto ao sair. Ela sentou
ao lado da banheira e chorou quando ouviu.

Ele estava furioso e, sinceramente, ela não podia culpá-lo.


Ela criou esse problema no casamento e não está disposta a
ceder. Ela não pode.

Quando sua ligação não é atendida, ela sente um pavor


esmagador por Ice estar tão zangado com ela que retornou a
Queen City sem lhe dizer nada.

“Ele não atendeu”, ela é forçada a admitir para Dax,


consciente que Willa e Ginny estão ouvindo. “Ele provavelmente
estará aqui a qualquer momento. Diga a Peyton para começar a
tirar fotos, e enviarei uma mensagem para você assim que tiver
notícias dele.”

Sentindo o constrangimento dela ao ter as outras duas


mulheres na sala, Dax assente. “Apenas mande-o para a igreja
quando souber dele. É onde Peyton está esperando por nós.”

“Eu mando.” Ela começa a enviar a mensagem de texto


para Ice para dizer isso a ele quando Dax sai da cozinha,
deixando-a com um olhar preocupado. Antes que ela possa
terminar a mensagem, o nome de Ice pisca na tela.

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Jamie Begley

Aceitando a ligação, ela começa a caminhar até o quarto


que T.A. deu a eles durante a estadia. Grace entra no quarto que
fica ao lado da cozinha, fechando a porta atrás dela.

“O que você precisa?”

Ela aperta o telefone pela maneira abrupta como ele havia


respondido. “A mãe de Killyama quer os padrinhos para fotos na
igreja.”

“Eu já estou aqui.”

Grace lambe seu lábio inferior ressecado. “Desculpe por


gritar com você esta manhã.”

“Eu já desisti de brigar há alguns meses. Sinto muito, eu


só não aguento mais Grace.”

Andando em direção à cama, ela se afunda no colchão para


evitar cair com suas pernas trêmulas. “Você está dizendo que
quer o divórcio?”

"Não, eu não quero a porra do divórcio”, ele resmunga do


outro lado do telefone. “O que eu quero é que as brigas parem.”

“Eu também”, ela diz dolorosamente. “Estas brigas estão


me matando.”

“Não sou eu quem começa.”

“Eu sei”, ela admite, em seguida, ouve o suspiro de


frustração dele, quando isso é tudo o que ela está disposta a dar.

“Grace, Dax está chegando à porta. Eu tenho que ir.”

A mão dela segurando o telefone cai no colo quando o


telefone fica mudo.

As brigas deles estão aumentando a ponto de, se não


pararem, o casamento ficará irreparável. Se já não estiver.

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Jamie Begley

Grace olha fixamente para a parede em frente à cama. Ela


odeia a si mesma por ser quem está provocando os
desentendimentos, mas a menos que Ice esteja disposto a ceder
aos seus pedidos, ela não consegue ver o fim das brigas. O
divórcio pode ser a única opção para ela se Ice não estiver
disposto a sair da Desmond Beck.

Desmond é o dono da Beck Industries. Rico, bonito e


encantador, o homem é o solteirão favorito na sociedade de
Queen City. Mas a portas fechadas, ele é implacável, astuto e
formidável com o poder que detém.

A parte verdadeiramente assustadora foi quando ela


descobriu que seu marido é quem impõe o poder de Desmond.

Ela fechou os olhos para o clube de strip que ele protegia


colocando Jackal e Buzzard como seguranças. O que ela não pode
deixar passar, porém, é que ele coloque sua própria vida em risco
toda vez que um acordo é fechado, garantindo que seja cumprido,
sem temer que os compradores ou os vendedores o traiam, ao
mesmo tempo tendo certeza que Desmond receba sua parte da
transação.

É claro que os amigos ricos que ele acumulou não apenas


fornecem uma cortina de fumaça, mas são outra camada de
proteção com a qual Desmond costuma se cercar. Ele é capaz de
ficar seguro e confortável em sua mansão, escondendo-se atrás
da fachada de ser um legítimo homem de negócios, enquanto Ice
faz qualquer trabalho sujo que seja mandado.

Ingenuamente, ela não fez muitas perguntas, e aquelas que


fez ela aceitou as respostas ambíguas que ele deu. Ela disse a si
mesma repetidamente que ele se cansaria do trabalho e seguiria
em frente como os homens normais faziam à medida que
cresciam e queriam começar uma família. Só que o Ice não tem
intenção de mudar de emprego, eles começando uma família ou
não.

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Jamie Begley

Esse fato finalmente ficou claro para ela quando


engravidou dois meses depois da morte de sua mãe. Ela viu o
bebê como um ponto brilhante na dor com a qual estava lidando,
planejando alegremente transformar um dos quartos de
hóspedes em um quarto de bebê. Essa foi a mesma época que as
brigas começaram.

Lidando com a dor esmagadora de perder a mãe, ocorreu-


lhe: E se algo acontecesse com Ice? Ninguém poderia fazer nada
se uma tragédia acontecesse, como um acidente, mas o trabalho
que Ice faz é ligado a perigos que podem ser evitados.

Foi quando a verdade sobre o marido finalmente fez


sentido: ele não tem intenção de mudar, independentemente de
quantos filhos eles tenham.

Cada vez que brigam, sua resposta é exatamente a mesma


— ela conhecia o tipo de homem que ele era antes de se casarem.
E ela sabia.

Outro golpe no casamento foi quando ela sofreu um aborto


espontâneo. Durante aquele ano, Ice foi solidário e amoroso.
Tudo o que uma mulher poderia precisar de seu marido estava
lá, exceto o que mais precisava. Ela precisava que Ice a
escolhesse e a criança que esperava ter no futuro no lugar de ser
o capanga de Desmond.

Isso foi há mais de três anos, e eles não estão mais perto
de uma solução que os deixarão felizes.

Para piorar as coisas, ela não tem ninguém em quem possa


confiar. Ela não quer que seu pai e Dax saibam o que Ice faz, nem
pode falar com Penni, que é sua melhor amiga. Penni é casada
com Jackal, que é o braço direito do Ice no Predators. Ele está ao
lado de Ice quando os negócios são fechados.

Não parece incomodar Penni que o marido assuma riscos,


ou que ele trabalhe no Purple Pussycat, protegendo as mulheres
durante encontros com seus clientes. O irmão de Penni, Shade,

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Jamie Begley

pertence aos Last Riders, então ela está acostumada a fechar os


olhos para os trabalhos que os homens de sua vida fazem.

Levantando-se da cama, Grace alisa o vestido que está


usando. O chiffon cor-de-rosa na altura do joelho abraça seu
corpo adoravelmente.

Ao ver seu reflexo no espelho da escrivaninha, sente-se


tentada a jogar algo nele, para quebrar a imagem que olha de
volta para ela.

Ela pode parecer a mesma de quando se casou com Ice,


mas ela mudou. Perder sua mãe e a criança que queria mudou
algo dentro dela. Agora alguma coisa está faltando, e a menos que
descubra o que é esse vazio, Grace sente um medo mortal de que
isso a engolirá completamente.

Ice disse que não quer o divórcio, mas ela não sabe quanto
tempo mais será capaz de dizer o mesmo se o que ela suspeita for
verdade.

Colocando uma mecha de cabelo de volta em seu coque,


ela respira fundo para se equilibrar. Hoje é Dia dos Namorados,
ela lembra a si mesma, e seu pai se casará novamente em poucas
horas.

Tanto a felicidade dele quanto a de T.A. brilha em seus


rostos sempre que estão juntos em algum lugar, destacando o
quão infeliz ela e Ice devem parecer.

O Dia dos Namorados deveria ser cheio de amor. Até agora,


o dela está totalmente uma droga. O único ponto brilhante pelo
qual está aguardando ansiosamente é o casamento. Por mais que
esteja esperando pelo casamento, ela teme a noite que se
aproxima, quando ela e Ice ficarão sozinhos.

Após a recepção, seu pai e T.A. voarão para a Flórida para


pegar uma moto que ele deixou com um amigo. Ela e Ice ficarão
a noite e voarão de volta para Queen City pela manhã.

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Jamie Begley

Ela não tem qualquer ilusão de que eles não passarão a


noite discutindo, apesar da natureza romântica do feriado.
Nenhum coração de papelão rosa será capaz de curar a fenda
entre eles. Precisaria de algo que Grace está começando a duvidar
que Ice ainda sinta por ela.

Amor.

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Jamie Begley

Capítulo 2

Grace olha para o anel de casamento em sua mão esquerda


enquanto os convidados de T.A. e de seu pai se misturam
enquanto esperam que o casal recém-casado chegue da igreja.

“Foi uma cerimônia linda.”

Assustada com a voz suave e feminina, Grace olha para


cima para ver Lily em pé na sua frente.

A esposa de Shade está linda em um vestido violeta


comprido, que destaca seus olhos e cabelos negros.

“Sim, foi”, ela concorda, sua atenção move-se para Ice, que
está conversando com Jackal, Penni e Shade do outro lado da
sala.

Lily vira a cabeça para ver o que ela está olhando, então se
vira com um sorriso. “Eles estão lindos todos arrumados, não é?”

“Sim, estão.” A mão de Grace treme quando ela leva o copo


aos lábios.

“Você…?” Lily começa, então corta a pergunta, corando.

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Jamie Begley

“Eu o quê?” Grace pergunta.

“Nada. Eu ia perguntar se você está bem, mas não quero


ser insensível. Eu sinto muito. Vou deixá-la sozinha.”

Grace coloca a mão no braço de Lily, parando-a. “Você não


poderia ser insensível nem se tentasse. Você ia mencionar minha
mãe, não ia?”

Lily concorda. “Deve ser difícil ver seu pai se casar


novamente.”

“Sinto muito a falta da minha mãe, mas estou feliz que meu
pai não está mais sozinho. Minha mãe e meu pai tiveram um
casamento muito feliz. Eles eram melhores amigos. O
pensamento do papai não ter esse relacionamento é quase tão
ruim quanto perder a mamãe.” Seus lábios se curvam em um
sorriso. “T.A. vai mantê-lo na linha.”

“Sim, ela vai.” Lily sorri com ela. “Ela tem uma qualidade
que muitas pessoas não têm mais. Quando se importa com você,
ela ficará ao seu lado até que o inferno congele. Ela ama crianças.
Eu não saberia o que faria sem ela na época do Natal. Ela sempre
se oferece para embrulhar os presentes das crianças para as
cestas que eu faço para os necessitados que a nossa igreja
organiza.”

Grace sorri, finalmente conseguindo relaxar com a


conversa amigável de Lily, que afasta sua mente dos problemas
que estão acontecendo em seu casamento. Uma das melhores
coisas sobre ser amiga de Penni foi ter sido apresentada a Lily.
Ela até aceitou alguns convites quando Penni foi visitar Shade
por esse motivo.

Lily é calorosa, doce, e daria a roupa do corpo para


qualquer pessoa necessitada. Ela é exatamente o oposto do
marido. Quando ela pensa em Shade, caloroso e doce não vêm à
mente.

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Jamie Begley

“Você não precisa me convencer. Ela fez meu pai rir e ser
feliz de novo. E o convenceu a assumir um papel de ator que ele
nunca teria aceitado, a menos que ela o convencesse a
participar.”

“Estou contente também. Eu vi o filme dele. É realmente


bom.”

“Eu também acho.” Grace observa orgulhosamente


enquanto seu pai e T.A. entram na sala para brindar. Ela não
corre para o lado deles, deixando o resto dos amigos irem
primeiro.

Grace sente uma pontada no peito pelo quão felizes eles


parecem, lembrando-se do quão feliz estava no dia em que ela e
Ice se casaram.

Ela sente Lily tocar seu braço. “Você está bem? Você parece
prestes a chorar.”

“Estou bem. Lembrei-me de quando Ice e eu nos casamos.”

“Eu me lembro quando Shade e eu nos casamos. Ele me


deu o casamento dos meus sonhos. Eu nem sabia que ele tinha
planejado isso até a manhã do casamento.”

Chocada, Grace tirou os olhos do pai para olhar para Lily.


“Você não planejou seu próprio casamento?”

“Não, Shade planejou. Ele sabia que eu queria um


casamento ao ar livre com neve, e uma nevasca chegou na noite
anterior. Foi lindo. Da próxima vez que você for nos visitar, vou
te mostrar o vídeo. Ele fez meus sonhos se tornarem realidade.
Ele ainda faz.”

Lily está olhando para Shade enquanto conversam, e Grace


nota que Shade está olhando para ela de volta. Ele não tem ideia
do que elas estão falando, mas estão se comunicando de uma
maneira que somente aqueles que verdadeiramente se amam
podem se comunicar.

DANGEROUS
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Jamie Begley

Isso traz outra pontada ao peito dela, desta vez muito mais
acentuada e que não desaparece.

Colocando sua taça de champanhe na mesa, ela pega


outra. “Ice não quer fazer parte dos meus sonhos.”

Lily se vira para ela surpresa. “Isso não pode ser verdade.
O Ice ama muito você...”

“Ele costumava amar. Nesse momento, não sei como ele se


sente.”

Grace não pode acreditar que está lavando roupa suja na


frente de Lily. Ela não consegue nem entender por que, se a briga
que eles tiveram essa manhã, foi pior, ou se Lily é apenas o tipo
de pessoa com quem ela pode conversar — alguém que não fará
julgamentos precipitados.

“Eu entendo.”

Grace franze a testa. “Você entende?”

Lily cora com a própria revelação. “Eu acho que todas as


mulheres, sejam elas casadas ou não, em um momento ou outro,
têm dúvidas se seus parceiros as amam da mesma maneira que
amavam no início do seu relacionamento.”

“É evidente que Shade a ama. Ice? Eu não tenho tanta


certeza. Nós temos brigado muito ultimamente.” Grace termina
sua bebida, culpando mentalmente as três taças de champanhe
que tomou por revelar o estado do seu casamento.

Incapaz de se conter, ela diz ainda mais, como se uma


represa tivesse se libertado dentro dela, e a dor que vem
segurando se espalha.

“Eu quero ter um bebê, mas quero que o Ice encontre outro
emprego. Eu não gosto da pessoa para quem ele trabalha agora.”

“Você está preocupada com a segurança do emprego dele


se tiver um bebê?”

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“Não, não é isso. Eu não gosto de para quem ele trabalha.”

“Ice gosta dele?”

Grace franze a testa com a pergunta. “Eu nunca pensei em


perguntar.”

“Se o Ice gosta dele, pode ser por isso que ele não quer
desistir. Por que você não gosta do chefe dele?”

“Eu não posso dizer.” Grace torce a aliança de casamento


no dedo, incapaz de encontrar os olhos de Lily.

“Entendo.”

Grace vê que Lily também está torcendo as alianças de


casamento em sua mão.

Lily começa a dizer algo, então parece mudar de ideia antes


de decidir dizer o que quer.

“Ice e Shade parecem ter personalidades parecidas. Notei


isso quando vocês dois vieram visitar Penni.”

“Eu notei isso também”, Grace reconhece.

“Quando conheci Shade, fiquei com muito medo dele.”

Grace lembra de quando conheceu Ice. “Eu não tive medo


dele. Foi mais como se desconfiei dele.”

“Isso é porque você é mais confiante e mais forte do que eu


era naquela época.”

“Não acredito nisso. Quando a visitei, você lidou com todos


os seus convidados e filhos como uma profissional.”

“Eu costumava ter medo da minha própria sombra”, Lily


diz com tristeza. “Tornar-me amiga de Penni e me apaixonar por
Shade me deu mais autoconfiança. Ele me ensinou a ser mais
forte e confiante. É incrível como as pessoas podem afetar sua

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vida.” Lily lhe dá um sorriso largo. “Se não fosse por ela, eu não
teria conhecido você.”

“Eu estava pensando mais cedo, que ser amiga de vocês é


uma das melhores coisas da minha vida.”

“Penni não tem medo de nada. Eu a conheci na faculdade.


Ela me convenceu a fazer coisas que minha própria irmã não
poderia ter feito.” Lily ri. “Não que Beth tenha tentado me
convencer a fazer pole dancing ou ir a irmandades e festas de
fraternidade. Eu costumava surtar se as pessoas bebessem ao
meu redor.”

Prestes a pegar outra taça de champanhe, Grace puxa a


mão para trás.

“Está tudo bem. A menos que alguém esteja bêbado, isso


não me incomoda tanto.”

Lily pode ter dito isso, mas Grace nota que ela é a única
que não tem um copo na mão.

Mudando de assunto sobre beber, ela brinca com Lily, “O


que Shade ensinou a você para ser mais confiante e mais forte?”

“Que o mal nem sempre vence.”

Grace engole em seco, desviando o olhar dos segredos nos


olhos de Lily. Somente alguém que enfrentou e venceu o mal pode
entender. E como Lily, ela fez isso. Ela e duas de suas amigas
foram sequestradas quando foram para Nova York com seus pais.
Suas amigas não conseguiram sair vivas. Levou muitos anos para
Lily aceitar que ela sobreviveu.

“Não, ele não vence.”

“Eu devo ir parabenizar seu pai e T.A.”

Grace pode notar que Lily quer se afastar de suas


memórias.

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“Lily...” Grace a para antes que ela possa se afastar. “Posso


te fazer uma pergunta?”

Ela não responde sim ou não, esperando ouvir a pergunta


primeiro.

“Eu não... não sei como perguntar isso.”

Lily sorri. “É só perguntar. Se eu puder responder,


responderei.”

“É…? Como você…?” Grace morde o lábio. “O Shade faz


alguma coisa que ele não deveria fazer? Deus, isso está saindo
errado. Eu não sei o que estou tentando dizer. Apenas me
ignore...”

Lily não se afasta.

“Você quer dizer, se ele me traiu?” Seu rosto fica pálido.


“Penni lhe disse algo que eu não sei?”

“Deus, não!” Grace acena freneticamente com a mão. “Não


é isso que eu estou tentando perguntar. Oh meu Deus! Deixa pra
lá. Esse pensamento nunca me ocorreu.”

“Isso é um alívio”, Lily diz, dando uma risada trêmula.


“Então, o que eu não entendi?”

“Podemos simplesmente esquecer que tivemos essa


conversa?” Grace está dolorosamente consciente de que está
fazendo papel de idiota. “Eu estava apenas tentando perguntar
como você lida quando Shade faz algo que você não gosta. Saiu
totalmente errado.”

O entendimento surge no rosto dela. “Você está me


perguntando se o Shade faz alguma coisa para os Last Riders
com a qual eu não concordo?”

Grace começa a torcer a aliança novamente. “Basicamente.


Mas não tem que ser para o clube que ele está fazendo as coisas.
Apenas algo que você gostaria que ele não fizesse.”

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Jamie Begley

Lily fica em silêncio. Grace sabe que ela está pensando na


resposta.

“Eu não deveria ter perguntado algo tão pessoal. Eu sinto


muito. Ice e eu tivemos uma briga terrível esta manhã, e não
quero que meu pai e meu irmão saibam o quanto as coisas estão
ruins entre nós. Em vez disso, eu fiz papel de boba na sua frente.”

“Você não fez papel de boba. Não diga isso.” O sorriso gentil
de Lily alivia um pouco sua tensão. “Vou tentar responder sua
pergunta da melhor maneira possível com os detalhes que você
me deu.”

“Eu confio em Shade. Eu o amo com base em como ele me


trata. Eu o amo porque vejo o que ele faz não só para mim e
nossos filhos, mas para os outros. A loja da igreja não ganha um
centavo. Os Last Riders a financia. A maioria dos nossos clientes
iria para a cama todas as noites com o estômago vazio se não
fosse por eles. O Shade é responsável por isso. Eu não estou
dizendo que os Last Riders não ajudariam sem ele convencê-los
disso, mas ele foi além do que eu esperava alcançar.”

“Todos os anos, ele seleciona dois alunos das famílias e


lhes dá uma bolsa integral para a faculdade de sua escolha. A
única condição é que eles têm que voltar aqui e trabalhar três
anos no campo de sua escolha para devolver à comunidade. Ele
está tentando salvar Treepoint de morrer como as outras cidades
ao nosso redor.”

“Desde o momento em que conheci Shade, percebi que ele


não era um homem normal. Ele tem seu próprio senso de certo e
errado.”

“Uma vez, fiquei com tanta raiva que o acusei de pensar


que ele era Deus. Eu estava errada. Shade não acha que é Deus,
mas ele realmente acredita que homens e mulheres são
responsáveis por seus próprios atos. Se esses atos os levam a

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ferir os outros, então ele não hesita em usar suas habilidades


para equilibrar o jogo.”

“Ele nivelou o jogo não só para mim, mas para algumas


pessoas nesta sala. Minha irmã, Willa, o Pastor Dean —” Lily se
solta. “Se posso confiar que meu marido fez o que achava melhor
para salvar minha vida, então tenho que confiar que ele faz o
mesmo para salvar a vida daqueles que amo também. Às vezes
essas medidas são extremas. Shade não é um cavalheiro. Às
vezes essas medidas são duras e deixam marcas em sua alma.
Ele não tem minha fé, mas uma parte dele acredita que Deus o
punirá por algumas das coisas que ele fez. Que ele nunca será
perdoado.”

Grace vê a expressão de coração partido no rosto de Lily


enquanto expõe uma parte do caráter de Shade que ela nunca
soube que existia. Se um homem pudesse ser à prova de balas,
esse seria Shade.

“Você não acredita nisso, não é?”

Lily balança a cabeça, seus olhos ainda em Shade, quase


como se não estivesse ao lado dela. “Não, eu não acho que ele
será punido. Eu acho que Shade é um dos poucos que Deus
escolheu para ser um dos seus guerreiros.”

“Eu não acho que o Ice possa ser classificado como um dos
guerreiros de Deus.” Grace olha para o próprio marido, surpresa
ao ver que ele a observa da mesma forma que Shade observa Lily.
Ele deve ter notado que ela olhava para Shade. Sua carranca
mostra que ele não está feliz.

Com o comentário dela, Lily volta sua atenção para ela. “Ice
foi para mim. Ele foi responsável por eu ser capaz de restaurar
uma parte da minha vida que eu pensei que tinha ido embora
para sempre. Se ele não tivesse feito isso, eu não teria conhecido
você.”

Surpreendida, seu olhar retorna a Lily.

DANGEROUS
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Jamie Begley

“É verdade, Grace. Um verdadeiro guerreiro nem sempre


trilha o caminho da justiça. Eles seguem o caminho que sua
consciência os leva a seguir. Acredito que todos nós
terminaremos nossa jornada no mesmo destino; nós só temos
maneiras diferentes de chegar lá.”

Um movimento com o canto do olho faz Grace acenar para


Willa. “Eu acho que Willa precisa de você.”

“É melhor eu ir ver o que ela quer.” Lily lhe dá um rápido


aperto de mão antes de dar um passo em direção a Willa.

“Obrigada, Lily.”

“Eu não fiz nada para merecer seus agradecimentos. Estou


retornando uma gentileza que Ice me presenteou. Ele não teria
tido sucesso seguindo um caminho reto e estreito, mas eu sempre
serei grata por ele ter conseguido continuar...”

Um feixe de energia se joga nos braços de Lily enquanto ela


está falando. Rindo, ela se abaixa, pegando a menina nos braços.
Seu cabelo preto cai sobre seus ombros. Grace fica
impressionada com a semelhança das feições delas.

“A mamãe não me deixa comer outro pedaço de bolo.” A


mão infantil acaricia o cabelo de Lily.

“O que eu devo fazer sobre isso?”

“Faça o papai a fazer deixar.” A criança olha para Lily


adoravelmente.

Grace engole em seco quando Lily olha para a garotinha


em seus braços com a mesma adoração.

“Que tal se eu perguntar a Evie se você pode comer outro


pedaço pequeno?”

“Sim, por favor.”

DANGEROUS
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Jamie Begley

A semelhança entre Lily e a menina é próxima demais para


elas não serem parentes. Elas compartilham não apenas a
mesma cor de cabelo, mas os olhos violetas que são incomuns o
suficiente para que ela pareça uma versão em miniatura de Lily.
Ela terá que perguntar a Ice qual é a relação entre elas.

Pensar em Ice a faz querer falar com ele. Caminhando entre


vários convidados, ela leva vários minutos para perceber que ele
não está lá. Ele foi embora.

DANGEROUS
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Jamie Begley

Capítulo 3

“Quer outra cerveja?”

“Não.” Ice toma outro gole de sua cerveja quase toda cheia.
O bar tem apenas sete clientes. Três homens e uma mulher estão
sentados ao lado do bar, afastados para que possam desfrutar de
suas cervejas sozinhos.

Celebrar o Dia dos Namorados nunca esteve no topo da sua


lista de prioridades, mesmo antes de se casar.

Pensar no estado do seu casamento faz com que ele tome


outro gole. Está quente como urina. Cerveja nunca foi sua bebida
favorita. Ele prefere que o álcool queime. Como a maioria das
mulheres que ele fodeu antes de se apaixonar por Grace, uma vez
que você tem a coisa real, nada sacia a sede pelo que você
realmente quer.

Pegando sua cerveja, ele vê a tela do seu celular acender


no balcão do bar. Desconsiderando a mensagem de Grace, ele
pega sua carteira, tirando uma nota de dez.

“Dê-me outra cerveja.” Ele coloca a nota no balcão.

DANGEROUS
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Jamie Begley

O barman lhe traz uma cerveja gelada, colocando-a na sua


frente, em seguida, levantando uma sobrancelha interrogativa
enquanto tira a outra ainda cheia.

Ice toma um gole da cerveja gelada. Não desce mais fácil do


que a quente depois que ele vê Grace mandar uma mensagem
novamente.

O som de um grito estridente tem o mesmo efeito de unhas


contra um quadro-negro. A mulher sentada com os homens grita
quando o que está mais próximo dela deve ter feito algo que ela
não gostou.

Garrafas de cerveja e copos se chocam conforme a mesa é


empurrada para baixo. Ice pode ver o brilho dos olhos da mulher
quando ela puxa uma mão debaixo da mesa, batendo-a na mesa.
“Pare com isso!”

A mulher solitária no bar faz todos os homens olharem em


direção à mesa, incluindo ele.

Ice pode entender o interesse deles. Cabelos cor de âmbar


e sobrancelhas finamente arqueadas são suas melhores
características. Não que ele possa ver distintamente suas feições
de onde está sentado. Ela não é nem magra e nem gorda demais.
Ela não parece o tipo de mulher que possa atrair a atenção que
está recebendo dos três homens, mas ela tem todos os três
observando-a de perto. Afinal, ela é a única mulher no bar.

Aquele que tentou passar a mão na sua buceta foi


rejeitado, e os outros dois homens estão dando sinais de alerta
de que não vão tolerar que a buceta da mulher seja tocada pelo
único que está gargalhando, como se esperasse que os outros
dois o estimulassem.

Ice balança a cabeça. O idiota não percebe que os outros


dois estão ficando com raiva enquanto a mulher faz o possível
para afastar a cadeira da mesa, mas está bloqueada pela parede.

DANGEROUS
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Jamie Begley

Tomando outro gole de sua cerveja, ele fica de olho na


tensão crescendo na mesa.

Ele está colocando a cerveja de volta no balcão do bar


quando o telefone toca atrás do bar, e o barman vai atender não
muito longe de onde ele está sentado.

“Alô?”

Ice escuta com apenas um ouvido enquanto seu olhar


permanece nos quatro do outro lado da sala.

“Ei, Lily. O que posso fazer por você?”

Ouvindo o nome de Lily saindo da boca do barman, o olhar


afiado de Ice vai para o homem que está a apenas alguns
centímetros dele. Lily é o nome da esposa do executor dos Last
Riders.

“Não está muito cheio. Está bem devagar agora. Não espero
que fique movimentado até mais tarde essa noite.”

A música toca ao fundo enquanto o barman ouve o que Lily


está dizendo.

“Não, eu não posso fazer isso.” Ele olha para o telefone


como se tivesse se transformado em uma cobra enquanto ouve.
“Espera. Quanto de dinheiro estamos falando?”

O telefone se transformou em um pote de ouro pela


expressão no rosto do barman.

“Dê-me uma hora e será seu.” Ele desliga e então grita,


“Última rodada!”

“Que porra, Mick!”

Ice reconhece o homem gritando como um dos Last Riders.

“Calma, Moon. Será apenas por duas horas. Vou dar uma
cerveja grátis para quem voltar quando eu reabrir. Lily quer dar

DANGEROUS
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Jamie Begley

a Shade seu presente de Dia dos Namorados sem os gritos de


vocês por perto.”

A garrafa de cerveja de Moon tomba quando ele a coloca de


volta no bar com muita força. “Filho da puta. Como aquele filho
da puta tem tanta sorte?” Moon reclama, endireitando a cerveja.
“Ele ganhou a mulher mais bonita da cidade, e ela está fechando
o bar para ele?”

Ice sente pelo irmão quando parece que ele vai chorar.

“Não há justiça nesse caralho!”

“Conte-me sobre isso”, Ice resmunga em voz baixa. Depois


da discussão que ele e Grace tiveram esta manhã, ele teria sorte
de transar esta noite, mesmo que não fosse o Dia dos Namorados.

Pegando seu celular, ele está prestes a mandar uma


mensagem para ela quando a porta do bar se abre. Como se seus
pensamentos a tivessem colocado lá, sua esposa entra.

Grace trocou o vestido, que ela parecia sexy pra caralho,


por um jeans apertado e uma blusa tingida de azul-bebê e azul-
marinho que se encaixa em seus seios como uma luva. Vestindo
um casaco azul-bebê felpudo, ela olha ao redor da sala antes de
avistá-lo no bar.

Onde diabos a sua mulher arrumou essa roupa? Ele nunca


a viu usar isso em Queen City.

Sentindo a língua ficar secar, ele levanta uma mão trêmula


para a cerveja para tomar um gole enquanto sua esposa se senta
ao seu lado.

“Eu estive procurando por você.”

“Eu já ia voltar. Precisei de uma pausa.”

Grace concorda como se entendesse. “Eu precisei também.


Pode me trazer uma cerveja?” Ela pede ao barman quando ele se
aproxima.

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Jamie Begley

“Claro, mas o bar vai fechar em quinze minutos.”

Quando Grace faz uma careta curiosa para Mick, Ice


explica, “Lily alugou o bar pelas próximas duas horas.”

Ela bebe a cerveja do copo que Mick colocou na frente dela.


“Claro que ela fez isso.”

“O que isso significa?” Ice se vira na banqueta para ver sua


esposa se aborrecer com o fato de que ele ouviu seu comentário.

“Ela tem o casamento perfeito. Faz sentido que ela seja a


esposa perfeita também.”

“Quanto de champanhe você tomou?”

“Demais.”

Ice fica tenso com o perigo em que ela se colocou ao dirigir


depois de consumir muito álcool. “E você dirigiu até aqui?”

“Relaxe. Beth e Razer me deixaram no caminho para casa.”

“Como você sabia que eu estava aqui?”

Grace desliza a mão dentro do casaco ‘foda-me’, pega o


celular e o coloca ao lado do dele no bar. “Foi você que colocou o
aplicativo encontre um amigo no meu telefone.”

“Eu coloquei no seu, não no meu.”

“Você não é o único que sabe instalar aplicativos.”

Ele começa a ficar com raiva, então lembra que fez o


mesmo. Mordendo a língua, ele decide jogar limpo desta vez,
mesmo que o irrite ela ter conseguido dar a volta nele.

“Papai e T.A. partiram para a Flórida.”

“Desculpe, eu estava…”

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Jamie Begley

Ela acena com a mão para o pedido de desculpas dele. “Eu


não te culpo. Tenho sido tão cadela ultimamente que eu não
quero estar perto de mim.”

Ela tem sido uma cadela, mas ele não suporta a expressão
derrotada que aparece no seu rosto.

“Grace…”

Ela descarta o pedido de desculpas. “Eu tenho sido uma


cadela doida com você, e eu sei disso.”

Ice vê que seu lábio inferior ficar branco enquanto ela o


morde.

“Eu me odeio toda vez que abro a boca para você, mas não
consigo me impedir, não importa o quanto eu tente."

A admissão dela faz com que ele sinta como se ela tivesse
enterrado a bota de salto alto em seu coração, em seguida,
pegando o que restou para esmagar em sua mão como uma
massa tola.

“Grace, eu acho que é hora de —”

“Não… Por favor. Apenas me dê um minuto para dizer tudo


que eu tenho a dizer antes que você me diga que quer o divórcio.
Eu quero te dizer que —”

“Dez minutos!” A voz de Mick fica mais alta, assustando os


dois, a mão dela vai para a coxa dele.

“Eu preciso usar o banheiro. Todo o champanhe que bebi


está fazendo efeito na minha bexiga.”

“É na parte de trás à esquerda. Apresse-se. Eu disse a Lily


que teria todo mundo fora antes que ela chegasse aqui”, Mick
interrompe depois de ouvir a última parte da conversa.

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Jamie Begley

Levantando-se, ela aperta a coxa dele mais forte. “Por favor,


não vá embora. Eu já volto.” Soltando o aperto de sua perna, ela
hesitantemente vai em direção do banheiro.

“Irmão, eu odeio chutar um homem pra fora quando ele


está para baixo, mas preciso que você e sua mulher deem o fora.”

Ice paga pela cerveja, esperando que Grace volte logo


enquanto os outros no bar saem.

Quando Mick vai até a janela, ele lhe dá um olhar


exasperado. “Lily está aqui. Se vir você, ela vai cancelar.”

“Vou ver porque ela está demorando tanto”, ele diz,


levantando da banqueta.

“Eu vou lá fora. Pegue sua mulher e use a porta dos fundos.
É do outro lado do banheiro.”

“Eu farei isso.”

Ice se dirige ao banheiro, pensando por que Grace demora


tanto para fazer xixi. Ele não se incomoda em bater na porta,
entra e vê sua esposa encostada na parede, chorando.

“Que porra aconteceu?” Ele pergunta, dando uma rápida


olhada ao redor do banheiro para se certificar de que nada possa
tê-la machucado.

“Eu sou uma vadia!”

Aturdido, Ice deixa a porta da cabine que abriu se fechar.


“Pare de dizer isso. Você não é uma vadia.”

“Eu sou.” Estremecendo, ela vai até a pia para pegar


algumas toalhas de papel e depois as molha embaixo da torneira.
Enxugando os olhos, ela olha para ele no espelho. “Não posso
nem te culpar por me deixar. Eu tenho sido uma bruxa com você.”

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Jamie Begley

“Grace, você não é uma vadia ou uma bruxa”, ele diz,


tentando acalmá-la para que possa tirá-la do banheiro.

“Quem começa uma briga com o marido no Dia dos


Namorados?” Ela murmura, falando mais para si mesma do que
para ele através do reflexo no espelho. “Eu deveria ter feito sua
refeição favorita e um bolo pra você.”

“Tenho certeza pra caralho que tem sobra de bolo da


recepção.”

Grace sacode a cabeça tristemente. “Rider embrulhou a


maior parte para levar para o clube, disse que trabalharia essa
noite e precisava para o lanche. Não importa de qualquer
maneira. Não era seu sabor favorito que eu sempre faço para você
no Dia dos Namorados.” Grace ofega, respirando fundo antes de
continuar com seu discurso. “Enquanto Lily aluga um bar para
Shade. Lily é a esposa perfeita e eu sou uma droga!”

“Podemos conversar quando sairmos daqui.” Ice começa a


abrir a porta, mas para quando Grace começa a enxugar os olhos
novamente.

“Olhe para mim. Eu pareço ridícula.”

“Você parece sexy pra caralho.”

Ela baixa a mão para a pia. “T.A. disse que você gostaria
quando me convenceu a comprá-lo. Até a T.A. sabe o que você
gosta e ela não é casada com você.”

Ice se move para ficar atrás dela. “Não há um homem vivo


que não gostaria de transar com você usando essa roupa.”

“Então, por que me sinto tão indesejável quanto um pano


de prato?”

Ele não sabia que sua esposa se sentia assim.

“Se você está se sentindo assim, não é com você. Isso é


comigo.”

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Jamie Begley

Capítulo 4

“Como é sua culpa?”

Ele traça uma linha do pulso acelerado dela até a curva do


seu peito. “Se você está se sentindo negligenciada e não sexy,
então eu estou errado. Isso não é ser um bom marido. Foi por
isso que você estava fazendo um buraco no Shade com os seus
olhos na recepção? Ele faz isso com você em vez de mim?”

“Hã?”

O olhar surpreso dela acalma o ciúme, que foi o que o fez


dar a desculpa para deixar a recepção.

“Eu não poderia me sentir atraída por Shade nem em um


milhão de anos. Ele não é o meu tipo.”

“Não acredito em você.” Ice usa os nós dos dedos para


empurrar a blusa dela para baixo, usando uma mão possessiva
sobre o sutiã azul.

“Eu só estava olhando para ele porque a Lily estava falando


sobre ele. Ela acha que ele é um guerreiro de Deus.”

DANGEROUS
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Jamie Begley

O som da risada de Ice ricocheteia nas paredes do


banheiro. “Shade e Deus não devem ser usados na mesma frase.
Eu diria que ele é mais do tipo de servo do diabo, mas Shade não
é servo de ninguém.”

“Ele não pode ser tão ruim, ou a Lily não o amaria.”

Ice revira os olhos com essa declaração inocente. “Então


ela é cega pra caralho quando se trata dele.”

A cabeça de Grace cai para trás no ombro dele quando Ice


começa a apertar seu seio, puxando-o para fora do tecido fino que
o mantém. “Lily não é cega. Ela está apaixonada.”

“Eu realmente não me importo se ela está ou não. A única


mulher com quem me importo é a minha.”

“Você…? Você ainda me ama?”

Ele leva a mão ao ombro dela, levantando-a para encará-


lo. “Que tipo de pergunta é essa? Você sabe que eu amo. Estou
ficando cheio dessa merda. Você me deixa louco na porra de um
segundo, e no próximo, você pergunta se eu te amo? Se não te
amasse, pode me dizer por que eu estaria aguentando essa
merda?”

Ela agarra a pia como se estivesse prestes a cair no chão.

“Minha bunda estaria sentada no escritório de um


conselheiro matrimonial, se eu não te amasse?” Ele
impiedosamente se afasta do seu toque quando ela estende a mão
para ele. “Você precisa pensar direito e entender que não sou eu
o problema.”

“O que você quer dizer?”

“Você sabe o que eu quero dizer. Winston vai para


reavaliação em dois meses e isso está assustando você.”

“Eles nunca o deixarão sair.”

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Jamie Begley

“Eles não vão, mas nos últimos quatro anos, toda vez que
a reavaliação anual surge, nós passamos por meses de inferno
até ele ser negado. Temos alguns meses de sossego antes de
sermos notificados novamente. É uma tortura para você, e com
certeza é para mim, ao ter que assistir você passar por isso.
Mesmo que ele saia amanhã, ele está paralisado do pescoço para
baixo. Tenho certeza que você pode entender.”

“Nossas brigas são sobre Desmond e o trabalho que você


faz para ele, não Leon!”

“É mesmo, Grace? Tente se enganar, não a mim. Você acha


que essa merda que eu faço para garantir que Desmond receba
sua parte dos lucros vale essas brigas recorrentes? Pelo menos
as pessoas em Queen City sabem que o que estão enfiando em
seus narizes e braços não os colocarão em um caixão. Você não
pode ser ingênua a ponto de achar que a merda não vai acontecer
se Desmond fizer sua parte ou não?”

“Você também faz a sua parte!”

“Inferno, com certeza! Eu também durmo como um bebê!


Você acha que vou perder o sono por causa disso? Eu teria
dificuldade em dormir se soubesse que a merda que está
atingindo as outras cidades tomaram conta das ruas. Leia a porra
dos jornais. Alguns departamentos de polícia estão se oferecendo
para verificar as drogas que as pessoas estão consumindo,
porque muitas estão morrendo. Eu tive apenas uma remessa que
quase passou por mim nos últimos dois anos, e o filho da puta
que tentou, foi embora no mesmo caminhão que a estava
transportando.”

“Você está arriscando sua vida! Está arriscando tudo por


nada!”

“Não é nada! É o pagamento do asilo do Gert. Você acha


que o Max pode pagar por todas as crianças com o salário dele e
de Casey? Cole pode estar melhor agora, mas ele tem uma

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Jamie Begley

tonelada de contas médicas que todos estão tentando pagar. E


nem estou falando dos outros irmãos no clube e da bagagem que
eles têm nos ombros. Aparelhos dentários, material escolar,
pagamentos de pensão alimentícia, roupas, comida. Não me diga
que não é por nada, porque é o caralho de uma grande coisa para
eles.”

“Há outras maneiras de fazer isso legalmente.”

“Pode ter passado por você que eu não sou exatamente


qualificado para grandes empregos e altos salários. Nem os
outros irmãos. Fazemos o que fazemos melhor —protegemos os
nossos. E se isso não te faz feliz, então acho que não temos mais
nada a dizer, não é? Agora, vou mijar e dar o fora daqui antes que
Mick volte e eu tenha que bater nele por me dizer para me
apressar mais uma vez.”

Batendo com o punho contra a porta da cabine perto dele,


ela abre tão rápido que Ice tem que segurar outro xingamento
quando vê Grace sair do banheiro com a mão na boca.
Desabotoando sua calça jeans, ele levanta o outro punho para
bater no metal fino.

Ele está lavando as mãos, considerando socar o espelho,


seus olhos se arregalam quando lembra que ele e Grace deveriam
sair pela porta dos fundos.

“Porra!”

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Jamie Begley

Capítulo 5

Correndo para fora do banheiro, Grace para abruptamente


quando vê o que está acontecendo na frente do bar. Congelada
no lugar, a iluminação escura impede que ela seja vista pelo
casal.

Desequilibrada pelo que está acontecendo na frente de


seus olhos, ela não sabe como reagir sem fazer papel de boba.
Não há como ela atravessar o bar e sair sem ser vista. Ela não só
será humilhada, mas Lily surtará se descobrir que o pole dance
que ela está dando ao marido está sendo testemunhado. A única
razão pela qual ela evitou ser vista até agora é que Lily está
balançando no poste de stripper.

Decidindo gritar que está ali e dar a Lily a oportunidade de


se cobrir, e depois sair correndo, Grace abre a boca. Mas antes
que ela possa dar um grito, uma mão a cobre.

Ela ficou tão desconcertada com o desempenho de Lily que


esqueceu que Ice estava no banheiro.

Levantando seus olhos mortificados para os dele, ela


percebe que ele viu a situação em que estão.

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Jamie Begley

Pelo aceno silencioso de cabeça dele, percebe que ele está


usando o queixo para se mover para o lado. Assentindo que
entendeu, Ice tira a mão da boca dela, depois se vira para olhar
para onde está indicando.

Ela ainda está agradecendo a Deus que Ice sabe como tirá-
los sem serem vistos quando ela começa a empurrar a barra de
metal da porta lateral que os levará para fora do bar. Antes que
ela possa empurrar para baixo, Ice a puxa de volta.

Intrigada, ela olha para ele e vê que ele está apontando


para a placa acima da porta.

Engolindo em seco, ela lê a placa que diz que um alarme


tocará se a porta for aberta.

Sentindo-se nervosa, ela está disposta a aproveitar a


chance quando a música mudar. Ela lança um olhar para a frente
e vê o que está acontecendo com Shade e Lily.

Vendo que Ice está olhando tão fixo quanto ela, Grace bate
no ombro do marido, redirecionando sua atenção.

Se ela precisasse de mais provas de que Lily é perfeita, ela


está vendo isso agora sem o conhecimento de Lily. Nenhuma
mulher deveria ser assim. Simplesmente não é justo.
Especialmente com a aparência dela.

Ela bate em Ice novamente, ignorando-o falando sem som,


“Que porra é essa?”

O corpo dela não é algo para se desprezar, mas os seios e


a bunda de Lily são perfeitos e esses são os pontos fracos em seu
corpo. Ela poder ver a apreciação na expressão de Ice, o que a faz
querer bater nele para fazê-lo parar de olhar. O idiota não está
atordoado, sem saber o que fazer para tirá-los da situação em
que se encontram por causa da bexiga dela.

Se ela não tivesse acabado de cuidar da situação, ela teria


feito xixi quando viu o que está acontecendo agora.

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Jamie Begley

Seu queixo cai quando Shade se levanta da cadeira e coloca


Lily no bar. Com medo de que esteja prestes a ser vista, na
escuridão da sala dos fundos do bar, Grace rapidamente se senta
em uma pequena mesa que está perto deles. Com medo, ela olha
para ver o que Ice está fazendo e percebe que a bunda do marido
encontrou uma cadeira ao mesmo tempo que a dela.

“O que vamos fazer?” Ela silenciosamente fala para ele.

Ela estreita os olhos para ele, quando ele apenas dá de


ombros e continua assistindo.

Ela bate nele novamente.

“Pare de fazer isso”, ele fala sem emitir som.

Ela está prestes a enterrar a cabeça nas mãos quando vê o


que Shade está fazendo. De boca aberta, ela só consegue olhar
para ele maravilhada quando ele começa a tirar a roupa. Porra,
eles são o casal perfeito.

Grace franze a testa, atirando em Ice um olhar irritado


quando ele dá um tapinha em sua mão por olhar. Está tudo bem
para ele apreciar Lily, mas ela não tem permissão para apreciar
Shade?

Faíscas de seus olhos cruzam entre eles quando Shade se


ajoelha no chão.

Ela está quase se levantando do lugar para que possa ver


quando a mão de Ice em seu ombro a faz se sentar. Ice sacode a
cabeça em aviso para ela.

Sua decepção é curta porque Shade se levanta e vai até


Lily.

A paixão entre o casal quase incendeia o bar.

Inconscientemente virando na cadeira, o que ela está


testemunhando lança uma granada em seu corpo. Grace nunca
se sentiu assim antes.

DANGEROUS
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Jamie Begley

Distraidamente, ela pega a mão de Ice e aperta-a com força.

Sem piscar, ela observa Lily e Shade, seu coração


começando a martelar quando os olhos de Shade parecem
perfurá-los através das sombras. Aterrorizada por um segundo
que eles foram vistos, Grace reage instintivamente, deslizando
para fora da cadeira em uma posição curvada e indo em direção
ao banheiro, sentindo Ice fazendo o mesmo.

Quando ela chega ao banheiro das mulheres, ela começa a


abrir a porta, então, muda de ideia, e vai para o dos homens.

Ice a detém agarrando a parte inferior de sua jaqueta,


tentando puxá-la de volta para o das mulheres. Balançando a
cabeça, ela tenta afastá-lo, mas uma batida forte na sua bunda
a faz se contorcer como um contorcionista para bater nas mãos
dele.

Grace desiste quando os olhos furiosos de Ice encontram


os dela.

Recuando para o banheiro das mulheres, ela abre a porta


apenas o suficiente para se espremer para dentro, com medo de
que Shade ou Lily vejam a luz aparecendo no corredor escuro.

Ela cai no chão uma vez que ela e Ice estão em segurança,
observando atentamente a porta como se Shade ou Lily fossem
entrar para perguntar o que diabos está acontecendo.

“Por que você estava tentando ir ao banheiro dos homens,


porra?” Ice resmunga, sentando-se ao lado dela.

“Shh! Eles nos ouvirão!” Ela sussurra. “Eu não quero que
a Lily nos veja se precisar usar o banheiro.”

Ice olha para ela como se estivesse louca. “Você prefere ser
pega por Shade?” Ele sussurra de volta.

“Shh! Eles nos ouvirão!” Grace ofega, com medo de estar


prestes a ter um ataque de pânico.

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Jamie Begley

“Eles não ouvirão nada. Eles estão lá fora fodendo como


loucos!”

“Cala a boca. Não diga isso!”

“Bem, eles estão”, ele resmunga, colocando as costas


contra a parede.

“Eu sei, mas você não precisa me lembrar. Nós estaremos


mortos se formos pegos”, ela geme, enquanto aproxima os joelhos
do seu peito. “Você poderia enfrenta-lo?”

“O que você quer dizer com eu poderia enfrenta-lo?”

“Quero dizer, eu não quero morrer!” Ela sussurra


melancolicamente. “Você o enfrentaria se ele saísse dos trilhos e
descobrisse que nós assistimos.”

“Você está sendo ridícula. Ele não vai nos matar.”

Que Ice não pareça tão certo quanto ele soa não inspira
confiança em suas habilidades.

Ela choraminga. “Nós vamos morrer.”

“Nós não vamos morrer.”

Pelo menos Ice parece mais certo disso.

“Ele vai me bater pra caralho, mas você deve ficar bem.”

“É tudo culpa sua que estamos nessa situação! Você


deveria ter me deixado abrir a porta!”

Ice revira os olhos. “Sim, isso teria sido muito melhor.”

“Eu poderia ter corrido. Agora, se a Lily vier ao banheiro,


nós ficaremos presos.” Ela fica chocada com o pensamento de Lily
entrar no banheiro. “E se ela vier aqui nua?”

“Deus, eu só posso esperar por isso”, Ice resmunga.

Grace lhe dá um soco no braço.

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Jamie Begley

“Porra, eu só estava brincando. Pare de me bater!”

“Você não estava brincando. Não pense que não vi você


olhando para os peitos dela.”

“Você está falando sério? Se eu não tivesse olhado, isso


deveria ser um gatilho para você. Não há homem de sangue
vermelho que não teria olhado para ela.”

Ferida, ela baixa os olhos dos dele.

“Não me dê esse olhar ferido! Não fui eu que virei a cadeira


quando você deu uma boa olhada no corpo de Shade. Por um
segundo, pensei que você fosse derrubar a Lily do bar e se jogar
lá em cima.”

Ela olha para ele confusa. Ela fez isso?

Ela respira arrogantemente e alto. Ela não consegue se


lembrar.

“Por favor”, Ice bufa. “Você estava o olhando como se ele


fosse um cone de neve e você estivesse em uma onda de calor.”

“Não seja grosseiro.”

“Eu não estou sendo grosseiro. Estou com tesão pra


caralho!”

“Bem, você não terá nada aqui”, ela retruca.

“Qual é a novidade?” Ele retruca de volta.

“Você está tentando dizer que não têm nada?”

“Eu não estou tentando. Estou dizendo como é.”

Grace coloca as palmas das mãos sobre os joelhos. “Nós


fazemos sexo o tempo todo.”

“Quando foi a última vez que você deixou eu te foder


então?”

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Jamie Begley

“Uh... no outro dia.”

“Algo como há três semanas.”

“Isso não é verdade. Faz só alguns dias.”

“Faz três semanas, Grace.”

“Mesmo?” Certamente ele não pode estar certo. Ela força


sua mente, tentando lembrar.

“Mesmo.”

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Jamie Begley

Capítulo 6

“Você não me deixa tocar em você desde o dia em que


recebemos a carta de que a audiência de Winston foi remarcada.”

Aturdida, ela olha para a pia, concentrando-se em uma


gota de água na borda da torneira, como se estivesse pendurada
pela vida. Do jeito que ela ficou quando foi sequestrada, sua vida
pendendo na balança toda vez que Leon descia os degraus de
madeira.

“Eu não achei que fizesse tanto tempo.”

“Bem, faz.”

Sentindo-se como um completo fracasso como esposa, ela


continua a olhar para a gota de água estúpida, esperando que ela
caia. “Eu continuo ouvindo ele descendo aqueles degraus.
Durante o dia, quando estou no trabalho. À noite, mesmo quando
sei que você está lá e Winston está no hospital psiquiátrico. Como
vou deixar de ouvi-los quando ele realmente sair?”

Ice coloca um braço reconfortante em volta dos ombros


dela, aproximando-se dela. “Ele não pode mais andar. Talvez você
deva voltar para a terapia.”

DANGEROUS
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Jamie Begley

“Eu voltei dois meses atrás. Não está ajudando, ainda ouço
aqueles passos.” Ela leva a mão ao cabelo, apoiando a testa nos
joelhos. “Eu nunca vou parar de ouvi-los.”

“Você vai. Ele nunca chegará perto de você novamente.”

“Eu sei que você pensa que pode me proteger contra ele,
mas não pode. Mais cedo ou mais tarde, ele vai sair. Os médicos
continuam escrevendo aquelas cartas dizendo que ele não é uma
ameaça física. Seu corpo pode não ser capaz de se mover, mas
não há nada de errado com sua mente. Ele é habilidoso em
encontrar as fraquezas das pessoas e tirar vantagem de qualquer
maneira que ele possa.”

“Eles não o deixarão sair. Vão levá-lo para uma cela da


prisão.”

“De alguma forma, de alguma maneira, ele vai sair. Os


médicos gostam dele. Eles estão subestimando-o. Ele está
fingindo que está arrependido. Ele finalmente sairá e, quando o
fizer, manipulará alguém para me encontrar. Ele disse que nunca
me deixaria ir embora, e falou sério.”

“O filho da puta doente não vai ficar a uma curta distância


de você. Juro, Grace, juro pelo meu túmulo que ele não chegará
perto de você.”

Grace levanta a cabeça para olhar para ele. “Eu tenho


medo disso também. Quando ele descobrir que estamos juntos,
ele vai te matar. Como você pode me proteger se não estiver
aqui?”

“Porra. É por isso que você está no meu pé sobre trabalhar


para Desmond?”

Ela não viu a correlação antes, mas Ice pode estar certo.

“Acho que sim. Eu não gosto de você trabalhando para ele.


Mas sim, parte disso é porque eu preciso de você vivo, Ice. Eu não
preciso de você enterrado a sete palmos por causa de um acordo

DANGEROUS
LOVE
Jamie Begley

obscuro que Desmond precisa que você faça. E se algo der


errado?”

“Algo pode dar errado a qualquer momento que eu ando na


moto ou saio no trânsito.”

“Isso é verdade. Mas você não tem que ser um alvo para
qualquer um que queira matar Desmond também.”

Ele a segura mais firme ao seu lado. “Mesmo se eu parasse,


ficasse em casa e vivesse em uma bolha para te fazer feliz, eu
poderia cair morto de um ataque cardíaco pelo tédio. Não posso
viver minha vida com medo de que alguma merda possa
acontecer, mais do que você pode viver com medo de que Winston
a machuque ou mate alguém para chegar até você.”

“Eu sei. O que nós vamos fazer?"

“Eu vou te dizer o que vamos fazer. Nós vamos viver nossas
vidas como se Winston não existisse, nada sobre nós dará errado,
e eu não vou bater e morrer na moto. Você não acha que eu não
sinto o mesmo medo por você? Sua mãe estava morrendo de
insuficiência cardíaca quando encontraram o câncer de mama.
Você acha que essa merda não pesa nos meus ombros por você?
Você acha que eu quero criar sozinho uma criança se algo
acontecer com você? Porra, não! Mas não vamos viver com medo
de que um dos seus exames volte com um resultado que não seja
negativo.”

Ela concorda. “Estou tentando.”

“Foda-se tentar. Você está tentando esquecer Winston


desde que ele foi preso. Talvez seja esse o problema. Você foi
naquelas audiências e falou sobre o que ele fez com você e suas
amigas. Diga a ele tudo o que você está segurando, tire isso do
seu peito, e deixe-o para trás quando sair, porque meu pau não
está ficando mais jovem. Eu não sei se posso levantá-lo mais.”

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Jamie Begley

Ela o cutuca nas costelas com o cotovelo, sabendo que ele


está pronto para mudar o assunto de Winston. “Você não teve
problemas em ficar de pau duro quando viu Lily dançando.” Ela
lhe dá um olhar reprovador, deixando-o saber que ela estava
ciente da protuberância sob seu jeans quando a puxou para o
banheiro. Não é como se ela pudesse ter perdido a enorme
protuberância pressionada contra sua bunda enquanto ela se
esgueirava para dentro do banheiro.

Ele lhe dá um sorriso triste em reconhecimento. “Ela teria


conseguido uma ereção de um homem morto com o jeito que ela
subia e descia naquele poste. Você deveria perguntar onde ela
teve aulas.”

Ela o cutuca novamente. “Cale a boca enquanto você pode.”

“Não precisa ficar com ciúmes. Ela não é páreo para você.
Eu prefiro minhas mulheres loiras...”

Ela levanta uma sobrancelha para ele. “Mulheres?”

“Eu prefiro que minha mulher seja loira”, ele se corrige. “Ela
tem uma bunda muito grande para o meu gosto...”

“Você está mentindo para me fazer sentir melhor.”

“Está funcionando?”

“Sim.”

“Então está tudo bem. Mas falando sério, você precisa


aprender a fazer pole dance. É sexy pra caralho.”

“Você vai a um clube de strip quase todos os dias em Queen


City; pole dance não é uma coisa estranha para você.”

“Aquelas strippers estão cansadas de se contorcer. Henry


precisa contratar umas novas. Além disso, é diferente ver uma
garota boa sendo má. Mexe com a minha libido, sabe?”

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Jamie Begley

“Eu não posso dizer que sim. Eu me pergunto se isso


funciona da mesma maneira com os homens? Vários homens
muito sexys são clientes da Zoey. Talvez um deles tenha um lado
mau. Vou ter que pedir a opinião dela.”

Ice parece que não gosta da comparação.

Ela coloca a mão na coxa dele, e ele a sua em cima da dela.

“Você está tentando bancar a boazinha depois de tentar me


deixar com ciúmes?”

Ela começa a discutir com ele, então se contém,


percebendo que sua tagarelice daria em merda.

“Eu acho que estava apenas verificando se ainda poderia


te deixar com ciúmes.”

Ele dá a ela um sorriso torto como se estivesse pensando


em uma piada que só ele pode entender.

“O que foi?”

“Você não precisa me deixar com ciúmes para descobrir se


sinto o mesmo por você. Você quer saber algo engraçado pra
caralho? Nunca esperei que nosso relacionamento durasse.”

Ela não acha a confissão dele engraçada.

Machucada, ela tenta puxar a mão de volta, mas Ice a


impede, unindo os dedos com os dela.

“Eu esperava que você se cansasse da minha bunda há


muito tempo. Você poderia ter qualquer homem que quisesse,
alguém mais inteligente, com emprego decente ou uma família
decente da qual não se envergonhasse de fazer parte. Eu só casei
com você porque, uma vez que coloquei o anel em seu dedo você
prometeu em nossos votos de casamento que se eu estragasse
tudo, você não iria embora. Quando você diz alguma coisa, você
fala sério. Você é tudo que eu não sou. Eu contei com você me

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Jamie Begley

amando apesar de eu não ser capaz de esconder o fato de que


não sou o melhor homem que você pudesse ter escolhido.”

“Eu não quero mudá-lo.”

“Você quer, mas eu não posso. É por isso que me casei com
você. Eu tenho apostado nesse fato, que quando percebesse, você
não me deixaria. Como eu poderia culpá-la quando não consegui
manter as promessas que você esperava?”

“Esse tempo todo você pensou que a única razão pela qual
eu fiquei com você é por causa de um anel e um pedaço de papel?”

“Sim.”

“Se tivéssemos uma certidão de casamento ou não, eu não


ficaria se não te amasse. É para isso que serve o divórcio.”

“Já que estou colocando todas as minhas cartas na mesa,


nunca haverá um divórcio. Eu nunca deixarei você ir.”

Ela aperta a mão na dele. “Eu não quero que você deixe.
Acho que nós dois temos tanto medo de perder um ao outro que
estamos nos afastando. Nós temos que começar a lutar pelo que
temos, e sou mais culpada que você. Eu sinto muito.”

“Se você quiser continuar trabalhando para Desmond,


então vá em frente. Eu não vou interferir de novo. Tenho que
confiar que você fará o melhor pelo nosso casamento, mesmo
quando eu não estiver lá. E já que estamos colocando nossas
cartas na mesa, não pense que a porcaria que você acabou de
dizer sobre não ser inteligente, ter um emprego comum ou uma
família decente seria um esforço para chegar ao meu coração.
Você é inteligente o suficiente para saber isso e sabe que eu não
dou a mínima para as outras duas coisas.”

Deitando a cabeça no ombro dele, ela relaxa contra ele pela


primeira vez no que parece uma eternidade. “Quanto tempo você
acha que podemos que ficar aqui?”

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Jamie Begley

“Quer que eu saia e veja se eles acabaram?”

“Não, eu não preciso que você tenha mais ideias.”

“Tarde demais. É Dia dos Namorados e sei o que quero.”

“Isso envolve um poste?” Ela brinca.

“Não, envolve aquele casaco, aquelas botas que você está


usando e uma lap dance.”

Ela está prestes a dizer a ele que não vai acontecer quando
os dois pulam com a porta do banheiro se abrindo.

O dono do bar está em pé ali, olhando para eles


severamente. “Vocês deveriam ir embora.”

Ice levanta, ajudando-a a se levantar. “Tentamos, mas não


queríamos acionar o alarme.”

“Esse maldito alarme não funciona há dez anos.”

“Teria sido bom saber isso há uma hora.” Grace sopra um


fiapo azul do canto da sua boca.

“Já faz mais de três horas que vocês foram ao banheiro.”

“Não pareceu muito tempo, não é?” Ela pergunta ao


marido, vendo o olhar cético do homem enquanto ele olha para
baixo como se eles fossem voyeurs.

O fato dele não concordar com ela a faz cutucá-lo nas


costelas.

“Sim, claro”, ele finalmente admite, embora claramente não


ache.

“Como você sabia que ainda estávamos aqui?”

“Além do seu carro alugado ainda estar na frente?” O


sarcasmo rola pela sua língua. “Shade me deu os seus celulares
que vocês deixaram no bar para devolver para vocês.”

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A garganta de Grace fica seca. Ela dá a Ice um olhar mortal


porque ele não parece tão envergonhado quanto ela.

“O que ele disse?” Ice pergunta, pegando o telefone.

“Feliz Dia dos namorados.”

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Jamie Begley

Capítulo 7

“Eu nunca senti tanta envergonha na minha vida! Shade


sabia que estávamos os assistindo!”
Ice afasta seus olhos da estrada para ver o rosto de Grace
plantado em suas mãos. “Isso não pareceu incomodá-lo”, ele
brinca, tentando aliviar sua ansiedade.
Ela levanta a cabeça para olhar para ele. “Você acha que a
Lily sabe?”
“Não.”
“Você não acha que ele disse a ela?”
“Se tivesse, ele não teria nos dito Feliz Dia dos Namorados.
Ele teria chutado minha bunda.”
“Estou feliz que estamos viajando de volta de manhã. Eu
nunca vou poder encarar a Lily novamente se ela souber que nós
os vimos.”
“Você está sendo um pouco dramática, não?”
“É fácil para você dizer. Com as mulheres, é diferente.
Ficamos envergonhadas com coisas assim. Especialmente a Lily.
Ela é muito tímida.”

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Jamie Begley

“Ela não estava tímida hoje à noite”, ele diz, então alerta,
“Não me bata. Estou dirigindo.”
Grace dá a ele um olhar zangado, mas mantém o cotovelo
para si mesma. “Continue assim e serão quatro semanas até
termos sexo novamente.”
“Não bata em um homem quando ele está para baixo.”
“Eu realmente não sabia que fazia tanto tempo.”
“Grace, eu poderia ter dito alguma coisa. Eu não disse. Eu
sei que a audiência de Winston está chegando, então seu pai se
casou novamente. A última coisa que você precisava era eu
pressionando para fazer sexo.”
“Eu não sei se agradeço ou fico preocupada que você não
tenha me perseguido.”
Ice ativa a seta para virar na rua da casa de Dalton. “Não
há nada para se preocupar.”
Ele sente os olhos dela sobre ele na escuridão quando
entram na garagem.
“Você não me pediu para vir para a sede do clube
ultimamente.”
Ele inclina a cabeça para o lado, tentando estudar sua
expressão nas sombras.
“Você tem trabalhado até tarde, e o humor que você estava,
eu não acho que você iria querer.”
“Eu sendo uma bruxa já passou, Ice. Estou falando sério.”
“Eu sei que você está.”
Saindo do carro, ele pega a mão dela quando a oferece para
ele enquanto caminham pela calçada até a casa.
“Eu ficarei feliz em estar em casa amanhã. Sinto falta dos
nossos cachorros.”
“Stump estará pronto para devolvê-los, e Zoey tentará
mantê-los.”
“Não vai fazer bem a ela. Eu sou egoísta quando algo é
meu.”

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Jamie Begley

Ice lhe dá um rápido olhar quando insere a chave na porta.


Ele ouviu um sinal sutil de possessividade em seu tom, mas
achava que estava exagerando.
Zoey devolveria os cachorros. Para dizer a verdade, ele
provavelmente provocaria uma briga onde esses merdinhas
estivessem envolvidos.
Acendendo as luzes, ele desativa o sistema de alarme que
Dalton lhe mostrou. A casa é segura como a cidade de Fort Knox.
“Parece que os empregados limparam antes de saírem.” Ele
esperava voltar e ter que passar o resto da noite ajudando Grace
a limpar.
“Eles limparam. Eu disse a Willa e Ginny que limparíamos,
mas elas não me deixariam levantar um dedo. Eu até queria
pagá-las, mas não deixaram.”
“Tenho certeza que Dalton cuidou disso.” Tirando a sua
jaqueta, ele ia tirar a de Grace para pendurá-la, mas ela se
contorce com seu toque. “Você não quer tirá-la?”
“Não, eu não vou usá-la pela manhã. Vou arrumar na
minha mala antes que esqueça. Estou com medo de fazer as
malas. Nosso quarto está uma bagunça.”
Trancando a porta e religando os alarmes externos, ele vai
para o lado dela. “Vamos lá, vou ajudar você a fazer as malas.”
“Você não quer que eu faça algo para você comer?”
“Nós encontraremos algo quando as malas estiverem
prontas. Tenho certeza de que há muitas sobras. Você parece
exausta.”
“Estou cansada”, ela confessa.
Ele se enche de preocupação por sua esposa. Ela passou
por tantas turbulências emocionais ultimamente que parecia
uma corda de violino muito apertada.
“Vamos; pegue o que você precisa para esta noite e a
manhã, farei as malas. Enquanto faço as malas, você toma um
banho.”

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Jamie Begley

“Está bem. Eu vou.”


Eles caminham pela sala de estar e depois pela cozinha,
em direção ao quarto. Ele acende a luz quando viram o corredor,
ambos param quando veem o que está no balcão, esperando por
eles.
Seguindo em frente, Grace ri quando lê o cartão deixado à
vista.
“É da T.A. e do papai. É o presente deles do Dia dos
Namorados para nós. Ela disse que há bifes e batatas no forno.”
Ice tira o champanhe do balde de gelo.
“Porra, eu gosto da T.A.” Arrancando a rolha de cima, ele
pega o abridor de vinho ao lado do balde.
“Eu também.” Ela pega a taça que ele encheu para ela
antes de servir a sua. “Pensei que iria me ressentir com qualquer
uma que meu pai se casasse. Mamãe e eu conversamos antes que
ela falecesse, e ela me fez prometer que quem quer que o pai
escolhesse, mostraria a ela tanto amor e respeito quanto lhe dei.”
Ice engasga com a bebida que acabou de tomar.
“Oceane deve ter sido dopada com analgésicos quando
disse isso.” Cético, ele não achava que sua sogra jamais daria a
Dalton permissão para se casar novamente, a menos que ela
tivesse sido drogada e tivesse perdido seu juízo.
“Ela não estava. Ela me disse isso quando encontraram o
câncer de mama e ela foi retirada da lista de transplantes. Falou
novamente dois dias antes de morrer.”
Ele faz uma pausa, pegando um espeto de morangos e
abacaxi. “Você contou ao seu pai?”
“Ainda não. Ela me deu uma carta para dar a ele quando
se casasse novamente. Eu a dei para a T.A. esta manhã para
entregar a ele amanhã. Hoje deveria ser sobre eles.”
“Você aprende algo novo a cada dia. Oceane dar sua
aprovação para que Dalton se case de novo, explode a porra da
minha mente.”

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Jamie Begley

“Ela não deu sua aprovação. Minha mãe era muito


ciumenta e possessiva com papai para fazer isso. Ela disse a ele
que o ama e que ainda espera que ele seja enterrado ao lado dela.
Que sua nova esposa possa ser enterrada do outro lado. Ela fez
Dax comprar os lotes do cemitério antes de falecer.”
“Esse é a Oceane que conheci.”
O olhar introspectivo em seu rosto lhe diz que ela não havia
dito o que mais havia na carta. Ice não a pressiona, ficando com
a impressão de que ela está escondendo algo que não quer
discutir.
“Vá tomar um banho quente, vou arrumar nossas roupas.”
Grace balança a cabeça indo para o quarto enquanto ele
termina o espeto de frutas, dando-lhe alguns minutos a sós.
Ice sabe o quanto ela era próxima de sua mãe e, apesar do
quanto passou a gostar de T.A., ela ainda sente falta de Oceane.
Entrando no quarto, ele vê Grace sentada na cama com
uma caixa de joias nas mãos. Sentindo que ele estava lá, ela tira
os olhos da pulseira em suas mãos.
“É lindo.” Sua voz vacila quando ela estende a mão para ele
colocá-la. “Quando você teve tempo para comprar isso?”
“Comprei há algumas semanas. Dalton guardou para mim.
Eu não queria uma repetição do Natal. Você é péssima em abrir
seus presentes.”
Durante o Natal, ele a pegou embrulhando novamente um
presente que ele havia embrulhado e colocado sob a árvore de
Natal. Ela é pior que uma criança quando se trata de presentes.
Não consegue resistir à tentação.
“Eu não posso evitar.”
“Eu sei.” Apertando a pulseira, ele sabe que escolheu bem.
As joias delicadas ganham vida contra sua pele. O metal dourado
brilha com os pequenos corações cravejados de pedras, pegando
a luz quando ela levanta a mão para olhar.
“É lindo. Obrigada.”

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Jamie Begley

“De nada.”
“Eu tenho um presente para você também.” Indo para o
armário, ela pega sua mala. Abrindo o compartimento na frente,
ela pega um envelope e hesitantemente dá a ele.
Abrindo o envelope, Ice tira um cartão do Dia dos
Namorados. Dentro há um recibo.
“Eu comprei para você uma moto como a de Colton.”
“Eu pedi para ele me vender uma. Agora vejo por que ele
não vendeu.”
Ela dá um suspiro de alívio. “Eu sabia que você precisava
de outra moto. Colton disse que devolveria o dinheiro se você
quisesse outra.”
“Você está brincando comigo? Aquela moto é insana. Shade
também estava tentando comprar uma quando estávamos do
lado de fora.”
“Então, você está feliz?”
Ice olha para o recibo. A insegurança no rosto da sua
esposa faz com que ele se aproxime dela. “Eu estava feliz antes
de você me dar a moto.”
Ela acaricia o lado de sua garganta com intensidade,
enterrando o rosto na curva do pescoço dele. “Você está?”
“Estou”, ele assegura.
Virando-a para o banheiro, ele dá uma tapa em sua bunda
para fazê-la andar. “Vá tomar banho e vou arrumar tudo para
que possamos aproveitar o resto da noite.”
“Sim, senhor”, ela zomba.
“Droga, isso soa bem. Você deveria pedir a Lily algumas
dicas — Ai!” Ice se esquiva da caixa de joias vazia ainda em sua
mão.
“Você sabe que isso não vai acontecer.”
“Baby, deixe um homem sonhar.”
“Ok, você pode sonhar com isso enquanto estou no banho,
mas quando eu sair, é melhor você estar de volta à realidade.”

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Jamie Begley

Posicionando a mala de Grace no final da cama, ele começa


a arrumar as roupas enquanto o som de água corrente sai do
banheiro. Confiante de que Grace está ocupada, ele pega o
celular, certificando-se de que não há ligações perdidas. Não há
nenhuma, mas sem dúvida, Shade vai atirar nele quando não
estiver ocupado.
O Last Rider não dá a mínima por ser visto fodendo a sua
esposa, mas o que o irmão se importa é que Lily nunca descubra.
Terminando a mala, ele puxa a menor do armário,
enchendo-a com suas coisas. Ele está a levantando da cama
quando ouve Grace sair da banheira.
Empurrando as duas malas de volta no armário, ele está
pensando em se deitar e se esticar na cama quando a porta se
abre e Grace sai com uma toalha enrolada no corpo.
“Sua vez”, ela diz, passando uma pequena toalha pelo
cabelo. “Vou aquecer um pouco de comida enquanto você toma
banho.”
Determinando que uma vez que ele se deitasse estaria fora
de combate, assente cansado, dá a volta em torno dela e vai para
o banheiro. Ele prefere tomar banho no chuveiro, mas Grace já
tinha esvaziado a banheira e estava enchendo-a para ele. Tirando
a roupa, afunda na água morna. Ela até tinha colocado uma
toalha para ele.
Lavando-se, ele relaxa, descansando a nuca na
extremidade da banheira, com preguiça de sair. Ele promete a si
mesmo que sairá em um minuto.
“Ice.” Ele está tão cansado que não ouviu Grace entrar no
banheiro. Seus olhos pousam nela, assustados ao encontrá-la
ajoelhada ao lado da banheira.
“Estou indo. Eu cochilei.”
Ele leva a mão para o lado da banheira para sair da água,
mas ela o empurra para trás com uma mão firme em seu ombro
antes de pegar algo ao lado dela.
“Fique parado.”

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Jamie Begley

Curioso, ele pega a taça de champanhe que ela lhe entrega


e observa quando ela se abaixa novamente antes de colocar um
morango rechonchudo em seus lábios. Ele dá uma mordida
quando ela deliberadamente passa a mão do seu ombro até o
peito.
“Quando nos casamos, jurei que nunca seria o tipo de
esposa que daria desculpas para não fazer amor.”
“Grace, isso não é nada demais”, ele tenta tranquilizá-la,
colocando a taça do outro lado da banheira.
Acariciando seu peito, seus olhos colidem tristemente com
os dele. “Eu não sei o que é pior: que você acha que não é nada
demais, ou que você não me procurou por isso.”
Ele quase derruba a taça com o cotovelo enquanto se
levanta na banheira. “Eu não estou traindo você por aí.”
Ela continua acariciando seu peito como se ele não tivesse
dito nada. “Como poderia culpá-lo se você tivesse? Eu certamente
não estive lá para você nas últimas semanas. Honestamente, não
estive lá para você desde que perdi a mamãe e o bebê.”
Sua admissão franca o faz estender a mão para envolver a
parte de trás do seu pescoço.
“Olhe para mim. Você acha que eu não sei disso? Você nem
teve seu equilíbrio de volta antes de ser derrubada de novo. Você
não foi a única que perdeu o bebê. Eu também o perdi. Nunca
planejei ter filhos — não é como se tivesse alguma característica
redentora a transmitir, mas me convenci de que, com você
envolvida, ele poderia ter uma chance de ter uma vida normal.”
“Exceto que ele não teve uma vida.”
Ice sabe que ela está se esforçando para não chorar.
Ela ergue o queixo e lhe dá um sorriso convidativo
enquanto pega outro morango. “Eu não quero mais falar sobre
isso hoje à noite. O resto da noite será sobre você.”
Mastigando o morango quando ela tira o roupão, ele se
força a engolir a fruta. Então ela se inclina sobre a beirada da

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banheira para deslizar sua mão sob a água antes de envolver sua
mão em torno do seu pau.
“Qualquer coisa que você quiser esta noite está a sua
disposição.”
“Uh... quantas taças de champanhe você tomou enquanto
eu estava cochilando?”
“Não estou bêbada. Fiquei sóbria quando você me lembrou
que já faz três semanas desde que fizemos sexo.”
“Não quero foder só porque você está se sentindo culpada.”
“Não estou me sentindo culpada. Estou excitada.”
Ele não era estúpido o suficiente para continuar
discutindo, especialmente quando a mão dela estava envolvida
em torno do seu pau como um punho. Como ele podia estar
suando enquanto estava sentado em uma banheira de água
morna? Ele teve mais buceta do que a maioria dos homens tinha
em toda a sua vida.
Quando ele fodeu uma puta no clube dos Predators para
provar um ponto para os irmãos quando o relacionamento deles
começou, ele perdeu Grace. A única maneira de recuperá-la foi
jurar que nunca faria isso novamente. Ele manteve sua palavra.
Uma coisa que a porra da Brandy fez por ele foi mostrar
que nenhuma buceta valia a pena perder Grace. Sempre há uma
bucetinha nova com a qual os irmãos ficam para aliviar suas
coceiras, mas ele nunca se sentiu tentado, apesar delas tornarem
seu desejo conhecido.
Uma em particular está começando a ser um pé no saco.
Ele não prestou atenção na Porsche quando Lizard a apresentou
ao clube, e ele ainda não prestou. Mas quanto mais ele a ignora,
mais ela fica determinada a capturar sua atenção. Ele disse a
Lizard antes de partir para o Kentucky que a mulher estava com
os dias contados.
Na manhã em que ele e Grace estavam partindo para o
Kentucky, ele parou no clube para se certificar de que havia
dinheiro suficiente para Jackal para as emergências enquanto

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Jamie Begley

estava fora. Quando ele entrou no escritório, Porsche estava


sentada atrás da sua mesa com apenas um minúsculo short e um
sutiã com seus seios enormes expostos.
Puxando a cadeira para o lado, ele disse a ela para dar o
fora, mas em vez de fugir assustada, ela levou as mãos para a
fivela do cinto. “Você parece estar de mau humor. Deixe-me chupar
seu pau.” Fazendo beicinho para ele, passou a língua
sugestivamente sobre os lábios. “Vem cá, baby. Eu posso fazer
você relaxar,” ela cantarolou.
Ele olhou friamente para ela, seus olhos se estreitaram. “Eu
aposto que você poderia.” Ele apertou seu queixo com tanta força
que a pele dela embranqueceu sob as pontas dos seus dedos. A
cadela nem percebeu o quão perto ela estava dele a estrangular.
“Mas assim poderia qualquer outra cadela na outra sala. Você é
como uma garrafa de dois dólares de vinho barato que eu poderia
ter sempre que quisesse. Quando quiser, eu pego. Não há nada em
você que eu queira foder. Nem essa boca ou essa buceta que você
está me implorando para levar.”
Deslizando a mão até o pescoço dela, ele a puxou para fora
da cadeira, em seguida, forçou-a para a porta. “Abra”, ele rosnou.
Choramingando, a mulher abriu a porta.
Quando ele a jogou para fora do escritório, ela teve que se
segurar na parede do corredor.
“A única coisa que quero de você é que fale ao Lizard para
trazer a bunda dele aqui.”
Batendo a porta, ele voltou para a escrivaninha para cuidar
do negócio para o qual ele tinha vindo.
Não demorou muito para que ele ouvisse uma batida na
porta.
“Essa cadela é problema.” Ice não fez nenhum comentário
sobre expressar seu descontentamento.
“Qual delas?”
“Não banque o idiota, seu merda. Você sabe de quem estou
falando.”

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Jamie Begley

“Ela tem uma queda por você —”


“Ela não tem nada por mim. Ela quer chegar a Desmond. Só
quer usar meu pau como uma introdução, como ela usou o seu para
chegar até mim.”
“Ela vai embora antes de você voltar”, Lizard disse, virando-
se para sair.
“É melhor que sim, ou quando eu jogar a bunda dela para
fora, a sua estará bem atrás.”

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Capítulo 8

Grace vê as expressões conflitantes perseguirem o rosto do


marido. Ela esperou muito tempo para tentar salvar seu
casamento? Ela não tem que ser informada que tinha tomado Ice
como garantido, perdida em sua própria dor. Toda vez que
tentava sair, ela retornava como um bumerangue, afastando-a
cada vez mais do Ice.
“Qualquer coisa?” Ele pergunta com voz rouca.
“Qualquer coisa, menos eu me ajoelhar para você, isso
nunca vai acontecer.”
Ela provocativamente pressiona um beijo em seus lábios,
em seguida, tira a mão do seu pau para ficar em pé. Pegando uma
toalha do porta-toalhas, ela a abre para ele.
A visão dele saindo da água faz o calor subir entre suas
coxas. Seu corpo é lindo. Até mesmo a mãe de Killyama, Peyton,
perguntou se ela achava que ele seria modelo para ela. T.A. disse
que ela era uma artista talentosa, mas por mais que gostasse da
mulher, ela não queria que Ice fosse seu modelo. Ela não quer

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ninguém além dela vendo o corpo que promete prazer sensual só


pela forma como ele atravessa o quarto.
Seu cabelo castanho está mais curto do que quando se
conheceram. Seu olhar imperioso faz você se sentir como se ele
estivesse ciente das fantasias indecentes que você está
imaginando, mesmo em plena luz do dia. Paixões pecaminosas e
sombrias espreitam logo abaixo daqueles olhos azul-gelo.
Sexualmente, ele é um imã para qualquer mulher, quanto mais
para as mulheres que não hesitam em ir atrás do que querem.
Ela quer gritar consigo mesma. Se ela o perdesse, não teria
ninguém para culpar além de si mesma.
Ela não enrola a toalha em volta dele e deixa-o se secar.
Em vez disso, ela o seca cuidadosamente. Começando em seus
ombros, ela esfrega a toalha sobre o corpo dele, tomando cuidado
extra em seu peito, em seguida, sua cintura antes de deslizar até
o ninho de cabelo encaracolado acima de suas coxas. Indo mais
abaixo, ela seca o pau que está ereto, e sorri quando o ouve
ofegar.
Continuando, ela desliza a toalha por suas pernas,
absorvendo as gotas de água, então se movendo para os pés dele
antes de se levantar. Indo atrás dele, ela seca suas costas,
intermitentemente colocando beijos em cada uma de suas
omoplatas, e depois arrastando por sua espinha. Com
apreciação, seca sua bunda antes de retornar às suas pernas.
Satisfeita por ele estar seco, ela anda ao seu redor para o
encarar novamente, notando que seu pau está tão duro que ela
pode ver as veias através da pele fina.
“Quem precisa de uma toalha quente quando eu tenho
você?”
“Você gosta?” Divertimento a enche com a reação de Ice.
“Sempre que você quiser, estou ao seu dispor. Eu também gostei
disso.” Ela admite intensamente.
Deixando a toalha cair sobre a lateral da banheira, ela
desliza sua língua pelo peito de Ice com a mesma atenção que

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teve nas costas dele. Lançando seus lábios em um de seus


mamilos, ela lambe o mamilo até que se transforma em um
pequeno broto. Então ela desliza a língua pelo peito dele e faz o
mesmo com o outro.
“Eu posso ser ou fazer qualquer coisa que você quiser, Ice”,
ela murmura contra sua pele.
“Cale a porra da sua boca,” ele diz enquanto passa a mão
pelo cabelo dela. “Tudo o que eu sempre quis foi você, mesmo
antes de te conhecer.” Ele bruscamente a envolve em seus braços,
inclinando sua cabeça para trás pelos cabelos, forçando-a a
encontrar seus olhos. “Os arco-íris são lindos enquanto duram.
Eu tive a sorte de te pegar antes que você descobrisse que tipo de
homem eu era. Estraguei tudo e quase perdi você. Eu nunca vou
me colocar nessa posição novamente.”
Inclinando o nariz para cima, ela corajosamente tenta não
se afastar da mão puxando seu cabelo.
Ice não era o único que ficou excitado. Estar em tal contato
com o marido faz suas mãos irem para seus ombros, suas unhas,
sem saber, deixando impressões de meia-lua em sua pele. Seus
mamilos endurecem enquanto o calor queima em seu centro,
retorcendo mais forte quando ela vê a paixão recíproca em seu
olhar.
Ice é experiente o suficiente para saber o que ela quer dele,
não é apenas sexo de reconciliação; o desejo, cheio de tristeza de
perder a mãe e o bebê, ainda está lá, esperando para sair do
controle novamente.
Ice desliza sua mão livre até seu traseiro, massageando a
nádega com sua palma áspera, insinuando seus dedos entre sua
curva.
“Posso aceitar essa oferta de fazer o que eu quero.”
Grace engole em seco a imagem de Ice, O Predator,
recebendo carta branca.
“Vai recuar?” Ele pergunta, levantando uma sobrancelha
para ela, dando a ela a chance de repensar sua oferta.

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Jamie Begley

Sentindo-se desesperada, ela pensa na forma que ele


estava olhando para ela, apenas o desejo dentro de seu próprio
corpo não a deixava. Ela o queria tanto quanto ele a queria. Ela
vinha tentando colocar restrições no Ice por tanto tempo que
quase destruiu seu casamento. Ela está cansada disso. Limites
são uma merda.
Ice é um motociclista que viola os limites de velocidade.
Esforçando-se para domar a coisa que ela mais ama nele, tentou
transformá-lo em um sedã de quatro portas.
Ela quer seu motociclista de volta. Ela o quer de volta
desesperadamente.
“Ice, foda-me.”
Preparando-se para o que seu marido fará em seguida, ela
fica boquiaberta quando ele solta sua bunda e sai do banheiro.
“O que você está…?” Grace começa a perguntar, chegando
à porta, depois deseja que não tivesse feito isso. Ela deveria ter
usado a oportunidade para se trancar lá dentro.
Ela nunca descreveria Ice como um amante que gosta de
jogos. Ele nunca quis jogar como a maioria dos casais faz para
apimentar sua vida sexual. O único tempero que ele precisava
para pegá-la com força era um olhar sensual. Ela também não
precisava disso, porque Ice faz duas coisas muito, muito bem:
andar de moto e fazer sexo. Naquela noite, no entanto, parece que
Ice quer jogar. O problema é que ela se sentia como um cordeiro
e ele é o grande lobo mau.
Ele está abaixando as persianas e fechando as grossas
cortinas. Então ele vai para a mesa de cabeceira que está mais
perto dele e apaga a luz. A forma como ele espreita ao redor da
cama para a outra lâmpada a faz arrepiar.
“Ice, quando disse qualquer coisa, eu realmente não quis
dizer qualquer coisa.”
“Confie em mim; venha aqui.”
Inesperadamente, ela se sente nervosa enquanto atravessa
o chão do quarto até ele.

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Jamie Begley

“Vire-se.”
Virando-se, ela obedece a sua voz rouca, percebendo que
Ice está ficando excitado com o que ele planejou.
“Não deveríamos ter algum tipo de... palavra segura?” Ela
pergunta hesitante.
“Você sabe a palavra pare, não sabe?” Ele pergunta.
“Sim.”
“Então estamos bem.”
Ela ri nervosamente, virando a cabeça para olhar por cima
do ombro, querendo ver o que Ice está fazendo.
“Não olhe para mim e feche os olhos com força.”
Virando o rosto de volta, ela fecha os olhos com força.
“Mantenha-os fechados.” Tomando sua mão, ela pode o
sentir puxando-a para algum lugar na sala. “Mantenha-os
fechados”, ele repete, parando-a.
Permanecendo imóvel, ela espera o que ele fará a seguir. O
som da lâmpada sendo desligada a faz se mover de um lado para
o outro nas pontas dos pés. Ela não está com medo, apenas
curiosa sobre o que ele fará.
“Você pode abrir seus olhos agora.” O som de sua voz é
apenas um sussurro. “Encontre-me.”
Seus olhos se abrem. O quarto está escuro como breu.
Girando na escuridão, ela não pode ver onde Ice está.
“Desde quando você ficou atrevido?” Ela começa a rir, mas
não consegue.
Será que ele descobriu o prazer de jogar com outra mulher
e agora está tentando apimentar seu casamento?
Ela timidamente se arrasta ao redor do quarto, indo para o
lugar onde ela ouviu a voz dele. Ela estende as mãos na frente
dela em um movimento amplo para não esbarrar na mobília.
Quando ele não responde, sabe que ele está se certificando
de que sua voz não a leve ao seu esconderijo.

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Jamie Begley

Sentindo o joelho escovar a cama, ela a usa como guia para


caminhar. Quando seus dedos roçam o abajur, ela sabe que está
indo na direção que quer.
Deslizando ao redor do criado mudo, ela estende a mão,
procurando pela parede. Ela pensa que ele está no canto ao lado
da porta do banheiro. No entanto, está vazio e ela tem que
continuar deslizando a mão ao longo da parede.
Quando sua barriga nua chega ao batente da porta, ela
sabe que ele não está no canto. Virando-se, ela olha
infrutiferamente ao redor do quarto escuro. Apertando os olhos,
ela espera por qualquer pequeno movimento que lhe dê um sinal
revelador.
“Você não precisa ter medo dos passos que pode ouvir. São
aqueles que você não pode ouvir que tem que ter medo.”
Ela vira a cabeça para o lado, na direção do sussurro dele.
Então ela estende a mão para a maçaneta do banheiro, querendo
abri-la e acender a luz. Contudo, ela não acende. Ela sabe que é
Ice no quarto, e nunca poderia ter medo dele.
Contornando para o lado, ela faz seu percurso pela parede,
tentando manter seus movimentos silenciosos. Usando a
lembrança do quarto em sua mente, ela está quase na porta do
quarto quando sente os dedos percorrerem sua espinha.
Virando-se, ela joga as mãos, com a certeza de que Ice está
ao alcance. No entanto, tudo o que ela sente é o movimento do ar
enquanto suas mãos se agitam ao redor.
“Como eu não sabia que meu marido poderia ser tão
sorrateiro?” Ela pergunta quando sua mão volta inutilmente
vazia.
“Eu tenho mantido um segredo de você.”
Seu coração despenca. Ele está usando esse método para
dizer a ela que está traindo-a, incapaz de ver seu rosto quando
dissesse a ela?
“Qual é o seu segredo?”

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Jamie Begley

“Eu sempre fui um bastardo sorrateiro; você simplesmente


não sabia disso.”

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Capítulo 9

“Isso não é segredo.” Sua risada baixa faz seu estômago


revirar com necessidade.
Grace se move na direção do seu riso, deixando a
segurança da parede. Pisando em território desconhecido, ela
cautelosamente dá um pequeno passo para frente e depois outro.
“Você está indo pelo caminho errado.”
Ela se vira, ouvindo a voz dele atrás dela.
“Idiota.”
Sua risada a faz girar novamente. Veio da direção que ela
originalmente ia.
“O que você diria a Winston se pudesse?”
Grace para no meio do caminho. “Eu tenho um terapeuta.
Não preciso de mais ninguém para conversar.”
“Não quero falar sobre isso. Apenas finja que sou ele. O que
você diria?”
“Eu não quero fazer isso."
“Então diga pare.”

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Ela abre a boca para dizer a palavra.


“Nós dois sabemos que você vai falar na audiência e repetir
as mesmas duas páginas que você escreveu na última vez. Diga-
me o que você quer dizer sem ter que olhar para ele.”
“Não.”
“Não, você não quer, ou não, você quer que eu pare?” Sua
voz se aproxima.
Em vez de ir em direção a ele, ela recua no escuro. “Eu
tenho um terapeuta...”
“Que é uma mulher. Eu sou homem. Diga-me algo que você
desejava ter dito a ele durante as últimas audiências, mas não
porque a diretoria estava ouvindo ou porque ele estava lá,
olhando para você.”
Sua coluna finalmente encosta contra a parede. Abrindo os
braços, ela começa a se esgueirar para o lado, procurando o
interruptor de luz.
“Faça isso, Grace. Só uma coisa.”
“Eu te odeio. Deus, eu te odeio tanto.” Ela para de se mover,
virando-se para o quarto.
“Eu não me importo. Nunca me importarei.”
Essas são exatamente as palavras que Winston diria,
apesar de terem sido pronunciadas por Ice.
Ele está certo; Winston nunca se importará com o dano que
ele causou. Avril e Simone perderam a vida por causa do louco,
mas ele nunca mostrou um pingo de remorso.
Insegura de que ela realmente quer tirar toda a fúria
acumulada no seu peito sem a Comissão considerá-la uma vítima
histérica, ela começa a falar, imaginando que é Winston na
escuridão e não Ice.
“Não, você não se importa. Você nunca se importou. Você
é responsável por tirar a vida de duas meninas bonitas que
tinham toda a vida pela frente. Você não merece nenhuma
audiência, nem os médicos e advogados que são solicitados a seu

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favor; você não merece outra chance. Você não deu uma chance
a Avril e ela estava tão apavorada. Todas nós estávamos. Mas
quanto mais medo nós sentíamos, mais você gostava. Isso é algo
que seus psiquiatras nunca entenderão sobre você. Seu corpo
pode estar quebrado, mas sua mente está tão distorcida que eles
não poderão consertar o que há de errado em você!”
Sua voz se fortalece enquanto fala. “Se pudesse te matar
sem ir parar na cadeia, eu mataria. Só não farei isso porque eu
não vou me deixar ser presa novamente por sua causa. Eu queria
que o Ice te matasse, mas ele não o fez e eu não vou perdê-lo,
pedindo a ele para acabar com você.”
“Você não tinha intenção de deixar eu ou Simone viver. Vi
isso no dia em que você olhou para mim quando encontrou
Simone morta. A única coisa com a qual você se importava é que
ela mesma fez isso ao invés de lhe dar esse prazer. Você errou ao
matar Avril primeiro, não foi? Deus, aposto que sentiu náuseas
quando percebeu isso, não é?”
“Ela era a que mais o temia. Simone era como uma flor
frágil; você a esmagou no primeiro dia. Eu?” Grace grita com uma
fúria amarga. “Você sabia que se eu conseguisse pegar uma
arma, mataria você, e mataria mesmo.”
“Nem eu e nem Simone fomos divertidas para você. Se você
não tivesse sido pego naquele dia, estaria caçando outra vítima.
Assim como você irá se eles transferirem você para uma prisão
comum. A única razão pela qual você ainda está nesse hospital
psiquiátrico é porque não descobriu uma saída, enquanto seu
corpo está amarrado naquela cama. De alguma forma, seja como
for, um dia você encontrará um jeito de me machucar. Fui eu
quem escapou, não é? E você não pode suportar isso. Aposto que
isso te corrói, come a sua alma o fato de que ainda estou viva.”
Sem fôlego, o ódio ardente que ela reprimiu não importava
mais. Precisou de suas próprias palavras para se convencer
disso.

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“É disso que sentiu falta, não é? Por quinhentas e quatro


horas e trinta e sete minutos, você manteve esse poder sobre
mim. Mas o relógio não parou de girar para você, não é?”
Ela leva a mão à testa e esfrega a têmpora. “Jesus Cristo,
ele não parou para mim também. É por isso que continuo
ouvindo seus passos, não é?”
“Não mais, Winston, não o deixarei você ter mais um
segundo da minha vida. É minha e você não pode tê-la. Você
nunca a terá. Mesmo se me matar, nunca a terá, porque o Ice
tem uma parte minha que está além do seu alcance. Minha alma
será dele para sempre. Você pode ferir a casca do meu corpo, mas
o que está por baixo já se foi. Foi embora no momento em que o
conheci...”
Braços quentes a envolvem. Chorando, ela deita a cabeça
no ombro de Ice.
“Tenho sido tão idiota”, ela soluça, envolvendo os braços ao
redor dele.
“Não, você não foi.” Ele desliza a mão pelas costas dela
enquanto a puxa mais perto do seu corpo.
“Eu te amo muito...”
Ela levanta a cabeça, procurando por sua boca
apaixonadamente.
“Eu te amo.” Sua boca encontra a dela, ardentemente
movimentando a língua através dos lábios entreabertos.
O calor do corpo dele penetra no dela, sufocando o ódio que
sentia por Winston, o ódio que dominara sua vida desde que ela,
Avril e Simone entraram naquele táxi. O ódio que ela sentia por
ele estar inconscientemente afetando-a, embora ela acreditasse
que aceitara isso e seguira em frente com sua vida. Suas petições
mantinham as memórias frescas como uma ferida apodrecida.
A admissão honesta para si mesma foi um fardo tirado de
suas costas.
Comprimindo seus lábios com mais força contra os de Ice,
ela luta pelo controle do beijo, querendo levar tudo o que ele pode

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lhe dar. Um gemido soa no quarto escuro enquanto tentam


recuperar o fôlego sem quebrar o beijo apaixonado.
Ela usa as mãos para se levantar até circular as pernas ao
redor de seus quadris. Ice cobre seu traseiro enquanto ele dá
alguns passos para empurrá-la contra a parede.
Desejo desenfreado corre por suas veias, como se ela
estivesse correndo para pegar algo além de seu alcance.
“Por favor, nunca me deixe...”
“Seria preciso uma equipe da SWAT para me fazer deixar
você.”
Ice a levanta mais acima na parede, fazendo-a gemer
quando sua boca cobre o mamilo. Seu corpo parece como se suas
entranhas estivessem derretendo.
Seus lábios apertados ao redor do mamilo levam outra
onda de calor até a sua buceta. Seu centro escorregadio o quer
tanto que ela tenta se mexer para que ele possa transar com ela.
Um grunhido baixo e faminto a faz bater em seus ombros
quando ele muda para o outro mamilo. “Por favor, Ice. Eu preciso
de você...”
“Eu sei o que você precisa.”
Seu pênis ereto pressiona em sua cintura.
“Você não sabe, ou você estaria dentro de mim!” Ela geme,
tentando se mexer novamente.
Cruzando os tornozelos atrás das costas, ela usa os seus
saltos na bunda dele para puxar seus quadris para mais perto
dela.
“Uh-uh. Eu sei o que você está tentando fazer.”
“Ice...”
Ele deixa um centímetro escasso separar seus corpos,
apenas o espaço suficiente para deslizar a mão entre eles. Ele a
move com firmeza em suas dobras escorregadias, a pele sensível
se torna ainda mais úmida quando ele deliberadamente manipula
seu desejo para um nível quase insuportável. Ela se sente como

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uma gata no cio, em busca de um companheiro para satisfazer o


impulso primitivo que ele constrói dentro dela, mas se recusa a
satisfazer.
Quando ele move a boca para retornar ao outro seio, Grace
abaixa a cabeça para morder seu ombro. "Pare de brincar e me
foda”, ela exige. Frustrada, move a mão entre suas coxas para
fazê-lo se mover mais rápido.
“Isto é melhor?”
“Hmm.” Ela geme, quase alcançando seu clímax.
“Oh não, você não pode.” Ice tira a mão dele, abaixando-a
para o chão.
“Ice!” Ela joga as mãos para encontrá-lo, tentando puxá-lo
de volta.
Um segundo depois, ela pisca para o brilho da luz do
quarto.
Quando é capaz de se concentrar, ela vê uma paixão
contida nos olhos de seu marido, que deixa sua corrente
sanguínea em chamas. A vibração sexual que emana dele é
palpável. Ela quer cair de joelhos e pedir-lhe para tomá-la.
Mal capaz de ficar de pé, ela estende a mão para se
preparar.
Circulando ao redor da cama, Ice puxa o edredom. “Venha
aqui.”
Tropeçando para frente, ela se move em direção à cama
enquanto ele a observa a cada passo do caminho. Quando chega
na cama, ela começa a se deitar.
“Espere.”
Grace para.
“Se você pudesse fazer comigo qualquer coisa que quisesse,
o que seria? Pense bem, Grace. Eu nunca oferecerei isso
novamente.” Ele avisa inexpressivamente.
Ela engole em seco, sabendo instintivamente o que ele está
perguntando. Ele está se oferecendo para deixar de trabalhar

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para Desmond para fazê-la feliz. Ela tem a chance de mudar suas
vidas para melhor ou para pior. No entanto, ela nunca se
arriscaria a chegar tão perto de perder o marido novamente. Ela
estragaria a chance que Ice está dando a ela.
“Que você nunca deixe de me amar.”
“Fique na cama.”
Ela se deita, abrindo os braços para ele.
Ele coloca o joelho na cama enquanto descansa a mão no
travesseiro ao lado da cabeça dela para se segurar sobre ela.
“Você escolheu errado. Nunca houve uma chance no
inferno de que eu a deixaria.”
Grace olha para ele com emoção em seus olhos. “Algumas
chances não valem a pena tentar.”

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Capítulo 10

A sensação do corpo suave de Grace quase extingue o


controle que ele exerce sobre si mesmo para não bater cada
centímetro do seu pau em sua buceta até que ela não tenha
dúvida de que eles nunca irão se separar.
Empurrando seu pau contra sua barriga suave, ele levanta
as mãos dela sobre a cabeça, em seguida segura seus pulsos com
uma das mãos. Seu corpo nu balança sob o seu, seus seios arfam
com cada respiração que ela toma enquanto seus olhos imploram
a ele.
Ice coloca a palma da mão sobre um de seus seios
deliciosos, apertando-o com força. Deixando o mamilo deslizar
entre os dedos, ele o prende entre dois dedos. Então, deslizando
seus quadris para baixo, ele abre espaço entre suas coxas, o
movimento coloca o seu pau exatamente onde ele quer — entre
os lábios de sua buceta.
Rangendo os dentes para evitar o clímax, ele fica parado,
deixando as sensações em seu pau se aliviarem antes de tentar
se mover. A única coisa que ele quer fazer é mergulhar nela,

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afundar seu corpo no dela tão profundo que a única coisa em que
ela conseguirá pensar será nele.
“O que você está esperando...?” Ela geme, contorcendo-se
sob ele.
Ele aperta a mão sobre os pulsos dela, controlando seus
movimentos com outra mão de aço no quadril. Seu pau está tão
duro que parece que a pele está esticada ao limite. O piercing na
ponta do seu pau não ajuda, dando uma picada de dor que faz
suas entranhas se retorcerem em necessidade.
“Estou esperando que me diga como você quer.” Separando
suas dobras, ele gira o dedo sobre o clitóris. “Você me quer por
cima?” Ele faz outro giro, certificando-se que ela está pronta o
suficiente antes de mergulhar seu pau nela. Seus lábios se
curvam sensualmente quando ela arqueia debaixo dele. Ele só
lhe dá dois impulsos do seu pau antes de sair. “Ou você quer ficar
de barriga para baixo?”
Levantando seu corpo sobre o dela, ele a vira sobre sua
barriga antes de prendê-la ao colchão, onde ele volta a fodê-la.
“Oh, Deus... Ice.”
“Qual?”
Grace urgentemente se contorce sob ele. “Sim! Desse jeito”,
ela grita.
“Ou...” Ele deixa a palavra escapar de sua língua por um
breve segundo antes de sair dela novamente, ouvindo-a gritar de
frustração antes de virá-la de costas e puxá-la para cima dele.
Segurando-a sobre seu pau, ele a puxa enquanto levanta seus
quadris para encontrá-la no meio do caminho.
A cabeça de Grace se inclina para trás, seus seios tremem
com a pressão de sua respiração rápida.
“Desse jeito?” Seus olhos estão cheios de paixão,
escondendo o quão perto ele está de perder o controle. “Monte-
me, baby, até que você se decida... ou farei isso por você.”

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Quando Grace começa a se mover para cima e para baixo


em seu pau, ele tem que conter sua luxúria enquanto observa
sua buceta deslizar para cima e para baixo em seu pau.
É preciso toda a sua força de vontade para mover as mãos
atrás da cabeça enquanto ele a observa preguiçosamente fazer
todo o trabalho. Ele fodeu Grace vezes suficientes para saber qual
posição ela prefere. Sua esposa gosta de ser montada e deixar o
resto com ele.
“Vamos; você pode fazer melhor que isso.” Incitando a
paixão que ela ainda está segurando, ele jura a si mesmo que lhe
dará apenas mais alguns minutos antes de assumir e fazer do
jeito que ele quer.
Ela estreita os olhos para ele animadamente. “Eu farei você
se arrepender disso.”
“Manda ver, baby. Porque agora você não está me
mostrando nada que não tenha me dado antes.”
Sua provocação agita as chamas em seus olhos quando ela
olha para ele.
“Você é tão idiota”, ela geme fora de si.
Ice pensa que sua cabeça vai explodir quando ela começa
a se mover sobre ele mais rápido.
“Agora sim, é assim que eu gosto”, ele geme. "Goze para
mim."
“Oh, eu vou gozar para você.”
Ela é quem o provoca agora, levantando os joelhos até ficar
de cócoras sobre ele, subindo e descendo em seu pau.
“Droga! Isso é melhor do que a porra do pole dance!” Ele
grunhe. Observar sua esposa ficando atrevida com ele faz seu
pau ficar ainda mais duro. “Foda-se”, ele sussurra através dos
dentes cerrados.
"Imaginei que você apreciaria isso.” Ela move a mão para
seu peito provocantemente antes de deslizá-la para sua buceta,
deixando-o vê-la brincar com seu clitóris.

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“Apreciar não é a palavra que eu usaria. Eu amo essa


porra.”
Qualquer pensamento de montar a bunda doce de sua
esposa fugiu de sua mente em estado de choque. Ele estava
gostando muito dessa posição. Porra, é tão bom que ele não quer
que acabe, mas seu pau está a ponto de explodir.
Quando sua expressão muda para uma de êxtase e sua
buceta começa a se contrair sobre ele, ele perde o controle.
“Filha da puta do caralho!” Ele grita quando seu clímax o
atinge como uma tonelada de tijolos. Levantando-se, ele agarra
seus quadris, puxando-a sobre ele. Perdendo o equilíbrio, o grito
de Grace sufoca seus xingamentos quando sua buceta bate
contra sua pélvis.
Tomando cada uma de as coxas em suas mãos, ele as puxa
para os lados enquanto se move para frente, empurrando-a de
suas costas, fodendo-a com tanta força que ele sente seu pau
batendo contra seu útero.
Erguendo as mãos dela sobre cabeça, ele goza em sua
buceta pulsante.
“Você é minha, porra...”
“Eu sei", ela choraminga. “Eu sei.”
Ele impiedosamente deixa seus orgasmos se acalmarem,
em seguida, vira-a de costas sobre sua barriga e começa a fodê-
la novamente antes de perder sua ereção. Ele habilmente segura
seu orgasmo, movendo as mãos para os quadris para colocá-la
de joelhos antes de deslizar a mão ao redor de sua cintura para
encontrar seu clitóris, mantendo os tremores de êxtase.
Ela transa com ele, não querendo que acabe também. Os
tapas de sua pele batendo um no outro o faz se lançar para frente,
tentando pegar aquele momento fugaz de antecipação para
chegar a outro clímax.
Ele coloca a mão no ombro dela para puxá-la mais fundo
em seu pau. Grace rouba um coração que já é dela quando aperta
a mão dele.

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Jamie Begley

“Não pare. Isso é tão bom.”


Ice se inclina sobre as costas dela, usando o queixo para
ver o rosto dela. Ele nunca será o par perfeito para Grace, nem
deveria ter permissão para tocá-la, mas ela é uma tábua de
salvação que Deus ou qualquer reviravolta do destino trouxe para
sua vida, e ele garantirá que ela nunca pense sobre ele deixá-la
novamente.
Implacavelmente, ele continua avançando até que ambos
os corpos estão cobertos com um brilho de suor. Ela o estimula
mais. Fazendo o que restou do seu cérebro virar mingau
enquanto cada um tenta superar o outro em quanto prazer eles
podem dar um ao outro.
O primeiro clímax que compartilharam acabou por ser
aperitivo, não extinguindo a fome que as três semanas de
abstinência construíram. Agora, o clímax para o qual ele está
levando seus corpos é um que não apenas aliviará o prazer do
que restou, mas os consumirá em uma chama ardente.
Golpe atrás de golpe, Ice os leva para mais perto do limite
como um veleiro ancorado na praia, esperando até que sente o
lampejo de necessidade que indica que ele está chegando perto
de usar a palma da mão para apertar seu clitóris, deixando-a livre
para navegar em direção ao seu próprio clímax.
Os tremores secundários fazem com que eles caiam juntos
na cama, nenhum deles capaz de se mover.
“Ice...” Grace grunhe debaixo dele. “Eu não posso respirar.”
Gemendo, ele consegue se virar de costas. “Porra, mulher,
isso foi bom.”
Ele estremece quando ela bate em seu peito, então sorri
para ela quando Grace sobre em cima dele cansada, descansando
a bochecha em seu peito.
“Estamos mortos?” Ela pergunta sonolenta.
“Não.” Correndo a mão pela sua coluna, ele então agarra
uma bochecha de sua bunda, dando-lhe um aperto amoroso.
“Mas a noite ainda não acabou.”

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Jamie Begley

“Acabou para mim. Eu não consigo mais nada.”


Quando ela se aconchega nele, Ice vê que ela já está meio
adormecida.
“Tire um cochilo. Vou te acordar quando quiser fodê-la
novamente.”
Seus lábios se curvam em um bocejo satisfeito. “Faça isso
e eu farei você se arrepender.”
“Se acha que isso vai me deter, escolheu a ameaça errada.”
“Não foi uma ameaça; foi uma promessa.”
Virando o rosto para o peito dele, ela coloca as mãos sob o
queixo para encará-lo seriamente. “Eu não irei para a audiência.”
“Grace... eu não estou —”
“Não tem nada a ver com você. Esta é uma parte da minha
vida que precisa acabar. Está me envenenando tanto quanto o
veneno que Simone bebeu para escapar dele. Eu nunca vou
perdoá-lo.”
“Eu não espero que você o perdoe”, ele diz, esfregando um
dedo em sua bochecha.
“Vou escrever uma nova carta, mas não lhe darei mais um
minuto da minha vida. Nenhum. Eu tenho tanto medo dele sair
que eu só me concentro nisso. A única vingança que eu poderia
conseguir é mantê-lo onde ele não quer estar. Espero que ele saia,
porque ele vai procurar por mim. E quando ele fizer isso, estarei
esperando.”
“Você tem certeza?” Ice não tenta convencê-la de qualquer
maneira.
“Tenho certeza. Preciso parar de ouvir os passos nos meus
pesadelos e começar a ouvir o som de pés pequenos.”
Ice pode sentir seus olhos perfurando sua alma.
“Isso é uma dica?”
“É um pedido. Isto é, se você ainda quiser ter um comigo?”
Ao ver seu lábio inferior trêmulo, ele se curva vorazmente.
“Eu pensei que você estivesse cansada.”

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Deslizando pelo seu corpo, ela alcança seu pau já em


ascensão. “Podemos dormir a caminho de casa.”

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Jamie Begley

Capítulo 11

Grace estica-se na cama, sonolenta, estendendo a mão


para procurar o calor de Ice. Sentindo apenas os lençóis frios, ela
ergue as pálpebras para encontrar a cama vazia.
“Ice...” Ela se vira, vendo a porta do banheiro aberta, mas
ele não está lá.
Tirando o cabelo desgrenhado do rosto, ela olha para o
relógio na mesinha de cabeceira e, apressadamente, puxa as
cobertas para trás, pulando da cama para se vestir.
Correndo até banheiro, ela toma um banho rápido. Eles
deveriam encontrar Dax no aeroporto para o voo de volta para
Queen City.
Esperando encontrar Ice no quarto quando sai do
banheiro, ela envia uma mensagem a ele enquanto se veste.
Presumindo que ele foi para a cozinha ou para a sala de estar,
ela imagina que ele virá para o quarto quando receber sua
mensagem.
Ela tira as malas dos armários quando ouve uma
notificação de mensagem em seu celular.

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Jamie Begley

Dê-me cinco minutos. Tomando café da manhã com Shade.


Decepcionada por ele não tê-la chamado para ir junto, ela
dá de ombros, feliz demais depois de passar a noite nos braços
de Ice para se ressentir com ele por ter uma pausa para uma
companhia masculina.
Levando as malas para a sala de estar depois de verificar
que não estão deixando nada para trás, ela está prestes a ir para
a cozinha para fazer um bule de café quando ouve uma chave na
porta.
Ela lhe dá um sorriso radiante quando ele entra pela porta
com um grande copo de café.
“Eu estava prestes a fazer um pouco para mim.”
“Então estou feliz por ter lhe poupado o trabalho.” Dando
um beijo nela, ele vê que as malas estão prontas para serem
levadas. “Você checou que pegamos tudo?”
“Claro”, ela diz, tirando a tampa do copo de café fumegante.
Ice dá a ela um olhar desconfiado, então dá a volta para
entrar no quarto. Grace segue atrás dele até a cozinha para pegar
leite para o café.
Mexendo o café, ela cora quando Ice sai do quarto,
carregando seus tênis favoritos.
“Obrigada. Eu sentiria falta deles quando fosse para casa.”
Tomando um gole de café, ela lhe dá um sorriso agradecido.
Ele não corresponde, chegando ao lado dela no balcão da
cozinha.
“Há algo que eu preciso te dizer.” A seriedade em sua voz
faz com que sua mão trema ao redor do copo de isopor e seu
coração acelera. É tudo o que ela pode fazer para não implorar
que ele não a deixe antes de derramar a bomba que ela está
esperando.
“Eu não voltarei com você.”
É isso então. O que ela esperava acontecer.

DANGEROUS
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Jamie Begley

“Entendo.” Ela abaixa o copo, em seguida, vira-se para ele,


esperando que fale as últimas palavras, que diga que o
casamento acabou. Sentindo-se desesperada, ela promete a si
mesma que não vai implorar. Então, imediatamente decide que
não desistirá dele sem lutar. Se ela está sofrendo tanto agora,
como sobreviverá sem ele em sua vida? Não é humanamente
possível viver com essa dor e sobreviver.
“Grace...” Sua voz rouca a arranca para fora do poço cheio
de dor em que ela se afundou. “Escute-me. Eu só vou ficar fora
por algumas semanas. Tenho que cuidar de alguns negócios que
o Shade me pediu para fazer.”
O alívio a deixa tonta e ela se apoia no balcão. “Ok.”
Ele franze a testa para ela. “É isso aí? Você não vai
perguntar o que é?”
Ela rapidamente balança a cabeça. “Eu confio em você.
Posso te dar um beijo?”
Ele coloca a mão atrás do pescoço dela, puxando-a para
ele. “Você está ficando tão louca quanto a amiga de T.A.”
Ela passa as mãos sobre o peito dele. “Provavelmente. Eu
ouvi que o amor faz isso com você.”
“Isso é certo pra caralho. Minha cabeça não está em outra
coisa desde que te conheci.”
Ela coloca os braços ao redor dos seus ombros enquanto
ele a beija, memorizando tudo até que ele volte para Queen City.
O som do telefone dela faz com que Ice tente interromper o
beijo.
“É Dax. Vou ligar de volta. Sentirei saudades de você.”
“Vou sentir sua falta também. Apenas pense no sexo que
teremos quando eu voltar.”
“Felizmente, vou me recuperar da noite passada”, ela diz,
finalmente forçada a responder ao toque insistente do seu
celular.
“Estou a caminho”, ela diz a Dax quando atende.

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Jamie Begley

“Eu comecei a ficar preocupado”, a voz dele soa do outro


lado.
“Não fique. Eu só acordei tarde. Estarei lá em vinte
minutos.”
Desligando, ela coloca o celular no bolso para não esquecer
e em seguida pega os tênis de Ice.
“É melhor irmos, Dax está esperando.”
Ela põe uma expressão corajosa no rosto quando Ice coloca
sua mala no carro alugado, deixando a mala dele para trás.
Entrando no banco do passageiro, ela pega a mão dele quando
ele fica atrás do volante, segurando-a até chegar ao pequeno
aeroporto.
Quando ele entra no campo de aviação, ela não sai
imediatamente, embora possa ver Dax esperando no avião com a
porta aberta.
“Por favor, cuide-se”, ela diz, virando-se para ele quando
para o carro.
“Grace, não se preocupe.” Ele levanta um dedo para
esfregar suas rugas de preocupação. “Baby, você sabe que eu
estaria naquele avião com você se não fosse importante.”
“Eu sei.” Ela vira o rosto, descansando-o na palma da mão
dele. É calejada e dura, mas ele a toca com a gentileza de segurar
uma porcelana delicada.
“Eu não estou feliz em ficar para trás. Não gosto de você
voando sem mim.”
“Dax é um excelente piloto”, ela assegura.
“Baby, eu sei. Ou sua bunda não estaria entrando naquele
avião.”
Quando ele a beija, ela não quer deixá-lo ir. É Ice quem
finalmente tem força para se afastar.
Alcançando o trinco da porta, ela para. “Quando minha
mãe morreu, eu não conseguia entender a dor que meu pai
sentia. Estupidamente, pensei que ele estava passando pelo

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Jamie Begley

mesmo tipo de dor que eu, que Dax e eu estávamos passando.


Era diferente, no entanto. Eu vejo agora.” Uma lágrima rola por
sua bochecha. “Eu sou grata a T.A. Ela faz com que seja mais
suportável para ele de uma forma que Dax e eu não podemos.
Estou feliz que ele a tenha encontrado.”
“Minha mãe me contou que, com o papai, eles se
apaixonaram à primeira vista, e quando ela chegou em casa, ela
disse à sua acompanhante que se casaria com ele. Perguntei
como ela tinha tanta certeza. Ela disse que sabia, porque sempre
que olhava para outros homens, ela não imaginava perseguir um
arco-íris com eles.” Um soluço escapa de seus lábios ao recordar
as palavras de sua mãe. “Ela disse que com o meu pai, não só ela
podia vê-los correndo atrás de arco-íris, mas que ele faria tudo
para alcançá-lo para ela.”
“Você é igual ao meu pai quando se trata disso.”
“Fique e ajude Shade. Você não ficaria a menos que fosse
importante, e quando você chegar em casa, eu preciso da sua
ajuda para pegar alguns arco-íris, mas eu prefiro ter três se puder
opinar sobre isso.”
Controlando suas emoções, ela sai do carro antes que Ice
possa dizer alguma coisa, vendo que Dax caminha em direção ao
carro, preocupado por ela demorar tanto para sair.
Ela não quer olhar para Ice. Está chorando muito e não
quer que ele veja a maquiagem manchada em seu rosto.
“Grace!”
Ela continua andando, com medo de que, se não o fizer, ela
vai desejar ficar.
“Droga, Grace!”
Com o tom autoritário em sua voz, ela se vira e volta direto
para os braços dele. Envolvendo-se nele, ele esfrega sua bochecha
não barbeada contra a dela.
“Baby, quando eu chegar em casa, você pode ter quantos
arco-íris você quiser.”

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Capítulo 12
O DI A EM QUE GRACE RETORNOU A QUEEN CI TY

Ice silenciosamente calça as botas antes de se levantar da


cadeira no canto do quarto. Andando para o lado da cama, ele
fica olhando para ela esparramada nua. Seu belo rosto está
relaxado e, pela primeira vez em muito tempo, parece dormir
pacificamente.
Puxando o edredom sobre ela, ele não pôde resistir a dar
um beijo suave em seus lábios. Então se levanta e permanece em
silêncio por mais um momento antes de se forçar a sair,
certificando-se de fechar a porta do quarto em silêncio enquanto
sai.
Ele não mora em Treepoint, mas sabe para onde deve ir. É
difícil não notar a rua principal da pequena cidade.
Ele está parado em um pequeno estacionamento quando
seu celular toca.
“Estou aqui”, ele diz, respondendo.
“Você está atrasado.”

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Jamie Begley

O número desconhecido em seu telefone é identificável. A


voz de Shade não.
“Eu dormi demais.”
“Eu também.”
Um breve silêncio vem pelo telefone, ambos esperando que
o outro mencione a noite anterior. Ice não abriria a boca.
“É um avanço. Os policiais estão todos em patrulha e Knox
deu ao funcionário da recepção o dia de folga.”
“Ok. Obrigado.” Ele faz uma pausa.
“Sobre a noite passada...”
Ice antecipa o que ele tem certeza que Shade dirá. “A boca
de Grace e a minha estão seladas. Passamos a maior parte da
noite no banheiro feminino.”
“Isso não é o que eu ia dizer, mas é bom saber.”
Ice pode ouvir a diversão na voz de Shade.
“Eu ia perguntar se você reconheceu a mulher ruiva no bar
na noite passada.”
Ice franze a testa. “Não. Existe algum problema?”
"Nenhum problema que eu saiba,” ele diz enigmaticamente.
“Eu acabei de sair. Não quero que ele fique esperando.”
“Eu também”, Ice diz misteriosamente, desligando a
ligação.

Ice ouve a porta de metal se fechar atrás dele. Ele já havia


sido trancado quando aceitou um trabalho de Desmond para tirar
Yo-Yo da prisão. A melhor parte do trabalho foi conhecer Grace.
A pior parte foi ficar trancado na pequena cela. Pode foder com a
cabeça de um homem. Ele com certeza quer que Harvey
enlouqueça.

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Jamie Begley

Andando até a cela no final, ele vê o homem se levantar de


um beliche solitário.
“Quem diabos é você?”
“Estou aqui para lhe dar uma chance, e apenas uma
chance, para salvar sua vida... pelo menos por mais alguns dias.”
“Vá se foder! Eu não tenho que ouvir uma maldita coisa
que você disser. Quando eu sair daqui, vou deixar todo o condado
saber como fui tratado!”
“Shade me disse que você é um filho da puta estúpido. Ele
acertou no alvo.” Ice olha para o rosto que já tinha as marcas da
presença do executor. “Ele também me disse que perderia meu
tempo tentando falar com você.”
“Shade te enviou?” Harvey olha para ele desconfiado
através das grades. “Ele finalmente vai me tirar daqui?”
“Por cerca de dez minutos, então você voltará.”
“Eu não quero voltar. Eu quero ir para casa!” Ele grita.
Sem piedade, Ice fica indiferente à raiva do homem.
“Você não tem mais uma casa. Você foi atrás do que
pertencia a Shade. Em vez de tirar o traseiro do Estado o mais
rápido que podia, você tentou chantageá-lo com fotos falsas de
Lily. Existem dois homens no mundo que eu nunca tentaria
enfurecer e Shade é um deles.”
Ice pode ver que Harvey ainda não tem ideia da porta que
abriu e as consequências que ele terá que pagar.
Ice dá um passo para trás da cela quando Harvey parece
que vai vomitar de medo.
“Quem é o outro?”
Insensivelmente, Ice se abstém de responder. “Você terá
que colocar na porra da cabeça que não há nenhuma forma de
tirá-lo dessa tempestade de merda que você criou para si mesmo.
Ganhe coragem e prepare-se para o impacto do que você fez, e
poderá viver para ver mais duas semanas. Ou você pode muito
bem ter a agência funerária no topo da sua lista de contatos,

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Jamie Begley

porque o caixão que você usará é menor do que a cela na qual


você está agora.”
Sentindo-se enjoado, Harvey segura em uma das grades da
sua cela. “O que eu tenho que fazer?”
“Primeiro, vou te escoltar ao brechó e você se desculpará
com a Lily. Eu observarei você entrar enquanto Lucky estará lá
para garantir que, desta vez, você a trate do jeito que ela deveria
ter sido tratada no começo. Então, quando você voltar, Knox
prenderá você nessa cela.”
Ice percebe que Harvey vai argumentar de novo, então o
esmaga com a verdade.
“É o lugar mais seguro para você. Não é só por que Shade
não pode te matar aqui...” Esta parte ele teve que mentir para
Harvey. Se Shade o quisesse morto, nem o Fort Knox3 o impediria
de cumprir sua missão. “Mas o homem que foi esperto o
suficiente para te convencer a fazer o trabalho sujo por ele pode
não ter problemas em matar você como teve com Shade. Você é
realmente a escolha fácil no que diz respeito a isso.”
“Depois do brechó, fique à vontade por algumas horas. Eu
tenho que cuidar de algumas coisas, mas quando eu voltar, direi
exatamente o que você fará para continuar respirando.”
“Por que não me diz agora?”
“Estamos no meu cronograma, não no seu. Vou chamar o
Knox para que ele possa trazer suas roupas.”
Antes que ele possa se afastar da cela, Harvey tenta
alcançá-lo através das grades. “Isso vai tirar Shade das minhas
costas?”
Ice quase mente para ele, mas a sua boa consciência na
parte do seu cérebro que ama Grace não o deixa.
“A única coisa que eu posso lhe oferecer é um algumas
semanas em que você não terá que vigiar cada passo seu. Você

3 O Fort Knox é um posto do Exército dos Estados Unidos no estado de Kentucky. Ali se encontram
importantes unidades de treinamento e recrutamento do exército americano, além do Museu George S.

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Patton.

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Jamie Begley

cometeu um pecado mortal para Shade. A única boa notícia que


posso lhe dar é que o homem que te contratou não sabe o que
você fez. Se ele soubesse, eu não estaria aqui falando com você.
Não haveria mais nada.”
Desta vez, quando Harvey encontra seus olhos, Ice o deixa
ver a dura verdade neles. Não há como contornar o que ele fez.
Harvey tinha apostado que enganar Shade e deixar a ganância
cegá-lo superaria as consequências se ele falhasse. Não só ele
falhou, como também falhou feio. Felizmente para Ice, o fracasso
de Harvey caiu nas mãos dele.
Afastando-se da cela, ele vai até a porta, batendo nela para
alertar Knox de que estão prontos.
A porta se abre, o xerife aparece do outro lado.
Ice quer revirar os olhos toda vez que vê o irmão de
uniforme. Os cidadãos da pequena cidade obviamente não têm
noção de quem realmente é o homem que guarda suas casas e
empresas. Eles podem acreditar que ele não é mais um Last
Rider, mas o clube teria sua lealdade até o dia da sua morte.
Assim como os Predators tinham a dele.
“Ele caiu nessa?”
“Eu não lhe dei escolha”, Ice diz, pegando as roupas que
Knox estende para ele. “Dê-nos dez minutos, e então
começaremos o espetáculo. Eu preciso voltar antes que Grace
acorde.”
“Você disse a ela que não voltará com ela?”
“Ainda não.”
“Tem certeza de que quer fazer isso? Não é tarde demais
para recuar.”
“Tenho certeza.” Virando-se, ele volta para Harvey.
Ice sabe o que ele concordou em fazer. Felizmente, o outro
homem não tem ideia do pesadelo chegando em sua direção. No
momento em que ele perceber, será tarde demais.

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Jamie Begley

Esta não será a última vez que Harvey é usado como peão.
Este Predator também tinha um uso para ele.

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Jamie Begley

Capítulo 13

Grace olha para o canto da tela do computador, vendo que


horas são. Tirando a bolsa da gaveta, ela empurra a cadeira para
trás de debaixo da mesa.
“Posso pegar algo para o almoço enquanto eu estiver fora?”
Ela pergunta a Penni, que está sentada na mesa perto da dela.
“Se você esperar até eu terminar este e-mail, eu posso ir
com você.”
“Não vou nenhum lugar em particular. Estou indo só a um
drive-thru. Tenho um assunto para resolver, então posso me
atrasar um pouco para voltar.”
Penni ergue o olhar azul para o dela. “Aonde você vai? Não
me importo de esperar que você termine sua tarefa.”
Grace sabe que sua amiga e chefe não a deixará sair até
que sua curiosidade seja apaziguada. “Eu preciso parar no clube
e quero ir sozinha.”
Ela sabe que a curiosidade de Penni aumentará ainda
mais.

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Jamie Begley

Grace se dirige para a porta, querendo sair antes que lhe


faça mais perguntas. Ela não consegue. Penni a alcança na
recepção onde Stump está trabalhando.
“Você nunca vai ao clube a menos que Ice esteja lá, ou se
Sawyer, Vita ou eu formos com você. O que está acontecendo?”
“Nada. Se fosse importante, eu diria a você. Volto em uma
ou duas horas.”
Grace sai antes que Penni faça mais perguntas.
Ela deveria ter ficado em casa hoje. Penni disse que ela
poderia ter o dia de folga devido a ela ter acabado de voltar de
Treepoint no dia anterior, mas desde que folgou muito
ultimamente, ela queria adiantar o trabalho que sabia que estaria
esperando por ela. Além disso, a casa fica solitária sem Ice lá.
Serão duas longas semanas.
Dirigindo para o clube dos Predators, ela pensa em várias
maneiras de realizar sua missão e, finalmente, conclui que ela
apenas vai improvisar.
Lizard fuma um cigarro do lado de fora quando ela sai do
carro.
“Tudo bem?” Ele a cumprimenta, dando uma tragada no
cigarro.
“Não muito.” Vendo a mesma expressão curiosa no rosto
de Penni e Stump, ela corre para dentro antes que ele possa dizer
qualquer coisa.
Escondendo seu nervosismo atrás de uma máscara fria, ela
olha ao redor da sala do clube. Surpresa, ela vê Max sentado no
bar com Griffin. A mulher atrás do balcão empalidece quando ela
caminha em direção a Max.
Grace ignora Griffin e Rita.
“Oi Max.”
O motociclista musculoso olha por cima do ombro para ela.
“O que você está fazendo aqui? Ice não está aqui.”

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Jamie Begley

Grace mal se contém de revirar os olhos, consciente dos


outros homens na sala.
“Eu sei. Não estou aqui para ver o Ice. Eu quero falar com
a Porsche. Ela está por aí?”
“Na cozinha.” Max acena com a cabeça em direção à porta
atrás do bar.
“Obrigada.”
Grace agradece aos céus por Jackal não estar lá quando
ela passa pelo bar.
Sentindo todos os olhos do clube em suas costas enquanto
entra na cozinha, Grace vê a mulher que procura no velho fogão
de quatro bocas, cozinhando alguma coisa.
Grace não deixa que o olhar desdenhoso a impeça de se
aproximar.
“O que você quer? Se você quer um queijo grelhado, você
pode fazer isso sozinha.”
“Não, obrigada. Eu só parei para falar com você. Você tem
um minuto?”
“Não, estou ocupada.”
Os seios da mulher estão escapando do sutiã que ela usa
sob um top branco. Se a T.A. não tivesse dito a que propósito ela
era usada no clube, suas roupas tornam isso autoexplicativo.
Preparando-se para o confronto que está determinada a
ter, Grace estende a mão e desliga o fogão.
Porsche se vira, dando-lhe um olhar irritado.
“Não vai demorar um minuto.” Grace lhe dá um olhar frio
em resposta. “Ice não voltará por duas semanas.”
“Vadia, me diga algo que eu não sei.”
Grace quer arrancar aquele olhar no seu rosto, mas se
contém, continuando como se não tivesse ouvido o comentário
sarcástico. “Isso lhe dá duas semanas para encontrar outro lugar
para morar."

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Jamie Begley

A boca da mulher se abre antes que ela feche com um


estalo.
“Eu não irei a lugar algum. Se você não gosta que eu esteja
aqui, então precisa conversar com Ice. Ele é o único que decide
se eu fico ou saio e, queridinha, Ice gosta muito de mim aqui.”
Recusando-se a devolver as farpas da mulher, Grace coloca
um sorriso falso no rosto. “Duas semanas, Porsche. Ou devo dizer
Colleen? Qual você prefere? Pessoalmente, eu ficaria com Colleen.
Você não me lembra um Porsche.”
A mulher fica com um tom acinzentado doentio ao ser
chamada pelo seu nome.
Grace lhe dá um sorriso felino. “Da próxima vez que você
quiser se gabar de foder o marido de alguém, deve ser mais
inteligente sobre em quem você confia. Não só a T.A. é minha
madrasta, mas ela tem amigos mercenários. Eu realmente odiaria
usar meu relacionamento com minha nova madrasta para me
livrar de você, mas...” Grace encolhe seus ombros, “Ela ofereceu.
Eu realmente odiaria ir por esse caminho, mas ei, se você quiser
estar aqui quando Ice voltar, vá em frente. Ele não agradecerá
quando os policiais vierem aqui para prendê-la.”
Porsche solta uma gargalhada que Grace não acredita nem
por um segundo.
“Você não faria isso. Ice ficaria furioso com você por
chamar a atenção dos policiais para o clube.”
Grace arregala os olhos fingindo indignação. “Eu? Não sou
eu aquela que tem um ex-namorado assaltante de bancos e que
dirige um carro de fuga. Isso é tudo sobre você.” Grace dá um
assobio baixo. “Droga, quase sinto pena de você. Você terá
tempos difíceis quando for pega.” Então ela balança a cabeça.
“Deixa pra lá. Eu realmente não me importo.”
“A propósito, sua mentira sobre ter feito sexo com Ice e que
ele me deixaria por você não funcionou. T.A. sabia que você só
contou a ela porque esperava que eu caísse no seu jogo e
causasse problemas entre mim e meu marido.” De forma mordaz,

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Grace deixa a dor das últimas três semanas sair de suas costas,
liberando o último fardo que ela carregava. “Poderia ter
funcionado se você tivesse tentado com qualquer outra pessoa,
mas uma coisa que você não poderia prever é que a T.A. está
acostumada a lidar com vadias como você, o que eu felizmente
não estou.” Ligando novamente o fogão, ela se afasta. “Você
deveria fazer para o Max outro queijo grelhado. Esse também está
queimado.”
Saindo da cozinha, Grace para ao ver Jackal, Penni,
Stump, Griffin e Max parados do lado de fora da porta enquanto
os outros homens estão praticamente debruçados sobre o bar
para espionar a conversa que teve na cozinha.
Grace espera que um dos homens diga alguma coisa sobre
ela ter dito para Porsche ir embora, mas é Penni quem quebra o
silêncio.
“Podemos ir almoçar agora? O que você gostaria?” Penni
passa um braço pelo dela, levando-as por trás do balcão.
Os olhos de Grace evitam os de Jackal e dos outros
homens, sabendo que estarão entrando em contato com Ice antes
que ela e Penni estejam no carro.
Penni espera até estarem do lado de fora antes de dizer
qualquer outra coisa.
“Por que você não me disse que pensou que Ice tinha um
caso?”
Grace olha para a amiga por cima do teto do carro. “Porque
se você descobrisse que ele tinha, então teria me dito a verdade.”
Parecendo simpática, Penni descansa as mãos no teto do
carro. “Eu teria dito a você que ele não faria isso. Jackal diz que
Ice nem sequer olha para nenhuma das mulheres no clube. Não
só isso, ele já havia ordenado que ela saísse antes dele voltar,
Lizard está tentando encontrar um lugar para ela ficar,
independentemente dela ter que sair antes dele entrar por aquela
porta novamente.”
“Bem, inferno.”

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Jamie Begley

“É por isso que você deve contar à sua melhor amiga essas
coisas.” Penni enlouquece, tentando manter a cara séria.
“Além disso, não é com o olhar dele que eu me preocupo.”
Aliviada que a discussão com Porsche acabou, e por ela ter
mentido sobre Ice querer que ela fique.
"Sempre haverá Porsches no clube”, Penni diz
francamente.
A pequena vitória que ela acabou de conquistar parece
vazia com a observação realista de Penni.
“Você poderia ter pelo menos me dado cinco minutos antes
de me trazer de volta para a realidade”, ela retruca.
A risada alegre de Penni traz um sorriso aos seus lábios,
apesar da sua irritação com a amiga.
“Não se preocupe; nossos maridos preferem andar de
moto.”
Gargalhando juntas, elas entram no carro.
Grace coloca o cinto de segurança e liga o motor. “Você está
certa; ela teria uma chance melhor se chamasse Ducati.” Grace
gargalha tanto que tem que enxugar uma lágrima.
“De jeito nenhum! Ice nunca seria visto em uma Ducati.
Ela deveria ter escolhido Harley.” Penni para de contar piadas o
suficiente para perguntar: “Onde estamos indo almoçar?”
Grace entra no trânsito. “Sabe... você está certa.”
“Eu estou? Sobre o quê?”
“Sobre nossos maridos. E eu pensei em um plano.”
Penni é geralmente aquela com ideias loucas, mas Grace
não deixaria no futuro outra bruxa de peitos gigantes tentar
passar por cima dela.
“Eu quero saber o que é?”
Penni é sua única amiga disposta a tudo, e ela não tem a
intenção de se envergonhar sem alguém fazer isso junto com ela.
“Como você se sente sobre pole dance?”

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Hammer e Jonas estavam à procura de uma mulher para compartilhar. No entanto, ou eles não conseguiam
concordar com a mulher certa, ou ela não queria estar em um ménage. O fato de encontrarem Mika no dia
dos namorados lhes deu esperança de que tinham finalmente encontrado a mulher com quem poderiam passar o
resto de suas vidas... até que ela desapareceu no dia seguinte, deixando-os com uma cama vazia e nenhuma
maneira de encontrá-la.
Ela pode ter escapado por enquanto, acreditando que saiu ilesa, mas os caçadores de recompensas estavam
determinados a pegar a fugitiva desse trio.
Ela pode não saber ainda, mas alguns halos foram feitos para serem compartilhados.

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Halo for three

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Capítulo 1

O som do giro do dispensador de refrigerante vazio faz Mika


olhar para o botão na máquina de venda automática. Não há
nenhuma luz vermelha na velha máquina para mostrar que a
marca que ela quer está vazia.

Irritada consigo mesma por não ter parado em uma loja de


conveniência antes de fazer o check-in em seu quarto de hotel,
Mika aperta o botão de sua segunda escolha. O som do giro vem
de novo, mas desta vez é seguido por um baque alto quando a
garrafa cai.

Curvando-se, ela tenta pegar o refrigerante, mas este não


está na bandeja.

“Droga!”

“Precisa de ajuda?”

A voz profunda e masculina a faz pular e se virar, em


seguida, deseja que não tivesse feito. Os olhos azul-esverdeados
que olham para ela a deixam boquiaberta.

“Ah... não, obrigada.”

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Voltando para a máquina, ela se inclina para abrir a porta


de metal, esperando que a garrafa apareça de repente. Isso não
acontece.

Agachando-se, ela empurra o braço para dentro, tentando


alcançar mais do mecanismo. Ouve o barulho do refrigerante
teimoso, então deveria estar ao alcance dela. Estende os dedos,
porém toca o vazio novamente.

“Tem certeza de que não quer que eu tente?” A diversão


seca em sua voz a faz querer lhe dizer não novamente, mas ela
sabe que está o impedindo de pegar sua própria bebida.

“Eu agradeceria. Talvez você possa alcançá-lo? Seus...”,


levantando para enfrentá-lo novamente, ela faz um esforço
consciente para não engolir a língua com o homem robusto na
frente dela. “...braços são mais longos.”

Ficando de lado, ela espera que ele tente o mesmo método


que ela. No entanto, ele usa seus braços poderosos para agarrar
cada lado da máquina e facilmente inclina-a para ele, fazendo
com que os olhos dela se arregalem quando a garrafa teimosa
desliza facilmente pelo dispensador.

“Isso funciona também”, diz ela secamente quando ele


coloca a máquina na posição vertical novamente, em seguida,
pega o refrigerante.

“Aí está.”

“Obrigada.” Tomando a garrafa dele, ela mantém os cílios


abaixados quando dá a volta por ele, consciente de seus olhos a
seguindo.

Quando ela está exalando uma lufada de ar, bate em um


peito masculino que estava fazendo a curva ao mesmo tempo em
que ela.

Levantando o olhar assustado, olhos cinzentos encontram


os dela.

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Jamie Begley

“Desculpe”, ela murmura constrangida.

“Eu sinto muito. Foi minha culpa. Eu deveria estar olhando


para onde estava indo. Você está bem?”

O rosto duro olhando para ela a faz dar um breve aceno de


cabeça antes de dar um passo em torno dele, seus pés afastando-
a do encontro inquietante.

Jesus, se todos os homens de Kentucky se parecem como


esses dois, ela deveria se mudar para cá.

Uma vez trancada em segurança em seu quarto de hotel,


ela liga a televisão para quebrar o silêncio solitário. Depois coloca
a garrafa na cômoda, para esperar alguns minutos antes de abri-
la, caso borbulhasse. Usa o tempo para desempacotar uma muda
de roupa: calça jeans, uma blusa branca sem mangas e uma
jaqueta jeans. Coloca-os na cama para depois do banho e volta
até a cômoda para abrir seu refrigerante.

“Desculpe-me”, ela zomba de si mesma em voz alta. “Mika,


apenas uma vez, você não poderia ter feito algo legal? Por que
você não disse, ei, bonitão, qual é o seu nome? Por que você não
simplesmente disse oi para o outro?”

Embora ela risse de si mesma pelos pensamentos


desejosos, Mika sabe que é incapaz de conversar com homens.
Especialmente dois que pareciam ser modelos de capa da Hunky
Studs Weekly4. O nome fictício de uma revista que não existe,
pelo menos, mostra que tem senso de humor, mesmo que fosse
ruim.

Ela se pergunta se os homens se conheciam ou se eram


amigos. Então outro pensamento ocorre a ela. Talvez eles sejam
um casal.

Não só ela se considera baixa na escala de gostosura


quando comparada a outras mulheres, como também na

DANGEROUS
4
Garanhão musculoso da semana.

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Jamie Begley

classificação competitiva dos homens, ela recebe uma pontuação


negativa. Gostosa nunca foi uma palavra descritiva que ela usaria
para descrever a si mesma e, por sorte, os homens também não.

Seus amigos e colegas de trabalho sempre a colocavam na


categoria de “amigos”, apesar do quão duro ela tentava sair do
grupo - quando a amizade não era o que ela queria.

Tirando seus sapatos baixos, ela afunda seus pés cansados


no tapete e os movimenta. Tinha sido uma viagem de quatro
horas do aeroporto, onde passou todo o voo da Califórnia
espremida. Chegando a Treepoint precisamente às 2 da tarde,
procurou e encontrou o hotel. Agora o resto da noite era dela para
fazer o que quisesse, e os planos de Mika faz com que borboletas
nervosas girem em seu estômago vazio.

Ela toma um gole de seu refrigerante para aliviar sua


garganta ressecada, então volta a enroscar a tampa antes de ir
ao telefone ao lado da cama de casal. Pega o fone e disca o número
da recepção.

“Recepção”, responde o recepcionista irritado.

“Sim... eu... você poderia me dizer...?” As borboletas


agitam-se em círculos mais apertados, fazendo-a querer vomitar
o pequeno gole que tomara. “Há algum bar por perto?”

Uma pequena pausa, e então Mika ouve um farfalhar fraco


no fundo antes dele responder: “Claro que sim. Vire à esquerda
no estacionamento e siga em frente por cerca de três quilômetros.
Você não vai deixar de ver o Rosie's; fica no lado esquerdo da
estrada. Diga ao Mick que a enviei e ele te dará uma cerveja
grátis.”

“Tudo bem, faço isso. Obrigada.”

Desligando, Mika olha para o telefone como se ele fosse


alcançá-la e mordê-la.

DANGEROUS
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Jamie Begley

“Não faça isso, Mika. Fique aqui e durma um pouco. Você


precisa dormir.” Ela tenta se convencer a não fazer a coisa de que
ela se convenceu que faria apenas alguns dias antes.

Ela tenta reforçar sua coragem. “Se você vai mudar sua
vida, tem que começar em algum lugar. Nós podemos fazer isso,
Mika. Onde está sua determinação?”

Ela faz uma careta para si mesma, não só por estar falando
consigo mesma, mas também pelo terninho que está pegando.

Mika deseja ter ido buscar o refrigerante no novo traje que


havia comprado e planeja usar hoje à noite - pelo menos ela
poderia ter uma chance maior de atrair a atenção dos dois
homens lá de fora.

Seus demônios internos lutam enquanto toma banho, o


que Mika tenta ignorar. No entanto, as inseguranças com que ela
lidou desde a faculdade não seriam silenciadas.

Os homens não gostam de foder mulheres inteligentes.


Levou um tempo para descobrir isso. Na verdade, foi preciso um
amigo homem para descobrir por que ela não estava sendo
convidada para sair. Em uma nova universidade, ela não era
apenas a mais nova, mas não tinha mais suas melhores amigas
que poderia ter procurado para apoiá-la em como se encaixar
melhor.

“Mika, um cara não quer que você o confronte por suas


besteiras.”

Ela tinha sido ferida pela observação de Cory, tendo


acabado de ouvi-lo prometendo levar uma das garotas de sua
turma para um show naquele fim de semana.

“Os ingressos já estão esgotados”, ela informou a ele,


pensando que estava sendo útil, deixando-o saber. Em vez disso,
Cory tinha dado a ela um olhar irritado em relação ao “conselho”.
A observação doeu, mas nada era mais verdadeiro do que um

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Jamie Begley

garoto dominado por hormônios quando não conseguia o que


queria. Então, quando a jovem voltou sua atenção para outro
colega de classe, ele descontou seu fracasso nela.

Ela poderia ter sido dotada de uma mente inteligente, mas


a desvantagem era que a mesma inteligência permitia que ela
visse as porcarias que os homens usavam para levar as mulheres
para a cama. E isso só piorou quando ela ficou mais velha, e suas
mentiras se tornaram mais habilidosas e dissimuladas.

Como o menino que lhe pedira para ir com ele ao baile de


formatura do último ano. Ela tinha visto através de seus planos,
que ele só queria deixar sua ex-namorada com ciúmes.

Seu primeiro emprego fora da faculdade não tinha sido


melhor. Os homens não tinham dado a sua aparência nerd uma
segunda olhada até que ela conseguiu uma promoção. Se eles
não tivessem amado fofocar alto na sala de descanso com tanta
frequência, ela teria sido enganada um par de vezes. Um dia foi
trabalhar cedo e ouviu o nome dela. Fora da linha de visão deles,
o efeito total do que sentiam por ela foi revelado.

“Se Mika não fosse uma feiosa do caralho”, Carter Long


disse a outro colega de trabalho, “eu acharia que ela ganhou a
promoção fazendo boquetes.”

O comentário bruto a fez ignorar seu constrangimento e


humilhação e entrar na sala de descanso com a desculpa de
pegar uma xícara de café. Seus olhos assustados eram incapazes
de encontrar os dela, o silêncio ensurdecedor aumentando a falta
de profissionalismo deles.

“Bom dia, Carter.”

Sua saudação carente de desprezo fez com que o homem a


quem ela se dirigia, empalidecesse.

Ela desviou os olhos para as virilhas deles, esperando que


um ou os dois se irritassem com o fato óbvio de que ela ouvira

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seus comentários. “Talvez se você não entregasse os documentos


preenchidos com tantos erros como se uma criança de cinco anos
os tivesse escrito, você poderia ter conseguido a última promoção.
Mas então, o que eu sei? De acordo com você, sou uma filha da
puta sem cérebro.” Normalmente, Mika deixava que esse
comportamento grosseiro não a atingisse, mas ser chamada de
feiosa do caralho acendera um fogo nela que sua pele grossa não
podia tolerar. “Vou ter que perguntar a Nancy do RH se o boquete
está na minha descrição de trabalho porque, de acordo com você,
eu tenho negligenciado essa responsabilidade.” Os outros do
grupo começaram a se dispersar com uma velocidade
assustadora.

Que Carter parecesse estar com a perna presa na


armadilha de um urso não lhe deu nenhum prazer. Ela estava
muito magoada e enojada com o fato de alguns homens terem
tirado a culpa de seus próprios ombros e, ao invés disso,
colocaram em um inocente que levava seu trabalho a sério.

Não seria a última vez que ela teria que lidar com esse tipo
de comportamento, mas pelo menos eles foram espertos o
suficiente depois para não fazer isso ao alcance dos ouvidos.

Depois de se enxugar, ela abre a bolsa de maquiagem ao


lado da pia, na esperança de fazer um trabalho adequado em
aplicá-la em seu rosto.

Dando um passo atrás, ela admira sua obra. “Nada mal,


Mika. Não está bom também, mas vai funcionar.”

Se algum dos homens tivesse bebido alguns drinques a


mais, poderia dar-lhe um olhar de relance em um bar escuro.

Ela está certa de que nenhum dos dois homens do lado de


fora teria lhe dado uma segunda olhada, mesmo com as roupas
casuais e maquiagem.

Felizmente, ela não está procurando por homens que a


lembrassem do Gavião Arqueiro ou do Thor, de cabelos escuros.

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Jamie Begley

Ela está procurando pelo básico. E quanto mais básico, melhor.


Alguém que não se destacasse. Alguém que pudesse usar para
descobrir se era capaz de ser normal durante sua breve estada
em Treepoint.

Considerada como um prodígio desde os três anos de


idade, passou a vida em sala de aula, procurando aprender mais
para satisfazer a sede de conhecimento que, apesar das horas de
dedicação que gastou, nunca foi suficiente.

Ela tinha poucos amigos e os poucos que manteve ao longo


dos anos consideravam-na chata e sem vida. Eles perguntavam
a ela como consertar um computador, mas nunca se
incomodavam em pedir sua opinião sobre o último filme. E ela
amava filmes, mas seus “amigos” nunca a chamavam para ir ver
um filme. Eles a usavam como conselheira ou ombro amigo para
chorar, mas sempre que ela se aventurava a dar conselhos ou
expandir os limites da “amizade”, não era apenas ignorada, mas
também criticada.

Foi por isso que ela decidiu usar a oportunidade que


Treepoint forneceria.

Uma noite só. Uma maneira de molhar os pés sem


consequências, sem culpa.

Nada além de um breve encontro, que seria um trampolim


para deixar Mika mais confiante e segura. Então, quando
terminasse, ela voltaria para casa na Califórnia. E da próxima vez
que uma de suas amigas falasse sobre sexo, teria a experiência e
o conhecimento para contribuir.

Ela acredita na teoria do aprender fazendo, mas até agora


a única experiência que teve com sexo foi um beijo de boa noite
depois de seu primeiro e único encontro. Isso foi há dois anos,
quando concordou em encontrar alguém em um aplicativo de
namoro.

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Jamie Begley

Pegando a embalagem de batom vermelho, ela desliza a cor


vermelha viva em seus lábios franzidos. Havia feito sua pesquisa
preliminar e descobriu que os homens acham a cor vermelha
sexualmente excitante.

Preenchendo no espelho, ela bate os lábios, então


estremece com seu reflexo.

“Isso vai ser um desastre.”

Sim, vai, a pequena voz no fundo de sua mente fala.

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Jamie Begley

Capítulo 2

Enquanto desliza uma nota no espaço para dinheiro, Jonas


é incapaz de tirar os olhos da mulher ruiva quando ela vira o
corredor. Se ela não tivesse dado a ele um olhar mortal, teria
tentado conversar fiado.

Um dedo está pairando sobre o botão de sua escolha


quando seu parceiro e a ruiva se esbarram. Sua boca se contorce
em um pequeno sorriso quando vê que Hammer está tão
desconcertado quanto ele. Mas quando a ruiva se afasta,
continuando seu caminho sem perder tempo com Hammer, ele
fica tão desapontado quanto quando ela fez isso com ele.

“Droga.” Hammer franze o cenho quando se aproxima dele.

“Eu sei, certo?” Ele resmunga. “Ela disse alguma coisa para
você?” Fazendo sua escolha, ele se abaixa para pegar seu
refrigerante.

“Ela disse: ‘desculpe-me’.” Pegando a carteira, Hammer tira


uma nota para pegar uma bebida também.

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Jamie Begley

“O que você disse?” Jonas pergunta, abrindo a garrafa,


depois a afastando rapidamente para que o líquido borbulhante
não se derrame sobre ele.

“O que você acha que eu disse? Disse ‘sinto muito’.”

“Só isso?”

“O resto é meio que um borrão. Cara, você deu uma olhada


nela?”

“Sim. Porra, eu me pergunto há quanto tempo ela está na


cidade. Ou se ela é casada.”

“Ela não parecia querer parar e conversar.” Hammer pega


sua bebida, sem se incomodar em abrir a sua, depois de ver a
bagunça com que Jonas está lidando com a garrafa
excessivamente agitada.

“Não importa. Ela não parece do tipo que foderia conosco


de qualquer maneira.”

“Nem me fale. Não consigo imaginá-la fodendo com um de


nós, muito menos os dois.”

“Droga. Você acha que ela está aqui para o casamento?”


Jonas sabe que isso não é possível, mas quer ter certeza. Tinha
sido difícil deixar a mulher atraente ir embora.

“Não.” Hammer anda a passos largos ao lado dele enquanto


voltam para o quarto. Abrindo a porta, ele entra primeiro,
deixando Hammer seguir e fechar a porta. “T.A. e Dalton
convidaram amigos íntimos e parentes para o casamento e
recepção, e já que só nós verificamos todos eles, sabe muito bem
que ela não estava lá.”

Jonas coloca o refrigerante na mesa de cabeceira antes de


se deitar em uma das duas camas de casal. “Isso está ficando
ridículo. Tem que haver uma mulher em algum lugar sobre a qual

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Jamie Begley

possamos concordar e que não fuja quando dissermos que


queremos ter um relacionamento a três.”

Hammer se esparrama na outra cama. “Se você tiver


alguma ideia, avise-me. Eu estou sem nenhuma. A última mulher
que você queria que eu considerasse me deu calafrios.”

“Não me culpe por isso. Você que a escolheu pelo perfil


dela. Eu estava apenas disposto a dar mais uma chance e
realmente conhecê-la, em vez de perder tempo trocando
mensagens. Pelo menos saberíamos que depois de cinco minutos
não ia dar certo.”

“Teria sido um desastre.” Jonas concorda.

Agarrando o controle remoto, liga a televisão, decidindo-se


por um drama de assassinato. Eles assistem em silêncio até que
o alarme de seu relógio dispara.

“Está pronto?” Hammer pergunta, já saindo da cama.

Jonas desliga a televisão, depois cada um deles pega as


jaquetas antes de irem para o Escalade.

Deixando Hammer tomar o assento do motorista enquanto


sobe no assento do passageiro, vasculha a frente do prédio do
hotel, na esperança de pegar outro vislumbre da ruiva.

“Desista”, aconselha Hammer.

Jonas afivela o cinto de segurança, olhando


melancolicamente para a triste paisagem. Ele odeia os meses de
inverno com as árvores nuas.

“Você deveria começar a ver Debra novamente.”

Jonas olha para o amigo de longa data. “É inútil. Ela já


disse não para nós.”

“Ela disse não para um relacionamento comigo, não com


você. Você gostou dela. Poderia dar certo.”

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“Não vai funcionar sem você. Nós conversamos isso mais


de um milhão de vezes. Uma relação poligâmica é a única
esperança que temos de fazer um relacionamento funcionar. Mais
cedo ou mais tarde, vamos encontrar alguém.”

Ele tenta ser positivo, mas está começando a espelhar a


dúvida que vê no rosto de Hammer.

“Nós dois sabemos que o problema não é com você. Sou eu.
Encontre uma mulher e se acalme, Jonas.”

Ele dá a Hammer um olhar duro quando o homem entra


no estacionamento do bar local. “Eu não tive exatamente um
relacionamento de sucesso sem você participar. Não sei por que
você acha que tenho todas essas mulheres caindo aos meus pés.”
Jonas dá um suspiro irritado. “Nós somos ambos miseráveis
filhos da puta sozinhos. Sem o outro, acabaríamos no tribunal de
divórcio antes que a lua de mel acabasse. Então, fica frio. Nós
vamos encontrá-la.” Jonas tenta animar seu amigo fazendo piada
sobre a situação deles. “Você nunca sabe, a mulher de sorte
poderia estar no Rosie’s agora, apenas esperando por nós para
fazer a noite da vida dela.”

Hammer finge se animar com a piada dele. “Você é um


idiota.”

Jonas ri quando sai do SUV.

O exterior do bar é indefinido, situado no meio das


montanhas, não muito longe do clube dos Last Riders.

Entrando, Jonas fica desanimado ao ver que não há


mulheres. Ele ignora o olhar que Hammer lhe dá quando se dirige
ao bar.

“Ei, Mick.”

“Jonas, Hammer, o que eu posso servir para vocês hoje à


noite?”

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“Nós vamos querer duas cervejas.”

Reconhecendo um dos homens sentados no bar, ele dá um


breve aceno para Moon, que está sentado sombriamente, olhando
para seu copo de uísque.

“Noite difícil?” Jonas pergunta, pegando a cerveja que Mick


colocou na frente dele.

“Vá se foder.”

Jonas não se ofende com o insulto do homem. Parece que


ele e Hammer não são os únicos homens solteiros que estão
infelizes em passar o Dia dos Namorados sozinhos.

Deixando seus olhos deslizarem ao redor do bar, ele


observa os outros homens sentados ao redor. Fora um cara que
está sentado em uma mesa perto da parede, todos os homens
estão tão abatidos quanto Moon. Está escuro no bar, mas Jonas
tem experiência suficiente para reconhecer que o homem sentado
sozinho está bem alterado.

“O que vocês dois estão fazendo aqui em vez de estar no


casamento da T.A.?”

Por causa da voz de Mick, Jonas volta sua atenção para


ele. “Estava muito cheio.”

“Uh-huh.” Mick dá-lhes um olhar interrogativo antes de


recarregar o copo de Moon.

Jonas está olhando para Hammer quando o som da


abertura da porta do bar o faz casualmente virar a cabeça para
ver quem está entrando.

Ouvindo Hammer engasgar com sua cerveja, é difícil não


olhar para ter certeza de que seu amigo está bem, mas ele está
com medo de que, se o fizesse, a mulher que caminha em direção
ao bar não passasse de uma invenção de sua imaginação.

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“Você está bem?” Jonas finalmente pergunta do canto da


boca, ainda se recusando a desviar os olhos da beleza que se
aproxima.

“Sim. É ela…?”

“Sim.”

Jonas tenta parecer casual quando ela se senta mais longe


de onde Moon está sentado, mas ele ainda dá um gemido
silencioso.

Ele e Hammer dirigem um negócio de caçadores de


recompensas com Killyama. Eles estavam em sua vida desde que
ela era uma criança e ambos a consideram mais como uma filha
do que como parceira de negócios. Quando ela se casou com
Train, um dos Last Riders, eles conheceram Moon.

Killyama disse a eles como Moon ganhou seu apelido, e se


esse segredo que ela compartilhou com eles era verdadeiro, então
ele e Hammer não tinham chance com a familiar ruiva que está
sentada mais perto de Moon do que deles.

Seu estômago revira quando vê o sorriso se espalhar pelo


rosto de Moon. Não há como Jonas deixar o Last Rider roubá-la
deles.

A bunda de Jonas está prestes a escorregar do banquinho


quando o aviso baixo de Hammer o detém.

“Acalme-se. Ela não está interessada.”

Jonas dá outra olhada e vê no rosto dela mesmo


desinteresse com que o tinha tratado no hotel.

Permanecendo sentado, ele e Hammer observam a mulher


pedir uma cerveja.

Jonas tira os olhos dela tempo suficiente para lançar um


olhar interrogativo a Hammer. “Devemos fazer um movimento?”

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“Vá em frente. Vou me segurar até você sinalizar para


mim.”

Jonas faz uma careta para o amigo. Hammer sempre


preferiu que ele fizesse o primeiro movimento.

Ele quase decide não fazer o esforço. Se Hammer tivesse


uma faísca de interesse na mulher, então seria o único a fazer o
movimento e nem deixaria isso para Jonas. É a única coisa com
que ele se preocupava quando se tratava de compartilhar uma
mulher com Hammer - que seu amigo não tivesse a mesma
atração por um trio que ele. Que Hammer achasse que seus
sentimentos não eram tão importantes quanto os de Jonas.

“Por que a demora?” Hammer pergunta.

“Vou...”

“Muito tarde.”

Jonas vira a cabeça para ver a ruiva carregando sua cerveja


em direção ao homem solitário sentado à mesa.

“Que porra é essa?” Jonas não pode acreditar que a mulher


tivesse escolhido o bêbado em vez de Moon, ele ou Hammer.

Ele fecha a boca, voltando para sua cerveja e tomando um


gole para aliviar a dor da decepção.

“Foda-se!”

Jonas é agora aquele que bufa sobre sua cerveja enquanto


observa Hammer atravessar o bar em direção à mesa onde a
mulher está agora sentada.

Sorrindo, Jonas apressadamente pega sua cerveja e a de


Hammer, movendo-se para segui-lo. A maneira como Hammer
está agora se aproximando dos ocupantes na mesa, deixa claro
que seu desejo de que Hammer estivesse mais envolvido foi
concedido.

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Jamie Begley

“Peça e você deve receber”, diz Jonas, rindo em voz alta


para si mesmo.

“Hã?” O barman olha para ele como se fosse louco pra


caralho.

“Nada”, Jonas responde enquanto observa Hammer


sentar-se à mesa sem perguntar.

Isso é o que ele estava esperando. Quando seu parceiro


colocava algo na cabeça, ele rompia a barreira, apesar das
resistências que encontrasse. Foi assim que ele ganhou seu
apelido no exército.

A mulher não tem ideia de que agora ela é o alvo de


Hammer.

Jonas estampa um sorriso amigável no rosto, garantindo


que, se Hammer não tivesse sucesso, seria o substituto perfeito.
Deus, como ele ama fazer parte de uma equipe.

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Capítulo 3

Mika acha o bar com bastante facilidade. O que não é fácil


é sair do carro. Sua mente está turbulenta sobre se deveria ou
não deveria.

Basta entrar e pedir uma cerveja. Se você não gostar,


apenas saia, ela argumenta consigo mesma.

Sentindo-se confiante, ela sai trêmula do carro e caminha


em direção à porta. Sentindo-se como uma idiota por ter chegado
a esse plano em primeiro lugar, quase corre de volta para seu
carro.

“Você é tão fodida, Mika. Dillion me ama.”

“Quando eu quiser o conselho de Dear Abby mando um e-


mail para ela.”

“Quando foi a última vez que você transou? Já transou


alguma vez?”

“Não me olhe assim. Você é tão previsível que até seu gato
ficou entediado com você e fugiu.”

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Jamie Begley

Repetir a última conversa que ela teve com sua amiga


ainda doía. Não falava com Julia há três meses, e ainda dói, tanto
pela discussão em que tinha se metido quando tentou discutir o
relacionamento tóxico de sua amiga, quanto pela recusa de Julia
em escrever ou ligar de volta independentemente das numerosas
mensagens que Mika mandou.

A lembrança da discussão a ajuda a entrar.

Prendendo a respiração por todo o caminho até o bar, ela


mantém os olhos em frente, sem prestar atenção aos homens lá
dentro. Ela então pega um banquinho situado longe dos outros e
pede uma cerveja do barman que parecia esperar que ela pedisse
informações em vez de cerveja.

Desviando o olhar do barman, Mika olha brevemente para


o homem mais próximo dela para ver se ele é ou não uma opção
viável. Leva apenas dois segundos para descobrir isso.

Seu sorriso de soslaio era para ser sedutor, mas ele é


bonito demais para não perceber que as mulheres o acham
atraente. Portanto, Mika não acredita na ilusão de que ele é
apenas o bom menino que está tentando retratar.

Quando os olhos dela se afastam, vê “os homens” sentados


mais no interior do bar. Ela nem os notou quando entrou,
constrangida demais ao perceber que era a mulher solitária no
lugar.

Não vendo nenhuma perspectiva que preenchesse seu


plano louco, ela se ilumina quando vê o homem sentado ao lado
da parede... Sozinho.

“Olá, moça bonita. Meu nome é Moon. Qual é o seu?” O


homem de boa aparência no bar pergunta.

Ignorando-o, Mika paga por sua cerveja, então desliza do


banco para atravessar o cômodo.

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Seu pulso acelera quando ela percebe que ele está bêbado.
Com alguma sorte, se fosse bem-sucedida, quem quer que fosse
não se lembraria de que dia da semana era ou de que havia fodido
uma estranha que conheceu em um bar.

“Posso me juntar a você?”

Seus olhos embaçados têm dificuldade em se concentrar


nela. “Você quer se sentar comigo?”

“Sim.”

Mika se encolhe com o interesse sexual que ele olha para


ela.

“Claro, vá em frente.”

Você perdeu seu juízo, Mika se pune, mas se senta ao lado


dele de qualquer maneira.

“Você é de Treepoint?” Ela pergunta antes de tomar um


gole de cerveja.

“Nascido e criado.” A gargalhada bêbada a faz tomar outro


gole, desejando que tivesse pedido algo mais forte.

“Meu nome é Mary. Qual é o seu...”

“Eu odeio beber sozinho. Importa-se se eu participar da


festa?”

Mika fica boquiaberta com o homem que ela reconhece


como um dos homens em que esbarrou no hotel. Que ele não
estava sozinho e que seu amigo estivesse aqui também, ainda
sentado no bar, dispara um alarme.

Homens como eles nunca lhe davam atenção. Este era


como a estrela do time do segundo grau, que só namorava a
rainha do baile. Ela nem sequer era membro da realeza.

Ela abre a boca para recusar quando seu escolhido fala.

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“Certo. Por que não? Quanto mais, melhor.”

Sentindo-se desconfortável, Mika não olha para ele quando


ele se senta, tentando manter sua atenção focada no prêmio.
Bem, não é realmente um prêmio. É mais como um prêmio de
consolação, mas ela está mais do que feliz com isso.

Quando ela finalmente tiver relações sexuais, quer um


homem que a faça se sentir confiante e segura de si pela primeira
vez, e não um que a faça se sentir como se nunca fosse chegar ao
seu nível quando estivesse sem roupa. O homem lindo está, sem
dúvida, acostumado a foder coelhinhas de playboy, não a Dear
Abbys.

“Existe espaço para mim?” Seu amigo senta-se antes que


ela pudesse responder.

“Eu odeio beber sozinho.”

Mika estreita os olhos para o cara que havia levantado a


máquina de refrigerante como se fosse uma xícara de café. O cara
do Refrigerante é tão lindo quanto qualquer um dos Quarterbacks
da escola de que ela se lembrava.

Está começando a pensar que está em um episódio de What


Would you do? Ela sente uma onda de decepção por seus planos
não estarem indo na direção que pretendia, agora que ambos os
“homens” haviam se juntado a ela.

Enquanto tenta descobrir o que vai fazer, outro homem


lindo entra no bar. Quando ele se senta em um banquinho de
frente para a porta, seu olhar se afasta.

Inferno, não. Por que eu não podia entrar em um bar onde


homens normais frequentam?

Mika está cuidadosamente repensando sua escolha de


cidade para abrir as asas, sentindo o calafrio do perigo rondando
nos limites de sua mente, alertando-a para sair enquanto ainda
pode. A única coisa que a mantém sentada é que ela nunca tinha

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sido governada por emoções, sempre deixando o raciocínio frio e


duro ditar sua vida.

Seu demônio interior retruca, lembrando-a que foi seu


raciocínio que a colocou na situação em que agora está presa.

“Continue.” O prêmio de consolação acena com a mão na


última cadeira da mesa.

Mika tem que cerrar os dentes para não contradizer o


convite. Rapidamente tenta reavaliar seu plano e encontrar uma
maneira de tirar o Quarterback e o cara do Refrigerante da
jogada.

“Nós nos conhecemos mais cedo no motel”, o cara do


Refrigerante interrompe seus pensamentos.

“Eu lembro.”

“Nós não tivemos a chance de nos apresentar. Sou Jonas e


este é meu amigo Hammer.”

Claro que são, Mika pensa maliciosamente. O cara do


Refrigerante tem que ter um nome sexy como Jonas, e parece que
ele poderia pregar qualquer um que estivesse em seu caminho no
campo de futebol.

“Eu sou Harvey.”

Ela usa todas as suas forças para não revirar os olhos ao


verdadeiro nome do prêmio de consolação.

Sentindo o olhar firme de Jonas e Hammer sobre ela, Mika


repete o mesmo nome fictício que ela deu a Harvey. “Eu sou
Mary.”

“Você não tem cara de Mary.”

Mika, nervosamente, toma um gole de cerveja para ganhar


algum tempo, desconcertada com o ceticismo do que está sentado
mais próximo dela.

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Jamie Begley

Decide partir na ofensiva antes que Hammer possa ficar


curioso demais com ela, ela diz: “É um antigo nome de família.”

“Você não parece velha para mim.”

Mika deseja que Harvey tivesse permanecido em silêncio.

“Nem para mim.”

Sua boca fica seca pela maneira como Hammer olha para
ela, confusa com o interesse inesperado que ele demonstra.

Incapaz de manter seu olhar, Mika está se voltando para


Harvey quando os olhos de Jonas se cruzam com os dela.

O que diabos está acontecendo? Eles estão planejando


atraí-la para o estacionamento para roubá-la? Não havia como
esses dois homens se interessarem por ela.

Sua mente racional a alerta para ter cuidado. Ela está feliz
por ter deixado sua bolsa no porta-malas do carro e tem uma
pequena quantia de dinheiro no bolso do jeans.

“Posso comprar outra cerveja para você?” Jonas pergunta.

“Não, obrigada, estou bem.”

“E você, Harvey? Ou já bebeu o bastante?

“Não se pode beber cerveja suficiente.”

“Parece que você bebeu mais do que o suficiente”, afirma


Hammer, balançando a cabeça quando o barman se aproxima.

“Ainda não, eu não bebi. Posso precisar de algo mais forte


do que o que tenho experimentado.”

Seus olhos se arregalam quando ela sente uma mão em


sua virilha, acidentalmente dando um grito que faz os outros no
bar estremecerem. A mão insistente do prêmio de consolação está
tentando entrar em seu jeans, com Hammer e Jonas observando.

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Ela está disposta a entregar a mercadoria, mas não pretendia que


fosse no bar.

Pegando a mão sob a mesa, ela a bate na mesa.


Constrangida, seu temperamento leva o melhor sobre ela devido
ao fato de que os outros dois homens tinham visto tudo o que
Harvey fez - e não fizeram nada para impedi-lo.

“Apalpar é para adolescentes. Eu estava procurando por


um homem, não um menino. Você pode ser o homem que preciso
que seja hoje à noite, Harvey? Se não, posso ir ao Redbox e alugar
um filme.”

O silêncio atordoado faz Mika querer morder sua língua.


Droga, ela quer se enrolar em uma bola e rolar sua bunda para
fora do bar.

Jonas alivia a situação embaraçosa quando começa a rir.


“Do jeito que ele está, terá sorte de chegar ao seu carro.”

“Eu acho que você está certo.” Desoladamente, ela vê seu


plano se desintegrar na frente dela.

“Jonas e eu podemos lhe dar mais diversão do que o


Redbox, e só tomamos uma cerveja.”

Seus olhos voam para os de Hammer. No Kentucky tem


assassinos em série? Ela deveria ter pesquisado melhor.
Tecnicamente, eles estavam hospedados em um hotel, então
podem não ser do Kentucky também.

“De onde você e Jonas são?”

“Nós moramos no Tennessee.”

Ela não está mais familiarizada com o Tennessee do que


com Kentucky. Redbox era a escolha mais segura, mas ela ainda
não desistira de Harvey.

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Jamie Begley

“Vocês dois estão tentando entrar em ação?” Harvey


consegue levantar-se na cadeira, olhando para o outro lado da
mesa.

Quando Hammer e Jonas olham para ele como se


quisessem esmagá-lo debaixo dos sapatos, Mika sente pena dele.

“Última rodada!”

O grito do barman a faz querer chorar. Que bar que fecha


tão cedo?

“Porra, Mick!” O primeiro homem que falara com ela no bar


está tão infeliz quanto ela.

“Relaxe, Moon. Será apenas por duas horas. Vou dar uma
cerveja grátis para quem voltar quando eu reabrir. Lily quer dar
a Shade seu presente de Dia dos Namorados sem vocês
brutamontes por perto.”

Que o bar iria reabrir em algumas horas restaurou sua fé


de que seu objetivo ainda está ao alcance. Ela poderia comer
alguma coisa e voltar. Talvez então houvesse mais opções para
escolher.

“Bem, foi bom conhecer vocês senhores. Jonas, Hammer,


aproveitem sua viagem para casa. Harvey...” ela dá um olhar
piedoso ao prêmio de consolação. “...você deveria chamar um
táxi.”

“Eu pensei que você e eu...?”

“Eu decidi que o Redbox me daria uma emoção melhor.”

Mika levanta-se da mesa, dá um aceno educado, depois


espera que Hammer fique de pé para sair de trás da mesa.

Hammer não se move, prendendo-a. “O que há de errado


comigo e Jonas?”

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Ela fica boquiaberta e diz o primeiro pensamento que lhe


vem à cabeça.

“No Tennessee tem assassinos em série?”

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Capítulo 4

“O quê?” Perplexo, o Quarterback olha para ela confuso.

“Hã? O Tennessee pode ter cereais, mas o Kentucky


também.” Harvey estende a mão, agarrando o pulso dela. “Vamos
lá, vou comprar um pouco a caminho do hotel.” Harvey bêbado
tenta se levantar, mas é bloqueado com uma mão firme em seu
ombro.

“Você não deveria dirigir, e certamente não irá a lugar


algum com ela.”

“Eu tenho uma velhota para pegar no meu pé. Não preciso
de você me dando sua opinião.” Desvencilhando-se do aperto de
Jonas, Harvey usa a mesa para ficar de pé, depois olha para ela.
“Você vem?”

O comentário da velhota apaga a chama que resta de seu


plano.

“Não. E eu aconselho você a aceitar minha sugestão e


chamar um táxi.”

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Jamie Begley

“Você não sabe o que está perdendo.”

Não, ela não sabe. E esse é o problema dela. Mas ela não
conta isso a Harvey.

Com Harvey cambaleando para frente e para trás a


caminho da porta de entrada, ela está livre para deslizar pela
mesa. Caminhando para a porta, está consciente de que os dois
homens do hotel a seguem. Teria sorte se fosse assaltada no
estacionamento. Deveria ter somente encontrado o maldito
Redbox e ter ficado em casa. Seus planos sempre iam para o
inferno quando envolviam sua vida pessoal.

Usando a palma da mão para abrir a porta, sai para o ar


fresco, vendo que, apesar de sua sugestão, Harvey está entrando
em seu carro. Na verdade, isso faz com que ela fique mal do
estomago por ele. Não há como poder vê-lo pôr em perigo outros
condutores, assim como ele mesmo.

Erguendo a mão para chamar sua atenção, ela grita para


ele, “Har...”

Antes que ela pudesse terminar, rapidamente se vira e se


vê cara a cara com um Hammer furioso.

“Você não vai com ele.”

Mika olha para o homem com um olhar que faz a maioria


de seus conhecidos dar um passo para trás. Infelizmente,
Hammer não a conhece bem o suficiente para saber que ele
estava pisando em terreno perigoso.

Com o canto do olho, ela nota que Jonas havia pisado ao


lado e estava falando com alguém em seu celular.

“Tire sua mão de mim agora. Não é da sua conta o que eu


faço ou não faço. Para sua informação, eu não iria entrar no carro
com ele, mas ofereceria uma carona. Ele vai machucar alguém se
dirigir nessa condição”, ela retruca.

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Jamie Begley

“Ele não vai longe. Cidades pequenas como essa têm seu
próprio modo de controlar motoristas bêbados. É chamado de
radar de velocidade.”

Mika morde o lábio enquanto observa Harvey sair para a


estrada. Se ele machucasse alguém, ela nunca se perdoaria - ou
Hammer. “O que o barman estava pensando em servir-lhe tanto
assim?”

“Ele estava pensando a mesma coisa que eu estou. Ele


passará a noite na prisão quando Knox o pegar.”

“Knox?”

“O xerife.”

O medo dá um nó em seu estômago. “Por que você trata o


xerife pelo primeiro nome? Espere, eu pensei que você disse que
era do Tennessee. E quantas vezes você esteve na cadeia?”

Hammer ri, admitindo: “Algumas vezes.”

Jonas termina seu telefonema e caminha de volta. “O que


você está dizendo para ela? Parece que ela está pronta para
chamar a polícia para você.”

“Eu acho que ela acha que nós somos assassinos em série
fugitivos.”

Mika não nega, enquanto tenta se afastar deles em direção


ao seu carro alugado. Os outros homens já haviam saído do bar
e estavam saindo do estacionamento. De cima do ombro de
Hammer, ela vê o barman fechando a porta; quer estar em
segurança em seu carro antes dele sair.

“É melhor eu ir. Adeus.” Virando-se, ela começa a andar


rapidamente para o carro.

Ela tem uma mão na maçaneta da porta quando Jonas


pressiona a mão contra o teto do carro, encostando o lado do
corpo dele contra a porta para que ela não possa entrar.

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Jamie Begley

“Opa... Nós não somos assassinos em série.”

Ela não acredita nele, especialmente quando está tentando


abrir a porta, mas não pode devido a ele bloqueando-a com seu
corpo.

“Mick!”

Mika pula quando Jonas grita o nome do barman.

“O quê?”

“Eu e o Hammer somos assassinos em série?”

“Não, eles são legais”, ele grita antes de acenar para um


carro que está estacionando ao lado de sua caminhonete.

“Ele poderia apenas estar ajudando-o, então você vai dar a


ele uma parte do dinheiro.”

“Que dinheiro?”

Sua cabeça gira quando percebe que Hammer havia se


movido para trás dela, efetivamente colocando-a entre os dois
homens.

Jesus, ela não precisa ser informada de que está em uma


situação problemática; ela sente uma fisgada em sua buceta.

“O dinheiro que vocês vão roubar de mim.”

“Você acha que vamos roubar você?”

Olhando nos olhos claros de Jonas, ela está começando a


duvidar do julgamento habitual e sólido de que tanto se orgulha.
Então se afasta dos seus pensamentos quando observa uma
mulher de cabelos negros usando uma capa de chuva entrar no
bar.

“Mary?”

Leva um segundo para perceber que ele está se dirigindo a


ela e que ele ainda está esperando por uma resposta.

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Jamie Begley

“Sim.”

É mais fácil manter os olhos em Jonas. De alguma forma,


ele parece o menos ameaçador dos dois.

“Por quê?” Sua expressão suaviza ainda mais.

“Isso é óbvio.”

“Não para mim. Que tal você, Hammer?”

“Não.”

Ela não vira a cabeça para olhar para ele desta vez. Uma
mulher só pode ser tentada até certo ponto antes de jogar a
cautela ao vento e arriscar, não apenas com a carteira, mas
também com o corpo.

O som de uma moto vindo da estrada faz com que os três


assistam enquanto um motociclista solitário entra no
estacionamento. Ela não pode deixar de olhar quando o
motoqueiro desce da moto e tira o capacete.

Que diabos? Quando ela chegar em casa, precisa dizer a


todas as amigas que elas deveriam fazer as malas e ir para
Kentucky. Sua atenção volta para os homens ao lado dela. Os
homens do Tennessee também não são de se jogar fora.

“Você vai nos dizer por que acha que somos assassinos em
série ou que queremos roubá-la?”

O motociclista prestes a entrar no bar para ao ouvir a voz


alta de Jonas.

“Você se importa?” Ela sussurra. “Isso é embaraçoso.”

Jonas vira a cabeça, vendo que ela está envergonhada com


o motociclista ouvindo-os.

“Shade.” Jonas levanta a mão em saudação casual.

O homem dá um breve aceno antes de continuar.

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“Você o conhece?”

“Vagamente.”

Mika quer lamber seus lábios. Controlando sua libido, ela


ergue o queixo em direção à porta pela qual o motociclista havia
passado. “Por que você não perguntou a ele se era assassino em
série? Você não teve problemas em perguntar ao barman.”

O sorriso de Jonas se curva ainda mais. “Shade gosta de


foder com as pessoas. Eu não quis me arriscar a ele aumentar o
seu medo de mim e de Hammer. Somos caras muito legais, não
somos?”

“Eu ainda não decidi.”

“Foi mais uma pergunta retórica para Hammer.”

Mika ri, seu nervosismo diminuindo um pouco.

“Por que você não nos diz por que acha que somos
assassinos em série?”

“Não esqueça a parte do roubo.”

Mika pode sentir a respiração de Hammer na nuca


enquanto ele se aproxima de suas costas.

Jonas inclina a cabeça para o lado enquanto espera pela


resposta dela.

“Serei honesta aqui. Normalmente, homens como vocês


dois não me dão um segundo olhar.”

“E porque estamos interessados em você, isso nos torna


assassinos?”

“Ou prestes a roubá-la?”

Mika vira-se para olhar para Hammer e depois responde:


“Sim.”

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“Não somos.” Hammer declara quase inocentemente como


se essas duas palavras fossem só para convencê-la.

“Como eu deveria saber isso?”

“Como você sabe que Harvey não era?”

“Eu não sei.”

“Mas você ia passar a noite com ele?”

Ela aperta os lábios. Não vai responder a essa pergunta.


Não é da conta dele o que ela faria ou não com Harvey.

“Que tal isso?” Jonas fala, direcionando sua atenção de


volta para ele. “Temos algumas horas antes que Mick abra o bar
novamente. Você dirige de volta para o hotel, e Hammer e eu
vamos pegar um filme, e podemos assistir em seu quarto. Se não
matarmos ou roubarmos você, então lhe pouparemos uma
viagem de volta até aqui.”

Ele acha que está sendo engraçado, e ela se agarra a tudo


que tem para não rir de seu senso de humor.

“Eu sei que vou me arrepender disso, mas tudo bem.” No


fundo, ela sente como se estivesse segura com esses dois homens,
e ainda não errou em sua avaliação dos personagens masculinos.
Seria horrível se ela estivesse errada desta vez e morresse tão
longe de casa.

“Tudo bem?”

“Sim.”

Jonas lhe dá um largo sorriso. “Qual o número do seu


quarto?”

“Vinte e cinco.”

“Tudo bem, Hammer e eu vamos pegar o filme e nos


encontramos lá.”

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Hammer se move ao redor dela para ir com Jonas para um


Escalade escuro que está estacionado não muito longe do dela.

“Você não quer saber que tipo de filme eu gosto?”

Hammer vira-se, andando para trás enquanto fala. “Ou


uma comédia ou um romance. Eu acho que você está assistindo
muitos filmes de terror.”

“Eu prefiro ação.”

Hammer e Jonas param de andar.

“Nós também.”

Mika cora com o duplo significado.

“É só pegar uma comédia. Preciso de umas boas risadas.”

Balançando a cabeça em suas expressões decepcionadas,


ela entra no carro.

Quando sai do estacionamento, vê Hammer atrás do


volante enquanto pegavam a estrada em direção à cidade.

É a poucos metros do bar que a estrada se transforma em


uma curva sinuosa. Forçando o pé no pedal do freio, ela o
pressiona lentamente, vendo as luzes azuis giratórias de um
carro de patrulha. Aproximando-se, vê Harvey debruçar-se sobre
o porta-malas do carro, com um agente algemando suas mãos
atrás das costas. Mika não sente pena dele.

“Aposto que ele deseja agora ter chamado o táxi.”

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Capítulo 5

Mika anda de um lado para o outro em seu quarto de hotel,


conversando em voz alta consigo mesma, algo que se tornara um
hábito desde que chegou em Treepoint.

“Você perdeu seu juízo? Não apenas convidou dois


estranhos para o seu quarto, mas também precisa parar de falar
sozinha.”

Sua autocrítica para quando ouve uma batida forte em sua


porta. Desesperadamente dizendo a si mesma que não abriria a
porta, sente os pés se movendo. Mesmo quando ela está gritando
mentalmente para não o fazer, encontra a mão girando a
maçaneta da porta. Abre a boca para dizer aos homens que
mudou de ideia e que vai dormir cedo. No entanto, suas boas
intenções evaporam ao ver os homens impressionantes.

É difícil escolher por qual deles está mais atraída. Jonas


parece o mais amigável dos dois, enquanto Hammer parece mais
sensato. Ambos são altos, mas Hammer tem cerca de dois ou três
centímetros a mais que seu amigo. Ambos parecem estar em seus
trinta e tantos anos. E os dois têm cabelos escuros, embora os de
Jonas tivessem mais ondas do que os de Hammer.

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Abrindo a porta mais amplamente, Mika permite que


entrem, chegando à conclusão de que vai assistir ao filme com
eles, depois irá mandá-los embora.

Quando ela diz isso para si mesma, sabe em seu coração


que seu plano está condenado ao fracasso. Que mulher em sã
consciência recusaria dois lindos homens só para ir dormir?

Limpando as palmas das mãos suadas ao lado da calça


jeans, tenta parecer como se estivesse acostumada a ter dois
homens em seu quarto de hotel.

“Que filme vocês trouxeram?”

Jonas levanta duas caixas de plástico. “Temos os


Vingadores e Bohemian Rhapsody.”

“O que aconteceu com a comédia?”

“É dia dos namorados. Acho que a primeira coisa a fazer é


assistir a uma comédia.”

Mika ri quando ela pega os filmes. “Eu não vi Infinity War.


Estava esperando o próximo sair em março antes de assistir.”

“Jonas é assim. Ele odeia esperar por algo que quer.”

Ela não ia responder esse comentário nem com uma vara


de três metros.

Colocando o filme, ela se vira e congela, sem saber o que


fazer.

Os dois homens haviam tirado os sapatos e estão em lados


opostos da cama, empurrando travesseiros atrás das costas.

Jonas lhe dá um sorriso afável. “Venha e sente-se entre


nós. Há espaço para nós três.”

Ela limpa as palmas das mãos novamente. “Eu vou ser


franca e honesta com vocês. Minha família sabe onde estou, não
tenho dinheiro e há uma câmera do lado de fora da minha porta,

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então vocês não vão se safar com nada se eu desaparecer de


repente.”

A expressão de Hammer suaviza-se. “Você está segura,


Mary.”

“Eu também acho, ou eu não deixaria vocês entrarem.”

Hammer dá um tapinha na parte vazia da cama ao seu


lado. “Relaxe. Vamos aproveitar o filme.”

Tendo já tirado os sapatos quando voltou para o quarto do


hotel, coloca um joelho no pé da cama e depois rasteja até o
centro para se sentar entre os dois homens. Ela pressiona
rigidamente o botão no controle remoto para iniciar o filme, ciente
das presenças masculinas em suas laterais. É difícil se
concentrar. Na verdade, leva um quarto do tempo do filme antes
que ela possa relaxar e afundar de volta no travesseiro que
Hammer colocou atrás dela.

“Então, por que você está visitando Treepoint?”

A pergunta de Hammer a faz dar um breve olhar, incapaz


de controlar suas reações se ficasse olhando por muito tempo.
“Negócios. E você e Jonas?”

“Nós fomos ao casamento de um amigo hoje. Resolvemos


ficar aqui em vez de voltar hoje à noite.”

“Ah! Seu amigo se casou no dia dos namorados? Isso é tão


romântico. Conveniente também. Eles nunca esquecerão o
aniversário deles.”

“Você é casada?”

A pergunta de Jonas a faz sacudir a cabeça para o lado


dele. “Não. E você?”

“Não, nenhum de nós é. Hammer é divorciado, mas nunca


encontrei a mulher certa.”

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Deslizando o olhar de volta para a TV, ela tenta se


concentrar nos Vingadores e não nos olhos sensuais tentando
fazer furos em sua alma.

“É uma droga estar sozinho no Dia dos Namorados.” A


revelação de Hammer ecoa sua própria solidão.

“É diferente para os homens. Se você está sozinho, é fácil


chamar alguém para sair. Uma mulher chama um homem no Dia
dos Namorados e eles param de falar com você.”

“Não é tão fácil para os homens quanto você pensa.”

Mika olha com incredulidade para a televisão. “Se você está


tentando obter minha simpatia, não vai funcionar. Tenho certeza
de que nenhum de vocês está sofrendo no departamento de
mulheres.”

“O que a faz dizer isso?” Hammer pergunta.

“Vamos deixar o assunto e assistir ao filme.”

“Por quê?” Jonas se aproxima ligeiramente dela.

Ela dá um suspiro alto. Então, apertando o botão de pausa,


ela coloca o controle remoto em sua coxa. “Vocês dois não
precisam de mim para dizer como são atraentes, então, a menos
que vocês sejam gays, e mesmo se vocês forem, as mulheres vão
querer uma chance com vocês.”

“Se isso é verdade, então por que você não quer?” Hammer
se mexe no quadril para olhá-la.

“Eu sou diferente.”

“Como? Você não nos acha atraente?” Ele levanta uma


sobrancelha questionadora. “A propósito, não somos gays.”

“Eu não disse que não acho vocês atraentes, apenas que
sou diferente, que sei que seria inútil pensar que a atração seria
de ambas as partes.”

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Jonas senta-se no travesseiro. “Por que seria inútil?”

Mika acena com a cabeça em direção a Hammer. “Eu


aposto que você só namorou líderes de torcida ou a rainha do
baile no ensino médio.”

Pela expressão de desgosto de Hammer, ela sabe que está


certa.

Inclinando a cabeça para Jonas, ela dá a ele sua vez. “Eu


aposto que você namorou a rainha do baile, possivelmente não a
garota mais bonita da sua escola, mas definitivamente a mais
popular.”

Ela pode dizer que Jonas gosta de sua avaliação ainda


menos do que Hammer.

“Nenhum de vocês parece inseguro, mas ficaram irritados


quando não tentei me aproximar de vocês no bar como fiz com
Harvey.”

“Eu não vou negar que isso não abalou o meu ego”,
reconhece Hammer.

“Eu sou uma boa juíza de caráter.”

“Então seu julgamento é uma droga quando estamos em


causa. O que você não levou em consideração é que nem Jonas
nem eu estamos no ensino médio. Somos homens crescidos e não
namoramos mulheres com base em sua aparência física.”

“Certo. Então, em que você se baseia?”

Mika não perde a comunicação silenciosa entre os homens.

“Jonas e eu estamos limitados às mulheres com quem


namoramos porque preferimos estar em um relacionamento
polígamo.”

Sua explicação não a choca, mas é surpreendente que eles


estejam discutindo isso com uma estranha.

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“Quantas pessoas vocês querem ter neste


relacionamento?”

“Três.”

“Vocês compartilham uma mulher ou querem adicionar


outro homem ao seu relacionamento?”

“Uma mulher.”

“Isso é interessante. Eu nunca conheci um casal que quer


estar em um relacionamento sério entre dois homens e uma
mulher.”

Jonas e Hammer olham para ela surpresos.

“Isso não a incomoda?” Jonas pergunta.

Mika franze o cenho para ele. “Por que deveria? Tenho


certeza que vocês pensaram nisso com cuidado. Não é algo
decidido sem pensar nas desvantagens e vantagens de estar em
uma tríade. Eu tento não julgar outras pessoas, e se é isso que
vocês dois querem fazer de suas vidas e é isso que vai deixá-los
felizes, então deveriam continuar.”

“Eu posso entender a dificuldade de vocês em encontrar o


terceiro. Não deve ser fácil encontrar uma mulher que esteja
disposta a…” Corando, ela tenta encontrar o caminho menos
embaraçoso e mais delicado para continuar o que está prestes a
dizer. “...ter relações sexuais com dois homens separadamente...
ou ao mesmo tempo?” Ela coloca a última parte como uma
pergunta.

“Ao mesmo tempo.”

“Tudo bem. Existem sites onde vocês podem conhecer esse


tipo de mulher?”

“Sim.” Hammer chega mais perto dela, colocando um braço


no travesseiro atrás das costas. “O problema com isso é que
Jonas e eu não conhecemos ninguém sobre a qual nos sentimos

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do mesmo jeito. Só porque as mulheres nesses sites estão


interessadas em ser o terceiro elemento, não significa que
tenhamos algo em comum com ela. Nós não conhecemos
ninguém que tenha tido química conosco… ainda.”

Dando a ambos um olhar simpático, ela dá um tapinha em


cada uma das coxas. “Isso deve ser desanimador.”

“É”, ambos concordam, olhando para as mãos dela.

Puxando as mãos para longe, ela tenta retomar a


observação do filme, mas a imagem dos dois homens fazendo
amor com uma mulher que eles queriam compartilhar continuou
se intrometendo como um sinal de alerta durante o filme. Sua
curiosidade não foi a única coisa despertada pela conversa.

“A maioria das mulheres que conhecemos parecem preferir


um de nós ao outro.”

Ainda imaginando os dois homens fazendo sexo com uma


mulher sem rosto, leva um segundo para perceber que Hammer
continua a conversa.

“Eu posso ver isso como sendo um problema. Você gostaria


que ela cuidasse de você igualmente, como você cuidaria dela e
de Jonas.”

“Você é a primeira que percebeu isso.”

“Percebi o quê?”

“Para que a tríade seja bem-sucedida, nós temos que ser


iguais.”

Mika franze a testa. “É óbvio.”

“Na verdade, não para elas. A maioria quer o


relacionamento centrado em torno dela e do que a faria feliz.”

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“Ah… eu sei. Ela gostaria de vir em primeiro lugar, em vez


de Jonas.” Mika vira a cabeça para Jonas. “Ou, ela quer vir
primeiro, em vez de Hammer.”

“Exatamente”, Jonas concorda. “Mas você entende isso. As


mulheres que conhecemos não entendiam.”

“Vocês conseguirão. Apenas não a conheceram ainda.”

“Hammer e eu achamos que acabamos de conseguir.”

Mika desvia os olhos da TV para encontrá-los estudando-a


com expressões que não são difíceis de decifrar.

“Pessoal, eu não sou a terceira de vocês. Não estou


procurando um relacionamento com um homem, muito menos
com dois.”

“O que você estava procurando hoje à noite quando foi ao


bar, então?”

Mika sacode a cabeça para Hammer. “Definitivamente não


era isso.”

Jonas lhe dá um sorriso malicioso. “Bem, nós estávamos.”

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Capítulo 6

Ela é uma fugitiva.

Hammer era um caçador de recompensas desde que saiu


do serviço militar e tinha experiência em saber quando alguém
iria fugir, em vez de enfrentar as consequências de suas ações.

Ele sentiu a onda de atração no momento em que ela


esbarrou nele. Pôde ver a inteligência rápida em seus olhos, a
maneira perspicaz de ver tudo ao seu redor, mas ela tinha o bom
senso de uma pulga. Qualquer mulher que abrisse seu quarto de
hotel para dois estranhos em uma cidade estranha precisava
examinar a cabeça. Especialmente dois que tinham as
habilidades que ele e Jonas tinham.

Se eles fossem assassinos em série, como ela estava


assustada pensando que eram, eles poderiam ter facilmente
estuprado e armazenado seu corpo em sua caminhonete, sem se
preocupar com a câmera que foi montada no teto do lado de fora.

“Não entre em pânico. Jonas sempre se precipita.”

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Hammer esconde seu próprio sorriso quando vê o lampejo


de decepção que ela está tentando, sem sucesso, proteger dele e
de Jonas.

“Precipita-se?”

“Seus padrões não são tão altos quanto os meus.”

Jonas encolhe os ombros. “Estou cansado de ficar sozinho


com Hammer. Eu quero uma mulher para estragar.”

“Você não deve se precipitar com um relacionamento só


porque está sozinho.”

“Eu digo a ele isso o tempo todo. O problema real é o beijo.”

“O beijo?”

“O beijo”, Hammer assente. “Eu quero que ela goste de me


beijar tanto quanto Jonas. Elas continuam dizendo que ele beija
melhor.”

“Eu pareço ter caído do caminhão de lixo?” Zombando dele,


ela volta a assistir ao filme.

“Já que você não está interessada em um relacionamento


conosco, poderia nos dizer a verdade.”

“Não.”

“Vamos lá, Mary. Pelo menos o beije. Diga a ele o que está
fazendo errado.” Jonas acena para ele. “Eu sei que vai ser difícil.
A maioria das mulheres que conhecemos não quer beijá-lo
também.”

“Não.”

Hammer se levanta para a posição sentada. “Se eu acabar


sozinho, a culpa será sua.”

Ela ri de sua expressão deplorável. “Não, vai ser sua,


porque você é um mau beijador.” Ela bate nele com um dos

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travesseiros. “Se eu acabar sozinha, a culpa será sua”, ela ri


zombando dele. “Por favor. Você provavelmente sabe mais sobre
beijar do que a maioria dos homens aprendeu em toda a vida. Se
alguém é péssimo beijador, provavelmente é Jonas.” Ela então
gargalha, caindo de volta na cama ao ver a expressão de Jonas.

Jonas sempre pensou em si mesmo como o homem das


mulheres. Aquela “Mary” provocando Jonas mostrou que eles
poderiam ter encontrado a terceira perfeita.

Ele e Jonas se conheciam desde que se juntaram ao


Exército. Formaram uma ligação que os salvou mais de uma vez.
Missão após missão aprofundou sua confiança um no outro, que
foi consolidada quando eles entraram em um negócio juntos.

Muitos de seus dias e noites foram passados juntos, e


quando eles descobriram que geralmente se sentiam atraídos
pelas mesmas mulheres, nenhum dos dois ficava com ciúmes do
relacionamento do outro. Ainda assim, sabiam da solidão de
estarem sozinhos e eram mais felizes quando estavam juntos.

Eles compartilharam mais de uma mulher quando estavam


excitados ou bêbados o suficiente. Então, quando o casamento
de Hammer acabou, descobriram por que eles não fizeram
nenhum dos seus relacionamentos funcionar. Eles estiveram em
tantas situações perigosas que suas forças e fraquezas se
compensavam.

“Estou ferido.”

“Eu não acho que um maçarico poderia queimar seu ego”,


Mary fala, enxugando uma lágrima do olho. “Vocês dois me fazem
rir. As mulheres caem nessa porcaria?”

“Uma ou duas podem ter caído”, Jonas diz timidamente.

“Então você escolheu a mulher errada hoje à noite. Eita!...


Eu não sei quanto tempo passou desde que eu ri tanto assim.”

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Atormentado, Hammer estreita os olhos na mulher. Ele


realmente não gosta de ser ridicularizado por uma mulher que
está torcendo suas bolas em nós. Pela expressão de Jonas, ele
também não gostou.

Dando um aceno de cabeça, eles imediatamente sabem que


o outro está pensando em quebrar as reservas de Mary sobre eles.

Inclinando-se para frente, Jonas se estica em direção ao pé


da cama, enquanto Hammer encosta a cabeça na cabeceira da
cama.

“Você tem uma risada bonita”, ele a elogia, dando-lhe um


olhar sério, percebendo que Jonas havia estendido a mão e estava
massageando um de seus pés. Sensualmente, ele arrasta um
dedo solitário pelo braço dela. “Eu gostaria de tê-la conhecido
ontem.”

“Por quê?”

Ele vê o movimento revelador de seu pulso batendo sob a


pele translúcida em seu braço.

“Jonas e eu teríamos comprado flores para você hoje. Toda


mulher merece flores no Dia dos Namorados.”

“Ninguém nunca me deu flores.”

Pelo rubor que se espalha por seu peito, Hammer percebe


que ela se arrepende de ter contado a verdade.

“Então isso é uma pena.” Ele resmunga: “Venha aqui,


Mary”, e começa a puxar seu braço para que ela se deite na cama
como ele está.

“Eu não acho que seja uma boa ideia.”

“Por quê?”

“Eu não gosto do jeito que você está olhando para mim.”

“Como estou olhando para você?”

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“Eu não posso explicar isso.” Ela encolhe os ombros,


tentando afastar a mão do toque dele.

“Talvez eu possa. Eu pareço querer tocar em você?”

“Sim.” Ela dá um pequeno suspiro, finalmente permitindo


que ele a puxe para baixo até que sua cabeça descanse em seu
braço.

“Isso é porque eu quero. Eu quero tocá-la desde que você


se deparou comigo hoje cedo.” Hammer desliza a mão pela frente
do pescoço até a mandíbula, erguendo o rosto para poder olhar
nos olhos dela. “Jonas e eu quisemos. Ainda queremos.”

“Você quer?”

“Sim”, Jonas responde, virando de lado para passar a mão


sob uma das pernas com o jeans.

“Posso beijar você?”

Ele vê a indecisão no rosto dela e puxa os lábios para trás


antes de tocar os dela. “Nós não tocaremos em você se não quiser.
Se você se sentir desconfortável, podemos partir.”

Ele está dando a ela uma saída, apesar da necessidade que


está achando cada vez mais difícil de controlar. Ele quer saboreá-
la.

Intuitivamente, ele e Jonas sempre sentiram como se a


terceira deles estivesse em algum lugar, esperando para ser
encontrada. Cada relacionamento fracassado havia diminuído
sua esperança, no entanto.

Hammer quase tem medo de tocá-la. A atração que ele


sente por Mary é tão forte, e ele não quer que sua esperança
florescente seja esmagada se a paixão não for despertada entre
eles.

“O filme ainda não acabou”, ela hesita, não dizendo sim ou


não.

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Isso o atinge, que ela está esperando para ver se há uma


atração entre eles também.

Movendo-se em direção a ela, ele aproxima seus lábios dos


dela até que eles roçam um no outro. Ficam assim prontos,
esperando que o outro aplique pressão para que possa ser
realmente chamado de beijo. Deitados ainda, suas respirações
suavemente emaranhadas criam uma corrida inebriante até que
a mão dele vai para seu tríceps para puxá-la para mais perto dele.

“Não, ainda não”, ele finalmente responde a ela antes de


usar a ponta da língua para deslizar ao longo de seu lábio inferior.
Ele a sente estremecer sob sua mão. “Não tenha medo”, ele
murmura.

“Não estou com medo.”

A rouquidão em sua voz o faz cerrar ainda mais seus lábios


antes de deslizar a língua dentro de sua boca.

O gosto dela o faz acreditar em magia novamente.

Sua mãe tinha sido uma pianista talentosa. Ele cresceu


ouvindo-a tocar, e à medida que envelhecia, podia ouvir as
diferenças na música quando o piano estava fora de sintonia. A
razão pela qual ele e Jonas não tinham encontrado uma mulher
para passar suas vidas foi que eles não foram capazes de
encontrar o acorde certo que parecia natural e não forçado.

Mary era o ajuste certo. Tudo sobre ela se encaixava. O


jeito que os seios dela se encaixava na curva do peito dele, a
maneira como sentia a pele dela contra a dele, o aroma suave do
seu perfume. Toda merda que ele queria mais.

“Você sabe que gosto você tem?”

“Não. Qual?” Ela sussurra como se fossem apenas os dois.

“Casa.”

“Hammer…”

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“Deixe-me provar.” Jonas solta o pé, depois sobe na cama


até que ele está deitado ao lado dela. Quando está em posição,
Hammer usa a mão no queixo dela para virar o rosto para Jonas.

Quando seu amigo beija Mary, que agora está totalmente


de frente para ele, Hammer desliza a mão até seus seios por trás.
Esfregando seus seios através da sua blusa, vê o beijo entre
Jonas e Mary se aquecer. Que Jonas esteja gostando tanto
quanto ele, faz Hammer tremer tanto quanto ela.

Observando Jonas fazendo amor com sua boca, ele balança


seus quadris contra sua bunda enquanto continua a brincar com
seus seios, sendo recompensado com murmúrios suaves dela.

Hammer leva sua boca ao ombro dela. “O filme acabou,


Mary. O que você quer que façamos?”

“Coloque o outro filme.”

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Capítulo 7

Ficar no meio dos dois homens, não a assusta. É a emoção


inicial de que não um, mas dois homens a querem, e eles estão
se esforçando para fazê-la perder sua sanidade. Não funcionaria,
no entanto. Sua mente é muito metódica.

Ela tinha sido chamada de numerosos nomes: freira, peixe


frio, frígida. Convencida de que as acusações eram verdadeiras,
ela parou de tentar encontrar um relacionamento sexual que a
maioria das mulheres de sua idade gosta. Dedicou seu tempo ao
trabalho, contente, se não feliz com a maneira como sua vida
pessoal estava se desenrolando. Estabeleceu sua vida sendo uma
festa de uma pessoa só.

O beijo de Hammer sacudiu algo solto dentro dela, no


entanto, e Jonas está derrubando-a ainda mais.
Independentemente disso, apesar da enxurrada de sensações
invadindo seu corpo, ela ainda está em terreno firme.

Mika sente uma lufada de ar quando Hammer se separa


dela. No começo, ela pensa que ele está trocando os filmes, mas
quando ele mexe na TV, música começa a tocar em segundo

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plano. Ela não percebeu que sentiu falta do calor dele até ele
voltar, embora Jonas ainda estivesse segurando-a.

Ela desejou mais do que nunca apertar um interruptor e


desligar sua mente, tornar-se uma mulher devassa e maleável
que não queria nada e tudo o que Jonas e Hammer estivessem
dispostos a dar.

Jonas levanta a boca ligeiramente, pegando seus olhos


claros com os seus penetrantes. “Ela não está conosco.”

Seus olhos se arregalam com a avaliação dele.

Hammer aperta a mão no seio dela. “Eu não acho que ela
está também. O que você irá fazer sobre isso?”

“Eu sei o que vou fazer.”

Não tendo certeza se gosta da ferocidade jorrando de


Jonas, tenta desesperadamente desligar sua mente, não
querendo parar ainda. Pode não estar experimentando o desejo
irresistível que a maioria das mulheres conseguia, mas ainda
assim é bom.

Hammer move o braço para trás de sua cabeça e o enrola


para cima, virando o rosto para o dele. A expressão que ele usa é
indomável. Esses homens não estão acostumados ao fracasso.

Hammer então reivindica sua boca com a sua, exigente. Ele


tem certeza que, pela primeira vez, Mika não sabe se será capaz
de resistir ou se quer. Uma coisa é querer sentir paixão, mas a
parte lógica de seu cérebro quer que ela se contenha.

Frustrada consigo mesma, começa a puxar a boca. É inútil.


Ela se odeia por não ser normal.

“Hammer, tire a roupa”, Jonas ordena.

Mika sente Hammer deslizar o braço por debaixo da cabeça


quando sai da cama.

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Levantando-se sobre os cotovelos, ela observa os dois


homens se despirem. A visão de seus corpos sem roupas aumenta
a consciência do que está prestes a acontecer, o que torna ainda
mais difícil para ela.

“Não adianta”, ela confessa entorpecida. “Sou eu, sou


frígida.”

Os homens não param de tirar a roupa.

“Você não é frígida”, Jonas diz a ela quando ele termina


primeiro, em seguida, levanta-a para ficar ao lado dele. “Levante
seus braços.”

Ela levanta os braços, cumprindo a ordem grosseira de


Jonas.

“Não adianta”, ela repete quando Jonas tira a sua blusa.


Atrás dela, sente Hammer soltar o sutiã antes de deixá-lo cair a
seus pés.

“Eu não seria sexy com este sutiã também.” Hammer apoia
o queixo no ombro dela. “Amanhã, vamos a algum lugar para
conseguir um que faça justiça a seus peitos.”

Mika franze a testa. “O que há de errado com esse?”

“Além de ser feio pra caralho, nada.”

“Vamos ver se a calcinha dela é melhor.” Jonas leva a mão


à cintura dela, desabotoando o jeans. Então Hammer levanta-a
quando Jonas desliza o jeans pelas pernas.

Quando Hammer a coloca de volta, Jonas cruza os braços


sobre o peito para estudá-la.

“É pior”, afirma categoricamente.

Mika olha para ele. “O que há de errado com ela? Fiquem


sabendo que estas são roupas íntimas de grife.”

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Jonas lhe dá um sorriso doce. “É aí que você estragou tudo.


Nenhum homem quer foder uma cadela altiva. Um homem quer
uma mulher sexy que não tenha medo de mostrar a ele que ela
quer ser fodida.” Jonas dá um passo à frente, segurando o queixo
dela com a mão áspera. “Você quer ser fodida?”

Mika tem que pensar na resposta. Infelizmente, Hammer


quer que ela responda a Jonas imediatamente. Atrás dela, ele
circula sua mão ao redor de sua cintura, depois desce em direção
à calcinha difamada antes de deslizar a mão para dentro,
procurando a verdade que ela não pode esconder de seus dedos.

“Eu acho que ela está chegando lá, mas ainda temos algum
trabalho a fazer.”

Ela agarra seu pulso para afastar a mão de sua virilha.


“Não do jeito que estão fazendo.” Fugindo, ela não está preparada
para Hammer apertar a palma da mão contra seu clitóris.

Chocada com o prazer inesperado, ela inconscientemente


fica na ponta dos pés quando Jonas se deita na cama. Outro
tremor atinge sua buceta quando ela o assiste acariciar seu pau.
E quanto mais ele acaricia, mais espesso se torna.

“Ela está ficando mais molhada.”

Olhando por cima do ombro, ela explode Hammer com um


olhar furioso.

Despreocupado, ele encolhe os ombros. “Bem, você está.”

“Cale a boca”, ela retruca.

“O que você acha, Hammer? Qual de nós deve transar com


ela primeiro?”

Mika fica boquiaberta com o fato de que eles estão falando


como se ela não estivesse lá. “Eu não deveria ser a única a
escolher?”

“Não”, Hammer e Jonas respondem juntos.

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“Descubra o quão apertada ela é”, Jonas instrui.

Hammer levanta a mão ligeiramente, movendo os dedos


para a abertura dela enquanto Jonas observa. Então ele insere
um dedo profundamente dentro dela. É o momento mais erótico
de sua vida, sua mente rápida desacelera para um ritmo lento.

“Porra, podemos ter um problema. Ela é apertada pra


caralho. Sua bucetinha está molhada, mas não o suficiente.”

“Traga-a aqui.”

Mika geme quando Hammer tira o dedo para levantá-la,


enquanto Jonas se afasta para o lado da cama para dar lugar a
ela. Quando Hammer a deita, Jonas abre as pernas dela,
expondo-a a ambos os olhares famintos. Jonas move o dedo para
onde Hammer tinha estado. Ela contorce o traseiro no colchão
quando Jonas começa a fodê-la com o dedo.

“Eu não acho que ela é frígida, Hammer. Só acho que vai
precisar de dois homens para satisfazê-la.”

Ela não está envergonhada com sua nudez ou com a dos


homens. Tampouco se sente desconfortável com a maneira
sexual com que estão falando sobre ela. Ela viveu sua vida adulta
esperando pelos impulsos sexuais que vinham normalmente para
os outros. A falta de conexão a deixou sem prática nas interações
entre homens e mulheres. Talvez fosse por isso que as ações de
Hammer e Jonas fossem como um clarão destacando o que
estava faltando. Carícias suaves destinadas a atingir seu desejo,
beijos para induzir a paixão, ambas experimentadas o suficiente
para quebrar a barreira que ela nunca foi capaz de superar.

Talvez eles estivessem certos. Estaria ela tão fechada que


nenhum homem teria conseguido passar por suas barreiras?

Olhando para seus rostos, ela poderia dizer que eles


estavam determinados a dar a ela um orgasmo. Talvez essa fosse
a diferença real. Isso não é sobre eles; estão fazendo tudo para

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ela, forçando-a a reagir fisicamente, ao invés de clinicamente.


Sua reação não foi o que um deles teria conseguido sozinho. Os
dois levaram-na a este ponto como uma bola de fogo que só
poderia ser vista se certos fatores estivessem presentes. Para ela,
esses fatores são Hammer e Jonas.

A generosidade deles abre seu coração para eles mais do


que mil encontros poderiam ter conseguido, mostrando-lhe o
caráter dos homens que estão focados exclusivamente em seu
prazer.

Sua mente imprevisivelmente se torna ainda mais lenta


quando Hammer se senta na cama ao lado de seu quadril,
observando Jonas enquanto seus dedos a acariciam. Inclinando-
se para frente, sua respiração desliza em seu seio antes que ele
morda seu mamilo.

Sua pélvis sobe inconscientemente para cima, enviando os


dedos de Jonas mais profundo. Fechando os olhos, ela tenta
saborear as novas sensações que a estão assaltando.

“Abra seus olhos!”

A voz autoritária de Jonas faz seus olhos se abrirem.

Quando ela conheceu Jonas, assumiu que ele era o mais


descontraído dos dois. No entanto, desde que eles começaram a
tocá-la, rapidamente percebe que Jonas é o único no controle da
situação, enquanto Hammer se continha.

No comando de Jonas, ela agora vê o pau de Hammer tão


duro quanto o de Jonas. Seu comprimento grosso desliza ao
longo do lado dela enquanto ele toca seu seio.

Ela experimentalmente estende a mão para tocar seu pau.


Hammer é mais grosso e mais comprido que Jonas. Seus
músculos internos apertam em torno dos dedos de Jonas dentro
dela enquanto ela tenta segurar Hammer em seu punho. Como
no mundo ele era capaz de andar?

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“Não é tão grande assim.”

A observação de Hammer a faz registrar que ela verbalizou


seu último pensamento.

“Obrigado, Mary. Ele nunca vai me deixar esquecer que


você disse isso.”

“O seu também é grande.” Mika não quer que ele se sinta


inferior, especialmente porque ele não é.

“Eu não estava com ciúmes. O dele é difícil superar. Mas


sei como usar melhor o meu.”

A risada despreocupada compartilhada entre os dois


homens envia uma pontada inesperada em seu peito. Eles
tinham feito isso muitas vezes. Mostrado a familiaridade fácil. Ela
não seria a primeira ou a última mulher que compartilhariam.
Ela era apenas uma substituta até que encontrassem o que
procuravam para completar sua tríade. Uma tríade que não a
incluiria.

Por que ela está ficando com ciúmes de uma mulher que
nunca conheceria? Porque estes dois homens são especiais, como
um eclipse que você espera e espera, então vai embora muito
rápido.

“Não o deixe enganá-la”, diz Hammer, em seguida,


afastando a mão de seu pau. “Por melhor que pareça, se você
continuar fazendo isso, vou gozar.”

Ela está tão perto. O ajuste confortável dos dedos de Jonas


dentro dela está atingindo lugares que aprofundam sua
excitação, fazendo-a perder qualquer constrangimento de fazer
sexo com dois homens.

Ela está gostando dos toques e beijos que estão lhe dando,
mas agora seu corpo exige mais. Jonas e Hammer haviam
construído no interior dela um incêndio que consumia tudo em

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seu caminho. E não havia como ela deixar que eles


permanecessem intocados.

Usando os cotovelos, ela se afasta da mão de Jonas para a


cabeceira da cama. Seus seios nus arfam, ofegando enquanto
tenta evitar o clímax.

Jonas inclina a cabeça para o lado com curiosidade. “Por


que você fez isso? Você estava quase lá.”

“Eu sei”, ela grita, tentando subjugar os tremores que


ainda ecoam em necessidade. “Eu não quero saber de vocês
dizendo quem vai primeiro. Sou eu quem escolhe.”

Os olhos de ambos os homens caem para sua barriga


arfante, dando-lhe sorrisos sensuais.

“Escolha então,” Jonas diz, levantando-se do final da cama.

Mika faz o mesmo, empurrando-se para cima. “Tudo bem,


eu vou.” De pé no centro da cama, agora mais alta que os dois
homens, ela coloca as mãos nos quadris. “Eu vou fechar meus
olhos e girar ao redor. Vocês podem ficar onde estão ou se
moverem, se quiserem. Quando abrir os olhos, será o que
escolherei...”

Jonas começa a rir. “É como girar a garrafa.”

Mika faz uma reverência. “Eu vou ser a garrafa.”

O sorriso de Hammer se torna sedutor. “Eu gosto de


mulheres que gostam de jogar. Eu sempre ganho.”

Ela arqueia uma sobrancelha para ele. “Eu acho que nós
vamos descobrir isso em um par de minutos.”

“Sim, nós vamos”, diz ele com confiança.

Certificando-se de que seus pés estão equilibrados no


colchão, Mika sente uma onda de excitação ao jogar o jogo
travesso. Ela não frequentou a escola com sua própria faixa etária

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e nunca foi capaz de participar e fazer coisas que as meninas


normais da sua idade tinham feito.

Rindo para si mesma por compensar o tempo perdido,


começa a girar, estendendo o braço para fora. Conta
mentalmente até dez enquanto continua girando, parando
quando alcança seu objetivo.

Abrindo os olhos, ela pisca várias vezes para corrigir o


equilíbrio e ver o sorriso satisfeito de Hammer; ela agora quer se
equilibrar. “Isso foi divertido, mas vamos fazer de novo.”

Hammer balança a cabeça. “Não, não. Eu venci.” Andando


até a calça jeans descartada, ele tira vários preservativos, pega
um e coloca o resto na mesa de cabeceira. Então abre e
habilmente cobre seu pau.

Estendendo a mão, ele a levanta da cama, segurando seu


peito contra o dele enquanto passa a língua úmida nos lábios
dela. “Não se preocupe; vou ser lento na primeira vez.”

“Primeira vez?” Ela resmunga.

Ele assente. “A primeira vez que estamos juntos. Depois


disso, todas as apostas estão canceladas.”

Mika agarra seu bíceps quando ele a ergue mais alto,


centrando-a sobre seu pau antes de lentamente abaixá-la sobre
ele. Sua cabeça cai para trás no ajuste apertado e desconforto.
Então seus olhos se abrem quando sua cabeça encontra o ombro
de Jonas atrás dela, sentindo-o circular as mãos ao redor de sua
cintura para segurar seus seios.

Quando Hammer a empurra para baixo, Mika se força a


continuar respirando profundamente, abafando seu grito de dor
mordendo o lábio. Usando Jonas apertando seus mamilos como
seu ponto focal, sua frente pressionada contra suas costas, ela
fecha os olhos sentindo o desconforto entre suas coxas.

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Ambos os toques enfatizam que eles estão fazendo sexo


com ela juntos. Um estava tão investido quanto o outro, com ela
obtendo o glorioso benefício de ter os dois.

Sua excitação vacila, no entanto, quando sente o pau de


Jonas deslizar sobre o vinco de seu traseiro enquanto Hammer a
ergue e abaixa. Em uníssono, Hammer se move dentro dela
enquanto Jonas se move com a mesma rapidez do lado de fora
entre as bochechas da bunda dela.

Se eles não ameaçassem parar a menos que ela falasse,


Mika não teria sido capaz de escolher quem estava lhe dando
mais prazer em cada momento. Foi além de qualquer coisa que
ela esperaria, e não importa quanto tempo vivesse depois de
deixá-los amanhã, sabia que nunca seria igual ao prazer que eles
estão dando a ela hoje à noite.

O aperto suave de Jonas se torna mais áspero quando


Hammer a fode com mais força. Seus músculos começam a se
contrair quando ela sente o início de um clímax que nunca
pensou que iria experimentar.

“Você acha que é frígida agora?” Hammer pergunta como


se estivesse com dificuldade para respirar.

Mika é incapaz de responder quando seu primeiro clímax


continua a se formar dentro dela.

“Você acha?” Jonas cutuca, levantando os seios para que


Hammer possa pegar um mamilo entre os dentes.

“Não! Não, não sei. Eu não sou”, ela choraminga, passando


as mãos contra o peito de Hammer, considerando a sensação lisa
de sua pele sob as palmas das mãos enquanto o clímax deles
supera a preocupação deles de que ela tinha encontrado o dela.

Ela relaxa contra Jonas quando Hammer se afasta dela.


Quando Jonas a levanta para embalá-la em seus braços, ela fica

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fascinada com a gentileza em seu rosto. Dando um passo à frente,


ele cuidadosamente coloca-a no meio da cama.

“Você está bem?” Hammer pergunta puxando um cobertor


sobre ela.

Encontrar-se no centro das atenções, com dois machos


fascinados por ela não é como ela pensou que sua noite seria
quando foi ao bar. É como ir às compras e encontrar algo
especial, mas não perceber que você estava procurando por ele.
Então, entender que era para ser seu, apesar de racionalizar, não
poderia ser real.

Aconchegando-se na cama, ela fecha os olhos com sono,


escutando letárgica enquanto Jonas e Hammer apagam as luzes
e desligam a televisão antes de ir para a cama com ela. Ela está
exausta demais para abrir os olhos para ver quem está de cada
lado, com medo de que isso desencadeasse outra rodada de
análise de emoções que ela não previu ao vir para o Kentucky.

Eles haviam conversado sobre encontrar uma mulher que


queriam fazer deles, enquanto tudo o que ela quer é algo rápido
e fácil. O que a mantém acordada depois que tem certeza de que
os dois estão dormindo são duas perguntas: ela iria se ater ao
seu plano ou dar uma chance ao deles?

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Capítulo 8

Hammer acorda com um braço sobre os olhos,


inconscientemente bloqueando a luz do sol que entra no quarto.
Abaixando o braço, vê que Mary ainda dorme entre ele e Jonas.
Ela está deitada de lado para ele, com uma perna sobre as suas
e as mãos cruzadas sob a bochecha.

Seus olhos se encontram com os de Jonas, que está


enrolado contra suas costas com um braço segurando-a
possessivamente ao redor de sua cintura.

Dando um silencioso aceno de cabeça, Hammer começa a


manobrar por baixo dela. Quando ela começa a se mexer, Jonas
a coloca mais perto dele, enquanto Hammer permanece imóvel
até ela voltar a dormir.

Levantando-se silenciosamente da cama, ele pega suas


roupas e sapatos enquanto Jonas está olhando. Vestido, ele olha
para a cama. Jonas dá o sinal de que ela ainda está dormindo.

Olhando ao redor do pequeno quarto, ele não vê a bolsa


dela. Notou que ela não estava carregando uma no bar ontem à
noite também. Encontrando sua mala no armário, ele puxa e

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abre, vendo que ela tem poucas roupas, evidenciando que ela não
planejou ficar muito tempo em Treepoint.

Habilmente procurando pela mala, ele não consegue


encontrar nenhuma identificação. Meticulosamente reorganiza
as coisas dela, colocando-as de volta do jeito que ele as
encontrou, antes de fechar a mala e guardá-la no armário.

Indo para o pé da cama, ele pega o jeans dela. Deslizando


a mão no bolso de trás, ele sai com quatro amontoados de $20,00,
ainda sem identidade. Pesquisando o restante dos bolsos, não
encontra nada que a identifique. Recolocando os $20,00, ele
deixa o jeans cair no chão. A única coisa que sobra para procurar
é o carro dela.

Vendo as chaves na pequena escrivaninha ao lado da


porta, dá um passo à frente, apenas para parar abruptamente
com o baixo som de Jonas estalando a língua na boca, alertando-
o de que Mary está acordando.

“Que horas são?”

Sua voz sonolenta é como um soco no estômago dele. Não


há como ele deixar a mulher escapar de suas vidas.

Hammer se senta ao lado da cama em frente ao lugar em


que Jonas está deitado. “Quase seis. Eu estava prestes a ir
buscar um pouco de café para nós e comida do restaurante. O
que posso trazer para você?”

“Café e torradas seria ótimo. Obrigada.”

“Apenas café para mim.”

Hammer se abaixa para beijá-la, notando o rubor indo para


suas bochechas em sua ação. “Eu volto já.”

“Não tenha pressa. Eu vou tomar um banho enquanto você


estiver fora.” Dando a ele e Jonas um rápido olhar, ela começa a
escalar Jonas. Jonas, por outro lado, não iria ignorá-la.

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Agarrando-a pela cintura, ele a puxa de volta, para cima


dele. “Onde está meu beijo de bom dia?”

“Eu preciso escovar os dentes”, ela murmura.

Jonas de brincadeira bate em seu traseiro antes de liberá-


la. “Continue. Eu vou esperar.”

Hammer espera até ouvir a porta do banheiro se fechar


antes de falar tão baixo quanto pode. “Ela vai fugir. Eu posso ver
nos olhos dela.”

“Eu também”, Jonas concorda.

Eles capturavam fugitivos há muito tempo para não saber


que Mary não tem intenção de vê-los novamente. Ela acha que foi
um caso de uma noite e eles precisam de tempo para provar a ela
que podem fazer parte de sua vida. Isso não iria acontecer se ela
partisse.

“Vou buscar o café e a comida. Tenha a certeza de que ela


não saia enquanto eu estiver fora.”

“Eu não vou deixá-la sair.”

Assentindo, ele vai até a mesa para colocar as chaves no


bolso, quando Mary de repente sai do banheiro, dando a ele um
olhar curioso porque ele ainda está lá. Para encobrir suas ações,
vai até a calça jeans de Jonas para tirar a chave do quarto do
bolso. “Eu pensei em trocar de roupa antes de ir ao restaurante.”

Aceitando inocentemente sua explicação, ela tira a mala do


armário e a coloca na cama, precisando trocar de roupa também.

Frustrado porque ela suspeitaria se ele continuasse


andando depois de dizer a ela que estava indo, Hammer começa
a sair do quarto sem as chaves do carro, encontrando os olhos de
Jonas uma última vez antes de sair pela porta.

Jurando para si mesmo que ele teria que trocar de roupa


antes de pegar a comida, apressou-se, não querendo deixar

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Jonas e Mary em paz por muito tempo. Ele queria que ficasse
acertado que eles seriam capazes de vê-la novamente antes de
sair da cidade.

Tomando um banho rápido, ele entra e sai do seu quarto


de hotel em doze minutos. No entanto, ele não tem sorte no
restaurante. Há vários clientes esperando por seus pedidos, e a
garçonete demora para terminar seu pedido. Irritado, ele está
correndo de volta para o Escalade quando um pensamento lhe
ocorre.

Em vez de virar à esquerda em direção ao hotel, ele vira à


direita, indo ao supermercado. Correndo para dentro, encontra
um carrinho de metal na entrada e procura o que está
precisando. Pegando vários itens, paga e retorna em minutos.

Satisfeito, volta para o hotel, antecipando a reação de Mary


ao que ele comprou. Pode ser com um dia de atraso, mas o
significado é o mesmo, independentemente da data no
calendário.

Ele não respira tranquilamente até que volta para o


estacionamento do hotel e vê que o carro dela ainda está lá.
Sorrindo em expectativa, bate na porta do quarto de hotel de
Mary, esperando por ela ou Jonas responderem. Quando
nenhum dos dois faz isso, Hammer faz malabarismo com o café,
segurando-o com uma das mãos enquanto vira a maçaneta. A
porta se abre facilmente para um cômodo vazio, com a televisão
ligada em um programa de jogos.

Não é o som do programa que está enchendo a sala, no


entanto. É o som dos gritos e barulhos de Jonas de dentro do
banheiro.

“Eu sabia!” Colocando o café e a comida na mesa, ele se


apressa em soltar a corda elástica, que ela prendeu da maçaneta
ao pé da cama. A porta do banheiro se abre quando ele a solta.

O rosto de Jonas está cheio de raiva. “Onde está...”

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“Ela não está aqui, mas o carro dela ainda está lá fora.”

“Puta que pariu…” Jonas larga a toalha que ele tinha


enrolado na cintura para pegar o jeans.

“Por que diabos você tomou banho? Eu lhe disse para não
deixá-la sozinha!” Hammer vai até a janela, puxando a cortina
para ter certeza de que o carro ainda está lá. Com certeza, foi
embora. A astuta mulher deve ter fugido quando ele estava
tirando Jonas do banheiro.

“O carro foi embora! Vamos...”

Jonas já está pegando os sapatos e a camiseta quando


Hammer parte para a porta.

“Quando eu puser minhas mãos nela, ela não vai poder se


sentar por uma semana”, ele resmunga.

Hammer teria rido se não estivesse tão irritado.

Sentando no banco do motorista, ele ignora o rosnado de


Jonas quando vê o que está no banco do passageiro. Pegando as
rosas vermelhas embrulhadas em celofane, um rato de pelúcia
vermelho e duas grandes caixas de doces em forma de coração,
ele as joga no banco de trás.

“Eu vou usar essa corda elástica para amarrá-la na cama.”

Hammer não presta atenção nas ameaças de Jonas


enquanto sai do estacionamento. Há apenas dois caminhos para
fora da cidade. Um vai em direção a Jamestown e o outro conduz
à Virgínia. Há maneiras mais fáceis de chegar à Virgínia sem
passar por Treepoint, de modo que Mary tem que voltar pelos
trinta quilômetros de estrada em direção a Jamestown. O
problema é que, se não a pegassem antes, suas chances de
encontrá-la seriam menores. Ela poderia entrar em uma série de
estradas do condado que levariam a várias cidades em Kentucky
ou tomar outra estrada que ia para o Tennessee. Se ela chegasse
em Jamestown, as probabilidades eram que eles a perderiam.

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“Acalme-se.” Acelerando, ele passa pela cidade. “Ligue para


Knox antes que um de seus policiais nos pare.”

Jonas está pegando seu celular quando as luzes azuis e o


som de uma sirene vêm de trás deles. “Continue”, diz ele. “Knox
pode avisá-los pelo rádio para nos deixar ir.”

“Droga”, Hammer bate no volante com o punho quando


começa a desacelerar.

“Por que você está diminuindo?” Jonas grita para ele.


“Knox...”

“Poupe seu fôlego.” Hammer puxa para o lado da estrada,


pegando sua carteira.

“É Greer.”

“Filho da porra de uma cadela!” Jonas dá um soco no lado


da porta.

Ele e Jonas sabem que Greer não escutaria Knox. Na


verdade, se o xerife tentasse impedi-lo, Greer provavelmente os
prenderia em vez de lhes dar uma multa.

“Aqui. Dê-lhe isso. Diga a ele que estamos com pressa.”


Jonas começa a tirar dinheiro da carteira.

Hammer está um passo à frente dele, seu próprio dinheiro


já em mãos.

Em seu retrovisor, ele vê Greer se aproximando do lado de


seu veículo. Abaixando a janela, ele acena para Greer se apressar.
Greer Porter vai mais devagar, fingindo perscrutar as janelas
escurecidas.

“Porra!” Hammer pega o dinheiro de Jonas e sai. “Greer,


estamos com pressa.”

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Mostrando-lhe o dinheiro, ele tenta dar um sorriso ao


policial, sabendo que se o irritasse, Greer gastaria bastante
tempo antes de deixá-los partir.

“Você está tentando subornar um oficial da lei?”

“Sim.”

Greer pega o dinheiro, contando as notas. Satisfeito, ele


enfia no bolso da camisa. “Funciona para mim. Eu vou dar a sua
intimação para Killyama. Certifique-se de não perder a sua data
de julgamento.”

Hammer está tão frustrado que está prestes a insultar


Greer novamente, mas o grito de Jonas o detém.

Voltando para dentro, ele bate a porta. “Aquele filho da


puta não deveria ser um policial”, ele resmunga, colocando o
Escalade de volta em marcha. “Ele deveria ser o governador.”

Jonas não responde, seus olhos na estrada à frente. “Mary


vai fugir. Ela tem uma vantagem muito grande. Ela poderia pegar
qualquer uma dessas estradas laterais e nós não saberíamos. Ela
pode ter família na área e pode nem estar mais na estrada.”

“Eu sei.” Os pensamentos de Jonas estão ecoando os dele.


“Você quer que eu continue indo para Jamestown ou volte?”

“Continue indo para Jamestown. Se não conseguirmos


alcançá-la, vamos parar no posto de gasolina no desvio. Talvez
ela não tenha muito gasolina, e nós poderíamos ter sorte e pegá-
la lá.”

Hammer pressiona com mais força no acelerador, sabendo


que no fundo é inútil.

“Como você se trancou no banheiro?”

“Ela me enganou.”

“Não brinca.”

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“Eu esqueci de levar um preservativo para o chuveiro”, ele


admite.

“Deixe-me adivinhar; ela se ofereceu para pegar para


você?” Ele diz maliciosamente.

“Sim.”

“Ela teria me enganado assim também.”

Hammer não está mais zangado. Jonas não está pronto


para aliviar sua raiva, porém, e Hammer não pode culpá-lo. Deve
ter ferido seu orgulho o fato de que ela fugiu enquanto ele estava
nu.

“Nós vamos encontrá-la.”

“Sim, nós vamos”, ele destaca. “Você pode contar com isso.
E quando o fizermos, vou lhe dar duas escolhas.”

Hammer sabe como a mente de Jonas funciona bem


demais para não conhecer seus planos futuros.

“Fique amarrada a nossa cama ou case conosco.”

“Exatamente.”

“Quando ela escolher, posso dizer a Killyama como Mary


fugiu de você?”

“Só se você quiser morrer.”

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Capítulo 9

Mika fica escondida contra a lateral da máquina enquanto


observa o veículo de Hammer entrar no estacionamento.
Agarrando a alça de sua mala, ela quer voltar para dentro do seu
quarto e fingir que estava apenas brincando com Jonas.

Ela quer voltar ao dia anterior e vivê-lo novamente. Ela


nunca teria ido ao bar. Inferno, nem teria ido buscar um
refrigerante. Porque o plano dela saiu pela culatra. Seu coração
está partido em dois e cada parte tem um nome: Jonas e
Hammer.

Ela queria uma simples noite, mas foi tudo menos isso.
Isso é o que sua amiga Julia estava tentando fazer com que ela
entendesse, mas ela não viu a imagem completa porque seu
coração não estava envolvido.

Não há tal coisa como uma noite só. Você não pode ter
apenas uma noite na cama de alguém, pois a lembrança disso
dura a vida toda. O encontro casual que ela planejara havia se
tornado muito mais do que ela poderia ter previsto.

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Ela merece um coração partido. Jonas e Hammer haviam


deixado claro que queriam um relacionamento aberto e honesto,
mas ela não era capaz de dar isso a eles. Só teria piorado as coisas
para todos se ficasse. Teria sido como construir uma casa de feno
e não esperar que um vento forte a destruísse.

Além disso, Mika não tinha intenção de deixar o emprego e


se mudar para outro estado. Ela tinha trabalhado muito duro
para chegar onde estava agora. Não podia jogar fora todos os seus
planos por causa de dois homens que acabou de conhecer.

E se eles quisessem apenas uma noite e toda a conversa


fosse apenas uma manobra para transar? Em vez de ficar com
raiva por ela ter fugido, eles ficariam aliviados por ela ter partido?

“É por isso que uma noite não funciona.”

Começando a se sentir ridícula por estar exagerando sobre


a noite, Mika começa a sair de seu esconderijo quando vê o
Escalade de Hammer virar no estacionamento. Ela teria sido
capaz de enfrentar um Jonas irritado por trancá-lo, mas
confrontar dois homens furiosos em um quarto de hotel não seria
uma escolha sábia.

Segurando as chaves do carro, prende a respiração quando


Hammer sai e caminha em direção ao seu quarto. Dando-lhe
alguns segundos para entrar, ela então sai correndo.

Desbloqueando o carro, ela abre a porta dos fundos e joga


a mala dentro antes de entrar no banco do motorista. Ela não
respira novamente até que está na estrada principal saindo da
cidade. Quando o faz, um espasmo de choro preenche o carro
enquanto imagina Jonas e Hammer feridos.

E se eles estivessem tão chateados quanto ela? Mas e se


eles não estivessem? Isso a machucaria, quando eles explicassem
a ela que não estavam interessados em um relacionamento com
ela. Então, realmente fez um bom negócio ao partir primeiro?

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A viagem de volta a Lexington e o voo para casa parece


durar uma eternidade. Voltar ao seu apartamento solitário torna
ainda pior. Como dois homens com quem ela passou apenas
algumas horas mudaram sua vida tão drasticamente?

Depois de desfazer as malas, ela vai para o quarto que usa


como escritório. Ligando o computador, ela se enterra no
trabalho. Normalmente o trabalho suga toda a sua atenção, mas
agora seus pensamentos estão centrados em Hammer e Jonas.

Olhando para a hora na tela do computador, ela a desliga


e vai para o quarto. Precisa estar no trabalho em poucas horas e,
a menos que tivesse algumas horas de sono, seria inútil.

Rastejando na cama vazia, ela diz a si mesma que vai


superar os homens. Ela só tinha gostado do encontro com eles.
Ela lembra a si mesma que depois de alguns dias na companhia
deles, eles provavelmente teriam terminado de qualquer maneira.
Dessa forma, salvou a todos dos desgostos, fugindo deles.

Batendo no travesseiro com um soco forte, Mika não pode


acreditar que está dando tanta importância a um encontro
casual. Milhares de mulheres fazem isso o tempo todo. É porque
aquela noite foi sua primeira vez?

Incapaz de responder a sua própria pergunta, Mika se força


a fechar os olhos, prometendo a si mesma que dentro de poucos
dias iria se encontrar com Hammer e Jonas. Se não, bem, ela
queria mais experiência, e ela fez o que se propôs a fazer. O
problema foi que percebeu que tinha conseguido mais do que
esperava, e o custo era muito maior. É um custo que teme ter um
valor alto demais.

O coração dela.

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Mika espera impaciente do lado de fora do restaurante.


Está congelando.

Quando ela mandou uma mensagem para Julia naquela


manhã, não esperava uma resposta. Surpreendentemente, desta
vez, Julia mandou uma mensagem perguntando se ela queria
almoçar. Esperançosamente, a amizade delas estaria se
recuperando.

Ela conta somente com Julia como sua única amiga íntima
que tem na cidade. Elas se conheceram no primeiro ano na
faculdade e, apesar dela ser mais velha, compartilhavam os
mesmos interesses. Julia amava andar de bicicleta e caminhar
como ela, tinham ido a vários acampamentos juntas. Sentia falta
de caminhar com ela pela manhã.

Vendo Julia se aproximar, Mika acena e sorri quando


começa a andar em direção a ela para encontrá-la no meio do
caminho. Seu sorriso, em seguida, se desfaz quando vê o círculo
escuro sob o olhar de Julia, que sua maquiagem não tem a menor
chance de esconder.

Escondendo sua preocupação, abraça Julia quando ela


chega ao seu alcance.

“Oi!”

“Oi!” O sorriso constrangido de Julia vacila. “Desculpe, eu


fui uma vadia...”

“Não”, Mika corta. “Você não tem nada que se desculpar.”


Enganchando o braço dela no dela, ela a puxa na direção do
restaurante. “Você sabe que eu odeio este restaurante. Só você
pode me fazer enfrentar o tráfego para chegar aqui. Da próxima
vez, vou escolher.”

“Tudo bem. Eu posso viver com isso.”

Mika morde o lábio ao ouvir as palavras de Julia.

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Não demora muito para elas conseguirem uma mesa e


pedirem a comida e a bebida. Enquanto Julia está fazendo seu
pedido, Mika tenta encontrar uma maneira de perguntar sobre o
olho roxo. Antes que pudesse perguntar, porém, Julia menciona
quando a garçonete se afasta.

“Vá em frente e pergunte. Eu sei que você está morrendo


de vontade.”

“O que aconteceu?” Ela pergunta gentilmente.

“Outra discussão com Dillion, é claro.”

“Não é claro, desta vez. Ele bateu em você!”

“Sim.”

“Há outros lugares em que ele te bateu?”

“Nada que não vai curar”, ela admite.

Mika estica o braço sobre a mesa para pegar a mão da


amiga. “Você relatou isso?”

“Sim. Ele está na cadeia. Sai amanhã. Eu tenho uma


medida protetiva, então ele tem que ficar longe de mim.”

“Isso vai tornar difícil você viver em sua casa”, ela se


aventura.

Várias vezes ela tentou convencer sua amiga a deixar o


relacionamento tóxico. Dillion era excessivamente possessivo,
monitorando cada movimento que Julia fazia.

“Sim. Tenho que encontrar um novo lugar para morar


antes que ele saia da cadeia.”

“Você pode vir e ficar comigo.” Não é a primeira vez que ela
faz a oferta, mas Julia sempre recusou.

Sua amiga segura a mão dela de volta. “Eu queria


perguntar, mas eu fui uma pu...” Julia rapidamente se corta

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antes de continuar. “Eu adoraria. Não vou ficar muito tempo, só


até que eu possa encontrar meu próprio lugar.”

“Você pode ficar o tempo que quiser. Pode ficar com o


quarto sobressalente. Vou mudar meu computador e minha mesa
para o meu, para que você tenha bastante espaço para suas
coisas.”

Julia olha pela janela, evitando o olhar dela. “Você me


avisou e eu não escutei.”

“Você ama Dillion. Queria dar a ele uma chance.”

Julia volta o olhar para o dela, dando-lhe um olhar


estranho. “Você nunca disse isso antes.”

Mika move o guardanapo para que a garçonete possa


baixar o prato. Quando elas estão sozinhas novamente, Julia não
faz um movimento para tocar sua comida.

“Você sempre perguntou como eu podia continuar amando


alguém com quem brigo tanto.”

“Ah, sim. Eu sinto muito. Não deveria ter dito isso para
você. O que você quiser fazer, prometo que vou apoiar sua
decisão.”

Julia sorri e pega o garfo, mas Mika não se move para pegar
o seu.

“A menos que você decida voltar para ele”, ela diz


honestamente.

Julia ri. “Você não precisará. Eu aprendi minha lição.


Dillion nunca mais.”

“Eu vou contar com isso”, ela avisa a amiga.

“Com certeza.” Julia estremece. “Ele me bateu, Mika. Ele


nunca fez isso antes.”

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Mika pega a mão livre que não segurava o garfo. “Estou


feliz que você esteja se mudando para morar comigo. Eu vou ter
alguém para assistir filmes. Você viu os novos Vingadores?”

“Não, mas eu vi o Death Day 2.”

Mika fica atônita quando Julia começa a descrever o filme.


Não parecia o tipo de filme dela.

Tentando não encarar o hematoma no rosto de sua amiga


enquanto finge ouvir, teme que Julia não seja forte o suficiente
para ficar longe de Dillion por muito tempo. Eles tiveram várias
brigas antes, e ela não sabe se acredita que Dillion não havia
batido nela antes. Mas está disposta a deixar pra lá desde que
Julia disse que não ia mais ficar com ele. Esperando que ela
continue firme com sua decisão quando ele for solto, Mika irá
ficar firme por sua amiga independente de qualquer coisa. É para
isso que servem os amigos.

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Capítulo 10

“Conseguiu alguma coisa?” Hammer pergunta quando


Jonas volta ao Escalade.

“Não.”

“Por que não?”

“Ele não estava exatamente em um clima de cooperação


depois que você ameaçou arrancar sua traqueia.” Jonas envia-
lhe um olhar de advertência quando afivela o cinto de segurança.

Frustrado, Hammer encosta a cabeça no encosto de


cabeça. “Eu sei. Deveria ter deixado você lidar com isso. Acabei
perdendo a cabeça quando ele me mandou calar a boca. Ele
estava sendo um idiota. Então, o que você conseguiu tirar dele?”

“Nada”, ele diz enquanto começa a mandar mensagens pelo


celular. “Vamos lá.”

Hammer liga o veículo. “Onde estamos indo?”

“Aos Last Riders. Precisamos da ajuda de Killyama.”

“Porra. Nós temos que ir?”

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Jamie Begley

“Você quer encontrar Mary?”

“Droga.”

“Poderia ser pior.”

“Como?”

“Pelo menos não é Greer.”

“Por que não vamos nos encontrar com Killy em sua casa?”
Hammer pergunta enquanto eles sobem a rampa traseira do
clube.

“Killy disse que era sua vez de preparar o almoço e que, se


fosse importante falar com ela agora, teríamos que nos encontrar
aqui.”

“Este dia está ficando cada vez melhor”, reclama Hammer,


alcançando a porta dos fundos da cozinha. Antes de tocar na
maçaneta, a porta se abre de repente, e dois homens saem
voando, os punhos batendo uns nos outros com tanta força que
a dor enche o espaço.

“Uau.” Jonas começa a tentar separar os dois, mas depois


para, reconhecendo aquele com o corte de cabelo fodido. Ele não
pode ver quem é o outro, já que Gavin o tem em uma chave de
braço, a cabeça enterrada sob a axila de Gavin enquanto ele
golpeia suas costas com a mão livre.

Hammer, também reconhecendo Gavin, sai do caminho


para não se tornar uma vítima.

“Eu não vou!” Gavin resmunga, batendo o grande punho


nas costas do homem novamente.

“Sim, você vai!”

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Jonas finalmente percebe contra quem Gavin está lutando


quando Rider estende a mão para o peito de Gavin. Ele estremece
quando vê o que Rider está fazendo.

“Eu ensinei a ele esse movimento”, diz Hammer com


orgulho.

“Você sempre se diverte ensinando essa técnica. Eu prefiro


usar outras formas menos cruéis.”

Hammer dá de ombros. “Eu prefiro vencer.”

“Eu também.”

Um riso feminino faz com que ambos tirem os olhos da luta


para ver Killyama observando entusiasticamente com um olhar
sanguinário.

“Devemos tentar separá-los?”

Enquanto Hammer lhe dá um olhar de ‘está ficando louca’,


Killyama felizmente não aceita a oferta.

“Não. Vou esperar até que o Rider se canse. Train e Cash


estão trabalhando no porão; eles podem acabar com isso.”

“Por que eles não fazem isso agora?”

Ela revira os olhos. “Porque isso não seria divertido, seria?”

“Eu acho que não”, diz Jonas, movendo-a para fora do


caminho quando os homens voltam na direção deles.

“Então, o que você precisa me perguntar?”

“Eu preciso que você pergunte a Shade se ele pode


descobrir quem alugou um quarto de hotel na cidade.”

Atinge tanto o orgulho de Hammer quanto o de Jonas que


eles tenham que procurar Shade para obter informações, mas é
a maneira mais rápida de encontrar Mary.

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Killyama olha-o perplexo. “Por que você mesmo não


pergunta a ele?”

“Eu tentei ligar para ele duas vezes. Nós esperávamos que
ele estivesse aqui ou na fábrica, mas a moto dele não está aqui.
Estou muito chateado por ele não responder, Hammer e eu
fizemos um favor para ele na noite passada. Hoje? Ele não pode
levar cinco segundos para responder a uma mensagem?”

Jonas está ficando tão irritado que Shade não tenha


mandado uma mensagem ou ligado, que pensou em se envolver
na luta só para liberar sua raiva. Leva apenas um minuto para
tirar isso de ideia; ele não quer passar o resto de sua vida sendo
empurrado em uma cadeira de rodas por Hammer.

É tudo que ele pode fazer para não intervir na luta. Gavin
tem Rider preso pela garganta e está empurrando-o contra a
lateral do clube como se ele fosse um pincel. É difícil para
Hammer ficar parado ali também, já que ambos sabem o que
Gavin tinha passado. Então, novamente, eles lutaram em
missões, então sabem muito bem do que Gavin é capaz. A única
razão pela qual Rider ainda respira é porque o Reaper está se
segurando.

“Desista, Gavin.” Hammer aproxima-se dos dois homens.


Jonas pode dizer que seu amigo está se preparando para entrar
agora que o rosto de Rider está ficando azul.

“Você deveria chamar Train e Cash”, diz Jonas a Killyama,


preparando-se para quando Hammer entrar.

“Eu não vou, entendeu?” Gavin grita para o rosto roxo de


Rider.

“Porra.” Hammer não aguenta mais. Ele estende a mão


para tocar Gavin quando Rider ataca, estalando as mãos em cada
lado da cabeça de Gavin.

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Gavin se dobra, segurando as orelhas e permitindo que


Rider deslize para o chão. Antes que Gavin pudesse se recuperar,
Rider lança um pé, chutando Gavin no estômago.

“Alguém está observando Jo e Crux, então ou você


convence Shade a ir”, diz Rider com voz estrangulada. “Ou você
vai. Eu não me importo com o que você escolher, mas não será
eu. Vou desistir de ser um Last Rider se isso acontecer. E se você
acha que eu não vou, porra, tente!” Virando as costas para Gavin,
ele invade a casa, deixando Gavin deitado ali, observando-o sair
com uma expressão abatida no rosto.

Hammer e Jonas viram os olhos quando Gavin o segue de


volta para dentro.

“Bem, isso foi intenso.”

Killyama observa os dois entrarem antes de se voltar para


Jonas e Hammer.

“Então, por que vocês querem saber quem alugou um


quarto?”

Esta é a parte complicada em que nem ele, nem Hammer


querem entrar em detalhes.

“É para um trabalho que estamos pensando em assumir.”

“Mentira. Moon disse que o viu com uma mulher na noite


passada. Quem era ela?”

“Nós não sabemos”, ele admite.

“Ah. Bem, acho que posso fazer minha magia em Shade e


descobrir para vocês.”

“Qual é o truque?” Jonas sabe que não deve aceitar a oferta


de Killyama sem mais explicações.

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“Nenhum truque. Apenas estou curiosa para ver quem é a


mulher que tem os dois interessados o suficiente para persegui-
la.”

“Nós poderíamos estar trabalhando em um caso.”

“Não, Moon disse que você não perdeu tempo depois que a
viu no bar.”

Hammer franze o cenho. “Moon tem uma boca grande.”

“Não me diga.” Killy pega seu telefone. “Deixe-me ver o que


eu posso descobrir.” Ela foi se sentar à mesa de piquenique
enquanto esperam.

“Ele não me respondeu também”, diz ela da mesa. “Você


disse que ela ficou no hotel?”

“Sim. Tentamos obter as informações do funcionário, mas


quando Hammer ameaçou arrancar sua traqueia, sua
cooperação parou.”

“Você ofereceu a ele dinheiro?”

“Nós não tínhamos nenhum conosco. Já tínhamos dado


tudo de nossas carteiras para Greer, e Hammer não queria ir ao
caixa eletrônico.”

“Vocês dois são tão inúteis sem mim. Vão me dizer por que
tiveram que dar a Greer todo o dinheiro de vocês?”

“Não”, Jonas e Hammer dizem secamente e ao mesmo


tempo.

Killyama tenta ligar para Shade novamente. Quando ele


não atende, ela se levanta, colocando o telefone no bolso de trás.
“Vamos lá.”

“Para onde estamos indo?” Jonas pergunta.

“Para o hotel.”

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“Você tem algum dinheiro ou devemos parar no caixa


eletrônico?”

“Nenhum dos dois.”

“Ele não vai lhe dar a informação também. E se ele começar


a ler aquelas leis de privacidade novamente, eu vou arrancar sua
traqueia sozinho.”

“Ele vai me dizer”, ela assegura, dando-lhes um sorriso


confiante. “Além disso, vocês deveriam ter me ligado antes de
falar com ele. Nunca envie um homem quando uma mulher pode
fazer melhor.”

Jesus, ela nunca ia deixar isso para trás. A expressão de


Hammer mostra que ele está se sentindo tão triste quanto ele.

“O que te faz tão certa?”

“Porque eu vou ter a sua traqueia na minha mão.”

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Capítulo 11

Mika se senta no sofá, colocando as pernas por baixo dela.


Apontando o controle remoto para a televisão, ela grita para Julia:
“Você está pronta para eu começar o filme?”

Sua amiga sai do quarto no qual ela ainda está se


acomodando. “Eu estava pensando em tirar uma soneca.”

“Às três da tarde? Você ficará acordada a noite toda.


Vamos.” Mika dá um tapinha na almofada do sofá ao lado dela.
“Faça-me companhia.” Ela sabe que Julia ligaria ou mandaria
mensagens para Dillion em privacidade.

Mika poderia dizer que a raiva e determinação que Julia


sentia no dia anterior estavam mudando de direção. Ela faria
tudo o que estivesse ao seu alcance para impedir que isso
acontecesse. É um jeito triste de ignorar e diminuir o desgosto
que sente desde que voltara. Deixar “os homens” não é algo de
que ela iria se recuperar rapidamente, mas lidar com o drama de
Julia é pelo menos uma maneira de manter sua mente longe de
seus próprios problemas.

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“Você ganhou. Mas se eu assistir aos Avengers com você,


então você tem que assistir o Happy Death Day comigo.”

Mika estremece. “Eu sou sensível em ver sangue.” Ela


aperta o botão para iniciar o filme e diz: “Você vai adorar. Há
muitos gatos para saciar nossos apetites.”

“Você é tão chata. Está animada com um galã de filme?


Você deveria sair mais. Caras como estes não existem na vida
real.”

Mika dá de ombros. “Eu não acho que os atores


concordariam com o sentimento.”

“Bem, você com certeza não vai encontrar Renner ou


Hemsworth.”

“Não se preocupe; no próximo mês sai o Aquaman. Ele pode


roubar os holofotes. A propósito, quando sair, você irá ao cinema
comigo?”

“Não.”

Mika pega seu celular, mostrando a ela o ator que


interpreta Aquaman.

Julia dá uma longa olhada na foto, aproximando o celular


de Mika antes de devolvê-lo. “Eu comprarei os ingressos. Será um
prazer.”

“Pensei que sim”, diz Mika presunçosamente, dando outro


olhar para a foto antes de deixar o telefone de lado.

Ela está aumentando o volume na televisão quando ouve


uma batida na porta.

“Você está esperando alguém?”

“Não.” Dando uma pausa, Mika pula do sofá e caminha até


a porta para olhar pelo olho mágico. Ela tem que plantar seu

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rosto mais próximo contra a porta, certa de que está enganada


ao ver os dois homens de pé do outro lado.

“Quem é?”

Mika se vira, pressionando as costas contra a porta como


se Jonas e Hammer estivessem prestes a derrubá-la. “Ninguém”,
ela grita, mordendo o lábio quando ouve outra batida forte.

Mika começa a tremer. Ela está tão fodida. Não tem ideia
de como eles conseguiram encontrá-la, mas eles encontraram. O
que ela deveria fazer agora?

Ela rapidamente calcula quanto de comida e água tem no


apartamento, porque não há como enfrentá-los.

Julia sai do sofá para ir até a porta. “Mika, alguém está na


porta. Eu os ouço batendo.”

“É a sua imaginação. Minha também. Vamos voltar a


assistir o filme.”

“Eu sabia que era só uma questão de tempo antes de que


escrever todos aqueles documentos iriam fritar seu cérebro.
Deixe-me ver! É Dillion?”

“Não! Não é Dillion!” Mika enfia as meias no tapete,


tentando impedir que Julia abra a porta. “Julia, não abra a por...”

Pela expressão excitada de Julia, Mika sabe que seria


apenas uma questão de tempo até que Julia voltasse para Dillion.

“Não faça isso! Não é Dillion!”

Mika se vê afastada da porta enquanto Julia a abre.


Hammer e Jonas fazem o resto, apressando-se para dentro e
empurrando-a em suas meias, deslizando ao longo do tapete sem
qualquer tração.

Ela nunca tinha se sentido tão envergonhada em toda sua


vida, e olha que ela teve alguns momentos bem estranhos. Foi há

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algum tempo quando ela estava distraída trabalhando em um


problema de matemática em sua cabeça quando entrou no
banheiro masculino. Foi só quando estava fechando a porta do
banheiro e viu os mictórios que percebeu o que havia feito.
Ouvindo os sons de vozes masculinas, fechou a porta de uma
baia, ficando do lado de dentro. Acabou ficando presa lá por duas
horas antes que fosse corajosa o suficiente para escapar, somente
para abrir a porta do reservado e encontrar um de seus colegas
de trabalho urinando. Por causa do incidente, recebeu um e-mail
delicadamente escrito, questionando se ela sabia que havia um
banheiro unissex em cada andar. Levou um ano para superar
isso.

Isso é pior — o constrangimento de ver os olhares


acusadores de Jonas e Hammer.

“Oi, pessoal.”

Os olhos aturdidos de Julia se voltam para ela na


saudação. “Você os conhece?”

Atônita, ela volta para os homens, desafiando-a a negar.

Mika lambe os lábios secos. “Vagamente.”

Ela sabe assim que diz que foi um grande erro.

“Vagamente?” Hammer se endireita, estufando o peito,


aproximando-se dela enquanto Jonas fecha a porta.

“Ok, um pouco melhor que vagamente. Eu os conheci


quando estava fora da cidade.”

“Para onde diabos você foi? Eu quero comprar um


bilhete...”

“Agora não, Julia.”

Sentindo-se desconfortável, Mika não sabe o que fazer. Ela


fica emocionada ao vê-los novamente, mas está estranhamente

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ciente de como se esgueirou, e com Julia ali, está estranha sobre


como reagir.

“Como vocês me acharam?” Ela pode dizer pelas


expressões deles que ela não deveria ter começado esse jogo.
Limpando a garganta, decide fazer a pergunta que está em sua
mente. “O que vocês dois estão fazendo aqui?”

“Decidimos vir para uma visita”, Jonas informa friamente.


Como ela pensou que ele era o legal?

Ela começa a dizer a Hammer que Jonas está sendo um


idiota e percebe que está certa pela primeira vez.

“Julia...” Jonas dá a sua amiga um sorriso revelador de


dentes que envia uma pontada de ciúmes em seu peito. “Eu sou
Jonas, e esse é meu amigo e parceiro de negócios, Hammer.”

“Em que negócio vocês estão?” Julia pergunta com


interesse.

“Somos caçadores de recompensa.”

Mika quer dar um tapa em si mesma por não ter feito essa
pergunta sozinha. Ela não tinha a menor chance de não ser
encontrada. Por que você não perguntou a eles? Ela se lamenta.
Porque você pensou que foi um lance de uma noite só. Ela
mentalmente bate em sim mesma.

“Existe um lugar privado em que podemos conversar?”


Pergunta Hammer educadamente, embora seus olhos lhe
dissessem que, se ela não o fizesse, não teriam problema em
discutir na frente de Julia.

“Podemos ir para o meu quarto, eu acho.” Cave a cova um


pouco mais fundo, por que não? Mika se lança rapidamente
enquanto aponta para o quarto dela.

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Julia lhe dá um olhar invejoso. “Eu vou em frente e começo


o filme. Quem precisa de imitações quando se pode ter a coisa
real?”

Ela vê Hammer e Jonas entenderem o que ela diz quando


veem o Thor parado na TV.

Indo para o quarto, ela espera até que ambos os homens


estejam dentro antes de nervosamente fechar a porta.

“Sinto muito...”, ela inicia, assim que seu mundo começa a


girar quando é jogada em sua cama.

Tirando o cabelo do rosto, ela olha para duas visões de


fúria masculina. Então sua boca se abre quando eles começam a
tirar a roupa.

“Vocês perderam a cabeça?” Ela sussurra. “Julia está do


lado de fora.”

Hammer joga a camisa na cama antes de ir até a porta para


trancá-la. “Problema resolvido.”

“Tudo bem… eu posso entender porque vocês estão tão


chateados. Agi como uma criança de cinco anos, fugindo sem
qualquer explicação.”

“Eu acho que é bastante claro que você nos fodeu e correu”,
Jonas diz sarcasticamente, sentando-se ao lado da cama para
remover seus sapatos. “Você nos usou.”

“Eu não diria exatamente usado,” Mika tenta recomeçar,


então tem que segurar o edredom debaixo dela para evitar ser
puxada da cama enquanto Hammer, sem suas roupas agora,
começa a puxar sua calça de moletom pelas pernas.

“Você vê isso, Jonas?”

Mika recua para encarar o teto, envergonhada, ciente do


que estão encarando.

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“Eu vejo que você aceitou o meu conselho.”

Mika não gosta da resposta maçante de Jonas à sua nova


calcinha.

Hammer sobe na cama ao lado dela. “Nós deveríamos fazer


compras juntos para escolhê-las para você”, ele repreende-a.
“Quantos pares novos você comprou?”

“Alguns”, ela mente.

“Quantos são alguns?” Jonas pergunta, deitando do outro


lado.

“Oito”, ela relutantemente admite, não passando por eles


para ir para suas gavetas e para que vissem por si mesmos. Não
seria necessário um cientista espacial para descobrir quais eram
novos. Os sóbrios brancos tinham sido empurrados para o lado,
enquanto os novos estavam dobrados em sua gaveta.

“Você não fez um mau trabalho”, elogia Hammer,


deslizando um dedo por baixo da renda em sua barriga. “Eu
poderia ter feito melhor.”

“Você não estava aqui.” Ela vira a cabeça no colchão para


olhar para ele.

“Não, nós não estávamos, e de quem é a culpa?”

Mika franze os lábios, esfregando-os juntos. Será que ela


deveria se arrepender de tê-los deixado para trás?

Ela olha além da raiva em seus olhos para ver o que está
escondido por trás. O mesmo acontece com o de Jonas. É fácil
responder à sua própria pergunta.

“Minha. Eu não deveria ter fugido assim.” Ela vira a cabeça


na direção de Jonas.

“Especialmente pela maneira que deixei você no chuveiro.


Eu me arrependi assim que fiz.”

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“Então, por que você não voltou?” Jonas não está


exatamente pronto para perdoá-la ainda.

“Eu sabia que você estava furioso. E sinceramente, não


achei que você iria querer que eu voltasse. Achei que era uma
saída fácil para vocês também.”

“Compreendo e você também.” Ele olha para ela. “E assim


não há mais mal-entendidos... não haverá uma saída fácil para
nós ou para você.”

Ela se aproxima dele. “Estou vendo isso.” Ela o beija


profundamente. “Senti sua falta.” Virando-se para Hammer, ela
o beija com a mesma paixão. “Senti sua falta.”

“Droga. Não estou pronto para superar a raiva de você.”


Hammer reclama. “Não só você se esgueirou, mas poderia ter nos
dito que era sua primeira vez.”

“Como você...”

“Quando eu estava fodendo você. Íamos conversar sobre


isso na manhã seguinte, mas você fugiu antes que pudéssemos.”
Jonas resmunga. Ele pode querer fingir estar com raiva dela por
não dizer a eles, mas ela pode ver que a emoção simplesmente
não está lá. Não, Jonas só quer outro turno para ser pacificado.

Ela se aproxima dele até que seus seios se aconchegam


contra o cabelo encaracolado em seu peito.

“Não fique bravo.” Ela dá um beijo no oco de sua garganta.


“Ficamos quites.”

Hammer dá um gemido baixo. “Jonas?” Retruca.

“Eu posso lidar com isso.”

“Eu também.”

“Eu também.” Mika ri contra a garganta de Hammer.

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“Do que você tem que se vingar mesmo?” Jonas pergunta,


curvando seu corpo contra suas costas.

“Vocês demoraram dois dias para me encontrar. Para


caçadores de recompensas, são um pouco ruins.”

“Nós sabemos”, Jonas concorda, arrastando a boca pela


sua espinha, parando em seu traseiro para colocar um beijo em
cada uma das bochechas de sua bunda enquanto agarra seus
quadris para deitá-la de costas. Levantando-se de joelhos, ele
desliza sua calcinha de seda azul-gelo, jogando-a por cima do
ombro.

Ela geme baixinho quando a boca de Jonas encontra seu


núcleo aquecido, espalhando os lábios de sua buceta para lamber
delicadamente a pele já úmida. Então, cambaleando com as
sensações que a atacam, ela viaja a boca pelo peito de Hammer,
posicionado acima dela do seu lado, explorando cada elevação e
ângulo até chegar ao pau duro que está implorando por sua
atenção. Esfregando o polegar sobre a cabeça bulbosa, ela sente
Hammer empurrar acima dela quando Jonas afasta mais suas
coxas para que possa circular a língua em torno de seu clitóris
antes de sugá-lo e provocá-lo com os dentes.

Ela tenta continuar acariciando o pênis de Hammer


enquanto Jonas toca seu corpo como um mágico, tornando difícil
para ela se concentrar em Hammer. É como ser um caleidoscópio,
e cada movimento de seus corpos criava diferentes fragmentos de
prazer para formar uma imagem de tal beleza que ela não pode
acreditar que exista. No fundo, ela sabe que é por isso que ela
havia fugido.

Não poderia existir.

E se eles realmente fizessem isso, não duraria.

Tantas coisas poderiam manchar sua imagem perfeita,


como outras que não tolerariam um relacionamento polígamo.
Ou eles implodiriam isso sozinhos. O ciúme viraria suas cabeças

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Jamie Begley

e os separaria? O relacionamento tinha tantas barreiras


potenciais que ela não podia prever.

“Mika, vai funcionar.” A voz de Hammer se assenta sobre


ela como um manto reconfortante.

“Eu estava falando em voz alta de novo, não estava?”

“Sim. E é a verdade. Jonas e eu somos fortes o suficiente


para proteger você.”

Sua testa franze. “Eu não preciso de vocês para me


proteger. Realmente não me importo com o que as pessoas dizem
sobre nós. Estou preocupada com você e Jonas. Não quero que
nenhum de vocês se machuque.”

“Querida, ninguém é estúpido o suficiente para dizer


qualquer coisa na nossa frente.” Jonas leva sua boca para a pele
macia de sua coxa, dando-lhe uma pequena mordida de amor. O
prazer requintado a faz querer que ele fizesse isso com seu
clitóris.

Levantando sua coxa, ela usa a perna para colocar a boca


dele de volta onde ela quer. Os ombros de Jonas tremem de tanto
rir.

Hammer mostra a ela o que ele quer que ela faça usando o
cabelo dela para colocar a boca em seu pau.

Olhando para cima, ela vê o rosto dele se contorcer em


agonia e desejo. Com o canto do olho, ela vê a mesma expressão
no rosto de Jonas. De repente, ela entende.

Eles se importam com ela. Eles podem se conhecer só há


alguns dias, mas eles estão procurando por ela, o que pareceu
uma eternidade. Durante os anos solitários de estudo para as
suas graduações, das longas horas no trabalho, pois ela sabia
que acabaria indo para casa para uma cama vazia, dos períodos
de doença quando ela desejava ardentemente que alguém se
importasse o suficiente para trazer uma tigela de sopa…

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Jamie Begley

A solidão profunda que só poderia ser preenchida por


alguém que amasse você.

Para ela, não seria apenas uma pessoa que quebraria essa
solidão; seriam dois. Eles podem ser um casal composto de três
indivíduos, mas há apenas um coração entre todos eles. E um
coração que foi preenchido com amor suficiente para todos os
três. É um presente precioso, e ela seria amaldiçoada se
recusasse algo tão especial.

Ela aperta a mão em torno do pau de Hammer, levando-o


mais fundo em sua boca até que Jonas a vira e a levanta de
joelhos. Continuando a provocar o pau de Hammer em sua nova
posição, ela o vê entregar a Jonas uma camisinha que ele tirou
do bolso da camisa.

Hammer sorri para ela. “Nós viemos preparados.”

Mika segura o pau de Hammer enquanto Jonas a penetra


por trás, seu gemido ecoa no dela quando ele penetra e recua,
lentamente esticando-a até que pudesse se mover mais e mais
rápido.

Jonas faz amor com ela, ela faz amor com Hammer. Cada
um deles compartilha o prazer do outro, prolongando-o, não
querendo que acabe, absorvendo as sensações e a alegria até não
aguentar mais. Então o caleidoscópio vira uma última vez,
trazendo uma explosão de cores tão lindas que todos os três se
lembrariam e celebrariam nos dias e anos vindouros. Foi o dia
em que eles se apaixonaram.

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Capítulo 12

“Não é justo”, Julia reclama.

“O que não é justo?” Mika pergunta, mexendo uma


pequena quantidade de açúcar no jarro de chá gelado que ela está
fazendo.

“Hammer e Jonas.”

“Deixe-me contar um pequeno segredo que aprendi quando


tinha dezesseis anos. A vida não é justa.”

“Não brinque. Dillion não vai parar de ligar, então eu o


bloqueei.”

“Estou orgulhosa de você. Pensei que você fosse recuar.”

Parecendo envergonhada, Julia se senta em uma das


poltronas altas do balcão enquanto a observa encher o jarro com
cubos de gelo. “Eu provavelmente teria se Hammer e Jonas não
tivessem aparecido.”

“Como isso impediu você de aceitá-lo de volta?”

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Jamie Begley

“Eu imaginei, se você pode encontrar dois homens como


eles, então talvez eu possa pelo menos encontrar um que me trate
melhor do que Dillion.”

“Você acabou de me elogiar ou me insultar?”

“Não pergunte. Eu não estou de bom humor agora.”

Mika serve-lhe um copo de chá gelado e o entrega a ela


antes de ir ao armário para retirar quatro pratos.

“Você precisa de alguma ajuda?” Julia oferece.

“Nada mais a fazer. Os caras devem estar de volta a


qualquer minuto com a pizza.”

Colocando os pratos no balcão, ela está enchendo os três


copos restantes quando os ouve batendo na porta.

“Eu vou abrir. É o mínimo que posso fazer”, brinca Julia


enquanto se encaminha para a porta.

Mika está tomando um gole de sua bebida quando ouve o


som alto da porta sendo aberta. Soltando o copo, ela sai correndo
para a porta ao som inesperado, os gritos aterrorizados de Julia
a estimulando.

“Pare, Dillion! Você está me machucando!” Julia grita,


tentando tirar a mão do ex-namorado do cabelo.

“Sua puta, você deveria ter atendido minhas ligações.”

Mika corre para frente, agarrando a camisa de Dillion e


tentando afastá-lo de Julia. “Deixe-a ir!” Ela se enfurece, com
medo de que, por estar no meio do dia, a maioria de seus vizinhos
estivesse no trabalho e elas se machucariam muito antes de
Jonas e Hammer chegarem em casa.

Uma fração de segundo depois, ela sente Dillion bater em


seu rosto.

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Jamie Begley

Sua mão vai para a dor ardente, mas em vez de recuar, ela
começa a atacá-lo novamente quando ele bate em Julia. Antes
que pudesse tentar pegá-lo novamente, porém, ele puxa Julia
para mais perto dele, segurando-a com uma mão em volta do
pescoço, enquanto tira uma faca comprida do bolso de trás com
a outra.

“Afaste-se, Mika. Isso é entre mim e Julia”, grita ele,


puxando Julia para a sala de estar.

Mika começa a andar para trás, não querendo incitá-lo


ainda mais. “Dillion, esta não é a maneira como você deve tratar
a mulher que ama”, diz ela, dando mais um passo na esperança
de diminuir a tensão que está tomando conta da sala.

“O que importa o que sinto? Ela não me ama! Eu não sou


idiota, Mika. Se der outro passo em direção ao celular, eu a
machucarei”, ele avisa, claramente vendo a intenção dela.

Mika assente, dando um passo para longe do telefone.

“Não faça isso. Apenas saia enquanto pode. Um dos


vizinhos já chamou a polícia agora.”

A expressão de terror de Julia rasga-a, mas Mika


permanece calma. Jonas e Hammer voltariam em um minuto. Ela
só tinha que mantê-lo distraído até então.

Movendo-se para o encosto do sofá, sua coxa toca a mesa


lateral.

Os gritos de Julia estão começando a afetar Dillion, e ele


começa a sacudi-la, com o rosto cheio de fúria, pois Julia ainda
tenta escapar.

Mika assiste em câmera lenta quando Dillion levanta a


faca, preparando-se para atacar Julia com ela, seus olhos focados
inteiramente nela. Ela aproveita a oportunidade que está
esperando e pega a arma que seu pai insistiu que tivesse para
sua proteção. “Olhe para cima!” Mika grita o mais alto que pôde.

DANGEROUS
LOVE
Jamie Begley

Distraído pelo grito repentino de Mika, Dillion olha para


cima. É o seu erro fatal.

Uma bala atinge sua garganta e sai pela nuca.

Os gritos histéricos de Julia não diminuem, mesmo depois


que ela abaixa a arma. Mika teria corrido para segurá-la, mas ela
não acha que sua amiga quer ser tocada por ela depois que
acabou de matar seu ex-namorado.

“Julia, cale a boca! Acabou. Jonas, chame a polícia”, grita


Hammer sobre os gritos de Julia.

Mika não sabia que eles haviam entrado no apartamento.

“Ele está morto?” Julia pergunta estridentemente.

Exasperado, Hammer olha para o homem deitado no


carpete dela. “Seu cérebro está por toda parte. O que você acha?”
Ele perde a cabeça.

“Seja gentil. Ela está histérica”, Mika — sempre a


pensadora pragmática — repreende-o quando se senta na mesa
lateral, esperando calmamente que a polícia chegue.

“Os policiais estão a caminho”, diz Jonas, fazendo uma


careta para a bagunça antes de se virar para olhar para ela. “Você
mantém uma arma em um castiçal?”

“Não é um castiçal.” Ela comprou em uma loja de


antiguidades, apenas para o propósito exato que usou.

“Por que você mantém uma arma de fogo carregada em um


castiçal?” Pergunta Hammer enquanto caminha até a lata de
metal para olhar dentro dela.

“Não há outro dentro.”

Hammer dá um sorriso ao sarcasmo dela. “Como você


aprendeu a atirar assim?”

“Meu tio me ensinou.”

DANGEROUS
LOVE
Jamie Begley

“Ele fez um trabalho infernal.”

“Eu sempre achei que sim.”

“Vai por mim, ele fez.” Jonas pega o braço de Julia,


guiando-a para sentar no sofá. “Por favor, diga-me que a arma
está licenciada.”

“Claro. Por que eu teria uma arma sem licença em minha


casa?”

“Eu não sei, porra. Nunca esperei que você tivesse uma em
primeiro lugar.” Ele diz, colocando o braço ao redor dos ombros
dela.

“Eu não sei por que. Eu lhe disse que posso me proteger.”

“Acredite em mim; nós vemos isso agora.”

“Mika, ele está mesmo morto?”

“Sim, Julia, ele está morto.”

“Eu deveria estar sentindo por ele estar morto, não


deveria?” Angustiada, Julia leva a mão à boca.

Jonas sai da sala para ir para o quarto, voltando para


colocar um cobertor sobre o ombro de Julia.

“Ele ia esfaquear você quando atirei nele. Então, não, você


não precisa ter nenhuma simpatia por ele.”

“Obrigada, Mika.” Julia enxuga as lágrimas. “Você salvou


minha vida.”

“Não, você salvou sua própria vida quando decidiu deixá-


lo. Ele teria encontrado outro motivo para ir atrás de você do
mesmo jeito.”

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Jamie Begley

O resto do dia passa em um borrão. Julia liga para outro


amigo, desculpando-se por não poder ficar com ela. Mika
entende. Felizmente, Jonas e Hammer ficam com ela durante
todo o dia e o drama que se segue. Depois que todos os policiais
questionaram e voltaram para o apartamento, Hammer a ajuda
a arrumar uma mala para a noite, enquanto Jonas procura um
quarto de hotel para eles.

“Pronto?” Jonas pergunta quando saem do quarto dela.

“Sim”, responde Mika.

O senhorio ainda está consertando a porta para ela.


Enquanto conversa com ele, Hammer e Jonas ficam de lado.
Quando ela termina a conversa, eles pegam o elevador descendo,
saindo do prédio do apartamento e a cena do crime.

No SUV, Hammer segura a porta de trás. Entrando, fica


surpresa quando os dois homens também entram.

“Há algum problema com o quarto de hotel ou algo assim?”


Ela pergunta.

“Eu não consegui encontrar um. Todos os quartos desta


cidade já estão reservados.”

“Então o que vamos fazer?”

Hammer estende a mão e puxa uma tela de DVD quando


Jonas faz sinal para ela se levantar.

“O que você está fazendo?”

Um clique. O assento excessivamente grande e confortável


se transforma em uma cama. Ambos os homens dão tapinhas na
cama de couro. Tirando os sapatos, ela se arrasta entre eles.

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Jamie Begley

“Isso não é ruim.”

Jonas e Hammer se aconchegam mais perto dela, em


seguida Jonas pega o controle remoto.

“O que vamos assistir?” Ela pergunta, esfregando sua


bochecha contra o peito de Jonas, enquanto Hammer ajusta seus
quadris contra sua bunda.

“Adivinhe.”

Quando a tela se ilumina, Mika estende a mão para tirar o


controle dele.

“Você não quer assistir?” Ele pergunta.

“Quem precisa de imitações quando eu posso ter a coisa


real?”

Hammer se levanta no cotovelo para olhar para eles. “Acho


que precisamos discutir quão longe a Califórnia fica do
Tennessee.”

“Eu já pensei sobre isso.” Ela desliza a mão sob a camisa


de Jonas. “Enviei minha demissão quando voltei do Kentucky.
Disse a eles que procuraria um novo emprego e dei a eles um
aviso prévio de um mês.”

Ele sorri, colocando a mão sobre a dela para segurá-la, mas


é Hammer quem faz a pergunta que ela pode ver nos olhos de
Jonas.

“Onde você vai procurar um emprego?”

“Eu sempre quis conhecer o Tennessee.”

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Jamie Begley

Antes de

“Você realmente não vai sair com a gente?”

Mika finalmente se senta na cama do hotel, envolvendo o


caro edredom em torno dela com tanta força que apenas seus
olhos estão expostos, fazendo-a parecer um esquimó que está
prestes a enfrentar uma tempestade de inverno. No entanto, o
edredom de pena de ganso não faz nada para combater os
arrepios que percorrem seu corpo de dentro para fora. “Se está
disposta a me empurrar com esta cama junto com você o dia todo,
então com certeza, eu vou, Adrienne.”

Adrienne se aproxima dela, colocando uma mão na testa,


imediatamente sentindo o calor. “Você está queimando.”

“Eu disse.” Ela funga.

“Talvez devêssemos ficar e observá-la?”

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Jamie Begley

Avril se aproxima, mal colocando a mão na testa antes de


afastá-la e revirar os olhos. “Oh, por favor. Ela vai ficar bem.”

Simone, que está focando o rosto de modelo no espelho,


olha para elas.

“Não mentimos para nossos pais e passamos horas nos


vestindo para não sairmos desse quarto de hotel.”

Mika revira os olhos agora. Ela realmente odeia não apenas


ser a feia do grupo, considerando que suas amigas são modelos
de sucesso, mas ser a mais jovem com apenas dezesseis anos.
Por alguma razão, sendo um ano inteiro mais velha, qualquer
adolescente acreditava que era uma sabe-tudo em relação a
alguém que era um dia mais jovem.

“Eu realmente não acho que deveríamos dei...”

“Eu disse que ela vai ficar bem, Adrienne,” Avril insiste
enquanto pega sua bolsa e se dirige para a porta.

“Obrigada.” Mika sorri para Adrienne, não querendo


estragar o dia da amiga. “Mas eu ficarei bem. Só vou dormir.”

Ela passou muitas férias com seu grupo de amigas para


não estar familiarizada com o funcionamento da hierarquia. Avril
é a líder, Simone é a próxima e depois Adrienne; ela chega por
último. Isso nunca a incomodou, estava animada por ter a
oportunidade de ser amiga de outras garotas.

Se o pai dela e o pai de Adrienne não fossem melhores


amigos, ela não estaria deitada no quarto de hotel delas,
sentindo-se como se estivesse à beira da morte. Era mais próxima
de Adrienne, mas passava mais tempo com as outras duas desde
que seu pai permitiu que viajasse para a França com Dalton e
sua família. As três meninas davam a ela uma sensação de
normalidade que estava faltando em sua vida.

Sua infância não foi convencional, com o pai sendo o


presidente dos Road Slayers e seus pais descobrindo que tinham

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Jamie Begley

uma filha prodígio em suas mãos. Seu pai e o pai de Adrienne se


conheceram quando pertenciam a outro moto clube. Mesmo
quando seu pai havia se separado e formado seu próprio moto
clube, ele permaneceu amigo íntimo de Dalton.

Ela cresceu indiferente ao fato de seu “tio Dalton” ser


famoso, e então as amigas que lhe mostraram como se maquiar
estavam se tornando famosas por direito próprio, cada uma com
uma carreira de modelo. Para ela, elas eram apenas mais um
ramo de sua família, não relacionadas pelo sangue, mas pelo
amor.

“Vamos; vamos lá. O táxi está esperando”, diz Simone.

“Ligue se você piorar.”

Ela assentiu. “Eu ligo.”

Assistir Adrienne graciosamente se afastar, é tudo que ela


pode fazer para não dizer a elas para ficarem com ela. Algo em
seu íntimo faz com que ela abra a boca e tente convencê-las a
fazer exatamente isso. Na realidade, não teria sido tão difícil,
considerando que Adrienne poderia ser convencida a ficar em um
instante. Mas então a diversão teria sido perdida para as outras
duas, uma vez que, ao contrário de Mika, Adrienne era parte
integrante do grupo. Portanto, ela não disse nada, sempre com
medo de ser a desmancha prazeres, considerando que era a mais
nova do grupo.

Das quatro, foi seu azar ser quem ficou doente.

“Tchau.” Avril lhe manda um beijo, ficando bem longe dela.

“Tchau”, diz Mika, soprando-lhe um beijo e rindo enquanto


enviava outro na direção de Simone.

Suas amigas lhe deram olhares horrorizados, saindo


correndo pela porta como se temessem que seus beijos aéreos
fossem contagiantes.

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Jamie Begley

Adrienne foi a última a dizer isso antes de a porta se fechar.


“Tchau.”

“Tchau... Amo você”, Mika sussurra, o arrependimento se


apossando lentamente, por ela não ter tentando pelo menos fazê-
las ficarem mais cinco minutos...

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Depois de

Quando ela se aproxima do posto de enfermagem, Julia


coloca uma pilha de relatórios diários na cesta que teria que ser
copiada e colocada nos arquivos dos pacientes.

“Estou feliz que você tenha escutado minha sugestão e


tenha vindo hoje. Como vai você?” Mika pergunta preocupada.

“Bem. Obrigada. Você estava certa. Todo o dia de ontem,


apenas continuei repetindo o que aconteceu em minha mente.
Aqui, estou ocupada demais para preparar uma xícara de café,
mais ainda para me perguntar sobre o que acontecerá.”

“Não deve haver nada, a menos que você esteja tentando


se culpar pelas ações de Dillion. Ele trouxe uma faca e quebrou
uma porta para chegar até você, não por amor, mas porque a
única coisa em sua mente era que queria machucá-la. Você
sobreviveu. Isso é tudo o que conta, e certamente não há nada
para se sentir culpada.” Mika repete a última frase da qual seu

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Jamie Begley

pai e tio Dalton haviam tentado convencê-la por anos, mas repete
as mesmas palavras para Julia para apreciar a verdade delas.

Ela astutamente observa os movimentos atormentados de


sua amiga enquanto atende aos pedidos dos pacientes. “Os
pacientes parecem inquietos esta noite.”

“Claro, é lua cheia. Além disso, metade da equipe está de


folga e na corrida de motos. Isso vai se acalmar quando for hora
de dormir.” Julia coloca duas fichas na frente dela. “Seu novo
paciente está causando um tumulto. Ele está irritando alguns
dos outros pacientes na enfermaria. Posso ver porque eles
entraram em contato com você para pedir ajuda. Já decidiu com
quais medicamentos quer começar?”

“Ainda não. Eu quero observá-lo por mais alguns dias. Se


ele lhe der muito trabalho, peça a Linc para lidar com ele. Ele
parece ser capaz de mantê-lo calmo.” Mika diz enquanto abre a
pasta em cima, vendo um envelope endereçado dentro.

Julia a vê encarando a carta. “Winston teve um novo


voluntário hoje. Ele escreveu outra carta.”

“Estou vendo.” Mika separa a carta cuidadosamente, com


Adrienne Graciene Brown impresso na frente com o endereço. Não
sei como ele os convence a escrever para ele. Eles sabem que
serão revistados pelo guarda na entrada principal.

“Ele simplesmente não vai desistir.” Julia estremece ao ver


a carta. “Graças a Deus não sou ela. Eu perdi três enfermeiras
porque ele as assustava muito. Ele observava cada movimento
que faziam, e você pode ver o quão assustador ele era antes de
seu pescoço ser quebrado. Ele ainda é.”

“Eu tenho que tomar Valium quando estou de plantão no


final do corredor. Espero que ele seja transferido para uma
enfermaria do hospital da prisão. Vai ser bom quando eu não
tiver que ouvir as enfermeiras me implorarem para não ter que
cuidar dele.”

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Jamie Begley

“Sua audiência é na próxima semana; você pode conseguir


o que deseja.” Mika fecha a pasta, colocando-a de volta no lugar.

“O Dr. Butler acha que Winston terá sucesso?”

“Eu não perguntei. O Dr. Butler e eu não conferimos o caso


dele. Como você, vou ter que esperar para ver.”

“Se ele for, terei que planejar uma festa para comemorar.”
Julia gira uma caneta de tinta na mão. “Eu sempre posso
convidar Linc. Não namorei nenhum dos ajudantes antes, mas
com ele, estou disposta a abrir uma exceção. Você já ouviu falar
se ele é casado?” Ela pergunta, abaixando a voz quando o novo
ajudante sai do quarto na extremidade oposta do corredor do
posto das enfermeiras.

“Sim, ele é casado”, responde Mika quando o novo ajudante


vai para trás do posto das enfermeiras para tomar uma cadeira,
esperando a próxima ligação.

Com o cabelo castanho que está bem cortado e um corpo


que parece bem construído, apesar do feio uniforme que ele é
obrigado a usar, ele havia atraído o interesse de várias
funcionárias do sexo feminino.

Para disfarçar o fato de que estão falando sobre ele, Julia


diz a Linc, desculpando-se: “Eu estava justamente mencionando
à Dra. Foster que as enfermeiras e auxiliares reclamam quando
precisam ir ao quarto de Winston. Eu dei a você alguns dias para
se familiarizar com os outros pacientes antes de fazer você dar
uma ronda. Amanhã à noite, porém, você irá até o final do
corredor.”

“Eu não me importo.” Ele encolhe os ombros. “Liz e Patty


ainda estão descansando? E onde está Corbin?”

“Sim, e Corbin está no quarto doze. Ele está dando um


banho. Se você precisar que ele lhe mostre alguma coisa, ele deve
terminar a qualquer minuto.”

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Jamie Begley

“Não é nada importante. Eu ia perguntar se ele queria ir


jantar comigo quando Liz e Patty voltarem.”

“Se ele não o fizer, posso pedir a Molly, a enfermeira


plantonista, que troque comigo. Nós trocamos o jantar o tempo
todo.”

Mika dá a sua amiga um olhar de advertência por flertar


com um colega de trabalho casado.

“Eu posso esperar por Corbin.”

Mika se sente mal por Julia não ter sido bem-sucedida em


sua perseguição. Então, novamente, ela realmente não
conseguiu.

Abrindo o outro arquivo que Julia deu a ela, está lendo


quando Corbin sai do quarto de um paciente do outro lado do
posto das enfermeiras.

“Você quer...”

Uma campainha toca, interrompendo Linc.

“Droga... é Harvey.” Corbin se vira, caminhando pelo longo


corredor.

“Eu acho que vai ser um não.” Linc tira uma prancheta da
escrivaninha e começa a fazer anotações.

Julia franze a testa. “É hora de o cateter de Winston e a


bolsa de colostomia serem esvaziados.”

“Eu posso fazer isso”, diz Linc, colocando a prancheta para


baixo, em seguida, levanta-se para ir em direção ao extremo
oposto do corredor.

“Corbin pode ajudar quando ele voltar.” Julia franze a


testa, pegando um botão iluminado no interfone.

“Deixe comigo. Veja o que Corbin precisa”, diz Linc.

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Jamie Begley

“Julia, Harvey disse que está tendo dores no peito. Estou


tentando tirar a pressão dele, mas ele está lutando comigo.” A voz
alta de Corbin faz com que Julia imediatamente se levante, mas
então ela para quando a luz vermelha de alerta do quadro vem do
quarto de Winston.

“O que aconteceu?” Julia pergunta calmamente depois de


pressionar o botão do interfone.

“Eu não sei. Acabei de entrar pela porta”, Linc responde.

“Eu vou verificar Winston”, responde Mika, pegando as


pastas. “Vá ajudar Corbin.”

“Sim, doutora.”

Mika caminha rapidamente pelo corredor, observando o


reflexo de Julia no grande espelho circular enquanto corre pelo
corredor e entra no quarto de Harvey. Então ela leva a mão até o
cartão que pendura em volta do pescoço em uma longa fita. Em
vez de abrir a porta de Winston, passa o cartão de identificação
no leitor de cartões. Vendo a luz vermelha ficar verde, empurra a
alavanca de metal e abre a porta de saída de emergência,
permitindo que os dois homens que vinham pela escada entrem.
Sem palavras, eles a seguem até o quarto de Leon Winston.

Ela olha para o homem na cama com indiferença enquanto


seus olhos se arregalam de medo quando ele vê os homens
entrando atrás dela. Sua simpatia não é pelo homem na cama; é
para o homem que entra na sala para ficar ao lado da cama, Mika
mantém a porta fechada, para o caso de Harvey não ser capaz de
fazer o ataque cardíaco falso, e Julia ir checar Winston.

“Olá, Winston. Parece que você já foi à merda desde a


última vez que o vi no tribunal. O tempo não te tratou bem, não
é?”

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Jamie Begley

Mika estremece com a voz fria e sem emoção que vem de


seu tio Dalton. Suas feições falam pelo ódio que sente pelo
homem que havia sequestrado sua filha.

Os olhos redondos de Winston vão do tio Dalton para Ice,


depois para os dela, voltando para o auxiliar de enfermagem que
permanece na miríade de máquinas que o mantém vivo, antes de
retornar aos dela. “Chame um guarda. Eles querem me
machucar!”

“Eles não querem te machucar. Eles estão aqui para matar


você”, Mika diz a ele com naturalidade.

“Você é uma médica. Como pode ficar aí e não fazer nada?”


Ele grita.

Mika dá de ombros, indiferente. “Você não é meu paciente.


Não é minha culpa ter destruído a vida de outras pessoas e sentir
que tem o direito de continuar atormentando-as repetidas vezes.”
Ela abre a pasta e tira a carta. Levantando, mostra a ele antes de
esmagar a carta ameaçadora em sua mão como desejava que
pudesse fazer com ele.

Ice se aproxima da cama para ficar ao lado do tio Dalton.


“Só para você saber...” Chamas de ódio brilham para Winston dos
olhos de Ice “... a única carta que ela recebeu de você foi a
primeira. Eu me certifiquei de que nunca recebesse outra.”

A revelação irrita Winston mais do que qualquer outra


coisa desde que eles entraram na sala. Mika tem que literalmente
engolir a bílis que ameaça subir por sua garganta pela aversão
que sente pelo sequestrador de sua amiga.

“Por mais que eu queira matar você com minhas próprias


mãos, isso terá que servir.” Tio Dalton vai até a máquina que
respira por Leon.

“Eu disse que um dia isso ia acontecer. Acho que você


merece uma garrafa de soda cáustica na sua garganta, mas ver

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Jamie Begley

Dalton ser a pessoa que vai desligar essa máquina é quase tão
bom quanto isso. Aproveite o inferno, filho da puta.” Com suas
palavras finais para Winston, Ice se afasta da cama como se não
confiasse em si mesmo para salvar Dalton da dificuldade de ligar
o interruptor.

“Dra. Foster, ajude-me!” Winston grita.

“Eu não vou salvá-lo. Você já está perdido há muito tempo.


Você não é nem humano. É um tumor cancerígeno. A lembrança
de Adrienne, Simone e as imagens juvenis de Avril daquele dia
trágico, quando ela tinha dezesseis anos, entorpecem a
compaixão que normalmente sentiria pelo apelo de um paciente
para salvar sua vida.

“Adrienne sobreviveu. Ela foi capaz de estar com sua mãe


antes de morrer, se casar e vai começar uma família. Simone e
Avril não tiveram essa chance. A mãe de Simone morreu sozinha
depois de se suicidar no ano passado. Os pais de Avril não terão
a chance de ter netos, já que ela era a única filha deles.”

“Eu posso dizer pelos seus olhos que você não poderia se
importar menos, e isso basicamente resume meus sentimentos
sobre você. Considere-se sortudo que Oceane faleceu antes de
estarmos prontos para desligar os seus fios. Ela teria votado na
soda cáustica. Eu também o teria feito, mas você arruinou vidas
suficientes e eu não consegui descobrir como fazer isso sem que
eu e o tio Dalton fôssemos presos pelo prazer. Terei que me
contentar com a felicidade que sentirei quando assinar sua
certidão de óbito e a satisfação de que seu poder de machucar
alguém novamente deixará de existir, assim como você.”

Mika olha para o relógio e depois acena para o homem que


está esperando por esse dia chegar. “Vou colocar o Ice na posição
e volto já.”

Abrindo a porta, ela vê um corredor ainda vazio. Sai porta


afora com Ice seguindo-a, e então pega o cartão novamente,

DANGEROUS
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Jamie Begley

deixando Ice passar pela porta. Ele manteria a porta aberta para
Dalton assim que saísse do quarto de Winston.

Correndo de volta para dentro, ela vê quando seu tio acaba


com a vida do homem em que ela investiu anos de sua própria
vida em busca de destrui-lo, apenas para lhe dar a justiça que
ele merecia.

O alarme soa assim que ele desliga a luz. Dalton nem olha
para Winston quando sai pela porta.

“Mika...” É a primeira vez que ela vê alguma suavidade em


seu rosto desde que entraram no quarto.

Ela tem que reprimir as lágrimas pela expressão no rosto


dele. Ela sabe o que ele quer dizer.

“Eu fiz isso por mim também. Vai!” Ela urgentemente o


apressa para sair falando através de sua garganta entupida de
lágrimas.

Assim que ele abre a porta, ela se aproxima da cama,


observando a vida se esvair do rosto do assassino de Avril e de
Simone. Então espera vários minutos passarem antes de se virar
para o homem que está de pé atrás dela.

“Ele se foi.”

Assentindo, ele abre o compartimento que abriga o cartão


de memória. Retirando-o, ele pega outro do outro bolso e desliza
para dentro antes de fechar o compartimento.

Incapaz de se impedir de criticar sua aparência enquanto


seus olhos percorrem seus cabelos até os pés, ela lhe diz: “O
cabelo preto combina melhor com você.”

“Eu prefiro o meu mesmo.”

“Como Jonas e Hammer me acharam tão rápido?”

“Killyama.”

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Jamie Begley

Cética, ela cruza os braços sobre o peito. “Meu quarto


estava registrado com o nome de solteira da meia-irmã de minha
mãe.”

“Eles são caçadores de recompensas. Estão acostumados a


rastrear as pessoas, apesar das chances.”

“Os únicos em Treepoint que sabiam o endereço da minha


casa eram tio Dalton e Ice.”

“Então, isso mostra como eles são bons”, diz ele evasivo.

Sua boca se curva em recusa de admitir sua culpabilidade.


Ela não está comprando essa resposta.

“Talvez sim. Estou interessada apenas em qual deles


falhou e me entregou?”

“Talvez”, ele zomba. “Eu apenas seja muito bom.”

“Pode ser, mas eu não penso assim.” Sua mente passa


pelas possibilidades com probabilidades rápidas. “Tinha que ser
Dalton. Como você o convenceu?” Mika finge certeza em seu
palpite. De qualquer maneira, ela tem cinquenta por cento de
chance de estar certa.

“Eu expliquei o princípio da 'regra dos três' para ele.” Seu


olhar inteligente mostra com certeza que ele sabe que ela está
blefando. Ele está apenas dando-lhe a explicação porque quer.

“A maioria das pessoas considera um relacionamento com


três parceiros um pouco demais,” ela sem querer expressa seus
pensamentos para um homem com quem nunca havia falado
antes, distraída demais em pensar sobre como Jonas, Hammer e
ela iriam trabalhar os obstáculos assustadores que surgiriam
pelo caminho para terem um relacionamento longo.

Ele dá a ela um sorriso compreensivo que não alcança seu


olhar desinteressado. “Não se preocupe. Lily me diz o tempo todo
que um halo é forte o suficiente para conter mais de um.”

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“Eu desisti do meu direito a uma auréola no dia em que


Adrienne, Simone e Avril foram levadas”, diz ela, voltando-se para
o cadáver na cama. “Você deveria ir. Diga a Harvey que assinarei
a papelada para liberá-lo em dois dias.” A lembrança de ver o
Escalade de Hammer encostado por um policial enquanto ela saía
do escritório do xerife ainda a fazia se sentir culpada por ter
virado para a Virgínia, para que não vissem o carro passar por
eles. Foi inútil. Eles a encontraram de qualquer maneira.

Movendo-se ao redor da cama, ele não dá uma olhada no


corpo de bruços enquanto lhe diz: “Conheço Hammer e Jonas há
muito tempo. Se alguém pode construir um halo para caber três,
são eles. Eles são Rangers.” Mika ouve a convicção em sua voz
enquanto caminha em direção à porta. “Eles lideram o caminho.”

Ice desce o lance de escadas, lado a lado com o sogro.


Quando chegam ao final da escada, onde a saída de emergência
está localizada, encontram um irmão esperando por eles.

Ao vê-los, o irmão desliza o passe de visitante pelo leitor de


cartões. “Eu estava começando a ficar preocupado.”

Quando saem pela porta, Ice para ao ver o enorme grupo


de irmãos esperando solenemente do lado de fora, todos vestindo
jaquetas de couro. A diferença são os remendos que proclamam
sua lealdade. “Eu pensei que deveríamos ser imperceptíveis.”

“Eles são”, fala Whip antes que Dalton pudesse. “Há mais
de duzentos mil irmãos que participam desta corrida. Estamos
apenas descansando antes de voltar para casa.”

Ice olha para a enorme cerca que fica na entrada do


hospital, por onde tem que passar para o estacionamento
privativo. Enquanto estuda além do portão, vê motocicletas

DANGEROUS
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Jamie Begley

alinhadas nos dois lados da estrada, estendendo-se até onde os


olhos podem ver.

Whip vê para onde ele está olhando. “Hollywood tem


muitos amigos que queriam dizer adeus.”

“Mais do que alguns.” Jogando uma perna sobre a sua


moto, Ice observa os dois amigos se despedirem.

Dalton ergue a mão para segurar firmemente a mão de


Whip. “Obrigado, irmão.”

Não há muita coisa que toque Ice na vida, mas a amizade


entre os dois homens toca. É um laço que resiste ao teste do
tempo e fala do caráter dos dois homens.

Dalton sobe em sua moto e dá uma última olhada no


hospital. “Deus me ajude, mas muitas vezes me perguntei se
Mika tivesse ido com elas naquele dia, se teria sido diferente.”

O coração frio de Ice se contorce com a expressão de


remorso no rosto de seu sogro.

“Você me avisou para ensinar Adrienne a se proteger


melhor. Eu falhei”, continua Dalton, olhando para seu amigo de
longa data.

“Você não falhou. Você acabou por proteger Adrienne de


uma maneira diferente da que eu fiz. Com as quatro juntas, elas
poderiam ter sido forçadas a pegar outro táxi. Talvez quatro teria
sido demais para Winston ter tentado sequestrar. Ou as maneiras
que ensinei à Mika para se proteger poderiam ter feito a diferença.
Nunca saberemos. Não estamos destinados a saber. Se você a
tivesse criado de forma diferente, talvez ela não estivesse no lugar
onde conheceu Ice, ou Mika não estaria no lugar onde conheceu
os dois homens a quem ela quer me apresentar esta noite. É o
que é.” Whip acena com a mão enluvada para os irmãos que
esperam por eles. “Aprendemos isso da maneira mais difícil

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Jamie Begley

quando éramos apenas garotos de narizes empinados e nos


juntamos aos Angels. Arrependimentos são para os fracos...”

“E a vitória é para os fortes”, Dalton termina por ele.

O rosto formidável de Whip abre um sorriso. “Amém,


irmão.”

A cabeça de Dalton cai em gargalhadas antes de dar outro


aperto a Whip.

Ice senta-se e observa os dois abraçarem os ombros um do


outro antes que o Road Slayer bata em Dalton na parte de trás
de sua jaqueta de couro antes de subir em sua moto.

Ele está esperando que Whip ligue sua moto quando seu
celular toca. Tirando do paletó, ele vê que é Grace.

Deslizando o botão de resposta, ele coloca o telefone no


ouvido, depois desejou não ter feito quando Grace grita: “Onde
você está?”

“Eu lhe disse que não vou estar em casa até hoje mais
tarde”, ele lembra.

“Mas eu estou ovulando agora!” Ela grita.

“Bem, não há muito que eu possa fazer sobre isso neste


exato minuto, a menos que você possa descobrir uma maneira de
transportar meu pau até aí.”

“Não seja nojento. Ligue e veja se consegue um voo mais


cedo.”

“Você sabe o quão caro um bilhete como esse custaria?”

Sua voz é perigosamente baixa. “Eu vou comprar.”

“Eu vou dirigir para o aeroporto agora.”

“Dépêchez-vous, mon amour.”

DANGEROUS
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Jamie Begley

Seu pau fica tão duro quanto uma vara. Grace não falou
em francês desde que sua mãe morreu.

“Eu também te amo.”

Dalton olha para ele com curiosidade quando ele desliga a


ligação. “Era Grace?”

“Sim, ela me disse para correr para casa”, ele lhe diz a
verdade parcial ao ligar sua moto. “Sabe quando você disse que
se arrependeu de não ter ensinado Grace a se proteger melhor?”

“Sim. E daí?”

“Não fique assim”, diz ele, agarrando o guidão.

“Ela te inferniza?” Dalton lhe dá um olhar simpático.

“Sempre. Mas não é nada com que eu não possa lidar.”

“Tenho certeza de que você pode. Você não é um homem


que foge do perigo.”

“Não, eu não sou, especialmente quando ela fala comigo


em francês.”

O olhar de Dalton fica ainda mais empático. “Irmão”, diz


ele, balançando a cabeça em concordância. “Eu sei o que você
quer dizer. Foi assim que Oceane me pegou também.”

Ice lança ao seu sogro um olhar cobiçoso para a jaqueta de


couro. “Então sabe, quando você bater as botas, eu vou querer
essa jaqueta.”

“Desculpa.” Dalton sorri sem lamentar. “Você tem que


ganhar uma jaqueta assim. Mas se quiser perseguir esse arco-
íris, vá em frente.”

“Já ganhei no dia em que casei com Grace.” Ele sorri de


volta. “Mas se você quer que eu continue, sou um jogador.”

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Jamie Begley

A expressão de Dalton fica séria. “Não, você ganhou


quando finalmente me contou o que estava acontecendo entre
você e Grace. Eu só queria esperar até que pudéssemos ter
certeza de que não havia nenhuma queda por Mika.”

“Como Whip disse, não há necessidade de chorar sobre o


leite derramado.” Ice faz um gesto com a mão para Dalton ir
primeiro. “Tome sua volta da vitória. Você merece isso. Demorou
muito tempo.”

Ice vê os olhos de Dalton ficarem úmidos quando ele enfia


a mão no paletó para tirar três fitas de cabelo coloridas diferentes.
Ice sabe a quem elas tinham pertencido. Mika as deu a Oceane
no dia em que Adrienne, Simone e Avril haviam sido
sequestradas. E Oceane as manteve até a morte dela. Então
Dalton tomou posse delas, prometendo em seu túmulo que
Winston veria a verdadeira justiça que ele merecia.

Erguendo as fitas, Dalton dirige-se para os portões quando


a massa de pilotos aumenta e os portões se separam, permitindo
que eles saiam.

Andar atrás de Dalton é o momento de maior orgulho de


sua vida, algo sobre o qual ele jamais será capaz de contar a
Grace, ou a qualquer uma das crianças que eles terão. É uma
memória que apenas ele e Dalton poderão compartilhar.

Foi Dalton quem lhe mostrou que o idiota responsável por


seu nascimento não era um verdadeiro pai. Dalton havia pulado
dentro desses sapatos, e não apenas os usava como um homem
deveria, mas também os usava como um exemplo que o próprio
Ice só podia esperar que pudesse ser para seus próprios filhos.

O vento arranca suas próprias lágrimas enquanto a fila de


motociclistas aplaude Dalton quando ele passa.

Porra, perseguir um arco-íris nunca foi tão bom.

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Jamie Begley

“Então, estamos bem agora?”

Shade vira a cabeça para o lado quando Harvey se prepara


para sair da caminhonete emprestada.

“Você está a salvo de mim. Eu prometi que não iria colocar


a mão em você, e fui sincero.”

“Eu juro que não vou dizer nada sobre estar naquele
hospital psiquiátrico.”

Shade não acreditaria em nenhuma promessa, mesmo se


Harvey jurasse sobre uma pilha de Bíblias, mas ele mantém essa
dúvida para si mesmo.

“É bom saber”, afirma, indiferente ao medo que ele pode


praticamente sentir o cheiro na cabine da caminhonete.

“Só para ter certeza”, diz Harvey nervosamente, saindo do


estacionamento da delegacia onde seu carro tinha sido rebocado
quando Greer o pegou por dirigir bêbado. “Vá para o escritório de
Drake Hall depois que você pegar as chaves do carro de volta. Ele
arranjou um apartamento para você morar até conseguir se
levantar.”

“Obrigado. Vou procurar emprego amanhã.”

Shade não acredita nisso mais do que quando ele disse que
não contaria a ninguém onde ele esteve.

“Boa sorte com isso, então. Importa-se de fechar a porta?


Vou pegar alguma coisa para comer.”

“Claro, desculpe. Obrigado mais uma vez, Shade.”


Fechando a porta, Harvey se afasta da caminhonete.

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Minutos depois, ele está entrando no restaurante de King,


onde seu sogro está cumprimentando os clientes enquanto entra
na fila da recepção.

A recepcionista está escrevendo o nome dele quando King


pega um cardápio do lado do balcão. “Eu fico com esse. Vá para
o próximo.”

“Sim senhor.”

“Estou esperando um convidado”, informa Shade.

King pega outro cardápio e o conduz pelo restaurante até


um local reservado. Deslizando para dentro, ele pega o cardápio
dele.

“Quando você voltou de viagem?”

“Agora mesmo”, responde Shade, abrindo o cardápio.

“Lily disse que você disse a ela que seria a última vez que
você teria que fazer isso por um tempo.”

“Isso é verdade”, ele responde, sem olhar para cima.

“Ela também disse que estou esperando outro neto.”

“Nós estamos”, ele confirma.

“Parabéns.”

“Obrigado. Vou tomar um uísque”, diz ele, interrompendo


qualquer conversa quando vê o homem vindo de trás de King.

“Eu também vou tomar um desses.”

O rosto de King fica vermelho de raiva. “Quantas vezes


tenho que lhe dizer para não vir aqui...”

“Eu o convidei.”

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“Como o Rider na última vez que ele veio. Ele não fez nada
além de reclamar o tempo todo que seu bife estava passado
demais.”

Greer dá a King um encolher de ombros. “Mas estava.”

“Ainda estava mugindo quando eu coloquei no seu prato.”


King leva o cardápio para longe dele, não dando tempo a Greer
para olhá-lo.

“Viu? Isso mostra que não foi bem feito. A menos que esteja
chorando, não está bem feito.”

Shade leva o cardápio para longe de King antes dele


empurrá-lo pela garganta de Greer. “Vou querer a costela e a
batata assada”, ele pede, tentando afastar King da mesa.

“Vou querer o aperitivo e...”

“Eu sei o seu pedido. Você pede a mesma coisa toda vez
que vem.”

“Então você não vai ter nenhum problema em fazer certo


desta vez, não é?”

Greer arregala os olhos, balançando a cabeça para frente e


para trás.

Shade rapidamente pega a mão de King antes que possa


arrancar Greer da mesa. “Faça os pedidos e mande um garçom
cuidar de nós. Você nem vai notar que estamos aqui. Eu preciso
falar com ele.”

King tira a mão de Shade do braço dele. “É melhor que


não.”

Shade não perde o olhar maldoso que Greer está lançando


para mexer com os nervos de King quando ele sai. Então, quando
Greer volta sua atenção para ele, vê o sorriso de satisfação que
não faz nenhum esforço para esconder. Shade não faz nenhum
esforço para avisar a Greer que ele está cutucando uma onça com

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Jamie Begley

apenas uma varinha como proteção. Além disso, ele tem seu
próprio osso para provocar o caipira.

Ele espera até ter a bebida na mão para acalmar seus


nervos antes de discutir a razão pela qual ele convidou Greer para
jantar.

“Eu não vou contratar Bubba permanentemente. Ele não


fazia parte do nosso acordo.”

Greer bebe a bebida em um só gole e faz sinal ao garçom


para que traga outra.

“Você não está de serviço?”

“Sim. Então? Onde você quer chegar?”

Shade engole em seco, levantando dois dedos quando o


garçom olha em sua direção.

“Ok, vamos começar de novo. Eu não vou contratar Bubba.


Ele não faz parte do nosso acordo.”

“Isso é verdade.” Greer assente. “Mas foi o meu acordo com


o Rider.”

“Nós... concordamos”, Shade pronuncia pausadamente


cada palavra para deixar claro que não irá ficar atrelado a Bubba.

Greer se inclina na mesa, imperturbável. “Bubba não vai


dizer ao pai dele que foi demitido. Eu não gosto de acordar todas
as manhãs para compartilhar meu café da manhã com o primo
de Jessie. Ele come meus biscoitos antes que eu possa tirar
minha bunda do chuveiro. Não vou aguentar isso. Então, a
menos que você queira que eu conte ao Rider sobre aquele carro
misterioso que está estacionado na frente da casa de Jo, você vai
ter que engolir isso”, ele sussurra.

Shade pensa seriamente em ir até a casa dele e pegar sua


arma para se livrar dele para sempre.

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Greer estreita os olhos maus para ele. “Não pense que não
sei o que você está pensando. A única coisa que posso dizer é que
tente.”

Tomar apenas um gole de sua bebida é inútil. Ele precisa


de toda a porra da garrafa para fazer algum bem.

“Agora.” A voz de Greer muda para um tom mais amigável.


“Eu não dou a mínima para por que você quer aumentar os
instintos protetores de Rider pela sua mulher. Pessoalmente,
acho que você queria tirar Gavin da bunda dele, mas estou
apenas dizendo que é o que eu faria. Você pode ser mais esperto
do que eu e pode ter um motivo totalmente diferente. Realmente
não posso dizer, de qualquer maneira, que me importo, contanto
que, quando eu venha para o café da manhã amanhã de manhã,
não tenha Bubba sentado lá. Capisce.”

“Capisce”, Shade resmunga quando o garçom coloca a


bandeja com o aperitivo de Greer na mesa.

“Bom. Ainda bem que conversamos sobre isso.” Pegando o


prato inteiro e colocando-o na frente dele, Greer pega o garfo e
começa a comer. E quando ele está quase acabando,
magnanimamente estende o palito solitário que sobrou quando o
garçom traz seus bifes. “Você quer um palito de queijo?”

“Não”, responde Shade brevemente.

Greer transfere o garfo para o bife, cortando um pequeno


pedaço para provar. Ele faz um sinal de positivo para King
enquanto ele escolta um casal para a sua mesa.

King parece que tem o lugar perfeito para dizer a Greer


onde enfiar o polegar. Shade tem certeza de que King está furioso
com Greer o suficiente para que lhe diga que nunca mais volte a
convidá-lo para jantar.

Greer come vorazmente, como se ele não tivesse acabado


de comer um aperitivo destinado a quatro pessoas. Cortando um

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pedaço grande de seu bife, Greer o cobre com molho branco antes
de colocá-lo na boca. Shade está cortando seu próprio bife
quando Greer começa a cortar o outro pedaço, a comida no prato
dele está diminuindo rapidamente antes que ele tivesse chegado
à metade do seu.

“Nada é mais gostoso do que um caro corte de carne bovina


e molho branco, exceto...”, ele qualifica sua declaração, “outro
pedaço de carne bovina.”

“Eu não vou pedir outro bife”, informa Shade.

“Isso é rude.” Greer solta um suspiro de contentamento


quando se inclina para trás e dá um tapinha na barriga. “Eu faço
um grande favor a você e que agradecimento recebo em troca?”

Shade corta outro pedaço do seu bife, ciente de que Greer


está olhando avidamente. “Você já recebeu muito em troca. Não
só paguei para alimentar Rider com aquela informação, mas você
se virou e sacaneou Rider. Que é a única coisa que não estou
reclamando, exceto por Bubba.”

“Parece-me que você não fez nada além de reclamar desde


que me sentei. Inferno, está me fazendo perder o apetite pela
sobremesa. Estou ficando meio ofendido...”

Se ele arrancasse as unhas uma a uma, seria menos


doloroso do que lidar com Greer. Ele sabe que é melhor não o
irritar.

Cortando outro pedaço de seu bife, ele deseja que fosse um


pedaço do fígado de Greer. Ele mantém a boca fechada enquanto
mastiga a carne que está com gosto de serragem.

“Eu estava te fazendo um favor e você está retribuindo


como se eu estivesse sendo um cara mau por pedir um emprego
para um parente, já que não estamos falando sobre dar a Bubba
um emprego bem remunerado, mas qualquer um que Tom, Dick
e Jane poderiam fazer com as mãos amarradas nas costas.”

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Shade empurra outro pedaço em sua boca.

“Além disso...” Greer faz uma pausa, respirando fundo


antes de retomar seu discurso. “Eu chequei a placa para você, já
que nunca se incomodou em ir até a locadora de carros.”

Shade força a mordida. “Que placa?”

Irritado, Greer franze a testa. “O que você quer dizer com


que placa? Aquela que falei a você, Viper e Rider.”

Confuso, Shade coloca seu garfo e faca em seu prato antes


de começar a cortar Greer em pequenos pedaços. “Você e eu
inventamos a história de um carro alugado em frente à casa de
Jo, então como havia uma placa para checar?”

“Oh... eu devo ter me esquecido de dizer a você a parte


sobre a placa de carro ser verdadeira.”

“Você deve ter esquecido.” Shade diz com os dentes


cerrados. “Diga-me agora.”

“Eu estava meio que ouvindo aquela conversinha que você


estava tendo com Harvey. Então, quando ele disse que aquele
dinheiro estava em sua caminhonete de manhã, eu dirigi até o
prédio de apartamentos em que ele e Nicole moravam. É o mesmo
em que Jessie vivia.”

“Posso trazer-lhe outra bebida? Sobremesa?”

“Não.” Shade dá ao garçom um olhar frustrado, querendo


que ele desapareça.

Greer tem outros planos.

“Eu pareço ter recuperado meu apetite para a sobremesa.”

Com a expressão presunçosa de Greer, Shade sabe que ele


terá que pagar por não puxar dele saco o suficiente.

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É doloroso, mas ele consegue forçar um sorriso aos lábios.


“Peça o que você quiser. É...” ele praticamente tem que arrancar
as últimas duas palavras de seus lábios “...um prazer.”

“Bem, isso é muito legal da sua parte.”

“A propósito, eu vou querer alguns desses pratos de


aperitivos e quatro do jantar que eu acabei de comer.” Greer se
inclina sobre a mesa como se estivesse confiando nele. “Holly e
Jessie têm que trabalhar hoje à noite. Elas queriam que eu
preparasse o jantar para elas. Isso será bem melhor, você não
acha?”

“Para você”, ele concorda.

Greer lhe dá uma piscadela animada antes de se voltar


para o garçom. “Vou querer o bolo de chocolate quente com
sorvete extra e cerejas por cima. Vou comê-lo enquanto os outros
pratos estão sendo preparados.”

“Sim, senhor.” O garçom começa a se afastar.

“Espere um segundo. Minha esposa não gosta do seu bife


tão mau passado quanto o meu. Queime esse filho da puta.”

“Traga-me outra bebida antes.” Shade o para antes que ele


possa escapar. “Faça um duplo novamente.”

“Comer aquele molho é um pouco difícil, não é?”

Shade cerra os lábios, cantando para si mesmo para não


dizer nada.

Greer lhe dá outra piscadela animada. “Não se preocupe;


Eu tenho conexões com os agentes da lei se você for parado.”

Ele murmura um agradecimento quando o garçom traz o


bolo e dá a Shade a bebida que ele pediu.

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“De qualquer forma”, Greer volta ao que eles estavam


discutindo. “Se você se lembra, Jessie foi sequestrada do
prédio...”

“Eu lembro.” Shade toma um gole. Ele não é um homem de


rezar, mas estará rezando no túmulo de Greer se ele não chegar
logo ao ponto.

“A gerência decidiu que era do interesse deles instalar


câmeras de vigilância que funcionassem. A gerência também é
um dos meus clientes… Não que eu ainda esteja vendendo”,
acrescenta ele rapidamente. “Ele costumava ser um dos meus
clientes, e ele me deixou dar uma olhada nos vídeos dele.”

Shade agarra seu copo com a informação.

“Não pude ver seu rosto. Tudo o que pude ver foi um carro
alugado preto, e alguém saiu com uma capa de chuva grande e
cinza. Essa é a placa que eu chequei para você. Não é uma
locadora da cidade, mas liguei quando você não o fez e descobri
onde foi alugado.”

“Aqui está, senhor.”

Greer coloca uma colherada de bolo na boca enquanto o


garçom coloca os dois sacos de comida na mesa.

“Muito obrigado. Estou muito agradecido pelo seu serviço”,


elogia. “Shade, certifique-se de lhe mostrar o meu apreço.”

“Claro.” Shade começa a tomar outro gole de seu uísque


quando percebe que está vazio.

Greer espera até o garçom sair para dar seu conselho. “Eu
tomaria alguns cafés antes de pegar a estrada se fosse você.”

Apalpando sua barriga, ele se levanta da mesa. Ao mesmo


tempo, enfia a mão dentro do bolso do uniforme, tirando um
pedaço de papel que coloca sobre a mesa.

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Shade estende a mão, mas Greer não tira a mão do papel.


Esperando que ele peça uma soma ultrajante de dinheiro pela
informação, ele olha para cima para ver Greer olhando
astutamente para ele.

“Não se sinta mal em fazer Gavin mexer sua bunda. Eu


teria feito isso há um ano.”

“Como você sabe...?”

“Shade, não há muito que eu não saiba.” Piscando, ele tira


a mão. Então, pega a sacola de comida e deixa-o olhando para
ele.

Ele está tirando seu cartão de crédito da carteira quando


King para na mesa.

“Da próxima vez que você quiser levar Greer para jantar,
leve-o a outro restaurante ou ao Pink Slipper.”

“Definitivamente será mais barato. Pegue um pouco de café


e sente-se comigo.”

“As pessoas estão começando a chegar para o jantar...”

“King, tome café comigo.”

“Eu voltarei.”

Shade coloca o pedaço de papel na carteira enquanto o


garçom pega seu cartão de crédito. Ele está rabiscando sua
assinatura no recibo quando King volta com o café.

Seu sogro se senta em frente a ele. “Sobre o que você queria


conversar?”

“Como você se sentiria se alguém na cidade tentasse me


chantagear, fingindo ter fotos de Lily nua e as espalhando pela
cidade?”

O olhar de King fica glacial. O sofisticado anfitrião e dono


do restaurante mais caro havia desaparecido e, em seu lugar,

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está o homem de negócios agressivo que governava Queen City.


“Eu faria duas perguntas.”

“Quem são eles?”

“Por que você não cuida deles pessoalmente?”

“Eu prometi a Lily que não colocaria a mão nele.”

“Então eu só preciso da resposta para a minha próxima


pergunta.”

“Qual é?”

“Qual o nome dele?”

Shade entra em sua casa para ver Lily sentada no chão ao


lado do sofá com Clint, John e Logan, jogando Monopólio.

“Papai, você chegou!”

Ele sorri quando os meninos pulam e correm para ele,


jogando-se em seus braços.

“Não se levante”, diz ele quando vê Lily começando a ficar


de pé. “Eu desço até aí.”

Sentando-se atrás dela, ele a beija quando os meninos


voltam a jogar.

“Você vai brincar com a gente?” O sobrinho de Greer,


Logan, pergunta.

“Não, obrigado. Eu só vou assistir.” Ele coloca o braço na


almofada do sofá quando Logan toma sua vez.

Lily se inclina contra o peito dele enquanto eles assistem.


“Logan veio para casa com Chance e Noah até Jessie poder pegá-

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lo. Ela está atrasada e os garotos têm treino de futebol, então me


ofereci para ele nos visitar. Você comeu?”

Shade levanta os olhos, enrolando uma mecha do cabelo


dela em volta do dedo. “Eu comi”, ele diz a ela, em seguida,
pergunta às crianças: “O que vocês fizeram, meninos?”

“Eu terminei meu dever de casa antes de começar a jogar


com Logan”, diz John, rolando os dados no tabuleiro.

Logan se levanta. “Você pode pegar minha vez, Sra. Lily.


Eu preciso ir ao banheiro.”

Lily rola os dados, movendo sua peça o número necessário


de espaços.

“E você, Clint?” Ele pergunta ao filho mais novo.

“Logan e eu pintamos enquanto John fazia o dever de casa.


Você quer ver meu desenho?”

“Sim.”

Clint pula do chão para correr para a sala de jantar,


voltando com duas folhas de papel cartão. É fácil ver qual é de
Clint e qual é de Logan.

Vendo seu rosto ansioso, Shade olha para o de Clint


primeiro. É um grande cupcake com uma vela no topo.

“É aniversário da Sra. Bliss amanhã. Eu fiz um cupcake


para ela.”

“Entendo. Você fez um bom trabalho. Ela vai adorar.”

Shade olha para o outro desenho em sua mão quando Clint


se senta no chão. O desenho do sobrinho de Greer não é o que
ele esperava. John e Clint adoravam desenhar desde o primeiro
momento em que Lily colocou giz de cera nas mãos deles. Ele
também foi à escola várias vezes e viu os desenhos que os alunos

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haviam feito, pendurados nos corredores. Logan está em outro


nível. Ele já está mostrando sinais de ser um artista talentoso.

Assim que a palavra talentoso aparece em sua mente,


Shade estuda o desenho mais de perto, com a garganta apertada.

Ele ainda está contando as estrelas cintilantes no céu


escuro do desenho quando Logan sai do banheiro. Ele está
prestes a se sentar quando percebe o que está na mão de Shade.

“Esse é o meu desenho!”

Shade nota imediatamente o medo no rosto do garotinho


quando ele tira o desenho da sua mão. “Desculpe. Eu deveria ter
perguntado se poderia olhar para ele”, Shade se desculpa, rouco.

Logan enfia o desenho no bolso da calça jeans. “Eu não


tenho permissão para deixar ninguém ver meus desenhos”,
explica ele.

“Por que não?” Lily pergunta curiosa.

“Uh... eu não deveria estar desenhando quando não fiz o


meu dever de casa.”

“Entendo.” Lily lhe dá um sorriso doce. “Nós não vamos


contar. Vamos, rapazes?”

Shade não presta atenção às promessas deles enquanto


tenta entender os detalhes da obra antes de Logan ter arrebatado
o desenho.

“Garotos, Jessie estará aqui a qualquer momento. Vamos


pegar o jogo. Logan, certifique-se de colocar tudo de volta na sua
mochila.”

Shade se levanta do chão enquanto as crianças seguem as


instruções de Lily.

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“Eu preciso ver o Viper por alguns minutos. Já volto”, ele


diz com voz rouca, indo para fora antes que Lily possa dizer
qualquer coisa.

Ele engole seco quando olha para as mesmas montanhas


que estão no desenho de Logan. Estendendo a mão, apoia-se no
corrimão para se firmar. Seus pensamentos estão tão dispersos
que ele não percebe que Logan tinha saído até que ele fala.

“Eu disse a Sra. Lily que esperaria aqui com você, se não
tiver problema.”

Shade só pode assentir, ainda olhando para as montanhas.

Quando uma mão infantil pega a dele, Shade desvia os


olhos das montanhas para olhar em seus olhos.

“Não tenha medo.”

Ele engole em seco. “Eu não estou com medo.”

“Bom. Tive medo na primeira vez que fui sozinho.” Logan


confessa infantilmente. “A segunda vez que fui, o tio Greer me
levou. Eu não estava com medo então. Bem, só um pouco, mas
não é assustador quando você está com alguém.”

Shade não consegue falar com a expressão séria olhando


para ele.

“Logan!”

Sua atenção é distraída pela voz de Jessie chamando por


ele. Sua madrasta acena enquanto caminha pela entrada da
casa.

“Está pronto?” Jessie pergunta quando diminui a


distância.

“Sim, senhora.”

“Vamos lá. Greer fez algo especial para o jantar.”

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“Oba!” Logan pula da varanda para começar a correr pelo


caminho.

“Obrigada. Você pode agradecer a Lily por mim também?”

Shade assente. “Vou. Tenha uma boa noite.”

“Você também.”

Depois que eles vão embora, ele fica na varanda,


recompondo-se antes de entrar.

“Eu pensei que você fosse ver o Viper.” Lily diz, chegando
por trás dele para envolver seus braços em sua cintura.

“Eu mudei de ideia.”

Ela solta seus braços de sua cintura para que possa se


mover ao redor dele e ver seu rosto. “Há algo de errado?”

“Não.”

Ela leva a mão até a bochecha dele para inclinar o rosto


dele na direção do dela. “É só um desenho”, ela diz suavemente.

“Ele mostrou a você?”

Ela maliciosamente balança a cabeça. “Eu dei uma


olhada.”

“Eu queria que você não tivesse olhado.”

“Por quê? Era um belo desenho. Ele é muito talentoso.”

Ele não concorda ou discorda dela.

Ela se inclina contra ele, apertando os braços ao redor dele.


Ele move seus braços ao redor dela também, segurando-a o mais
perto que pode, como se pudesse mantê-los congelados neste
momento no tempo para sempre.

“Eu ouvi Logan perguntar se você estava com medo. Você


disse que não estava. Eu também não estou, Shade.”

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“Lily...” Shade se engasga com a fé inabalável que vem dela.


É difícil para ele admitir que chegaria um momento em que não
seria capaz de impedir que o inevitável acontecesse. Que não tem
o poder de protegê-la do aspecto da vida de que, mais cedo ou
mais tarde, ninguém poderia escapar.

“Eu não estou. É verdade. Não estou com medo. Como


poderia ter medo do céu quando o céu te enviou para mim?”

“Lily...” Ele pressiona os lábios nos dela, dando-lhe o beijo


que teria dado a ela quando chegou em casa, se as crianças não
tivessem na sala. “Eu nunca tive medo de morrer”, ele diz a ela
honestamente, deslizando a boca ao longo de sua mandíbula até
a orelha para mordiscar, sentindo-a estremecer um pouco. “Mas
eu tenho que ser brutalmente honesto sobre uma coisa. E para
ser justo com você, não é negociável. Se Greer Porter estiver lá,
não iremos.”

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